betoferreira.com.br
edição 8 • 2011
R$
7,90
Patricia Salvador De coadjuvante a protagonista
Animais
Os pets da cantora Pitty
Oscar Filho Fala sobre carreira, humor e sonhos
Tom Maior João Carlos Martins: uma
história de superação
E mais... Beleza, saúde, viagens,
economia e outras surpresas!
editorial 04 Moda&Beleza Headband 06 por Débora Dornella
Flores perfeitas para cada noiva 08 por Jéssica Tokarski
Pés quentes estão na moda 10 por Jéssica Tokarski
Saúde Depressão: Uma doença, não um problema 26
Viagem Apaixonante Veneza 58 por Amanda Rivabem
por Débora Dornella
Palavrão em alemão 60
por Emerson Roberto
Mergulho no maior aquário da América Latina 62
O que é o Alzheimer? 28
por Alexandre Böhm
Transtorno Bipolar 30
por Beto Ferreira
por Débora Dornella
Estresse 33
Economia&Negócios Imposto de Renda: o que é? 64
por Jéssica Tokarski
Corpo 5 dicas importantes para perder a barriga 12 por Solange Frazão
Animais Projeto Tamar e tartarugas marinhas 34
por Jéssica Tokarski
Uma declaração de amor aos seus felinos 36
Pedalar: Bicicletas X Simuladores 14
por Débora Dornella
por Emerson Roberto
Etiqueta Reunião de família: Saiba como se comportar 15 por Fabio Arruda
Bem Estar Acupuntura: Técnica oriental que pode curar doenças 16 por Jéssica Tokarski
A importância das fibras na alimentação 18 por Jéssica Tokarski
Bom Humor: a ferramenta da alegria 20 por Débora Dornella
Ansiedade 21
por Emerson Roberto
capa De coadjuvante a protagonista 38 por Jéssica Tokarski
Amor&Sexo Traição: perdoar ou não? 42 por Emerson Roberto
por Alexandre Ferraz Bello
Vida Ativa Um jeito elegante de praticar esporte 24 por Beto Ferreira
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por Débora Dornella
Leasing 68
por Emerson Roberto
Direito A vida em condomínios 70 por Maicon Guedes
Motivação Nunca lustre a ferradura de ninguém 71 por Cesar Romão
Cultura Irreverência e bom humor 72
Comportamento Vegetarianismo? 46
por Jéssica Tokarski
por Deni Guimarães
Bullying: Uma atitude imprudente que pode deixar marcas para o resto da vida 48 por Débora Dornella
Decoração Aspectos afetivos e pessoais em Projetos para Interiores 22
por Jéssica Tokarski
Está na hora de pedir um aumento?
É possível mudar por amor 50 por Jéssica Tokarski
O artista plástico que transformou a cidade de São Paulo em seu ateliê 74 por Camila Kelczeski
Tom Maior Qual o significado da vida sem música? 76 por Débora Dornella
Os efeitos da paixão 52
Aguenta coração! 80
por Emerson Roberto
por Emerson Roberto
Gastronomia Alfajor argentino 54
Crônica Dinastia Itinerante 82
por Emerson Roberto
por Deni Guimarães
Agronegócio Piratas? Corsários? Viva o rum! 56 por Carla Portinari
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Editorial Assim como o outono, a Élégant dessa edição sugere renovação de esperanças, reflexões e mudanças. Na estação em que as folhas secas caem das árvores, dando espaço a novas folhas verdes, pensamos na brevidade das horas, dos dias e da vida. E refletindo dessa forma, percebemos o quanto é importante viver intensamente, sem abandonar nenhuma oportunidade, sem deixar de falar o que pensa, superando-se, aceitando novos desafios, mostrando para os outros e para si mesmo sua capacidade e aproveitando tudo o que a vida oferece, afinal, ela é feita de ciclos. Fazer do tombo um passo inicial para se reerguer e lutar para alcançar seus sonhos, assim como fez e faz o grande maestro João Carlos Martins. É necessário mostrar seu potencial, saber a hora certa de agarrar oportunidades, coisa que a nossa talentosíssima capa, Patricia Salvador, soube fazer muito bem. É essencial alegrar-se, manter o bom humor sempre, tornar a vida mais leve através da felicidade, ser como o Oscar Filho que transpira irreverência. Busque novos horizontes, conquiste aos poucos o caminho para o sucesso, assim como o cantor José Augusto conquistou e assim como o Eduardo Kobra, dê cores e formas para sua vida. Procure ser altruísta, mas não esqueça de si mesmo, amar-se, dar-se chances, gastar tempo consigo é o segredo para uma reviravolta interior que provavelmente te fará renascer. Confira as matérias que fizemos a vocês, leitores, com carinho e dedicação e boa leitura!
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edição 8 • 2011
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Patricia Salvador De coadjuvante a protagonista
Animais
Os pets da cantora Pitty
Oscar Filho Fala sobre carreira, humor e sonhos
Tom Maior
João Carlos Martins: uma história de superação
E mais...
Beleza, saúde, viagens, economia e outras surpresas!
Diretor Presidente Beto Ferreira Editora Chefe Débora Dreyer Dornella Coordenação de matérias Emerson Roberto e Jéssica Tokarski Estagiária Camila Kelczeski Departamento Administrativo Marcelo Scheliga Fotografia Alex Marcelo Janzen Jornalista Responsável Vicente Rockenbach Editor de arte / anúncios Jr. Milek Departamento Comercial Oscar Molina, Ana Carolina Oliveira e Marlene Aparecida Ferreira Colaboradores Deni Guimarães, César Romão, Fábio Arruda, Alexandre Böhm, Carla Portinari, Alexandre Ferraz Bello, Amanda Rivabem, Solange Frazão e Maicon Guedes Revisão Suely Paiva Redação 41 3079-5634 - elegant@betoferreira.com. br - @revistaelegant - Projeto gráfico e direção de arte Marcelo Winck - Os textos assinados ou afirmações contidas nessa revista são de responsabilidade de seus autores não refletindo a opinião política dos editores. www.betoferreira.com.br Errata (Revista Élégant - Edição 7 - 2010) Página 10: Onde se lê: O estilista - Leia-se: A estilista. Página 60: Onde se lê, Dubai (Índia), leia-se, Dubai(Emirados Árabes Unidos)
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Élégant
Moda&Beleza
HEAD BAND A moda que está fazendo a cabeça literalmente por Débora Dornella
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uitos artistas aderiram a essa moda e cada vez mais está se usando. Para saber mais sobre essa tendência, a revista Élégant entrevistou o hair stylist Auro Ottoni. Um enfeite necessariamente trabalhado com fitas, flores, pedras e materiais diversos, especialmente para ser usado em torno da cabeça, amarrada à nuca, com destaque no meio da testa, emoldurando o rosto e complementando o visual, é assim que o hair stylist define a headband. Ottoni conta que é difícil dizer com certeza de onde surgiu. É possível perceber a influência de muitas culturas, a indígena, a egípcia, um toque meio tribal e até da própria Grécia antiga. O hair stylist explica que mulheres de diversas épocas e diferentes contextos sempre usaram adereços similares nos cabelos e que, como tudo na moda, a headband modernizou-se e mesclou culturas e tendências e hoje explodiu de uma forma muito casual no Brasil e no exterior, acrescenta ele. O que coloca em evidência a headband, segundo res-
FONTE: Auro Ottoni - hair stylist / SALÃO TORRITON: http://www.torriton.com.br/
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Élégant
salta o profissional, é a influência das passarelas e as produções de vários ícones da moda. Ottoni cita as famosas brasileiras e holywoodianas como as primeiras adeptas, e isso fez com que essa “febre” chegasse até as mulheres urbanas rapidamente, principalmente depois que algumas brasileiras usaram em realitys shows. Para usar a headband o profissional aconselha buscar aquele que mais se adéqua ao seu perfil. “Tem headband para todas: romântica, casual, moderna, hippie, exótica, com laços, pedrarias e brilhos”, ressalta Ottoni, e diz não existir uma regra para usá-la. “Os cabelos soltos evidenciam o acessório, no entanto, um meio preso com tranças somado ao headband é sem dúvida muito charmoso”, acrescenta. Para festas, a dica do profissional é usar aqueles modelos mais sofisticados, menos rústicos, trabalhados com pedrarias, brilhantes e pérolas. E para não errar na escolha da sua headband a dica é harmonizar estilo, personalidade, corte de cabelo, penteado e demais acessórios.
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O perfume que você usa, fica o tempo todo com você?
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uitos são os mitos quanto à duração de um determinado tipo de perfume. A força de um perfume depende basicamente da concentração de matérias-primas utilizadas em sua concepção. É comum ouvir falar em fragrâncias com forte ou fraco poder de fixação, ou seja, que persistem ou não por várias horas. A fixação se deve às notas de base ou de fundo com a concentração dos óleos essenciais aromáticos. Eles são ingredientes mais densos e persistentes, capazes de atuar na composição de modo a proporcionar uma difusão mais lenta. O padrão internacional de concentração dos óleos essenciais aromáticos gira em torno de quinze por cento, enquanto os nacionais variam entre cinco a dez por cento. Motivo pelo qual os importados duram mais tempo na pele.
Ao falar em perfumes importados, não há como não mencionar a DIVETRO. Afinal, ela conta com uma variedade muito grande de produtos de qualidade internacional. Pelo fato de estar há mais de quinze anos no mercado de perfumes e cosméticos importados, e agora sob nova direção, a DIVETRO é hoje a maior rede de perfumes e cosméticos de Curitiba. Atualmente conta com nove lojas físicas e uma loja virtual (www.divetro.com.br). A DIVETRO comercializa todas as grandes marcas de perfumes e cosméticos importados e agora inaugurou a maior loja de perfumes internacionais de Curitiba, que está localizada no shopping PALLADIUM. São mais de 150 metros de espaço e conforto, para sua comodidade com um toque de requinte, elegância e o que é melhor, com o perfume certo para sua pele e de acordo com o seu gosto.
Moda&Beleza
Flores perfeitas para cada noiva por Jéssica Tokarski
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tem essencial no visual das noivas, o buquê dá um toque especial à aparência das noivas no grande dia. Como qualquer outro assessório, ele faz parte do conjunto com o qual devem se preocupar e pensar com todo o carinho, muito tempo antes do dia do casamento. Os modelos, cores e tipos de buquês também seguem um padrão de moda, portanto é necessário prestar bastante atenção neste detalhe. Outro fator importante a ser levado em conta no momento da escolha do arranjo é o tipo físico da noiva. Muitos formatos só combinam com determinados estilos de mulheres e é necessário fazer uma avaliação correta para acertar na opção. No entanto, Segundo a consultora e assessora de eventos e também designer, Milene Szaikowski, o buquê redondo é um coringa. “O redondo é o preferido das noivas, pois dá certo com qualquer tipo físico. Pode ter um único tipo de flor ou uma mistura. Assim como pode ter uma única cor ou uma variedade que combine entre si”, explica. Decidir o tamanho ideal do buquê não é uma tarefa muito difícil, é uma simples questão de proporção. Se a noiva for mais baixa, o assessório deverá ser menor, consequentemente, se ela for mais alta, o arranjo será maior. Uma das dúvidas mais frequentes, é a combinação do buquê com o vestido e com a decoração do local. Segundo a consultora Milene, entre o assessório e a roupa deve existir uma harmonia, no entanto é errado combiná-lo com as flores e adereços do lugar. “Pelo contrário, as flores escolhidas para o buquê devem ser diferentes das usadas na decoração, senão dá a impressão que o buquê foi feito com sobras da decoração”. O arranjo, que deve ser sempre montado com flo-
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Élégant
res naturais, também necessita estar de acordo com a personalidade da noiva. Se ela for mais altiva, pede flores mais escuras, já se tiver um estilo romântico, precisa de flores que remetam a isso. O horário do evento também influencia nessa decisão. “Em um casamento ao ar livre pela manhã, o ideal é que as flores sejam mais singelas (flores do campo, margaridas, mosquitinhos, girassóis, rosas, gérberas, hortênsias etc). Em casamentos à noite são mais indicadas as flores nobres (lírios, orquídeas, callas, tulipas, rosas importadas, etc)”, revela Milena. Um item que pode substituir o buquê de flores é o terço. No entanto, a noiva deve escolher o que mais lhe agrada, levando em conta também suas crenças ou religião. “Pode ser utilizado, em especial se tiver algum significado particular para a noiva, como ter pertencido a uma avó ou ser presente de alguém muito querido”, comenta a consultora. Cada buquê possui um jeito próprio para ser segurado, assim como cada flor contém um significado singular. “Flores de laranjeira significam fertilidade para o casal, lírios expressam pureza, rosas vermelhas denotam o amor, angélicas querem dizer prazer, tulipas marcam o amante perfeito, orquídeas constituem beleza rara e margaridas a inocência juvenil”, detalha Milena. Existem opções de buquês para todos os gostos e estilos, no entanto, fique preparada para gastar um pouco mais. Os preços variam de acordo com o tipo de flor escolhida e segundo Milena, podem custar entre 150 e 500 reais.
Redondos
Tipo físico: Toda noiva pode usar um buquê redondo, porém o tamanho do buquê deve ser proporcional ao seu tamanho. Tipo de vestido: Todos Horário do casamento: Manhã, tarde ou noite Forma de levar o buquê: Apoiando no osso do quadril Flores recomendadas: Pode ser um único tipo de flor ou uma mistura.
Braçada
Tipo físico: Noivas altas Tipo do vestido: Clean Horário do casamento: Manhã, tarde ou noite Forma de levar o buquê: Deitado no braço Flores recomedadas: Callas, copo de leite, boca de leão etc.
Cascata
Tipo físico: Noivas altas. Jamais deve ser usado por noivas “mignon”, pois parecerão ainda menores. Tipo do vestido: Fica bem com vestidos com saia evasê (leve ou mais amplo). Horário do casamento: Manhã, tarde ou noite. Forma de levar o buquê: Segurando de forma com que a cascata fique pendente e apoiando no osso do quadril. Flores recomendadas: Orquídeas phalaenopsis, rosas, heras etc.
Flor única Como é uma única flor, ela deve ser o grande destaque. Deve ser uma flor bonita, com o caule encapado com fita de cetim. Tipo físico: Todos Vestido: Pode ser mais elaborado, pois a flor única dará o equilíbrio ao visual. Horário: Todos Forma de levar o buquê: Segurando a flor na altura da barriga. Flores recomendadas: Orquídea (galho), rosa, lírio, tulipa, callas etc.
Élégant
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Moda&Beleza fotos: divulgação
Pés quentes estão na moda por Jéssica Tokarski
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om a chegada do outono e do inverno, é comum vermos mulheres desfilando variados modelos de botas. Além de proteger do frio, elas podem fazer toda a diferença no visual. A cada ano, esse tipo de calçado vem sendo mais usado e por isso seu charme, estilo e beleza estão se aprimorando. Em 2011 não será diferente, este estilo de calçado ainda está em alta. Segundo a estilista da Ramarim, Sinara Cemim, as características presentes nas botas nestas estações são variadas. “Teremos canos longos e curtos (as chamadas unkle boots), de altura no joelho ou acima deles. Além disso, haverá uma variedade de formas sem a presença do bico super afinalado, arredondado, e navio”, revela. Os detalhes como fivelas, rugas e zíperes, também serão muito presentes. Um tipo de bota muito utilizado é o de montaria. Estilo que continuará nos pés das mulheres. Por ser confortável, prático e charmoso, é a primeira opção de muitas. No entanto, a febre do momento são as unkle boots, que oferecem as mesmas vantagens para as consumidoras, de um jeito diferente e ousado. Mas, além do visual, outra coisa que preocupa muito o sexo feminino é o conforto. É primordial que o calçado seja cômodo e não atrapalhe a rotina diária de quem o utiliza. Por isso, a palavra de ordem neste ano, é praticidade. Desta forma, os
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clássicos também farão muito sucesso. “As mulheres procuram além de botas diferenciadas, modelos que possam usar no dia-a-dia. Assim, a opção preferida são as botas com design mais clássico, porém sem perder o estilo e feminilidade”, conta a estilista. É dentro dessas exigências, que a Ramarim costuma confeccionar seus calçados, aliando dois pontos muito importantes para as mulheres. “Com uma certa atenção a detalhes técnicos conseguimos dar conforto aos modelos, a partir daí trabalhamos a parte visual para que fique dentro das tendências propostas”, comenta Sinara. É possível encontrar nas lojas, calçados das mais diversas cores, contudo, Sinara afirma que a regra sobre cores básicas no outono / inverno, é correta, sobretudo para os calçados. “Vale principalmente para as botas. As cores ficam basicamente no marrom, preto, cinza e gelo”, adverte. Os detalhes também são minuciosamente pensados. A maioria deles irá aparecer em zíperes diferenciados e metais delicados. Uma grande tendência da estação serão os modelos assandaliados, que trazem praticidade no momento de calçá-los. Seguindo as dicas da estilista Sinara Cemim, é possível ficar bonita, confortável e protegida do frio e da chuva ao mesmo tempo. Afinal, quem às vezes não torce por uma mudança na temperatura para poder usar aquele modelo fantástico?
Corpo
5 dicas importantes para perder a barriga
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ntes de dar as minhas dicas deste mês gostaria de dizer que estou muito feliz em ser a mais nova colunista da revista Élégant. É um prazer estar aqui e poder dividir algumas coisas que aprendi. Espero que gostem! Acredito que para perder a barriga não existam segredos, apenas disciplina e força de vontade. Gordura localizada na barriga parece ser um grande problema para muitas mulheres (e alguns homens também). Trabalho, estresse e falta de exercícios contribuem para o acúmulo de gordura abdominal. Perder a “barriga de chopp” e obter um abdômen esbelto e definido pode ser uma experiência dolorosa e lenta, mas certamente valerá o esforço. Vou deixar alguns conselhos: 1 - Evite o consumo de bebidas alcoólicas Tenho a certeza de que a maioria das pessoas sabe que o álcool pode causar ganho de peso. O consumo de bebida alcoólica em excesso pode realmente causar barriga. Um mililitro de álcool contém sete calorias. Embora a quantidade seja menor do que a de gordura, as calorias consumidas são completamente inúteis, pois não contém nenhum nutriente. Assim, o montante total das calorias adquiridas por bebida são armazenadas como gordura!
Thiago Bellini
2 - Não comer tarde da noite Tente não comer neste período porque é um horário em que você não pratica muitas atividades e é normal ir para a cama com a barriga cheia. Isso
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Solange Frazão
solangefrazao.com.br
causa elevado nível de açúcar no sangue, que não é usado, e transforma-se em gordura que é armazenada. Experimente fazer sua última refeição cerca de duas a três horas antes de dormir. 3 - Carboidratos Consuma menos carboidratos refinados (farinha branca) e aumente o seu consumo de vegetais. O consumo elevado aumenta o nível de insulina que pode afetar o seu metabolismo. O excesso de açúcar ingerido através de carboidratos se transforma em gordura. 4 - Comidas sem muitos nutrientes Se você ingerir alimentos que possuem grande quantidade de gorduras saturadas, pode engordar e ficar com pouca saúde. Não compre alimentos como bolachas, batatas fritas, doces e outras coisas do tipo para a sua casa. Se não tiver esses alimentos no seu armário, há menos chances de cair em tentação. 5 - Exercício, exercício, exercício, exercício! Levante do sofá, esqueça a cerveja, doces, refrigerantes e comece a praticar exercícios! Academia é para todos! Se não sabe como começar, procure um profissional (personal trainer) para te ajudar no começo do seu novo estilo saudável de vida. Como eliminar a gordura do abdômen? Complete sua semana fazendo musculação pelo menos duas vezes por semana e faça exercícios aeróbicos pelo menos quatro vezes por semana. Cada sessão de musculação pode durar cerca de 45 minutos. e os exercícios aeróbios em torno de 30 a 45 minutos por sessão. Você começará a ver os resultados com dois ou três meses de treino e a motivação para continuar com a dieta e os exercícios será mais presente. Não cair nas tentações do cotidiano, aos poucos, vai ficar mais fácil. Até a próxima edição. Beijos, SÔ FRAZÃO.
Corpo
Pedalar Bicicletas X Simuladores por Jéssica Tokarski
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edalar é um exercício pelo qual muitas pessoas optam. Algumas, pela facilidade e praticidade, outras por gosto ou simples prazer. Inegavelmente, essa é uma das modalidades mais fáceis e democráticas de malhação. Dentro deste exercício, existem duas opções: as bicicletas e os simuladores de pedalada. A partir daí é necessário escolher qual caminho deseja seguir. Apesar de parecerem a mesma coisa, as duas alternativas possuem muitas diferenças. Segundo o personal trainer Paulo Vicente, cada uma incita sentidos distintos. “Em uma bicicleta são estimulados alguns sentidos como a visão e a audição, necessários para que se tenha segurança ao pedalar,
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além da preocupação com o equilíbrio, dispensáveis em um simulador. Além disso, proporciona um gasto energético diferente, pois a intensidade com que se pedala em uma bicicleta pode ser diferente do que a de um simulador, devido aos obstáculos do terreno”, explica. Pedalar de bicicleta pela cidade, pode ser menos eficaz na conquista de um corpo modelado, já que é necessário parar muitas vezes devido ao trânsito, diminuindo assim o esforço. “Todas as vezes que temos que parar, nossa frequência cardíaca diminui, consequentemente o esforço é menor. Caso o exercício exija uma zona média de frequência em determinado tempo, os objetivos não serão alcançados”,relata o personal. Dependendo do objetivo da pessoa, o acompanhamento de um profissional da área é mais aconselhável, já que ele pode dar dicas com mais propriedade. Um grande diferencial do simulador é o planejamento de treino. Os aparelhos possuem opções de escolha para determinados pesos e velocidades, o que facilita a pessoa alcançar finalidades específicas. O fato é que ambas as alternativas possuem vantagens. O simulador proporciona maior segurança, permite a sustentação de uma velocidade constante, além de poder ser feito durante aulas motivacionais, que admitem um maior gasto de calorias. Já na bicicleta, é possível um maior contato com a natureza ou ar livre, proporcionando assim sensação de bem estar, além do desenvolvimento de sentidos como alerta, visão, audição e equilíbrio. O importante é estar ciente dos bens que as atividades físicas proporcionam não só ao corpo, mas também à mente. Pedalar é uma das opções. Essa modalidade de exercício ajuda no fortalecimento muscular e articular, principalmente dos membros inferiores, tem um alto gasto calórico e ainda ativa a circulação sanguínea e aumenta a capacidade cardiorrespiratória.
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REUNIÃO DE FAMÍLIA Saiba como se comportar
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elebrar a vida é uma atitude diária e independe de religião, filosofia ou credo. As reuniões familiares são o mais básico e principal exercício de convívio social que conhecemos. De um simples almoço de domingo à mais sofisticada festa de aniversário, é nessas ocasiões que temos a oportunidade de estar com irmãos, tios, primos, avós, de uma maneira descontraída. Mas atenção! Descontração não quer dizer pouco caso e desleixo. Pensar que podemos deixar as coisas de qualquer jeito, sem capricho, “afinal é só família, gente de casa” não traduz a realidade, uma vez que o nosso maior prazer deve ser agradar aos nossos mais próximos, começando pelo seu núcleo: marido, mulher e filhos, estendendo-se aos parentes. No vestir, estar à vontade significa arrumar-se de uma maneira mais despojada, sem eliminar a vaidade ou o charme. Vamos então à nossa festa. Reúne-se a família. Conversa gostosa, novidades postas em dia e, de repente: algazarra, corre-corre, gritaria...são as crianças. Gostoso de ver, nem sempre bom de conviver. Existe situação mais agradável do que parti-
Fabio Arruda
www.fabioarruda.com.br
cipar de um encontro onde há crianças que sabem se comportar direitinho? Claro que é nessas ocasiões que elas vão ter a oportunidade de mostrar o que aprenderam e para isso nós temos que fazer a nossa parte: destacar com paciência o que não está correto. Repreender bruscamente em frente dos demais é extremamente desagradável e nada eficaz. A educação é decorrente do cotidiano em nossos lares e isto não pode ser corrigido em um dia de festa. Uma providência simpática para quem recebe é ter um espaço onde os pequenos possam brincar à vontade ou ter alguns brinquedos para mantê-los ocupados. Todos nós temos aquela tia que conta sempre as mesmas histórias, o primo com as mesmas lorotas ou uma cunhada que fala sem parar, a não ser quando interrompida por um genro engraçadinho prestes a contar a última piada sobre as sogras. Mas a regra é clara e inflexível temos que ser sempre gentis e atenciosos para com os nossos convidados. Aos nossos anfitriões, devemos respeito e gratidão pelo convite. Se você apenas aceitou o convite para agradar aos seus avós ou satisfazer a vontade de sua mulher, é impossível que isto aconteça se estiver de cara amarrada ou resmungando. Tente descobrir algo de novo e interessante naquela prima que você nunca achou a menor graça, busque aprender com os mais velhos, uma fonte segura de maturidade e experiências. Quando o encontro terminar e você retornar à sua casa; ou sendo o anfitrião, ao despedir-se daquele convidado que “não vai embora de sua festa”, e se jogar na poltrona exausto vai ser delicioso sentir que valeu a pena, e como é bom termos essas pessoas à nossa volta para preencherem as páginas da nossa história de vida.
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Bem Estar
Acupuntura Técnica oriental que pode curar doenças por Jéssica Tokarski
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acupuntura é um método chinês milenar usado como alternativa para o tratamento de diversos males. Atualmente a técnica vem ganhando visibilidade à medida que estão sendo realizados cada vez mais estudos científicos para comprovar a sua eficácia. O tratamento que é feito através de inserções de finíssimas agulhas em certos pontos da pele, está conquistando muitas pessoas que desejam amenizar e curar diversas dores. Segundo o fisioterapeuta acupunturista, Walmir Romanini, o procedimento consiste em encontrar a harmonia do corpo e da mente através de canais, conhecidos como “meridianos de energia”, que liga a pele com os órgãos internos, e que percorrem todo o corpo. “A estimulação desses pontos permite a ativação ou sedação da energia que circula ao longo do meridiano”, explica. Segundo estudo publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com outras renomadas instituições, foi analisada a eficácia da acupuntura em comparação com o tratamento convencional para 147 condições de saúde. “Constam as afecções físicas, os distúrbios orgânicos, as desordens mentais e psicossomáticas, as condições específicas dos homens, mulheres e crianças e os problemas oriundos do tratamento de câncer, cirurgias e dependência química”, revela o fisioterapeuta acupunturista. Dor lombar e nos joelhos, hipertensão, rinite alérgica, enxaqueca, obesidade, TPM, depressão e ansiedade são alguns exemplos de sintomas que podem ser tratados com o método. Segundo Walmir Romanini, em muitos casos a acupuntura apresenta melhores resultados que os medicamentos alopáticos (remédios que causam efeito contrário à doença). “Porém cada caso deve ser analisado isoladamente, porque sabemos que a
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acupuntura também tem suas limitações frente a muitos problemas que devem ser estudados. Devemos sempre aliar o que existe de melhor nas duas ciências (ocidental e oriental) para que possamos beneficiar as pessoas”, ressalta. A ação esperada da técnica é o efeito analgésico dos males. No ponto de vista ocidental, a aplicação das agulhas estimula terminações nervosas junto à pele e músculos, desencadeando um processo que libera substâncias conhecidas como endorfinas, causando o efeito de alívio da dor. Este ato também proporciona calma, melhora a circulação e o sistema imunológico. Apesar de a técnica estar se tornando famosa devido aos seus efeitos, muitos ainda possuem medo da dor que as agulhas podem oferecer. Segundo o especialista nesta área, isso se deve ao fato de que se costuma confundir a acupuntura com aplicações de injeção. No entanto, existem diferenças entre as agulhas. “As de acupuntura são muito finas e a punção é superficial à pele. Quando puncionada por um profissional mesmo que experiente, os pontos em desequilíbrio podem apresentar reações que variam de uma vermelhidão local, sensação de formigamento ou de pequeno choque”, comenta Walmir Romanini. Contudo, o fisioterapeuta acupunturista garante que estas reações são insignificantes perto dos benefícios proporcionados. Mas para aqueles que não conseguem nem passar perto de uma agulha, existem outras alternativas. Terapias como laser, massagens circulatórias e magnetoterapia também são eficazes. Outra opção muito comum é a aurículoterapia, tratamento dos pontos de acupuntura localizados na orelha. “Os pontos são estimulados eletricamente ou pela fixação de minúsculas sementes (mostarda) que os in-
citam como forma de cura dos desequilíbrios e tem excelentes resultados”, aconselha o especialista. O método é realizado através de sessões, o número de visitas necessárias até que o problema seja solucionado vai depender de diversos fatores como tempo de permanência do desequilíbrio no organismo, intensidade dos sintomas e constituição da pessoa. Cada atendimento demora em torno de cinquenta minutos, sendo que a permanência das agulhas no paciente deve ser vinte minutos, para que haja efeito. Antes de entrar em uma sessão, algumas precauções precisam ser tomadas. Os acupunturistas têm que preparar o ambiente (deixando-o confortável) e os materiais de trabalho. “É necessário ter cuidados com assepsia do local a ser puncionado e das agulhas que devem ser de uso único, particular e descartável”, adverte o fisioterapeuta acu-
punturista. Além disso, o paciente deve estar com roupas confortáveis, abster-se de bebida alcoólica, ter uma alimentação balanceada e evitar exercícios físicos por um período de duas horas antes e depois da consulta. “Oriento ainda às pessoas, que pelo menos no dia da sessão, procurem fazer com que seu dia esteja de acordo com alguns dos princípios orientais,como: não se irritar, evitar preocupações, ser grato com os outros e fazer suas obrigações”, recomenda. A acupuntura é uma das melhores alternativas para o combate de dores e sintomas que causam incômodo. Entretanto, também pode ser o ponto de partida para desenvolver hábitos de vida saudáveis. “Há uma necessidade de conscientização dos limites impostos pela doença e de mudança de hábitos. Indivíduos que respeitam estas condições evoluem melhor”, sugere o especialista Walmir Romanini.
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Bem Estar
A importância das fibras na alimentação por Jéssica Tokarski
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s fibras dietéticas estão na moda, e por bons motivos. Seu consumo proporciona diversos benefícios, como a melhora no trânsito intestinal, aceleração de absorção de alguns nutrientes e diminuição de outros, como a gordura. Mas o que são as fibras dietéticas? Segundo o médico nutrólogo, Maximo Asinelli, são resíduos de células vegetais que não são digeridas. “São as partes dos alimentos vegetais que o organismo não consegue digerir”, explica. Elas exercem um papel muito importante na alimentação, pois são essenciais para o bom funcionamento do organismo. “Dificultam a absorção de açúcar e gorduras, evitam o intestino preso, contribuem para a digestão, reduzem o nível de colesterol e de glicose, aumentam a saciedade, reduzem o risco de desenvolver diabetes e doenças cardíacas”, revela o nutrólogo. As fibras não são substitutos alimentares, pois não possuem valor nutricional. E devem ser consumidas associadas a outros alimentos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), devemos consumir cerca de 32 gramas de fibras por dia.
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“Uma barrinha de cereal possui apenas um grama de fibras e 100 calorias. Um prato de salada fresca, tem dez vezes mais fibras com muito menos calorias, além de um valor nutritivo essencial”, ressalta o especialista. Compostas por celulose, oligossacarídeos, pectina, goma e ceras, as fibras dietéticas ou alimentares, ajudam a prevenir doenças como hipercolesterolemias, obesidade, câncer do intestino, diabetes e enfermidades provenientes da constipação intestinal. Segundo Máximo Asinelli, as fibras podem ser divididas em solúveis e insolúveis. “As solúveis ajudam a reduzir o colesterol e a glicose e podem ser encontradas em várias frutas, ervilha, aveia e feijão. Já as insolúveis aumentam o bolo fecal e evitam a prisão de ventre. Podem ser encontradas em vegetais, cereais, pães e trigo integral”, adverte. Desta forma, ingerir fibras diariamente é um hábito importante para a saúde plena. Além de promoverem um melhor trânsito intestinal e ajudarem na excreção de restos alimentares não digeridos como toxinas e gorduras, auxiliam no bem estar e em uma autoestima elevada.
Bem Estar
Bom Humor
a ferramenta da alegria
por Débora Dornella
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certo que o bom humor influencia as pessoas. Quando se está perto de alguém feliz, é difícil não controlar um sorriso, não é mesmo? Para saber mais sobre isso, a revista Élégant entrevistou a psicóloga Odette Aparecida Pinheiro. A psicóloga explica que o bom humor é importante, pois revela bem estar. Além de facilitar a viver com maior fluidez, espontaneidade, criatividade e comunicação, essas características contribuem para o fortalecimento de vínculos sociais afetivos que por sua vez aumentam a autoestima e a sensação de felicidade. E os benefícios não param por aí, a psicóloga explica que uma boa risada massageia os órgãos internos, como o coração, oxigenando o corpo, que por sua vez estimula o sistema imunológico, o que é uma proteção contra doenças e assim libera substâncias que promovem sensação de bem estar. O bom humor pode ajudar na saúde. Além dessas respostas fisiológicas favoráveis, ainda há a liberação de endorfina, um hormônio que promove a sensação de bem estar, diminui o estresse, aumenta a oxigenação do organismo e fortalece o sistema imunológico. Assim, acredita-se que pessoas bem humoradas vivam mais tempo, pois seus organismos estarão mais protegido de doenças. Mesmo sabendo que essa condição é benéfica para a convivência e para a saúde, é difícil conse-
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guir manter o humor sempre elevado. Odette ressalta que o bom humor é uma atitude de enfrentamento diante das situações do cotidiano e que não acontece por acaso. “É um resultado que se obtém através de um esforço consciente de cuidar em atender as próprias necessidades, e ao mesmo tempo zelar pelo respeito ao outro assim como ao ambiente em que vivemos”, afirma. Para isso é preciso saber cultivar a paciência, tolerância, humildade, compaixão, entusiasmo e amor. É bom destacar que o bom humor não elimina sentimentos de raiva, inveja e indignação, mas faz com que eles tornem- se motivos de ações construtivas a nosso favor. E se o mau humor persistir a dica é ter uma disposição ativa na conquista do seu bem estar. “A felicidade é construída, não cai do céu”, explica Odette. Ela acredita que é preciso ter consciência que sempre há coisas que podemos mudar e outras aceitar. E aqui vai um alerta, é preciso levar em conta que o bom humor excessivo pode atrapalhar se for usado como um impedimento em lidar com dores e sofrimentos. Ele não pode se tornar uma fuga da realidade. Assim como o sorriso, faz bem se for verdadeiro, pois traz consigo sentimentos bons, além de promover o bem estar. Mas se for ao contrário, pode causar outras reações ao organismo. Um sorriso genuíno pode ser considerado o melhor remédio, principalmente no caso de conflitos onde as relações estejam tensas, conclui a psicóloga.
Bem Estar
Ansiedade por Emerson Roberto
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odos já ficamos ansiosos por algum motivo. Mas você sabe o que é a ansiedade e quais as possíveis causas desse problema? A revista Élégant entrevistou a psicóloga Aline Parente para esclarecer essas questões. Segundo a psicóloga, a ansiedade é uma reação natural do organismo, que acontece quando estamos lidando com situações adversas. Assim, podemos dizer que todos a sentirão em alguns momentos ao longo da vida. Mas há casos em que esse problema se torna disfuncional, pois as reações físicas (taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular, aumento das secreções e dores de cabeças) e psicológicas (inseguranças e preocupações extremas) em excesso, chegam a prejudicar as relações do acometido na família, trabalho e até mesmo no convívio social como um todo. A ansiedade pode ser adaptativa ou disfuncional. A primeira é um mecanismo natural de defesa do corpo, que faz com que o ser humano esteja atento aos diversos acontecimentos que a vida lhe impõe, reagindo de maneira a se adaptar ao que acontece. A segunda se caracteriza pelo exagero nesses sinais de alerta, e poderá culminar com a perda do controle emocional do indivíduo. “Todos, em algum momento, terão ansiedade. Os sinais de que ela está virando um problema e se tornando mais frequente, podem causar dificuldades para a pessoa. Nesse caso, podemos considerá-la disfuncional. Mas é importante avaliar cada ocorrência, pois o nível de tolerância do problema muda de indivíduo para indivíduo”, conta a psicóloga. Segundo Aline, para lidar com uma ansiedade disfuncional é importante que a pessoa busque ajuda médica específica mas também é primordial que o ansioso saiba identificar o que precisa ser mudado em sua vida, a fim de evitar ao máximo, os picos do problema. “É importante ressaltar que a ansiedade está ligada às dificuldades do indivíduo. Por isso, é imprescindível olhar para o assunto de forma mais ampla e ter uma melhor compreensão do que está acontecendo. O modo como lidamos com o mundo ao nosso redor e como nos relacionamos com nós mesmos, tem um papel decisivo nesta questão”, revela. A forma de tratamento eficaz varia de caso a caso, o que torna imprescindível uma avaliação juntamente com um profissional experiente na área. “A psicoterapia normalmente apresenta bons resultados. Em alguns casos, dependendo da avaliação, é necessário o encaminhamento para que um médico especialista avalie a necessidade do uso de medicação”, finaliza a especialista.
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Aspectos afetivos e pessoais em Projetos para Interiores
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odemos dizer, com certeza, que a nossa casa é o lugar que mais expressa nossas particularidades, aonde podemos ter a nossa privacidade, aonde nossa vida pessoal tem verdadeira liberdade. Também é o lugar do nosso conforto, aonde descansamos e recarregamos as nossas forças, onde compartilhamos as nossas maiores alegrias, recebendo amigos ou vivendo momentos de intimidade com a família. A casa, ainda pode ser como um organismo, em que cada um com suas particularidades acrescenta uma parcela para fazer dela o espaço mais fundamental para o convívio da família. O próprio conceito de casa nos dá a liberdade de sermos nós mesmos, então, a partir dos nossos sonhos, estilo e desejos aos poucos vamos dando personalidade a ela, imprimindo um pouco do que nós somos. Todas estas características são fundamentos básicos que precisam ser avaliados cuidadosamente quando pensamos em um projeto para interiores em uma residência unifamiliar. Na escala das considerações a serem avaliadas para desenvolver um
Alexandre Ferraz Bello Designer de interiores
interioresdesignin.wordpress.com
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designin
Decoração
bom projeto residencial de interiores, os conceitos afetivos e pessoais ocupam uma posição de base, onde todas as outras considerações como, orçamento para execução dos projetos, funcionalidade, estética, luminotécnica, distribuição espacial e ambientação, design do mobiliário, entre outras, deverão ser norteadas pelos aspectos afetivos e pessoais de quem irá desfrutá-lo. Por outro lado conciliar estilos e gostos pessoais tornando a casa um ambiente agradável a todos os seus moradores, definitivamente não é uma tarefa fácil, porém essencial, de outra forma correremos o risco de fazermos da nossa casa vários mundos separados por paredes, e, aos poucos perderemos o convívio familiar, tão importante para o nosso bem estar e qualidade de vida. Empenhar-se no estudo dos aspectos afetivos e pessoais da moradia torna um projeto de interiores extremamente complexo, devido às várias formas e funções de cada espaço definidos pelas esferas das áreas íntimas, sociais e de serviços, quando se trata de moradia tradicional, ou ainda mais complexo quando se trata do conceito de moradia moderna e pós moderna, em que as áreas íntimas e sociais são constituídas em um único espaço sem divisões de paredes. Um dos grandes segredos para o sucesso deste estudo é o diálogo aberto e imparcial entre todos os moradores, cada um respeitando os sonhos e desejos do outro, e, todos cooperando para adequar seus desejos de realização à realidade do projeto executivo, com as suas limitações técnicas, funcionais e orçamentárias. O desafio é empolgante tendo em vista que esta é a parte essencial que trará vida à casa e que fará da nossa casa o lugar mais agradável para estarmos.
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Você conhece um
SEX SHOP? A
tualmente, esse tipo de loja é frequentado, em sua maioria, por mulheres e casais com relacionamentos duradouros e com maior intimidade? Você já ouviu falar em butterfly´s, giratórios, pulsating´s, cybers e no poder dos cremes e loções? Eles melhoram a sua auto-estima e enriquecem sua vida sexual. Deixe sua timidez de lado! Você verá como um pouco de ousadia pode transformar uma relação. Ultimamente o assunto sexo está deixando de ser um tabu. Com a facilidade de se obter melhores informações, a população está cada vez mais explorando este tema. Por isso, o mercado está se diversificando e oferecendo vários tipos de produtos eróticos com o objetivo de fazer sexo seguro, sair da rotina ou realizar fantasias. Alguns exemplos de produtos são os vibradores, moldes dos órgãos genitais masculinos e femininos em silicone ou cyberskin, bonecas infláveis, DVD’s
eróticos e didáticos, lingeries, cosméticos,etc. Os acessórios são de diversos tipos de materiais atóxicos proporcionando cada vez mais conforto e alta tecnologia. Alguns até bem parecidos com a pele, ou aveludados, ou ainda de silicone medicinal. Os vibradores mais modernos têm diversos tipos de vibração e movimentos. As lingeries e fantasias, tanto femininas quanto masculinas, dão um toque de sedução para tornar uma noite ou uma data especial. Há vários tipos de cosméticos desde lubrificantes até cremes excitantes, produtos para aromatização de ambientes e para massagens. Atualmente as pessoas estão se preocupando com a satisfação do parceiro e buscando acessórios para utilizarem em conjunto ou individualmente. As lojas tendem a manter a privacidade do cliente, sendo discretas. É possível encontrar ambientes em que o cliente não é visto pelas pessoas que estão do lado externo da loja.
Vida Ativa
Um jeito elegante de praticar esporte por Beto Ferreira
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ênis é um esporte muito charmoso e elegante, porém exige muita concentração. O silêncio é necessário para que o jogador mantenha-se centrado. É preciso prestar muita atenção no jogo, em cada ponto, em cada jogada. Analisar é uma estratégia da modalidade. Fui até o Graciosa Country Club para fazer uma aula experimental e conhecer mais sobre esse esporte. O clube, que possui tradição no tênis, treina alunos entre quatro e oitenta anos de idade. Dentro dessa modalidade, é possível jogar em dois tipos de quadra: as de saibro e as de cimento. Segundo o professor de tênis Rodrigo Costa, as de saibro são as melhores, pois nelas o jogador tem mais tempo para acertar a bola. Já a de cimento, proporciona jogadas muito rápidas.
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Com o Rodrigo, aprendi que o esporte é dividido em sets. Cada set tem seis games, podendo chegar a sete se o placar ficar em cinco a cinco. Se o jogo ficar seis a seis, vai para o tie break, a partir daí quem fizer dois pontos de diferença, vence o set. O professor me deu uma dica muito interessante. Segundo ele, uma boa jogada é esticar bastante o braço no momento de devolução da bola.“Quanto maior a terminação, maior a chance de a bola ir para o fundo, obrigando assim o adversário a ficar mais fora da quadra”, explica Rodrigo. Após jogar uma partida de tênis muito agradável, me rendi a este esporte. Além de ser uma prática que traz inúmeros benefícios para a saúde, é uma atividade que aumenta a autoestima de quem joga e pode se tornar um hábito excelente. Eu indico.
Saúde
DEPRESSÃO por Débora Dornella
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Uma doença, não um problema A
o contrário do que muitos pensam depressão não é um problema de caráter, falta de vontade e preguiça, e sim uma doença psiquiátrica grave, incapacitante e frequente em muitas pessoas. Para saber mais sobre esse assunto a revista Élégant contou com a ajuda da psiquiatra Fabiana N. Braga De Conti. Depressão é um termo bastante generalizado, explica a psiquiatra. Existem vários tipos de depressão, quando ela se apresenta pela primeira vez, é um episódio depressivo, quando se repete, passa a se chamar transtorno depressivo recorrente. Também é encontrada no transtorno bipolar e na distimia (estado depressivo crônico que costuma aparecer já na adolescência ou mesmo na infância). Para tratar é necessário a ajuda de um médico, pois se trata de uma doença, explica a Dra. Fabiana. “Pode vir acompanhada de tratamento medicamentoso isolado ou em associação com tratamento psicoterápico, que é a melhor forma de se abordar o transtorno”. Não há como tratar sozinho, e se uma pessoa disser que saiu da doença sem ajuda médica, a psiquiatra diz que isso não era depressão, mas que poderia ser um estado de tristeza, desânimo ou stress. E como não confundir um desânimo com uma depressão? A Dra. Fabiana esclarece de forma clara que os sintomas mais comuns são desânimo, tristeza sem motivo, falta de vontade e energia, cansaço, fraqueza, cefaléia, dores generalizadas pelo corpo, pensamentos de morte também podem estar associados, irritabilidade, impaciência, falta de prazer em geral, faltas no trabalho e diminuição produtiva. É isso que faz distinguir o desânimo ou tristeza normal da depressão. Pois ela é uma doença somatória de sinais e sintomas, enquanto a tristeza normal dura pouco e tem um foco específico. Na depressão não existem motivos. A pessoa está triste e não sabe nem o por quê, e por isso acaba sofrendo ainda mais. Também é possível que a depressão acarrete ou-
tras doenças. “É certo que ela desestabilize outras enfermidades que se encontravam estabilizadas”, explica a médica. Além disso, o sistema imunológico humano sofre uma queda, o que pode prover doenças comumente associadas à diminuição da imunidade, como as doenças virais. A psiquiatra explica que se desconsiderar o fator genético, é possível que pessoas deprimidas possam contrair um quadro cancerígeno com maior probabilidade do que pessoas não deprimidas. O suicídio também está frequentemente associado a essa doença. “Quinze por cento das pessoas com depressão grave e sem tratamento cometem suicídio, mas isso pode ocorrer em outras doenças psiquiátricas, como alcoolismo, dependência de drogas e Transtorno Bipolar”, comenta a doutora. Segundo a psiquiatra um tratamento adequado e de bom prognóstico dura em torno de dois anos. Inicialmente de três a seis meses para se estabilizar o quadro com medicamentos em doses adequadas; de dez a doze meses para manutenção dessas dosagens sem recaídas, e finalmente a fase da retirada lenta e gradual da medicação sem o retorno da sintomatologia. “A preparação para a alta clínica é que pode levar de quatro a oito meses”, explica a Dra. Fabiana. Além disso, se acontecer interrupções ou recaídas ao longo do tratamento, o tempo pode aumentar ainda mais. É importante destacar que mesmo que o paciente encontre-se estável e sem sintomas, ele sempre será portador da doença. “Não é possível afirmar que, por ter tratado uma doença depressiva por um longo tempo, ela não voltará a aparecer. Possíveis causas para seu novo retorno são muitas vezes acompanhadas de aumento da pressão no dia-a-dia”, declara a médica. Quanto à prevenção da doença, a melhor forma é manter uma boa e interessante qualidade de vida, indica a psiquiatra que ressalta a importância dos princípios básicos para a saúde do ser humano, como sono adequado e restaurador, ter uma alimentação saudável e exercícios físicos, fatores esses que contribuem para uma vida melhor.
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Saúde
O que é o Alzheimer? por Emerson Roberto
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ara quem não conhece esse mal, o Alzheimer é uma doença degenerativa progressiva do sistema nervoso central que acomete cerca de 24 milhões de pessoas no mundo. Com o tempo, ele agride a memória, o raciocínio e o pensamento, levando a uma incapacidade permanente do acometido. Atinge principalmente os idosos acima de 65 anos. Segundo o neurologista Ricardo Krause Martinez de Souza, no Brasil, 1,2 milhões de pessoas sofrem com a doença e estima-se o surgimento de 100 mil casos novos a cada ano. Frequentemente, os pacientes só procuram um médico quando o problema já se encontra em fase moderada ou, até mesmo, avançada. Quando houver sinais de alerta, como dificuldade para memorizar novas informações ou realizar tarefas que o paciente habitualmente faz, deve-se buscar a ajuda profissional. O diagnóstico deve ser feito preferencialmente por um neurologista, psiquiatra ou geriatra, por meio de entrevistas com o acometido, a família ou um responsável por ele. Depois, é necessário fazer exames para avaliar o estágio do caso. Não existe idade certa para aparecerem os sintomas, porém é mais frequente atingirem adultos acima de 65 anos. Mas não é impossível que o Alzheimer acometa pessoas mais jovens. “Existem alguns casos descritos na literatura em adultos com idade de 40 anos, mesmo sendo ainda uma forma rara de manifestação da doença. Quando presente em jovens, existe uma chance maior de ser de origem genética”, diz Dr. Ricardo. Pessoas que possuem problemas de memória não são suscetíveis a ter o Alzheimer. O nosso cé-
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rebro é programado para “apagar” certas informações e a priorizar outras. Por esta razão, esquecer de uma reunião, as chaves ou o celular, às vezes, é comum. Esses lapsos de memória fazem parte do nosso cotidiano. Com o ritmo acelerado em que se vive, é normal ser desatento para detalhes ou tarefas que o ser humano realiza com frequência. “Este tipo de problema de memória não é um risco para desenvolver Alzheimer. É preocupante apenas quando o esquecimento começa a progredir e a comprometer as atividades da vida diária, como pagar contas, preencher cheques, fazer compras, planejar um passeio e controlar a própria medicação”, ressalta Dr. Ricardo. Segundo o neurologista, a doença é dividida em três estágios. O primeiro acontece entre o tempo de dois a quatro anos, antes do diagnóstico. Existe a perda da memória recente, o paciente possui dificuldades com a memória como, por exemplo, esquecer o que disse e perguntar várias vezes a mesma coisa, confundir lugares, se desinteressar pela vida, perder as iniciativas, ser incapaz de julgar situações e ter dificuldades em lidar com dinheiro. O segundo estágio acontece entre o tempo de dois a dez anos depois do diagnóstico. Os sintomas são perda de memória e confusão, dificuldades em reconhecer familiares e amigos, agitação (especialmente ao entardecer e à noite), tremores musculares ou cacoetes, dificuldade em conseguir organizar o raciocínio e pensar logicamente, encontrar as palavras certas para utilizar, ter problemas com leitura, escrita e números e possuir ideias fixas, irreais. O terceiro e último estágio, acontece entre um a três anos. O paciente já não se reconhece no espelho ou a própria família, perde peso,
mesmo com boa dieta, possui pouca capacidade de tomar conta de si, não consegue se comunicar com palavras, eventualmente põe tudo na boca e apalpa os objetos ao seu alcance, não controla a bexiga e o intestino, tem dificuldade em segurar objetos e de deglutição e a pele fica sensível e sujeita a rachaduras e infecções. O Alzheimer é uma doença que não só afeta o paciente, como também, todos os que o cercam como familiares e amigos. “Por se tratar de uma doença progressiva, que evolui com a dependência para as atividades do cotidiano, culminando para uma dependência completa, o passo a ser dado é envolver o maior número de pessoas para atendimento do paciente, proporcionando, assim, uma menor carga de estresse para todos”, diz Dr. Ricardo. A família deve conhecer a doença, saber em que estágio se encontra e como lidar com as suas fases e, principalmente, contar com o apoio de médicos. O tratamento do Alzheimer deve ser feito de forma multidisciplinar e envolver vários profissionais da área da saúde, para proporcionar um atendimento completo e, dessa forma, resgatar a máxima autonomia do paciente. Além disso, os familiares terão as orientações devidas para saber como proceder com o acometido. Os medicamentos serão específicos para as alterações cognitivas da doença ou para outros sintomas relacionados a ela, como distúrbio do comportamento, ansiedade, alteração do sono e depressão. Atualmente, não existe cura conhecida para o Alzheimer. “Por esta razão, o principal objetivo do tratamento farmacológico é controlar os sintomas e minimizar a progressão da doença”, finaliza o neurologista.
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Transtorno por Débora Dornella
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lgumas pessoas que sofrem mudanças de humor afirmam ser bipolares, mas afinal o que é o Transtorno Bipolar? Isso significa que você tem essa doença? Existe Tratamento? Qual é a sua causa? Para responder essas dúvidas, a revista Élégant entrevistou o Dr. Eduardo Adnet, médico psiquiatra, que nos deu um parecer geral de forma clara e objetiva, com o intuito de oferecer ao leitor informações precisas.
O que é? O Transtorno Bipolar (TB) recebeu este nome devido aos dois pólos em que a pessoa acometida pode se encontrar no curso da doença. São os chamados períodos de mania e as fases depressivas. O médico ressalta que mania nesse caso não se trata do conceito popular da palavra, como mania de colecionar, mas sim como uma fase da doença onde os pensamentos ficam acelerados. “A pessoa fica inquieta, tende a dormir pouco, falar muito e até mesmo se envolver em situações de risco, como correr com o carro, não calcular o perigo, gastar demais, dentre outras situações. No caso da fase depressiva do Transtorno Bipolar, pode haver casos severos de depressão, que às vezes são confundidos com a chamada Depressão Maior, doença distinta do Transtorno Bipolar”, explica Adnet.
Causa da doença A causa da enfermidade ainda é desconhecida. Pode ser devido a fatores hereditários, neuroquímicos e ambientais, que por sua vez interagem
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Bipolar em vários níveis a fim de desempenhar um papel no surgimento e na progressão da doença. O médico explica que atualmente acredita-se que seja um transtorno biológico que ocorre predominantemente em uma parte específica do cérebro envolvendo uma disfunção dos neurotransmissores cerebrais (mensageiros químicos no cérebro). Por este motivo, ele pode estar latente e ser ativado espontaneamente, ou ser desencadeado por estresse na vida do indivíduo. Há estudos que demonstram que as duas fases da doença podem ocorrer devido a incidentes envolvendo traumas psíquicos e / ou físicos, tais como mudanças ou eventos que possam alterar o ritmo de vida. O especialista cita como exemplo a perda de um relacionamento, problemas financeiros, dentre outros. É importante destacar que o uso do álcool e de drogas também pode ser um fator desencadeador (ou agravante) da doença, sendo relativamente frequente a relação dessas substâncias com a Doença Bipolar.
Sintomas No chamado pólo maníaco do transtorno bipolar a pessoa sente-se eufórica, falante, com pensamento acelerado, fica agitada e frequentemente com ideias de grandeza. Outros sintomas são compulsividade, irritação, explosões de ira, inquietação, usar álcool em demasia e se envolver em situações de risco. Porém esse estado pode simplesmente cessar em poucos dias e a pessoa passa a adentrar no pólo depressivo da doença. Nesta etapa, pode-se experimentar severos epi-
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sódios de depressão. O ânimo desaba, a autoestima fica baixa, sentimentos de culpa e de frustração passam a dominar os pensamentos e as emoções da pessoa.
Gravidade da doença O Transtorno Bipolar pode ser considerado uma doença grave, pois se trata de um transtorno psiquiátrico grave.
Buscar ajuda A doença pode chegar a interferir de modo negativo e dramático na qualidade de vida do indivíduo. Dr. Adnet revela que dentro do possível e com a concordância do paciente, a família deve participar, até porque é importante saber como lidar com um familiar com esse mal, principalmente em momentos de instabilidade clínica. O médico adverte que ver um ente querido em profunda depressão ou em um franco estado de mania é algo angustiante e não são poucas as vezes em que a família experimenta uma desagradabilíssima sensação de impotência. Como diferenciar o Transtorno Bipolar de uma simples mudança de humor? O psiquiatra comenta que diversos pacientes chegam em seu consultório afirmando serem bipolares, mas que na verdade não são. “Particularmente não sou simpático a testes de bipolaridade feitos sem supervisão especializada. Já recebi casos onde pessoas realizaram alguns desses testes por conta própria e o resultado foi totalmente equivocado”, afirma. Há também situações em que pode haver alterações de humor e a pessoa ter um comportamento explosivo, mas isso não é o suficiente para diagnosticar que o indivíduo tenha bipolaridade. Por isso, o diagnóstico fica por conta do especialista, este, fará uma avaliação cuidadosa.
Idade Alguns estudos afirmam que o Transtorno Bipolar é mais frequente no final da adolescência e no início da idade adulta, mas o médico revela que até o momento, o que se tem observado, é que a doença se manifesta em qualquer fase da vida.
Depressão É importante destacar que o Transtorno Bipolar e a Depressão Maior são doenças psiquiátricas diferentes, até porque na depressão clássica o indivíduo não experimenta as fases de mania do Transtorno Bipolar.
Tratamento Primeiramente deve-se proporcionar ao paciente alívio dos sintomas da doença, o que é feito através de medicação que estabilize o humor. Segundo o especialista, as medicações mais modernas que atendem a esses requisitos, são pertencentes à categoria dos estabilizadores do humor. Dentre estes remédios mais modernos, hoje também se utilizam (e com excelentes resultados), antiepilépticos e os chamados antipsicóticos atípicos . “Em muitos casos a melhora clínica é dramática, ou seja, é bastante satisfatória”, declara o psiquiatra. Também não se pode esquecer do Carbonato de Lítio, que até bem pouco tempo era o medicamento de escolha para se estabilizar o humor em diversas situações. “Todavia, o Lítio vem perdendo progressivamente seu papel de destaque no tratamento do TB em razão da existência de outros medicamentos superiores em eficácia e com menos efeitos adversos”, conta Adnet. É preciso levar em consideração que o uso de antidepressivos no tratamento deve ser avaliado com cautela, pois em alguns casos podem até piorar a doença. “A escolha da medicação mais indicada em cada caso deve ser feita em função do estágio da doença”, acrescenta o médico.
Cura Segundo Adnet ainda não há um consenso universal se existe ou não a cura, mas existe sim controle e tratamento. Havendo uma boa resposta a isso, pode-se viver com qualidade de vida e trabalhar normalmente. A supervisão psiquiátrica em longo prazo é recomendada. “Ser portador do Transtorno Bipolar não significa, necessariamente, que o indivíduo estará sempre à mercê da doença, pelo contrário, o que se busca com o tratamento é que o paciente assuma o controle”, conclui o especialista. Fonte: Dr. Eduardo Adnet site:medico-psiquiatra.com
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Estresse por Jéssica Tokarski
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tualmente o estresse pode ser considerado a doença da moda. Todos sofremos desse mal e isso se deve à competitividade do mundo moderno. No entanto, não é um sintoma novo. Segundo o médico clínico geral, Edmilson Fábri, esse problema acompanha os seres humanos desde os primórdios, mas está mais evidente hoje em dia, pois vivemos em uma sociedade onde existem mais pessoas que oportunidades.“Por este motivo, há mais dificuldades financeiras, que levam a um aumento da violência e como consequência final, temos o problema muito mais em evidência”, explica. Mas o que é o estresse? Segundo Dr. Edmilson, é um estado ótimo do organismo que é aplicado nas situações de perigo. “Nessa hora desenvolvem-se diversas alterações no corpo, preparando-o para lutar ou fugir. As pupilas se dilatam, aumentando o campo visual, a respiração acelera para aprimorar a oxigenação, aumenta-se a frequência cardíaca para maior bombeamento sanguíneo e as extremidades ficam frias e pálidas, pois o sangue se concentra nos órgãos nobres”, revela. Dores de cabeça persistentes, gastrite, insônia, irritabilidade e até infarto, são os principais sinais de que o problema está presente. Porém, os sintomas vão depender de vários fatores,
especialmente da predisposição genética da pessoa. Se não tratado, pode evoluir para um estado depressivo, ligado à frustração da não resolução do problema originário dessa situação. Entretanto, o estresse não é só ruim. Existe o lado bom e o mau. “O bom, é aquele que nos impulsiona para os exercícios físicos e que nos deixa em estado de alerta. Já o mau, é a perpetuação dessa condição de alerta, sem que haja a real necessidade”, diz o clínico geral. Essas situações de tensão, causadas pelo lado ruim do problema, não permitem o indivíduo relaxar. É possível controlar esses sintomas através de exercícios e alimentação. Por meio da atividade física, as explosões do dia a dia são direcionadas, dessa forma, esse hábito se torna uma válvula de escape. Quanto à alimentação, é necessário evitar alimentos que contenham gorduras e açúcares em excesso, assim como é recomendado não ingerir bebidas alcoólicas. Para combater o estresse, o clínico geral, Edmilson Fabri dá uma dica simples: o lazer. “Encontros com amigos e mais tempo com a família é primordial. Reservar períodos para não se fazer nada, também ajuda, pois são os melhores momentos para as reflexões sobre nossas vidas”, aconselha.
Animais
Projeto Tamar e tartarugas marinhas por Débora Dornella
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editoria de animais dessa edição está especial. Trataremos sobre as tartarugas marinhas, e mais do que isso vamos falar sobre conscientização e preservação, conhecer melhor o que é o projeto TAMAR e como ele funciona. Para saber mais a revista Élégant entrevistou o biólogo e coordenador técnico e regional do projeto em Florianópolis, Gustavo David Stahelin. O projeto Tamar tem esse nome originado da contração das palavras Tartaruga e Marinha – Tamar. É um programa brasileiro de pesquisa e conservação das tartarugas marinhas. É coadministrado pelo ICMBio do Ministério do Meio Ambiente, através do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas – Centro Tamar, e pela Fundação Pró-Tamar e tem patrocínio nacional da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental, explica Stahelin. O projeto desenvolve atividades de pesquisa e conservação das cinco espécies de tartarugas marinhas que existem no Brasil. Segundo o biólogo, para isso, o Tamar desenvolve atividades de monitoramento de áreas de desova e áreas não reprodutivas, monitoramento de frotas pesqueiras, reabilitação de animais debilitados, educação ambiental, inclusão social, entre outros. Também atua em parceria com diversas universidades e ONGs, do Brasil e de outros países, com o propósito de aprimorar as técnicas de trabalho e possibilitar que um número cada vez maior de tartarugas sejam protegidas pelas ações do Tamar, ressalta. Além de ter como foco a proteção das tartarugas marinhas, o programa acaba cuidando de outros animais e do meio ambiente, pois apesar de todas as ações serem voltadas às tartarugas marinhas, faz com que indiretamente o meio ambiente e a sociedade se beneficiem com os trabalhos, acrescenta Stahelin. Atualmente o Tamar possui 23 bases que estão localizadas em nove estados. As bases tem trabalhos distintos, por isso agem de acordo com sua realidade local. “Assim são classificadas em três tipos: reprodutivas, não reprodutivas e reprodutivas e não reprodutivas”, explica o biólogo. As reprodutivas são aquelas onde há desovas regulares de
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tartarugas marinhas todos os anos, e o trabalho é focado em proteger todo o seu ciclo reprodutivo. Já as não reprodutivas cuidam dos problemas que envolvem as tartarugas enquanto elas não estão em atividade reprodutiva, ou seja, quando estão se alimentando ou migrando. Estas áreas são caracterizadas por haver, em geral, grande atividade pesqueira, tendo em vista que as tartarugas são atraídas por grande disponibilidade de peixes e algas. “Nestas áreas não reprodutivas, portanto, grande parte do trabalho é realizado com os pescadores, através de monitoramento pesqueiro, compreensão dessa dinâmica pesqueira e outros fatores”, declara o biólogo. Enquanto as bases reprodutivas e não reprodutivas são aquelas onde são desenvolvidos estes dois tipos de trabalhos simultaneamente. Stahelin atua em uma base não reprodutiva, a de Florianópolis/SC. Além da interação das tartarugas marinhas com pescarias, essa sede tem como objetivo trabalhar com a reabilitação de animais encontrados encalhados nas praias da região, também compreende e pesquisa os problemas que o lixo no mar causa a esses animais, e entende os movimentos migratórios dos juvenis que se alimentam nos costões, entre outros. “O Tamar além de ser um projeto de conservação de espécies ameaçadas de extinção, busca desenvolver atividades e ações de inclusão social e educação ambiental nas comunidades”, afirma Stahelin. A base de Florianópolis, como diversas outras, possui um centro de visitantes, onde as pessoas podem conhecer melhor as tartarugas e todo o ecossistema marinho. O biólogo diz que anualmente, cerca de 10 mil alunos de escolas públicas e particulares visitam esta base e declara que com certeza estes alunos, depois de conhecerem as tartarugas terão uma maior consciência ecológica além de passar esta mensagem adiante.
TARTARUGAS MARINHAS “As Tartarugas Marinhas surgiram há cerca de 150 milhões de anos, porém sua morfologia permaneceu
Projeto Tamar - banco de imagens
praticamente inalterada até os dias atuais, apenas sofreu algumas modificações, as quais permitiram melhor adaptabilidade ao meio”, explica Stahelin. No Brasil existem cinco espécies, são elas: Tartaruga Verde (Chelonia mydas), Tartaruga Cabeçuda (Caretta caretta), Tartaruga de Pente (Eretmochelys imbricata), Tartaruga Oliva (Lepidochelys olivacea) e Tartaruga de Couro (Dermochelys coriacea). O biólogo e coordenador explica que o comportamento depende de cada espécie, e cita como exemplo que algumas ficam próximas à costa (tartaruga Verde e a de Pente) e outras (Cabeçuda e a de Couro), passam grande parte da vida em alto mar. A alimentação também difere, enquanto a tartaruga Oliva se alimenta principalmente de crustáceos, a Verde é herbívora. Em média a expectativa de vida de um animal desses é de aproximadamente 70 anos. “Os tamanhos variam de acordo com cada espécie, sendo que a maior delas é a Tartaruga de Couro, podendo atingir cerca de 700Kg e ter aproximadamente dois metros de comprimento de casco”, esclarece Stahelin. Uma curiosidade interessante sobre esse animal, é que ele possui um comportamento conhecido como filopatria, isso faz com que voltem à praia de nascimento para a reprodução (machos e fêmeas). “Mesmo que estejam a milhares de quilômetros da sua praia de nascimento, eles conseguem se localizar e voltar”, explica o biólogo e coordenador. Esse tipo de comportamento ajuda que sejam desenvolvidos alguns tipos de trabalhos com análise genética. A reprodução desse animal é com cópula interna dentro da água. Stahelin conta que os machos permanecem na água e as fêmeas vão até a areia para desovar. No Brasil, a média de cada desova é de 120 ovos, porém cada fêmea pode desovar até oito vezes (dependendo da espécie) a cada temporada reprodutiva. O biólogo e coordenador acrescenta que destes ovos, aproximadamente 70% nascem.
“Porém para cada mil filhotes que nascem, apenas um ou dois chegam à idade adulta, afirma Stahelin. Como todos os outros animais e plantas, cada um possui o seu papel no meio ambiente.”Antigamente as tartarugas marinhas tinham grande importância econômica, pois havia intenso comércio de carne, casco, óleo e outras partes do corpo. Contudo, este comércio foi o que levou estes animais à beira da extinção. Por isso precisou de projetos de conservação, como o Tamar, e que leis específicas fossem criadas no Brasil e no mundo para evitar que esses animais desaparecessem”, conclui o biólogo e coordenador Gustavo David Stahelin.
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Uma declaração de amor aos seus felinos por Emerson Roberto
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Caroline Bittencourt
epois de um dia extremamente cansativo, tem algo melhor do que chegar em casa e receber o amor incondicional dos seus bichinhos de estimação? O que seriam das pessoas sem esses animaizinhos que trazem diversão para os seus lares? A revista Élégant entrevistou a cantora Pitty, que confirma o quanto é importante ter a companhia dessas criaturas fofinhas. Pitty conta que adotou duas gatas, a Billie e a Nega. Uma delas teve filhotinho e, não resistindo aos encantos do pequeno felino, a cantora terminou por ficar com mais um, o Chaplin. O fato de ela optar por ter esses animais deve-se ao grande amor que sente por gatos. Além disso, cumplicidade, carinho e cuidado, são as palavras que traduzem a relação da jovem com os seus bichanos. Devido aos gatos serem animais altamente independentes, a cantora diz que seus felinos não lhe dão trabalho. “O único cuidado especial foi ter colocado telas em todas as janelas, porque moro em apartamento. Assim pretendo evitar que eles caiam e se machuquem. No mais, é só comida, água e amor”, conta ela. Para pessoas que convivem com um animal de estimação, jamais faltam lembranças de suas demonstrações de afeto. Com Pitty não é diferente. “Dizem que gatos não demonstram sen-
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timentos, mas eu comprovei o contrário. Se passo algum tempo viajando, longe de casa, quando volto, eles fazem charme e me esnobam de propósito. Meu jeito de ‘fazer as pazes’ é oferecer uma pontinha de requeijão cremoso para eles. O amor volta rapidinho”, constata a cantora. E como todos os bichanos, os da cantora também possuem algumas manias. Por exemplo, uma das fêmeas, Billie, todas as vezes que vê a dona, se joga no chão de barriga pra cima à espera daquela coçadinha básica. Já Chaplin, fica à espreita, enquanto Pitty toma o seu café da manhã, esperando por alguma distração dela para poder dar uma lambidinha na xícara, e assim, tomar um pouco de leite. Divertidos por natureza, os felinos também são ótimas companhias para ajudar a espantar os momentos de tristeza. “Gatos são muito empáticos e sentem tudo. Nesses momentos, eles ficam se enroscando na minha perna como se fosse pra me consolar. Basta uma gracinha deles pra melhorar o astral”, ressalta. Pitty afirma que os seus animais são muito importantes em sua vida. “Não saberia viver sem eles”. E deixa uma mensagem para você que também quer compartilhar os seus momentos, sejam eles alegres ou tristes, com esses bichanos. “Tenha! Adote! Ame!”, finaliza a cantora.
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De coadjuvante a protagonista por Jéssica Tokarski Fotos: Ricca Marques e Carol Soares
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triz, assistente de palco e apresentadora, a belíssima Patricia Salvador já está há mais de dez anos na televisão brasileira. Atualmente com a carreira em ascensão, Patricia está conquistando o público com seu jeito meigo, sua simpatia e principalmente sua força de vontade. Persistente e forte, ela corre atrás de seus sonhos e agarra as oportunidades que aparecem pela frente com unhas e dentes. Mais do que realizada profissionalmente, deseja prosseguir com o sucesso que está fazendo. Patricia atendeu a Revista Élégant com todo carinho e humildade, características que fazem dela essa pessoa maravilhosa.
Élégant Como começou sua carreira? Patricia Salvador Desde pequena queria ser modelo ou atriz, mas só aos treze anos é que fui atrás.
Élégant As oportunidades foram aparecendo em
sua vida e você soube exatamente como aproveitá-las. Além de te inserir cada vez mais no meio artístico, te proporcionou grandes experiências?
Patricia Salvador As oportunidades vieram
aos poucos para mim, nada foi de uma hora pra outra. Quem está nesse meio, não pode desistir na primeira dificuldade. Recebi muitos “nãos”, mas fui em frente. No SBT, as oportunidades foram aparecendo e fui aproveitando ao máximo!
Élégant Você já atuou, apresentou, foi assistente de palco. O que te dá mais prazer em fazer?
Élégant O Silvio Santos te escolheu pessoalmente para ser assistente dele. Como você se sentiu nesse momento?
Patricia Salvador Me senti super honrada. Não imaginava que ele fosse me escolher. Havia várias meninas lindas e desinibidas e ele me escolheu. Foi um dia muito marcante na minha vida. Élégant Dá para perceber que ele não abre mão
da sua presença nos programas dele. Como é trabalhar ao lado desse ídolo?
Patricia Salvador Às vezes fico pensando,
quanta gente queria estar no meu lugar! Sou muito grata a ele por ter me escolhido, adoro trabalhar com o Silvio. Dá para perceber que ele trabalha feliz, e isso contagia a todos. Nos divertimos muito durante as gravações.
Patricia Salvador Ser assistente de palco foi o caminho para que eu pudesse chegar aqui como apresentadora. Fazia esse trabalho com prazer. Me formei em artes cênicas e como atriz atuei em duas novelas. Sempre achei que iria seguir esse caminho, mas na vida não podemos planejar muito, temos que agarrar as oportunidades, e foi isso que eu fiz. Quando surgiu a oportunidade de ser apresentadora, me dediquei ao máximo e pude ver que realmente é isso o que eu quero. Amo o que faço.
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Élégant Como é apresentar um programa só seu nas manhãs de domingo?
Patricia Salvador O Silvio é exatamente como aparece na televisão, ou seja, ele brinca com todos, com o auditório, mesmo quando não está gravando. É muito divertido.
Patricia Salvador
É maravilhoso! Aprendo muito a cada dia. Tenho a sorte de ter um diretor como o Ocimar de Castro, que me testa, arrisca e me coloca em situações que jamais imaginei. E com isso, aprendo muito, quero me aperfeiçoar cada vez mais.
Você se imagina sem trabalhar ao lado
dele?
Patricia Salvador São doze anos trabalhando
com o Silvio. É muito difícil pensar em não trabalhar mais com ele. Gostaria de continuar o máximo de tempo, afinal, é um eterno aprendizado.
Élégant O Silvio Santos é uma pessoa brincalhona?
Élégant Eu sei que você não se separa de uma pulseira com um olho grego. É uma espécie de amuleto? Élégant
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Patricia Salvador Sim, tenho coleção de joias
e bijuterias com olho grego há muitos anos. Eu não sei se afasta mesmo o mau olhado, mas não consigo ficar sem (risos). A pulseirinha eu nunca tiro.
na! Tenho todas essas características (risos).
Élégant Acredita em Horóscopo?
Élégant Você é formada em Relações Públicas e Artes cênicas por que escolheu esses cursos?
Patricia Salvador Acredito nas características dos signos, já horóscopo, não acredito muito.
Patricia Salvador Fiz Relações Publicas logo
Élégant Qual o maior sonho na sua vida pessoal?
que terminei o colégio. Foi muito difícil escolher um curso, somos muito novos quando temos que decidir. Entre as opções que tive, escolhi RP por ser na área de comunicação social e por ser uma profissão dinâmica. Depois, quando fiz Artes Cênicas, foi uma decisão mais consciente. Queria ser atriz ou apresentadora, e o curso me ajudaria nessas duas profissões.
Élégant Quais são seus planos futuros? Patricia Salvador Pretendo continuar com o
“Ganhe mais dinheiro” com Jequiti que vai ao ar aos domingos, às oito e meia da manhã e continuar também com o “Roda a Roda Jequiti”, ao lado do Silvio Santos. Não costumo fazer muitos planos a longo prazo, pois acho que não dá muito certo.
Élégant Como é a Patricia Salvador nas horas vagas? O que você mais gosta de fazer?
Patricia Salvador Sou extremamente caseira.
Quando não tenho nada para fazer, meu prazer é ficar em casa assistindo um filme ou TV e descansando. Não gosto de baladas e lugares muito movimentados.
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nha família, claro.
Você é pisciana. Possui as características de um pisciano: sonhadora, sensível, emotiva e amorosa?
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teza é ter filhos.
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Você adora brigadeiro, mas abusa ou tem uma dieta rigorosa? Como faz para manter o corpo em forma?
Patricia Salvador Com a vida corrida não con-
sigo seguir uma dieta, como de tudo. Claro que quando vejo que engordei um pouquinho, procuro evitar certas coisas. Mas eu confesso que chocolate eu não consigo evitar. Tenho que comer todos os dias.
Élégant Qual sua dica de beleza para nossas lei-
toras?
Patricia Salvador Tenho várias. Por exemplo,
nunca dormir de maquiagem, hidratar bem a pele e ter uma boa noite de sono. Mas principalmente, andar sempre feliz, com um sorriso no rosto. Isso faz com que você pareça mais bonita, de bem com a vida.
Élégant Existe algo que você nunca faria na TV? Patricia Salvador Jamais faria algo que fosse
Com quem você gosta de passar seu
Patricia Salvador Gosto de passar com a miÉlégant
Patricia Salvador Meu maior sonho, com cer-
para explorar o corpo.
tempo livre?
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Patricia Salvador Sou completamente piscia-
Élégant Você é sempre carinhosa e simpática. Obrigada pela entrevista Patrícia. Patricia Salvador Eu é que agradeço a opor-
tunidade de dar uma entrevista a vocês. Obrigada a todos da revista Élégant e um beijo para todos os leitores!
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Amor&Sexo
Traição: perdoar ou não? por Emerson Roberto
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ssa é uma questão muito frequente para várias pessoas. Mas por que trair? Segundo a psicóloga Maria Marta Ferreira, esse ato geralmente ocorre em um período de insatisfação no relacionamento, que pode ser marcada por ressentimentos e desgastes de sentimentos com o parceiro . No entanto, não se pode generalizar, pois as traições também acontecem em momentos casuais, por satisfação imediata, sem ser para suprir as carências existentes na relação. Muito se fala que o homem trai mais que a mulher devido aos seus instintos e necessidades de conquistas. “Homem e mulher são de gêneros diferentes, portanto traem por motivos diferentes. A mulher muito mais por insatisfação na relação e o homem por casualidade ou por manter padrões culturais que o fazem pensar que ‘eles podem’, que é de ‘sua natureza’”, conta a psicóloga. A motivação cultural que confere poder ao homem quando ele apresenta seus troféus como carros poderosos,
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altas contas bancárias e mulheres, fazem as pessoas pensarem que eles traem mais para provar a sua masculinidade. Da mesma forma, essas posturas acometem as mulheres, quando elas se apresentam ao lado de homens mais jovens e bonitões como se eles fossem símbolos de extensão de poder. É importante ressaltar que trair não possui o mesmo significado que deslealdade. “Há muitas formas de ser desleal num relacionamento. Quando construímos uma relação amorosa, a confiança, o amor, o respeito são estruturas fundamentais e muitas vezes a traição ocorre por deslealdade a esses princípios”, afirma a psicóloga. Quando um dos parceiros começa a desconfiar que está sendo traído, o pavor de ser enganado o leva a sondar e investigar o outro em busca de uma resposta para a sua dúvida. O fato é que a verdade, mais cedo ou mais tarde, sempre aparece. Mais que procurar sinais de traição é preciso ter sinais de satisfação e de bem estar. E se não forem encontrados esses sentimentos, é hora de revisar, redefinir
ou mudar o relacionamento. Mas eis que chegamos ao ponto crucial dessa matéria: a traição deve ou não ser perdoada? O perdão é um exercício de superação, mas não de esquecimento para a pessoa que foi traída. Se quem traiu reconhecer os motivos que o levou a fazer isso deverá reavaliar as suas atitudes. Se quem é traído absolve o parceiro da punição, deve reavaliar os motivos e interesses que movem o relacionamento. É possível que o casal encontre novas formas de reeditar o relacionamento e se reencontrem. Há casais que não apenas conseguem superar, como melhoram a qualidade do relacionamento. Após a traição, em alguns casos, o infiel fica em dúvida sobre contar ou não o ocorrido. Porém, essa decisão é pessoal e tem que ser bem pensada. Além disso, é necessário avaliar bem em qual contexto isso aconteceu, a história do casal, o momento da revelação, se foi uma situação casual ou um caso extraconjugal. E se o caso for descoberto, ambos deverão dialogar sobre as circunstâncias e as motivações que levaram um dos dois a trair. E se os dois traem durante o relacionamento, isso pode ser sinal de que não há mais relação. Então, por meio
do diálogo, é que poderão decidir o destino do namoro ou casamento. A traição é capaz de causar diversas consequências em quem foi traído como, por exemplo, sensação de fracasso, inferioridade, humilhação, raiva, tristeza, dentre outros. “Há quem não consiga entregar-se novamente após uma traição. Alguns permanecem no relacionamento por outros motivos, mas são contaminados cronicamente pela amargura e pelo ressentimento, o que certamente é bem pior e mais nocivo que todo o resto”, conta a psicóloga. A aceitação da traição é uma atitude plena que faz com que as pessoas olhem os fatos como eles são e não como elas gostariam que fossem. Portanto, é necessário buscar apoio, conversar muito, cuidar de si próprio, superar a frustração, dar a si e ao parceiro uma nova chance para fazer diferente. “Um relacionamento é uma sociedade que prospera, passa por crises, ganhos e perdas. Mas pode continuar crescendo e dando muitos motivos para celebrar ou pode falir. Depende da solidez e das competências dos sócios”, finaliza a psicóloga Maria Marta.
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Chimarrão - Churrascaria Garfo e Bombacha - Canela/RS
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Falamansa
Coach Executiva Daniela do Lago
Caio Mesquita
Cristais Gramado/RS
Agnaldo Rayol
Patricia Salvador
Gramadozoo/RS
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Walmir Borges
Tihuana
Roberta Miranda
Mundo à Vapor - Canela/RS
Marcos Pontes - Astronauta
Cláudia Leitte
Helen Ganzarolli
Comportamento
Vegetarianismo? por Deni Guimarães
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orma de alimentação incomum, o vegetarianismo tem sido a cada dia mais disseminado no mundo todo. Culinárias específicas e produtos direcionados que antes não eram encontrados nos supermercados, hoje estão mais fáceis de se achar. Vamos conhecer um pouco sobre o vegetarianismo. Tendo surgido, aparentemente, na década de 60, esse costume alimentar é datado de muitos anos. Em 3200 A.C., grupos religiosos egípcios não comiam carne pois acreditavam que essa seria uma forma de reencarnação bem-sucedida. A palavra vegetariano vem do latim vegetus, que significa “forte”, “vigoroso”, “saudável”. Não consiste apenas numa dieta vegetal, e sim na exclusão de alimentos de origem animal, mais especificamente carne vermelha, de frango ou peixe, podendo também excluir ovos e laticínios. Subdivididos muitas vezes em ovolacto e lacto, os vegetarianos podem tentar ou não reduzir seu uso de produtos animais não alimentícios, como fazem os veganos. Conheça de forma mais específica seus tipos: Ovolactovegetariano: não consome nenhum tipo de carne, mas inclui ovos, leite e derivados, como queijo e iogurte. É um dos tipos mais comuns de vegetarianismo. Lactovegetariano: Consome leite e derivados. Vegano: os veganos excluem de sua alimentação todos os produtos de origem animal. Além de carnes, peixes, aves, leite e derivados, excluem ovos, mel, gelatina e ainda evitam o uso de tecidos e outros produtos menos óbvios de origem animal como óleos presentes em cosméticos, detergentes, filmes (feito com gelatina). O veganismo é mais um estilo de vida do que apenas uma opção alimentar, seguido como princípio.
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Vegetariano estrito: originalmente o mesmo que vegano, pode significar vegano ou vegetariano. Crudívoro: admite apenas a ingestão de alimentos crus. Frugívoro (ou frutívoro/frutariano): se alimenta somente de frutas. Freegano: o freegano (uma corruptela deliberada da palavra vegano) come aquilo que encontra no lixo, pois querem evitar dar dinheiro àqueles que exploram os animais. São mais radicais que os veganos, porém são mais flexíveis, já que não
têm objeções éticas a comer produtos animais que foram jogados fora. Uma vez que um produto foi descartado, não faz diferença para o produtor se o alimento é consumido ou incinerado. Alguns freeganos ainda não comem carne – apesar de estarem dispostos a comer alimentos de latas de lixo – e são bem informados sobre a contaminação fecal na carne, compreendendo os riscos à saúde. Para os que optam por adotar uma dieta vegetariana, é necessário fazê-lo progressivamente. É importante também que haja acompanhamento médico. Um dos grandes problemas do vegetarianismo, principalmente nos dias de hoje, é o de se trocar
pelo mais fácil: massas, frituras e doces, esquecendo de repor as vitaminas corretamente. Algumas fábricas de grande nome têm como alternativa hambúrgueres, salsichas e kibes, e uma infinidade de outros produtos à base de soja e itens de origem vegetal, que podem ser encontrados em super e hipermercados, além da proteína texturizada de soja, em diversos tamanhos, de fácil preparo. O número de adeptos à dieta tem crescido cada vez mais, principalmente com o avanço do mercado direcionado a esse público. Segundo a pesquisa Ibope datada de Março de 2011, 9% da população brasileira já é adepta do vegetarianismo. FONTE: Sítio VEG - vegetarianismo.com.br
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Comportamento
Bullying Uma atitude imprudente que pode deixar marcas para o resto da vida por Débora Dornella
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ada vez mais casos de bullying são divulgados na mídia. Para saber mais sobre o assunto a revista Élégant contou com a participação do *médico psicanalista Leovanil Stange Filho, que nos tira dúvidas em relação ao tema e, também, da estudante Amanda Brotto Simonetto, que passou por esse problema. Bullying é uma expressão que vem do inglês, usada para referenciar indivíduos com traços de brutalidade e tirania em seu caráter. O termo é derivado da palavra inglesa bull, que significa touro. Segundo o médico, a sua incorporação ao português se deve por falta de um termo mais adequado que resuma esse fenômeno sócio comportamental. É possível defini-lo como uma conduta causada pela opressão, violência e constrangimento dirigidos a um indivíduo ou grupos, de forma voluntária e intencional. Essa situação pode ocorrer em qualquer lugar de convivência humana. “Vale a pena pontuar que em nosso meio social comparecemos também com nossas idiossincrasias e modo sintomático de ser”, diz o médico. Essa atitude se tornou mais comum no ambiente escolar, por conta da fase complexa de desenvolvimento dos indivíduos que neles convivem. Nesta etapa o corpo sofre alterações com as transformações hormonais, que são aliadas a pressões impostas por uma sociedade mais competitiva, moda, conduta e perfis corporais. A estudante Amanda revela que começou a sofrer bullying aos oito anos de idade, e tal situação durou até seus 12 anos. O motivo principal foi aparência física. Ela conta que sempre foi alta e nessa fase em que cresceu rapidamente, também ficou
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mais atrapalhada. O psicanalista afirma que o tipo de agressão mais notável em quem sofre essa situação é a de caráter físico, e as consequências podem ser bastante graves. Porém, há outras ofensas que parecem sutis, mas nem por isso deixam de ser agudas e potencialmente desestabilizadoras, principalmente se são dirigidas a um indivíduo que tem uma estrutura psíquica particularmente fragilizada. Em muitos desses casos é impossível supor de que maneira a vítima irá responder às situações nas quais é colocada. Além disso, o médico alerta que essa passividade pode afetar aqueles que possuem uma estrutura psicótica, provocando o que é chamado de “passagem ao ato”, como, suicídio, homicídio ou autoflagelações. “Mesmo em sujeitos não psicóticos, esse assédio e perseguição causam danos sérios à qualidade de vida, ao desempenho escolar, à percepção de si mesmo e aos relacionamentos interpessoais saudáveis em todas as direções”, esclarece o médico. Para Amanda, a atitude dos agressores para com ela era de exclusão em certos grupos, brincadeirinhas e apelidos. Esse comportamento fez com que decidisse trocar de escola. Ela que sempre contou tudo para sua mãe, aconselha para quem está passando por esse problema, desabafar com alguém. O médico adverte que mudar de escola ou lugar não é a solução mais adequada, pelo menos no início, mas que cada situação deve ser vista como única. Ele esclarece que vítimas de bullying frequentemente ficam constrangidas e se sentem acuadas até para buscar ajuda. Nesse momento é que fica evidente a necessidade da atenção dos
pais e de educadores voltados à solução do problema, atenção esta que deve ser permanente. “Aí que se percebe a mudança no humor, desempenho escolar e profissional, nas alterações e até na imunidade, que podem levar esses indivíduos a infecções de repetição, por exemplo”, comenta. Como consequência, a estudante Amanda relata que essa atitude gerou um sentimento de auto crítica em sua vida e que para reverter esse processo, o fato de sempre ter contado o problema para sua mãe ajudou, mas que hoje em dia controlá-la a ainda é muito importante. O fato é que falta espaço para as vítimas, que se sentem encarceradas com os seus problemas. O médico revela que a primeira atitude a tomar quando se passa por essa situação, é ter uma atenção acolhedora para construir a solução, eventualmente com uso de medicação e também pela via pedagógica. “Não podemos esquecer que os que perpetuam o bullying também precisam de ajuda. Isenção é sempre fundamental para tratar ou julgar”, afirma o psicanalista. A visão da estudante sobre esse comportamento é de que é uma situação difícil de se evitar, mas que os pais e educadores tem um papel muito importante ao oferecer suporte á criança ou adolescente. Como recado aos seus agressores, ela explicaria o quanto uma brincadeirinha ou um apelido podem ser prejudiciais. “Pode afetar o futuro de uma criança tanto psicológica como socialmente”, finaliza. Para completar, o médico diz que o correto é interferir quando se presencia uma atitude de bulliyng. “É, no mínimo, uma questão de ética e decência. Dessa falta padece muito a humanidade”, conclui.
FONTE: Médico pela PUC-PR Psicanalista PRÁTICA CLÍNICA - ATIVIDADES Correspondente da Delegação Paraná da Escola Brasileira de Psicanálise associada à Associação Mundial de Psicanálise - AMP . Clínica privada em psicanálise . SILKIMAGE CLÍNICA “ Staff “ do Serviço Médico Ambulatorial do Hospital Psiquiátrico Porto Seguro em Curitiba PR. “Staff “ do Serviço de Regulação Médica do SAMU -192 Curitiba-PR.
Comportamento
É possível mudar por amor por Jéssica Tokarski
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odos os relacionamentos amorosos passam por crises, muitas vezes esses conflitos tem a ver com a maneira de agir dos parceiros. É comum pensar que mudar as atitudes e a personalidade do companheiro será possível ao longo do tempo. Em diversas ocasiões, a mudança é necessária, mas deve ser feita do jeito certo. Essa não é uma tarefa impossível, porém em primeiro lugar, é necessário analisar se fazer isso será saudável tanto para a relação como para a pessoa. Segundo a psicóloga, Eloá Andreassa, as mudanças são benéficas até o ponto em que elas sejam imprescindíveis para o bom funcionamento do relacionamento. “Querer que o outro mude porque ele simplesmente age diferente, ou por querer comandá-lo não é saudável”, explica. Entretanto, as melhoras e alterações de atitude só funcionam quando ambos querem mudar. É essencial que haja a compreensão das duas partes. Às vezes a iniciativa de um, pode resultar no objetivo desejado, já que o outro não terá mais motivos para agir de certa forma. “Se um muda, o outro precisa se readequar ao novo comportamento”, comenta Eloá. Para que as coisas realmente funcionem e evoluam para melhor, é fundamental que o indivíduo deseje verdadeiramente aquela mudança e se esforce para que aquilo dê certo. Existe um pensamento geral, de que as pessoas nunca mudam, o que é errado, já que a partir do momento em que elas querem isso, elas conseguem. Contudo, sempre há aqueles que não fazem o possível para se aprimorar e sofrem com as consequências. “Claro que algumas pessoas nunca se modificam e essas, geralmente padecem, pois a vida é dinâmica e apresenta sempre situações novas que exigem novos comportamentos”, elucida a psicóloga. Em vários casos, as alterações do companheiro são visíveis por um determinado tempo, mas após aquele período, ele retoma à conduta anterior. Segundo Eloá, isso acontece porque a modificação foi feita simplesmente para agradar o parceiro, e não porque ele se conscientizou de que aquilo era bom para si mesmo e para o relacionamento. “Não foi uma transformação para valer, com o objetivo de
um avanço pessoal, ou por gostar da outra pessoa e querer se relacionar melhor com ela”, discorre. Outro caso muito comentado é o casamento. Diz-se que após o acontecimento, as pessoas passam a agir de outro jeito e não da mesma forma que agiam durante o namoro. Esse pensamento é verdadeiro em partes. A fase do namoro é a etapa da conquista, por isso é normal mostrar seu melhor lado, lado esse que faz parte da personalidade da pessoa, não é uma ilusão. Após o casamento, ela sente-se mais segura para mostrar o outro lado. No entanto, elas sempre expõem quem são. “Não existe isso de iludir o outro. É o outro que se ilude, pois os sinais sempre estão lá, mesmo que ‘maquiados’”, pondera a psicóloga. O mais importante ao tentar mudar, é não se acoplar ao parceiro e esquecer da sua própria personalidade. “Modificar aspectos da personalidade como alguns traços de caráter e aspectos imaturos, é benéfico. Mas se despersonalizar para não perder o outro não é saudável”, diz Eloá. A evolução de certos pontos, através da vida amorosa, também pode afetar positivamente outras áreas e relações do envolvido. Segundo a psicóloga Eloá, quando a pessoa amadurece, isso acaba afetando situações da vida, como trabalho, amizades e família. “Ouvimos dizer várias vezes que pessoas melhoraram muito depois que começaram a namorar ou casaram. É comum e também muito visível o efeito que isso causa na vida do individuo”, relata. No entanto, o resultado inverso também pode acontecer quando o namoro ou casamento é conflituoso. “Os parceiros vivem estressados e isso atinge diferentes campos da vida negativamente”. Mas se for para mudar, fazê-lo por amor é a melhor maneira. Quando uma pessoa ama e sente-se amada verdadeiramente, ela faz de tudo para que pequenas coisas e atitudes não estraguem seu romance. Segundo Eloá, o amor é o melhor remédio para as feridas emocionais. “Não esqueçamos que o amor, desde o berço até a morte, é a mais doce das energias que podemos experimentar. Mudar por amor sempre será a mais sublime das experiências”, finaliza.
Comportamento
Os efeitos da paixão por Emerson Roberto
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muito comum ver a felicidade de um casal quando eles estão em início de namoro. A alegria é tanta que, algumas pessoas, sem se dar conta, tornam-se românticas além da conta, o que chega a ser instigante. Por exemplo, há aquelas que ficam extremamente dengosas com o companheiro, chamando-o por apelidos infantis. Mas será que atitudes como essa são corretas? Segundo a psicóloga
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Débora Trindade Lanna, em todos os relacionamentos afetivos, em seu começo, é natural que os casais estejam empenhados em valorizar e reforçar as afinidades um do outro e não os defeitos. Outra ocorrência comum é a pessoa se afastar dos seus amigos. “É como se o parceiro(a) emitisse uma luz que ilumina os melhores atributos do outro. Isso faz com que ambos se sintam seduzidos e atraentes, o que por sua vez, estimula o desejo cada vez maior de ficar perto apenas do ser amado”, conta a psicóloga. Embora seja um casal, é importante ressaltar, que cada um deve possuir a sua independência, personalidade e vida própria. “Ninguém deve viver à sombra do outro ou ser totalmente dependente dessa relação. É fundamental que tenham vida social. Não só de forma individual, mas também como casal”, completa. Dentro de casa, o comportamento também pode mudar, mas isso dependerá de cada um. É necessário também que a pessoa tenha cuidados em determinados momentos do relacionamento para não perder a sua personalidade. Por exemplo, alguns fingem que gostam de algo só para agradar o outro, o que não é correto e muito menos saudável. Nem todos gostam desses tipos de comportamentos. Mas como falar do constrangimento para o parceiro? Por medo de magoar o outro, muitos se sentem inseguros em expor a situação. Mas a psicóloga garante que é importante o casal ter uma comunicação aberta e que cada um deve expressar as suas ideias e desejos, ou então, haverá uma grande chance desse namoro não sobreviver. “O sentimento de amor é muito importante, mas não é único. Amar só não basta. Para que uma relação sobreviva, deve-se haver respeito, comunicação sincera, desejos individuais, bom humor e respeito ao fato de existirem duas pessoas diferentes dentro dessa relação”, ressalta. É natural que as pessoas ajam com muito mais emoção do que com razão no início de um relacionamento, mas se procurarem agir com a segunda opção, não se arrependerão e terão um namoro mais feliz.
Gastronomia
Alfajor argentino por Emerson Roberto
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oucas pessoas sabem, mas o tão famoso alfajor argentino, como é conhecido no Brasil, teve sua origem na gastronomia árabe. No século VIII, esse delicioso doce foi levado através dos muçulmanos para a Península Ibérica e tornou-se muito conhecido em algumas regiões da Espanha. Atualmente, essa guloseima é bastante difundida, principalmente em período natalino, em algumas regiões espanholas como, por exemplo, Sevilha, Málaga e Medina-Sidonia. O alfajor, então, foi trazido pelos espanhóis para a América e passou a ser muito popular na Argentina, Uruguai e México. Curiosamente, a sua receita original era composta por uma mistura de nozes, amêndoas, mel e especiarias características de um doce árabe. O seu formato, até então, cilíndrico, se transformou ao longo do tempo conforme os lugares em que era produzido. Nos dias atuais, o Alfajor é conhecido pela junção de dois discos de massa unidos por um recheio cremoso,
sendo o doce de leite o mais conhecido. Segundo o Chef Executivo Renato Freire, existem diversos tipos de Alfajores, seja em respeito à massa ou ao recheio. “O mais conhecido Alfajor é feito com massa a base de chocolate ou cacau, recheado com doce de leite e uma cobertura de chocolate. Além disso, ele pode ser coberto com fondant (pasta especial feita para cobrir e rechear bolos ou enfeitar docinhos), como também ser recheado com algum tipo de geleia de frutas”, conta ele. Esses deliciosos doces exigem bastante tempo e capricho no seu preparo e podem ser feitos em casa. Os ingredientes são relativamente baratos e fáceis de serem encontrados. É também necessário que a pessoa tenha os conhecimentos básicos de confeitaria para fazê-lo. Ficou com água na boca? Então prepare os ingredientes e saiba como fazer um Alfajor de Amido de Milho e Coco, receita do Chef Executivo Renato Freire.
ALFAJOR DE AMIDO DE MILHO E COCO (rendimento: cerca de 25 unidades) MASSA - 150 g de manteiga - 150 g de açúcar de confeiteiro - 1 ovo inteiro - 4 gemas - 100g de farinha de trigo - 400 g de amido de milho - 1 colher de sopa rasa de fermento químico em pó RECHEIO - 500g de doce leite - 100 g de coco seco ralado MODO DE PREPARO - Juntar a manteiga e o açúcar em uma tigela e bater bem até formar um creme esbranquiçado; - Misturar as gemas e o ovo inteiro, bater ligeiramente e adicionar aos poucos ao creme de manteiga, batendo bem de-
pois de cada adição. É importante só juntar mais ovos à massa depois que todo ovo adicionado anteriormente já tenha sido incorporado à mistura. - Juntar o trigo, o amido de milho e o fermento. Peneirar a mistura triplamente para aerar bem as farinhas e facilitar sua adição ao creme de manteiga e ovos. - Misturar os ingredientes secos ao creme até formar uma massa maleável e que não grude nas mãos. - Abrir a massa com um rolo até atingir a espessura de 0,5 cm, cortar com um cortador redondo de cinco centímetros de diâmetro. - Colocar os discos de massa numa assadeira untada e levar ao forno a 180°C por aproximadamente 15 minutos até crescerem e ficarem assados. Mas é importante que eles fiquem clarinhos e não dourados. - Deixar esfriar e rechear os pares de biscoito com o doce de leite e depois rolar estes pelo coco ralado para dar acabamento na lateral do alfajor. FONTE: Confeitaria Colombo - confeitariacolombo.com.br
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Informe Publicitário
Brasil Sabor, o maior evento gastronômico do planeta
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ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) representa o setor de alimentação fora do lar com um milhão de empresas e seis milhões de colaboradores, em todos os estados brasileiros. Anualmente, a associação promove o evento “Brasil Sabor”, que este ano chega na sua sexta edição com o tema “À Mesa, o Brasil já é Hexa”. O acontecimento ocorre simultaneamente em todas as capitais brasileiras, é o maior festival gastronômico do planeta. O setor representa 35% do PIB de turismo no país, o que possibilitou criar e incentivar excelentes parcerias com o Ministério do Turismo, da Pesca e da Agricultura.
O evento mostra a diversidade gastronômica do Brasil, com todas as suas riquezas e peculiaridades regionais. Cada restaurante cria um prato especifico e exclusivo para representar seu estabelecimento. Os pratos são vendidos por um período de trinta dias e quando são aprovados pelos clientes, os restaurantes incorporam permanentemente ao cardápio. Todo ano é elaborado um livro do evento, “Livro Segredo dos Chefes”, mostrando fotos e descrições dos pratos coniventes. Para obter a relação completa dos restaurantes que estão no evento, basta acessar o site www.brasilsabor.com.br. Há participantes de todo o Brasil.
Agronegócio
Piratas? Corsários? Viva o rum! O
rum tem longas histórias, uma delas nos leva ao século XVII onde a bebida foi muito apreciada por piratas e corsários e possui um papel na cultura da maioria das ilhas das Antilhas e também fortes associações como bebida oficial da Marinha Real Britânica. Foi um popular meio de troca e ajudou a promover a escravidão, que também forneceu impulso econômico para Rum Rebellion da Austrália e para a Revolução Americana. Alguns dizem que o rum ‘amarrado’ juntou Europa, América, África e o Caribe por meio do comércio. A indústria da cachaça ascendeu com o cresci-
Carla Portinari Gestora de Agronegócios
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mento das plantações de cana-de-açúcar nas Antilhas no século XVII. A mais antiga produtora de rum data por volta de 1660 (embora esta data varie muito). Hoje em dia, a maior parte da produção desta iguaria ocorre em torno do Caribe e ao longo do rio Demerara na América do Sul. A bebida surgiu fervendo-se a cana-de-açúcar, o resíduo seria, então cristalizado e separado e cozido mais uma vez, misturado com água e fermento, em seguida destilado em barris de carvalho. Existem vários tipos: o rum Luz, muitas vezes referido como rum claro é frequentemente utilizado em bebidas mistas, os runs Light são produzidos principalmente nas ilhas do sul do Caribe e requerem aproximadamente três meses de envelhecimento já os escuros e dourados têm caramelo adicionado e exigem de três a doze meses de envelhecimento. Runs escuros são produzidos em ilhas como a Jamaica e são mais comumente usados para cozinhar e para coquetéis. Marcas premium são melhores servidas on the rocks ou puros. Enfim, existem vários tipos e sabores que agradam até mesmo quem não tem o hábito de apreciar esse destilado tão antigo e com tantas histórias exóticas e interessantes. Atualmente, o rum é bebido durante todo o ano,em climas quentes e frios,com hortelã nos Mojitos ao sol ou rum premium na noite fria de inverno. Vamos provar? Salute!
Viagem
Apaixonante Veneza
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arquivo pessoal
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esta editoria da revista temos espaço para discorrer sobre viagens e lugares interessantes. E, quando o assunto é viajar, é impossível não nos lembrarmos de um dos destinos mais procurados pelos viajantes: Veneza. Esta apaixonante comuna italiana, localizada na região de Vêneto, no nordeste da Itália, atrai milhares de turistas anualmente pelos seus famosos canais, museus, monumentos e também por sua rica história. Não há como não se encantar por esta cidadezinha aconchegante, linda, de um povo amável e hospitaleiro. Com sua estrutura favorável, é possível conhecer os seus pontos turísticos caminhando (o que é também uma peculiaridade veneziana). Lá tudo pode ser feito a pé ou por água, através dos seus conhecidos vaporetos. Os passeios de gôndolas merecem uma atenção especial, um espetáculo a parte, eles são completamente indispensáveis para quem vai à Veneza. Por meio de seus canais, é possível ouvir suas histórias e admirar-se com toda a beleza arquitetônica do lugar. É algo que fascina a todos e certamente irá lhe deixar com um gostinho de quero mais.
Entre os principais pontos turísticos estão a Ponte Rialto, situada no Grande Canal, a Ponte dos Suspiros (recebe este nome pelo fato de separar as esposas de seus maridos, que a atravessavam para serem julgados pelo Palazzo Ducale, enquanto suas mulheres ficavam suspirando ao aguardo da decisão), a Cá d’Oro, a Praça São Marcos, onde encontra-se a Basílica de São Marcos, e a Ilha de Murano, onde são produzidos alguns dos melhores vidros do mundo. Veneza destaca-se ainda mais em época de atrações internacionais, como o Festival de Cinema, a Bienal da Arte e seu Carnaval que traz uma mistura de classe, luxo e tradição. Com relação à gastronomia, Veneza é repleta de restaurantes, cafés, sorveterias e confeitarias, que oferecem uma culinária deliciosa e diferenciada, fazendo jus à fama da cozinha italiana. Assim, recomendo a você uma visita a esta cidade maravilhosa que tanto tem a mostrar.
Amanda Rivabem Correspondente
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Viagem
Palavrão em alemão O
alemão é uma língua incompreendida. A maioria das pessoas acha que é um idioma impossível de se aprender, seja pela falta de familiaridade com a pronúncia, com o vocabulário, que em (quase) nada se assemelha ao português, ou com a gramática, que está longe de ser relativamente simples como a do inglês. Mas os alunos se assustam mesmo, é com o tamanho que as palavras em alemão podem ter. São verdadeiros palavrões. Sem me estender muito em detalhes gramaticais, em português, basicamente, formamos vocábulos adicionando um prefixo (útil – inútil) ou um sufixo (legal – legalidade). Em alemão este processo é bem mais flexível: palavras podem ser colocadas junto de outras para formar termos novos cada vez maiores, mas com sentido próprio. Portanto, não existem, de fato, os “palavrões”, pois tudo se resume a como as palavras são formadas. Vou tomar como exemplo o magnífico substantivo Donaudampfschiffahrtskapitän (28 letras, nada mal para um palavrão). Na verdade, ele é formado por uma série de termos menores: Donau (o rio Danúbio), Dampf (vapor), Schiffahrt (navegação) e, finalmente, Kapitän (capitão). Juntando tudo, aquela enorme coleção de letras
Alexandre Böhm Professor de idiomas
www.tradutore.com.br
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quer dizer “capitão de navio a vapor do rio Danúbio”. Legal, não é? Este método de formação é, a princípio, infinito, já que sempre podemos juntar mais peças deste Lego linguístico. Assim, se este capitão tiver um cachimbo (Pfeife), ficaremos com Donaudampfschiffahrtskapitänspfeife. Pode ser assustador para quem olha, mas é um processo fascinante quando se entende como funciona. Observe que todos os termos no exemplo acima iniciam com letra maiúscula. Em alemão, todos os substantivos começam com maiúscula, mesmo os comuns e mesmo se estiverem no meio da frase. Reconheço que é difícil encaixar um capitão do Danúbio num bate-papo, então vou dar um exemplo mais próximo a nós: Kombinationfahrzeug. Pode acreditar que, ao parar em qualquer esquina, em breve você verá uma delas passando, pois se trata do nome original da simpática Kombi. Como Fahrzeug quer dizer veículo, trata-se de um carro que combina transporte de carga e pessoas. Só como curiosidade, na Alemanha o apelido da Kombi é Bulli, que é a junção das sílabas iniciais de Bus (ônibus) e Lieferwagen (furgão). Não são informações vitais, mas servem para impressionar os amigos entre uma rodada e outra de chope. O alemão, de modo geral, traz poucas exceções às suas regras, o que não acontece com as línguas latinas como o português, francês ou espanhol. Deste modo, quando se aprende um determinado ponto em alemão, não precisamos nos preocupar muito em saber em que caso particular aquela regra não se aplica. Com base nisto, sempre digo aos meus alunos que, analisando-se fria e objetivamente, é mais fácil aprender alemão que francês, por exemplo. Um dia, ainda, algum deles vai acreditar em mim.
Viagem
Mergulho no maior aquário da América Latina por Beto Ferreira
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á pouco tempo visitei o maior aquário da América do Sul, o Acqua Mundo, localizado no Guarujá, litoral paulista. O aquário tem cinco mil animais e duzentos e trinta e cinco espécies em média. Os pinguins e o tanque dos tubarões são as atrações mais visitadas. A alimentação dos animais é controlada e o cardápio é desenvolvido pelos veterinários. Para alimentar os pinguins o tratador entra no recinto e os alimenta com sardinha e manjubas. Os tubarões comem peixes de água salgada sem gordura. O tratador e instrutor de mergulho, Jayson Huss, explica que quando os peixes ainda são selvagens, demoram de dois a três meses para se acostumarem com os seres humanos, mesmo tendo contato com os mesmos todos os dias. O aquário tem um tanque de 800 mil litros de água e está aberto para o público fazer mergulho, para isso é só entrar em contato e agendar. O mer-
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gulhador dá conselhos a quem deseja mergulhar com os tubarões: “Esses animais não atacam, só se defendem, então para que não aconteça nada dentro do tanque, depende do comportamento de cada um”,explica. A respiração durante a submersão é oral e feita através de um cilindro. Respirar profundamente e constantemente é o mais recomendado. Durante o mergulho é aconselhável manter as mãos longe da boca dos animais, principalmente dos tubarões. No caso das arraias, é essencial mantê-las abertas para que o contato com a boca, não machuque. O medo é importante para que a pessoa não tenha excesso de confiança. Ele acaba dando o limite. Jayson dá um último conselho para quem tem vontade de mergulhar: “É preciso, além de vontade, uma dose de coragem. E transformar o medo que se tem desses animais em respeito. Então será incrível”, finaliza.
Economia&Negócios
Imposto de Renda: o que é? por Jéssica Tokarski
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mposto de renda (IR) é um assunto sobre o qual muita gente tem dúvidas. Todos sabem que há uma época no ano em que é necessário prestar contas de seus gastos e ganhos com a Receita Federal, mas poucos sabem o real motivo disso.
O que é Segundo o professor de economia, Lucas Dezordi, é um imposto federal, que incide sobre a remuneração dos contribuintes. “Isto é, nos ganhos periódicos de salários, benefícios, aplicações financeiras (juros e ganho de capital), royalties, aluguel e qualquer operação que gere um benefício econômico”, explica. São dois os tipos de imposto de renda que existem, o que incide sobre os rendimentos das pessoas físicas e o outro sobre o lucro das pessoas jurídicas.
Por que pagar O IR é uma das principais fontes de arrecadação do Governo Federal. “Naturalmente, com esse recurso o setor público irá aplicá-lo em saúde, educação, saneamento, etc. Também é um instrumento de combate à desigualdade social, pois quanto maior a renda auferida, maior a incidência da alíquota em termos percentuais. Isto é, o Governo trata cidadãos diferentes de maneiras distintas para buscar uma maior equidade social”, esclarece Dezordi. De algumas pessoas, uma porcentagem de seus salários já é recolhida direto da fonte. No entanto,
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isso não os libera da prestação de contas anual. Segundo o professor de economia, o desconto é realizado mensalmente para evitar desembolsos onerosos no momento do ajuste final. “A Declaração do IR é um ajuste final com o Tesouro Nacional e um instrumento para validar o conjunto de ganhos que uma pessoa teve durante o ano-base”, afirma. São cinco as faixas de IR da pessoa física para os ganhos com salários mensais: 1º Isentos: Quem recebe até R$ 1.499,15 2º Alíquota de 7,5%: Quem ganha de R$ 1.499,16 até R$ 2.246,75 3º Alíquota de 15%: Quem ganha de R$ 2.246,76 até R$ 2.295,70 4º Alíquota de 22,5%: Quem ganha de R$ 2.295,71 até R$ 3.743,19 5º Alíquota de 27,5%: Quem ganha acima de R$ 3.743,20 “Essa tabela considera o ganho total por pessoa independentemente das quantidades de vínculos empregatícios”, declara Dezordi.
Quem deve declarar Não são todas as pessoas que devem declarar o Imposto de Renda, apenas aqueles que tenham recebido uma renda maior que o limite de isenção. De acordo com o professor de contabilidade, Michael Corrêa, aqueles que auferiram um valor acima de R$ 17.989,80 no ano, são obrigados a efetuar o ajuste.
“Além disso, mesmo sem ter recebido renda tributável, se tiver um conjunto de bens e direitos superior a 300 mil reais, ou ganhado rendimentos isentos e não tributáveis superiores 40 mil reais, e ainda operado em Bolsa de Valores (mesmo sem ter lucro) também precisa fazer a prestação de contas”, acrescenta. No momento da declaração anual do IR, são avaliados os rendimentos tributáveis, os isentos, o conjunto de bens, direitos e obrigações, os pagamentos e doações efetuadas, além da estrutura familiar do contribuinte.
E se não declarar? Segundo o professor de contabilidade, aquele que não realizar a declaração anual deve pagar multa pelo não envio. “Além disso, estará sujeito às sanções aplicáveis aos crimes relacionados à evasão fiscal, acarretando restrições ao crédito e ao uso normal do seu CPF”, completa.
Malha fina A expressão “malha fina” é usada para se referir a um sistema avançado de cruzamento de dados, utilizado pela Receita Federal, que tem o objetivo de validar as informações repassadas e registradas pelos contribuintes na declaração anual. “Neste procedimento, o Governo cruza os dados dos declarantes com dados de outras pessoas físicas e jurídicas”, explica Corrêa.
Restituição As principais deduções legais do IR estão relacionadas aos gastos com educação, saúde e previdência privada. “Esses gastos podem fazer com que uma pessoa tenha a restituição aumentada ou a parcela a pagar reduzida. Os comprovantes desses pagamentos e todos os documentos relativos à declaração anual devem permanecer arquivados pelo contribuinte pelo prazo de cinco anos”, finaliza Corrêa.
Economia&Negócios
Está na hora de pedir um aumento? por Débora Dornella
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edir um aumento salarial é motivo de vergonha para muitos funcionários, pois não sabem como falar com seu chefe sobre isso. Argumentar bem é preciso e para obter sucesso nessa busca é fundamental mostrar resultados à empresa. Para oferecer dicas como essas, a revista Élégant entrevistou a coach executiva Daniela do Lago. Conhecer a política da empresa é fundamental para poder pedir aumento. É preciso levar em consideração como está sua situação no mercado e também entender como funciona sua política de aumentos salariais, pois é claro que todo lugar possui regras de tempo mínimo para reajuste de salário, e elas precisam ser respeitadas explica Daniela. Diferente do que dizem os livros de liderança em administração,
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a coach executiva acredita que você deve pedir o aumento ao chefe, pois muitos deles defendem que se você tiver que fazer isto, já é um sinal de que você não merece. Daniela discorda dessa informação, pois esses livros têm como base empresas que trabalham por Meritocracia. Mas afinal o que é Meritocracia? Meritocracia é quando na empresa já existe um método de avaliação por desempenho “Portanto, sabe medir desempenho e produtividade dos colaboradores. Logo, fica mais ‘fácil’ saber quem merece o tal do aumento salarial”, explica a coach executiva. Nesse método os funcionários já sabem quem serão recompensados pelo bom trabalho apresentado. De acordo com a experiência da profissional, as empresas que trabalham corretamente com avaliação por desempenho, no Brasil ainda são minoria, isto é, se você não trabalha em uma empresa Meritocrática o melhor jeito de pedir um aumento é batalhar por ele, mostrar um bom desempenho a fim de obter o reconhecimento pelo seu trabalho. “Porém, antes de tocar nesse assunto, você deve se preparar, pensar bem e sentir se é a hora certa”, ressalta Daniela. A melhor forma de conseguir um aumento é mostrar resultados além do que lhes foram solicitados. Não adianta mostrar os esperados, aqueles para os quais você foi contratado para alcançar. A coach executiva acrescenta que é preciso se entregar mais ao trabalho e, principalmente, mostrar para seu chefe
que vale a pena investir em você. Outra coisa importante é ter uma base de quanto ganham as pessoas da mesma área e na mesma região, mas é preciso não confiar muito nisso, explica Daniela. Pois se é um bom profissional não importa que os outros ganhem salários menores, é preciso que você se valorize e busque o que deseja. Outra sugestão é que se acabou de ser contratado espere pelo menos um ano para falar sobre isso, pois está ciente de que acabou de concordar com aquele salário e com as tarefas e desafios que terá que arcar. Ela ainda alerta para que não exponha seus problemas pessoais, como por exemplo, se está com mais despesas, etc, afinal seria o mesmo que jogar o seu problema para seu chefe resolver. Não opte por esse caminho. Uma dúvida frequente é se a promoção deve ser acompanhada por aumento salarial. A promoção no trabalho é caracterizada quando o cargo hierárquico é maior que o atual. Neste caso a coach explica que o aumento salarial deve aparecer, pois sua responsabilidade também aumentou. Mas ela conta que já presenciou casos em que a pessoa foi promovida e como o salário não aumentou, em troca ganhou benefícios
como cursos de idiomas ou MBA. Lembre-se de pensar na visão da empresa, ou seja, para se fazer jus a um aumento salarial é necessário que não só execute bem as tarefas que são de sua responsabilidade, mas agregar valor a ela e com isso, é claro, trazer lucro aos acionistas. Então não se esqueça de mostrar resultados e fazer mais do que foi contratado para fazer. Com isso Daniela o incentiva a ir ao seu chefe e pedir o aumento, mostrando os resultados adquiridos recentemente. E se a resposta for negativa, a profissional aconselha a se comportar com maturidade e mentalidade aberta e, principalmente, não deixar a conversa morrer ali: “Caso seu chefe fale que não é o melhor momento para dar o aumento, pergunte o que você deverá fazer para melhorar o seu desempenho e em quanto tempo poderá conquistar o aumento”. Mas se seu chefe falar que nunca te dará o desejado salário, agradeça a sinceridade e comece a planejar a busca por outras oportunidades. “O que você prefere: se dedicar a um trabalho que não lhe renderá os ganhos que busca ou saber da real situação e poder mudar o rumo de sua carreira?”, conclui a coach executiva. FONTE: Daniela do Lago - Coach Executiva / danieladolago.com.br
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Leasing
por Emerson Roberto
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easing é um contrato de arrendamento mercantil com o objetivo, por parte do arrendador, da aquisição de um bem escolhido pelo arrendatário para sua utilização. O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a vigência do contrato, são do arrendatário. O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra pelo arrendatário, do bem de propriedade do arrendador. Segundo o professor de finanças Daniel Roberto Guimarães Pereira, uma operação bem comum é o leasing de veículos, tanto para pessoas físicas como para as frotas de empresas (pessoas jurídicas). O consumidor individual que adquire um carro por esse meio passa a ser o arrendatário do contrato e a empresa que compra o bem (proprietário), o arrendador. Existem três tipos de leasing, o operacional, onde a empresa que arrenda o bem arca com todos os custos que envolvem o produto e o período do contrato é menor e com maior flexibilidade, podendo o cliente comprar ou devolver o bem ao fim do contrato. O segundo é o leasing financeiro, que é praticamente um aluguel, onde o cliente escolhe comprar o bem, no início da operação, por um valor pré-determinado ou pelo preço de mercado ao fim da operação. Essa modalidade é utilizada na compra de um carro por um consumidor, pessoa física. O terceiro é o leasing back, utilizado por grandes empresas para levantar capital de giro. O proprietário de um bem o vende à empresa de leasing que, por sua vez, o arrenda ao antigo proprietário. A melhor opção para um financiamento irá depender das suas características e principalmente do prazo e das taxas de juros. Uma dúvida recorrente dos consumidores é a escolha entre leasing ou o CDC (Crédito Direto ao Consumidor). Muitos confundem os dois. Segundo o supervisor de cobranças, Sérgio Roberto Urbano, a primeira opção tem a característica de ser uma operação de crédito a longo prazo, de 24 a 60 meses, realizada por pessoa física ou jurídica, objeti-
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vando adquirir um bem. Já a segunda é uma operação de financiamento que tem período variável de 1 a 60 meses (dependendo da financeira), realizada por pessoa física ou jurídica e que está sujeita a tributação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). No ato do financiamento, vale uma boa consulta aos agentes financiadores para verificar a opção mais barata. É importante lembrar que uma pessoa física ao financiar um bem, busca o acesso e uso imediato deste, mesmo sem dispor do capital para a sua aquisição. Quase na totalidade dos casos (sempre pode haver uma exceção) a compra a vista é financeiramente melhor. Porém, usando algum tipo de financiamento, é possível adquirir vários bens ao mesmo tempo e pagar prestações mensais adequadas à capacidade da pessoa. “Na grande maioria dos casos o acesso ao bem é imediato. Algumas modalidades disponibilizam os recursos para o consumidor comprar o bem onde melhor lhe interessar. Financiamentos de imóveis são mais formais e levam mais tempo para a conclusão do processo. No consórcio, o cliente precisa aguardar a contemplação por sorteio ou lance”, completa o professor de finanças. Iniciada a vigência do contrato, todas as cláusulas devem ser respeitadas. Mas, se não houver mais interesse do consumidor em continuar com o financiamento, pode-se transferir o bem a uma terceira pessoa, ou também é possível devolver o bem a financiadora, negociar a dívida com a terceira pessoa e manter o bem. Na maior parte dos casos, há espaço para renegociação junto ao agente financeiro, evitando perdas de dinheiro e a propriedade do bem financiado. Para quem deseja fazer um financiamento, é necessário pesquisar junto aos bancos e financeiras as melhores taxas de juros, custos do processo e prazos. As instituições financeiras são muito competitivas e possuem produtos diversos para cada necessidade do consumidor. “Leia o contrato, não assuma dívidas acima da sua capacidade de pagamento e aproveite muito bem a sua nova aquisição”, finaliza o professor de finanças.
Direito
A vida em condomínios C
ada vez mais procurados por conta da segurança os condomínios atualmente abarcaram também a função de clubes de lazer com uma infinidade de atividades disponíveis. No entanto, a miríade de atrações podem levar a falsas ilusões. Lembre, uma piscina não comporta nem 5% dos moradores em um dia quente de verão; o belíssimo salão de festas comporta só uma festa por vez, mesmo que estejamos falando de 200, 300, às vezes 500 apartamentos em grandes condomínios e por aí vai. As regras e custos dessa utilização devem estar contidas no regulamento do condomínio, caso já não estejam previstas pela convenção do condomínio. Eventuais disputas e desconfortos podem ser contornados pelo síndico ou pela Administradora Predial, mas até estes têm limitações pela própria convenção e pelo Código Civil. Com o passar do tempo e a deteriorização dos bens comuns vem o segundo problema, custos de reparo, manutenção e às vezes melhorias. O síndico está atrelado à convenção e não pode gastar
Maicon Guedes
Advogado Mestre em Direito - UFPR Doutorando em Direito Universidad de Buenos Aires Contato: Maicon Guedes Advocacia - (41) 3078-8196 maiconguedes@yahoo.com.br
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sem prévia consulta dos condôminos, salvo casos de emergência e visando à manutenção necessária. Em todos os casos, sempre buscando orçamentos no afã de aliar melhor preço/qualidade. Afinal, a conta será paga por você. Gastos com utilidades, obras, peças que sirvam para a melhoria do condomínio, demandam aprovação prévia em assembleia na qual o assunto conste em pauta já na convocação. Se assim não proceder, o síndico pode ser responsabilizado, tendo que indenizar o condomínio. A convenção pode estabelecer quóruns (número de pessoas presentes, necessário para o funcionamento da assembleia) mínimos e forma de maioria (dos presentes ou do total) para aprovar tais gastos. Anualmente o síndico deve prestar contas sobre receitas e despesas e, mesmo nas despesas correntes, sempre buscar a melhor eficiência para a gestão do bem comum. Não pode, por exemplo, propiciar alta rotatividade de funcionários, simplesmente porque não simpatizou com estes, gerando custos e possível passivo trabalhista para o condomínio. Suas ações pessoais, em nome do condomínio, também poderão onerar os demais, por exemplo, um síndico que cobra vexatoriamente um condômino. A coletividade será responsável por eventual indenização por danos morais. A não-utilização correta dos bens comuns ou mesmo a falta de civilidade (ligar som alto às 3h da madrugada ou jogar dejetos pela janela do banheiro) podem ser afastadas com aplicação de multas. Para não haver problemas quanto às possibilidades e valores das multas, é crucial que a convenção ou regulamento aprovado, contenham espécies de infrações e formas de penalidade, garantindo maior transparência e mesmo prevenindo tais atitudes.
Motivação
Nunca lustre a ferradura de ninguém E
xistem muitas situações na vida nas quais nem sempre a melhor solução é “engolir sapos” e “soprar flores”. Todo tipo de agressão emocional que recebemos causa uma determinada reação em nosso corpo e em nossa vida, dependendo da maneira como respondemos a ela. Muitas pessoas terminam por viver de maneira desastrosa interiormente, apenas para ficarem polidas no ambiente externo. Muita gente por aí adora se prevalecer de algumas situações, e não economiza coices em quem está por perto. É um tipo de gente que adora lustrar suas ferraduras em pessoas com pouca habilidade de reação e terminam por saírem da situação com a ferradura lustrada deixando a outra parte agoniada e reprimida em sua vontade de dizer umas boas verdades. Seja quem for, não permita mais que alguém lustre ferraduras em você, se acredita em suas ideias, seus sentimentos, seus projetos, deve discuti-los, defendê-los dentro das ferramentas funcionais que possui, utilizando-se de uma persuasão ética, estabelecendo limites, pois quando permitimos que alguém lustre em nós suas ferraduras , a nossa “falta de reação” deixa espaço para futuras investidas. Limitar o grau de atuação de
quem nos faz “engolir sapos” mostra que não somos tão frágeis e vulneráveis e nos coloca numa posição de mais respeito. Quando desenvolvemos a habilidade de reagirmos, dentro de nossas convicções, às agressões costumeiras de quem adora lustrar ferraduras, fortalecemos nosso interior ao invés de fazer dele uma mesa de pileques-emocionais que exercerão uma ação neutralizadora do nosso comportamento. As pessoas são impedidas de seguirem seu caminho e construir seu alicerce de conceitos, não por sua atuação, mas sim pela inércia diante das adversidades e controvérsias que acontecem em sua vida.
Cesar Romão
Escritor e consultor organizacional www.cesarromao.com.br
Cultura
Irreverência e bom humor por Jéssica Tokarski
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scar Filho é produtor, ator, comediante e repórter do CQC. Atualmente fazendo o quadro Proteste Já no programa da BAND, revela à Revista Élégant que o programa é um marco em sua vida. Desde pequeno engraçado e apaixonado pela arte, Oscar se tornou famoso, querido e admirado por muita gente. Hoje em dia, não há quem não conheça e se encante com esse simpático paulista.
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Você começou sua carreira cedo, aos 13 anos. Como surgiu sua paixão pela arte?
Oscar Filho Eu fui num ensaio de teatro a convite de um amigo, mas completamente contra. Não tinha nada melhor pra fazer. Ou ia para lá, ou pra casa assistir TV. No fim do ensaio de uma peça infantil para o dia das mães eu tinha certeza que iria fazer aquilo pro resto da vida! Por trabalhar com humor, você se considera uma pessoa engraçada? Desde a sua infância, gostava de divertir as outras pessoas?
Oscar Filho Eu acho que eu fui deixando de ser o “engraçadão” da turma conforme os anos foram passando. Claro que hoje em dia solto uma piada aqui, outra ali quando estou com amigos, mas não é como antigamente. Eu era um dos mais engraçados da minha turma. Élégant
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Élégant Como foi para você estrear na TV em um programa de renome como o da Hebe Camargo? Oscar Filho Foi difícil! Eu tinha um tempo
muito maior para fazer meu número, mas momentos antes a produção do programa ficou me “pilhando” pra que eu fosse rápido por uma mudança drástica que eles tiveram que fazer no bloco que eu iria me apresentar. Estava tudo ensaiado, mas como era a primeira vez na TV e com a Hebe, deu uma insegurança e incerteza porque eu não fui capaz de “editar” meu texto ali na hora. Se fosse hoje, isso seria muito mais tranquilo, mas naquele dia foi uma experiência sofrida.
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O que você pensa a respeito dos
stand-ups?
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atuar?
Oscar Filho Antes era atuar, agora está sendo produzir. Seja uma peça ou um texto. É uma coisa que estou descobrindo mais nos últimos anos.
Você gosta mais de produzir ou de
Oscar Filho É uma linguagem de humor maravilhosa e onde eu sinto muita liberdade em trabalhar. Dependo de muito menos pessoas para fazer acontecer do que numa peça teatral tradicional, por exemplo, ou num show de humor de personagens, ou num show de improvisação. E é bastante dinâmica também. Algo que acontece de manhã na minha vida ou nos noticiários eu posso levar de noite para o palco. Élégant Como foi a experiência de fazer um solo no Putz Grill?
Oscar Filho Não sabia que era capaz
de levar um público sozinho durante setenta minutos. Já fiz shows que duraram uma hora e quarenta minutos, sempre lá em cima. É muito bom o tempo ir passando e eu ainda me surpreender com o que eu posso fazer. Me deixa acordado e disposto para enfrentar situações que eu achava que não daria conta ou até mesmo em que nunca imaginei estar.
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Como você se tornou repórter
do CQC?
Oscar Filho Um dos vídeos que eu coloquei na internet foi visto pelo diretor do programa, Diego Barredo, um ano antes do programa estrear. Ele me chamou pra fazer uns testes e acabou rolando. Élégant O que o CQC significa na sua vida? Oscar Filho Antes e depois. É um marco. Élégant E a comédia, o que representa
na sua vida?
Oscar Filho Atualmente, tudo. Graças a ela eu conheci pessoas incríveis como a minha namorada e amigos. Tenho um apartamento, um carro, posso pagar meu plano de saúde, sou reconhecido pelo meu trabalho. Muita coisa boa! Élégant O quadro “Proteste Já!” é mais sério. O que você está achando de fazê-lo? Oscar Filho Estou achando demais, de
Otávio Rotundo
verdade! Antes eu fazia, na maioria, matérias de celebridades. Essas matérias não têm a relevância do Proteste Já. Nele eu posso ajudar de fato pessoas com problemas. É muito mais próximo de alguma mudança, seja ela qual for. Muita gente não imaginava que eu pudesse fazer algo do quilate deste quadro e eles se surpreenderam, assim como eu.
Élégant Existe algum objetivo na sua carreira que você ainda não atingiu? Oscar Filho Fazer filmes e seriados. Gostaria de passar por essas linguagens de vídeo. Élégant
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fotos: divulgação
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artista plástico que iniciou sua carreira pichando muros, Eduardo Kobra, conversou com a Revista Élégant. Ao contrário de muitos artistas, Eduardo lembra apenas de alguns desenhos que fez quando criança, e nunca pensou em seguir esta profissão. Ele utilizava o grafite como forma de protesto. ”Quando comecei como pichador pouco me importava com o que estava desenhando”, confessa. Um dia enquanto estava fazendo um desenho na Avenida Paulista, ficou observando os casarões antigos e pensou que aquilo, um dia, iria desaparecer. Então resolveu fazer pinturas da São Paulo antiga, mostrando para os paulistas a cidade que eles não vêem. “Surgiu uma vontade enorme de
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mostrar tudo isso, de expor para as pessoas a cidade que se perdeu, mas que não deve ser apagada da nossa memória”. Foi quando Kobra passou da pichação para o grafite e depois para o muralismo. O artista faz dos muros da cidade sua tela de trabalho. Ele tenta resgatar o humanismo das pessoas. Um exemplo é sua obra mais famosa que está na Avenida 23 de Maio, a pintura mostra muitos rostos. “Críticos chegaram a dizer que aquele trabalho em uma rua tão movimentada cria um contraste instigante”, comenta Eduardo. Além do trabalho “Muro das Memórias”, Kobra tem outro projeto chamado “Galeria de Céu Aberto”, onde leva as obras de arte para as ruas. O obje-
O artista plástico que transformou a cidade de São Paulo em seu ateliê por Camila Kelczeski
tivo é mostrar para as pessoas que a arte é acessível a todos e não é elitizada. Pioneiro na pintura 3D viu as obras de alguns artistas, como do norte-americano Kut Wenner, e resolveu estudá-las por todos os dias durante meses. Depois desenvolveu esse trabalho no Brasil.”No 3D em 99% dos ângulos, tudo o que o expectador vê são manchas enormes no chão. Apenas de um certo ângulo é possível ver a obra, seja um abismo, um carro ou um personagem. As pessoas param, caminham, fotografam e perguntam”, relata. O desenho 3D é feito de uma maneira distorcida e dá a ilusão, em um determinado ponto, que existe um objeto real na frente de quem está olhando para o desenho.
Eduardo não fez cursos, mas busca inspiração em outros artistas. Recentemente ele esteve na Inglaterra aproveitando seu tempo livre para visitar galerias e museus, buscando inspiração. “Tive forte influência dos muralistas mexicanos, mas também observei muito as obras de artistas brasileiros como Di Cavalcanti e Portinari”, comenta . A arte no Brasil não é muito valorizada. Segundo Kobra, o problema começa pela educação precária das escolas. Mas, os brasileiros têm um olhar atento e sensível para arte. “Como faço muita pintura de rua, fico impressionando com a quantidade de pessoas que param para olhar, fotografar, perguntar e até comentar os trabalhos”, finaliza.
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Qual o significado da vida sem música? por Débora Dornella Fotos: Fernando Mucci
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paixão pela música veio por influência de seu pai, que tinha o sonho de ser um pianista, mas infelizmente não conseguiu concretizá-lo por causa de um acidente com uma prensa gráfica, onde trabalhava, que decepou o quinto dedo de sua mão direita na véspera de sua primeira aula de piano, quando tinha apenas 10 anos de idade. Mas isso não o impediu de transmitir o amor à música aos seus quatro filhos. João Carlos Martins seguiu essa paixão. Com cerca de oito anos de idade teve o primeiro piano em casa, neste mesmo ano ganhou seu primeiro concurso, apenas seis meses após sua primeira aula. Aos 12 anos começou sua carreira no Brasil. Dali para frente, seguir na profissão de músico foi uma decorrência natural de sua vida, declara Martins. Como pianista tem como inspiração J.S.Bach, seu compositor preferido. “Tanto que gravei, em 23 CDs a sua obra integral para o teclado”, ressalta ele. Na regência o maestro se identifica com Beethoven. Mas a vida não é marcada só de momentos bons, e Martins sabe disso muito bem. Durante um treino de futebol, quando tinha 26 anos, o pianista caiu e uma pedra entrou no seu braço direito, perfurando seu nervo ulnar. Depois desse acidente vários problemas se sucederam, explica ele, como a LER
(Lesão por Esforço Repetitivo) e uma paralisia provocada por um assalto em que teve uma barra de ferro acertada em sua cabeça. Mesmo assim ainda conseguiu voltar a tocar, depois de 8 meses no Jackson Memorial Hospital de Miami fazendo um tratamento de reprogramação cerebral. Após o tratamento o pianista começou a ter espasmos e dores terríveis, o que fez com que os médicos decidissem cortar o nervo de sua mão direita. Depois disso, Martins começou uma carreira com a mão esquerda e quando achava que tudo estava bem, pode-se dizer que a vida testou novamente sua paixão pela música “Algum tempo depois fui acometido de um tumor na palma da mão, o que me impediu de tocar com a mão esquerda também”, ressalta ele. Como na vida de qualquer ser humano, também na de João Carlos Martins, a frustração e o medo fizeram parte. O pianista e maestro, conta que depois de seu primeiro acidente aos 26 anos, continuou a tocar por algum tempo usando dedeiras de aço, mas não foi possível continuar, e a frustração fez com que ele se desfizesse do piano. “Um dia, saindo do prédio onde meu pai morava, encontrei o Eder Jofre e perguntei se ele não tentaria reconquistar o título mundial de boxe, ao que ele respondeu que estava muito velho para isso, tinha então 38 anos”, revela
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o pianista, e disse para o lutador que se ele resolvesse tentar, ele promoveria sua luta. Martins conta que no dia seguinte Eder Jofre ligou aceitando o desafio, e ele, que não foi o seu treinador, foi um dos patrocinadores da luta em que Jofre reconquistou o título mundial. Ao mesmo tempo que se fecha uma porta se abre outra, essa luta fez com que João Carlos Martins se sentisse covarde por ter desistido da música. “Se ele voltou e conseguiu, eu também deveria tentar voltar para o meu instrumento. No dia seguinte comprei um piano e voltei a estudar”, afirma o pianista. Como não havia mais como continuar a tocar piano, Martins teve um sonho com o Maestro Eleazar de Carvalho, que lhe dizia para ser maestro. “Quando acordei fui imediatamente iniciar meus estudos de regência. Passados alguns meses fundei minha orquestra – a Bachiana Chamber Orchestra, que hoje tem o nome de Bachiana Filarmônica SESI-SP”, acrescenta o maestro. A Fundação hoje realiza a iniciação musical de mais de 1.500 jovens, além de descobrir diamantes como o tenor Jean Willian e o jovem violinista Lucas Farias, exemplifica Martins. O maestro e pianista não tem preferência entre tocar e reger, para ele cada atividade tem seu encanto. “Como pianista ficava mais concentrado e apreensivo antes do concerto, como maestro a concentração tem que ser total, mas antes não fico mais tão tenso”, ressalta. Sua maior dificuldade no
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palco é a concentração total. “Como não consigo virar páginas, tenho que decorar toda a partitura. Daí a concentração é maior ainda. Chego a perder dois quilos durante um concerto”, declara o maestro. Para continuar se superando estuda diariamente, inclusive no piano, instrumento que chega a estudar de cinco a seis horas todos os dias. Tanto esforço e amor pela música não podia ficar sem ser documentado. João tem dois documentários sobre sua vida. O primeiro feito na Alemanha, que em português se chama “ A Paixão segundo Martins” e retrata toda sua trajetória como pianista. O segundo, foi um documentário belga que se chama “Revêrie”, que registra o início da sua vida na regência. Como qualquer um, o pianista e maestro, ainda tem sonhos. “São os sonhos que nos movem. Um sonho já realizado leva imediatamente a outro a ser realizado”, declara ele que além de ser apaixonado por música, não se considera persistente, mas sim um grande teimoso. Por tudo isso e muito mais, a música tem todo o significado em sua vida. Suas decepções não foram causadas por ela, mas sim pelos fatos que o afastaram do meio musical. Como maior alegria em relação à música, o maestro cita a homenagem da Escola de Samba Vai-Vai neste carnaval, e diz ainda estar encantado e emocionado de ver sua vida contada na avenida e todas as pessoas cantando o samba enredo, conclui.
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aguenta coração! por Emerson Roberto
Fotos: Kadu Ferreira e Washinton Possato
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im, é preciso ter um forte coração para poder escutar as lindas músicas cantadas por José Augusto. São canções belíssimas que tocam na alma. O cantor e compositor, que nasceu no Rio de Janeiro, adquiriu a paixão pela profissão enquanto ouvia sua mãe cantar e tocar piano em casa. E conta que sua família sempre o apoiou em sua escolha profissional. José Augusto, que teve como influências musicais os Beatles e a Jovem Guarda, começou a carreira fazendo testes em algumas gravadoras. Mas a primeira oportunidade aconteceu mesmo na EMI (famosa gravadora musical), com a ajuda do produtor de discos Renato Correia, integrante do grupo Golden Boys, da Jovem Guarda. “Tive a oportunidade de cantar com a orquestra do Maestro Gaya e Renato recomendou minha contratação para a gravação de um álbum, um ‘compacto-teste’ em 1972”, conta. O cantor, que nunca se imaginou em outra profissão que não fosse a carreira musical, naquela época, não pensava em fama, mas sempre acreditou no reconhecimento do seu trabalho. O que não é para menos, já que possui uma voz singular e composições
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magníficas. Segundo ele, não existe preferência entre cantar e compor: “Ambos me completam, cada um ao seu modo, seja compondo em minha casa, em cima do palco ou gravando algo em estúdio”. Após alcançar sucesso no Brasil, José Augusto também conquistou plateias do mundo inteiro. Tudo isso aconteceu com a ideia da gravadora EMI ao lançar a música “Luzes da Ribalta” (Candilejas), que até hoje é muito pedida em seus shows realizados fora do país. A conquista foi tão grande que o cantor se consagrou com diversos prêmios e vendeu mais de cinco milhões de produtos no exterior. Segundo José, isso foi a realização dos seus sonhos. Mas vale a pena lembrar que o cantor não quer parar por aí, pois ainda sonha em se apresentar em outros países como, por exemplo, o Japão. E dentre tantas canções, quem é que não se lembra de “Aguenta Coração”? Fenômeno dos anos 90 que se tornou até mesmo tema de abertura de novela. Mas para José, o seu maior sucesso é a música “Sábado”, composta por ele e pelo compositor Paulo Sérgio Valle. Após tantos anos de carreira, o cantor confessa que, antes de entrar em palco, o ritual é o mesmo desde o início. Primeiramente ele recebe alguns fãs
em seu camarim, com quem age com muito respeito e agradecimento pelo que eles lhe proporcionam. Depois, muito religioso, pede a Deus uma ajudinha antes da apresentação. “Sempre peço que eu consiga passar toda verdade do meu trabalho para quem vai assistir aos meus shows, sem deixar de sentir o nervosismo inicial como se estivesse começando”, afirma. José Augusto já dividiu o palco e canções com nomes consagrados como Xuxa, a rainha dos baixinhos, e diz sentir-se lisonjeado pelas parcerias que os seus amigos de profissão lhe proporcionam.
Para o cantor, não há tempo ruim. Em sua carreira sempre procurou esquecer as piores situações e aproveitar cada momento do presente. Atualmente, pretende lançar o seu próximo CD/ DVD, com as canções que ficaram de fora do primeiro, juntamente com algumas músicas inéditas. E a você, leitor, que sonha em, um dia, conquistar uma carreira musical como a do nosso querido José Augusto, ele enfatiza que é preciso ter força de vontade e muita perseverança. Quem sabe poderá ser você um dos próximos ícones da música brasileira, com sucesso internacional como ele.
Crônica
Dinastia Itinerante por Deni Guimarães
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iajar é algo que a maioria das pessoas gosta, porém, nunca pensa no trajeto que fará até determinado destino. Preocupa-se apenas com o que fará após chegar ao lugar almejado. Os lugares que visitará, o que irá comer, e uma infinidade de coisas que pretende fazer. Mas eu gosto mesmo é da viagem em si, principalmente quando viajo sozinha... Quem sentará do meu lado? Será que verei aquela serra verde levemente queimada do sol, os lagos, os princípios de cachoeiras em meio às montanhas? Quais músicas irei ouvir no meu MP3? Pois é, comportamento incomum esse o meu, não é? Com o bilhete em mãos, Márcio procurava seu lugar pra sentar. - Acho que você está no meu lugar, disse ele. - Imagina, respondeu a passageira. Logo foi Márcio verificar o que acontecia, com o motorista da desorganizada linha de ônibus. - Mas já é a quinta vez consecutiva que acontece isso, não aguento mais, vocês precisam resolver esta situação! A passageira que compartilhava do mesmo número
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de passagem, constrangida com a situação, se manifestou: - Não se exalte, senhor. Eu mudo de lugar. Porém o único lugar era ao lado do passageiro “reclamão”. Logo ela pensou que iria ter que aguentar murmúrios por toda a viagem, a longa viagem de doze horas. Mas se enganou profundamente, pois o tal Márcio acalmou-se e logo puxou assunto. Pediu desculpas por ter sido tão impetuoso e falava, assim como eu citei no início, do quanto se empolgava muito mais com o percurso, o trajeto, do que, até mesmo, com o destino. E assim prosseguiu a conversa agradável, aumentaram as risadas e a troca de experiências acompanhou a troca de olhares. O silêncio tomou conta do ambiente e um suave beijo selou ali uma relação de amor e confiança, permeada pela imprevisível rotina de viagens emocionantes. Situações de variados tipos surgem em meio ao nada, de maneira inusitada, mas não conhecemos os mistérios dessa vida, nem mesmo conseguimos prever o cotidiano. E eu jamais imaginei que Márcio, com toda a sua indignação pela quinta vez na compra da mesma passagem, se tornaria o amor da minha vida.