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LEVANTO ÂNCORA

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LÍNGUA PORTUGUESA

LÍNGUA PORTUGUESA

GeorGINA CAçADor

Levanto âncora

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E navego ao fim de universo.

Aceito a sede de viagem

Vou no caminho das constelações, Gravo na pedra os meus versos. Que escrevi com coragem

Da vida e das emoções.

Levanto âncora e faço-me ao mar.

Às correntezas e infinitas vagas. Mergulho nas profundezas escuras

Que sempre me levaram, Às estúpidas amarguras

E rendo-me às palavras.

As que sempre me seduziram. Que sempre me deram caminhos

Para eu percorrer.

Sempre me encheram a alma

Ou me deixaram o vazio, Pois também sempre fugiram, Me deixaram abandonada

Parada a morrer.

Levanto âncora

Vou viajar. No meu espaço de querer, Quero-me leve a navegar, No meu caminho. Do meu viver ao morrer, Desde o espaço às profundezas do mar.

Georgina Caçador nasceu em Coruche, Ribatejo, Portugal. Escreve desde os 12 anos. As publicações iniciou-as depois dos cinquenta anos. Nesses percurso tem poemas publicados em Portugal, Brasil e Moçambique através de Antologias e coletâneas. “Viveiro De Palavras”, poesia, foi o seu primeiro livro. Seguiu-se “Portugal A Dois Tempos”, crônicas . Em 2021 lança um livro de ficção narrando uma historia acerca da maneira de viver das pessoas que vivem na charneca do Ribatejo e vivem dos trabalhos duros e rudes que nela existem. “Até a Cortiça Que Cresce Tão Lenta Se Dá Ao Machado Com Bravura”. Trocou Lisboa pela charneca e não está arrependida.

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