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Outubro 2010 | nº zero

eMagazine NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE

ESPECIAL ESCRITÓRIOS VERDES Entrevista

Luis Rochartre, secretário-geral do BSCD fala-nos sobre responsabilidade social e do panorama empresarial português.

Opinião

Conheça a perspectiva de Sandra Andrade, communication manager da Xerox sobre sustentabilidade e inovação no escritório.

Testemunho

Na primeira pessoa, Luís Ferreira da Allianz, descreve-nos o seu dia-a-dia e os seus contributos para um mundo melhor.


editorial

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um olhar atento As preocupações ambientais estão na ordem do dia e contam com o apoio público generalizado. Este fenómeno tem vindo a ter consequências ao nível da economia, com os consumidores cada vez mais atentos aos produtos que consomem e sobretudo a quem os adquirem. É neste âmbito que surge o tema do marketing verde, da responsabilidade social das empresas e o desenvolvimento sustentável. O GreenGoods, meio de comunicação on-line, nasce neste contexto e da necessidade de definir conceitos, clarificar tendências e sobretudo de facultar ao público em geral um local privilegiado onde podem encontrar as mais recentes tendências e novidades do mercado verde emergente. Temos procurado ter um olhar atento sobre os novos produtos e serviços verdes que chegam ao mercado, das iniciativas e campanhas realizadas pelas empresas para promoção do seu compromisso com o ambiente e sobre os inputs que nos chegam directamente dos consumidores e da sociedade civil.

2 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

E porque inovar faz parte do ADN deste projecto, três meses volvidos da sua criação, decidimos lançar um complemento, a e-Magazine. Nesta revista on-line iremos compilar as principais tendências dentro de um grande tema por edição. Em foco neste primeiro número está o tema dos escritórios verdes, ou seja, de todo o conjunto de infra-estruturas, produtos e serviços criados com o objectivo de tornar a vida no escritório mais amiga do ambiente. Esperemos que esta edição de estreia seja do seu agrado. Para nós o leitor não é o último elo da cadeia, mas assim a razão pela qual o nosso dia-a-dia faz sentido. Como tal, os seus inputs são vitais para que possamos continuar a inovar e a surpreende-lo edição após edição. Envie-nos os seus comentários e sugestões para geral@greengoods.pt SAUDAÇÕES ECOLÓGICAS, A EQUIPA DO GREENGOODS

NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE


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conteúdo 014

06

030

035

04 Green News [notícias] 06 Entrevista

30 Entrevista

14 Green Office[especial]

35 Green Day [testemunho]

20 Green Shopping 24 Opinião

36 Green Dica 39 Green Agenda

LUÍS ROCHARTRE // SECRETÁRIO GERAL DO BCSD PORTUGAL

ESCRITÓRIOS VERDES FENG SHUI

A SUSTENTABILIDADE NÃO É SÓ RESPONSABILIDADE SOCIAL SANDRA ANDRADE // COMMUNICATION MANAGER DA XEROX

NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE

ISABEL BORGAS // DIRECTORA DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E RESPONSABILIDADE CORPORATIVA DA OPTIMUS

LUÍS FERREIRA // DIRECTOR DE PESSOAS E SERVIÇOS JURÍDICOS DA ALLIANZ PORTUGAL

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 3


GREEN NEWS

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NOVO POSICIONAMENTO DA IMPRESSION PORTUGAL

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Impression Portugal, empresa líder em impressão de grande formato, estabeleceu como prioridade estratégica incorporar no seu negócio as políticas de sustentabilidade e preocupações ambientais que tem vindo a desenvolver nos últimos tempos. Com o objectivo de associar à sua actividade um compromisso com a sustentabilidade, a Impression Portugal adopta agora um posicionamento inovador, num sector com desafios ambientais acrescidos. Impression Portugal (IP) solicitou aos especialistas de consultoria em sustentabilidade Sair da Casca – Consultoria em Desenvolvimento Sustentável uma análise às boas práticas já implementadas, bem como uma proposta de definição de novas acções. O estudo realizado deu origem a uma brochura que apresenta o trabalho que tem sido desenvolvido pela IP, na área da sustentabilidade, bem como as opções de produção mais sustentáveis que a empresa pode oferecer ao mercado. A Winicio desenvolveu e implementou este novo posicionamento, bem como o conceito e a imagem gráfica, que reflecte de forma mais evidente a estratégia de sustentabilidade da empresa: IMPRIMIR MAIS VERDE. Pedro Jacques de Sousa, Administrador da IP, comenta:”Decidimos conjugar as nossas convicções e a nossa estratégia de desenvolvimento. A jusante da nossa actividade, esperamos, à nossa escala, influenciar os actores da cadeia de produção. Estamos confiantes que os nossos clientes vão cada vez mais procurar soluções gráficas de acordo com os seus próprios compromissos de sustentabilidade. Acreditamos que este posicionamento será um factor de motivação e a garantia de um caminho de melhoria contínua, em todos os aspectos da nossa actividade. Como líderes de mercado, queremos também liderar na sustentabilidade e ser o exemplo do sector”. A Impression Portugal encontra-se neste momento em fase de renovação de toda a sua linha gráfica, em linha com o novo posicionamento, tendo já actualizado o site institucional www. impression-global.pt. A apresentação desta nova imagem foi iniciada no Green Festival 2010, onde o próprio posicionamento foi materializado, num stand totalmente construído a partir de materiais reutilizáveis.

TORK GANHA PRÉMIO CARBON REPORTING

A

SCA, fabricante da marca Tork, ganhou um novo prémio de sustentabilidade, desta vez pelo seu relatório de emissões de carbono. A empresa surge como líder no seu próprio país de origem, Suécia, no New Economy Carbon Leadership Awards 2010. A revista New Economy organiza anualmente um programa de prémios,

4 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

desenvolvido para identificar os líderes em sustentabilidade na indústria, que inclui individuais e empresas. As votações decorrem na Internet e os vencedores são identificados por País. “Estamos bastante satisfeitos por termos sido reconhecidos pelo New Economy no que diz respeito ao nosso relatório de emissões de carbono,” afirma Patrik Isaksson, Vice-Presidente dos Assuntos Ambientais.

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I PROGRAMA DE BOLSAS INTERNACIONAIS DE ESPECIALIZAÇÃO MULTIMÉDIA EM TECNOLOGIA AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

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Philips Ibérica, a Fundação EFE e a EFEVERDE, plataforma de jornalismo ambiental da Agência EFE, criaram o “I Programa de Bolsas Internacionais de Especialização em informação multimédia sobre tecnologia ambiental e eficiência Energética.” No âmbito deste projecto, serão concedidas duas bolsas de estudo de um ano de duração cada, dirigidas a estudantes do último ano de Jornalismo. O curso será realizado na EFEVERDE durante seis meses, e no Departamento de Comunicação da Philips em Madrid no período restante. Os estudantes devem ter nacionalidade portuguesa e fluência em espanhol, assim como bom histórico académico e bons conhecimentos da língua inglesa. As bolsas começam no dia 1 de dezembro de 2010 e o período de um ano não pode ser prorrogado. Os estudantes receberão uma ajuda de custo de 600 euros mensais. Os vencedores serão escolhidos por uma Comissão Mista, cuja decisão não poderá ser contestada, após uma entrevista pessoal.

“é favorecer O objectivo da criação deste programa de bolsas a formação de jovens jornalistas nas áreas de tecnologia ambiental, eficiência energética, recursos sustentáveis e energias renováveis. Com esta iniciativa, enquadrada no âmbito das acções de responsabilidade empresarial, ambas as empresas procuam impulsionar o fluxo informativo vinculado a esses conteúdos para as mãos de profissionais especializados”, disse Paloma Rupérez, directora da Fundação EFE.

“básicos, A sustentabilidade é um dos nossos pilares algo que fica provado com a aposta na

eficiência energética dos nossos produtos, assim como na redução de impacto ambiental. Para a Philips, é importante colaborar com a formação de jovens jornalistas especializados na área da sustentabilidade”, afirmou, por sua vez, Ángeles Barrios, directora de Comunicação e Relações Públicas da Philips Ibérica.

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EMAC PROMOVE EDUCAÇÃO AMBIENTAL JUNTO DE MAIS DE 24 MIL CRIANÇAS

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esenvolvido no âmbito do Plano Estratégico Objectivo 66, que procura responder ao artigo 66º da Constituição da República sobre ambiente e qualidade de vida e, nesta edição, com o tema “Educação Ambiental – Um passo para a Sustentabilidade”, o programa EMAC Educa contempla um conjunto de actividades lúdicas e pedagógicas vocacionadas para fomentar o desenvolvimento sustentável, através da sensibilização dos mais novos face às questões ambientais. Desde a 1ª edição, o EMAC Educa já abrangeu mais de 24 mil alunos de 155 estabelecimentos de ensino e permitiu realizar mais de 500 acções de sensibilização, num total de 1.200 horas de formação cobrindo a gestão de resíduos, promoção da cidadania, defesa dos recursos naturais e respeito pela natureza. Para Rui Libório, presidente da EMAC,

“empresa esta iniciativa reforça o compromisso da em contribuir para a defesa do meio ambiente de Cascais e do desenvolvimento sustentável local, incentivando as novas gerações a adoptar novas atitudes no quotidiano e a assumir a preservação da natureza como componente fundamental da cidadania”.

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 5


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Entrevista POR GREENGOODS

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COMO É QUE SURGIU O PROJECTO DE CRIAÇÃO DO BCSD E QUAL A SUA MISSÃO E OBJECTIVOS?

Os objectivos do BCSD são: • Divulgar os princípios que caracterizam o desenvolvimento sustentável Conselho Empresarial para o Desenvolvimento • Articular a cooperação entre a comunidade Sustentável é uma associação sem fins empresarial, os governos e a sociedade civil lucrativos, criada em 2001 pela iniciativa das com vista à promoção do desenvolvimento empresas Sonae, Cimpor sustentável e Soporcel - empresa • Promover acções que integra o grupo educacionais e Muitas empresas têm Portucel Soporcel -, de formação para mudado a sua visão na associadas ao WBCSD divulgação dos princípios – World Business do desenvolvimento estratégia de RSE, esta já Council for Sustainable sustentável não é vista como um custo ou Development, em • Executar projectos e conjunto com mais 33 estudos de casos que um problema adicional, mas sim empresas de primeira ilustrem e estimulem como uma forma de aliar bom linha da economia o desenvolvimento nacional, com a missão sustentável senso a bons negócios de forma de transpor para o plano • Participar ou promover a contribuir para o sucesso nacional os princípios outras iniciativas orientadores do WBCSD. que contribuam para empresarial a longo prazo. o desenvolvimento O BCSD Portugal é sustentável do tecido uma coligação de empresas nacionais que empresarial português. partilham entre si o compromisso com os princípios do desenvolvimento sustentável QUAIS AS MAIS-VALIAS QUE UMA EMPRESA TEM através dos três pilares: crescimento económico, AO ASSOCIAR-SE AO BCSD? equilíbrio ambiental e progresso social. Estão representados no Conselho a maioria A adesão ao BCSD Portugal acrescenta valor dos sectores empresariais em Portugal. O às empresas associadas ajudando-os a definir BCSD Portugal beneficia também da rede o business case para o desenvolvimento regional do WBCSD, composta por conselhos sustentável, ou seja, a concretizar as vantagens empresariais nacionais e organizações parceiras reais para o negócio da adopção dos princípios que representam um grupo vasto de líderes e das práticas do desenvolvimento sustentável. empresariais a nível mundial. O trabalho do BCSD Portugal demonstra como os esforços em prol do desenvolvimento A missão principal do BCSD Portugal é promover sustentável podem melhorar a competitividade a liderança empresarial como catalisadora da das empresas. Em termos gerais, a adesão das mudança rumo ao Desenvolvimento Sustentável, empresas ao BCSD Portugal permite-lhes: fomentando a implementação nas empresas • Construir o business case para o dos conceitos de eco-eficiência, inovação e desenvolvimento sustentável responsabilidade social. • Acompanhar o estado da arte sobre as interacções entre a actividade empresarial e o desenvolvimento sustentável para poder antecipar as principais evoluções e tendências >

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6 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE


LUÍS ROCHARTRE // SECRETÁRIO GERAL DO BCSD PORTUGAL

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 7


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Entrevista POR GREENGOODS

LUÍS ROCHARTRE // SECRETÁRIO GERAL DO BCSD PORTUGAL

• Participar activamente no desenvolvimento de novas políticas e assim conseguir influenciar as condições de funcionamento estabelecidas para as empresas • Integrar iniciativas transversais ou de sectores específicos no âmbito do desenvolvimento sustentável com base numa plataforma empresarial credível • Partilhar boas práticas através da troca de informação entre as mais diversas áreas de actividade • Estabelecer contactos com profissionais igualmente interessados • Formar e influenciar os líderes do futuro • Colaborar com todos os sectores da sociedade nesta mudança e envolver no processo as várias partes interessadas

I

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROJETOS QUE A INSTITUIÇÃO TEM VINDO A DESENVOLVER AO NÍVEL DA SUSTENTABILIDADE? Os grandes temas do BCSD Portugal para 2010 são as Alterações Climáticas, o Ano Internacional da Biodiversidade e o Ano Europeu Contra a Pobreza e Exclusão Social. Em 2010 iremos desenvolver ainda diversos projectos e iniciativas, e criaremos também o primeiro Observatório de Sustentabilidade do mercado nacional e serão formados novos grupos de trabalho, para abordagem da sustentabilidade em temas sectoriais, dos quais destaco a criação de um grupo que se irá focar no tema “Água”. Temos ainda em análise a elaboração de um estudo inovador em Portugal “Estudo Nacional de Valores”. O BCSD Portugal tem vindo a desenvolver diversos projectos nucleares, como o programa Young Managers Team – YMT Portugal, as Equipas de Gestão Solidárias, e a iniciativa Chronos. O BCSD tem ainda vindo a focar-se em “Projectos Sectoriais”, que se iniciam com a constituição de grupos de trabalho especializados em diversos

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sectores e que produzem, no final, relatórios, avaliações e publicações que partilham os desafios e as oportunidades de cada sector, analisam as tendências, o benchmark e as melhores práticas. Neste momento temos publicações temáticas sobre os desafios da sustentabilidade no sector financeiro, Simbioses Industriais, Construção Sustentável e acabamos de lançar a publicação sobre a Sustentabilidade nas TIC.

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MUITAS SÃO AS DEFINIÇÕES EXISTENTES SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL. COMO É QUE NA PRÁTICA SE CARACTERIZA ESTE CONCEITO? QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS EIXOS DE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL PELAS QUAIS UMA EMPRESA SE DEVE PAUTAR? O WBCSD define a responsabilidade social empresarial (RSE) como um compromisso empresarial que contribua para um desenvolvimento económico sustentável, trabalhando com os seus colaboradores, as suas famílias, a comunidade local e a sociedade de forma a melhorar a sua qualidade de vida. Uma estratégia de RSE coerente, baseada em integridade, em valores sólidos e numa abordagem a longo prazo, oferece claros benefícios para as empresas e contribui para o bem estar da sociedade. Muitas empresas têm mudado a sua visão na estratégia de RSE, esta já não é vista como um custo ou um problema adicional, mas sim como uma forma de aliar bom senso a bons negócios de forma a contribuir para o sucesso empresarial a longo prazo. A publicação de Relatórios de Sustentabilidade constitui um fenómeno relativamente recente. No entanto, tem vindo a aumentar, sugerindo a existência de importantes benefícios internos derivados do processo de preparar e disseminar relatórios para ambos os públicos interno e externo, bem como da criação de sistemas de gestão de informação não financeira. Fundamentalmente, os relatórios constituem uma ferramenta para auxiliar as empresas a comunicar ao público como os seus negócios têm sido administrados eficientemente. Como benefícios adicionais desta ferramenta, surge o aumento da consciência dentro da empresa sobre as questões abordadas nos relatórios e a atenção interna para o desempenho da empresa.

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 9


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Entrevista POR GREENGOODS

LUÍS ROCHARTRE // SECRETÁRIO GERAL DO BCSD PORTUGAL

Os relatórios de sustentabilidade sinalizam tanto para a administração quanto aos demais colaboradores que a sua empresa encara com seriedade os valores e políticas sociais, os valores e politicas ambientais e a performance económica.

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O CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL TEM VINDO A SER CADA VEZ MAIS MEDIATIZADO. QUE FACTORES CONSIDERA QUE CONTRIBUIRAM PARA A GENERALIZAÇÃO DO FENÓMENO? Só nos últimos anos é que as empresas começaram a tomar consciência das inúmeras oportunidades que advêm da sua contribuição para um mundo sustentável, ao mesmo tempo que e a ciência tornou mais claros os impactes inerentes a um desenvolvimento não sustentável. O desenvolvimento sustentável tornou-se claramente uma prioridade para chefes de estado, empresas e comunidades. O apelo que é feito às empresas orienta-se principalmente para a inovação e para soluções e ferramentas imprescindíveis para potenciar o crescimento sustentável - em economias funcionais, populações, cidades e actividades económicas.

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A RESPONSABILIDADE SOCIAL, MAIS ESPECIFICAMENTE A AMBIENTAL, É AGORA ENCARADA COMO UMA FONTE DE VANTAGEM COMPETITIVA POR PARTE DAS EMPRESAS. NA SUA OPINIÃO, O “VERDE” É UMA MODA OU UM COMPROMISSO? Sem dúvida nenhuma é um compromisso. Contudo a resposta das empresas aos desafios da sustentabilidade ainda é muito diferenciada. Existe um pequeno grupo que já identificou a necessidade de responder positivamente e que integra essa resposta nas suas estratégias de negócio. Existe outro grupo de empresas que vai respondendo sobretudo em função do comportamento dos seus concorrentes, mas de uma forma menos sistemática e logo menos estratégica. Se analisarmos em número de empresas estamos a falar de uma

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representação muito diminuta do número total de empresas nacionais, mas se olharmos ao contributo para o PIB então já temos uma parcela significativa da economia nacional, correspondendo a um conjunto apreciável de grandes empresas. Os desafios actuais impõem que as empresas, e outras entidades, tenham um posicionamento transparente em relação aos temas da sustentabilidade, a sociedade como um todo pretende cada vez mais saber quais as convicções sobre estes temas, mas sobretudo conhecer quais a práticas e o contributo que as empresas dão para a sustentabilidade.

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QUAIS OS DESAFIOS QUE UMA EMPRESA AINDA ENFRENTA QUANTO O TEMA É RESPONSABILIDADE SOCIAL? A primeira grande questão a considerar na implementação de modelos de desenvolvimento sustentável tem a ver com a internalização dos conceitos e a sua conversão em práticas, por outras palavras, as empresas devem primeiro entender os conceitos e de seguida identificar qual a relação com a performance da empresa, seja a curto ou a longo prazo, só depois devem passar à acção. Outra dificuldade é a não existência de nenhuma fórmula ou receita universal para a implementação da sustentabilidade, e muito menos de sistemas certificáveis que respondam plenamente aos desafios, o caminho é menos determinístico, mas pode ser, alternativamente, de maiores e melhores resultados para as empresas. Temos assistido a um aumento das respostas estruturadas das empresas aos desafios sociais que se nos apresentam, a resposta tradicional por via da filantropia e do assistencialismo, tem dado lugar ao desenvolvimento de soluções, onde as empresas utilizam as suas capacidades e os seus produtos e serviços para endereçarem os desafios sociais.

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O QUE DEVE SER FEITO A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS PARA AMPLIAR A DIVULGAÇÃO DO CONCEITO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL? Para que a estratégia de sustentabilidade seja possível é necessário um diálogo aberto e parcerias construtivas com Governos, ONG’s, Sociedade Civil e especialmente, com as comunidades locais, reconhecendo e respeitando as diferenças locais e culturais, e ao mesmo tempo mantendo padrões e políticas globais consistentes. >

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 11


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Entrevista POR GREENGOODS

LUÍS ROCHARTRE // SECRETÁRIO GERAL DO BCSD PORTUGAL

Em Portugal as empresas começam já a tomar consciência de que têm de integrar práticas sustentáveis no seu modelo de gestão. De facto, um dos maiores desafios nesta área é a comunicação. Existe uma falta de disponibilização de informação e muitas vezes o que existe apresenta uma linguagem difícil ou confusa, que torna o desenvolvimento sustentável intangível. Também a falta de apoio de topo, iniciativas competitivas e processos internos são obstáculos. Contudo verificamos que cada vez mais os assuntos da sustentabilidade vão saindo das publicações técnicas para os meios generalistas, reflectindo a atenção crescente da sociedade a estes temas e a resposta de todos os media.

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A RESPONSABILIDADE SOCIAL TRAZ TRANSPARÊNCIA E ÉTICA PARA AS RELAÇÕES DA EMPRESA COM OS SEUS EMPREGADOS E COM OS SEUS CLIENTES. NO ENTANTO, MUITAS EMPRESAS AINDA NÃO SE APERCEBERAM DAS VANTAGENS COM O INVESTIMENTO NA ÁREA SOCIAL. É POSSÍVEL SEPARAR O ÊXITO EMPRESARIAL DO COMPORTAMENTO SOCIALMENTE RESPONSÁVEL? São hoje rejeitados pela sociedade comportamentos que causem impactes negativos no ambiente ou na sociedade, logo as empresas devem alinhar as suas estratégias com as expectativas da sociedade, e actualmente a sociedade não pede só às empresas produtos bons e baratos, mas sim produtos e serviços que respeitem o equilíbrio ambiental, promovam o bem-estar social e tudo isto ao melhor preço. Assim, não consideramos que o êxito esteja separado de um comportamento responsável. Para ser líder, uma empresa deve agir de forma consciente do impacte das suas acções. Integrar a sustentabilidade nos processos empresariais é hoje um desafio que as empresas não podem ignorar. No futuro, as empresas de sucesso serão as que inovam no objectivo tradicional de crescer financeiramente, ao mesmo tempo que aumentam o seu impacte social e diminuem

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o seu impacte ambiental. É necessário haver um equilíbrio entre os aspectos económicos, sociais e ambientais. Só se desenvolvem sustentadamente as empresas que equilibram o seu desempenho económico e ambiental com a sua performance junto da comunidade, através da criação de vantagens competitivas e eficiência, reformulando oportunidades e indo ao encontro das necessidades dos consumidores.

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VIU CRESCER UMA VISÃO, UM PROJECTO, UMA EQUIPA NO BCSD. QUAIS SÃO AS METAS QUE AINDA TEM POR ATINGIR? O BCSD Portugal é um caso de sucesso nacional, mas também internacional, a nível do WBCSD. As empresas a operar em Portugal têm demonstrado uma sólida adesão ao compromisso com a sustentabilidade. Desde a fundação do BCSD Portugal, em 2001, há cada vez mais empresas a integrar o desenvolvimento sustentável na sua estratégia de negócio. Actualmente o BCSD Portugal conta com 130 associados. Sendo 2011 o ano em que completaremos 10 anos de existência, iremos desenvolver um conjunto de acções que marquem este aniversário e que consolidem a afirmação do Conselho enquanto a organização líder nacional na abordagem das questões da sustentabilidade. Pretendemos também reforçar os laços com as nossas congéneres de língua oficial portuguesa – Moçambique e Brasil, bem como fomentar a criação de BCSD’s nos outros países que falam português, como Angola. #

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 13


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ESCRITÓRIOS VERDES FENG SHUI

A DISPOSIÇÃO DOS ESPAÇOS NUMA EMPRESA, DOS GABINETES EM SI MESMOS E ATÉ A FORMA DE COMO SE ORGANIZA UMA SECRETÁRIA, TEM MUITA INFLUÊNCIA NOS RESULTADOS PROFISSIONAIS QUER DO UTILIZADOR QUER DA PRÓPRIA ORGANIZAÇÃO.

POR SOFIA LOBO CERA IMAGENS::ISTOCKPHOTO

14 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

base de Feng Shui. Contudo, a Escola da Forma é a que prevalece face às outras e diz respeito à disposição dos móveis no interior ou mesmo à disposição do edifício no exterior de acordo com a envolvente.

AS VÁRIAS ESCOLAS Indo um pouco atrás, em Feng Shui existem várias Escolas - a Escola da Forma, a Escola da Bússola ou Oito Direcções e a Escola Intuitiva. A aplicação de cada uma depende do caso em análise, independentemente de todas partilharem os mesmos conceitos

Por esta razão, a maneira como se organiza uma empresa é muito importante, pois as implicações no equilíbrio e bem-estar dos colaboradores, e ainda nos resultados da própria empresa são evidentes. Como alguns de vós já sabem, sou da opinião que cada caso é um caso e que cada estudo é específico para determinada pessoa, habitação ou empresa. Contudo, há conceitos > gerais que se podem aplicar.

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 15


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ESCRITÓRIOS VERDES FENG SHUI POR SOFIA LOBO CERA

CONCEITOS GERAIS O GABINETE DA DIRECÇÃO GERAL DEVERÁ FICAR SITUADO NO SECTOR CARDEAL SUDESTE, POIS É A ÁREA DA PROSPERIDADE. O DEPARTAMENTO DOS RECURSOS HUMANOS E AS SALAS DE REUNIÕES DEVERÃO LOCALIZARSE A SUDOESTE, QUE É A ÁREA DOS RELACIONAMENTOS. O DEPARTAMENTO DE PUBLICIDADE DEVERÁ FICAR A SUL, SECTOR DA FAMA. A OESTE DEVEM LOCALIZAR-SE AS RELAÇÕES PÚBLICAS, POIS É O SECTOR DA CRIATIVIDADE, ENTRETENIMENTO E DIVERSÃO. AS VENDAS DEVERÃO SITUAR-SE NO SECTOR ESTE, QUE É O SECTOR RESPONSÁVEL PELA DINÂMICA, CRESCIMENTO E CRIAÇÃO DE NOVOS PROJECTOS. OS DEPARTAMENTOS DE ESTUDOS/TÉCNICOS FICARÃO A NORDESTE, QUE É A AREA DO CONHECIMENTO E DOS ESTUDOS.

16 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

Partindo de um ponto de vista macro para micro, comecemos pela localização da empresa no exterior. Quando se escolhe um local para a instalação de uma empresa há que ponderar vários aspectos. O mais importante é o histórico da localização. Se existiu nesse local uma empresa que caiu em falência, há que ter cuidado, embora, com cálculos avançados e específicos se possa determinar porque é que umas empresas podem prosperar nesse local e outras possam cair no insucesso. A envolvente, como a paisagem, as estradas, os edifícios devem ser estudados. É sempre bom que o alçado principal parte do edifício da empresa seja amplo, desafogado, para permitir que os horizontes sejam alargados. As traseiras devem ter um sustento, como uma montanha ou um prédio firme, para proporcionar protecção. Mais ou menos próximas das empenas laterais, será uma mais-valia a considerar a existência de pequenas elevações que protejam mas não oprimam nem sufoquem. O acesso não deve ser frontal, directo, de frente para a porta de entrada, pois induz a que tudo venha de enxurrada, como se a empresa fosse um alvo de recepção de externas influências. As esquinas dos edifícios envolventes funcionam como flechas de energia (chi) cortante e estas não devem ter a direcção da porta da empresa, nem do gabinete do CEO da organização.

DENTRO DA PRÓPRIA EMPRESA Já dentro da própria empresa, há que dispor os vários departamentos de acordo com os princípios do Feng Shui, para que as estruturas tenham melhores desempenhos, que conduzam a melhores resultados. Mas não é demais frisar que estas informações poderão sofrer algumas alterações consoante o tipo de negocio, do(s) dirigente(s) e ainda devido aos resultados dos estudos e cálculos mais específicos. Mas, de um modo geral, o gabinete da direcção geral deverá ficar situado no sector cardeal Sudeste, pois é a área da prosperidade. O departamento dos

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ESCRITÓRIOS VERDES FENG SHUI POR SOFIA LOBO CERA

recursos humanos e as salas de reuniões deverão localizar-se a Sudoeste, que é a área dos relacionamentos. Já o departamento de publicidade deverá ficar a Sul, sector da Fama. A Oeste devem localizar-se as relações públicas, pois é o sector da criatividade, entretenimento e diversão. As vendas deverão situar-se no sector Este, que é o sector responsável pela dinâmica, crescimento e criação de novos projectos. Os departamentos de estudos/técnicos ficarão a Nordeste, que é a area do conhecimento e dos estudos.

INDO AO PORMENOR Indo então mais ao pormenor, entramos agora na parte da disposição de um gabinete. De uma forma global, a secretaria deverá localizar-se por forma a que quem estiver sentado controle a porta, não ficando imediatamente de frente para esta. As costas da pessoa deverão ficar protegidas por uma parede e não contra uma porta, janela ou corredor, pois isso irá criar stress, ansiedade e desequilíbrio, não permitindo que seja suficientemente produtivo. Além do mais, ficar de costas para janelas pode provocar situações de rumores e vai contra as regras de higiene, saúde e segurança no trabalho (HSST). AS CADEIRAS DEVEM TER UMAS COSTAS FIRMES E FECHADAS, E DOIS BRAÇOS PARA CONFERIREM UMA BOA PROTECÇÃO.

O DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E O GABINETE DA DIRECÇÃO FINANCEIRA DEVERÃO LOCALIZAR-SE NO SECTOR NOROESTE, QUE É A ÁREA DA ALTA FINANÇA, DO PODER E DA LIDERANÇA.

NO SECTOR NORTE, DEVERÁ FICAR A RECEPÇÃO, POIS ESTE SECTOR DIZ RESPEITO AO INÍCIO DA CARREIRA, E NO SECTOR DO CENTRO DEVERÁ LOCALIZAR-SE A SALA DE ESPERA, POIS É UMA ZONA DE MOVIMENTO.

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A colocação de plantas no seu gabinete são uma excelente solução para estas situações, bem como estimulam uma harmonia e equilíbrio que permitem transformar as energias menos benéficas em energias e ambientes mais saudáveis. Acrescento ainda que nos sectores Este e Sudeste da empresa se podem colocar zonas de plantas e espaços verdes, que são estimulantes para quem trabalha e vão ainda ao encontro do Elemento Árvore do Este e Sudeste (tema já falado em artigos anteriores). Os armários não deverão ser estantes abertas, é preferível que sejam fechados, principalmente se colocados nas costas do utilizador. As prateleiras funcionam como energia cortante, destabilizam, comprometendo a eficácia e a produtividade. Os materiais, devem ser escolhidos de acordo com as energias de cada um e do espaço em si, sendo este assunto já mais específico e difícil de retratar de um modo tão geral. Todavia, os materiais deverão ser sempre amigos do Ambiente, pois além

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 17


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de proporcionarem um maior e melhor equilíbrio e bem-estar, a sua empresa contribuirá ainda para um mundo melhor. A organização das secretárias também não deve ser descurada. Se souber para onde a mesma está direccionada, melhor, pois permite-lhe potenciar os resultados com a descrição a seguir. Caso não saiba, pode assumir de acordo com o método intuitivo, em que o centro ao baixo é sempre o Norte, tal como mostra a figura seguinte.

SE E NE

S Centro N

SO O NO

Assim, SE: Colocar na posição vertical, como por exemplo, em “botas” de madeira ou de cartão verde, sempre em materiais amigos do ambiente, os projectos em curso. Aqui poderá colocar também as facturas a receber, caso aplicável, pois como é a área da prosperidade, convém que estas se recebam depressa. S: Se tiver algum troféu, é a zona indicada. Caso não tenha também poderá colocar umas velas e acendê-las de vez em quando para dar bom cheiro e uma energia acolhedora, para que sinta bem no local de trabalho. E: Colocar uma planta, como por exemplo, um tronco de bambu, para estimular o empreendorismo, o crescimento e a realização dos projectos novos e em curso.

N: Computador portátil. NO: Telefone, agenda, contactos e facturas a pagar. O: Colocar um objecto que estimule a sua criatividade. O ideal será algo em metal. SO: Colocar uma fotografia, como por exemplo, da sua equipa de trabalho para promover o bom relacionamento entre todos. Centro: Deverá ficar vazio depois de terminar o seu dia de trabalho. A secretária deverá ficar sempre arrumada para que o dia seguinte comece em harmonia e cheio de energia para realizar todas as suas tarefas da melhor forma, atingindo melhores resultados. Por fim, claro que se tudo isto se puder conjugar com as melhores orientações quer da empresa, quer dos colaboradores, tanto melhor. Acrescento ainda que estas informações apenas dizem respeito à Escola da Forma. Devem efectuar-se estudos mais aprofundados e específicos, pois desde a zona e disposição onde e como se colocam secretárias, portas, janelas, luminosidade, decoração, materiais, à estrutura da recepção, e não só, podem obter-se melhores resultados. Se aplicar apenas estes conceitos, já estará num bom caminho, mas, convenhamos, haverá ainda um percurso a percorrer! #

NE: Colocar um cristal, por exemplo, de ametista para purificar o ambiente e absorver as más energias.

18 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

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ESCRITÓRIOS VERDES GRANDE IMPACTO VISUAL, PEQUENO IMPACTO AMBIENTAL Dispensador Post-it em ZIG-ZAG Reciclado Fabricante_3M Website_www.3m.pt // www.post-it.com Preço_(PVP recomendado) 4.75€ Atributos ecológicos_estes Dispensadores Post-it® são produzidos com fibra de papel com certificação ambiental “Blue Angel”*, contribuindo para a preservação do meio-ambiente. *”Blue Angel” preserva os recursos naturais pois recorre à utilização de 100% de papel recuperado.

20 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

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Nokia 6700 Slide Alluminium Raw Fabricante_Nokia Website_www.nokia.pt Preço_209€ Atributos ecológicos_modelo comercializado num pack sem carregador, num projecto pioneiro em Portugal e no Reino Unido, incentivando a reutilização dos carregadores de equipamentos Nokia anteriores; embalagem de tamanho reduzida, de forma a aproveitar melhor o espaço de transporte destes equipamentos, permitindo poupar em energia, matéria-prima e reduzir as emissões de CO2; o valor do carregador é entregue pela Nokia à WWF para a plantação de árvores; lembrete para desligar o carregador quando a bateria

Nokia Bicycle Charger Kit Fabricante_Nokia Website_www.nokia.pt

NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE

Preço_disponível em breve Atributos ecológicos_produz energia de forma gratuita e ecológica através da pedalagem; Atinge o mesmo desempenho de um carregador comum; resiste à humidade e ao pó devido ao seu duplo isolamento.

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 21


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Calculadora Escolar FX-82MS Fabricante_Casio Website_www.casio.pt Preço_10€ Atributos ecológicos_funciona com apenas 1 pilha AA (incluída) que dura 10 anos em utilização regular.

Bloco de tomadas master/slave Bandridge BE5116 Fabricante_Bandridge (representação Videoacústica) Website_www.videoacustica.pt Preço_46.49€ Atributos ecológicos_desliga automaticamente todos os aparelhos ligados a tomadas “slave” quando o aparelho ligado à tomada “master” é desligado, de forma a acabar com os consumos em stand-by de forma automática.

Videoprojectores Green Slim Fabricante_Casio Website_www.casio.pt Preço_desde 900€ Atributos ecológicos_fonte de luz híbrida LED+Laser ecológica de alta duração (30 mil horas) e sem mercúrio.

22 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

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Acer TimelineX Fabricante_Acer Website_www.acer.pt Preço_desde 700€ Atributos ecológicos_ênfase na gestão de energia; construção pensada para consumo energético mínimo; transformador desliga-se automaticamente quando a bateria está carregada, evitando consumos residuais e aumentando a duração da bateria. Painel LCD com retro-iluminação LED sem mercúrio.

ASUS U43JC Fabricante_ASUS Website_www.asus.pt Preço_999€ Atributos ecológicos_o bambú é um recurso rápido a ser regenerado pela natureza e a sua utilização tem um impacto muito reduzido sobre o meio ambiente como um todo. Utilizar bambu também limita a utilização de plástico em 15%*. A Asus não se preocupou apenas com o ambiente na construção do notebook, mas reflectiu essa preocupação na embalagem do produto que é feito de 100% de pasta de bambú natural e reciclável.

Office 2010 Casa e Negócios 201X Fabricante_Microsoft Website_http://office.microsoft.com Preço_a partir de 249,99€ Atributos ecológicos_materiais da Caixa 100% reciclados, 37% de redução de peso e redução dos elementos contidos na caixa.

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine #23


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Opinião A SUSTENTABILIDADE NÃO É SÓ RESPONSABILIDADE SOCIAL A SUSTENTABILIDADE NÃO É APENAS UMA CONSEQUÊNCIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA. É BOA PARA O NEGÓCIO. CONDUZ À INOVAÇÃO... INSPIRA OS COLABORADORES E OS ACCIONISTAS... E AJUDA AS EMPRESAS A OPERAREM COM MAIS EFICIÊNCIA E A REDUZIREM OS SEUS CUSTOS OPINIÃO DA XEROX POR SANDRA ANDRADE // COMMUNICATION MANAGER

A sustentabilidade é um tema importantíssimo para o modo de estar no mercado e, por isso, muito importante para o sucesso presente e futuro. Mas a verdade é que muitas organizações ficam aquém dessas metas. Então, qual é o problema? Muitas empresas não conseguem tornar a sustentabilidade uma parte essencial do seu negócio. É certo que numa economia global incerta, é difícil para as empresas investirem em algo que não sejam as actividades fundamentais. Mas, novos ciclos económicos virão e a sustentabilidade irá ter uma posição de alta prioridade nas agendas dos decisores, e por uma simples razão: é de vital importância para o futuro de todos.

24 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

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Por isso, esta é um óptima altura para as empresas começarem a pensar sobre qual o papel que a sustentabilidade tem ou terá na sua organização. O caminho é descobrir como ser parte integrante do planeamento de todas as suas operações em toda a sua cadeia de valor e não ser um tema relegado para segundo plano. ENTÃO COMO SE MANTER PRODUTIVO E AO MESMO TEMPO UTILIZAR OS RECURSOS DA FORMA MAIS ADEQUADA E AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEL? Consideremos por exemplo a reciclagem numa operação de fabrico. É uma parte muito importante de uma abordagem sólida para a sustentabilidade. Mas isso geralmente ocorre no final de um processo, não no início. Mas, o que acontecerá se tornar a sustentabilidade parte essencial da sua estratégia de desenvolvimento de produtos? Então, poderá projectar os seus produtos desde o início, de forma a minimizar o desperdício e ser mais eficiente em termos energéticos. E assim reduzir drasticamente a necessidade de reciclagem no fim do processo. Resultado: reduz custos em todas as fases do processo de fabrico e acrescenta valor aos produtos no mercado. Possivelmente isto pode soar a uma boa teoria. Mas funciona também na prática. Na Xerox, por exemplo, redesenham-se componentes essenciais dos equipamentos para que durem mais 60% do tempo. Este passo simples, reduziu a necessidade de produzir mais de 77.000 quilos de materiais que teriam de ser posteriormente transportados, instalados e eventualmente

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reciclados. Claramente, esta melhoria reduziu o impacto no meio ambiente, ao mesmo tempo que ajudou a melhorar a satisfação dos clientes e a reduzir os custos. Acredito que só é possível obter essas dinâmicas e benefícios multifacetados se a sustentabilidade se tornar uma força motriz na estratégia das organizações. O PAPEL CONSTITUI UM RECURSO RENOVÁVEL, MAS SERÁ QUE É POSSÍVEL MELHORAR O AMBIENTE UTILIZANDO-O DA FORMA MAIS CORRECTA? Memos, relatórios, facturas, formulários, apresentações e instruções, são sinónimo de um escritório activo e demonstram o papel vital que os documentos impressos têm no nosso quotidiano. No entanto, estudos realizados demonstram que quem trabalha num escritório deita fora 45% dos documentos decorridas 24 horas após a sua impressão. Se pensarmos antes de imprimirmos e escolhermos o papel mais adequado para determinada tarefa, podemos reduzir o impacto ambiental da nossa actividade no escritório. Pode constituir surpresa o facto da Xerox se preocupar com o uso excessivo de papel. Afinal de contas, está no negócio da impressão em papel, mas a verdade é que sendo a Xerox a marca de papel n.º1 na Europa e um dos maiores fornecedores de papel para ambiente de escritório, tem vindo a ajudar os seus clientes a introduzirem boas-práticas para > uma correcta utilização do papel.

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine #25


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OPINIÃO DA XEROX POR SANDRA ANDRADE // COMMUNICATION MANAGER

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USE AMBAS AS FACES DO PAPEL

Esta técnica denomina-se ‘impressão duplex’ e é a melhor e única forma de reduzir o uso de papel. Por isso, escolha impressoras digitais e dispositivos multi-funcionais que possam imprimir em ambas as faces do papel. Depois configure o equipamento para que imprima por defeito em modo ‘duplex’.

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ADIRA AO DIGITAL

Poupe nos portes de correio, passando a digitalizar e enviar ficheiros electrónicos. Deixe que seja o destinatário a decidir se quer imprimilos ou não. Hoje os equipamentos de escritório já possuem a opção “digitalizar para ficheiro”, podendo assim substituir os ficheiros em papel por electrónicos.

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TRABALHE EM REDE

Utilize software para simplificar a forma como usa os documentos. Reduza o tempo e energia gastos nos processos baseados em papel com a utilização de software de gestão de documentos e de ferramentas colaborativas.

26 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

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SEJA SELECTIVO

Imprima o que precisa apenas quando precisar. Por exemplo, imprima apenas a porção do relatório que precisa, e não todas as páginas. Faça uma pré-visualização do que pretende imprimir de modo a evitar a impressão de páginas com informação sujeita a desactualização. Não amontoe formulários, pré-impressos ou instruções que irão ficar fora de validade.

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ESCOLHA O TIPO DE PAPEL CERTO

Existem enumeras opções de papel que promove práticas ambientais. E não é apenas papel reciclado. Por exemplo, o papel Xerox High Yield Business PaperTM é produzido utilizando-se metade das árvores que o papel convencional usa.

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UTILIZE PAPEL CERTIFICADO

A impressão em papéis certificados por organizações globais, tais como o Forest Stewardship Council ou o Programme for the Endorsement of Forest Certification, garante que o papel que utiliza cumpre as normas internacionais mais exigentes quanto à sustentabilidade da silvicultura.

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REDUZIR CUSTOS DANDO A MELHOR VISIBILIDADE AOS SEUS DOCUMENTOS?

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RECICLE PAPEIS

Instale recipientes de reciclagem no escritório para recolher o papel usado para que a fibra possa ser usada outra vez. A reciclagem de fibras salva as árvores, reduz o consumo de energia e de água, exige menos químicos e mantém o papel afastado dos aterros sanitários. Os produtores de papel evitam a utilização de 3,5 toneladas de fibra virgem, por cada tonelada de material reciclado utilizado.

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SEPARE O LIXO

Não deite para o lixo toners vazios. Devolva-nos os toners usados, para que os possam ser reciclados ou reutilizados e considere a adopção de equipamentos de tinta sólida, que geram menos 90% de desperdícios quando comparados com as tradicionais impressoras laser.

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SELECIONE FORNECEDOR ADEQUADO

Procure equipamentos de escritório que sejam concebidos com vista à sua reutilização e reciclagem dos seus componentes.

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Quando se fala de estratégias de sustentabilidade associadas aos ciclos de produção de documentos, várias são as medidas que são já normalmente aceites: imprimir menos, digitalizar, imprimir preto e branco e em frente e verso. E na realidade todas estas estratégias são ambientalmente benéficas, impactando positivamente na redução de custos de exploração (papel, consumíveis, etc.). Mas como referia atrás não basta introduzir boas práticas ad-hoc, mas integrá-las nos processos de trabalho. Veja por exemplo, uma empresa de consultoria ou de projectos. A sua actividade assenta em apresentar aos seus clientes documentos impressos profissionais, de boa qualidade e a cores. A Xerox descobriu como compatibilizar essas necessidades com a sustentabilidade, ao desenvolver a tecnologia exclusiva de tinta sólida que garante a redução de custos na impressão de documentos, mesmo a cores dando às empresas ainda benefícios ambientais. No final de 2008 a Xerox lançou a ColorQube fruto do investimento em inovação e que reduz os custos de impressão a cores em 62% e os resíduos poluentes em 90%. E ainda das análises efectuadas por entidades externas, certificaram que a ColorQube utiliza menos 9% de energia no seu ciclo de vida e produz menos 10% de gases com efeito de estufa, quando comparada com a tecnologia laser e os sticks de tinta, semelhantes a lápis > de cera e por isso não tóxicos.

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine #27


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OPINIÃO DA XEROX POR SANDRA ANDRADE // COMMUNICATION MANAGER

Com um preço a partir de 15.170€, as empresas podem ter mais por menos: a mais avançada tecnologia de multifunções (cópia, impressão, fax e digitalização) com os benefícios da cor, tirando a barreira dos custos operacionais da equação.

O plano de preços reduz significativamente os custos das páginas a cores pois ajusta o preço ao tipo de trabalho (mancha de impressão). Simplificando, os clientes pagam apenas pela quantidade de cor utilizada numa determinada pagina. SERÁ POSSÍVEL POUPAR, MESMO SEM IMPRIMIR UM DOCUMENTO? Quando falamos de sustentabilidade e de boas práticas ambientais relacionado com a produção de documentos, uma das variáveis que é muitas vezes esquecida é a questão do consumo energético. À medida que os equipamentos multifuncionais se tornam cada vez mais vulgares, as empresas tendem a não avaliar determinados aspectos, como a questão dos equipamentos terem ou não certificação ENERGY STAR.

28 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

Por outro lado, a correcta utilização dos equipamentos leva a que a sua vida útil se estenda no tempo mas a actualização de soluções tecnológicas mais antigas por sistemas novos e mais eficientes, permite alcançar um conjunto de poupanças. Senão vejamos: substituir copiadoras, impressoras, fax e digitalizadores por Multifuncionais que desempenham todas essas as tarefas, permite reduzir para cerca de 1/3 a energia consumida por vários equipamentos distintos em separado. No inicio deste ano a Xerox lançou o sistema Multi-funcional Xerox WorkCentre 7120 que eleva os standards de mercado, no que diz respeito às economias ambientais. A WorkCentre 7120 é um multi-funcional potente e fácil de utilizar que melhora a forma como se pode trabalhar. Com um preço apartir de 5.490€, trabalha em silêncio graças a inovadores componentes que garantes os mais baixos níveis de ruído do mercado e tem dos mais baixos consumos de energia, quer em modo de espera, quer mesmo em produção. #

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine #29


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Entrevista POR GREENGOODS

ISABEL BORGAS // DIRECTORA DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E RESPONSABILIDADE CORPORATIVA DA OPTIMUS

Temos também, vindo a trabalhar a diferentes níveis no ciclo de vida das embalagens. Desde o design da embalagem, passando pela montagem e transporte, utilização, e finalmente a retoma e reciclagem. Em todos estes processos procuramos constantemente melhorar a sua eco-eficiencia.

I

A OPTIMUS ESTÁ INSERIDA NUM DOS MAIORES GRUPOS EMPRESARIAIS DO PAÍS – SONAECOM – QUE TEM VINDO A APOSTAR CADA VEZ MAIS NO SEU COMPROMISSO COM O AMBIENTE E A SUSTENTABILIDADE. EM TRAÇOS GERAIS QUE ESFORÇOS TÊM VINDO A SER FEITOS A NÍVEL CORPORATIVO PARA MINIMIZAR OS IMPACTES AMBIENTAIS NEGATIVOS E POTENCIAR OS POSITIVOS? O nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável está directamente ligado à nossa ambição de sermos o melhor prestador de serviços de comunicações em Portugal. Acreditamos que esta indústria oferece inúmeras oportunidades de criação de uma sociedade melhor e estamos fortemente empenhados em desenvolver constante e consistentemente produtos, serviços e soluções inovadoras que não só satisfaçam as necessidades dos mercados em que actuamos, mas que também gerem valor para os nossos clientes, parceiros, accionistas e comunidade.

30 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

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Em 2009, decidimos, levar a cabo um diagnóstico com vista a poder definir uma estratégia que nos permita não só diminuir o nosso impacte carbónico, mas também melhorar e inovar do ponto de vista da eficiência energética. As emissões foram determinadas, de acordo com o Greenhouse Gas Protocol, para as diferentes empresas e actividades da empresa. Foram também efectuados casos de estudos para alguns produtos, nomeadamente ao nível da conversação, navegação na Internet e distribuição logística.

energética e redução das emissões de gases com efeito de estufa.

I

GREENGOODS – O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) DA SONAE ENCONTRA-SE CERTIFICADO PELA NORMA NP EN ISO 14001. NA SUA PERSPECTIVA, QUAL A IMPORTÂNCIA DESTA CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL? É VALORIZADA E RECONHECIDA PELOS ACCIONISTAS, PELO MERCADO E COMUNIDADE? Enquanto organização empenhada em contribuir para um mundo mais equilibrado, a Sonaecom desenvolve e adopta processos que visam reduzir significativamente o impacte das suas próprias actividades. Em 2009 mantivemos a certificação do nosso Sistema de Gestão Ambiental (SGA), em conformidade com a norma NP EN ISO 14001, uma certificação que data já de 2003. O SGA actua como um instrumento de gestão fundamental para garantir a conformidade dos seus processos com a legislação ambiental e com as melhores práticas ambientais, para todas as suas empresas, numa óptica de eco-eficiência. Este sistema de gestão privilegia o controlo dos impactes ambientais de todas as actividades, produtos e serviços e potencia a melhoria do seu desempenho. Os nossos processos SGA são comunicados regularmente às nossas partes interessadas mais relevantes, assegurando que estas têm consciência dos objectivos estabelecidos e que podem contribuir para os alcançarmos. Gerir as questões ambientais implica este envolvimento com as partes interessadas fundamentais da empresa. Acreditamos firmemente que é deste envolvimento que podemos retirar as melhores orientações para seguir um caminho sustentável, com benefícios para todos.

I

OS VÁRIOS PLAYERS NO MERCADO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) ESTÃO CADA VEZ MAIS EMPENHADOS COM O AMBIENTE. NUM SECTOR EM QUE A ENERGIA ELÉCTRICA É UM RECURSO PRIMORDIAL, QUE MEDIDAS TÊM VINDO A SER ADOPTADAS PARA PROMOVER PRODUTOS E SERVIÇOS ENERGETICAMENTE EFICIENTES E SENSIBILIZAR O CONSUMIDOR PARA ESTE ATRIBUTO? Temos vindo a aumentar a eficiência energética e nesse sentido, implementámos algumas medidas como por exemplo a tecnologia freecooling para os data centers e MSC (Mobile Switching Centres – centros de controlo e de comutação) que consiste no aproveitamento do ar atmosférico para refrigerar o ambiente das salas técnicas, em substituição total ou parcial dos sistemas de refrigeração convencionais. Realizamos, igualmente, um diagnóstico com vista a poder definir uma estratégia de baixo carbono que nos permita não só diminuir o nosso impacte carbónico, mas também melhorar e inovar do ponto de vista da eficiência energética. O diagnóstico permitiu, por um lado, analisar a pegada de carbono, identificando as principais fontes de emissão de gases com efeitos de estufa e perceber quais as actividades levadas a cabo com maior intensidade carbónica e, consequentemente, com maiores oportunidades para redução da pegada associada à nossa actividade. Por outro lado, foi elaborado um benchmark sobre o posicionamento de outras empresas em matéria de energia, carbono e alterações climáticas. Deste diagnóstico decorreu o desenvolvimento de uma estratégia de baixo carbono, agora em análise, norteada por três eixos: monitorização das principais fontes de emissão de gases com efeito de estufa, sensibilização de todas as partes interessadas para a problemática das alterações climáticas e esforço para o aumento da eficiência

NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE

I

GREENGOODS - UMA DAS MEDIDAS PARA AVALIAR O “QUÃO VERDE” É UM PRODUTO/ SERVIÇO É A ANÁLISE DO SEU CICLO DE VIDA, OU SEJA, CONSIDERARMOS NÃO SÓ O FABRICO E UTILIZAÇÃO DO PRODUTO, MAS TAMBÉM O SEU FIM DE VIDA. QUE INICIATIVAS TÊM VINDO A SER TOMADAS PELA OPTIMUS NO QUE CONCERNE AO DESENVOLVIMENTO DOS SEUS PRODUTOS (GESTÃO DE RECURSOS, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, RECICLAGEM)? A Sonaecom tem vindo a tomar iniciativas importantes para reduzir o consumo de materiais, sobretudo de papel, através da desmaterialização de diversos processos, nomeadamente com processamento electrónico

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Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine # 31


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Entrevista POR GREENGOODS

ISABEL BORGAS // DIRECTORA DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E RESPONSABILIDADE CORPORATIVA DA OPTIMUS

de facturas internamente e com redução do número de páginas envolvidas nos ciclos de facturação externamente. Estas medidas permitem obter reduções do uso de tonners, energia, papel e, do número de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (EEE). Temos também, vindo a trabalhar a diferentes níveis no ciclo de vida das embalagens. Desde o design da embalagem, passando pela montagem e transporte, utilização, e finalmente a retoma e reciclagem. Em todos estes processos procuramos constantemente melhorar a sua eco-eficiencia. A Sonaecom têm em vigor contratos com a Sociedade Ponto Verde, Ecopilhas e ERP para a recolha e encaminhamento dos resíduos de embalagens, resíduos de pilhas e acumuladores (baterias de telemóveis e portáteis) e, resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos respectivamente.

I

GREENGOODS – O CONSUMIDOR HOJE EM DIA ESTÁ CADA VEZ MAIS INFORMADO E EXIGENTE NO QUE DIZ RESPEITO AO AMBIENTE. AO NÍVEL DAS TIC, QUE EVOLUÇÕES E TENDÊNCIAS TÊM VINDO A SER MAIS RELEVANTES? A Sonaecom considera a gestão ambiental um factor estratégico para a competitividade e criação de valor. Ou seja, consideramos que o nosso desempenho ambiental traz benefícios claros, não só para a empresa como também para a sociedade como um todo. Operamos num sector com um forte potencial para reduzir o impacte ambiental tanto interno como externo, porque assenta essencialmente em tecnologias digitais, promotoras da desmaterialização e da redução do impacte ao nível do consumo de recursos naturais. Enquanto fornecedor de soluções de informação e comunicação assentes em suportes nãofísicos, os nossos progressos reflectem-se de forma exponencial em toda a sociedade, de uma

32 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

No dia do Ambiente, numa iniciativa conjunta entre a Sony Ericsson, Optimus e QUERCUS, foi lançada uma campanha em que na compra de um Sony Ericsson Elm, telemóvel do portfólio GreenHeart™ da Sony Ericsson, e comercializado pela Optimus, era plantada uma árvore na Serra do Caramulo e emitido um certificado ao cliente, que contribui assim para a melhoria do meio ambiente.

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forma geral, e no tecido empresarial, de uma forma particular. Neste sentido, em 2008 participámos no projecto SMART Portugal 2020, um estudo lançado pela Associação para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) com o objectivo último de promover a redução de emissões e o aumento da eficiência energética através das TIC. O trabalho foi desenvolvido em três fases: • Uma primeira fase dedicada a estabelecer a pegada portuguesa actual e prevista com a manutenção de tendências actuais (cenário Business-As-Usual) para 2020, realçando a pegada do sector das TIC; • Uma segunda fase para avaliar o potencial das TIC para a melhoria da situação nos diferentes sectores da economia; • Finalmente, uma terceira fase para identificar um plano de acção, incluindo uma análise de alto nível de requisitos de implementação. No estudo conclui-se que as TIC têm um potencial de redução de emissões de CO2 de cerca de 15% das emissões globais portuguesas esperadas em 2020, com um valor económico directo associado a estas reduções na ordem dos 2,3 mil milhões de euros. Alcançar esta meta, depende, de acordo com os responsáveis do estudo, do desenvolvimento de tecnologias e soluções eficientes em termos de custos e da sua aplicação no mercado.

I

A OPTIMUS TEM IMPLEMENTADO ALGUMAS INICIATIVAS NA ÁREA DO AMBIENTE, COMO POR EXEMPLO, A CAMPANHA DE REFLORESTAÇÃO NA SERRA DA LOUSÃ. FALE-NOS UM POUCO DOS OBJECTIVOS DESTA CAMPANHA E DOS RESULTADOS ESPERADOS? Em Junho deste ano, em parceria com a Fundação Floresta Unida, lançámos uma campanha de reflorestação que tem como objectivo plantar 100.000m2 de árvores na Serra da Lousã e proceder à sua manutenção por um período de 30 anos. Esta iniciativa está associada à adesão à factura electrónica por parte dos clientes Optimus Kanguru. Desta forma, consideramos que, não só estamos a cumprir o nosso papel no desenvolvimento de iniciativas que contribuem para a redução da pegada de carbono, reduzindo o impacto da nossa actividade, mas também sensibilizamos os nossos clientes, ao mesmo tempo que se podem envolver activamente num projecto de evidente valor ambiental para as florestas portuguesas. Para atingir este objectivo, a Optimus conta com a participação activa dos seus Clientes Optimus

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Kanguru, aos quais propõe a adesão, de forma simples e rápida, à modalidade de factura electrónica.

I

QUE OUTRAS MEDIDAS DE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL E EDUCAÇÃO DO CONSUMIDOR IMPLEMENTADAS PELA OPTIMUS GOSTARIA DE DESTACAR?

No dia do Ambiente, numa iniciativa conjunta entre a Sony Ericsson, Optimus e QUERCUS, foi lançada uma campanha em que na compra de um Sony Ericsson Elm, telemóvel do portfólio GreenHeart™ da Sony Ericsson, e comercializado pela Optimus, era plantada uma árvore na Serra do Caramulo e emitido um certificado ao cliente, que contribui assim para a melhoria do meio ambiente. Adicionalmente, no site da Sonaecom disponibilizamos informação sobre a utilização responsável dos nossos produtos. Os sites das nossas marcas também dispõem dessa informação ou remetem para a informação disponível no site da Sonaecom. Esta informação é periodicamente actualizada.

I

OS LEITORES DA GREENGOODS SÃO UM PÚBLICO QUE TEM ESPECIAL INTERESSE PELO AMBIENTE E ECOLOGIA. QUE ATRIBUTOS ECOLÓGICOS ACONSELHA A QUE TENHAM ATENÇÃO AQUANDO DA COMPRA DE UM EQUIPAMENTO/SERVIÇO MÓVEL? A nível empresarial existem processos, quer administrativos quer operacionais, onde os serviços de telecomunicações pelas suas características de desmaterialização poderão ser um aliado de extrema importância para desenvolver um negócio de baixo carbono, nomeadamente: • soluções de videoconferência para evitar viagens • envio de facturação electrónica • monitorização remota, de viaturas, equipamentos, condições naturais • controlo e administração remota de processos. De forma muito genérica, recomendaria que ao desenharem os processos de gestão do novo negócio, considerassem logo à partida e, com peso significativo no meio de tantas outras variáveis de decisão, o recurso às inúmeras soluções que o sector das Tecnologias de Informação e Comunicação disponibilizam, como forma desmaterializar e assim simplificar e agilizar os processos de negócio. #

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine #33


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34 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

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Testemunho LUÍS FERREIRA

// DIRECTOR DE PESSOAS E SERVIÇOS JURÍDICOS DA Allianz Portugal Num contexto em que pensar em sustentabilidade é uma obrigação de todos nós, a Allianz Portugal, empresa onde trabalho, não podia estar afastada dessas preocupações. Para mais, quando se encontra integrada num Grupo Internacional como o Grupo Allianz, extremamente empenhado e activo nessas áreas. É aliás com orgulho que podemos referir que o Grupo Allianz integra o Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI) desde o ano 2000, tendo liderado durante os anos de 2006 e 2007 e mantido posições cimeiras desde então.

Na pura actividade seguradora – o nosso core business – também estamos atentos às tendências do mercado e à evolução natural das sociedades, cada vez mais voltadas para a protecção ambiental, sendo disso exemplo os seguros de Responsabilidade Ambiental

Em Portugal temos vindo a desenvolver cada vez mais actividades e a alterar ao máximo os nossos comportamentos sempre que possível. Começamos por nos empenhar num projecto de digitalização de documentos, que já abrange toda a Companhia, e que permite reduzir enormemente a utilização de papel. Ao digitalizarmos todos os documentos que chegam à empresa, conseguimos que a partir dai as pessoas utilizem apenas a imagem electrónica, poupando-se papel em quantidades muito significativas. Estamos já a reciclar todos os materiais de impressão usados, como tonners e tinteiros. O papel que é utilizado, sempre que necessário, é também reaproveitado ao máximo, através de impressões em dupla face. Na Allianz Portugal disponibilizamos online, através da nossa Intranet, um conjunto de informação que antes era impressa, como por exemplo magazines e boletins informativos internos. Com esta atitude, inovamos e ao mesmo tempo limitamos o gasto de papel sem necessidade. Também no nosso site cada vez mais disponibilizamos informação que antes era enviada em papel aos nossos clientes. Na pura actividade seguradora – o nosso core business – também estamos atentos às tendências do mercado e à evolução natural das sociedades, cada vez mais voltadas para a protecção ambiental, sendo disso exemplo os seguros de Responsabilidade Ambiental, em que para além da simples indemnização, se procura assegurar a protecção e a reposição do ecossistema danificado por uma

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qualquer catástrofe natural. Alinhados com as políticas ambientais do Grupo Allianz, temos também procurado apoiar o crescimento das chamadas energias verdes, investindo no seu desenvolvimento tecnológico e apoiando a sua implantação nos diferentes mercados. Duas vezes por ano, participamos numa acção “verde”, através da limpeza de terreno e plantação de árvores, em conjunto com a ANEFA. Este projecto consiste em escolher uma área desflorestada do país e recrutar voluntários internos para irem limpar o terreno na Primavera e fazer a plantação de árvores – oferecidas pela Allianz – no Outono. Em termos pessoais, tento reavaliar os meus hábitos e actividades e adaptá-los a uma maior consciência ambiental. Acredito, tal como a minha família, que são os pequenos gestos que podem fazer a diferença. Em casa, a separação do lixo tornou-se uma actividade quotidiana. Todos os dias, após as refeições, o uso de um produto ou a arrumação diária, sabemos que devemos separar o plástico, vidro, papel. Tentamos também, no nosso dia-a-dia, não exagerar o uso de recursos, como a luz e a água e apostamos sempre que possível na compra de lâmpadas de baixo consumo. Da mesma maneira, habituámo-nos a desligar directamente no botão alguns dos equipamentos eléctricos (televisão, aparelhagem, DVD, etc), em vez de os deixarmos em modo stand-by, porque ganhamos consciência que isso continua a consumir energia. E fazemos estes actos com convicção mas ao mesmo tempo com naturalidade, porque já passaram a constituir parte do nosso diaa-dia, sem qualquer esforço. No fundo, as sociedades vão evoluindo e nós evoluímos com elas, seja como pessoas individuais, seja no âmbito das empresas onde trabalhamos. Pelo menos é essa a opção da Allianz e a minha, porque sabemos que só assim poderemos contribuir para um mundo mais sustentável, em que o futuro nos sorria e se apresente cada vez mais Verde!

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine #35


GREEN TIPS

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Substitua as lâmpadas inc andescentes por lâmpadas economizado ras. Instale detectores de presença que activem a iluminação apenas quando existem pessoas no local. rque Opte por computadores portáteispopodendo são energicamente mais eficientes90%. reduzir o consumo de energia até

Diminua a intensidade da iluminação do ecrã do portátil para que a bateria dure mais tempo.

Desligue as luzes e os Não deixe os equipam equipamentos antes de sair. gastar energia desne entos em stand-by para não cessariamente. Utilize tinteiros reutilizáveis.

do.

ecicla r l e p a p o l e Opte p

Imprima só se não puder evitar, utilize sempre o verso das folhas impressas para novas impressões em modo de rascunho ou para apontamentos. 36 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

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ene rgia

ar q s ol

u e pu der.

Premeie a eficiência dos equipamentos. Leia a etiqueta energética e procure o logo “energy star” nos aparelhos electrónicos que adquirir.

os

e

Re cic l

toda a

eléctricos e electrón s o t n ico me a p i u q

s.

Aproveit e

e

Evite o uso do ar condicionado e outros sistemas de climatização. Isole eficazmente portas, janelas, paredes, tecto e pavimento.

Diminua as viagens de trabalho. Tente substituí-las por teleconferências ou vídeo-conferências.

Fonte: “Conselhos de eficiência na empresa”, http://www.eco.edp. NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine #37


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38 # Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine

NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE


sugestão de leitura GREEN TARGET AS NOVAS TENDÊNCIAS DO MARKETING A Editora Smartbook lançou o livro “Green Target: As novas tendências do Marketing” da autoria de Carolina Afonso. “Numa época marcada pelo aumento da consciência global relativamente aos problemas ambientais, é importante compreendermos em que medida é que este fenómeno está alterar as preferências de consumo e hábitos de vida do consumidor.” Explica Carolina Afonso. O que é o marketing verde? O que são produtos verdes? Qual o seu ciclo de vida? Qual o perfil do consumidor verde? Que alterações são de salientar em termos de alteração do padrão de compra? Estas são algumas das questões colocadas e que a autora explora ao longo do livro, recorrendo a dois casos práticos, o desenvolvimento do modelo Prius da Toyota e o Programa ECO da EDP, que tem como objectivo a sensibilização para o tema da eficiência energética.

GREEN AGENDA

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FICHA TÉCNICA DO LIVRO Título Green Target: As novas Tendências do Marketing Edição Smartbook Autora Carolina Afonso Nº de páginas 223 ISBN 9789898297488

eventos 21 Outubro SAP BUSINESS FÓRUM (COM AL GORE) OUTUBRO 4 11 18 25

5 12 19 26

6 13 20 27

7 14 21 28

1 8 15 22 29

2 9 16 23 30

3 10 17 24 31

21 Outubro FÓRUM RSO E SUSTENTABILIDADE

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA. MAIS INFORMAÇÕES EM: http://www.forumrso.aip.pt/ news201010/index.html

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL MAIS INFORMAÇÕES EM: http://www.sap.com/portugal/ about/events/businessforum10/agenda.epx

19 a 21 Outubro EXPO ÁGUA 2010

CENTRO CULTURAL DE BELÉM MAIS INFORMAÇÕES EM: http://www.expoagua2010. about.pt/

NOVIDADES E TENDÊNCIAS DO MERCADO VERDE

19 a 21 Outubro EUROPEAN FUTURE ENERGY FÓRUM LONDRES

MAIS INFORMAÇÕES EM:

http://www.europeanfutureenergyforum.com/

29 Outubro CIDADES SUSTENTÁVEIS E COMPETITIVAS, AESE

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL MAIS INFORMAÇÕES EM: http://www.aese.pt/assembleia/default.html

Outubro 2010 GreenGoods® e-magazine #39


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