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RATOS INVADEM RUAS DE BH Fonte: otempo.com.br
Ruas e avenidas de Belo Horizonte estão infestadas por ratos. No primeiro semestre deste ano, a prefeitura registrou 17.007 pedidos de moradores para vistoria de roedores na cidade, o que dá uma média de quase 94 solicitações diárias. O balanço total também é superior em 236 casos, comparando-se ao mesmo período do ano passado. Quem passa diariamente pelo centro, área considerada mais afetada, alerta que a situação é preocupante. “Há muito tempo eu não via tantos ratos na rua. Eles estão se proliferando rapidamente, e alguma atitude precisa ser tomada”, alerta a pedagoga Ângela Lourenço, 67, moradora do bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul, que recentemente se assustou ao encontrar um roedor dentro do seu apartamento, no terceiro andar de um prédio. “O rato estava na área de serviço. Foi um escândalo em casa”, lembra. Recentemente, porém, outra situação chamou ainda mais a atenção da pedagoga. “Estava voltando de um evento de madrugada, na rua Curitiba, quando me deparei com o que parecia ser uma enxurrada de ratos andando no meio do passeio. Nunca vi tantos juntos, era um horror”. A advogada Silvia Moura, 24, passou por um susto parecido no início deste mês, em frente a uma boate no bairro Funcionários, também na região Centro-Sul. “Estava fumando um cigarro quando um rato imenso passou pela calçada. Era quase do tamanho do meu cachorro”, ironiza. Riscos. Com a infestação, é grande o risco de transmissão de doenças para o homem, especialmente a leptospirose, causada por uma bactéria presente na urina do rato. Segundo o Ministério da Saúde, a aglomeração humana associada à alta infestação, principalmente de ratazanas, e à www.grupoastral.com.br
grande quantidade de lixo tornam maior o risco de se pegar a doença. Embora sejam mais vistos à noite, os roedores já foram flagrados também pela manhã. “Vi dois ratos mortos quando estava indo para o trabalho (no centro). Quase vomitei de nojo”, desabafa a relações públicas Carla Siqueira, 25. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, vários fatores contribuem para o aumento dos roedores na cidade, dentre eles o clima. Em épocas mais chuvosas ou de forte calor, muitos animais ficam desabrigados e saem à procura de um novo habitat. Raio X Tipos. Na capital, as espécies mais comuns de roedores que convivem com o homem são, respectivamente, as ratazanas, os ratos de telhado e os camundongos, segundo a prefeitura.
BRASILEIROS USAM LUZ PARA EXTERMINAR MOSQUITO DA DENGUE Fonte: veja.abril.com.br
Preocupados em eliminar o mosquito da dengue de uma forma não prejudicial ao meio ambiente — ao contrário dos larvicidas usados para o extermínio do mosquito, que contaminam o ambiente —, uma equipe de pesquisadores da USP de São Carlos resolveu testar um novo método para solucionar o problema: a terapia fotodinâmica. O projeto, de autoria da mestranda em biotecnologia Larissa Marila de Souza, tem como objetivo impedir a proliferação do pernilongo transmissor da doença, o Aedes aegypti, usando diferentes fontes de luz, como o sol ou lâmpadas fluorescentes. Para testar a hipótese de que a terapia fotodinâmica, até então usada apenas no tratamento de lesões malignas e no controle microbiológico, funcionaria também nos mosquitos, Larissa mergulhou larvas do pernilongo em uma solução com uma droga fotossensibilizadora, ou seja, cujo comportamento e ativação são controlados por meio da luz. Depois disso, ela expôs as larvas a diferentes tipos de iluminação, e os resultados foram significativos: na exposição à luz solar e às lâmpadas fluorescentes, a mortalidade foi de 90% das larvas. Na exposição aos LEDs, essa porcentagem caiu e ficou entre 70 e 80%. Esterilização — Os cientistas realizaram também experimentos com pernilongos da dengue adultos, e os resultados se mostraram tão promissores quanto os dos testes feitos somente com larvas. Após alimentar os mosquitos adultos com a droga fotossensibilizadora (dissolvida em uma mistura de sangue de carneiro e açúcar, para atrair os animais), os pesquisadores perceberam que os ovos resultantes do acasalamento entre esses mosquitos não eclodiram. Em outras palavras, os pernilongos passaram a ser incapazes de se reproduzir de maneira correta. “Ainda precisamos fazer mais experimentos para saber, com certeza, se a não eclosão dos ovos está relacionada à presença do fotossensibilizador no organismo”, explica Larissa. A orientadora do projeto, Natália Mayumi Inada, conta que agora a equipe está testando a eficácia de outras substâncias químicas fotossensibilizadoras. Entre elas, estão a clorina, capaz de matar fungos e bactérias, e a curcumina, produzida a partir das raízes do açafrão. www.grupoastral.com.br
ESPECIALISTAS ESTUDAM MORDIDAS DE BARATAS EM COMUNIDADES INDÍGENAS Fonte: G1
Dois pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu criaram uma estratégia para combater uma infestação de baratas em duas aldeias indígenas localizadas em uma reserva protegida no Estado do Mato Grosso. Os professores Wilson Uieda, do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da Unesp, e Vidal Haddad, da Faculdade de Medicina da Unesp, tiveram o estudo publicado em um jornal internacional de dermatologia. “Fui para as aldeias depois de um convite para estudar como os índios se defendiam dos ataques de morcegos, mas ao chegar à reserva vi pessoas sendo roídas por baratas. Foi quando decidi assumi mais coisas e tentar controlar a infestação. As baratas germânicas se reproduzem muito rápido. Por exemplo, cada ovo por conter até 32 filhotes e, em um ambiente favorável, é possível ter, em um ano, pelo menos 100 mil baratas no local”, conta Wilson. Segundo o professor, as baratas são artrópodes muito comuns altamente adaptadas a viver perto e dentro de habitações humanas e em ambientes escuros. Elas comem fezes, sangue, couro, colas, papel e material orgânico, como a queratina das unhas humanas e da pele. Segundo o estudo, a espécie de maior importância médica é barata alemã e a barata americana. No entanto, a germânica é considerada a principal praga no mundo devido às sua alta taxa de reprodução. Ferimentos na pele Na pesquisa, os autores observam que as baratas são insetos presentes em todos os ambientes, incluindo habitações humanas. Eles são responsáveis por efeitos adversos em seres humanos, tais como os fenômenos alérgicos, transmissão de infecções e penetração no canal auditivo de seres humanos. As baratas podem provocar reações asmáticas e irritação nos brônquios em humanos. “Lembra quando as avós falavam ‘lava a boca que senão entra barata’? Então, é verdade. Elas são atraídas por coisas doces e roem queratina, que está presente na pele. A lesão causada pela roída da barata é um machucado raso que, no máximo, pode apresentar um quadro de infecção leve. A questão do trabalho não era nem mostrar as mordidas e sim, apresentar observações do que a barata pode fazer na pele humana”, ressalta Vidal. Segundo o especialista, o tratamento deve ser feito com a lavagem do ferimento com água e sabão. Em casos mais intensos, uma pomada com antibiótico pode ser receitada. Além de morder, as baratas são capazes de penetrar nos canais do nariz e das orelhas dos seres humanos. A ação da mordida pode causar feridas dolorosas e comprometer a saúde da pele. Estratégia caseira No artigo publicado pelos professores, são descritas duas aldeias indígenas com grandes populações da espécie Blattella germanica que mostra uma alta taxa de mordidas em indivíduos adormecidos. O problema parece ser comum na região embora seja raro nos ambientes urbanos. De acordo com Wilson, o fato de que a área protegida também dificulta a introdução de medidas para controlar baratas. No entanto, o Governo Federal tem discutido recentemente uma intervenção especializada que busca controlar as baratas nestas e outras aldeias.
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