Manual de operacoes suco do batuque

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Manual de Operações Sumário: 1

Apresentação .................................................................. 4

2

A estrutura física ............................................................. 5 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9

3

LOCALIZAÇÃO ........................................................................................................................................ 5 ILUMINAÇÃO .......................................................................................................................................... 5 VENTILAÇÃO .......................................................................................................................................... 5 PISO ........................................................................................................................................................ 6 PAREDES / DIVISÓRIAS ........................................................................................................................... 6 PORTAS .................................................................................................................................................. 6 FORROS / TETO ....................................................................................................................................... 6 LIXO ....................................................................................................................................................... 7 TOMADAS / EXTINTORES ........................................................................................................................ 7

Higiene dos Manipuladores ................................................ 7 3.1 3.2

HIGIENE CORPORAL ............................................................................................................................... 8 HIGIENE DAS MÃOS ................................................................................................................................ 9 3.2.1 Freqüência da higienização das mãos: ...................................................................................... 9 3.2.2 Procedimento para higienização das mãos: ............................................................................. 10 3.2.3 Procedimentos para Higienização das mãos, utilizando álcool gel bactericida ...................... 10 3.2.4 Utilização de luvas ................................................................................................................... 10 3.3 UTILIZAÇÃO DAS MÁSCARAS ................................................................................................................ 11 3.3.1 Máscaras Descartáveis ............................................................................................................. 11 3.3.2 Quando utilizar máscaras descartáveis? .................................................................................. 11 3.4 HÁBITOS PESSOAIS ............................................................................................................................... 11 3.5 CONTROLE DE SAÚDE DOS MANIPULADORES ....................................................................................... 13

4

Higiene das Instalações ................................................... 14 4.1 4.2 4.3

PROCEDIMENTOS BÁSICOS: .................................................................................................................. 15 CUIDADOS GERAIS ............................................................................................................................... 15 HIGIENE DOS UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS ........................................................................................ 16 4.3.1 Higienização manual dos utensílios: ........................................................................................ 16 4.3.2 Higienização automática dos utensílios: .................................................................................. 17 4.4 HIGIENIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS:...................................................................................................... 17 4.5 HIGIENIZAÇÃO DOS PANOS ................................................................................................................... 18 4.6 HIGIENIZAÇÃO DA CAIXA DE GORDURA PARA LOJAS QUE POSSUEM GRELHADOS. ............................... 18 4.7 PERIODICIDADE DE LIMPEZA ................................................................................................................ 19 4.7.1 Ambiente ................................................................................................................................... 19 4.7.2 Equipamentos e Utensílios ....................................................................................................... 21 4.7.3 Produtos para Higienização ..................................................................................................... 22 4.7.4 Considerações Importantes quanto à Higiene Ambiental ........................................................ 25

5

Noções básicas de microbiologia ....................................... 26 5.1

DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR (DOA)........................................................................................... 26 5.1.1 Tipos de Contaminações ........................................................................................................... 26 5.2 CONTAMINAÇÕES MICROBIANAS ......................................................................................................... 29 5.2.1 Bactérias ................................................................................................................................... 29 5.2.2 Vírus ......................................................................................................................................... 32 5.2.3 Parasitas ................................................................................................................................... 33 5.2.4 Fungos ...................................................................................................................................... 34 5.2.5 Mofos ........................................................................................................................................ 34 5.2.6 Leveduras ................................................................................................................................. 35

1


Manual de Operações 6

Processo Produtivo ......................................................... 35 6.1.1 Recebimento: ............................................................................................................................ 35 6.1.2 Armazenamento: ....................................................................................................................... 35 6.1.3 Refrigeração e Congelamento: ................................................................................................. 36 6.1.4 Procedimentos para o Recebimento ......................................................................................... 37 6.1.5 Recebimento de Frutas Congeladas ......................................................................................... 38 6.1.6 Recebimento de HORTIFRUTIGRANJEIROS .......................................................................... 39 6.1.7 Recebimento de LATICÍNIOS ................................................................................................... 39 6.1.8 Recebimento de ESTOCÁVEIS ................................................................................................. 40 6.1.9 Recebimento de PÃES para lanches ( Loja) ............................................................................. 40 6.1.10 Recebimento de DESCARTÁVEIS E PRODUTOS DE LIMPEZA ............................................ 41 6.2 PROCEDIMENTOS PARA O ARMAZENAMENTO ....................................................................................... 41 6.3 ORIENTAÇÕES PARA ARMAZENAMENTO APÓS MANIPULAÇÃO ............................................................. 44 6.4 ETIQUETAS ........................................................................................................................................... 45 6.4.1 Modelo de Etiqueta: ................................................................................................................. 45 6.4.2 Prazo de Validade: ................................................................................................................... 45 6.4.3 Critérios de Uso: ...................................................................................................................... 46 6.5 PROCEDIMENTOS PARA A REFRIGERAÇÃO E O CONGELAMENTO .......................................................... 47 6.6 PROCEDIMENTOS PARA O DESCONGELAMENTO .................................................................................... 48 6.7 PROCEDIMENTOS PARA O PRÉ – PREPARO ............................................................................................. 49 6.8 PROCEDIMENTOS PARA O PREPARO ...................................................................................................... 51 6.9 TRANSPORTE DE MERCADORIAS ........................................................................................................... 51

7

Controle de Qualidade ..................................................... 54 7.1 USO DE TERMÔMETRO.......................................................................................................................... 55 7.2 POTABILIDADE DA ÁGUA / LIMPEZA DO RESERVATÓRIO (CAIXA D’ ÁGUA) POTABILIDADE DA ÁGUA DO GELO ............................................................................................................................................... 55 7.3 CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS .................................................................. 56 7.4 COLETA DE AMOSTRAS ........................................................................................................................ 56 7.5 TREINAMENTOS .................................................................................................................................... 57 7.6 IMPRESSOS UTILIZADOS ....................................................................................................................... 57

8

Anexos ......................................................................... 58 8.1

CHECK LIST DE VERIFICAÇÕES ............................................................................................................. 58 8.1.1 Controle de Temperatura de Equipamentos ............................................................................. 58 8.1.2 Controle e Avaliação de Fornecedores no Recebimento .......................................................... 59 8.1.3 Check – List Técnico ................................................................................................................. 60 8.1.4 Check –List Técnico ................................................................................................................. 62 8.1.5 Relatório de Irregularidades na Entrega ................................................................................. 64 8.2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÕES (POP´S) ............................................................................ 66 8.2.1 Qualidade da água ................................................................................................................... 67 8.2.2 Monitoramento da caixa d’água............................................................................................... 68 8.2.3 Controle Integrado de Vetores e Pragas .................................................................................. 68 8.2.4 Higiene e saúde dos manipuladores ......................................................................................... 72 8.2.5 Manutenção Preventiva de Equipamentos................................................................................ 77 8.2.6 Higienização de Equipamentos ................................................................................................ 80 8.3 80

9

Regulamento técnico padrão para montagem do serviço de

alimentação ........................................................................ 82 9.1 9.2 9.3

OBJETIVOS............................................................................................................................................ 82 ÂMBITO DE APLICAÇÃO ........................................................................................................................ 82 RESPONSABILIDADE TÉCNICA ............................................................................................................... 82

2


Manual de Operações 9.4 9.5

EDIFICAÇÕES, INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS ................................................ 83 ÁREAS COMUNS ( LOJA ) ...................................................................................................................... 85 9.5.1 Copa ( Loja) ............................................................................................................................. 86 9.5.2 Estoque ( Loja ) ........................................................................................................................ 86 9.5.3 Câmara Fria ............................................................................................................................. 86 9.6 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES .............................................................................................................. 87 9.7 PREVISÃO DE EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS ........................................................................................ 87 9.8 INSTALAÇÃO, EQUIPAMENTOS, MOVEIS E UTENSÍLIOS ........................................................................ 90 9.9 ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................................................................................................................... 90 9.10 MANEJO DE RESÍDUOS .......................................................................................................................... 91 9.11 DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO .............................................................................................................. 92

10

Receituário Padrão Dos Sucos ........................................... 93

11

– RECEITUÁRIO PADRÃO DOS AÇAÍ ................................... 94

12

- RECEITUÁRIO PADRÃO DAS VITAMINAS ........................... 94

13

- RECEITUÁRIO PADRÃO DAS SALADAS DE FRUTA ............... 94

14

- RECEITUÁRIO PADRÃO DAS SALADAS NATURAIS .............. 95

15

- RECEITUÁRIO PADRÃO DOS SANDUICHES ........................ 95

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Manual de Operações

1

Apresentação As boas práticas de manipulação de alimentos visam à

preservação da pureza do produto, palatabilidade, qualidade sensorial e qualidade microbiológica do alimento. Desse modo as boas práticas são essenciais para obtenção de um produto que além das qualidades nutricionais e sensoriais, tenha qualidade higiênico-sanitária, que por sua vez minimiza os riscos à saúde do

consumidor,

além

de

perdas

econômicas

por

falta

de

qualidade, contribuindo decisivamente para qualidade final do produto e adequação deste conforme as normas dos órgãos supervisores. Este manual foi desenvolvido para as lojas Suco do Batuque,

visando

orientação

dos

responsáveis,

oferecendo

instruções técnicas para as franquias da rede. Os manipuladores devem receber a cartilha de Boas Práticas de Fabricação padrão da rede que também deve estar disponível para consulta em local de circulação interna, além do treinamento a respeito, assim que contratados. O descumprimento deste pelo franqueado poderá acarretar em perdas ou multas pela franqueadora.

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Manual de Operações 2

A estrutura física

2.1 Localização O acesso deverá ser direto e independente, livre de focos de insalubridade e materiais em desuso. Suas áreas circundantes deverão facilitar as operações de manutenção e limpeza, evitando as contaminações ambientais e impedindo a entrada e/ou proliferação de animais, pássaros, insetos, roedores e demais pragas. 2.2 Iluminação Deve ser projetada para distribuir luz uniformemente pelo ambiente e garantir boa visibilidade. A incidência de luz não deve prejudicar os movimentos e também a visão dos manipuladores. Quando a iluminação é artificial, não altera as características visuais dos alimentos. As

lâmpadas

e

luminárias

deverão

possuir

sistema

de

segurança contra explosão e quedas acidentais; mantendo-se limpas e em bom estado de conservação. 2.3 Ventilação Deverá ser adequada para proporcionar o conforto térmico, mantendo

o

ambiente

livre

de

fungos,

gases,

gordura

e

condensação de vapores. A circulação do ar na área de preparo deve se feita com o ar insuflado e controlado por filtros ou pela exaustão com equipamentos devidamente dimensionados. ( Quando se tratar de operação em loja, que trabalhar com produtos quentes )

Ventiladores não são usados nas áreas de processamento e manipulação de alimentos.

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Manual de Operações

2.4 Piso Deve ser de cor clara e mantida em bom estado de conservação, ou seja, livre de defeitos, rachaduras, trincas e buracos.

Ser

constituído

de

material

liso,

antiderrapante,

lavável, resistente ao tráfego e ao ataque de substâncias corrosivas; ser de fácil higienização, não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. Os ralos devem ser sifonados, com sistema abre e fecha, impedindo a entrada de roedores, e possuírem grelhas com proteção telada.

2.5 Paredes / Divisórias Devem possuir acabamento liso, de cores claras, com características laváveis, resistentes a limpezas freqüentes e isentas de fungos e bolores. As paredes devem ser azulejadas até o teto, em bom estado de conservação, livre de falhas, rachaduras e descascamentos.

2.6 Portas As portas devem ser de cores claras e possuírem superfícies lisas, facilitando a limpeza, e devem estar bem ajustadas aos batentes e com as molas de fechamento automático, para que evitem ficarem abertas.

2.7 Forros / Teto Devem ser isentos de vazamentos e goteiras. O acabamento deve ser de material liso, lavável, em cor clara e em bom estado

6


Manual de Operações de conservação. O forro deve estar livre de trincas, rachaduras, umidade, bolor e descascamentos.

2.8 Lixo Permanecerá disposto adequadamente em recipientes com tampas acionadas por pedal, constituídos de material de fácil higiene,

devidamente

acondicionado

de

forma

que

não

represente riscos de contaminação. O

lixo

deve

devidamente

ser

removido

higienizadas.

diariamente

São

e

as

determinados

lixeiras horários

diferenciados para a saída do lixo de forma que não cruze com o recebimento de matéria prima. O

deposito

externo

de

lixo

deve

ser

dimensionado,

conforme a demanda do estabelecimento. Deve ser feito de material lavável, resistente, fechado, possuir ralo e estar em local de fácil acesso para o serviço de coleta.

2.9 Tomadas / Extintores As tomadas devem possuir dispositivo para evitar a entrada de água. Os

extintores

devem

ser

mantidos

nos

locais

pré

estabelecidos pela equipe de bombeiros e serem vistoriados periodicamente.

3

Higiene dos Manipuladores Os funcionários, permanentes na área da cozinha, e área

de preparo para quiosque devem apresentar-se devidamente uniformizados, conforme sua função. Os uniformes devem estar rigorosamente limpos e bem passados, com sapatos fechados e

7


Manual de Operações cabelo protegido por touca ou lenço do Suco do Batuque. Devem possuir boa apresentação, unhas curtas e limpas, sem esmaltes, anéis (aliança), e outros adornos. Os objetos pessoais devem

ser

mantidos

fora

da

cozinha,

no

banheiro/vestiário/armário. O acesso da cozinha ou área de preparo e anexos deve ser restrito as pessoas uniformizadas. Visitantes e/ou colaboradores de outros departamentos devem seguir as mesmas normas de higiene. Descrição do uniforme (masculino ou feminino) padrão da cozinha e anexos - masculino ou feminino: calça branca de elástico (sem bolsos), botas ou sapatos fechados, camiseta branca ou camisa/ jaleco e touca. - Responsável técnico: jaleco e touca Os funcionários que trabalham no atendimento e copa devem seguir as mesmas normas de higiene. A uniformização padrão destes setores deve ser seguida conforme este manual; -

Exames médicos Antes

-

de

empresa,

o

funcionário

este

deve

iniciar

passar

suas pelo

atividades exame

na

médico

admissional.

3.1 Higiene Corporal Todos os funcionários devem ser conscientizados a praticar medidas

de

higiene,

a

fim

de

proteger

os

alimentos

de

contaminações. São observados os seguintes hábitos de estética e asseio: •

Tomar banho diariamente;

Lavar e secar bem os pés;

Lavar a cabeça com freqüência e escovar os cabelos;

8


Manual de Operações •

Fazer a barba diariamente;

Conservar as unhas curtas, limpas, sem esmalte e sem base incolor;

Escovar os dentes após as refeições;

Não utilizar perfumes;

Usar desodorante inodoro (sem cheiro);

Não aplicar maquiagem em excesso;

Manter a higiene adequada das mãos;

Conservar os uniformes limpos.

3.2 Higiene das Mãos Os manipuladores de alimentos deverão higienizar as mãos de

acordo

com

as

técnicas

adequadas,

seguindo

os

procedimentos que estão fixados nas paredes internas da área de produção. O hábito de lavar as mãos durante o horário de trabalho é constantemente estimulado.

3.2.1 Freqüência da higienização das mãos: Quando chegar ao trabalho; Depois de utilizar os sanitários; Depois de tossir, espirrar ou assoar o nariz; Depois de usar panos e materiais de limpeza; Depois de recolher o lixo; Depois de tocar em caixas, garrafas, sacarias e alimentos ainda não higienizados ou crus; Depois de pegar em dinheiro ou tocar em sapatos; Depois de qualquer interrupção do serviço; Antes de manipular alimentos; Antes de tocar em utensílios higienizados; Antes de tocar em alimentos já preparados; Antes e após o uso de luvas;

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Manual de Operações Toda vez que mudar de atividade; Cada vez que as mãos estiverem sujas.

3.2.2 Procedimento para higienização das mãos: •

Umedecer as mãos e antebraços com água;

Aplicar sabonete bactericida e massagear por 1 minuto;

Enxaguar em água corrente;

Secar com papel toalha branco – não reciclado.

OBS: Nas áreas de apoio utiliza-se álcool gel bactericida.

3.2.3 Procedimentos para Higienização das mãos, utilizando álcool gel bactericida Umedecer as mãos e antebraços com água; •

Aplicar sabonete neutro e esfregar bem;

Enxaguar em água corrente;

Aplicar o álcool gel bactericida e;

Deixar secar naturalmente.

3.2.4 Utilização de luvas A adoção de luvas descartáveis deve ocorrer quando não for possível utilizar utensílios e a mão for entrar em contato com o alimento, principalmente quando este não for mais receber tratamento térmico (cocção/fritura). É essencial o uso de luvas ou pegadores principalmente nos seguintes casos: •

Na manipulação de alimentos prontos para o consumo, que já tenham

recebido

tratamento

térmico.

Ex:

Sanduíches

naturais,

10


Manual de Operações •

Produtos que não serão utilizados completamente naquele momento ou dia/hora. Outra

observação

a

ser

respeitada

é

com

relação

à

higienização das luvas. É preciso que não sejam contaminadas durante os procedimentos. Atenção: As luvas nunca devem ser lavadas para reutilização após serem retiradas das mãos ou usadas do avesso. Com relação ao tipo de luva a ser utilizadas, estas podem ser de látex, plásticas ou de vinil.

3.3 Utilização das máscaras 3.3.1 Máscaras Descartáveis Devem

ser

utilizadas

quando

em

contato

direto

na

elaboração dos alimentos e trocadas a cada 30 minutos (após este período de tornam foco de proliferação de microrganismo) e permanecem cobrindo o nariz e a boca.

OBS: Uma vez colocada não deve ser tocada com os dedos e mãos e nem movimentada próxima ao nariz.

3.3.2 Quando utilizar máscaras descartáveis? Na montagem das saladas, e porcionamento das frutas. 3.4 Hábitos Pessoais O controle higiênico- sanitário dos processos produtivos tem um grau elevado de importância no que se refere aos hábitos dos manipuladores das frutas e alimentos. Por ser um assunto individual requer atenção especial no sentido de fazer com que todos os funcionários adquiram hábitos apropriados de asseio e, conseqüentemente, melhor higiene operacional.

11


Manual de Operações Assim

sendo,

atendimento,

NÃO

relacionadas,

por

nas

áreas

são

de

estocagem,

permitidas

representarem

as

preparação

condutas

riscos

de

e

abaixo

contaminação

alimentar: •

Falar, cantar ou assobiar sobre alimentos;

Fumar;

Cuspir, espirrar ou tossir sobre os alimentos;

Pentear-se ou passar as mãos nos cabelos;

Coçar ou tocar no corpo;

Assoar o nariz e não higienizar as mãos;

Circular sem uniforme;

Colocar os dedos no nariz, boca ou ouvidos;

Enxugar o suor com as mãos, panos de prato,aventais ou qualquer peça da vestimenta;

Experimentar os alimentos com as mãos ou com os dedos;

Provar alimentos com talheres e devolvê-los à panela / recipiente sem prévia higienização;

Utilizar utensílios ou equipamentos sujo;

Mascar goma, palitos, chupar balas, comer, etc;

Tocar maçanetas com as mãos sujas;

Manipular dinheiro e não lavar as mãos;

Trabalhar

diretamente

com

alimentos

quando

apresentar

lesões, ferimentos/infecções na pele, diarréia, resfriado ou outras infecções pulmonares.

Ao

tossir

ou espirrar, o

funcionário

deverá

afastar-se

do

produto, cobrir o nariz e a boca, se possível com papel toalha e depois lavar imediatamente as mãos; O suor deverá ser enxuto com papel toalha e as mãos lavadas corretamente;

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Manual de Operações Não é permitido o uso de Band –Aid em ferimentos devido riscos de contaminação física e é recomendada à utilização de dedeira e luva descartável.

3.5 Controle de Saúde dos Manipuladores As pessoas transmitem, umas ás outras, muitas doenças através dos alimentos. O cuidado com a saúde do funcionário, e seu efetivo controle são fatores que influenciam na qualidade do produto final. É fundamental ao manipulador de alimentos a prevenção de doenças e manutenção da saúde. Na suspeita de qualquer doença ou mal estar, o funcionário deverá comunicar imediatamente ao responsável para que seja afastado das atividades de manipulação com os alimentos e encaminhado aos cuidados médicos. Objetivando a saúde e a condição para estar apto ao trabalho,

os

funcionários

devem

ser

submetidos

a

exame

laboratorial e clinico (admissionais, periódicos e demissionais), onde

os

atestados

deverão

ser

mantidos

arquivados

no

restaurante para o controle. O controle de saúde deve ser realizado por uma empresa de assessoria médico ocupacional, efetuando os seguintes exames: •

Hemograma

VRDL

Coprocultura

Protoparasitológico

E Clínico.

13


Manual de Operações 4

Higiene das Instalações A higiene ambiental é mantida seguindo os critérios descritos

neste Manual. Todos os funcionários deverão ser treinados e orientados quanto aos procedimentos de higienização. Todas as superfícies de contato com o alimento deverão ser lavadas,enxaguadas e sanitizadas: •

Depois de cada uso;

Quando começar a trabalhar com outro tipo de alimento ou frutas;

Sempre que for interrompido durante uma tarefa e correr o risco de uma possível contaminação;

A cada quatro horas de atividade constante. É

importante

compreender

a

diferença

entre

limpeza

e

sanitizacão. Limpeza é o processo de remoção do alimento e de sujeira de uma superfície. A sanitizacão é o processo de redução do número de microrganismos naquela superfície a níveis seguros. Para funcionarem, a limpeza e a sanitizacão são feitas em duas etapas. Primeiro as superfícies, utensílios e equipamentos são limpos e enxaguados para somente depois serem sanitizados.

Produtos utilizados para sanitilizar: •

Solução

clorada:

Para

cada

10

litros

de

água

potável

acrescentar 100 ml de água sanitária (deverá ser trocada a cada 6 horas). •

Álcool 70%: Para cada 1 litro de álcool 92,8 INPM (96 GL) acrescentar 330 ml de água potável (deverá ser trocado a cada 24 horas).

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Manual de Operações 4.1 Procedimentos Básicos: •

Recolher os resíduos com auxilio de pás ou similares;

Lavar com água, sabão ou detergente, esfregando bem;

Enxaguar com cuidado, retirando todos os resíduos;

Fazer a desinfeccão (solução clorada agindo por 15 minutos);

Secar ou puxar a água com um rodo.

Na sanitizacão ambiental, em locais que não ocorram contato direto com o alimento (ex: piso, parede), quando utilizar solução clorada, não há necessidade de enxágüe final.

4.2 Cuidados Gerais É proibido: •

Varrer a seco as áreas de manipulação;

Usar panos para secagem de utensílios e equipamentos (utilizar, se necessário, panos descartáveis);

Usar lã de aço, palha de aço, madeira e similares;

Reutilizar embalagens de produtos de limpeza. E ainda:

Utilizar

somente

produtos

registrados

nos

órgãos

oficiais

competentes e mantê-los em suas embalagens originais, ou quando não, devidamente identificados; Guardar rodos e vassouras em local separado das áreas de preparo; Comunicar qualquer dano nas instalações ao responsável da loja para serem tomada às devidas providências.

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Manual de Operações 4.3 Higiene dos Utensílios e Equipamentos Os utensílios e equipamentos deverão ser usados somente para o fim a que foram destinado, evitando assim possíveis ocorrências de contaminação cruzada.

4.3.1 Higienização manual dos utensílios: •

Retirar o excesso de sujidades / recolher os resíduos;

Umedecer uma esponja com solução detergente e esfregar o utensílio;

Caso seja necessário, usar desincrustante;

Dispor de modo organizado os utensílios já ensaboados em lotes;

Enxaguar

em

água

corrente

até

a

remoção

total

do

detergente e demais resíduos; •

Fazer a desinfecção utilizando o Álcool 70%;

Deixar secar;

Guardar

em

local

limpo

e

seco

(protegidos),

preferencialmente de “boca para baixo”. No caso de superfícies com cantos pequenos, após esfregar com a bucha, lavar também com um pincel largo (tipo trincha) e detergente, a fim de remover as sujeiras encontradas nos cantos e buracos onde a bucha não tem acesso. No caso de ingredientes enlatados, antes de abrir devem ser seguidos os seguintes procedimentos: Lavar a lata com água e detergente; Abrir e transferir para um pote com tampa; Tampar e manter sob refrigeração; Não esquecer de colocar etiqueta constando o nome do produto, data de abertura e validade.

16


Manual de Operações 4.3.2 Higienização automática dos utensílios: •

Executar

a

pré-lavagem

retirando

antes

o

excesso

de

sujidades; •

Dispor corretamente os utensílios nas gavetas;

Esperar

o

tempo

necessário

para

operação

completa,

observando as temperaturas adequadas de lavagem ( + 55 C à + 65 C) e enxágüe (+80 C à 90 C); •

Retirar os utensílios e esperar a secagem;

Guardar em local limpo e seco.

OBS:

Utilizar

produtos

de

empresa

especializada

para

a

higienização mecânica, seguindo a diluição e as recomendações do fabricante. As fichas técnicas dos produtos deverão estar disponíveis para consulta.

4.4 Higienização de Equipamentos: •

Desligar da tomada;

Desmontar o equipamento retirando as partes removíveis;

Lavar com detergente e esponja;

Enxaguar;

Fazer a sanitizacão: Imergir ou borrifar solução clorada, deixando em contato 15 minutos ou utilizar álcool 70%;

Deixar secar naturalmente;

Higienizar a seco as partes fixas, fios e tomadas;

Finalizar com um pano embebido em solução clorada ou álcool 70%;

Montar o equipamento e cobrir.

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Manual de Operações As superfícies dos equipamentos que entram em contato direto com os alimentos devem ser enxaguados e utilizada a solução clorada.

4.5 Higienização dos Panos Os panos de cozinha ou de mão representam grandes focos de contaminações e a partir da CVS 6/99 e RDC 216/04, ficou proibido o uso de panos convencionais para a secagem de utensílios e equipamentos. Desta

forma,

constituídos

de

utiliza-se

para

estas

tarefas

“panos”

materiais descartáveis, garantindo-se

assim

maior segurança no processo de higiene. Os panos convencionais utilizados para outras atividades como limpeza ambiental deverão ser exclusivos para estes fins e separados. Devem ser lavados com água, sabão, água sanitária e escova (retirando resíduos e sujidades), enxaguados e torcidos. E em seguida colocados para secar em local próprio, bem ventilado e livre de sujidades.

4.6 Higienização da Caixa de Gordura para lojas que possuem Grelhados. Deve ser higienizada uma vez por semana, conforme a necessidade. Os procedimentos básicos para a higienização são: •

Colocar luvas de borracha ( específica para esta atividade );

Recolher

toda

gordura

depositada,

utilizando

uma

exclusiva para este fim;

18


Manual de Operações •

Garantir a retirada total de gordura aderida, raspando bem as paredes e a tampa;

Esfregar com escova ou vassoura exclusiva para este fim, água fervente e produto desengordurante apropriado, utilizar também água sanitária;

Enxaguar bem (se possível, com água sob pressão ), e deixar escovar.

OBS: Existe a opção de se proceder a essa higienização pelo método biológico, ou seja, pode-se utilizar microrganismos próprios para a redução de gordura de acordo com metodologia orientada

por

técnicos

ou

empresas

especializadas

que

comercializam estes tipos de microrganismos desidratados ou contratar empresa terceirizada.

4.7 Periodicidade de Limpeza A manutenção da higiene na unidade é constante e todas as áreas são mantidas limpas e organizadas. O ambiente limpo e higienizado é pré-requesito para um programa efetivo de segurança alimentar, e exige dedicação do responsável da loja e o envolvimento de todos os funcionários .A freqüência da limpeza varia de acordo com a necessidade. A seguir, modelo de escala de limpeza a ser aplicado:

4.7.1 Ambiente Descrição Pisos,

ralos

Diário

Semanal

Quinzenal

Mensal

Trimestral

e

rodapés Azulejos

e

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Manual de Operações paredes Luminárias

tomadas loja/quiosque Telas Portas

e

janelas Panos loja/quiosque Ventiladores Externos. Estoque loja/quiosque Prateleiras loja/ quiosque Salão

/

chão

quiosque Sala Administrativa SanitáriosVestiários Depósito

de

Lixo Maçanetas

da

portas Pias Caixa D`Água Cx de Gordura Teto-Forro Ductos

do

20


Manual de Operações Exaustor

4.7.2 Equipamentos e Utensílios Descrição

Após

o Segunda

Terca

Quarta

Quinta

Sexta

uso Batedeira Balanças Câmaras Coifas Chapas Forno

a

gás/elétrico Geladeira Freezer Liquidificador Máq.

Lavar

loucas Mesas de inox Mesas/cadeiras Estrados Placas

de

cortes Monoblocos Canecas Utensílios/ loucas Bandejas/ cubas

21


Manual de Operações 4.7.3 Produtos para Higienização Produto

Indicação

Precauções

Detergente

Limpeza geral de Seguir

Neutro

pisos,

Modo de usar as Aplicar

precauções

sobre

uma

azulejos,bancadas, descritas pelo esponja,exercer loucas,

panelas, fabricante.

ação

utensílios, etc.

manual

sobre as pecas. Poderá

ser

diluído conforme orientações

do

rótulo

do

produto.

Água Sanitária

Desinfecção de

geral Utilizar

ambiente, de

equipamentos, mesas

de

pias, etc.

luvas Aplicar

com

borracha borrifador

como

apoio, proteção

deixar

ou

imerso

das por 15 minutos.

mãos; Manter No

caso

a embalagem pecas

de ou

sempre

equipamentos

fechada;

que

Preparar

a contato

solução

no posterior

momento

de alimentos

terão

com

sua utilização. deverá ser feito enxágüe final. Álcool 70%

Desinfecção de

geral Manter

utensílios, afastado

Borrifar

nos

das utensílios,

loucas, mesas de proximidades

mesas,

22


Manual de Operações apoio,

de chama.

equipamentos,

equipamentos,

etc,

etc.

secar

deixando

naturalmente. Detergente

Lavagem

para Máquinas automática de

Seguir

as Exclusivo

para

de precauções do sistemas

Lavar loucas.

fabricante.

Loucas

automáticos de dosagem. A

máquina

deverá

ser

periodicamente regulada. Secante Máquinas

para Acelerar de processo

Lavar Loucas

o Não de as

exceder Exclusivo

para

dosagens sistemas

secagem de loucas recomendadas automáticos de e conferir brilho.

a

seguir dosagem.

orientações

A

máquina

do fabricante.

deverá

ser

periodicamente regulada. Desengraxante Limpeza em

áreas

pesada Utilizar

luvas Aplicar puro em

com de borracha.

gordura ou graxa.

casos de ação

Seguir

mais

agressiva

orientações

ou

do fabricante.

proporção

diluir

adequada

na

ao

tipo de situação requerida.

23


Manual de Operações

Produto

Indicação

Precauções

Desincrustante Remover gorduras

Utilizar de de

Modo de usar

luvas Com

o

auxilio

borracha, uma

de

espátula

de própria

fogões,fornos,c

óculos

oifas,

proteção,

aplicar

Chapas,

máscara etc.

sobre

fritadeiras,etc.

Seguir

com

ou o a

pincel, produto

superfície

acúmulo

de

recomendações gordura. Deixar agir do fabricante.

por

algum

Causa

Efetuar

queimaduras

com

a

tempo. remoção espátula.

usar Esfregar

se

indevidamente. manualmente fibra

de

com

limpeza

pesada e enxaguar muito bem. Sabão em Pó

Limpeza

geral Seguir

Diluir

de

precauções

pisos,azulejos,

fabricante.

em

água

e

no

local

a

do aplicar

panos, etc.

ser limpo. Esfregar com apropriada

vassoura e

enxaguar. Sabão Pedra

em Limpeza brilho

e Utilizar

luvas Aplicar em esponja

de de borracha e umedecida

loucas, panelas, seguir

realizar

utensílios,

recomendações manual.

superfícies, etc.

do fabricante.

e ação Enxaguar

bem.

24


Manual de Operações Sabonete

Higienização

Seguir

Umedecer as mãos

Líquido

anti- das mãos.

recomendações até

séptico

para

do fabricante.

antebraços.

Aplicar o sabonete e

as mãos

massagear

por

min.Enxaguar secar

com

01 e

papel

toalha branco.

4.7.4 Considerações Importantes quanto à Higiene Ambiental •

Não é permitido o uso de escova de metal, lã ou palha de aço, madeira, amianto

e

outros

materiais rugosos e/ou

porosos; •

Os

produtos

de

limpeza

são

mantidos

nas

embalagens

originais, as quais não devem ser reaproveitadas; •

Os borrifadores utilizados para soluções desinfetantes (Ex: Com Álcool 70%) devem ser devidamente identificados e higienizados diariamente;

Materiais de limpeza devem ser mantidos longe de alimentos e

sempre

facilmente embalagem

que

possível

identificável deve

ser

em (se

embalagem for

colocado

original

transferido etiqueta

para

que

é

outra

contendo

as

informações originais); •

A limpeza começa pelos lugares mais altos, descendo até o piso;

As saboneteiras devem ser higienizadas diariamente e a cada vez que for feita a troca do produto;

25


Manual de Operações •

Os panos de chão não devem ficar espalhados pelo ambiente e sim adequadamente acondicionados em baldes e locais específicos para este fim;

Os panos de chão não ficam espalhados e sendo utilizados como “tapetes”;

Os panos alvejados utilizados (para pegar os cabos de panelas) devem seguir um critério rigoroso de higiene, sendo lavados

seguindo

os

procedimentos

adequados

a

esta

situação;

5

Noções básicas de microbiologia

5.1 Doenças de Origem Alimentar (DOA) São aquelas veiculadas ou transmitidas pelo alimento às pessoas. Os casos que são informados e investigados ajudam a entender algumas das causas da doença, e o que nós, na qualidade de profissionais de restaurantes e de serviços de alimentação, podemos fazer para controlar essas causas. As causas mais comuns são: •

Resfriamento inadequado dos alimentos;

Higiene pessoal deficiente dos manipuladores.

5.1.1 Tipos de Contaminações Os

alimentos

contaminação

que

inseguros é

a

presença

resultam de

geralmente

substâncias

de

danosas,

microrganismos prejudiciais, partículas perigosas e que não estavam presentes originalmente no alimento. Alguns perigos à segurança alimentar são introduzidos por indivíduos ou pelo meio ambiente, e outros ocorrem naturalmente.

26


Manual de Operações Os perigos para a segurança alimentar são divididos em três categorias: perigos biológicos, perigos químicos e perigos físicos. •

Perigos Biológicos: incluem determinadas bactérias, vírus, parasitas e fungos, como também determinadas plantas, cogumelos e peixes que carregam toxinas prejudiciais.

Perigos Químicos: incluem restos de pesticidas, presença indevida

de

substâncias

químicas,

tais

como,aditivos

alimentares, conservantes, produtos de limpeza e metais tóxicos que são extraídos de utensílios e equipamentos de cozinha impropriamente construídos. •

Perigos objetivos

Físicos:

são

estranhos

representados que

por

por

acidente

partículas ou

e

descuido

penetram no alimento, tais como cabelo,sujeira,grampos de metal, vidro quebrado, rebarbas de abertura de latas ou outros.

A doença de origem alimentar proveniente dos perigos biológicos é provocada por diversos fatores que podem ser colocados

em

temperatura,

uma

de

três

contaminação

categorias: cruzada

e

abuso

de

higiene

tempopessoal

deficiente. Abuso de Tempo-Temperatura: ocorre quando o alimento permanece tempo excessivo em temperaturas que favorecem o crescimento de microrganismos. Os fatores comuns que têm resultado em doenças de origem alimentar incluem o seguinte: •

Deficiência nas temperaturas exigidas na manutenção ou armazenagem de alimentos;

Deficiência no resfriamento correto dos alimentos;

27


Manual de Operações •

Preparação de alimentos um dia ou mais antes de serem servidos. Contaminação Cruzada: ocorre quando os microrganismos

patogênicos são transferidos de uma superfície ou alimento para outro alimento. Os fatores comuns que tem resultado em doenças de origem alimentar incluem os seguintes: •

O acréscimo de ingredientes, contaminados, a alimentos que não passam por novo cozimento (prontos para o consumo ou que não sejam processados a quente), como no preparo de saladas;

Superfícies de contato com alimentos (como equipamentos e utensílios) que não são limpas e sanitizadas antes de entrar em contato com alimentos cozidos ou prontos para o consumo;

Deixar que o alimento cru toque ou solte fluidos em alimento cozido ou pronto para consumo;

Mãos que tocam o alimento contaminado e, em seguida, tocam alimento pronto para o consumo;

Panos de limpeza contaminados que não são limpos e sanitizados antes de serem usados em outras superfícies que entram em contato com o alimento;

Higienização inadequada de equipamentos e utensílios que entram em contato com o alimento ou sua recontaminacão depois da higienização.

Higiene Pessoal Deficiente: Além de causar má impressão às pessoas, pode contaminar o alimento ou as superfícies onde existe contato com o alimento. As ações comuns que resultam em doenças de origem alimentar em função da postura pessoal são:

28


Manual de Operações

Deixar

de

lavar

suas

mãos

adequadamente

após

ir

ao

banheiro, ou sempre que necessário; •

Tossir ou espirrar próximo ao alimento;

Tocar ou coçar feridas, cortes, ou erupções cutâneas e em seguida, tocar o alimento que prepara ou serve;

Portar doenças em serviço.

5.2 Contaminações Microbianas Há quatro tipos de microrganismos que podem contaminar o alimento e causar doença de origem alimentar: as bactérias, os vírus, os parasitas e os fungos.

5.2.1 Bactérias •

São organismos vivos, unicelulares;

Podem ser encontrados em diversos meios: alimento, água, pessoas, insetos, entre outros;

Em condições favoráveis podem se reproduzir com grande rapidez;

Algumas sobrevivem ao congelamento;

Algumas formam esporos, alteração que as protege das condições desfavoráveis;

Algumas

causam

a

deterioração

do

alimento,

e

outras,

provocam doenças; •

Umas causam a doença pela produção de toxinas à medida que se multiplicam, se dividem e morrem.

Alguns tipos de bactérias e suas complicações:

29


Manual de Operações

Tipos

Características

Staphylococcus aureus

Proveniente

do

nariz,

região

orofaríngea e mãos dos manipuladores de

alimentos.

constituído

O

por

incubação

quadro um

de

clínico

é

período

01

de

a

06

horas,predominando vômitos, cólicas, mal estar, dores no músculos, raras diarréias,

sem

decorrente alimentos

febre.Este

da por

condições

quadro

permanência

é

dos

várias

horas

em

adequadas

para

a

proliferação destes microrganismos. Bacillus Cereus

Proveniente

do

ambiente,

como:

solo,água, vegetais, grãos e farinhas. O quadro clínico é constituído por um período

de

incubação

de

01

a

06

horas, predominando vômitos, cólicas, mal estar, raras diarréias, sem febre.É conseqüência

de

cozidos,armazenados inadequadas

de

alimentos em

condições

temperatura,

por

varias horas. Clostridium botulinum

Proveniente do ambiente, como: solo, água, vegetais e pescados. O quadro clínico é constituído por um período de incubação de 08 a 36 horas, com

30


Manual de Operações sinais neurológicos como visão dupla, dificuldade de falar,deglutir e respirar, mucosa

da

boca

ressecada,insuficiência

respiratória

morte.É

conseqüência

de

cozidos

mantidos

em

e

alimentos

anaerobiose

(ausência de oxigênio ) e deixados por várias

horas

em

temperatura

inadequada de armazenamento como: embutidos não refrigerados, enlatados mal processados e conservas caseiras de vegetais e pescados. Clostridium perfrigens

Proveniente de ambiente como: solo, água e vegetais. O quadro clínico é constituído incubação

por

um

de

08

horas,predominando raros

vômitos,

período

de

a

diarréia, sem

16 cólica,

febre.

É

conseqüência de alimentos cozidos ou refogados, que mantém condições de anaerobiose (ausência de oxigênio ), armazenados

por

condições

várias

horas

inadequadas

em de

temperatura. Escherichia fecais

coli/

coliformes Proveniente das fezes do homem ou de

animais

de

sangue

quente.

O

quadro clínico é constituído por um período

de

incubação

de

08

a

16

horas, predominando diarréia, cólica, raros

vômitos,

sem

febre.É

31


Manual de Operações conseqüência

de

vários

alimentos

contaminados através do ambiente ou da manipulação, mal cozidos, deixados por

várias

horas

em

condições

inadequadas de temperatura. Salmonella so

Proveniente primas

das

próprias

contaminadas

matérias

como:

aves,

alimentos, frutos do mar,gema de ovo e

hortaliças

adubados

plantadas

com

fezes;

e

em

locais

também

e

manipuladores portadores de infecções intestinais.

O

constituído

por

incubação

de

quadro um 12

clínico período

a

72

é de

horas,

predominando diarréia, cólica, febre e vômito. É conseqüência de alimentos mal cozidos, deixados em temperatura inadequada por várias horas.

5.2.2 Vírus São os menores contaminantes microbianos. Um vírus não se reproduz fora de uma célula viva, mas quando está dentro de uma, mais deles são formados. Compartilham algumas características básicas: •

Dependem de uma célula viva para se reproduzir ;

Não necessitam de alimento potencialmente perigoso como meio de transmissão;

Não são células completas;

Não se reproduzem no alimento;

32


Manual de Operações •

Alguns sobrevivem ao congelamento e ao cozimento;

Podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, de pessoas para o alimento e das pessoas para as superfícies que entram em contato com o alimento;

Em geral, contaminam o alimento através da higiene pessoal

e

praticas

inadequadas

do

manipulador

de

alimentos; •

Podem contaminar tanto os alimentos quanto as fontes de água.

Um

exemplo

é

o

marisco

colhido

de

águas

contaminadas por esgoto. O vírus são responsáveis por varias doenças de origem alimentar, tais como aquelas provocadas por: •

Vírus da Hepatite A;

Vírus de Norwalk;

Rotavírus.

5.2.3 Parasitas Possuem algumas características básicas: •

São organismos vivos que necessitam de um hospedeiro para sua manutenção e sobrevivência. O hospedeiro é uma pessoa, animal ou planta sobre qual o parasita vive e se alimenta;

Crescem

naturalmente

em

muitos

animais,

tais

como

suínos, gatos, roedores, e podem ser transmitidos ao ser humano; •

A

maioria

deles

é

muito

pequena,

com

freqüência

microscópicos, porém maiores do que as bactérias. No entanto também existem parasitas visíveis a olho nu; •

Podem ser mortos através do cozimento ou congelamento adequados;

33


Manual de Operações •

Representam risco tanto para o alimento como para a água.

Alguns tipos de doenças provocadas por parasitas: •

Giardíase, Triquinose;

Toxoplasmose;

Cisticercose;

Miiase, dentre outras.

5.2.4 Fungos Variam em tamanho desde microrganismos microscópicos, unicelulares, a organismos muito grandes, multicelulares. São encontrados naturalmente no ar, solo, plantas, animais, água e em alguns alimentos. Exemplo de Fungos: •

Mofos;

Leveduras;

Cogumelos;

5.2.5 Mofos •

Estragam o alimento e às vezes provocam doenças;

Crescem praticamente sob qualquer condição, e bem em doces, alimentos ácidos, mesmo com pouca atividade de água;

Temperaturas de congelamento evitam ou reduzem o seu crescimento, mas não o destroem;

Alguns tipos de mofo produzem toxinas, algumas das quais denominadas aflotoxinas que são muito tóxicas;

As células e os esporos do mofo podem ser eliminados pelo aquecimento, porém suas toxinas podem não ser destruídas;

34


Manual de Operações Para evitar as toxinas do mofo, jogue fora o alimento mofado, a menos que o mofo seja parte natural do alimento (por

exemplo:

queijos

tipo

gorgonzola,

Bleu,

Brie

e

Camembert). Esses são tipos específicos de mofos benéficos, que crescem em condições muito controladas).

5.2.6 Leveduras

Algumas são conhecidas por sua capacidade de estragar o alimento com rapidez. O dióxido de carbono e o álcool são produzidos

enquanto

a

levedura

consome

lentamente

o

alimento. A deterioração por levedura pode, portanto, ter cheiro ou gosto de álcool. A levedura pode surgir como descoloração rósea ou limo e pode formar bolha. São semelhantes ao mofo, pois crescem bem em alimentos doces ácidos com atividade baixa de água, tais como: gelatinas, geléias, compotas, xaropes, mel e sucos de frutas. Alimentos estragados pelas leveduras devem ser descartados.

6

Processo Produtivo As etapas básicas do processo produtivo no restaurante são

definidas da seguinte forma:

6.1.1 Recebimento: Etapa na qual recebe-se o material entregue por um fornecedor, avaliando-o quantitativamente e qualitativamente, segundo critérios pré-definidos.

6.1.2 Armazenamento: Envolve três procedimentos básicos:

35


Manual de Operações •

Armazenamento

sob

congelamento:

os

alimentos

são

armazenados à temperatura de 0 C ou menos, de acordo com as recomendações dos fabricantes constantes na rotulagem ou dos critérios de uso. •

Armazenamento

sob

refrigeração:

os

alimentos

são

armazenados à temperatura de 0 C a 10 C, de acordo com as recomendações dos fabricantes constantes na rotulagem ou dos critérios de uso. •

Armazenamento em estoque seco: os alimentos que não requerem ar frio são armazenados à temperatura ambiente, segundo

as

especificações

no

próprio

produto

e

recomendações dos fabricantes constantes na rotulagem.

6.1.3 Refrigeração e Congelamento: Refrigeração: Os alimentos passam da temperatura original ou da póscoccão (55 C) para a específica de cada produto, de acordo com os critérios de temperatura e tempo para a refrigeração segura de

alimentos

e

desde

que

respeitados

os

critérios

de

armazenamento.

Congelamento: Os alimentos passam da temperatura original para faixas de temperaturas abaixo de 0 C em 06 horas ou menos.

Descongelamento: Os alimentos passam da temperatura de congelamento para até 4 C. sob refrigeração ou em condições controladas.

Pré-Preparo:

36


Manual de Operações Os alimentos sofrem tratamento ou modificações pela higienização,

corte,

porcionamento,

seleção,

escolha,

e/ou

adição de outros ingredientes.

Preparo: O alimento “in natura” ou pré-preparado é transformado em alimento próprio para o consumo.

Distribuição: Os alimentos são destinados para o consumo imediato, porém sob controle de tempo e temperatura para não ocorrer multiplicação microbiana e protegidos de novas contaminações.

6.1.4 Procedimentos para o Recebimento O recebimento de mercadorias é uma importante etapa do controle de qualidade. A carga/descarga deve ser realizada de forma a não causar danos aos produtos. Nesta etapa são importantes as seguintes observações: As condições higiênicas dos veículos dos fornecedores; A higiene pessoal e a adequação do uniforme do entregador, inclusive com proteção para os cabelos; A integridade e a higiene da embalagem; A adequação da embalagem, de modo que o alimento não mantenha contato direto com papel, papelão ou plástico reciclado; As

características

do

produto

em

relação

a

odor,

cor,

integridade, aspecto visual e outros;

37


Manual de Operações A correta identificação do produto no rótulo (com registro no órgão oficial – quando aplicável). No recebimento de mercadorias, caso haja mais de um fornecedor aguardando, dar preferência de atendimento na seguinte ordem de alimentos: Perecíveis resfriados/refrigerados; Perecíveis congelados; Perecíveis permitidos em temperatura ambiente; Não perecíveis. Os produtos perecíveis devem cumprir os seguintes critérios de temperatura: Produtos congelados: - 18 C com tolerância até – 12 C Produtos resfriados: + 6 C a +10 C ou conforme especificação do fabricante. Produtos refrigerados: +6 C com tolerância até + 7 C

6.1.5 Recebimento de Frutas Congeladas Estes gêneros devem ser entregues acondicionados em monoblocos ou em caixas de papelão lacradas, embaladas em sacos plásticos ou a vácuo, devidamente identificados. Durante o recebimento deve-se atentar para a observação das seguintes características: •

Ausência de água dentro da embalagem;

Inexistência de sinais de recongelamento;

Temperatura adequada para entrega;

Folhas e Legumes para salada: Resfriada: Verificar as características: •

Textura firme;

38


Manual de Operações •

Superfície sem luminosidade;

Pouca terra

Legumes firmes

Embalagem íntegra, sem sinais de violação.

Polpa Congelada: •

Embaladas inteiras;

Ausência de sinais de rachaduras na superfície;

Ausência de furos na embalagem;

Inexistência de líquidos no interior da embalagem ou cristais

de

gelo

demonstram

na

superfície

do

descongelamento

produto, e

pois

este

recongelamento,

respectivamente.

6.1.6 Recebimento de HORTIFRUTIGRANJEIROS Para estes gêneros é importante observar tamanho, cor, odor,

grau

de

maturação,

ausência

de

danos

físicos

e

mecânicos. A triagem deve ser feita retirando-se folhas velhas, frutos

verdes

e

deterioradas

antes

do

acondicionamento

adequado. As

embalagens

utilizadas

são

plásticas

(saco

plástico

cristal), não sendo permitida a entrada de caixas de madeira. Não são armazenados alimentos em sacolas plásticas e/ou sacos plásticos coloridos.

6.1.7 Recebimento de LATICÍNIOS Observar com rigor: •

Prazo de validade;

39


Manual de Operações •

Condições

das

embalagens,

de

modo

que

não

se

apresentem estufadas ou alteradas; •

Cor, aspecto visual;

Temperatura;

Consistência;

6.1.8 Recebimento de ESTOCÁVEIS Os produtos que possuem estabilidade quando estocados à temperatura

ambiente,

precisam

estar

com

embalagens

íntegras, próprias para cada tipo, dentro o prazo de validade e com identificações corretas no rótulo. Os

cereais,

farináceos

e

leguminosos

não

podem

apresentar vestígios de insetos, umidade excessiva e objetos estranhos.

As

enferrujadas,

latas estufadas

não ou

são

recebidas

amassadas

e

quando os

estão

vidros

não

apresentam vazamentos nas tampas, formação de espumas, ou qualquer outro sinal de alteração o produto. Todas as embalagens de papelão devem ser retiradas e substituídas

por

embalagens

plásticas

transparentes

ou

recipientes plásticos diversos.

6.1.9 Recebimento de PÃES para lanches ( Loja) Os pães devem ser entregues em embalagens higiênicas, e protegidos de contato com o ambiente. Verificar as condições de transporte. Para eventuais recebimentos de pães para consumo semanal, observar o prazo de validade.

40


Manual de Operações 6.1.10 Recebimento de DESCARTÁVEIS E PRODUTOS DE LIMPEZA Os materiais de limpeza e descartáveis devem apresentar embalagens

íntegras,

próprias

para

cada

produto

e

com

identificação correta no rótulo. No caso de produtos de limpeza, observar o prazo de validade e o número do registro no Ministério da Saúde.

Considerações Gerais no Recebimento: •

Ao receber entregas de alimentos, inspecione os produtos entregues e trate de armazená-los o mais rápido possível. Quanto

mais

temperatura

tempo ideal,

o

alimento

maiores

permanecer

serão

os

riscos

fora

da

de

se

“estragarem “; •

As entregas devem ser programadas para horários que tenha

pessoal

corretamente,

treinando avaliando

para

efetuar

todas

as

o

recebimento

particularidades

do

produto em questão; •

Os alimentos preparados possuem a qualidade da matéria –

prima

recebida,

especificações

portanto

poderá

um

causar

produto sérios

fora

das

problemas,

comprometendo o consumidor final.

6.2 Procedimentos para o Armazenamento Na etapa do armazenamento, as matérias primas estão em condições cujo controle garanta: A proteção contra a contaminação; A redução, ao mínimo, das perdas da qualidade nutricional; A não deterioração do produto.

41


Manual de Operações Os critérios básicos visam à preservação da qualidade dos alimentos, à disposição adequada os produtos e ao controle na utilização da matéria prima. Sendo assim, atentar-se para os seguintes critérios recomendados: •

Apoiar alimentos ou recipientes com alimentos, sobre estrados ou em prateleiras. Não permitir contato direto com o piso;

Não manter caixas de madeira dentro da unidade;

Não arrastar pelo piso monoblocos, caixas plásticas, etc. Adotar o procedimento de carregá-los à mão ou com auxílio de carrinhos;

Colocar os alimentos em prateleiras ou outro suporte, de modo a garantir uma boa circulação de ar e afastados do contato direto com a parede;

Organizar

os

características:

produtos

de

enlatados,

acordo

farináceos,

com grãos,

as

suas

garrafas,

descartáveis, etc; •

Dispor os produtos pela ordem de fabricação. Os produtos mais

antigos

devem

ser

posicionados

para

serem

consumidos em primeiro lugar. Seguir o conceito PVPS (primeiro que vence é o primeiro que sai); •

Manter as embalagens dos produtos sempre limpas e as latas de bebidas lavadas antes de levar a refrigeração;

Preservar a qualidade dos produtos e a higiene da área, retirar sucatas, materiais fora do uso, embalagens vazias e etc;

Observar

constantemente,

a

data

de

validade

dos

produtos, a fim de evitar o vencimento dos mesmos. Nunca utilizar produtos vencidos, se ocorrer, descartar;

42


Manual de Operações •

Identificar os produtos armazenados com rótulo original ou com

etiquetas

padronizadas

contendo

as

informações

necessárias para a rastreabilidade do produto; •

Proteger os alimentos prontos para o consumo. Manter cada recipiente com cobertura isolada para que o fundo de um recipiente não fique com contato com o alimento do recipiente inferior, quando empilhados;

Utilizar sacos plásticos transparentes para alimentos ou papéis impermeáveis para proteção com exclusividade para cada produto. Não é permitida a reutilização para produtos diferentes;

Se

utilizar

diferentes

um

mesmo

gêneros

refrigerador

alimentícios,

para

respeitar

armazenar a

seguinte

disposição e organização: •

Alimentos

prontos

para

o

consumo

nas

prateleiras

superiores; •

Alimentos

semi-prontos

e/ou

pré-preparados

nas

prateleiras do meio; •

Demais alimentos ainda não processados, nas prateleiras inferiores.

Não

manter

caixas

de

papelão

em

áreas

de

armazenamentos frio, pois estas embalagens são porosas, isolantes térmicas e promovem contaminação externa; a não ser que tenha um equipamento exclusivo para este fim; •

Armazenar

diferentes

tipos

de

alimentos

no

mesmo

equipamento de congelamento, desde que devidamente embalados;

43


Manual de Operações •

Manter

os

produtos

para

devolução

separados

e

identificados por fornecedor, para não comprometer a qualidade dos demais; •

Registrar

em

impresso

específico

o

controle

das

temperaturas dos equipamentos refrigerados e congelados. 6.3 Orientações para Armazenamento após Manipulação •

Respeitar

as

recomendações

adequado

armazenamento,

do

ou

fornecedor

seja,

sob

para

o

temperatura

ambiente, sob congelamento ou sob refrigeração; •

Atentar após a abertura das embalagens originais, para a perda imediata do prazo de validade do fabricante;

Não congelar alimentos que tenham sido descongelados para serem manipulados. ( Loja )

Os alimentos descongelados somente são submetidos a novo congelamento quando processados;

Armazenar em temperatura de segurança os alimentos prontos que sofrem cocção, mantendo sob refrigeração ou sob congelamento, devidamente etiquetados, respeitando os

critérios

de

uso,

ou

seja,

não

deixar

alimentos

preparados permanecer em temperatura ambiente; •

Não

recongelar

alimentos

prontos

congelados

que

tenham sido descongelados anteriormente; •

Observar se os alimentos retirados de suas embalagens originais para serem manipulados podem ser armazenados sob

refrigeração

mantenha-os

ou

sob

devidamente

congelamento. etiquetados,

Neste

caso,

respeitando

as

normas de identificação e os critérios de uso; •

Armazenar adequadamente os alimentos industrializados que não tenham sido totalmente utilizados, isto é, retirar da

embalagem

original,

colocar

em

nova

embalagem

44


Manual de Operações adequada e identificar com etiquetas, de acordo com os critérios de uso; •

Armazenar corretamente sob congelamento os alimentos preparados e porcionados e identificar com etiquetas, de acordo com o critério de uso.

6.4 Etiquetas Deverão ser colocadas para identificar todos os alimentos / polpas / porcionamento pré-processados ou prontos mantidos em armazenamento. Cada alimento embalado em lotes de alimentos, monoblocos, assadeiras ou gastronormes (quando não embalados individualmente) deverão ser identificados.

6.4.1 Modelo de Etiqueta: Produto: Fornecedor: Data de Manipulação: Data de Validade: Responsável:

6.4.2 Prazo de Validade: É

o

período

de

tempo

no

qual

os

alimentos

são

conservados de modo a manter suas características nutricionais, sensoriais, físico-químicos e microbiológicos próprias para o consumo.

Assim,

é

importante

ressaltar

que

a

partir

do

momento que ocorre a abertura da embalagem original, perde-

45


Manual de Operações se

imediatamente

fabricante.

Sendo

o

prazo

assim,

de os

validade alimentos

informado

pelo

pós-manipulados

requerem o estabelecimento de um novo prazo para serem utilizados em condições seguras. Este prazo é chamado de Critérios de Uso.

6.4.3 Critérios de Uso: Para

produtos

industrializados

em

suas

embalagens

originais observa-se e obedece-se às informações do fabricante/ produtores, referente às recomendações de armazenamento e uso, tanto antes como depois de aberto. Entretanto, na ausência destas

informações,

para

produtos

manipulados,

inclusive

embalagens abertas de produtos industrializados, deve-se seguir os Critérios de Uso determinados a seguir:

Alimentos Congelados:

Temperatura de Congelamento

Tempo

Máximo

de

Armazenamento De – 0ºC a – 5ºC

Até 10 dias

De – 5ºC a -10ºC

Até 20 dias

De -10ºC a -18ºC

Até 30 dias

Abaixo de – 18ºC

Até 90 dias

Alimentos Refrigerados:

Temperatura de Refrigeração

Tempo

Máximo

de

Armazenamento De 0ºC a +4ºC

72 horas = 03 dias

46


Manual de Operações De + 4ºC a + 6ºC

48 horas = 02 dias

De +6ºC a + 8ºC

24 horas = 01 dia

6.5 Procedimentos para a Refrigeração e o Congelamento A refrigeração e o congelamento são etapas do controle de alimentos que abrangem desde a recepção da matéria prima até a distribuição dos alimentos prontos. Sendo assim, é de extrema importância seguir as condutas relacionadas a seguir:

Separar os alimentos de acordo com a sua natureza e preparo: •

Produtos “in natura”; Organizar os equipamentos refrigeradores de modo que os

alimentos e Frutas congeladas fiquem assim distribuídos: •

Parte mais alta: alimentos prontos para o consumo;

Parte intermediária: alimentos pré-preparados;

Parte mais baixa: alimentos “in natura”, hortifruti não higienizados, etc.

Observar com freqüência a data de validade dos produtos e nunca permitir o uso de produtos vencidos;

Identificar qualquer irregularidade

com os produtos e

proceder ao descarte; •

Conservar

fechadas

às

portas

dos

refrigeradores

e

congeladores, abrindo-as o mínimo de vezes possível; •

Refrigerar ou congelar os alimentos em volumes menores e fracionados;

Não manter caixas de papelão armazenadas sob ar frio; Caso haja necessidade, utilizar equipamento exclusivo para esta finalidade; As embalagens tipo tetra pak podem ser

47


Manual de Operações armazenadas normalmente devido seu acabamento ser liso, impermeável e lavável; •

Conservar

os

alimentos

cobertos,

protegidos

e

bem

vedados;

Dispor os alimentos de forma a garantir espaço livre para circulação de ar frio. Refrigeração pós – cocção: •

Deixar em temperatura ambiente, com a tampa semiaberta, para circular o ar até atingir + 55ºC;

Levar para refrigeração com tampa ainda semi-aberta até atingir +21ºC (que deverá ser em 02 horas);

Fechar a tampa em refrigeração após atingir + 21ºC, sendo que em 6 horas o alimento deverá atingir + 4ºC.

6.6 Procedimentos para o Descongelamento O descongelamento é mais uma etapa de controle nos estabelecimentos de alimentação. O descongelamento seguro é realizado optando-se por uma das seguintes técnicas: •

Em refrigeração até + 4ºC;

Em forno microondas ou de convecção;

Em água

corrente, com alimento

/ frutas

totalmente

vedado, até atingir + 4ºC na sua superfície; •

Em água parada, com o alimento totalmente vedado, com temperatura inferior a + 21ºC por 4 horas;

Em

temperatura

ambiente,

desde

que

protegido

da

contaminação ambiental (vento, pó, excesso de pessoas, etc) e sob monitoramento de temperatura que, ao atingir + 4ºC na sua superfície, é levado à refrigeração. Na etapa do descongelamento, para garantia da qualidade de produto, são recomendadas as seguintes práticas:

48


Manual de Operações •

Não recongelar alimentos (sanduíches) ou prontos que já tenham sido descongelados;

Após descongelar alimentos em geral, utilizar em até 72 horas e, no caso de pescados e seus derivados, em até 24 horas;

Após descongelar os produtos, manter em refrigeração a + 4ºC até o preparo.

6.7 Procedimentos para o Pré – preparo Esta etapa deve ser bem controlada por ser o inicio da manipulação

dos

alimentos.

Sendo

assim,

são

seguidos

procedimentos de segurança, conforme descritos a seguir: •

Estabelecer um fluxo de atividades na cozinha de forma a reduzir a possibilidade de contaminação cruzada entre os vários gêneros de alimentos durante a manipulação. Se tiver que usar um mesmo local para várias atividades como manipular e higienizar verduras, lavar utensílios é preciso lavar com água sabão e desinfetar com solução de álcool 70% entre uma atividade e outra;

Garantir que todos manipuladores higienizem as mãos com frequência

durante

processamento

de

os

diferentes

alimentos e

estágios

em cada

do

mudança

de

tarefa; •

Higienizar

a

superfície

de

trabalho,

os

utensílios

e

equipamentos antes de usar; •

Tomar

os

devidos

cuidados

com

o

uso

de

luvas

descartáveis, pois podem ocasionar contaminação quando utilizadas de forma incorreta; •

Não tocar nos alimentos diretamente com as mãos. Fazer uso de utensílios adequados;

49


Manual de Operações •

Manter os alimentos em preparação sob temperaturas de segurança;

Não exceder o tempo de 30 minutos por lote, para manipulação

de

produtos

perecíveis

em

temperatura

e

desinfetado,

ambiente; •

Utilizar

abridor

atentando

para

devidamente correta

limpo

higienização

dos

mesmos

nos

intervalos entre a abertura de produtos diferentes;

Quadro resumo do Pré – Preparo: Cerais e Grãos

Escolher. Lavar

em

água

corrente

até

remover a sujeira. Escorrer e preparar. Verduras,

Legumes

e

ingeridas

Frutas Selecionar. Lavar

uma

a

uma

em

água

corrente. Colocar

em

solução

sanitizante

(clorada) pelo tempo indicado pelo fabricante do produto. Enxaguar. Cortar e se necessário, porcionar. Verduras, ingeridos

Legumes

e

Frutas Selecionar. Lavar

uma

a

uma

em

água

corrente. Enxaguar e levar à cocção. Não precisam ser clorados devido ao processo de cocção.

50


Manual de Operações 6.8 Procedimentos para o Preparo Nesta

etapa

o

alimento

“in

natura”

ou

pré-preparo

transforma-se em alimento pronto para o consumo. A seguir, os procedimentos que são seguidos como forma de controle: •

Não utilizar utensílios de madeira;

Planejar o processo de cocção de maneira que mantenha, tanto quanto possível, todas as qualidades nutritivas do alimento;

Controlar a manipulação dos alimentos durante o preparo, cuidando

para

que

o

número

de

manipuladores

seja

estritamente o necessário;

O responsável da loja degusta as preparações antes de serem servidas, verifica necessidades de ajustes e disponibiliza a sua distribuição.

6.9 Transporte de mercadorias O transporte de mercadorias deve ser feito em veículos especiais

para

esta

função,

seguindo

as

seguintes

características: Deve ser provido de estrados plásticos no assoalho; O revestimento deve ser de material resistente a ação da natureza (chuva, vento, sol), permitindo total vedação da carga. A porta deve possuir trava e permitir uso de lacre de segurança da

carga.

Deve-se

dar

preferência

para

fabricação

com

duralumínio canaletado. No

caso

equipamento

de

de

alimentos

refrigeração

refrigerados/congelados, (termo

king)

deve

o

permitir

estabilidade da temperatura da carga do início até o fim do descarregamento.

51


Manual de Operações O transporte deverá ser feito nas caixas originais da fabricação (padronizadas na central de produção). Todas as mercadorias

deverão

seguir

tampadas

conforme

o

carregamento. O veículo deve ser mantido sempre higienizado antes e após sua utilização. A

carga

deverá

sempre

acompanhar

o

laudo

de

carregamento, assinado pelo encarregado da carga na central de produção e pelo motorista. É proibido manter no mesmo continente ou transportar no mesmo compartimento de um veículo, alimentos e substâncias estranhas que possam contaminá-los ou corrompe-los. Executam-se da vigência anterior, os alimentos embalados em

recipientes

hermeticamente

fechados,

impermeáveis

e

resistentes, salvo com produtos tóxicos. Não

é

permitido

transportar,

conjuntamente

com

os

alimentos, pessoas e animais. A cabine do condutor deve ser isolada da parte que contém alimentos. No transporte de alimentos, deve-se constar nos lados direito e esquerdo, de forma visível, dentro de um retângulo de 30 cm de altura por 60 cm de comprimento, os dizeres: Transporte

de

Alimentos,

nome,

endereço

e

telefone

da

empresa, Produto Perecível (quando for o caso). Os

veículos

de

transporte

de

alimentos

devem

possuir

Certificado de Vistoria, de acordo com o Código Sanitário vigente. O veículo de transporte de alimento deve ser mantido em perfeito estado de conservação e higiene.

52


Manual de Operações A limpeza deve ser efetuada com água potável da rede pública

ou

tratada

com

hipoclorito

de

sódio

a

2,5%

(na

proporção de 2 gotas/litro e permanecer em repouso por 30 minutos antes de ser utilizada). No caso de resíduos gordurosos devem ser utilizados detergentes neutros para a sua completa remoção. Desinfecção

em

água

quente:

através

do

contato

ou

imersão dos utensílios em água quente a uma temperatura não inferior a 80ºC, durante 2 minutos no mínimo. Desinfecção com vapor: através de mangueiras, à temperatura não inferior a 93ºC, e o mais próximo da superfície de contato, durante 2 a 3 minutos. Desinfecção com substâncias químicas: Estes produtos devem ser registrados no Ministério da Saúde e usados conforme instruções do fabricante, não deixando resíduos e/ou odores que possa, ser transmitidos aos alimentos. O transporte de produtos perecíveis deve ser de material liso, resistente, impermeável e atóxico, lavável, aprovado pela autoridade sanitária. O veículo deve possuir dispositivos de segurança que impeçam o derrame em via pública de alimentos e/ou resíduos sólidos e líquidos, durante o transporte. Quando a natureza do alimentos assim exigir, deve ser colocado sobre prateleiras e estrados removíveis, de forma a evitar danos e contaminação. Os materiais utilizados para proteção e fixação da carga (cordas, encerados, plásticos e outros) não devem constituir fonte de contaminação ou dano para o produto, devendo os mesmos

serem

desinfectados

juntamente

com

o

veículo

alimentar.

53


Manual de Operações A carga e/ou descarga não devem apresentar risco de contaminação, dano ou deterioração do produto e/ou matériaprima alimentar. Não é permitido o transporte concominante de matériaprima ou produtos alimentícios, se um deles apresentar risco de contaminação para os demais. Os equipamentos de refrigeração não devem apresentar riscos de contaminação para o produto e devem garantir, durante o transporte, temperatura adequada ao mesmo. Refrigeração: ao redor de 4º, não ultrapassando 6º; Congelamento: ao redor de (-18º) e nunca superior a (-15º). Os veículos de transporte de produtos sob controle de temperatura

devem

ser

providos

permanentemente

de

termômetros adequados e de fácil leitura.

7

Controle de Qualidade A

franqueadora

realiza

periodicamente

o

trabalho

de

controle de qualidade da loja. O serviço inclui o monitoramento da qualidade dos produtos (data de validade, aparência, etc.) orientando e descartando o que

não

estiver

em

condições

adequadas

de

ser

servido.

Observa-se também o ambiente de trabalho, a equipe, seu trabalho e o resultado da loja através dos dados fornecidos nas visitas. É muito importante a execução dos trabalhos orientados pela franqueadora, a fim de prevenir problemas e melhorar os trabalhos e os resultados. As duvidas e observações devem ser registradas através do email saf@sucodobatuque.com.br

54


Manual de Operações

7.1 Uso de Termômetro O termômetro utilizado pode ser tipo espeto ou laser. Quando for utilizar o termômetro tipo espeto, sua haste deverá ser lavada e desinfectada com álcool 70% antes e depois do uso: O

termômetro

tipo

espeto

não

pode

perfurar

as

embalagens, portanto, colocar uma embalagem em cima de outra e a haste do termômetro entre as embalagens; Quando for utilizar termômetro a laser (em virtude deste tipo de termômetro medir a temperatura de superfície), os alimentos prontos devem ser “mexidos”antes de efetuar a medicação, para que se tenha a uniformidade da temperatura interna dos alimentos.

Não é permitido o uso de termômetro de vidro e com mercúrio.

7.2 Potabilidade da Água / Limpeza do Reservatório (Caixa D’ água) Potabilidade da Água do Gelo A

água

deve

estar

límpida,

transparente,

insípida

e

inodora. É necessário que a sua potabilidade seja atestada no máximo a cada 06 meses para controle e garantia da segurança alimentar. A limpeza do reservatório também deverá ter controle de periodicidade e comprovação de execução a cada seis meses. O gelo utilizado nas bebidas deve ter a garantia que a água utilizada é potável. Em caso de condomínios, o responsável da loja deve providenciar o laudo junto a administração do prédio.

55


Manual de Operações

7.3 Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas Este

controle

é

realizado

periodicamente

através

de

empresa terceirizada e autorizada como meio de prevenir ou minimizar a presença de insetos e roedores. A periodicidade máxima não pode ultrapassar 06 meses. Os

produtos

utilizados

estão

descritos

e

aprovados

pela

legislação vigente. Deverá manter arquivado na unidade em pasta o laudo do controle de vetores e pragas urbanas sempre atualizado.

7.4 Coleta de Amostras A guarda de amostras das preparações tem como objetivo: •

Esclarecimento de ocorrência de enfermidades transmitidas por alimentos;

Verificação

das

técnicas

de

higiene

e

manipulação

aplicadas pelos funcionários; •

Verificação

da

forma

de

controle

de

qualidade

pela

auditoria interna. Procedimento: •

Identificar os sacos plásticos esterilizados com: nome da preparação, ingredientes básicos utilizados, local, data, horário e nome do responsável pela coleta;

Higienizar as mãos;

Esterilizar os utensílios a serem utilizados para a coleta, pela fervura ou aplicação de álcool 70 %;

Utilizar um utensílio para cada tipo de preparação;

Abrir a embalagem sem tocá-la no seu interior e nem soprá-la;

56


Manual de Operações •

Colocar no mínimo 100 gramas de amostra;

Retirar o ar e vedar com um nó;

Armazenar em freezer ou em refrigeração até + 4 C;

Desprezar o lote após o período de 72 horas.

Obs: Coletar amostras dos alimentos: •

Molhos para salada;

Polpa Congelada;

Frutas congeladas;

7.5 Treinamentos Todos os funcionários terão que receber o treinamento de higiene e manipulação de alimentos quando são contratados e também

receber

referentes

aos

periodicamente

orientações

procedimentos

técnicos

e

e

reciclagens operacionais

objetivando a manutenção da qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos consumidores. Deverão ser mantidos arquivados em pasta os registros dos treinamentos efetuados. A periodicidade dos treinamentos deve ser mensal. 7.6 Impressos Utilizados •

Controle

de

Temperaturas

de

Equipamentos

(câmaras

frias, geladeiras, etc.) •

Controle de Temperatura no Recebimento de mercadorias

Check – List Técnico

Relatório de Irregularidades na entrega

Controle de Execução de Limpeza

Procedimentos Operacionais Padronizados

57


Manual de Operações 8

Anexos

8.1 Check List de Verificações 8.1.1 Controle de Temperatura de Equipamentos Equipamento: ____________Mês:______Responsável:__________ Dia

Hora

1

18:00

Temperatura

Dia

Hora

16

18:00

24:00 2

18:00

24:00 17

24:00 3

18:00

18:00

18

18:00

19

18:00

20

18:00

21

18:00

22

18:00

23

18:00

24

18:00

25

18:00

26

18:00

27

18:00 24:00

18:00 24:00

28

24:00 14

18:00 24:00

24:00 13

18:00 24:00

24:00 12

18:00 24:00

24:00 11

18:00 24:00

24:00 10

18:00 24:00

24:00 9

18:00 24:00

24:00 8

18:00 24:00

24:00 7

18:00 24:00

24:00 6

18:00 24:00

24:00 5

18:00 24:00

24:00 4

Temperatura

18:00 24:00

29

18:00 24:00

58


Manual de Operações 15

18:00

30

18:00

24:00

24:00

Geladeira Laticínios: + 6ºC a + 8ºC Geladeira Hortifruti: + 8ºC a + 10ºC Freezer: - 12ºC a – 18ºC Balcão Refrigerado: Até + 10ºC

8.1.2 Controle

e

Avaliação

de

Fornecedores

no

Recebimento Data

Fornecedor

Avaliação

Avaliação Entregador/ Produto

Produto

Validade

do

Aval. Sensor.

Transporte Uniforme

Calcado

Embalagem

Legenda Avaliação do Transporte : (C) Caminhão (P) Perua (PI) Pick-up (CR)

Carro

(R)

Refrigerado

(ISO)

Isotérmico

(SI)

Sem

Isolamento Avaliação Entregador/Produto/Sensorial:

(S) Satisfatório (I)

Insatisfatório

59


Manual de Operações

Critérios de Recebimento Produtos congelados: - 18ºC com tolerância até – 12ºC . Produtos resfriados: 6ºC com tolerância até 10ºC ou conforme especificação do fornecedor. Produtos refrigerados: + 6ºC com tolerância + 7ºC

8.1.3 Check – List Técnico

Data: Responsável pela gestão da unidade:

Itens

Sim

Não

Recebimento e Armazenamento Verifica

as

condições

do

veículo

e

do

entregador. Efetua conferência da nota fiscal de acordo com o pedido. Verifica peso e quantidades. Observa a embalagem. Verifica as características organolépticas. Mede e registra temperaturas de perecíveis. Observa os rótulos e validades dos produtos. Identifica os produtos armazenados. Verifica a validade das mercadorias em estoque. Utiliza-se o sistema PVPS (primeiro que chega, primeiro que sai). Retira todas as caixas de papelão. Armazena

os

gêneros

alimentícios

de

forma

60


Manual de Operações correta. Armazena os produtos

descartáveis em área

especifica. Armazena os produtos de limpeza e demais mercadorias em local correto. Organiza o estoque adequadamente. Mantém as prateleiras limpas.

Preparo e Distribuição

Sim

Não

Retira as alimentos aos poucos da geladeira. Descongela de forma correta. Higieniza verduras, legumes e frutas de forma adequada. Manipula corretamente alimentos já higienizados e/ou prontos. Cobre os alimentos já preparados. Permanece

os

alimentos

em

temperaturas

adequadas. Prepara os alimentos próximo ao horário de ser servido. Identifica os alimentos prontos para o consumo. Abastece

os

balcões

de

acordo

com

a

necessidade. Colhe as amostras conforme o procedimento. Monitora

e

registra

as

temperaturas

dos

alimentos na distribuição. Mantém as preparações em temperaturas de segurança. Despreza as sobras de alimentos prontos.

61


Manual de Operações

8.1.4 Check –List Técnico

Data: Responsável pela Gestão da Loja:

Itens

Sim

Não

Instalações – Higienização e limpeza Pisos e ralos Paredes e janelas Interruptores Tetos e luminárias Áreas de acesso Pias e bancadas Áreas de lixo Instalações – Controles Desinsetizacão e desratização Limpeza do reservatório (caixa d’água) Análise da potabilidade de água Arquivo dos laudos Esquipamentos e Utensílios –Higienização e limpeza Utensílios Equipamentos Coifa Balcões de distribuição Manipuladores Quanto ao Uniforme e EPI Estão limpos e conservados Utilizam rede ou lenço nos cabelos

62


Manual de Operações Tiram

o

avental

de

frente

para

ir

ao

sanitário Utilizam as luvas descartáveis de forma correta Utilizam as máscaras adequadamente Quanto à higiene pessoal e postura Unhas curtas e sem esmaltes Uso de adornos Barba ou bigode Mãos

higienizadas

com

freqüência

adequada Local

de

refeição

dos

funcionários

refeitório Exames médicos atualizados

63


Manual de Operações

8.1.5 Relatório de Irregularidades na Entrega

Loja:

Gerente:

Fornecedor:

Data da Entrega:

No Nota Fiscal:

Itens Avaliados

Produto 01

Produto 02

Produto 03

Produto 04

Quantidade Solicitada Preço Negociado Razão Social Data

de

Emissão da NF Pontualidade na entrega Qualidade

do

Produto Temperatura Gramagem Solicitada Transporte/ Entregador

Descrição da Irregularidade: Ação Tomada: Responsável pelo Recebimento:

64


Manual de Operações Controle de Execução de Limpeza Local: Data

Limpeza

Responsável

Próxima

Visto

Limpeza

Gerente

Observações

65


Manual de Operações

8.2 Procedimentos Operacionais Padrões (POP´s) São os procedimentos descritos de forma objetiva e que estabelecem

instruções

seqüenciais

para

a

realização

de

operações rotineiras, onde o responsável pela unidade deverá estar ciente da realização. Atendendo ao Regulamento Técnico da ANVISA de 15 de Setembro de 2004 – RDC 216, parágrafo 4.11.4, são descritos a seguir os POPs implementados na franquia Suco do Batuque e o quadro com as páginas onde os mesmos estão definidos: •

Qualidade da água

Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas.

Higiene e Saúde dos Manipuladores.

Higienização de Hortifrutigranjeiros

Monitoramento de Gordura das Fritadeiras

Manutenção de Equipamentos e Utensílios

Higienização de Equipamentos e Utensílios

OBS: O gerente da unidade deverá elaborar a planilha específica para cada POP citado, mantendo-as sempre atualizadas.

66


Manual de Operações

8.2.1

Qualidade da água

OBJETIVOS: Estabelecer procedimentos a serem adotados para manter a segurança da água que entra em contato direto ou indireto (superfícies de contato); DOCUMENTO DE REFERÊNCIA: Portaria CVS-6/99, de 10 de março de 1999 CAMPO DE APLICAÇÃO: Reservatórios de água RESPONSABILIDADE E APLICAÇÃO: SAPO empresa especializada (vide laudos) DRESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO: 1. Esvaziar o reservatório abrindo torneiras; 2. Escovar as paredes e o fundo do reservatório removendo os resíduos. Retirar todo material indesejado. 3. Enxaguar paredes e o fundo do reservatório. 4. Aplicar solução de hipoclorito a 2,5% e deixar agir durante 15min; 5. Enxaguar 6. Repetir esta desinfecção de 6 em 6 meses ou sempre que tiver suspeita de contaminação. Manter o reservatório bem coberto. MONITORIZAÇÃO: Inspeção de drenos e encanamentos. Inspeção de reservatórios. AÇÕES CORRETIVAS: Parada na produção. Contatar

o

órgão

responsável

pelo

sistema

municipal

de

abastecimento de água. Contatar terceiros responsáveis por processos de higienização de reservatórios. Correções do sistema de encanamento.

67


Manual de Operações

8.2.2 Monitoramento da caixa d’água Data da

Visto de realização

aplicação

Previsão da próxima aplicação

* Ver relatório da empresa responsável com produtos utilizados

8.2.3 Controle Integrado de Vetores e Pragas OBJETIVOS: Estabelecer procedimentos a serem adotados para manter a produção dos alimentos livre de pragas. DOCUMENTO DE REFERÊNCIA: Portaria CVS-6/99, de 10 de março de 1999 CAMPO DE APLICAÇÃO: toda área do estabelecimento RESPONSABILIDADE: SAPO empresa especializada (vide laudos) DRESCRIÇÃO: A higienização do local, equipamentos e utensílios são de suma importância, porém além desta rotina deve-se também: *remover o lixo diariamente, quantas vezes necessários, em recipientes apropriados, devidamente tampados e ensacados, tomando-se medidas eficientes para evitar a penetração de insetos, roedores ou outros animais; *seguir um programa de controle integrado de pragas (desinsetização

e

desratização).

Medidas de controle: Manter programa de MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP). Manter periodicidade efetiva para controle de pragas. Inspecionar as áreas internas e externas da edificação, à procura de pragas ou seus vestígios.

68


Manual de Operações Tratar focos encontrados com substâncias químicas. Manter portas exteriores fechadas. Informar a gerência sobre qualquer problema observado de praga. Descartar remessas de alimentos que apresentem sinais de infestação de pragas; Conservar as aberturas externas bem fechadas; Aumentar a freqüência do recolhimento do lixo; Lavar e higienizar os coletores do lixo; Higienizar freqüentemente o local destinado à guarda do lixo; Fechar todos os buracos existentes. Observar as paredes, assoalhos, canos de ventilação, dutos no teto e saída do esgoto; Limpar e sanitizar as instalações e equipamentos. A limpeza meticulosa mata os ovos dos insetos e reduz o número de locais onde as pragas podem se abrigar com segurança. MONITORIZAÇÃO: Revisar relatórios de tratamento de pragas. Inspecionar, diariamente, o exterior e interior da edificação. A monitorizarão será realizada através da planilha AÇÕES CORRETIVAS: Notificar a empresa contratada, responsável pelo controle de pragas, sobre qualquer evento de pragas ou seus vestígios.

69


Manual de Operações

Programa Integrado de Controle de Pragas QUADRO DE REGISTROS MÊS

Data da

Área

Aplicação

Abrangência

Observações

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

70


Manual de Operações

Registro de Ocorrências Data

Ocorrência

Ação Corretiva

71


Manual de Operações

8.2.4 Higiene e saúde dos manipuladores OBJETIVOS: Estabelecer procedimentos a serem adotados para manter a higiene durante a manipulação de alimentos, além do controle da saúde dos colaboradores. DOCUMENTO DE REFERÊNCIA: Portaria CVS-6/99, de 10 de março de 1999 CAMPO DE APLICAÇÃO: toda equipe DRESCRIÇÃO: Para

garantia

do

treinamento

de

cada

funcionário,

ao

ser

contratado o colaborador/manipulador passa pelo nutricionista ou chefe de cozinha, que lhe apresenta a cartilha de boas práticas de manipulação, recebe um exemplar junto com o uniforme e após 7 a 10 dias faz um teste escrito a respeito do conteúdo do material disponibilizado.

Caso

a

pontuação

seja

baixa

revisão

de

conteúdo e nova aplicação do teste. Para lavagem correta das mãos siga os seguintes passos: 1. Molhe as mãos; 2. Esfregue a palma e o dorso das mãos com sabonete, inclusive as unhas e os espaços entre os dedos; Use a ESCOVA DE UNHA; 3. Enxágüe bem retirando todo o sabonete; 4.

Seque-as

com

papel

toalha;

Nunca

na

roupa

ou

em

panos/avental; 5. Esfregue as mãos com um pouco de produto anti-séptico (álcool 70%).

Itens de proteção individual Luvas térmicas Luvas de borracha Botas de cano alto e solado emborrachado Touca descartável, camiseta e calça comprida.

72


Manual de Operações MONITORIZAÇÃO: Avaliar constantemente a condição de saúde do manipulador. Avaliar constantemente através de observação a manipulação durante os processos. AÇÕES CORRETIVAS: Direcionar indivíduos que possam comprometer a manipulação para atividades que não demandem contato com alimentos ou possam comprometer ainda mais a saúde. Afastar

para

exames

clínicos/laboratoriais

e/ou

tratamento

manipuladores que não estiverem dentro dos padrões. Advertir os funcionários verbalmente e/ou por escrito quando não estiverem atuando de acordo com os padrões.

73


Manual de Operações Ficha de acompanhamento da saúde do manipulador DATA

NOME

ENFERMIDADE

MEDIDA CORRETIVA

VISTO


Programa de Treinamento de Equipe QUADRO DE REGISTROS – 2010 MÊS

Data da

Assunto

Aplicação

tratado

Observações

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


*Deve-se registrar a presença dos funcionários através da lista de presença, que deverá ser arquivada. Higienização de

Hortifrutigranjeiros OBJETIVOS:

Estabelecer

procedimentos

a

serem

adotados

para

higienização de verduras, legumes, frutas, ovos e similares. DOCUMENTO DE REFERÊNCIA: Portaria CVS-6/99, de 10 de março de 1999 CAMPO DE APLICAÇÃO: toda equipe/todos os produtos do gênero DRESCRIÇAO DO PROCESSO CORRETO: 1 - Selecione, retirando as folhas, partes e unidades estragadas; 2 - Lave em água corrente vegetais folhosos (alface, rúcula, etc.) folha a folha, e legumes um a um ESFREGANDO COM AS MÃOS; 3 - Colocar de molho em solução sanitizante de acordo com as recomendações do fabricante; 4 - Enxaguar em água corrente; 5 - Escorrer e guardar em caixa com tampa e identificação;

MONITORIZAÇÃO: Avaliar constantemente através de observação a manipulação durante os processos. AÇÕES CORRETIVAS: Descartar todo lote cujo processo não tenha sido completo ou de acordo com processo indicado. Advertir os funcionários verbalmente e/ou por escrito quando não estiverem atuando de acordo com os padrões.

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8.2.5 Manutenção Preventiva de Equipamentos OBJETIVOS: Estabelecer procedimentos a serem adotados para manter a segurança dos equipamentos utilizados CAMPO DE APLICAÇÃO: Todos equipamentos elétricos DRESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO: Cada equipamento deverá ser revisado, feita limpeza e lubrificação de acordo com assistência técnica qualificada; MONITORIZAÇÃO: Verificar o funcionamento do equipamento junto a equipe de trabalho. AÇÕES CORRETIVAS: Parada na produção. Contatar a assistência técnica autorizada.

MONITORAMENTO Equipamento: Ar Condicionado – motores externos Objetivo: Manter a higienização dos equipamentos a fim de manter a segurança e o bom funcionamento do equipamento. Campo de aplicação: Motores externos do sistema de ar condicionado Periodicidade: 6 meses Visto de Data da realização

realização e empresa responsável

Previsão da próxima aplicação

Observaçõ es

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS Equipamento: Masseira Objetivo: Manter a higienização dos equipamentos a fim de manter

a

segurança

e

o

bom

funcionamento

do

equipamento. Campo de aplicação: motor da masseira da loja Periodicidade: 6 meses Data da

Visto de

realização

realização e empresa

Previsão da

Observações

próxima aplicação

responsável

Equipamento: Fogão industrial com forno Objetivo: Manter a higienização dos equipamentos a fim de manter

a

segurança

e

o

bom

funcionamento

do

equipamento. Campo de aplicação: Queimadores do fogão e forno Periodicidade: 6 meses Data da

Visto de

realização

realização e empresa

Previsão da

Observações

próxima aplicação

responsável

MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE EQUIPAMENTOS Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


Equipamento: Motores equipamentos de refrigeração Objetivo: Manter a higienização dos equipamentos a fim de manter

a

segurança

e

o

bom

funcionamento

do

equipamento. Campo de aplicação: todos equipamentos de refrigeração Periodicidade: MENSAL Data da

Visto de

realização

realização e empresa

Previsão da

Observações

próxima aplicação

responsável

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


8.2.6 Higienização de Equipamentos 8.3 OBJETIVOS:

Estabelecer

procedimentos

a

serem

adotados

para

higienização equipamentos em geral CAMPO DE APLICAÇÃO: Todos os equipamentos do estabelecimento DRESCRIÇÃO DO PROCESSO CORRETO: 1 - Se o equipamento for elétrico, desligue-o da tomada; 2 - Desmonte as peças necessárias (e quando possível) e lave-as com bucha e detergente.Quando não for possível ou necessário o desmonte, e nas partes não desmontáveis, deve-se passar bucha com detergente, retirar com pano úmido limpo e por último passar álcool 70% ou solução clorada (1 colher de sopa de cloro identificado para o uso para 1 litro de água) , assim como nas demais peças lavadas desmontadas. 3 – Remontar o equipamento, guardar ou proceder uso; MONITORIZAÇÃO: Avaliar constantemente através de observação a manipulação durante os processos. AÇÕES CORRETIVAS: Descartar todo lote de produto processado cujo processo não tenha sido completo ou de acordo com processo indicado. Advertir os funcionários verbalmente e/ou por escrito quando não estiverem atuando de acordo com os padrões.

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VERIFICAÇÃO DE TEMPERATURAS DE GELADEIRAS/CÂMARAS FRIAS Descrição

Câmara

Câmara

equip.

Cong.

refrig.

Geladeira

Freezer

DATA/HORA

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


9

Regulamento

técnico

padrão

para

montagem

do

serviço de alimentação 9.1 Objetivos Estabelecer os padrões necessários para montagem de cozinhas e anexos, visando as Boas Práticas a fim de garantir condições higiênico-sanitárias adequadas.

9.2 Âmbito de aplicação Aplica-se as lojas/quiosques franqueadas Suco do Batuque. Estas normas são baseadas na legislação vigente para serviços de alimentação.

9.3 Responsabilidade técnica O

responsável

pelas

atividades

de

manipulação

dos

alimentos deve ser o proprietário ou funcionário designado (Nutricionista, devidamente

Chefe

de

capacitado,

Cozinha, sem

Eng.

prejuízo

dos

de

Alimentos),

casos

onde

previsão legal para responsabilidade técnica (estabelecido pelo órgão sanitário local). O

responsável

pelas

atividades

de

manipulação

dos

alimentos deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação, abordando, no mínimo, os seguintes temas: a) Contaminantes alimentares; b) Doenças transmitidas por alimentos; c) Manipulação higiênica dos alimentos; d) Boas Práticas.

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9.4 Edificações, Instalações, Equipamentos, Móveis e Utensílios A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. O dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as operações. Deve existir separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável, lavável e de cor clara (preferencialmente

azulejo

branco).

O

piso

deve

ser

antiderrapante. Deve-se evitar escadas e/ou rampas. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, dentre

vazamentos, infiltrações,

outros

e

não

devem

bolores,

transmitir

descascamentos,

contaminantes

aos

alimentos. As portas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aos batentes. As portas da área de preparação e armazenamento de alimentos

devem

ser

dotadas

de

fechamento

automático

(molas). As aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema de exaustão, devem ser providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas. As telas devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica. As instalações devem ser abastecidas de água corrente e dispor de conexões com rede de esgoto ou fossa séptica.

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Quando presentes, os ralos devem ser sifonados e as grelhas devem possuir dispositivo que permitam seu fechamento. As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. As áreas internas e externas do estabelecimento devem estar livres de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais. As

instalações

elétricas

devem

estar

embutidas

ou

protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes. A

ventilação

deve

garantir

a

renovação

do

ar

e

a

manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos. As instalações sanitárias e os vestiários não devem se comunicar

diretamente

armazenamento

de

com

alimentos

a ou

área

de

preparação

refeitórios,

devendo

e ser

mantidos organizados e em adequado estado de conservação. As portas externas devem ser dotadas de fechamento automático. As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos destinados à higiene pessoal tais como papel

higiênico,

sabonete

líquido

inodoro

anti-séptico

ou

sabonete líquido inodoro e produto anti-séptico e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. Os coletores dos resíduos devem ser dotados de tampa e acionados sem contato manual.

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação, em posições estratégicas em relação ao fluxo

de preparo dos alimentos e em número

suficiente de modo a atender toda a área de preparação. Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro anti-séptico ou sabonete líquido inodoro e produto anti-séptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual. Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato

com

transmitam

alimentos

substâncias

devem tóxicas,

ser

de

materiais

odores,

nem

que

não

sabores

aos

mesmos, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser

mantidos

em

adequado

estado

de

conservação

e

ser

resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. Devem ser realizadas manutenção programada e periódica dos equipamentos e utensílios e calibração dos instrumentos ou equipamentos de medição, mantendo registro da realização dessas operações. As utilizados

superfícies na

dos

equipamentos,

preparação,

móveis

embalagem,

e

utensílios

armazenamento,

transporte, distribuição e exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas de rugosidades,

frestas

e

outras

imperfeições

que

possam

comprometer a higienização dos mesmos e serem fontes de contaminação dos alimentos. 9.5 Áreas comuns ( Loja )

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


9.5.1

Copa ( Loja)

A copa ou o bar deve ser planejado com espaço para 2 ou3 geladeiras de bebidas, A pia deve ter em média de 2 a 2,5m de comprimento, preferencialmente com 2 cubas e 2 pontos de água. Deve-se planejar prateleiras em tamanho e quantidade suficiente para a demanda em questão, sendo cerca de 3 a 4 prateleiras com 1,2m x 40cm. Neste setor há alta demanda de equipamentos elétricos (liquidificador, geladeiras, etc.), dessa forma deve ter o cuidado de dimensionar pontos suficientes. Toda

a

água

a

ser

utilizada

nas

preparações,

principalmente as bebidas, deve ser filtrada, dessa forma devese planejar um sistema adequado para a demanda, tal como filtro. 9.5.2

Estoque ( Loja )

O DML (depósito de material de Limpeza ) deve possuir prateleiras para apoio dos materiais de limpeza e acessórios, assim como gancheiras para vassouras e rodos. Deve ainda ter um tanque e varal. O depósito de enlatados/envasados e o de embalagens devem atender a todos os requisitos descritos anteriormente. Deve possuir prateleiras e paletes abundantes.

9.5.3 Câmara Fria O estabelecimento deve possuir 1 câmara fria, sendo esta para refrigeração e armazenamento de suco e outras bebidas do Bar. O espaço deve ser preparado com paletes com altura mínima

de

10cm,

de

material

liso,

resistente,

lavável

e

impermeável. Deve possuir termostato externo. Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


9.6 Observações Importantes Os pratos devem ser de louça branca lisa, sem detalhes em pintura ou relevo. Os talheres devem ser de inox inteiriço, sem cabos ou detalhes

que

possam

acumular

agentes

contaminantes

(sujeiras/incrustações). O mesmo padrão deve ser adotado para os utensílios de uso interno da loja (copa/cozinha). As bandejas de apoio para o salão devem ser redondas e de inox. 9.7 Previsão de Equipamentos e Utensílios Esta relação busca orientar a compra de equipamentos, mobiliários e utensílios. Deve-se atentar que cada loja tem um perfil diferente do outro, para tanto devem haver variações.

Tabela 1. Previsão de equipamentos, mobiliários e utensílios para montagem de uma loja Suco do Batuque Descrição do ítem

Quantidade Mobiliário

Mesas 70x70cm em madeira Cadeiras de madeira sem estofado Cadeirões (bebê)

1

Aparadores de apoio Balcão de caixa (com gaveta de dinheiro) Cadeira estofada giratória

2

Aparador Louças com gavetas

1

Prateleira para copos

3a4

Observações De acordo com a área de atendimento De acordo com a área de atendimento De acordo com a área de atendimento Deve servir de apoio para mesas 1 para o Delivery e um para caixa do Salão

2 Local de apoio para utensílios e louças no salão Para setor copa

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Mesa serviço 1.80x80cm acabamento em inox ou formica Mesas de serviço 2m c/prateleira inox 2,0x0,70x0,85cm Mesa c/ pia 2,0x0,85 02 cuba 50x40x25cm inox Aparador/mesa de serviço Estante de aço 1,98m altura Prateleiras em inox 200x30 c/ mão francesa

1 1 1 1 1 2

Espeto de colocar pedidos

Escritório 6

Grampeador Calculadora Suporte para durex

2 2 2

Tesourinha

1 Tecnologia 2

Micro computador (terminal de atendimento) Micro computador (Servidor) Switer (Roteador rede) No Break PABX 4 linhas Intelbras Aparelhos telefônicos Impressora Fiscal Software Homologado pela franqueadora Módulo Mesas/Delivery Televisão LCD 42’ DVD Rádio Caixas de som

1 1 2 1 3 1 1

Para manipulação de produtos de cozinha Apoio cozinha suja Lavagem de louça – cozinha suja Apoio da boqueta Para estoques Para área de manipulação Para comandas já executadas Fechamento de pacotes De mesa Fechamento de embalagens Apoio

Caixa, Disk e Escritório

De acordo com a demanda da loja 2 1 De acordo com a demanda da loja De acordo com a demanda da loja

Ar Condicionado

Refrigerador Balcão de encosto refrigerado Inox

Equipamentos 2 1

Para cozinha Bar

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Filtro de água Fogão de 4 bocas com forno

1 1

Bar, cozinha e Cozinha

Forno Microondas Forno Elétrico Masseira rápida (30kg) Chapa a gás mínimo de 1,2m Liquidificadores simples (1,5l ou maior) Liquidificadores industriais 1,5 lt Liquidificador industrial 7lt

1 1 1 1 2

Cozinha Cozinha Cozinha Cozinha e Bar

3

Cozinha

2 1

Cozinha Uso geral

1

Uso geral

Espremedor de laranja Balança Eletrônica com bateria precisão mínima de 1g Termômetro digital -50°C a 300°C Visa Cooler 2 portas Freezer Horizontal 2 portas Máquina de Gelo Visa Cooler1 porta Coifas em inox Prato Raso Base Prato de sobremesa Jarras de suco (4 a 5 litros) Peneira para suco Relógio de parede Azeiteiro p/ mesa Funil médio Prato para servir Jarra de 1L com graduação de 50ml Pote para açúcar Suporte com tampa (p/ limão) Suporte sem tampa (saches) Suporte para utensílios – copa Colher bailarina Suporte para detergente e bucha Caixas plásticas com tampa 4,5l mod. 1002 – Marfinite

1 3 Dispensa 1 Opcional 2 Bar 2 Cozinha e forno Utensílios 2 para cada assento da loja 0,75 para cada assento da loja 3 3 2 1 por mesa 2 10 2 3 1 1 1 1 4 6

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Caixa plástica com tampa 15,5L Mod. 1012 – Marfinite

12

Caixa plástica com tampa 6,5L 10 Mod.1022 – Marfinite Caixa plástica 50L – Vasadas 4 Mod. 1008 – Marfinite Estrado para copos 25x50x2,5cm 14 Gavetas talher 50x50cm Pinos 1 Netter – escorredor Caneca de alumínio 2L – café 1 Escumadeira (plástico) 2 Colher grande 1 Desentupidor de pia 1 Luva térmica 1 par Lixeiras com pedal 75lt 6 Rodinho 3 Observação: Os copos/pratos devem contar com reserva para reposição de quebra. 9.8 Instalação, Equipamentos, Moveis e Utensílios Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado para essa finalidade. Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles usados para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o alimento. 9.9 Abastecimento de água Todo serviço de alimentação deve possuir reservatório particular

para

armazenamento

de

água.

Deve

possuir

no

mínimo 2 mil litros de capacidade. Deve ser utilizada somente água potável para manipulação de

alimentos.

abastecimento

Quando de

água,

utilizada a

solução

potabilidade

alternativa

deve

ser

de

atestada

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semestralmente mediante laudos laboratoriais, sem prejuízo de outras exigências previstas em legislação específica. O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado a partir de água potável, mantido em condição higiênico-sanitária que evite sua contaminação. Caso a produção seja terceirizada, deve-se adquirir somente produtos que constem todos os dados de procedência. O vapor, quando utilizado em contato direto com alimentos ou com superfícies que entrem em contato com alimentos, deve ser produzido a partir de água potável e não pode representar fonte de contaminação. O reservatório de água deve ser edificado e ou revestido de materiais que não comprometam a qualidade da água, conforme legislação específica. Deve estar livre de rachaduras, vazamentos, infiltrações, descascamentos dentre outros defeitos e em adequado estado de higiene e conservação, devendo estar devidamente

tampado.

O

reservatório

de

água

deve

ser

higienizado, em um intervalo máximo de seis meses, devendo ser mantidos registros da operação.

9.10 Manejo de Resíduos O estabelecimento deve dispor de recipientes identificados e íntegros, de fácil higienização e transporte, em número e capacidade suficientes para conter os resíduos. Os coletores utilizados para deposição dos resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotados de tampas acionadas sem contato manual. O local ideal para deposição após a coleta das áreas deve ser fechado e isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


atração de vetores e pragas urbanas. Deve ser construído de material liso, resistente a ação de produtos químicos, possuir ligação com esgoto (através de ralo), fácil acesso para o serviço de coleta. 9.11 Documentação e Registro O Manual Operacional deve estar acessível aos funcionários envolvidos

e

disponíveis

à

autoridade

sanitária,

quando

requerido. Os

POP

devem

conter

as

instruções

seqüenciais

das

operações e a freqüência de execução, especificando o nome, o cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem ser

aprovados,

datados

e

assinados

pelo

responsável

do

estabelecimento. São necessários os seguintes Procedimentos Operacionais Padronizados: a) Higienização de instalações, equipamentos e móveis (quando não forem rotineiras); b) Controle integrado de vetores e pragas urbanas; c) Higienização do reservatório de água; d) Higiene e saúde dos manipuladores;

Os

POP

referentes

às

operações

de

higienização

de

instalações, equipamentos e móveis devem conter as seguintes informações: natureza da superfície a ser higienizado, método de higienização, princípio ativo selecionado e sua concentração, tempo de contato dos agentes químicos e ou físicos utilizados na operação de higienização, temperatura e outras informações que se

fizerem

necessárias.

Quando

aplicável,

os

POP

devem

contemplar a operação de desmonte dos equipamentos.

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


Os POP relacionados ao controle integrado de vetores e pragas urbanas devem contemplar as medidas preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e pragas urbanas. No caso da adoção de controle químico, o estabelecimento deve apresentar comprovante de execução de serviço fornecido pela empresa especializada contratada, contendo as informações estabelecidas em legislação sanitária específica. Os POP relacionados à higiene e saúde dos manipuladores devem contemplar as etapas, a freqüência e os princípios ativos usados na lavagem e anti-sepsia das mãos dos manipuladores, assim

como

as

manipuladores

medidas

adotadas

apresentem

lesão

nos nas

casos mãos,

em

que

os

sintomas

de

enfermidade ou suspeita de problema de saúde que possa comprometer

a

qualidade

higiênico-sanitária

dos

alimentos.

Deve-se especificar os exames aos quais os manipuladores de alimentos são submetidos, bem como a periodicidade de sua execução. O programa de capacitação dos manipuladores em higiene deve ser descrito, sendo determinada a carga horária, o conteúdo

programático

e

a

freqüência

de

sua

realização,

mantendo-se em arquivo os registros da participação nominal dos funcionários.

10 Receituário Padrão Dos Sucos Quantidade

Unidade

Ingredientes

Anotações

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


11 – RECEITUÁRIO PADRÃO DOS AÇAÍ

Quantidade

Unidade

Ingredientes

Anotações

12 - RECEITUÁRIO PADRÃO DAS VITAMINAS

Quantidade

Unidade

Ingredientes

Anotações

13 - RECEITUÁRIO PADRÃO DAS SALADAS DE FRUTA

Quantidade

Unidade

Ingredientes

Anotações

Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


14 - RECEITUÁRIO PADRÃO DAS SALADAS NATURAIS Quantidade

Unidade

Ingredientes

Anotações

15 - RECEITUÁRIO PADRÃO DOS SANDUICHES

Quantidade

Unidade

Ingredientes

Anotações

Todas estas fichas devem serão montadas pelo franqueado após o treinamento junto ao instrutor Suco do Batuque. Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


Manual Franqueado & Franqueador – Suco do Batuque


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