AUTORA BEST-SELLER N° 1 DO THE NEW YORK TIMES
Foto: Ben Riley Johnson Jr.
Uma nova série que vai mexer com você da cabeça aos pés. Poder, sedução, dinheiro, submissão, dominação, dor e prazer... Nesse jogo que está prestes a começar, o amor não entra nas regras. Será que você está preparada?
MAYA BANKS é autora best-seller nº 1 do The New York Times e do USA Today. Lançou mais de 50 títulos em várias séries de muito sucesso, que foram publicados em 25 países e venderam mais de 2 milhões de exemplares. É uma das autoras mais bem-sucedidas da atualidade nos gêneros em que escreve: romances eróticos, contemporâneos, históricos e de suspense. Mora no sul dos Estados Unidos com o marido, três filhos e seus muitos animais de estimação. É uma ávida leitora de romances e adora falar sobre eles com seus fãs e amigos. Ama viajar pelo mundo e interagir com seus leitores nas redes sociais, nas quais é bem presente.
Evangeline nunca soube o que é viver no luxo, pois sempre teve que trabalhar duro para ajudar os pais e conseguir sobreviver em uma cidade como Nova York. Típica garota do interior, sente-se deslocada em meio à metrópole e percebe que a ingenuidade e a sinceridade, que sempre foram suas características mais marcantes, são vistas como defeitos pelos nova-iorquinos e, principalmente, pelo ex-namorado que a seduziu e a abandonou. Ele se apossa do que quer, sem remorso e sem culpa. Drake Donovan é um magnata do entretenimento e um dos milionários mais cobiçados. Junto de seus “irmãos”, ergueu um império em Nova York e o seu maior empreendimento, a badaladíssima Impulse, é a casa noturna mais exclusiva da cidade. Acostumado a ter todos na palma da mão, Drake sente seu inabalável mundo balançar quando vê uma jovem com ar angelical e inocente perdida em sua boate. Quem era aquela garota? Ele não faz ideia de quem ela seja, mas de uma coisa ele tem certeza: ela será dele! Ela não sabe se é capaz de dar o que ele deseja. Incentivada pelas amigas, ir sozinha à Impulse parece ser o plano perfeito para Evangeline se vingar do canalha do ex-namorado. Mas o que está prestes a acontecer é algo que vai mudar sua vida para sempre. Uma proposta... uma tentadora oportunidade de ter tudo aquilo que nem em sonhos ela imaginaria possível. O preço? Submissão total e completa.
Leia também a série Slow Burn:
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ISBN 978-85-8235-448-3
@maya_banks
9 788582 354483
“Conduz o leitor às profundezas mais obscuras da angústia.” Linda Howard, autora best-seller do The New York Times “Inacreditavelmente maravilhoso... Eu amo a Maya Banks e amo seus livros.” Jaci Burton, autora best-seller do The New York Times “Maya Banks definitivamente me arrastou por uma gama de emoções. De ‘Nossa, tá quente aqui?’ a ‘Oh, meu DEUS... estou pronta para o próximo capítulo agora!’.” USA Today “Quente o bastante para fazer até o mais frio dos leitores suar.” Fresh Fiction “Fui cativada desde a primeira página e me recusei a parar de ler até chegar à última palavra.” Joyfully Reviewed
Copyright © 2015 Maya Banks Copyright © 2017 Editora Gutenberg
Título original: Mastered
Todos os direitos reservados pela Editora Gutenberg. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora.
editora
revisão
Silvia Tocci Masini
Andresa Vidal Vilchenski
editoras assistentes
revisão final
Carol Christo Nilce Xavier
Sabrina Inserra
assistente editorial
Andresa Vidal Vilchenski
Carol Oliveira (Sobre a imagem de Imageman [shutterstock])
preparação
diagramação
Nilce Xavier
Larissa Carvalho Mazzoni
capa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil
Banks, Maya Submissa / Maya Banks ; tradução Isabela Noronha. -- 1. ed. -- Belo Horizonte : Gutenberg Editora, 2017. -- (Série The Enforcers ; v. 1) Título original: Mastered ISBN 978-85-8235-448-3 1. Ficção erótica 2. Ficção norte-americana I. Título II. Série. 17-03849 CDD-813 Índices para catálogo sistemático: 1. Ficção : Literatura norte-americana 813
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MAYA BANKS SUBMISSA
SÉR IE THE ENFORCER S VOLU M E 1
Tradução:
Isabela Noronha
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Evangeline encarava o espelho e mal reconhecia a mulher de olhos arregalados encarando-a de volta. Permanecia imóvel, enquanto, a seu redor, suas amigas Lana, Nikki e Steph davam os toques finais na sua maquiagem e no seu cabelo, para garantir que tudo estivesse perfeito. — Não posso fazer isso — Evangeline murmurou. — É loucura, não acredito que deixei vocês me convencerem. Nikki olhou séria para ela no espelho. — Você vai. Sem essa de voltar atrás agora, amiga. Eu daria tudo para ver a cara daquele imbecil quando ele se ligar no que perdeu. O imbecil em questão era o ex-namorado de Evangeline, Eddie. — Eu diria que ele não perdeu nada — Evangeline falou, baixinho, dominada pela vergonha mais uma vez. Os olhos de Lana chispavam furiosos e a carranca no rosto de Steph era intimidante. Em outra situação, Evangeline se sentiria encorajada com a demonstração de lealdade e amizade delas, mas estava arrependida de ter revelado às amigas os detalhes humilhantes de seu término com Eddie. Deveria ter dito apenas que os dois tinham decidido se separar. A questão é que ela já tinha contado que era virgem e que aquele seu último encontro com Eddie seria o encontro. Ela ia se entregar, acreditando que ele era o cara certo. E que idiota completa e sem noção ela foi por acreditar nisso. Ainda escutava as palavras dele. Cada uma delas era uma punhalada no coração, e ele não se contentou apenas em afundar a lâmina. Ele a torceu dentro de Evangeline, fazendo doer ainda mais. — Eddie é um babaca — disse Steph. — Todas sabemos disso, amiga. Lembra que tentamos te convencer a desistir daquela noite com ele – e aliás, de qualquer outra noite? Você não tem nada do que se envergonhar. Nada. Ele é um otário. 5
— Amém — disse Nikki, fervorosamente. — E é por isso que você vai entrar na Impulse como se fosse a dona daquele maldito lugar. Você está gatíssima. E não digo isso no papel da amiga tentando fazer você se sentir melhor. Digo isso como uma mulher consciente de que em meu território tem outra fêmea muito mais atraente, de quem eu adoraria arrancar os olhos, pois sei que não tenho a menor chance de estar tão gostosa quanto ela. Evangeline levantou a cabeça, surpresa, e seus olhos arregalados encontraram os de Nikki no espelho. Lana balançou a cabeça e suspirou. — Você não entende, Vangie. E, putz, acho que isso é parte do que deixa os caras malucos. Você não tem noção de como é bonita. Você tem olhos grandes, o cabelo incrível, esse corpão, e ainda tem uma alma boa e meiga. Se desse qualquer sinal de interesse, os homens se atropelariam para chegar perto de você. Eles te tratariam como a rainha que é, mas você não tem mesmo a menor ideia disso tudo, o que faz eles te desejarem ainda mais. Evangeline sacudiu a cabeça, totalmente perplexa. — Vocês estão loucas, meninas. Sou uma ex-virgem de 23 anos tão sem jeito quanto alguém poderia ser. Recém-saída da fazenda, com um sotaque sulista que faz os nova-iorquinos revirarem os olhos, me darem um tapinha na cabeça e dizerem: “oh, tadinha dela”. Sou um peixe fora d’água aqui e vocês sabem disso. Nunca deveria ter vindo. Se não fosse por mamãe e papai, eu voltaria para casa para trabalhar por lá. Lana ergueu as mãos. — Um dia, alguém vai fazer você se enxergar do jeito que todo mundo te vê. Eddie é um otário presunçoso que te tratava como mais uma conquista. Ele sabe que não é digno nem de lamber a sola dos seus sapatos e é péssimo de cama. Mas, como nunca vai admitir isso, prefere te destruir. Evangeline levantou a cabeça. — Por favor. Podemos não falar do Eddie hoje? Já é péssimo o bastante saber que provavelmente vou encontrá-lo, ainda que ele possa ter mudado de ideia sobre ir hoje. Ele pode ter mentido sobre querer me levar, assim como mentiu sobre todo o restante. Não estou preparada. Estou morrendo de medo e sem a menor vontade de ser humilhada mais uma vez. — Querida, o objetivo desta noite é ver o Eddie. Ou então que ele te veja e possa dar um chute no próprio saco pelo que perdeu — Nikki lembrou a amiga. Steph enfiou o convite VIP na mão da Evangeline, garantindo que ela pegasse e não o deixasse de lado. — Só rolou esse, senão uma de nós iria com você. Mas a fila é enorme e as pessoas esperam a noite toda para nunca entrar. Com esse convite, você 6
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vai direto para a entrada, mostra para o porteiro e voilà: está dentro. E então, amiga? Então você detona! Chega de cabeça erguida, como se não precisasse de homem nenhum, e dá a todos os caras, incluindo o Eddie, um gostinho do que poderiam ter mas não podem nem tocar. Tome uns drinques. E se o Eddie olhar na sua direção, não se acanhe. Não abaixe a cabeça. Olhe direto nos olhos dele e sorria. E depois não dê a ele nem mais um segundo de atenção, como se ele não existisse. Dance se quiser. Paquere. Recupere sua ginga. Sua autoconfiança. E quando estiver pronta para voltar para casa, ligue para o número no cartão que te dei, espere quinze minutos e saia. O motorista vai estar lá fora e vai te trazer de volta para a gente, para você dar a ficha completa da noite. Lana tocou o ombro da amiga. — Escuta, se qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, der errado, você liga ou manda mensagem para a gente. Dá para chegar rapidinho, e não vamos fazer nada hoje. Estaremos aqui quando chegar em casa, mas, se precisar da gente antes, é só chamar. Não estou nem aí para o tamanho daquela maldita fila. Dou uma surra no porteiro se ele tentar nos impedir de resgatar uma das minhas garotas. Um sorriso se abriu nos lábios de Evangeline e seus olhos brilharam ao imaginar a cena. Não por que não acreditasse em Lana, acreditava totalmente. Suas amigas eram muito protetoras, com ela e umas com as outras, e Evangeline não tinha dúvidas de que Lana encararia um porteiro de mais de 90 kg – e o derrubaria – se soubesse que estava precisando dela. Ela pegou a mão de Lana e a apertou. Forte. Depois, procurou os olhos de Steph e os de Nikki para encontrá-los com seu olhar de gratidão. — Vocês são demais. Vocês têm feito tanto por mim. Não sei nem como retribuir. Nikki revirou os olhos e Steph bufou. — Como se você não tivesse nos apoiado do mesmo jeito... Quem nos ajudou quando tivemos o coração partido, quem segurou nosso cabelo enquanto a gente vomitava depois de ficar superbêbada por causa de um idiota qualquer? E depois nos disse que o imbecil que partiu nosso coração não era digno nem de encostar na barra da nossa saia? Lembra? O comentário de Steph fez Evangeline sorrir. Porque ela estava certa. Tudo o que as amigas estavam fazendo por Evangeline agora, ela já tinha feito pelas amigas. Mas não estava acostumada a ser quem recebia ajuda. Ela não saia com muitos caras. Não tinha saído com ninguém em seus dois primeiros anos na cidade, após se mudar do pequeno município no Sul em que havia nascido e sido criada. Tinha focado muito no trabalho, em fazer turnos extras, e em juntar o máximo de dinheiro possível para mandar para a mãe. submissa
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Só aceitou sair com Eddie depois que ele foi ao bar em que ela era garçonete e voltou, noite após noite, insistindo até vencê-la pelo cansaço. Ele veio com tudo muito rápido, mas Evangeline tinha resistido. Agora, ela percebia que não havia sido nada além de um desafio. Como uma capa vermelha na frente do focinho de um touro. Ao não ceder e não transar logo de cara, Evangeline só tinha deixado Eddie mais determinado a levá-la para a cama. E ter sido o primeiro a fazer isso tornava a vitória dele ainda mais saborosa. Babaca. A raiva fez as bochechas de Evangeline esquentarem e ela quase rilhou os dentes, mas não quis borrar o batom e a maquiagem, tão cuidadosamente aplicados. As meninas tinham passado uma hora garantindo que ela ficasse perfeita. O tempo inteiro ao redor de Evangeline, oferecendo apoio incondicional – entre ameaças a Eddie repetidas à exaustão – e tentando reforçar sua inexistente autoconfiança. Era por causa dessas três mulheres que Evangeline estava indo à boate de que Eddie vivia se gabando de ser membro, e ainda que esse mero pensamento a fizesse querer se esconder embaixo da cama por uma semana, ela ia conseguir. Corajosa. Linda. Confiante. Conseguiria dar a Eddie um gostinho do que ele poderia ter tido. Ela fez um quase biquinho. Eddie já havia tido Evangeline. E, para ele, isso não tinha nada de especial. Não, nem um pouco. Isso – ela – tinha sido horrível. Como iria entrar numa boate e fazer um cara se arrepender de ter tirado vantagem dela quando ele já tinha conseguido o que suas amigas diziam que ele iria se arrepender de ter perdido? Era mais provável que ele risse na cara de Evangeline e perguntasse que homem ia querer uma vaca frígida como ela. Toda a confiança que ela tinha passado a tarde juntando foi embora num piscar de olhos, e a garota olhou para as amigas através do espelho, quase abrindo a boca para cancelar tudo, mas as três a encararam com os seus olhares mais bravos. Como tinham feito aquilo? Elas sabiam exatamente o que Evangeline ia dizer. Mas elas sempre conseguiam ler a amiga como se ela fosse um livro aberto. Aliás, segundo Eddie, qualquer pessoa conseguia. Ele fez isso soar como algo ruim. Honestidade. Não fazer joguinhos e nem fingir ser alguém que não é. Com as meninas, Evangeline não se importava de ser assim, porque isso a fazia se sentir especial. As amigas eram tão próximas que eram capazes de ler os pensamentos dela em qualquer momento. Mas não tinha sido nem um pouco confortável descobrir que, aparentemente, ela era transparente para todo o restante do mundo também. 8
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Como poderia se proteger, se resguardar e se prevenir de ser machucada se não conseguia disfarçar seus pensamentos e sentimentos? — Nem pense nisso — avisou Lana. Nikki se agachou para ficar cara a cara com Evangeline no banco da penteadeira, onde ela tinha passado a última hora sendo paparicada pelas amigas. Irmãs. A expressão em seu rosto era de suavidade e compreensão. — Me escuta, amiga. Você precisa fazer isso por si mesma. Não por nós. Com certeza não pelo Eddie. Por ninguém que não seja você. Ele tomou algo que você precisa recuperar. Se deixá-lo fazer a sua cabeça e começar a acreditar nas merdas que ele falava, ele ganha. E você não pode deixar ele te atingir desse jeito. Porque o que ele disse é ridículo, não é verdade e não vou aceitar que você acredite nisso. Tira isso da cabeça agora. Faltam quinze minutos para o táxi chegar e te levar até a boate, então se decida. Faça o que for, mas faça por você. Evangeline piscou intensamente para não deixar as lágrimas caírem. As meninas seriam capazes de matá-la se estragasse a maquiagem. Elas teriam que fazer tudo de novo, Evangeline se atrasaria, e seria mais um motivo para desistir. Nikki estava certa. Ela precisava fazer isso por si mesma. Eddie tinha lhe tirado não apenas a virgindade, que, aliás, era bastante superestimada. Sexo era superestimado. Ele a tinha despido de sua dignidade e da pouca autoconfiança que tinha. Ele não havia deixado nada para Evangeline, além de humilhação e nenhum amor próprio. Nenhum cara valia aquilo, e ela ficava puta porque as palavras dele ainda doíam. O sexo? Totalmente fácil de esquecer. Eram as palavras que ela não esqueceria. Elas tinham feito um buraco em seu cérebro e causado uma ferida que talvez nunca conseguisse cicatrizar. Se essa noite fosse lhe dar qualquer porção da força que tão desesperadamente lhe faltava, então valia a pena entrar sozinha em uma boate famosa superlotada e aguentar um tempo lá. As amigas não queriam que ela fosse sozinha. De jeito nenhum. Mas Steph só tinha conseguido um convite VIP, e convites VIP para a Impulse eram raros e preciosos, reservados para pessoas bonitas, ricas e importantes. Evangeline não era nada disso, mas que mal haveria em fingir por uma noite que ela pertencia àquele mundo? Por que ela não poderia ser a Cinderela por uma noite para talvez recuperar um pouco de si mesma jogando na cara do Eddie o que ele desperdiçou? Afinal, Evangeline podia não ter a maior autoconfiança do mundo, mas confiava na habilidade de suas amigas em fazer qualquer mulher parecer atraente. Amanhã ela voltaria a ser a Evangeline chata, quietinha e tímida, trabalhando longas noites em um bar onde as gorjetas eram boas e o dono submissa
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cuidava de suas funcionárias, e poderia deixar Eddie para trás de uma vez por todas. Desistiria dos homens para sempre. Ela não estava ali para encontrar um homem, para namorar ou mesmo para ter uma vida sexual. Estava ali porque sua família precisava de seu apoio, e por eles ela podia, e ia, colocar sua vida em suspenso indefinidamente. Claro, ela tinha sonhos e objetivos, coisas que queria da vida que não incluíam trabalhar em um bar usando uma saia que mal cobria a bunda e saltos que faziam os pés implorarem alívio no fim da noite. Mas, no momento, seu trabalho fornecia o que sua família precisava. Haveria bastante tempo para trilhar seu próprio caminho. Ela só tinha 23 anos. Trabalharia mais quatro, talvez mais cinco anos, e acumularia dinheiro suficiente para que sua mãe não precisasse se preocupar com as finanças. Evangeline tinha se prometido que, quando completasse 30 anos, faria o que quisesse. Uma vida própria, que a deixasse orgulhosa, cercada de amigas boas e leais, como Steph, Nikki e Lana. Ela queria estudar, aprender uma profissão, ser mais do que uma garçonete que mal conseguia se sustentar. Seus pais não tinham conseguido pagar uma faculdade para ela, e Evangeline só tinha conseguido o diploma do ensino médio prestando o GED1, porque precisou arranjar um emprego assim que teve idade suficiente para trabalhar e ajudar a família. Embora não se arrependesse de nada, e fizesse qualquer coisa por sua mãe e seu pai, isso não significava que queria ter essa vida para sempre. Algum dia... Algum dia estaria melhor. Queria um marido e filhos. Uma relação estável. Só não agora. — Preparada? — Nikki perguntou, trazendo Evangeline de volta abruptamente para o aqui e o agora. Evangeline respirou fundo, estufou o peito e se olhou no espelho. Ela estava mesmo bonita. Não chegava a ser atraente como as amigas tinham dito, mas não estava feia. Estava até acima da média, ainda que devesse isso ao toque mágico das meninas, com seus cosméticos e penteado. — Sim — ela murmurou. — Estou pronta.
Exame para quem não terminou o ensino médio, mas quer fazer uma faculdade nos EUA. (N.T.)
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