AgroGuia Ed. Dez 2012

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Publicação Mensal | Dezembro 2012 | Edição 10/Ano 01

AGRO Entrevista Fernando Sampaio, da Abiec, aponta cenário favorável para a carne bovina. AGRO HISTÓRIA José Tadashi Yorinori, o cientista da soja, conta porque suas pesquisas incomodam muita gente. Agro Veículos As pick-ups preferidas pelos fazendeiros

AGRO Produtor

Fazenda Vale do Boi Melhoramento genético dá lucro Epaminondas Andrade, de Araguaína, TO. Um dos maiores usuários do PMGZ - Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos da ABCZ. Agro Guia | Dezembro 2012

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Índice

Agro Mensagens

Agro Agenda

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(11) 3063.1899 / Al. Itu, 1063 - 2º Andar CEP 01421 001 - Jardins - São Paulo - SP www.publique.com | publique@publique.com

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PRESIDENTE E FUNDADOR: Carlos Alberto da Silva

Agro Eventos

Diretor de Redação

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Editora-Chefe

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Agro Agricultura

Agro História

Simone Rubim simone@publique.com

Colaborador

Nathã Carvalho nathars@publique.com

Apoio Comercial

Carlos Alberto da Silva

Projeto Editorial

Gutche Alborgheti

Diagramação e Edição de Imagens

Gutche Alborgheti

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Foto Carlão da Publique/ Publique Banco de Imagens

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Agro Entrevista

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Agro Veículos

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Agro Pecuária

Béth Mélo beth@publique.com

Redação

Capa

Agro Produtor

Carlos Alberto da Silva MTB 20.330

Twitter @GRUPOPUBLIQUE Facebook facebook.com/gpublique Slideshare slideshare.net/grupopublique You Tube youtube.com/GrupoPublique

PARA ANUNCIAR NO GUIA Gerente Comercial Marcela Marchi marcela.marchi@grupofolha.com.br (011) 3224-4546

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Informe Agro Econômico

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Contato Comercial Fernando Oliveira fernandos.oliveira@grupofolha.com.br (11) 3224-4545 Representante Comercial Sonia Maciel soniamaciel@novojeito.net

Agro Enquete

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Mirian Domingues miriandomingues@novojeito.net tel: (11) 3021-1644 Agro Guia | Dezembro 2012

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Agro Editorial

Caros Leitores, É um orgulho fazer chegar às suas mãos a décima edição do Agro Guia, projeto vitorioso que cumpriu seu papel primordial de bem informar e de levar conteúdo de qualidade direto do homem do campo que produz para o homem urbano que consome tudo que se faz no agro.

Foto: Zzn Peres

Esta edição, a derradeira de 2012, está fora de série. Fomos à Araguaína, TO, conhecer o trabalho virtuoso do selecionador de Nelore Epaminondas Andrade, tão bem retratado na pena do colaborador Nathã Carvalho na matéria de capa. Vale destacar as matérias com o mestre da soja José Tadashi Yorinori e com Fernando Sampaio, que fala do cenário positivo para o setor de carnes. Boa leitura e um forte abraço! O Agro Guia retorna logo após o carnaval para a primeira edição do ano em março de 2013.

Carlos Alberto da Silva Diretor de redação

Agro Mensagens

Amigo Carlão, Parabéns pelo Agro Guia. Ele é tudo que nós, produtores rurais, precisávamos. Um canal direto de diálogo onde o agronegócio se mostra em toda a sua plenitude, especialmente às populações urbanas. A Sociedade Rural Brasileira parabeniza o Grupo Publique e o Grupo Folha pela brilhante iniciativa. Cesário Ramalho Presidente da Sociedade Rural Brasileira Gostaria de receber o arquivo da matéria publicada no Agro Guia, sobre Paulo de Castro Marques, para divulgarmos no site da Casa Branca. Elaine Slucki Casa Branca Agropastoril

Tobias Ferraz leu no Agro Guia uma reportagem assinada por Béth Melo com José Luciano Penido da Bracelpa/Fibria. Tentamos recuperar o jornal, porém, não achamos mais. Gostaria de receber a matéria de forma digital. Lilian Munhoz Terraviva Da redação: Já providenciamos o envio dos arquivos solicitados.

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Agro Agenda

Confira os eventos programados para janeiro de 2013

Foto: Divulgação

23 a 26/1 15ª Itaipu Rural Show 2013 – Pinhalzinho (SC), itaipu@cooperitaipu.com.br / www.itaipururalshow.com.br

23 a 27/1 Feovelha 2013 (Feira e Festa Estadual da Ovelha) – Pinheiro Machado (RS), tel. (53) 3248-1600, e-mail: contato@feovelha.com.br / www.feovelha.com.br Foto: Divulgação

19/1 a 3/2 64ª Festa do Figo e 19ª Expogoiaba – Valinhos (SP), tel. (19) 3849-7790, 2013@festadofigo.com.br / www.festadofigo.com.br

25 e 26/1 Show Safra 2013 – (Dia de campo) – Lucas do Rio Verde (MT), tel. (65) 3549-1161, e-mail: rodrigo@fundacaorioverde.com.br / www.fundacaorioverde.com.br 29 a 31/1 AG Connect Expo 2013 – Kansas (EUA), tel. (55) 414-298-4138, info@agconnect.com / www.agconnect.com

Agro Guia | Dezembro 2012

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Agro Eventos/Balanço

A 25ª Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro 2012), realizada de 24 de novembro a 2 de dezembro, no Parque de Exposições de Salvador (BA), movimentou R$ 120 milhões e superou em 20% o resultado do ano passado. Os 21 leilões garantiram cerca de 25% do total faturado. O evento contou com a presença de 300 mil visitantes, 16% acima de 2011. Participaram dessa edição 800 expositores com 6.000

Foto: Jhon Caribé

Fenagro fatura R$ 120 milhões

animais, entre bovinos, com 1,1 mil exemplares, equinos (800), caprinos e ovinos (3.000).

Foto: Zzn Peres

Feileite

A 6ª Feileite – 6ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite, realizada de 19 a 23 de novembro, no Centro de

Exposições Imigrantes, em São Paulo, reuniu todos os elos da pecuária leiteira. O evento organizado pelo Agrocentro teve como destaques o 1º Congresso Via Láctea e a 3ª edição do Troféu Balde de Ouro. Reuniu cerca de 2.000 animais das principais raças leiteiras, recebeu mais de 20 mil visitantes e contou com julgamentos, concursos leiteiros, leilões e outros eventos.

Agro Eventos/Destaque

Foco na sustentabilidade

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pação de mais de 200 empresas que demonstrarão as tecnologias e tendências do agronegócio. Foto: EV Comunicação

De 23 a 26 de janeiro de 2013, será realizado o 15º Itaipu Rural Show, em Itaipu (SC), com o tema central Propriedade Rural Sustentável. “Através de palestras e demonstrações, serão abordadas as diversas possibilidades de atuar em uma propriedade sustentável”, afirma Arno Pandolfo, presidente da Cooperitaipu (Cooperativa Regional Itaipu), organizadora do evento. Segundo ele, são esperados mais de 40 mil visitantes e está prevista a partici-


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Agro Agricultura/Commodities

SOJA Cenário favorável De janeiro a novembro deste ano, as receitas do complexo soja somaram US$ 25,3 bilhões, 11% acima do mesmo período de 2011, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Na temporada 2012/2013, o bom desempenho da oleaginosa deve ocorrer em todas as regiões do país, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O terceiro levantamento de intenção de plantio realizado pela estatal prevê aumento de 8,8% na área plantada em 8,8%, de 25.042,2 mil hectares para o recorde de 27.241,1 mil ha. A estatal estima aumento de 24,5% na produção nacional, que deve alcançar o recorde de 82.627,6 mil toneladas. MILHO Embarques maiores Em novembro, os embarques de milho somaram 3,9 milhões de toneladas, ante 3,66 milhões/t registradas no mês anterior, de acordo com a Secex. A receita com as exportações rendeu US$ 1,07 bilhão. No acumulado até novembro, o volume exportado alcançou 16,1 milhões de toneladas. A estimativa de exportações da safra 2011/2012 é de 20,5 milhões/t. O levantamento da Conab aponta perda de espaço

do cereal, para a soja, no cultivo de verão, na faixa de 5,5%, de 7.558,5 hectares, na temporada passada, para 7.143,0 ha, na atual. Já a produção, deve alcançar 34.477,8 mil t, na para a safra de verão, incremento de 1,8%, comparado com o exercício anterior. ALGODÃO Redução da área O terceiro levantamento de intenção de plantio para a safra 2012/2013 prevê o cultivo de 1.002,6 mil hectares de algodão, 28% inferior aos 1.393,4 mil ha cultivados na safra anterior. A queda dos preços do pluma, a expectativa de elevação dos custos de produção e a valorização das commodities concorrentes (milho e soja) motivaram os produtores a reduzir a área. A Conab estima redução na produção de caroço de algodão de 3.018,6 mil toneladas para 2.357,8 mil t, 21,9% abaixo da safra 2011/2012. Já a produção do algodão em pluma, deverá cair 21,8%, de 1.877,3 mil t para 1.468,1 mil t, na atual temporada. CAFÉ Quadro de retração Em novembro, a receita com as exportações de café caíram 31,1% em relação a igual mês do ano anterior, chegando a US$ 583,588 milhões, segundo o CeCafé (Conselho

dos Exportadores de Café do Brasil). Os embarques totalizaram 2.797.769 sacas, redução de 8% na comparação com o mesmo mês de 2011. De janeiro a novembro deste ano, as receitas com as exportações de café somaram 5,753 bilhões, queda de 27,1% em relação mesmo período de 2011. A retração é creditada ao aumento da oferta mundial e à queda dos preços. Já o volume de café exportado totalizou 25.341.472 sacas, redução de 16,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. CANA-DE-AÇÚCAR Aumento da produção A Conab estima a produção de cana, na safra 2012/2013, em 560,36 milhões de toneladas, ante 595,13 milhões de t, aumento de 6,5%. A produção de açúcar deve chegar a 37,66 milhões de t, e a de etanol, 24,93 bilhões de litros, evolução de 4,72% e queda de 5,22%, respectivamente, em relação à safra anterior. O aumento da oferta mundial e a retração nos preços reduziram as receitas com as exportações de açúcar, em novembro, para US$ 1,433 bilhões, 16% abaixo do mesmo mês de 2011. Já a receita com etanol, somou US$ 216 milhões, evolução de 4%. (BM) Agro Guia | Dezembro 2012

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Fotos: Divulgação

Agro História

O mestre da soja

Cientista respeitado mundialmente, suas pesquisas incomodam muita gente Por Paulo Roque

José Tadashi Yorinori, 70, engenheiro agrônomo, mestre e PhD em fitopatologia é um cientista respeitado mundialmente devido aos seus trabalhos no controle e combate às doenças e pragas da soja. Seu currículo é tão extenso quanto a lista das homenagens recebidas. Maior ainda são os trabalhos realizados na década de 70, quando ajudou a montar os primeiros laboratórios do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná). O que inclui o desenvolvimento das primeiras câmaras de crescimento de microrganismos em ambiente controlado e de fluxo laminar fabricada no Brasil. Foi responsável pela justificativa técnica para o estabelecimento da Embrapa Soja, em Londrina (PR), no período 1974/1975, e por pes8

quisas sobre o controle químico das principais doenças da soja, além da recomendação de manejo e desenvolvimento de cultivares resistentes às doenças como olho-de-rã, cancro da haste, mancha alvo, oídio, podridão vermelha da raiz - síndrome da morte súbita (PVR/SDS) e ferrugem asiática. No período de 2002/2007, introduziu e avaliou as principais fontes de resistência à ferrugem asiática. Destes trabalhos resultaram as primeiras cultivares resistentes recomendadas pela Fundação Mato Grosso, em 2009: TMG 801 Inox e TMG 803 Inox. Paranaense, filho de imigrantes japoneses, nascido e criado no município de Londrina, em uma pequena propriedade de 10 alqueires, Tadashi aponta como sua principal


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Agro História

contribuição a de sugerir e participar da implantação do vazio sanitário para o controle da ferrugem asiática. “Começou em Mato Grosso, em 2006, e, atualmente, é obrigatória e faz parte das estratégias de controle da doença em todas as regiões produtoras do País. Só foi possível graças às ações dinâmicas e integradas das entidades representativas da classe dos produtores mato-grossenses”, diz o pesquisador. E esclarece que, no período de 2002 a 2009, a doença causou prejuízos superiores a 34,2 milhões de toneladas de soja, o equivalente a US$15,3 bilhões (soma do custo do controle da doença e perdas com grãos e sobre a arrecadação), além dos impactos socioeconômicos em todo o Brasil. A competência ao defender seu ponto de vista e as conclusões das suas pesquisas e, consequentemente, suas recomendações, tornaram-no um dos profissionais mais polêmicos do meio científico brasileiro.

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Muitas vezes sofreu acusações injustas, mas, ao final, recebeu o reconhecimento de muitos dos seus opositores. Somente com relação ao cancro da haste da soja, foram duas situações inusitadas: Na década de 1980, a doença se espalhou pelo Brasil e países vizinhos. Nos anos 1990, somente aqui, segundo Tadashi, as perdas estimadas até a safra de 1995/1996 ultrapassaram US$ 500 milhões. O principal meio de disseminação era a semente contaminada, produzida no Sul e cultivada no cerrado. “Cerca de 80% das áreas do cerrado eram cultivadas com as cultivares: FT-Cristalina e a Emgopa 301. Insisti que era necessário desenvolver cultivares resistentes. Na região de Barreiras (BA), um produtor de semente escreveu um manifesto dizendo que eu deveria estar ganhando dinheiro fazendo marketing de empresas concorrentes e denegrindo a imagem da cultivar FT-Cristalina, a rainha da soja brasileira. Algumas safras mais tarde, tive oportunidade de conhecê-lo. Estendendo as duas mãos à frente, com as palmas abertas para cima disse: dr. Tadashi, o senhor estava certo, dou minhas mãos à palmatória. Foi uma experiência gratificante, porém, ao mesmo tempo, fiquei muito triste por não ter podido ajudá-lo, pois sua empresa foi à falência.” Ainda na safra de 1993/1994, relembra, “fui perturbado por um gerente da carteira agrícola do Banco do Brasil, responsável por financiar e agricultores da região de Barreiras, que vinham acumulando anos de inadimplências. Ao ver o desas-


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Agro História

tre causado pelo cancro da haste, solicitou-me que emitisse um parecer oficial, como pesquisador da Embrapa Soja, de que era inviável o cultivo da soja nos Gerais da Bahia (Barreiras).” De todas as dificuldades e a que considera mais frustrante foi quando surgiu a ferrugem asiática, em 2001. “A doença fora confirmada no Paraguai e se instalou no Paraná. Amostras de folhas coletadas naquele país e no Paraná foram enviadas ao pesquisador do USDA/ ARS, Reid Frederick, em Fort Detrick, Maryland, e permitiram confirmar que a nova ocorrência era realmente da devastadora doença causada pela espécie Phakopsora pachyrhizi. Imediatamente, elaborei um documento para que a chefia da Embrapa Soja comunicasse ao Departamento de Defesa Sanitária Vegetal do Ministério da Agricultura. Fui solicitado a não divulgar o problema, sob a alegação de que ela poderia afetar o mercado e a exportação da soja”, conta. Em fevereiro de 2002, Tadashi, recebeu notícias de que a ferrugem havia explodido nas lavouras de Chapadão do Sul (MS), Chapadão do Céu (GO) e Alto Taquari (MT). Ao final da safra, cerca de 60% da área de soja do Brasil estava severamente afetada pela doença. As perdas

estimadas na safra de 2001/2002 atingiram US$ 146 milhões. E desabafa: “Enfrentei a incompetência de pessoas investidas em cargos de alta responsabilidade e que se prevaleciam da autoridade para regular sobre temas que desconheciam. Também convivi com a suspeita de que eu deveria estar interessado em me beneficiar das recomendações de fungicidas para controle de doenças da soja. Sempre fui uma pedra no sapato das multinacionais de defensivos quando se discutia a recomendação de novos fungicidas, principalmente para ferrugem. Mas sempre fui exigente na recomendação de produtos comprovadamente eficazes”, diz. Segundo o cientista, na agricultura moderna, realizada em grandes extensões, geralmente em monocultivo de lavouras geneticamente muito próximas, o risco de ocorrência de doenças e pragas é uma consequência lógica da reação da natureza. “Portanto, não há como prescindir dos defensivos agrícolas. Mas, o futuro da saúde humana também depende do uso criterioso dessa arma”, alerta. Desde o desligamento da Embrapa Soja (março de 2007), Tadashi Yorinori atua como autônomo na área de consultoria/assessoria técnico-científica.

“Um gerente do Banco do Brasil pediu-me um parecer oficial de que o cultivo de soja era inviável em Barreiras.”

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Fotos: Divulgação

Agro Produtor

Epaminondas Andrade, Fazenda Vale do Boi, Araguaína, TO.

Pacote tecnológico é o diferencial Fazenda Vale do Boi, de Epaminondas de Andrade, é exemplo que investir em melhoramento e gestão dá certo Por Nathã Carvalho

Em Carmolândia (TO) está localizada uma das propriedades modelo quando o assunto é gestão rural e utilização de metodologias que possibilitam o controle mais eficaz das atividades. Trata-se da Fazenda Vale do Boi, do pecuarista Epaminondas de Andrade, com área total de 1.800 hectares. Destes, 1.500 hectares são de pasto, destinados à pecuária de corte de ciclo completo e à seleção de reprodutores e matrizes geneticamente superiores da raça Nelore (PO) em plena harmonia com o meio ambiente. O rebanho alcança cerca de 3500 cabeças, das quais 1.200 matrizes.

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A história da Fazenda Vale do Boi começou após Epaminondas concluir que o futuro da pecuária de corte no Brasil estava nas regiões Centro-Oeste e Norte, o que hoje é uma realidade. Sua atividade no campo começou há pouco mais de 40 anos, em Uberaba (MG), sua terra natal, com seleção da raça Gir. Cerca de quatro anos depois, Epaminondas vendeu a fazenda de porteira fechada, inclusive com o rebanho Gir, e adquiriu outra, porém, com gado Nelore, iniciando a seleção da raça ainda em terras uberabenses. “Pela dificuldade de trabalhar com a pecuária de corte na região do Triangulo Mi-


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Agro Produtor

neiro, pela necessidade de ter uma escala maior e também em função da valorização das terras na região, migrei para o Norte do País para adquirir terras mais baratas”, conta. Em outubro de 1983 o rebanho foi transferido para a Fazenda Vale do Boi, no município de Araguaína, norte de Goiás, e, com a divisão do estado e municípios, Carmolândia, no norte do Tocantins, próximo do sul dos Estados do Pará e Maranhão. A fazenda é destaque nacional quando se fala em gestão rural. É totalmente adepta às metodologias que possibilitem a informatização da propriedade. “Quando era menino, fui para São Paulo, onde tive a oportunidade de concluir meus estudos e construir uma carreira. Fui até diretor em algumas empresas e trouxe essa bagagem de gestão de negócios para a pecuária. A fazenda construiu um diferencial a partir da minha vida na indústria e no comércio”, afirma o criador. No sistema de gerenciamento da Vale do Boi estão inclusas desde planilhas do inventário do rebanho até as de mapas de compra e venda, caixa e controle de custos e receitas, balanço, softwear Procan e de controle pluviométrico, medição realizada desde 1986 e que apresenta todo o histórico de chuva na área. Todas muito bem detalhadas e organizadas. A lida com o gado conta a aplicação de variadas técnicas como manejo racional, rotação de pastagens, correção e adubação do solo, diversidade de gramíneas, controle de lotação e rotação. Entre as forrageiras cultivadas destacam os capins massai, tanzânia, mombaça, braquiarão, MG5 e elefante, além da grama estrela africana e a estrela roxa. “Trabalho com nível mediano

a alto de tecnologia. Como faço melhoramento genético, a fazenda é toda informatizada e, em 2010, a Vale do Boi recebeu o prêmio MPE-Brasil, conferido a melhor qualidade de gestão no agronegócio no Brasil, o que tornou a fazenda reconhecida entre as melhores empresas do País, na categoria Agronegócio, pelas boas práticas de gestão adotadas”, destaca. Epaminondas não esconde a importância de uma gestão moderna. “Para se fazer uma gestão mais eficiente, é necessário investir em ferramentas que não são tão caras para informatizar a fazenda. Basta utilizar os softwares disponíveis no mercado. O que é mais custoso é produzir uma pastagem que seja compatível com o gado geneticamente melhorado, pois quanto maior o avanço genético do gado, maior a exigência destes animais em termos de nutrição e manejo.” E por falar em genética, a Fazenda Vale do Boi foi uma das pioneiras na adesão ao PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos), da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). Foi pioneira na comercialização de reprodutores com avaliação genética em leilões no Estado e é atualmente uma das propriedades com o maior número de animais participantes tanto na prova de CDP (Controle de Desenvolvimento Ponderal) como nas PGP (Provas de Ganho de Peso). O rebanho também participa (e vence), frequentemente, das etapas do Circuito Boi Verde de Carcaças, organizado pela ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil). “Trouxemos todas estas técnicas para a fazenda, o que tem nos ajudado e nos destacado no cenário nacional, inclusive somos reconhecidos por tudo isso. Por

Propriedade é destaque no PMGZ/ ABCZ em participação de animais

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Agro Produtor

exemplo, chegamos a receber uma premiação da ABCZ, em função dos nossos animais se destacarem em desempenho através do PMGZ”, detalha. Com relação ao PMGZ, Epaminondas é um dos grandes defensores da utilização do programa, por verificar as vantagens na prática. “Tenho um desempenho muito bom na minha fazenda, baseado no programa” afirma. Para ele, modernamente é impossível desenvolver pecuária de corte ou leite sem utilizar uma ferramenta de programa de melhoramento. “O PMGZ é muito abrangente e trabalha, hoje, com quase um milhão de matrizes. A ABCZ tem um dos melhores grupos técnicos espalhados pelo Brasil, com um escritório regional nas principais cidades, e isso possibilita um desempenho considerável”, acrescenta. Só para exemplificar, a evolução de quase 18%, de 1995 a 2009, no rebanho da Vale do Boi, em relação ao peso à desmama dos bezerros Nelore, comprova a eficiência tanto das práticas adotadas para manejo e nutrição, como também da utilização do programa de melhoramento. A cada ano a fazenda vem se destacando na superioridade genética de seus produtos, como demonstram os rela-

tórios dos animais candidatos a CEP (Certificado Especial de Produção), do PMGZ. Só em 2012, considerando a safra de 2010, mais de 2200 produtos da fazenda eram candidatos a CEP, um dos mais importantes produtos disponibilizado pelo PMGZ, certificado alia a superioridade genética do animal ao seu biotipo, baseado nas avaliações genéticas de todos os animais participantes do PMGZ. Segundo o criador, as avaliações obtidas por meio dos programas de melhoramento estão à disposição do produtor como importante ferramenta de seleção, seja com o foco na produção de genética ou de gado comercial “Muitos produtores trabalham há anos com seleção de gado e não utilizam essas ferramentas. Estão perdendo tempo, pois o quanto antes eles participarem desses programas, o quanto antes vão conseguir melhorar o desempenho dos seus rebanhos”, argumenta e acrescenta: “Investir em melhoramento genético é o caminho certeiro para quem está focado em atingir o ápice de desempenho do rebanho, o que resultará no aprimoramento da eficiência produtiva e consequentemente no incremento da rentabilidade.”

Boas práticas de gestão renderam o prêmio MPEBrasil, em 2010

Epaminondas Andrade conquistou em 2012 o título de “Pecuarista do Ano” no Rally da Pecuária

Ricardo, filho do Sr. Epaminondas, herdou do pai o gosto pelo melhoramento genético.

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PUBLIQUE

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O Indice de Qualidade Genética do seu rebanho Um índice com a marca de credibilidade da ABCZ, associação referência para todos os criadores de zebu do Brasil e do mundo; Características de importância econômica; Combina DEPs de diferentes características; Identifica animais geneticamente superiores para um conjunto de características relacionadas ao crescimento, reprodução e à habilidade materna.

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Seu rebanho na direção certa

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Crédito das fotos: Assessoria Abiec

Agro Entrevista

Fernando Sampaio, diretor executivo da Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes

Cenário positivo para setor de carne Fernando Sampaio, diretor Executivo da Abiec aposta na retomada do ritmo das exportações Por Béth Mélo

“O cenário para 2013 continua favorável para a indústria de carnes e pode ser ainda melhor se a macroeconomia favorecer a retomada também dos preços”, prevê o engenheiro agrônomo Fernando Sampaio, diretor executivo da Abiec (Associação das Indústrias Exportadoras de Carnes). Em sua opinião, a erradicação completa da febre aftosa no território brasileiro e a melhora no status sanitário ainda são entraves e prioridades, tanto para o setor privado como para o governo brasileiro. “Outros entraves são as barreiras tarifárias que deveriam ser trabalhadas em negociações bilaterais”, aponta 16

Sampaio, que é especialista em Mercado de Carne pela ESA Angers, França. Confira a entrevista do executivo que é membro da Comissão Executiva do GTPS (Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável) e do Comitê de Sustentabilidade do IMS (International Meat Secretariat). Agro Guia – Fale do Brasil como grande exportador de carne. Fernando Sampaio – O Brasil tem vocação natural para ser um grande exportador de carne. É dono do maior rebanho comercial do mundo, tem espaço, água, luz, tecnologia e uma


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Agro Entrevista

indústria preparada para atender o mercado. Com o crescimento da população e da economia mundial, as previsões da FAO e da OECD confirmam que a demanda de proteína (incluindo suínos e aves) crescerá em 60 milhões de toneladas adicionais até 2020. Esse incremento de demanda é concentrado na Ásia (56%) e na América Latina. Entre nossos competidores, a Austrália está no topo de sua capacidade de produzir e exportar. Os Estados Unidos são grandes exportadores, mas também grandes importadores, e, com o menor rebanho desde 1973, precisarão importar cada vez mais. A Índia aparece como fornecedor de carne de búfalo a países e nichos de mercado de baixa renda, e cresce em ritmo acelerado. Argentina, Uruguai, Paraguai e outros países como México, Colômbia e outros começam a se preparar para atender o mercado, mas em volumes menos importantes. O Brasil, com certeza, é quem mais pode se beneficiar neste jogo. A evolução dos últimos anos continua e faz com que sejamos cada vez mais líderes consolidados em produção e exportação de carne bovina. O País conseguiu diversificar e aumentar as exportações. No começo dos anos 2000, cerca de 80% dos embarques do produto eram destinados à União Europeia. O País conquistou mercados que cresceram significativamente neste período, como Rússia, Irã, Egito, Hong Kong e China, Chile e outros, fruto do crescimento

econômico mundial puxado pelas nações emergentes. Agro Guia – Quais os principais entraves? FS – Ainda não acessamos alguns dos mercados importadores mais importantes, como Japão, Coréia do Sul e os países do Nafta, onde o valor agregado da carne bovina é maior do que a média mundial. A erradicação completa da febre aftosa no território brasileiro e a melhora no status sanitário ainda são entraves e prioridades, tanto para o setor privado como para o governo brasileiro. Outros entraves são as barreiras tarifárias que deveriam ser trabalhadas em negociações bilaterais. Agro Guia – Como ocorreu a evolução do setor? FS – Em menos de dez anos, entre 1997 e 2007, o Brasil passou de pequeno exportador a maior exportador mundial. A evolução nos controles sanitários do País e a profissionalização das indústrias abriram as portas a mais de uma centena de mercados para a carne brasileira. Durante este período, também pode, a exemplo de outros setores da economia, se consolidar e internacionalizar. A crise financeira de 2008/2009 fez com que nos últimos 3 anos o país reduzisse o volume exportado, embora o faturamento na exportação tenha voltado a crescer desde 2009. O crescimento do mercado interno no período compensou a queda dos embarques. Em 2012

“O Brasil tem vocação natural para ser um grande exportador de carne.”

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Agro Entrevista

estamos vendo, apesar da crise, uma retomada dos volumes nas exportações, com um cenário cambial mais favorável do que nos anos passados. Agro Guia – Qual a expectativa para o próximo ano? FS – A retomada das exportações deve continuar. Em 2012, apesar do crescimento dos embarques, houve uma queda no preço médio da carne exportada de 4,5% (até outubro). O cenário para 2013 continua positivo para a indústria de carnes e pode ser ainda melhor se a macroeconomia favorecer a retomada também dos preços. Existe demanda para isso nos nossos principais mercados que são principalmente países emergentes, Rússia, Oriente Médio, América Latina e China.

uma pecuária que está evoluindo e incorporando cada vez mais tecnologia e ganhos de eficiência e produtividade. Uma mudança de posicionamento que mereceu o Prêmio Apex deste ano em reconhecimento a este trabalho. Agro Guia – Qual a visão da Abiec sobre a sustentabilidade na pecuária? FS – A pecuária é uma atividade tipicamente de fronteira. Abre caminhos para a agricultura e o desenvolvimento e foi responsável pela consolidação das fronteiras e pela ocupação do território brasileiro, em um processo incentivado e planejado por sucessivos governos brasileiros. Na América do Norte esse processo de ocupação aconteceu há 150 anos. No Brasil aconteceram nos últimos 50 anos. Mas hoje a pecuária, longe de ocupar novas áreas, está diminuindo sua área no território nacional. Antigas áreas de pastagens estão sendo convertidas em agricultura. A produção continua a aumentar pelos ganhos em produtividade, não pela expansão horizontal da pecuária. Neste sentido, é uma atividade sustentável porque contribui para diminuir a pressão por desmatamento e à medida que se intensifica diminui suas próprias emissões de gases de efeito estufa. No entanto, quando examinamos de perto a fronteira agrícola na Amazônia, o desmatamento continua a ocorrer e as florestas continuam a virar pasto.

“País dispõe de tecnologia e crédito para intensificar a pecuária.”

Agro Guia – Quais as estratégias para a abertura de novos mercados? FS – O marketing do Brazilian Beef foi durante muito tempo focado na sanidade e na qualidade do produto. Pretendemos manter essa linha e mostrar um pouco mais dos processos de produção. Pela velocidade com que cresceu no mercado externo, a pecuária brasileira tem sido estereotipada no exterior como uma atividade ineficiente, que só evoluiu à custa do desmatamento da Amazônia. Estamos, aos poucos, conseguindo mudar esta imagem, mostrando que o país tem 18


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Mas é um erro assumir que a pecuária seja a causa do desmatamento. É apenas sua consequência. A causa é a especulação imobiliária e a ocupação desordenada do território. A pecuária entra como um instrumento de ocupação do espaço, obviamente porque é a única atividade possível onde não há infraestrutura. Hoje a grande indústria exportadora sabe exatamente onde estão seus fornecedores na Amazônia e o risco de cada um. Agro Guia – Fale da relação pecuária e preservação dos recursos naturais. FS – A indústria da carne não precisa avançar sobre a floresta para ter matéria-prima para atender à demanda doméstica e mundial. A intensificação da pecuária já permitiu e vai permitir ganhos expressivos de produtividade e, inclusive, acomodar toda a recuperação ambiental prevista pela reforma do Código Florestal. O Brasil tem tecnologia e crédito para intensificar a pecuária. Basta democratizar o acesso a estes dois instrumentos e direcioná-los no território onde são mais necessários. Existem 25 milhões de pessoas na Amazônia que precisam de renda para viver. A pecuária deve continuar nas áreas consolidadas. Mas, onde há floresta é preciso fomentar uma economia florestal que hoje não existe, para que se mantenha a floresta de pé. Nas áreas de cerrado, há regiões onde a agricultura pode se desenvolver sem prejuízo à biodiversidade e onde é desejável que isso aconteça. Em regiões como o sul do Piauí, o oeste baiano, Maranhão e Tocantins, a agri-

cultura está sendo um imenso vetor de desenvolvimento e inclusão social.ele colhe, um lucro líquido equivalente ao preço da terra. Em média, algo em torno de R$ 5.000 mil a R$ 6.000 mil/ha. Agro Guia – Qual o papel da Abiec como interlocutor da Indústria de carne? FS – A Abiec é a interface da indústria de carne bovina com o governo brasileiro em suas diversas instâncias. Nosso diálogo é constante com vários ministérios, além dos governos e órgãos de defesa estaduais e outros em prol de interesses da indústria e do País. Também representamos a indústria junto à Confederação Nacional da Agricultura e suas federações, associações de criadores, organizações não governamentais, universidades e centros de pesquisa. Nosso papel extrapola o tema exportação e engloba diversas áreas de interesse do setor. Trabalhamos pela modernização da legislação, pelo atendimento aos mercados, pela competitividade das empresas e para responder às demandas econômicas, de segurança alimentar e sócio-ambientais da sociedade brasileira e da comunidade internacional. No plano internacional, temos uma parceria com a Apex na promoção da marca Brazilian Beef em mercados alvo, com foco no crescimento das exportações e na consolidação da imagem do País como um fornecedor essencial e responsável de carne bovina de qualidade. Agro Guia | Dezembro 2012

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Fotos: Divulgação

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Por Béth Mélo

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As picapes disputam as preferências dos fazendeiros pelo Brasil afora. Conforto, resistência, baixo custo de manutenção, economia de combustíveis são alguns dos critérios que definem a escolha da marca e do modelo.

na manutenção, o baixo custo das revisões, e a resistência, mesmo enfrentando condições adversas”, conta e acrescenta: “A caçamba é imprescindível. O modelo supre todas as minhas necessidades, alia conforto e resistência.”

Guilherme Rodolfo Reich, Senepol Luar, projeto de seleção da raça Senepol, em Camapuã (MS), escolheu sua picape por recomendação do pai, que também atua no ramo do agronegócio. “Depois de adquirir minha primeira camionete Toyota, uma Hilux, pude confirmar tudo o que meu pai havia dito, e ainda mais: a facilidade

Série especial Para comemorar uma década de produção do modelo e da marca Nissan no Brasil, a empresa lançou a série especial ‘10 anos’ da linha da picape Frontier. São duas versões: SV Attack (trações 4x2 e 4x4) e SL AT (4x4), com design frontal diferenciado, novos pára-choques, grades e rodas em duas versões (16 e 18 polegadas).


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As caminhonetes preferidas no campo Alguns dos modelos disponíveis para o mercado, suas características e as novidades nas linhas 2013

som, chave inteligente I-Key, que pode ser mantida sempre no bolso ou na bolsa”, detalha Tiago Costa, gerente de marketing do produto. “A picape forte de verdade está ainFoto: Carlão da Publique/Publique Banco de Imagens

“Completam as novidades computador de bordo; ar-condicionado digital de duas zonas, ajustável pelo motorista e pelos passageiros do banco traseiro, câmara de ré integrada ao

Adilson e Guilherme Rodolfo Reich, da Senepol Luar

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da mais robusta. Tem chassi reforçado, com duas longarinas e oito travessas, motor 190cv mais eficiente, que proporciona maior economia de combustível, ou seja, une as vantagens de uma SUV e o conforto de um carro moderno”, explica. Em 10 anos, a Nissan comercializou mais de 80 mil unidades da Frontier. De janeiro a outubro de 2010, por exemplo, foram 6.300 picapes e, no mesmo período de 2013, 14.600 unidades, segundo o Tiago Castro, gerente de marketing de produto, o maior crescimento das vendas foram para o produtor rural. “Dentro do segmento de picapes médias, a Frontier tem 12% de participação em market share, com destaque para Recife (PE), com 25%, Feira de Santana (BA), com 26%, Brasília (DF), 21%, e Ribeirão, Preto 20%”, informa.

Alta tecnologia Este ano, a Mercedes-Benz lançou no 22

Brasil a ML 350 BlueEfficiency Sport, ML 63 AMG, GLK 300 BlueEfficiency e G 63 AMG. “As Classes GLK, ML e GL destacam-se por segurança, desempenho, alta tecnologia e excelente dinâmica de condução, tanto na estrada como fora dela. Essas características dos automóveis atraem o perfil de clientes do ramo do agronegócio”, afirma Toniato. Ele acrescenta que os novos modelos chegaram com visual renovado, motor mais potente, alta tecnologia e uma gama de equipamentos voltados para segurança e conforto. Segundo Glauci Toniato, gerente de Marketing de Produto Automóveis da empresa, os SUVs da Mercedes-Benz aliam esportividade, conforto e qualidade premium. Também destaca o conceito BlueEfficiency que alia desempenho com redução de consumo e baixa emissão de poluentes. Para 2013, ele adianta a chegada da GL 500, GL 63 AMG, além de novidades nas linhas GLK e ML.


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Três linhas

O Outlander GT4 2013, conta o diretor de Marketing, está ainda mais esportivo. “As colunas das portas, o console central, a moldura do kit multimídia e as saídas de ar receberam detalhes em fibra de carbono, que deixaram o visual mais moderno e arrojado. O teto ganhou pintura na cor preta, desde o para-brisa”, acrescenta e lembra que o veículo também recebeu câmera de ré e sensor de estacionamento. Fotos: Divulgação

Para esse segmento, a Mitsubishi conta com as linhas L200 Triton 2013, Pajero Dakar e Outlander GT4. “Os modelos são preparados para uso em condições adversas e aliam o conforto de um carro de luxo à resistência de um veículo que pode andar em qualquer tipo de terreno”, afirma Fernando Julianelli, diretor de Marketing da Mitsubishi Motors do Brasil. Na Pajero Dakar, ele destaca conforto, robustez e espaço. A versão 2013 conta com sistema multimídia, equipado com GPS com mais de 1.250 cidades mapeadas, CD, DVD e MP3 Player e Bluetooth com viva-voz, além de câmera de ré. “Já a L200 Triton 2013, possui sistema de tração 4x4 Easy Select 4WD, circula facilmente entre fazendas, estradas e riachos, com a praticida-

de de transportar grandes volumes”, informa Julianelli. As novidades da linha são amortecedores Full Displacement e o SDS, conceito que agrega tecnologia, força, segurança e resistência nas cabines duplas. “Também conta com o LSD Hybrid no diferencial traseiro, que permite a transposição de obstáculos severos.

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Agro Pecuária/Commodities

BOVINOS Embargo No começo de dezembro, as atenções do Ministério da Agricultura se voltaram para o esclarecimento de caso descartado de BSE para os países importadores. Até dia 14, Japão, África do Sul e China haviam proibido a importação de carne bovina do Brasil, devido à confirmação da presença da proteína do agente causador da Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como doença da vaca louca, em uma fêmea que morreu em dezembro de 2010, no Paraná. Em novembro, as exportações de carne bovina in natura totalizaram 82,7 mil toneladas, ante 100,6 mil t, em outubro, segundo a Secex. A receita alcançou US$ 399,2 milhões, redução expressiva em relação a outubro (US$ 485,9 milhões).

de soja), e embargos da Rússia e Argentina foram os principais problemas enfrentados pelo setor, em 2012. Na avaliação da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína), o aumento do consumo interno e as importações da Ucrânia e Hong Kong ajudaram a amenizar as perdas. Para 2013, a expectativa é de abertura do mercado japonês, principal importador mundial de carne suína. Também há previsão de aumentar as vendas para China e Rússia, mercados que remuneram melhor o produto. Em 2012, a produção nacional de carne suína deve alcançar cerca de 3,5 milhões de toneladas, aumento de 2,5% na comparação com 2011. Já as exportações, devem ficar em torno de 580 mil t.

SUÍNOS Pressão de preços Custos elevados, em razão da alta de preços dos insumos (milho e farelo

AVES Retrocesso Em novembro, o Brasil exportou 279,6 mil toneladas de carne de frango

in natura, cerca de 10% abaixo do mês anterior, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A redução dos embarques e o preço médio inferior contribuíram para a queda na receita, que ficou em US$ 566,155 milhões, 10,11% inferior a outubro. De janeiro a novembro, o volume exportado totalizou 3,246 milhões de t, redução de 0,12% comparado ao mesmo período de 2011. Já as receitas das exportações, somaram US$ 6,082 bilhões, redução de 5,16% em relação a igual período do ano passado. Mesmo diante do cenário de custos elevados, o presidente da APA (Associação Paulista de Avicultura), Érico Pozzer, prevê a recuperação do setor, em 2013, com pequena margem para os produtores, no primeiro semestre, e custos em leve queda e manutenção de preços firmes, no segundo. (BM)

US$ 129,5 MILHÕES foi a receita das exportações do Projeto Organics Brazil. Água de coco, açaí, camu-camu e castanhas puxaram a demanda dos EUA.

7.600 HECTARES é a área plantada com guaraná, na Bahia, maior produtor dessa cultura do mundo com 2.540 toneladas de grãos/ano.

AGRO NÚMEROS R$ 72 BILHÕES é a previsão de faturamento da Vigor e do frigorífico JBS, que pertencem à holding da família Batista, formada por sete empresas. 26


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Você sabia que... os programas de incentivo ao crédito estimulam o aumento da irrigação no Brasil, e que no futuro isso será fundamental para alimentar o mundo? Nos últimos dois meses do ano a redução das taxas de juros elevaram as contratações de crédito por meio do Programa de Sustentação de Investimento (PSI – BK). Com a redução das taxas, os investimentos em tecnificação da produção agrícola foram alavancados, provocando um aumento significativo nas aquisições de equipamentos de irrigação, maquinário e estruturas de armazenagem. Até outubro deste ano, o total financiado representou 42,6% dos R$ 6 bilhões disponíveis pelo PSI até junho de 2013, algo que comprova sua eficiência. É importante constatar que o aumento de produtividade e o bom momento da agricultura brasileira são estimulados por programas como esse. Projeções revelam que até 2050 a produção mundial de alimentos deverá crescer 70% para atender a demanda gerada pelo crescimento populacional, e o Brasil será responsável por grande parte deste total. Para alcançar grandes

metas como essa, programas de redução de taxas de juros surgem como grandes aliados, dando a oportunidade para produtores investirem cada vez mais em tecnologias que possibilitem este aumento. A irrigação mecanizada se destaca hoje como uma das maiores aliadas do produtor nessa jornada rumo ao aumento de produtividade da terra. Com a instalação de pivots centrais, por exemplo, algumas culturas chegam a ter um incremento de quase 500% na produção. Um aumento que, certamente, pode ajudar o Brasil a alimentar o mundo. Resta ao produtor rural aproveitar estas oportunidades e ajudar a colocar comida na mesa dos 9 milhões de pessoas que habitarão o planeta em 2050.

Fontes: http://www.agrolink.com.br/noticias/ ClippingDetalhe.aspx?CodNoticia=174794 http://www.agr.feis.unesp.br/alfredo.htm https://www.fao.org.br/FAOddma.asp

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Adeus (e obrigado) 2012, Feliz 2013 O desafio da agricultura e da pecuária continua sendo dos mais elevados entre as atividades produtivas. A expansão da oferta de alimentos sob o risco permanente da mudança climática cria riscos adicionais para quem investe. Por essa razão, o desafio produz um prêmio quase permanente nos preços agrícolas, como compensação da possibilidade de perdas por eventos climáticos. O ano que se encerra mostrou que o prêmio realmente se justifica. Como exemplo, duas das principais culturas brasileiras sofreram os efeitos de quebras de safra pelo clima. Os efeitos vieram pela própria perda parcial da safra, como no caso da soja e do milho na região Sul, como pelos efeitos indiretos de quebras no exterior. O caso do milho foi mais favorável aos produtores brasileiros, pois o grande choque que valorizou os preços aconteceu no exterior, mais especificamente nos Estados Unidos, o maior produtor. As perdas de produção na primeira safra no Brasil foram muito mais que compensadas pela segunda safra, o que elevou a oferta total em 27% no ano que se encerra. A 2ª safra também se beneficiou de forte aumento do preço. Embora os ganhadores da 2ª safra não sejam os mesmos que enfrentaram as dificuldades climáticas da 1ª safra, o Brasil acabou se beneficiando da valorização do preço do milho, pois a quebra se concentrou muito mais no exterior do que entre os produtores

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locais. A produção de soja, por sua vez, absorveu uma parcela maior das perdas globais aqui mesmo no Brasil, dada a maior relevância brasileira nesta cultura, mas o choque também foi menos rigoroso com o Brasil. Um motivo foi a perda de oferta no exterior das outras sementes que compõem o mercado de oleaginosas. O clima também restringiu a oferta de girassol, canola e outras sementes cultivadas na região do Mar Negro, Austrália, Canadá e Europa. A quebra nesta outra metade da oferta de oleaginosas também vai pressionar o preço para cima. Consequentemente, a soja brasileira poderá desfrutar de maior rentabilidade no ano que se inicia, por conta de choques climáticos no exterior no ano que se encerra. A pecuária ficou numa situação intermediária em relação aos benefícios de preço no próximo ano, em razão das quebras de oferta no exterior neste ano que termina. Primeiramente, a distribuição das chuvas ao longo de 2012 dificultou a avaliação das perspectivas do mercado. Consequentemente, os primeiros meses da entressafra enfrentaram perdas com preços mais baixos que o normal, além de custos de confinamento elevados pelo choque agrícola nos Estados Unidos. A forma que a pecuária no mundo se ajustou ao choque americano também foi desfavorável a este ano que se


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encerra. O forte aumento de custos de confinamento nos Estados Unidos levou a uma liquidação do rebanho que derrubou o preço da proteína animal, num primeiro momento, e acentuou a perda de rentabilidade da atividade. A segunda fase do ajuste da pecuária global vai se concentrar no ano novo, pois a oferta de animais para abate nos Estados Unidos se tornou cadente e o preço internacional da carne deve se manter em alta durante todo o ano de 2013. A consequente redução das exportações americanas abre espaço para o Brasil, o qual deve continuar a registrar a expansão das exportações iniciada em meados deste ano que termina. A situação é intermediária em relação ao benefício que o choque externo trouxe ao milho e a soja, pois a rentabilidade da atividade como um todo sofreu bastante em meados de 2012 e o ganho de preço não será tão acentuado como no caso agrícola. O ciclo de quebras de oferta deste ano, especialmente em outros países, seguidos de preços mais altos para o ano que se inicia, não se aplica a todas as culturas. A cultura mais identificada com o Brasil, o café, sofreu justamente com o excesso de oferta em 2012. A grande safra brasileira e a oferta em outros produtores menores deixaram o preço cadente, enquanto o ano novo não possui elementos que o façam se recuperar, pelo menos de forma significativa. Outra cultura na qual o Brasil possui a tradição secular do açúcar, somada ao pioneirismo do etanol, é a cana-de-açúcar. A oferta adequada de açú-

car não trouxe benefícios para o preço em 2012, o qual recuou inclusive. Por esse motivo, a perspectiva para o ano novo é dependente do aumento das exportações de etanol pela escassez no maior produtor, os Estados Unidos. A rentabilidade do setor é mais ligado à questões externas à agropecuária, pois o preço e a margem do etanol terminaram limitados pela manutenção do preço da gasolina estável nos últimos anos, às custas de reduções de impostos sobre a gasolina que não foram estendidos ao etanol. O cenário para o preço do petróleo é próximo da estabilidade no ano novo, o que deixa o preço do etanol sem os benefícios que os choques climáticos deram à soja, ao milho e, agora, à proteína animal. Por outro lado, caso aconteça o reajuste do preço da gasolina, o cenário se altera. Ao olhar para o ano que se encerra, além de dizer adeus ao ano velho, devemos agradecer pelo Brasil ter sido poupado dos piores choques climáticos que terminaram valorizando vários preços internacionais da agricultura. O ano novo se inicia com vários preços agrícolas acima da média histórica, junto da perspectiva de produtividade e colheita recordes de soja e outras culturas. Neste sentido, uma parte do crescimento recorde da renda do campo no ano que se inicia se deveu a eventos deste ano que acaba, os quais, por um acaso positivo do destino, afetaram mais outros países produtores do que o Brasil. Por tudo isso: adeus ano velho, feliz ano novo. Para outros relatórios e informações acesse: www.bancooriginal.com.br economia@bancooriginal.com.br

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Agro Enquete

O Agro Guia

quer ouvir você

As 10 edições do AgroGuia em 2012

O que você mais gostou de ler no Agro Guia deste ano? Quais os temas que você gostaria de ver por aqui em 2013? Qual a sua opinião geral sobre o Agro Guia? Faça a sua sugestão e dê sua opinião para os próximos números. Quem você gostaria de ver nas próximas matérias de Capa?

Linha Direta Agro Guia:

Envie suas sugestões para o e-mail: publique@publique.com 30


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Fotos: Zzn Peres

Abertas as inscrições para a 2ª Prova de Gir Leiteiro a Pasto – APCGIL/USP

Carlos Alberto da Silva, presidente da APCGIL, Silvio Queiroz Pinheiro, presidente da ABCGIL, José de Castro Rodrigues Netto, diretor da ABCZ, Francisco Palma Rennó, USP e Gustavo N. Silva, da Dow AgroSciences.

Co-Participação Técnica

gue a todo vapor na USP, com a presença de 22 matrizes vindas dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Para baixar a ficha de inscrição acesse: www.girleiteiropaulista.com.br

Presidente reeleito Fotos: Zzn Peres

A APCGIL – Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro, presidida pelo criador e empresário Carlos Alberto da Silva, o Carlão da Publique, abriu as inscrições para a 2ª PGLP – Prova de Gir Leiteiro a Pasto, na Feileite 2012 – 6ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite. Oficialmente, a segunda etapa da Prova foi lançada na quarta feira 21 de novembro, durante o jantar NOITE DE GALAPCGIL, com a presença do diretor geral da FMVZ/USP, Professor Francisco Palma Rennó, além de outras autoridades, como Geraldo de Oliveira Neto, que na ocasião representava o Governador Geraldo Alckmin. Na cerimônia de lançamento também estavam presentes o diretor da ABCZ, José de Castro Rodrigues Netto e o presidente da ABCGIL, Silvio Queiroz Pinheiro, além de apoiadores da Prova, como Gustavo Silva, gerente de Marketing da Dow Pastagens. A iniciativa é uma parceria da APCGIL com a FMVZ/USP – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade da Universidade de São Paulo e tem como objetivo avaliar a produção de leite das matrizes Gir Leiteiro, persistência de lactação, qualidade do leite, taxa de reconcepção das novilhas, entre outras características. A primeira edição da Prova se-

Carlão da Publique foi reeleito presidente da APCGIL – Associação Paulista dos Criadores de Gir Leiteiro, em reunião realizada durante a FEILEITE 2012 em São Paulo, SP.

Iniciativa e Promoção

Realização

Departamento de Nutrição e Produção Animal - VNP

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