Palavras que Brincam by Grupo Emcantar

COPYRIGHT © 2011 EMCANTAR Todos os direitos desta edição estão reservados ao EMCANTAR Av. Santos Dumont, 190 Araguari – MG – CEP 38440-286 Telefone: (34) 3218-6604 www.emcantar.org ORGANIZAÇÃO Ana Paula Rabelo, Ana Lopez e Viviane Rodrigues REVISÃO Ana Carolina Ferreira PRODUÇÃO EXECUTIVA Maíra de Ávila PROJETO GRÁFICO Eduardo Bernardt FOTOGRAFIA ARTÍSTICA Hick Duarte 1ª edição | EMCANTAR | Uberlândia-MG

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema de Bibliotecas da UFU, MG, Brasil.

P154

Palavras que brincam: música e literatura na escola / organização Ana Paula Rabelo, Ana Lopez e Viviane Rodrigues; revisão Ana Carolina Ferreira. – Uberlândia: EMCANTAR, c2011. 87 p. : il. ISBN 978-85-65292-00-9

1. Música e literatura. 2. Cultura popular. 3. Atividades criativas na sala de aula. I. Rabelo, Ana Paula. II. Lopez, Ana. III. Rodrigues, Viviane. IV. Título.

CDU: 78:82 CDD: B869.85

Catalogação elaborada por Gizele Cristine Nunes do Couto – CRB6/2091

A todos os participantes do projeto que nos ensinaram como verdadeiramente brincar com palavras cantando, contando e escrevendo Aos educadores que se deixaram levar pela brincadeira e fizeram da escola um espaço colorido por sons A todos os profissionais das escolas estaduais Padre Mário Forestan e Presidente Juscelino Kubitscheck, grandes parceiros na disseminação da arte na escola e na comunidade Ana Lopez e Viviane Rodrigues, arte-educadoras responsáveis pelas oficinas do projeto Palavras que Brincam.

SUMÁRIO

Prefácio Ponto de Cultura Palavras que Brincam: entrelaçando pessoas, culturas e saberes Contando a História

Carta ao Leitor

23 25 32 33 34 35 36 39

O Circo Patoktovisk - Escola Estadual Padre Mário Forestan O Menino Equilibrista O que é Circo? Convites Circo da Imaginação Um Dia de Palhaço Quem é Quem no Circo Patoktovisk O Menino e o Elefante

47 48 56 62 63 64 65 66

A Bicharada - Escola Estadual Presidente Juscelino Kubitschek A Confusão na Floresta Conheça os Animais O Ratinho que Morava no Livro A Borboleta Cruzadinha Esperta Caça Palavras Fala Menino!

Contando Segredos

Cartas para Raquel

Espia Só

09 13

PREFÁCIO Quando ideias viram ações, ações viram leituras, leituras viram debates, debates viram textos, textos viram livros, a humanidade agradece. Um livro, por mais singelo que seja, simboliza um degrau a mais galgado pela humanidade em benefício da cultura, da compreensão do processo civilizatório, da harmonia cósmica. Assim é este livro. O resultado de um esforço concentrado, aperfeiçoado ano após ano, em prol da formação de uma geração de brasileiros mais conscientes, mais responsáveis, mais saudáveis emocional e fisicamente. Um exercício de cidadania apoiado no tripé canto, leitura, escrita. O edifício construído em bases sólidas, com alicerce profundo, nas raízes, na infância e na adolescência. O Grupo EMCANTAR sabe das coisas. Sabe que as varinhas mágicas são emblemáticas. E que não existem fadas-madrinhas. Existe apenas o povo, a humanidade, esta legião de seres humanos/desumanos, motivada por sonhos, devaneios, delírios. Nem bons nem maus. Gente. E na aldeia cada vez mais global, mais tumultuada, algumas pessoas obstinadas, incansáveis, trabalham por um mundo cada vez melhor. Aquelas que lidam com a cultura. Nós. Só a cultura faz o papel de divisor de águas, despertando sensibilidades para o gosto pelas artes. O EMCANTAR sabe que é preciso primeiro acordar o gênio que dorme no fundo da lâmpada, indiferente aos apelos do belo e do eterno, refém de urgências vivenciais. Acordá-lo enquanto é tempo, antes que outros apelos mais pragmáticos, mais fáceis, mais rendosos, mais sedutores, se instalem como verdade insofismável. A lâmpada, no caso, é a criança, é o jovem brasileiro, ambos alijados da pauta das prioridades institucionais. O que falta para este público alvo? Faltam políticas públicas, escolas em tempo integral, professores vocacionados, conteúdos com senso de realidade, atividades paradidáticas, acesso à cultura, organização familiar, tanta coisa! Então, ciente de tudo isto, o Grupo EMCANTAR se pôs a caminho. Foi em busca de pertencimento e cidadania. Primeiro cantando lindamente, depois lendo, debatendo, executando projetos arrojados, inusitados, prestigiando a produção cultural existente. E ao desenvolver essas atividades acabou aproximando autores e leitores. E, mais importante ainda, muito mais duradouro, acabou descobrindo novos talentos, formando leitores críticos, preparando futuros pensadores e escritores.

O Projeto PALAVRAS QUE BRINCAM é isto: uma enorme oficina incubadora de ideias direcionada à escola pública. Todos os estudantes beneficiados por este projeto estarão por toda sua vida comprometidos com a leitura e a escrita, com as minúcias prazerosas que a leitura compartilhada, a descoberta dos temas transversais e seus desdobramentos acabam proporcionando. Será inesquecível, com certeza. Quando a escolha recaiu sobre livros escritos por mim, eu me senti muito prestigiada. E achei a escolha correta, porque somos conterrâneos e contemporâneos. Porém só isso seria insuficiente para justificar a indicação. Achei a escolha justa porque minha vida e minha obra são absoluta e unicamente dedicadas ao mesmo objetivo do EMCANTAR: a formação da criança e do adolescente cidadãos. Curiosos, criativos, opinativos, tolerantes, capazes de verbalizar sentimentos, de pensar em voz alta, de se comprometerem publicamente, de se colocar sem medo no contexto social. Foi um prazer encontrar os alunos da E.E. Presidente Juscelino Kubitschek. Centenas de alunos do 5º e do 7º anos absolutamente afiados no conhecimento dos livros VELUDINHO e ERA UMA VEZ UM RIO. Mais que um prazer, uma alegria repleta de carinho confirmado pela exuberante produção de textos, objetos e desenhos. Eu não soube a cor das paredes das salas onde nos reunimos para debater tantos temas naquela manhã de 16 de junho de 2011. Estavam todas completamente revestidas de desenhos feitos pelos estudantes, uma recepção muito calorosa e comovente. Só tenho que agradecer aos alunos, aos professores, à direção da escola, às merendeiras que fizeram aquela festa gastronômica, e à professora Ana Lopez, que interagiu o tempo todo com muita competência e simpatia.

Obrigada a todos. Parabéns aos leitores pacientes e perfeccionistas. Parabéns ao Grupo EMCANTAR pela tenacidade. Uberlândia é uma cidade de sorte, por contar com todos vocês. Com todos nós. Sempre às ordens.

Martha de Freitas Azevedo Pannunzio Fazenda Água Limpa, 02/09/2011

Ponto de Cultura Palavras que Brincam: entrelaçando pessoas, culturas e saberes Diversos organismos do estado e da sociedade civil, escolas, comunidades, alunos, professores e agentes culturais reclamam, cada qual com as suas especificidades, uma ação nacional coordenada entre esses setores, que atenda a demanda material e humana. Que essa ação faça desse sonho uma realidade, onde cada Ponto de Cultura seja um ponto de encontro entre a comunidade e o saber/fazer, entre educação e cultura, entre sonhos e vida real. Chico Simões - Mamulengueiro

Nos Pontos de Cultura, os brasileiros se encontram, movimentam-se, tecem seus saberes e reinventam caminhos. Celebrar e valorizar a cultura viva, envolver-se em uma rede de ideias e ideais, sonhar com um Brasil possível, inclusivo, educador e feliz! Mais do que um direito social, a cultura é uma estratégia para disseminar os direitos humanos, afirmar a identidade nacional e construir dignidade. Para o EMCANTAR, instituição responsável pelo Ponto de Cultura Palavras que Brincam – Música e Literatura na Escola, o exercício de entrelaçar cultura e educação tem demonstrado a importância de valorizar nosso saber cultural partindo da nossa casa, nossa rua, nossa escola, e refletir uma sociedade que, ao desconsiderar a cultura “enquanto manifestação da alma de um povo”, desconhece elementos fundamentais contidos nela mesma. Palavras que Brincam – Música e Literatura na Escola é um Ponto de Cultura pensado na perspectiva de promover a democratização do acesso a bens culturais, em especial aos que dialogam com a música e a literatura, a fim de incentivar crianças, adolescentes e educadores a viverem e conviverem com a cultura brasileira. Nas ações do Ponto o primordial é compartilhar nosso patrimônio cultural imaterial para que cancioneiros da cultura popular, poetas, contadores de causos, escritores e compositores, bem como outros Pontos de Cultura da cidade de Uberlândia-MG, invadam a sala de aula e escancarem “janelas” que permitam a visão de um mosaico cultural colorido, plural, diversificado, singular e único. Depois da partilha de conhecimentos e saberes, os participantes são instigados a criar, produzir suas próprias histórias e registrar seus saberes, aprendizados e visões de mundo.

Este livro é um pequeno pedaço do que foi vivido e experienciado semanalmente ao longo de 2011. É a impressão de meninos e meninas, educadores e artistas que se dispuseram a tecer, coletivamente, com suas singularidades, mais um trecho dessa cultura viva, dinâmica, tradicional e inovadora, antiga e atual, que pulsa nos quatro cantos do nosso país e contribui para a reinvenção da nossa história.

Ana Paula Rabelo Educadora, coordenadora do Ponto de Cultura Palavras que Brincam e diretora presidente da Associação EMCANTAR

CONTANDO A HISTÓRIA No projeto Palavras que Brincam, aliar música e literatura à brincadeira foi a principal estratégia para que educadores e alunos se permitissem cativar pela palavra e pelo som e descobrissem seus potenciais de criação e de expressão artística. Afinal, que criança, grande ou pequena, não gosta de brincar? Por meio da brincadeira nos atentamos para sons e melodias que, involuntariamente, produzimos e combinamos em ações cotidianas; percebemos que somos contadores natos de mexericos e causos e que todos temos histórias para partilhar, seja conosco ou com os outros. Nas oficinas com os alunos, uma brincadeira cantada sobre o camaleão desperta o que as crianças possuem de mais afinado, a curiosidade. Os animais passam a ser tema de pesquisas, brincadeiras, músicas e histórias. Tudo isso conjugado resulta em um poema coletivo, um roteiro e um repertório de uma apresentação artística. Uma música sobre de onde viemos e para onde vamos se transforma em brincadeira de contar desejos. E o sonho de ser malabarista de um dos meninos contagia toda a turma e passa a ser um estímulo coletivo: uma música vira tema de um número de mágica, um adivinha vira número de um palhaço e a pintura facial do palhaço vira uma receita... Fomos surpreendidas pelas mais variadas habilidades! Um circo imaginário é criado e descrito, desenhado, ritmado e dançado por trovadores, cantores, malabaristas, mágicos, equilibristas... Nas oficinas com educadores, histórias da carochinha, cantigas de roda, contos de fadas e de terror, parlendas, trava-línguas e ditados populares são reinventados. A boneca de pano Emília, da história de Monteiro Lobato, se materializa e passa a ser aluna do 5º ano da escola. O carnaval é comemorado com marchinhas sobre contos de fada. Uma educadora se descobre escritora de cordéis e tem pretensões de publicar sua obra. Uma palavra combinada à outra se transforma em frases que se fundem em textos e histórias. Um som combinado a outro, e ao silêncio, mostra-se em ritmos, que cadenciados, em música. O desejo de disseminar arte na escola combinado a uma ação conjunta (de oficineiros, educadores, funcionários e direção escolar) resulta em livro, projetos pedagógicos, apresentações artísticas... e na possibilidade de fazer do ensinar e aprender uma divertida brincadeira de roda. Ana Lopez e Viviane Rodrigues Arte-educadoras do Projeto Palavras que Brincam

CARTA AO LEITOR Uberlândia, 26 de maio de 2011 Olá, tudo bem? É muito bom falar com você. Eu me chamo Maria Eduarda, estou participando das oficinas do projeto Palavras que Brincam. Depois que começamos a participar das oficinas estamos aprendendo com mais prazer através da música e da literatura. Agora montamos o Cantinho de Leitura na nossa sala e nós temos a Emília, que trouxe os livros do Monteiro Lobato. Ah! Vou te contar: a Martha Pannunzio, ela é escritora de Uberlândia, estamos lendo o livro Era uma vez um Rio que é dela e é muito interessante. No projeto estamos aprendendo e começamos a escrever um livro para você. Espero que você leitor goste do nosso livro. Beijos, Duda.

Maria Eduarda Morais de Almeida

O CIRCO PATOKTOVISK Escola Estadual Padre Mรกrio Forestan

Tenho ótimas imaginações para o nosso livro! João César Marquesine de Morais

O MENINO EQUILIBRISTA Um belo dia Aquinato acordou com uma coceirinha esquisita, guardou seus brinquedos mágicos na mochila amarela e saiu para fazer seu show. Saiu equilibrando pelo meio fio da Rua Esperança de olhos fechados. Todas as pessoas que passavam por ele achavam que era um birutinha da silva, apenas o senhor Belmiro sempre dizia: – Bom dia, equilibrista!

Aquele era um dia diferente e Aquinato estava com um sorriso mais brilhante que os outros dias, pois era 7 de setembro, dia que ele escolheu para fazer aniversário e dia que em Felicidade havia sempre desfile com animais, palhaços, dançarinos, equilibristas, malabaristas e mágicos. Mas ninguém no mundo sabia que aquela data era muito especial para o menino equilibrista. Aquinato nunca tinha ganhado bolo, parabéns ou presente, era desde pequenininho sozinho no mundo. Seus amigos eram seus brinquedos, que ele sempre encontrava num terreno baldio do lado da casa de dona Jandira, uma professora aposentada que gostava de contar histórias sobre princesas, magos, castelos e animais. Ele ficava admirado com tudo que ela contava.

Quando ele estava com olhos fechados, ele ficava tão concentrado que se esquecia de tudo, parecia andar no mundo da lua. Mas, de repente, ele ouviu um latido de um cachorro e desconcentrou, ficou todo desequilibrado, deixou todos os seus brinquedos caírem no chão. – Au, Au! Ele abriu os olhos, mas não viu nada, o latido vinha de uma caixa de papelão toda fechada, sem saída. Quando Aquinato abriu a caixa, viu um cachorrinho todo magrinho, com sede e com fome. Era um cachorrinho comprido como uma salsicha e os pelos dele encostavam no chão, era da cor do mel. Aquinato percebeu que o cachorrinho era só como ele, então ele resolveu levar o cachorrinho com ele e deu o nome de Estrelato.

Aquinato tinha poucas moedas, dava para comprar apenas um pão que era para o seu café da manhã. Ele pensou em falar com seu Belmiro para pedir comida para seu cachorro, mas estava atrasado para o show. Então, ele passou numa padaria e comprou um pão e dividiu com seu novo amigo. Depois foi na casa mais próxima da padaria e pediu um pouquinho de leite. 26

Aquinato bateu palmas e o portão se abriu. Ele ficou surpreso, com cara de bobo, pois pela primeira vez viu seu amor, era uma menina tão bonita, parecia um girassol. A menina tinha os cabelos compridos e dourados, parecia as pétalas do girassol. Ela disse: – Bom dia! Mas ele ficou mudo e não conseguiu falar nada, a única coisa que ele conseguiu fazer foi dar um sorriso. Então ela perguntou: – O que você quer? Por que você não fala nada? E ele respondeu gaguejando: – Você pode me dar um copo de leite? É para o meu cachorro! – Espera um pouquinho, vou ali buscar. Você não quer entrar enquanto eu arrumo a vasilha com o leite quente? – Meu cachorro também pode entrar? – Claro, ele pode entrar. Podemos nos divertir com ele depois. Ela entrou na casa para arrumar o leite. Enquanto isso, o Aquinato ficou pensando como seria o nome dela. – Seria Sara, Tainara, Bruna, Milena, Ana Júlia ou Ana Lara... Aquinato estava falando em voz alta os nomes quando a menina chegou. Ela achou engraçado, soltou uma risada e disse: – Nada disso, meu nome é Beatriz. E o seu? – Meu nome? – Isso! Seu nome, menino! – É Aquinato. Ela soltou outro sorriso e disse: – Seu nome é diferente, mas é bonito. Foi sua mãe que colocou?

– Não, eu mesmo escolhi. A menina percebeu que ele era sozinho no mundo. Só tinha o seu cachorrinho. A menina deu o leite para o cachorro e depois pediu para o Aquinato para dar um banho nele. Enquanto eles davam banho no cachorro, ele pensava em como seria bom se ele tivesse alguém cuidando dele como a menina estava cuidando do cachorro. Os dois conversaram sobre muitas coisas, principalmente sobre circo. Ele percebeu que a menina sabia sobre circo. Então ela contou que era a contorcionista do Circo Patoktovisk. Então ele contou para ela que tinha o sonho de ser equilibrista. Quando eles terminaram de dar banho no Estrelato, Beatriz perguntou se ele não queria comer um pedaço de bolo de chocolate. Mas Aquinato disse que não podia esperar porque estava atrasado para seu show. Ela perguntou onde ele morava, pois queria encontrar com ele de novo, mas ele disse: – Eu volto para te ver, mas se você quiser ver o meu show, estarei o dia todo na esquina da Rua 15 de março. Ah! Esqueci de te contar, hoje é meu aniversário. E muito obrigada por ter me ajudado.

Aquinato saiu correndo com seu amigo, que agora estava limpinho. Ele ia fazer o seu show naquela rua porque ela cruzava com a Avenida Brigadeiro, onde passaria o desfile do circo e onde ele só pensava em coisas boas. Depois que Aquinato foi embora, Beatriz ficou pensando nele, em como ele era um menino alegre e humilde e que ela poderia ter lhe dado os parabéns. Então resolveu comprar um presente para ele, mas pensou que o melhor presente seria sua amizade e um convite para ele fazer parte do circo de seu pai, o Circo Patoktovisk. Contou para seu pai, o grande equilibrista Turino Patoktovisk, que tinha conhecido um menino que queria ser equilibrista e chamou ele para ver o show, porque se ele fosse bom mesmo poderia ser o equilibrista do circo, já que o equilibrista tinha se aposentado. Os dois foram na Rua 15 de março e lá viram o menino Aquinato se equilibrando com seus brinquedos numa corda bamba, que ele tinha amarrado bem alto nos postes. Viram que ele era um verdadeiro equilibrista, muita gente que passava parava para ver seu show.

O Estrelato que estava sentadinho esperando seu amigo descer da corda reconheceu Beatriz e correu na sua direção. Quando Aquinato viu Beatriz ele sentiu um frio na barriga e quase caiu no chão. Senhor Turino vendo o talento de Aquinato o convidou para fazer um teste no seu circo Patoktosvisk.

Aquinato treinou bastante, semanas antes de sua estreia com seu amigo Estrelato, que era seu assistente, pois o show não teria a mesma magia sem seu inseparável companheiro. Antes do dia tão esperado, Aquinato pediu Beatriz para ver se seu espetáculo estava mesmo bom. Ela achou muito bom e viu que Aquinato era mesmo talentoso. Ele fez o teste e foi aceito pelo circo, quem foi o seu mestre foi Seu Turino, o grande equilibrista. Ele passou a morar no circo e fez muitos amigos.

No grande dia, Seu Belmiro e Dona Jandira foram no seu camarim. Ao entrarem viram palhaços, mágicos, malabaristas, contorcionistas, mas o equilibrista da noite estava lá no cantinho terminando de preparar Estrelato com o último toque que era sua gravatinha borboleta. Os amigos que ele fez no circo desejaram boa sorte ao menino, pois estavam muito confiantes, mesmo sendo a primeira vez que iriam presenciar Aquinato se apresentando. Aquinato seria a última atração da noite, ao passar pelo corredor que dava para o picadeiro, o equilibrista encontrou com seu artista predileto que era o Sr. Turino, dono do Circo Patoktovisk. – Boa sorte, faça um bom show, o segredo é fazer seu público sempre sorrir. Disse o mestre do equilíbrio. Soaram as trombetas para anunciar o último talento da noite. Estrelato entrou dando cambalhotas e saltou em direção a Aquinato que apareceu segurando um arco enrolado em um pano preso ao ferro que sustentava a tenda do circo. O público ficou impressionado porque o talento do pequeno era surpreendente.

O QUE É CIRCO? O circo é alegria e tristeza Se conseguir parabéns, muito bem Se não, parabéns também Para mim o circo é uma tentativa de alegria, Se você errar é só tentar de novo Mesmo errando, você se diverte Um dia todo mundo vai brincar No circo a diversão é brincar Vem pra cá!

Victor Hugo Ribeiro Silva

CONVITES

Senhoras e Senhores, Comunicamos que o Circo Patoktovisk estará na sua cidade no dia 08/01/1999. Ele estará aberto das 16h às 20h na Rua dos Pêssegos, número 169, perto da cidade da Alegria. Terá muita palhaçada, picadeiro, palhaços muito engraçados. Então não percam, só terá alegria e diversão! Larissa Santos Conceição

Hoje no Circo Patoktovisk haverá equilibristas, palhaços, corda bamba, malabaristas, perna de pau, e muito mais. Não perca, esse é o único circo feito com material reciclável! Gabriel Reis Carvalho de Souza

CIRCO DA IMAGINAÇÃO Bem vindo ao Circo da Imaginação Vamos fazer brincadeiras de montão Quero saber quem sabe cantar Porque com rima a gente vai solfejar Com a tinta colorida a gente vai pintar A cara do nosso palhaço para ele se apresentar A corda bamba a gente vai colocar Para o senhor Aquinato andar A sapatilha, a bailarina Vai colocar e dançando Vai fazer o povo levantar O homem do tecido vai descer até lá embaixo Todo enrolado E você o que vai fazer? Espere seu convite chegar Que você vai ver

Jheovana Aparecida Gomes

UM DIA DE PALHAÇO Primeiro lave o rosto para levar a tristeza embora E agora seu rosto vai transformar Pancake¹ branco vamos usar Mas coloque um sorriso, isso vai ajudar!

INGREDIENTES - 1 chapéu colorido e mágico - 1 cabelo anelado - Pancake para as bochechas - Tinta vermelha para o nariz - Tinta colorida para a boca (tem que ser tinta própria com muito brilho) - Um macacão cheio de estrela para alegrar - Uma pitada de confusão - Uma pitada de criatividade - Um pacote de alegria - Sapato de bico colorido bem grandão - Além de tudo isso, brilho no rosto de montão.

Pancake¹: maquiagem utilizada para fazer a cobertura da pele. Pode-se dizer que é a sustentação da maquiagem e camufla algumas imperfeições do rosto. Os artistas utilizam para a composição de personagens. Ana Lara Silva Santana e Thais Aline Fernandes Costa

QUEM É QUEM NO CIRCO PATOKTOVISK Não quero fazer uma biografia chata. Quero fazer uma divertida para o leitor querer ler. João César Marquesine de Morais

O ILUSIONISTA Gri Gri é um ilusionista desastrado, que ficou marcado na história do Circo Patoktovisk... PERSONAGEM: Ei! Escritor, a minha biografia é muito mais legal do que você conta. ESCRITOR: Mas, por que você me interrompe? PERSONAGEM: Porque eu sou uma criança... Ou melhor, um personagem da sua cabeça. Deixe que eu conto! PERSONAGEM: Eu Gri Gri, nasci no país Trê-Trê e o ano que eu nasci foi em 1.500. A minha mãe se chamava Senhora Gripe. ESCRITOR: Mas por que ela te deu esse nome? PERSONAGEM: Não foi ela que me deu esse nome. Ela tem preguiça de estudar e pensar. ESCRITOR: Ri-ri-ri-ri-ri...... (com sua bochecha vermelha). PERSONAGEM: Meu nome pode ser engraçado, mas fui eu que escolhi. Escolhi o da minha mãe também junto com as minhas professoras Viviane e Ana Paula. A Ana Paula tem uma personagem, a Esquecida da Silva, ela é minha melhor amiga. ESCRITOR: Como assim? Por que você falou em personagem? PERSONAGEM: Eu não estou falando só de personagem. ESCRITOR: O quê? PERSONAGEM: Estou contando que ela é minha amiga de todas as horas.

ESCRITOR: Como ela é? PERSONAGEM: Ela é esquecida... Da silva. ESCRITOR: Como você conheceu ela? PERSONAGEM: Conheci com os alunos da escola Padre Mário, brincando de Eu vou Pegar o Trem. Ela entrou no trem, mas não pagou a passagem, eu que paguei a passagem dela. Depois ela cantou uma canção de palhaços e foi inventando canções sobre os alunos. Ela me chamou para entrar de penetra na brincadeira e ninguém viu, só viram quando ela brincou e me chamou de João Babão. De repente... Plaft! O escritor caiu da cadeira de tanto rir. Gri Gri ficou rindo demais, lembrando da Esquecida da Silva. João César Marquesine de Morais

JACA E JECA Em uma bela noite Jaca e Jeca nasceram, os dois são gêmeos e a mãe deu esses nomes porque ela achava feliz. Nasceram no Rio de Janeiro, estudaram na escola Aprender. Tinham um pouco de dificuldade em matemática, mas depois ficaram melhores na matéria, porque a mãe deles era craque em matemática. Os dois foram crescendo, quando Jaca fez 10 anos, decidiu que quando crescesse iria trabalhar em um circo, então foi falar para seu irmão Jeca, que gostou da ideia. Os dois foram pensando no que poderiam trabalhar no circo. Como eles gostavam muito de palhaços, decidiram que cada um deles seria um. Conversaram com seus pais sobre o assunto, o pai Leonardo gostou da ideia e saiu pela a cidade à procura de um circo com malabaristas, mágicos, palhaços, animais treinados como gatos, cachorros, cavalos, vacas e touros. Então chegou o dia da apresentação e Jaca e Jeca estavam muito felizes. Depois desse dia começaram a se apresentar por vários países fazendo muito sucesso. Ana Júlia Almeida Silva 37

PALHAÇA PALHARINA Eu sou Lilica, sou uma Palharina, ou seja, meio palhaça e meio dançarina. Eu tenho 111 anos de idade. Um pouco, não completamente doidinha. Sou a caçula. Eu nasci na cidade de Tumbazuma no Horizonte. Meu pai se chama Elico Palhaço Atrapalhado, minha mãe Lizandra Dançarina Palhaça e meu irmão Licot Doidinho Palhaço. O meu nome completo é: Lilica Palharina Sortida. Sou assim... Tome cuidado, viu! Ou eu te chamarei para palhançandar! Sara de Jesus Albuquerque Silva

CHAMBILA E CHAMBITI Olá criançada, eu sou o palhaço Chambila e meu irmão é o Chambiti. Nascemos na cidade de Chambilândia e temos trizezezentos anos de idade. Nós somos muito novos, não é?! Nossa mãe nasceu na cidade de Chinleza, então nós somos um tanto misturados. Somos chinlezes com chambilandenses. O que é que nós somos, criançada? CRIANÇAS: Não sei. CHAMBILA: Também não sei, estou tonto. Mas, se quiserem me conhecer, criançada, é só irem ao circo Chamion. Todos os domingões às vigésimas horas. Maykon Douglas Martins Pereira

O MENINO E O ELEFANTE

Jackson JosĂŠ da Silva JĂşnior Jhon Lenon de Oliveira Costa Lucas Henrique Ribeiro Santos Matheus Belmiro Santana

A BICHARADA Escola Estadual Presidente Juscelino Kubitschek

A CONFUSÃO NA FLORESTA Leão, o rei da floresta Resolveu fazer uma festa Convidou todos os animais Mas só os que ele achava demais

Os curiosos que não foram convidados Ficaram muito chateados e intrigados Mas mesmo desanimados Procuraram uma solução Correram para a floresta E falaram com o Rei Leão Mas sofreram rejeição E só sobrou uma opção Falar com o lobo guará para lhes ajudar 48

O lobo, seu inimigo mortal Teve uma ideia genial Destruir a festa do seu rival Para ele nunca mais dizer que Seu time era perna de pau

Natálio, o lobo, fez uma promessa Nunca entrar numa briga dessa Mas um dia, a fúria dele, o leão despertou Dizendo que o Lobo Guará FC era perdedor

Natálio convidou os rejeitados para uma reunião E combinou como seria a destruição Mas ele não percebeu que um dos rejeitados era um espião

A raposa, rápida e esperta Era a espiã mais certa Para salvar a festa Do rei da floresta

Durante a reunião, ela descobriu que a destruição Não tinha solução Falou então para o Rei Leão Falar que o time do lobo era campeão O Leão chamou seu amigo camaleão Para dar uma opinião Com ele, não houve discussão Foi logo dizendo que era melhor continuar com a confusão Mas o camaleão camuflou a verdade Sabia que a briga acabaria em um desastre

Fitonela, a coruja mais sábia da floresta Sem tomar nenhum partido, chegou numa conclusão Precisava ajudar seus amigos a reverter essa situação Por isso, decidiu marcar uma nova reunião

O papagaio Tagarela adorava fofocar Espalhou a notícia por todo lugar: – Na nascente do Rio da Prosa vamos todos prosear Meio dia pras quatro, ninguém pode faltar!

A reunião foi excelente Contou com a presença Até do presidente Pernilongo Zé Picada Pica Gente 53

Na reunião todos concordaram E numa solução juntos chegaram A festa e o jogo ignoraram Para dar uma lição No Lobo e no Rei Leão O Lobo e o Rei Leão Perceberam então Que os seus amigos Não gostaram da confusão Fizeram as pazes

O Tagarela a notícia espalhou: – Nosso plano realmente funcionou! E a paz novamente reinou O Rei para uma festa A todos convocou E um comunicado Com seu amigo lobo De repente pronunciou: – Prometemos nunca mais brigar Para em nosso reino a alegria reinar!

FIM! 55

Tunico Cavalo foi acompanhado Pelo amigo Cachorro do Mato E foi seguido pelo Veado Que nem lembrava do combinado Leoa, Joaninha Cigarra, Gavi達o Aranha, Galinha Ouri巽o e Pav達o Participaram da reuni達o 54

CONHEÇA OS ANIMAIS CACHORRO Habitat: em casa, nas ruas e no canil Pode viver até 10 anos Alimentação: ração e comida Nome: Maia Nome científico: Canis lupus Agora a minha cachorra é assim... A cor dela é castanho. Ela é cega de um olho, porque o gato passou a unha no olho dela. Ela é sapeca e rasga todos os cobertores que eu coloco para ela ficar quentinha quando dorme. É meio tan tan, porque fica batendo a cabeça na mesa da cozinha. Ela gosta de um carinho. Nathalia Souza Carneiro

O cachorro é muito bom, nós podemos brincar com ele. O meu cachorro se chama Tonico, a raça dele é Pitbull. Ele é peludinho e gosta de passear, e se não passear ele fica bravo. Juliana Gonçalves Beijo

GATO Cor: branco, preto, marrom, laranjado O que ele come: rato, leite e macarrão O que ele faz: a minha pula em cima dos muros Juliana Gonçalves Beijo

LOBO Características: assustador, caçador e observador O lobo é um grande caçador, possui dentes e garras muito afiadas e alimentase de carne. Além de ter sido usado como inspiração para um personagem de filme, o lobisomem. Ele ainda possui um excelente olfato. Brendo Rodrigues Guimarães

VACA A vaca é um animal legal e bonito. Ela é preta com branco e o nome dela é Pretinha. Todos os dias eu tenho que andar com a Pretinha porque se eu não fizer isso ela fica brava comigo, aí ela sai correndo atrás de mim. E ainda minha mãe fica brava comigo, então eu tenho que levar Pretinha para o pasto. Jefferson Leandro Pereira

CANGURU O canguru pula muito alto, e ele corre muito rápido. Eu acho que ele é muito alto. Filipe da Silva Ribeiro

VERSINHO DA MACACA SOFIA Macaca Sofia de baixo da pia lavando vasia. Evelyn Rodrigues Riúto

COELHO O meu animal preferido é o coelho O coelho tem orelhas grandes, ele pula e é peludo O coelho é preto e se chama Moranguinho Ele gosta de passear e é custoso Coelhinho branquinho gosta de pular Tem muita energia para gente brincar! Patrícia Rodrigues Ferreira

PASSARINHO Cor: amarelo, azul, verde, claro e preto O que ele come: comida O que ele faz: voa, corre, anda e pica Juliana Gonรงalves Beijo

BORBOLETA A borboleta colorida passa nas flores e vira aquela coisa mais bonita. Ela pousa e come o melzinho das flores. Maria Eduarda Morais de Almeida

LEÃO O leão mora na mata. Ele é um bicho muito bravo que come pessoas e é muito pintado. Ele é muito lindo! Gosto de leão, eu queria ser um deles e ter a pressa que eles têm. Vilson de Melo Araújo

CAMELO O camelo vive no deserto e ele fica babando o tempo todo. Ele é amarelo e tem uma coisa nas costas que serve para gente segurar quando andamos nele. Bruno Elias Pereira Moraes

VERSIM ANIMAL O camelo anda na areia bem devagarzinho O tatu rola que nem bola O sapo pula do saco Carla Cristina Duarte da Silva

TIGRE O animal que mais gosto é o tigre Ele é um animal muito perigoso Ele é caçador, assustador e carnívoro O tigre é um animal amarelo, bonito e tem listras Carlos Daniel Marques Ribeiro e João Eduardo Francelino Nunes

CAMALEÃO O camaleão é um animal que quando encosta em alguma coisa fica com aquela cor. Pedro Leonardo Caetano de Sousa

O RATINHO QUE MORAVA NO LIVRO Certo dia eu estava com uma vontade imensa de ler, então fui até a biblioteca. Quando cheguei perguntei para a bibliotecária: – Tem algum livro novo? – Sim. Hoje de manhã chegaram novos livros, vá dar uma olhada. – Disse ela. Então eu olhei, olhei e olhei, até que achei um livro de um rato. – Vou levar esse. Ele despertou muito meu interesse. – Disse eu. Quando cheguei em casa, abri o livro. Tive uma grande surpresa, ou melhor, uma grande decepção. O livro tinha apenas imagens de um ratinho. Mas de repente o ratinho começou a se mexer e virar as páginas. Por mais que ele virasse as páginas, tudo continuava em branco. Até que ele começou a roer o livro. Então ele roeu em forma de um quadrado. Quando ele terminou deu para ver um lugar que estava na zona rural. Então ele reutilizou a folha que ele roeu para fazer um aviãozinho. A ideia foi um sucesso, com o aviãozinho ele conseguiu sair do livro e ir morar numa fazenda.

Brendo Rodrigues Guimarães

A BORBOLETA Era uma vez uma borboleta muito contente. Ela estava voando num jardim toda feliz, quando chegou um cachorro correndo atrás dela e ela saiu voando com maior rapidez, de repente ela bateu com tudo em uma árvore enorme e quebrou sua linda e bela asa. Ficou horas e horas no chão sem poder voar, quando chegou um menino e viu ela toda machucada no chão sem poder se mexer. Então ele a pegou e levou para sua casa e cuidou muito bem dela. A borboleta ficou muito feliz pela ajuda e no mesmo dia o menino a levou de volta para sua família, lá ele viu um tanto de borboletas reunidas, foi assim que ele viu que aquela era a sua família. Depois disso a borboleta viveu feliz para sempre.

Karen Souza Carlos

CRUZADINHA ESPERTA

_______ ____ __ ____ ___

_____ __ __ _____ ____ ___

1) Produz mel 2) Faz ninho 3) Pica e mora no chão 4) Muda de cor 5) Não tem pé e nem mão 6) Fica na água e começa com a letra C 7) É pulante

Bruno Elias Pereira Moraes Karen Souza Carlos

CAÇA PALAVRAS A

1) Ele é o rei da floresta 2) É um animal muito rápido 3) É uma árvore muito bonita do cerrado 4) É uma brincadeira de roda 5) Ela é muito bonita 6) Ela é muito legal 7) Ela é inteligente

Filipe da Silva Ribeiro

FALA MENINO! Quando comecei a participar do Projeto Palavras que Brincam minha vida transformou, aprendi a brincar. Agora aprendi a ouvir, até contar histórias interessantes para a vida transformar. Hoje aqui tudo é alegria e inovação. Aprendemos com prazer e com muita dedicação. Alegria é o que não falta com a Ana, Vivi e André, que dedicam as suas vidas para uma nova educação construir. Aprendemos como tudo é belo: a bolsa amarela guarda os nossos sonhos, o ipê amarelo enfeita a nossa vida e a casa amarela parece até um castelo. Aprendi a fazer cartas e a conhecer novos amigos da escola Padre Mário. Aqui tudo é hilário! Carlos Daniel Marques Ribeiro e João Eduardo Francelino Nunes

CONTANDO SEGREDOS

Uberlândia, 26 de maio de 2011 Olá! Querido amigo (a), Gosto muito de ler e brincar, eu ainda não te conheço, espero que um dia eu possa te conhecer, adoro o Projeto Palavras que Brincam, porque posso ler, escrever e brincar muito. Até logo! Brendo Rodrigues Guimarães

Uberlândia, 26 de maio de 2011 Olá, tudo bem? Eu chamo Mateus Alves de Andrade. Tenho 9 anos e estou no 5º A. Estudo na Escola Estadual Presidente Juscelino Kubitschek. Participamos do Projeto Palavras que Brincam. Nós fazemos telegramas, cartas e brincadeiras. Cantamos a música A Casa Amarela. E vocês, o que fazem no projeto? Mateus Alves de Andrade

Uberlândia, 16 de junho de 2011 Olá Mateus, como vai? A gente fez muita coisa legal, pegamos um trava-língua e misturamos com o Parangolé e ficou muito legal a música. Eu estudo na Escola Padre Mário Forestan, lá é muito legal, com isso temos o Projeto Palavras que Brincam. E vocês vão aprender tudo que nós aprendemos? Porque nós queremos aprender tudo o que vocês aprendem também. Tenho 11 anos e estou no 6º ano “C”, é bem legal. Tchau amigo secreto. Beijo! Ana Lara Silva Santana Referente à música Parangolé do Grupo EMCANTAR. 70

Uberlândia, 02 de junho de 2011 Olá querido amigo secreto, Eu me chamo Filipe. Eu estudo na escola JK. Eu gosto de brincar da brincadeira da viuvinha e da brincadeira do dado e a dos três cachorros. Eu gosto muito do Palavras que Brincam. Eu tenho uma ótima professora e nós temos uma ótima amiga, a boneca Emília. Nós temos até um cantinho de leitura. Eu não sei quem é você, mas você deve ser legal. Tchau. Filipe da Silva Ribeiro

Uberlândia, 16 de junho de 2011 Oi Filipe! Eu estudo na Escola Padre Mário Forestan. E também gosto muito da brincadeira da viuvinha e hoje brincamos de Parangolé e eu estou muito feliz de estar escrevendo esta carta para você e pretendo te conhecer. Eu me chamo Any Beatriz e tenho 10 anos. Beijos! Tchau! Any Beatriz de Faria Vaz

Uberlândia, 06 de maio de 2011 Tenho 11 anos. Querida amiga eu não te conheço, mas estou contente de te conhecer por cartas. Seremos amigos. Estudo na JK que é uma escola muito boa. Tem um pátio legal, uma professora muito esperta e as salas são limpas e estou muito contente de participar do projeto Palavras que Brincam. Eu desejo bis e muita felicidade para você. Carlos Daniel Marques Ribeiro

CARTAS PARA RAQUEL Uberlândia, 17 de março de 2011 Bom dia amigos, Gostei um bocado do nosso encontro naquela semana antes do Carnaval, acho que dá pé a gente bater um papo, vocês não acham?! Fiquei pensando que talvez vocês me entendam mais que os meus irmãos, afinal temos quase a mesma idade e há um tempo que eles já são grandes. Sabe de uma coisa, cheguei na minha casa numa curiosidade para ler os sonhos que vocês guardaram na minha bolsa amarela, mas as atrevidas da Ana Paula e Viviane tiraram os sonhos de vocês de lá. Aí eu fui dormir na maior fossa de ser criança... No outro dia acordei com um maior nó no pensamento e eu queria saber se dá pé vocês me ajudarem a desenrolar... É o seguinte, estou querendo escrever sobre sonho, eu tenho três, mas ainda não sei dizer direitinho o que é sonho. Alguém de vocês sabe me dizer o que é? Dou um doce para quem adivinhar.

POR FAVOR, me mandem a resposta. Mas, nada de telegrama igual ao do André. Beijos, Raquel

Carta escrita aos alunos pela arte-educadora Ana Lopez, após uma intervenção cênica criada a partir da obra A Bolsa Amarela de Lygia Bojunga. Na ocasião, ela representou a menina Raquel, personagem da obra que sonha ser escritora, a fim de incentivar a escrita de cartas dos participantes do projeto.

Uberlândia, 17 de março de 2011 Oi Raquel, Tudo bem? Eu me chamo Jheovana. Eu também estou bem. Você quer saber sobre o sonho, mas eu tenho um segredo para te falar. Você não conta pra ninguém, ele é um poema assim: O sonho O meu sonho realizei O meu sonho encantei Jheovana Aparecida Gomes

Uberlândia, 17 de março de 2011 Querida Raquel, Venha logo nos visitar, gosto muito de você e já estou com saudade. Meu sonho está ficando cada vez maior, quando vier traga um saco gigante. Dá pé? Ana Júlia Almeida Silva

Uberlândia, 17 de março de 2011 Oi Raquel, Como você está? Eu sou Victor Hugo. Quero ser seu amigo. Quando você vai vir visitar a gente? Estou com saudade. Victor Hugo Ribeiro Silva

ESPIA SÓ

Após a minha participação no Projeto Palavras que Brincam – Música e Literatura na Escola, que acontece tanto nas oficinas com os educadores quanto no acompanhamento das oficinas com os alunos, aprimorei meus conhecimentos e o despertar da criança que tenho, pois através da música e da literatura passei a ensinar com mais prazer. Estou desenvolvendo um projeto de leitura no qual confeccionei uma boneca Emília. A confecção da boneca Emília despertou o interesse pela leitura. O principal objetivo do meu projeto é levar aos alunos não só da minha turma, mas outras turmas que visitamos, esse conhecimento com prazer. Outro trabalho que passei a desenvolver com frequência foi o da leitura coletiva. Por meio das leituras coletivas, os alunos reproduzem as mesmas em desenhos e histórias em quadrinhos, assim as crianças podem desenvolver outras habilidades que possuem. Hoje, posso afirmar que o interesse pela leitura e a criação dos meus alunos estão superando as minhas expectativas. Até no recreio, a literatura aparece como uma grande brincadeira. Eles participam e me auxiliam no recreio monitorado, eles contam e ouvem histórias e os transtornos ligados à indisciplina que aconteciam são evitados. A literatura no recreio enriquece o conhecimento e melhora a disciplina. As brincadeiras lúdicas oferecidas nas oficinas com educadores e com os alunos colaboram para a socialização e o comportamento, o autoconhecimento e a descoberta de talentos, melhorando assim a participação e autoestima de todos da escola, alunos e professores. Sandra Maria do Nascimento, professora do 5º ano da E. E. Presidente Juscelino Kubitschek. Ela participa das oficinas com educadores e acompanha as oficinas com alunos do projeto.

Realizei uma atividade com os alunos sobre os sons da escola. Eles adoraram! Viram paisagens e escutaram sons que nunca tinham observado como o vento batendo nas folhas das árvores, o canto dos passarinhos, o barulho dos passos deles nos corredores da escola. Orli de Melo, professora da E.E. Padre Mário Forestan

Desde o início da minha formação como professora, percebi o quanto tenho alegria e prazer em ensinar e sempre procurei planejar atividades que despertassem nos meus alunos a vontade de aprender. Afinal, a escola não precisa e nem deve ser um lugar onde somos obrigados a aprender algum conteúdo porque esse será bom para a nossa vida. A escola vai muito além do simples fato de assimilarmos os conteúdos que nos são delegados, ainda mais eu, que enquanto professora, não detenho todo o conhecimento: enquanto ensino, também aprendo. Hoje percebo meus alunos com mais autonomia. Eles fazem questão de ser mais participativos: fazem perguntas, se expressam sem medo, tomam iniciativas... Vejo o crescimento de cada um como uma semente que foi germinada, agora é só cuidar com zelo e muito carinho que a plantinha se transformará em árvores frondosas, tenho certeza. Maximina Ângela Ribeiro Ávila, professora da E. E. Presidente Juscelino Kubistchek

AUTORES Os participantes das oficinas do Projeto Palavras que Brincam - Música e Literatura na Escola são crianças que cursam 5º e 6º ano do ensino fundamental nas escolas estaduais Presidente Juscelino Kubitschek e Padre Mário Forestan.

ESCOLA ESTADUAL PRESIDENTE JUSCELINO KUBITSCHEK Arthur Martins Bianca Lopes da Silva Brendo Rodrigues Guimarães Bruna Ferreira Lima Bruno Elias Pereira Moraes Carla Cristina Duarte da Silva Carlos Daniel Marques Ribeiro Dallila Leandra Oliveira Custódio Eduarda Felix Alves Evelyn Rodrigues Riúto Filipe da Silva Ribeiro Jefferson Leandro Pereira

João Eduardo Francelino Nunes Juliana Gonçalves Beijo Karen Souza Carlos Luan Souza de Araújo Maria Eduarda Morais de Almeida Mateus Alves de Andrade Nathalia Souza Carneiro Patrícia Rodrigues Ferreira Paulo Ricardo Pereira Silva Pedro Leonardo Caetano de Sousa Vilson de Melo Araújo Vitor Manoel dos Santos

ESCOLA ESTADUAL PADRE MÁRIO FORESTAN Ana Júlia Almeida Silva Ana Lara Silva Santana Any Beatriz de Faria Vaz Bruna Nunes de Lima Daivyson Carlos da Silva Francisco Angelo Medeiros Marques Gabriel Gomes da Silva Gabriel Reis Carvalho de Souza Gustavo Souza Luzzi Pereira Jackson José da Silva Júnior Jheovana Aparecida Gomes Jhon Lenon de Oliveira Costa João César Marquesine de Morais José Vitorino Ferreira da Silva

Kalysson Henrique Silva Larissa Santos Conceição Lucas Henrique Ribeiro Santos Mateus Hakhenathon J. Mota Souza Matheus Belmiro Santana Matheus Teixeira Santos Maykon Douglas Martins Pereira Mylena Siqueira Gonçalves Rafael Gonçalves de Borba Netto Sara de Jesus Albuquerque Silva Tainara dos Santos de Souza Thais Aline Fernandes Costa Victor Hugo Ribeiro Silva Vitor Marques Parreira de Lima

EDUCADORES Escola Estadual Padre Mário Forestan Direção: Ivene Vieira da Silva Pinto Flávia Machado Isolondina Duval Oliveira Filha Harley Martins Noseli Kátia Alves T. Borges Kênia da Cunha Andrade Lindomeire Ferreira Araújo Márcia Portes Pereira Gonçalves Maria Consuelo S. Damasceno Maria Beatriz Alves Barbosa Maria Zulmira Pinto de Almeida Nádia Carvalho Arcenio Fraga Niry Kátia S. B. Coimbra Orli de Melo Raquel Aparecida Naves Rosângela Barbosa dos Santos Valter Flávio de Souza

Escola Estadual Presidente Juscelino Kubitschek Direção: Suleima Pereira Silva Adelice José Martins Ana Paula de Queiroz Nascimento Cleonice de Souza Resende Geralda Magda David Campos Izabel Cristina Alves de Souza Joana Darc Rezende da Silva Joana Darc Sousa Franco Lindomar de O. Rodrigues Lúcio de A. Cardoso Maria da Conceição da Luz Maria das Graças de Sousa Maria Luiza da Silva Maximina Angela Ribeiro Ávila Roseli Resende Cunha Sandra Maria do Nascimento Suranná Lastier as Silva Vânia D. O. Brito Vanilda Aparecida Souza Veridiana Abadia Borges de Oliveira 84

Palavras que Brincam Música e Literatura na Escola Palavras que Brincam, Ponto de Cultura do EMCANTAR, é um projeto de formação cultural em música e literatura na escola. Com foco na vivência e criação artísticas, o projeto tem como objetivos contribuir para ampliação do repertório cultural de educadores e alunos e com o desenvolvimento das capacidades de expressão e criação dos participantes. É realizado pela Associação EMCANTAR por meio do convênio com a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais e Ministério da Cultura, em parceria com as Escolas Estaduais Padre Mário Forestan e Presidente Juscelino Kubistchek.

Realização Associação EMCANTAR de Arte, Educação, Cultura e Meio Ambiente Direção Executiva: Marco Aurélio Querubim Coordenação Geral: Ana Paula Rabelo Coordenação Pedagógica: Ana Carolina Ferreira Francisco Coordenação de Comunicação: Maíra de Ávila Francisco Gestão Financeira: Carlos Renato Ribeiro Alves Logística: Ivan Carlo Ribeiro Alves Arte-educadoras: Ana Paula da Costa Lopes e Viviane Alves Rodrigues Músico: André Salomão Gomes

Esta obra foi composta em Myriad Pro e impressa em papel reciclato pela Grรกfica Scanner em novembro de 2011.

Para acompanhar mais novidades sobre o Projeto Palavras que Brincam, acesse :