mar/abr 2012 • nº 43 • ano VIII
gestão da revenda agropecuária Uma empresa do
Pfizer
Parceria com as agrorevendas reforçam o faturamento da empresa ESPECIAL MÁQUINAS AGRÍCOLAS novidades, tecnologia e Agrishow
ESPAÇO ENTIDADES
JORGE MATSUDA É O NOVO DIRETOR DA ASBRAM Jorge Espanha, diretor geral da Pfizer Saúde Animal Brasil
Tiragem auditada pela
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nesta edição
notícias 06 As principais informações
do agronegócio
fornecedores 10 Notícias sobre as ações
pwc 14
de destaque da indústria
Profissionalização de empreendimentos rurais
icp rural 16 Agricultores recuperam a confiança treinamento cerutti 18 7 pecados na hora da negociação
30 20 39
diferenciais de inovação 20 O que sua revenda pode aprender com Steve Jobs?
profissional de vendas 55 Negociando com o cliente: conhecendo o cliente
gestão em revendas 57 Profissionalização, tema antigo, mas muito atual
markestrat 59 Como o Google pode ajudar a sua revenda?
artigo 61 O poder das marcas no seu negócio atendimento 64 A importância de saber o que o cliente valoriza
66 por onde andamos...
gestão financeira 24 Rede de distribuição “saudável”
70
stracta 26 Gestão por processos
índice de anunciantes
espaço entidades 34 Jorge Matsuda é o novo diretor da ASBRAM
capa alta tecnologia ao alcance 30 PFIZER, de todos insumos 34 A ascenção dos genéricos revenda da vez 36 Tec Agro
fotolegenda
47 ABMR&A 19 Agristar 29 AgroRevenda 53 Alpargatas 3ª Capa Avifran 13 BTS Informa Business 57 ControlSoft 17 Dinagro 07 Imeve 23 PwC 2ª Capa Stoller 4ª Capa Soesp
Gestão “redonda”
especial 39 Show de tecnologia e negócios serviço 44 Como montar uma agrorevenda artigo 48 Gestão estratégica
59 mar/abr 2012
serviço 51 EPI, indispensável
AgroRevenda 3
palavra do presidente
C
aros Amigos,
este número da AgroRevenda está melhor do que nunca.
Nossa matéria de capa traz Jorge Espanha, o influente executivo que dirige a Pfizer Saúde Animal no Brasil e que nos recebeu em seu escritório para relatar as ações que a Companhia está realizando para estreitar seus laços com o agrorevendedor.
Para deleite de nossos exigentes leitores, temos ainda uma ampla cobertura da Agrishow, a maior feira do setor de máquinas e implementos, realizada no começo de maio em Ribeirão Preto.
Na seção Revenda da Vez, acompanhe o caso de sucesso da TEC AGRO, de Rio Verde-GO.
E,claro, não perca as tintas de nossos articulistas, gente da prateleira de cima do pensamento sobre distribuição no Brasil.
ZZN PERES
Um forte abraço e até a próxima edição.
4 AgroRevenda
Carlos Alberto da Silva Presidente do Grupo Publique e Publisher da Publique Editora
mar/abr 2012
equipe grupo publique
Cristiane S. Nogueira GERENTE EXECUTIVA
Béth Mélo JORNALISTA
Paulo Roque JORNALISTA
André Casagrande JORNALISTA
PUBLISHER: Carlos Alberto da Silva | MTb 20.330
GERENTE EXECUTIVA: Cristiane S. Nogueira Conselho Editorial: Carlos Alberto da Silva Cristiane S. Nogueira Béth Mélo Gutche Alborgheti Marcia Miranda EDITORA: Béth Mélo | MTb 11.364 Gutche Alborgheti REDATOR E DIRETOR DE ARTE
Vinicius Gallo REDATOR E DIRETOR DE ARTE
Reportagens: Béth Mélo Paulo Roque André Casagrande ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO: Andréia Barro COMERCIAL: Cristiane S. Nogueira Carlos Alberto da Silva Renan Antonelli
Juliana Vizzaccaro ASSISTENTE DE ARTE
Marcia Miranda MÍDIA E PRODUÇÃO GRÁFICA
CIRCULAÇÃO: Denise Carvalho PRODUÇÃO E ARTE: Marcia Miranda Gutche Alborgheti Vinicius Gallo Juliana Vizzáccaro FOTO CAPA: Renan Antonelli
Nathã da Silva Carvalho CORRESPONDENTE RS
Bruno Knoop Atendimento e rp
IMPRESSÃO: Gráfica Mundo TIRAGEM: 7.000 mil exemplares DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: A Revista AgroRevenda é uma publicação da Publique Editora, empresa do Grupo Publique, dirigida a proprietários, gerentes e balconistas de revendas agropecuárias.
Renan Antonelli Assist. DE Atendimento e rp
Rafaela Ferraz SECRETÁRIA DA PRESIDÊNCIA
ISSN 1808-4869
Andréia Barro ADMINISTRATIVO/ FINANCEIRO
Denise Carvalho assistente de circulação
A revista AgroRevenda está matriculada sob nº 497629 no 4º Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica, conforme a Lei de Imprensa e Lei de Registros Públicos. ADMINISTRAÇÃO, COMERCIAL Al. Itu, 1063, 2º Andar, Jardins E REDAÇÃO: São Paulo/SP • 01421-001 Tel./Fax: (11) 3063.1899 www.agrorevenda.com.br Tiragem auditada pela
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mar/abr 2012
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AgroRevenda 5
Maurício Mendes, presidente da ABMR&A
IX CONGRESSO DA ABMR&A “Sustentabilidade e Diferenciação na Cadeia do Agronegócio” é o tema do IX Congresso Brasileiro de Agronegócios. O anúncio foi feito segunda-feira, 14 de maio, em coletiva à imprensa, por Mauricio Mendes, presidente da ABMR&A (Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio), entidade realizadora do evento. A edição do ano passado teve como tema central “Os desafios do Marketing do Agronegócio: do Produtor ao Consumidor” e, segundo Mendes, “o tema não se esgota, e neste ano vamos discutir a sustentabilidade e o marketing no Agronegócio. A ideia é percorrer novamente o espectro total da cadeia produtiva do agro, com ênfase na sustentabilidade das empresas”. O IX Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócios acontecerá durante os dias 7 e 8 de agosto de 2012, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, durante a Agrinsumos Expo&Business, feira de insumos, serviços e logística para o agronegócio, quando, também, acontecerá o II Congresso da Andav – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários. No primeiro dia, 7 de agosto, será realizada uma plenária em conjunto com o II Congresso da Andav, com a presença de 800 a 1.000 pessoas para debater as consequências da Rio+20 e o Código Florestal. Também está previsto
6 AgroRevenda
um debate mais estratégico, sobre as tendências para o agronegócio, com expoentes do setor, como o ex-ministro Roberto Rodrigues. No segundo, 8 de agosto, as apresentações serão dirigidas ao público específico do IX Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócios, centradas nas empresas e entidades do setor. “Teremos cases de agroindústrias de alimentos sobre o relacionamento sustentável com seus produtores; o marketing utilizado por produtores na diferenciação de produtos, antes commodities; além de discussões sobre os desafios do setor agro na comunicação com a sociedade, como ocorre com o setor de defensivos”, enumera o presidente da ABMR&A. Para Mauricio Mendes, a contribuição do marketing rural para a questão da sustentabilidade é fundamental. Primeiro, por uma questão lógica e geográfica: “entre todos os setores da economia, o que está mais próximo do meio ambiente é o agronegócio e, por isso, é o setor mais alvejado por aqueles que entendem que a agricultura e a pecuária são responsáveis por todas as mazelas do meio ambiente. Então, à medida que comunicamos à sociedade como um todo sobre o que a agricultura e a pecuária fazem em prol do meio ambiente, isso torna o marketing rural relacionado à sustentabilidade cada vez mais importante”, finaliza Mendes. www.abmra.com.br
AGRINSUMOS & INDUSPEC A 2ª edição da Agrinsumos & Induspec Expo&Business – Feira de Insumos, Equipamentos e Serviços para Agropecuária, voltada para a indústria de sementes, defensivos, fertilizantes, serviços para agricultura, nutrição, saúde e bem estar animal, será realizada de 7 a 9 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, SP. O evento deve reunir 35 marcas expositoras no pavilhão e tem como ponto alto o II Congresso Andav, realizado em parceria com a Associação dos
Distribuidores de Insumos Agropecuários e Veterinários, além do I Congresso Induspec – focado em pecuária. Dentre as marcas de insumos para nutrição animal confirmadas no evento, destacam-se as empresas Helm do Brasil e a Produquímica, com uma linha de micronutrientes minerais voltados para bovinocultura de corte e leite, avicultura e suinocultura. Os organizadores esperam a presença de cinco mil profissionais, entre diretores e gerentes de empresas, distribuidores, consultores, produtores e outros profissionais ligados ao agronegócio. A expectativa é que, com o alto índice de visitantes com poder de decisão, o volume de transações seja 25% maior que em 2011. www.agrinsumoseinduspec.com.br
CERTIFICAÇÃO GLOBAL G.A.P. A Tortuga é a primeira empresa das Américas a obter a Global G.A.P (Global Good Agriculture Practice), certificação máxima mundial da qualidade no processo produtivo. No mundo, há apenas 42 empresas certificadas, destas, mais de 80% são do segmento de aquicultura. Com foco em pecuária, somente seis empresas contam com a GlobalG.A.P.: duas no Vietnã, uma na China, uma na Turquia, uma na Itália, e a Tortuga, única no mundo no segmento
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notícias
Michelle Scalabrin Martensen, gerente da Garantia da Qualidade da empresa. mar/abr 2012
notícias
de bovinos (Livestock Feeds). “Esta certificação atesta também que a empresa fabrica produtos seguros para o consumo animal ao adotar políticas rigorosas de controle”, destaca Michelle Scalabrin Martensen, gerente da Garantia da Qualidade da empresa. A GlobalG.A.P. (antes Eurepgap) estabelece normas para garantir a segurança do alimento ao consumidor final. A certificação é resultado da ação de supermercados e varejistas europeus em resposta à crescente demanda dos consumidores por segurança dos alimentos e por padrões de segurança no trabalho e de proteção do meio ambiente. www.tortuga.com.br
A produção de café para a safra 2012 aponta um crescimento de 16% em relação à temporada anterior, que foi de 43,48 milhões de sacas, conforme os números da segunda pesquisa da safra da cultura, divulgada no começo deste mês pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O secretário substituto de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Manoel Júnior, prevê a colheita histórica de 50,45 milhões de sacas de café beneficiados. O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto, credita o crescimento constante à maior utilização da mecanização, aliada às inovações tecnológicas, às exigências do mercado à qualidade do produto e à boa gestão da atividades, fatores importantes e necessários para o avanço e modernização da cafeicultura. Entre as práticas agrícolas adotadas pelos agricultores está o emprego de cultivares melhoradas, controle de pragas e doenças, calagem, adubação, irrigação, desbrota e a poda. Alta bienalidade e o manejo agrícola têm possibilitado a obtenção de elevada produtividade e um produto de boa qualidade.
8 AgroRevenda
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SAFRA RECORDE DE CAFÉ Parceria Minerthal/USP Pirassununga, SP
SUPLEMENTAÇÃO DE PRECISÃO
EXPORTAÇÕES DO AGRO
A Minerthal iniciou, este ano, com a Prefeitura do Campus de Pirassununga (PCSP-USP) e a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA), da Universidade de São Paulo (USP), parceria técnico/científica para a realização de programas de desenvolvimento e pesquisa da suplementação de precisão, voltados para rebanhos de corte e leite, com o acompanhamento dos resultados zootécnicos desses animais. Segundo o diretor da Minerthal, Sergio Morgulis, esse conceito considera os fatores que podem influenciar as exigências nutricionais dos bovinos e permite fechar a conta da equação: resultado (meta de desempenho do animal) X categoria animal X qualidade das forragens/volumosos disponíveis. “O objetivo é desenvolver tecnologias de suplementação em conjunto com os professores e graduandos da FZEAUSP, gerando produtos com resultados testados e aprovados na prática”, afirma. www.minerthal.com.br
Nos quatro primeiros meses de 2012, as exportações do agronegócio totalizaram US$ 26 bilhões, crescimento de 2,5% comparado ao mesmo período de 2011. O saldo comercial dos produtos do agronegócio considerados no agrupamento ampliou-se de US$ 20,349 bilhões para US$ 20,835 bilhões. Os números do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostram que o crescimento ocorreu, principalmente, em função do bom desempenho das vendas externas do complexo soja, que subiram de US$ 6 bilhões nos primeiros quatro meses de 2011 para US$ 8 bilhões no mesmo período deste ano, uma elevação de 27%. O desempenho representou um crescimento de US$ 1,5 bilhão nas vendas do setor, superando os US$ 648 milhões das exportações totais do agronegócio. O destaque para esse cenário positivo levou em conta o aumento na quantidade exportada, no período, dos três produtos do setor: soja em grão (36%); farelo de soja (8%) e óleo
nov/dez 2011
MINHA HISTÓRIA
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Consultor no segmento de proteína animal, trend strategist da OD Consulting, palestrante internacional, Osler Desouzart contabiliza vendas diretas de US$ 6.5 bilhões em seu currículo. A energia para exercer tantas atividades vem de suas paixões: o amor pela culinária; o prazer de se confraternizar durante as refeições, com os amigos; e de suas duas “crianças”. Suas histórias estão retratadas no blog Minha História”, iniciativa do Laboratório Biovet em comemoração aos seus 55 anos, que completam-se em 2012. No aniversário deste ano, para comunicar a sua história de inovações, a empresa quer prestar uma homenagem às pessoas que fazem história e, ao mesmo tempo, valorizar rede de relacionamentos construída nesses 55 anos pelas unidades de negócio da empresa: pecuária, avicultura, pet e internacional. www.minhahistoria.blog.br
Campanha de 55 anos da Biovet
mar/abr 2012
MICRONUTRIENTES E MAGNÉSIO Cerca de 300 participantes, entre profissionais do agronegócio, além de estudantes e representantes de instituições privadas e públicas, são esperados no Simpósio sobre Micronutrientes e Magnésio, de 4 a 6 de julho de 2012 , na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba (SP). O evento é promovido em parceria pela Esalq, Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiróz (Fealq) e pelo Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (Gape), e tem como objetivo a discussão sobre mercado, novas tecnologias e aplicações dos nutrientes na produção agropecuária. Especialistas renomados debaterão, entre outros assuntos, a negligência na adubação de Magnésio associado à crença no seu fornecimento total por meio da calagem, tornando sistemática a deficiência deste macronutriente nos solos brasileiros. Também serão discutidos temas como legislação nacional e mundial de fertilizantes, fontes e modos de aplicação, biofortificação e aspectos nutricionais, Magnésio na nutrição vegetal, além de grãos e algodão. “O foco principal do simpósio é a difusão de conhecimento prático e técnico sobre Micronutrientes e Magnésio em apresentações e debates, contextualizando o uso desses nutrientes e sua importância para o aumento da produtividade, qualidade e resistência a pragas e doenças, sem esquecer as tendências e pesquisas mais relevantes”, afirma o professor dr. Godofredo Vitti. Informações e inscrições, na Fealq, tel. (19) 34176604 (Maria Eugênia), ou no Gape, tel. (19) 3417-2138 (Silvia), www.fealq.org.br www.gape-esalq.usp.br
Estande da Ihara na Agrobrasilia 2012
TRATAMENTO DE SEMENTES
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de soja (20%). Os principais mercados brasileiros foram China (36%); Hong Kong (30%); Emirados Árabes Unidos (42%); Tailândia (35%) e Índia (138%). Os embarques para a china cresceram 36%, resultado que elevou a participação do país de 14% para 18,6% no valor total exportado pelo Brasil.
A fabricante de agroquímicos Ihara levou suas tecnologias para a Agrobrasilia 2012, a grande feira do cerrado brasileiro, realizada de 15 e 19 de maio, em Brasília (DF). Os destaques da empresa na exposição foram o tratamento de sementes nas culturas da soja e feijão, com o uso do fungicida Certeza, além do manejo de doenças foliares na cultura do milho com os fungicidas Cercobin e Shake, segundo o administrador Técnico de Vendas, Augusto Silva Neto. www.ihara.com.br
VERSÃO FLEX A Agrovia 2012, evento realizado de 16 a 19 de maio, na Fazenda São Paulo, em Itapeva (SP), foi palco de modernos lançamentos da Toyota. As caminhonetes equipadas com a nova transmissão automática com inteligência artificial foram alguns dos destaques do evento. No encontro produtores rurais e visitantes conheceram a linha 2012 da picape Hilux e do utilitário esportivo SW4. “A grande novidade, de acordo com João Eduardo de Almeida, gerente de vendas da revendedora Toyota Ramirez Motors, de Sorocaba (SP), é a nova opção de motorização flex. www.ramiresmotors.com.br
AgroRevenda 9
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fornecedores
SEMENTES E BIOTECNOLOGIA
PRESENÇA NA HORTITEC
Com o objetivo de ampliar os canais de acesso ao mercado, a Dow AgroSciences lançou sua terceira marca comercial para o mercado de sementes híbridas e biotecnologia: a Morgan Sementes e Biotecnologia, que se soma às outras marcas da companhia, Dow AgroSciences e Agromen Tecnologia. “A força de vendas e distribuição da Agromen Tecnologia será direcionada para a nova marca, que surge com abrangência nacional e atuação regional”, afirma Rolando Alegria, diretor de sementes e biotecnologia da Dow AgroSciences. O lançamento da nova marca pela Dow AgroSciences é resultado de um planejamento estratégico da empresa para oferecer mais opções aos agricultores brasileiros de todas as regiões e segmentos. “Enquanto a Morgan chega para atender o mercado de consumidor final, revendas e cooperativas nos segmentos de alto e médio investimentos, a Agromen Tecnologia atuará junto aos sistemas especiais de distribuição. A marca Dow AgroSciences segue sua trajetória focada no mercado de alto investimento”, explica Diogenes Panchoni, gerente de Marketing para Milho e Traits da Morgan e Agromen.
A Agristar participa da 19ª edição da Hortitec, de 20 a 22 de junho, em Holambra (SP), com as linhas Topseed Premium e a Superseed. A Topseed leva para o evento os lançamentos e os resultados de produtos apresentados na Hortitec 2011, como a Melancia Explorer, resistente às viroses e cujo tamanho da semente é maior que as demais variedades, com aproximadamente 11 sementes por grama. Outro destaque é a Linha Especialidades, composta por mini tomates, mini alfaces e mini pimentões. Já a Superseed, que participa da feira com estande próprio, leva o portfólio completo de sementes de hortaliças, o substrato Sunshine e a linha de flores Hemgenetics, e vai lançar no evento a variedade Boca de Leão em diversas cores. “Outros destaques do são os novos envelopes tradicionais da Topseed Garden, uma linha de sementes, acondicionada em embalagens, para o consumidor doméstico”, anuncia o Gerente de Marketing da Agristar, Marcos Vieira. www.agristar.com.br
GENTE NOVA NA PHIBRO Paulo Sergio Teixeira é o novo diretor da unidade de negócios Aves e Suínos da Phibro Animal Health. A unidade registrou crescimento de 17% em 2011 e deverá ter outro ano aquecido sob o comando do executivo que há 15 anos atua no setor avícola e suinícola. Formado em engenharia química, com MBA em finanças e marketing, Teixeira foi diretor da Unidade de Negócios de Avicultura e Suinocultura da Pfizer/Fort Dodge nos últimos 5 anos. Na Phibro, seu desafio inicial é o lançamento de uma nova tecnologia da empresa para o mercado avícola, além da manutenção da liderança da companhia nos mercados em que já
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De acordo com Rolando Alegria, o lançamento da Morgan Sementes e Biotecnologia no Brasil envolveu diagnóstico completo do mercado, incluindo pesquisas qualitativas junto a agricultores, revendedores e distribuidores. “A marca, que já era de propriedade da empresa, passou por adaptações para se adequar ao mercado brasileiro e ganhou o slogan “Eficiência em todos os campos”, que traduz a qualidade e a rapidez no atendimento e na prestação de serviços que a Dow AgroSciences já possui”, complementa. www.morgansementes.com.br www.dowagro.com.br
Paulo Sergio Teixeira, diretor da unidade de negócios Aves e Suínos da Phibro Animal Health 10 AgroRevenda
mar/abr 2012
PROTOCOLO DE INTENÇÕES A BM Dumont, com sede em Dumont (SP), firmou protocolo de intenções com a americana KMC – Kelley Manufacturing Company para a produção de equipamentos no Brasil, além de parceria comercial para venda, destes, no mercado nacional e em alguns países do exterior. E, com investimentos de R$ 5 milhões, anuncia ainda a construção de sua nova fábrica, na mesma cidade, com 10 mil m² de área construída, que deverá entrar em funcionamento em dezembro deste ano. De acordo com o diretor Industrial, João Sílvio Biagi, o faturamento da empresa cresceu mais de 1000% em 2011, o que gerou a necessidade de investimento em uma nova planta. “Hoje, atendemos as principais cooperativas e produtores independentes em todo o território nacional e para isso contamos com o apoio das revendas de tratores que fazem parte da nossa rede de distribuição”, afirma o diretor Comercial, Marco Antonio Martins. A BM Dumont nasceu da fusão da OBB Dumont Equipamentos Agrícolas e AM2. A empresa tem um portfólio com dez produtos que atendem as lavouras de amendoim, algodão, café e cana-deaçúcar. www.bmdumont.com.br
MUDANÇA A O engenheiro agrônomo Claudio Ramos é o novo diretor de Vendas para o Brasil, em substituição a João Marcos
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contra os principais agentes da diarreia neonatal: Rotavírus, Coronavírus e E. coli (K99)”, afirma Tiago Lopes, gerente de Produtos da empresa, acrescentando que o bezerro recebe anticorpos por meio do colostro. “É a prevenção da mãe para o filho”. www.msd-saude-animal.com.br
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Ferrari, que passa a ser responsável pela Gerência Geral da Arysta LifeScience no Chile, com sede em Santiago. As mudanças fazem parte da estratégia da empresa para acelerar seu crescimento na América Latina e trazem reflexos da recente reestruturação da Unidade de
ALTA PERFORMANCE
Claudio Ramos, diretor de Vendas para o Brasil da Arysta LifeScience Negócios América do Sul, que passou a integrar as operações do México, América Central e Caribe, tornandose Unidade América Latina. Ramos está na Arysta LifeScience há 20 anos. Como diretor de Vendas, o principal desafio é dar continuidade aos planos de crescimento da empresa no Brasil, fortalecendo o relacionamento com clientes, distribuidores, revendas e cooperativas. “O ajuste da equipe é reforçar o compromisso com nossos canais de distribuição e parceiros, na busca de prosperidade e crescimento mútuo e sustentável”, afirma Flavio Prezzi, presidente e CEO da América Latina. www.arystalifescience.com.br
Interchange Veterinária, empresa com uma ampla linha de produtos para aves, suínos e bovinos, comemora 23 anos. Sob o comando de seu fundador, Ermete Antônio Wegher, a empresa, que tem como foco em oferecer medicamentos veterinários de alta performance, introduziu produtos de referência no mercado como Ciproflox 50, Coccisal, Doxigram, entre outros. Para comemorar a data, a empresa disponibiliza gratuitamente a criadores e cooperativas interessadas cartilha de prevenção e monitoramento a saúde animal para Aves, Suínos e Bovinos, basta solicitar através do e-mail falacliente@ interchange-vet.com.br ou pelo fone (19) 3757-1700.
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atua com produtos para nutrição e saúde de aves e suínos.“Estou animado com a nova oportunidade e o desafio de iniciar um novo negócio na Phibro. Nossa estratégia envolve a conquista de market share considerável com esse lançamento e a integração entre os outros negócios de aves e suínos da companhia, fortalecendo a Unidade”, afirma o executivo. www.phibro.com.br
Sede da Interchange Veterinária
DIARREIA EM BEZERROS A nova vacina lançada pela MSD Saúde Animal, Bovilis Triguard®, contra diarréia em bezerros, tem como apelo a proteção antecipada aos bezerros, com comodidade e praticidade. “Basta uma dose da vacina, entre doze e três semanas antes do parto, para proteger
TERRA DO LEITE O 2º Simpósio Bayer Terra do Leite, realizado na segunda semana de maio,d pela Unidade Bovinos da Bayer, reuniu pecuaristas e veterinários da região sul do Brasil no Memorial da Imigração
AgroRevenda 11
LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA A John Deere assinou com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) um termo de cooperação técnica para a Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). Os investimentos da companhia serão de R$ 2,5 milhões, em um período de cinco anos. Segundo Alfredo Miguel Neto, diretor de Assuntos Corporativos para América Latina, a participação da empresa no projeto vem ao encontro da missão da companhia em oferecer tecnologias produtivas e sustentáveis à agricultura brasileira. “Diante do aumento da demanda global por alimentos, a John Deere trabalha na busca de tecnologias e sistemas agrícolas que permitam aos produtores obter maior produtividade, sustentar o crescimento da agricultura e preservar os recursos naturais”, comenta. A John Deere já apoia o Projeto Biomas, resultado de uma parceria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com a Embrapa), que consiste em promover o desenvolvimento de trabalhos científicos e técnicas agronômicas sustentáveis nos seis
biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. Os investimentos, de R$ 2,240 milhões, estão sendo aplicados desde 2011 e seguirão até 2015. www.johndeere.com.br
NOVIDADE EM CASQUEAMENTO A ITC do Brasil lança no mês de maio o Castronc, um tronco hidráulico de contenção para casqueamento de animais, inédito no Brasil, que dispensa uso excessivo de cordas, de pessoas e principalmente de força manual. O processo é simples. O animal entra no tronco, a porta se fecha em volta do pescoço através de um dispositivo. A cinta peitoral eleva parcialmente o animal, imobiliza-o, permitindo que as patas traseiras e dianteiras sejam levantadas através de motores hidráulicos. De acordo com Sr. Nicolaas Nienhuys, diretor presidente da empresa, o grande avanço, em comparação com o tronco manual, é a eficiência do trabalho. “Com este método só é possível casquear no máximo 25 animais por dia e, com o Castronc, 60 ou mais”, compara. Outra novidade do tronco, explica, é a versão estacionária (fixa) com a opção de transformar o tronco em um reboque através do kit transporte. A expectativa é comercializar mais de 40 equipamentos, totalmente financiável pelo cartão BNDES/Finame. www.itcdobrasil.com.br
e o Polidor a água modelo DRPA. Entre os equipamentos para beneficiamento, a Bühler destaca ainda o TopWhiteTM, que produz arroz branco com perfeição, através de branqueamento suave. Segundo Hermes Neves Maia de Oliveira, diretor comercial da Buhler Sanmak, as vendas de máquinas para o segmento de arroz representam em torno de 70% do faturamento da empresa. www.buhlergroup.com
NOVOS GESTORES A Biogénesis-Bago, agregou dois novos profissionais à sua equipe. A área de regulatórios conta com o médico veterinário Nilder Laganá, que atua na interface com os órgãos governamentais e institucionais brasileiros. Para a área de marketing, o reforço foi o médico veterinário Luciano Lobo, com 10 anos de atuação na indústria de saúde animal. “Todo o projeto de expansão da empresa é construído com o objetivo de estarmos cada vez mais próximos de nossos clientes, contribuindo para o desenvolvimento da pecuária brasileira levando soluções e conhecimento para o campo. Estas estratégias fazem parte do marketing, que dentro do setor do agronegócio, exige muito preparo e conhecimento de mercado, já que o público é bem direcionado e especializado”, diz Lobo. www.biogenesebago.com
SELEÇÃO E BRANQUEAMENTO DE ARROZ A Bühler, multinacional suíça considerada parceira global em processos e tecnologias industriais para o processamento de alimentos, lançou, na 17ª Feira Nacional do Arroz, em Cachoeira do Sul, de 22 a 27 de maio, a selecionadora para arroz Sanmak L, que tem como diferencial de mercado a tecnologia de iluminação do produto com LEDs de alto brilho. A empresa também apresentou sua linha de equipamentos para beneficiamento de arroz, como limpadores, separadores mecânicos, classificadores, brunidores, polidores e trieur. Destaque para o Brunidor BSPB
Diego Pisante
Holandesa, Moinho da Castrolanda, em Castro (PR). O evento teve como objetivo promover o conhecimento de temas importantes Pecuaristas e veterinários no Moinho para o mercado da Castrolanda em Castro, PR leiteiro. Entre os palestrantes estava Andréia de Paulo Vieira, da Universidade da Colúmbia Britânica do Canadá, que abordou o tema “Novos conceitos sobre criação e bem-estar de bezerras”, e o professor Antonio Último, da Universidade Federal de Minas Gerais, que falou sobre “Distúrbios entéricos e coccidiose em ruminantes”. Além disso, no evento, foi realizado o lançamento do Baycox Ruminantes, para o combate e prevenção da coccidiose em ruminantes, apresentado pelo gerente regional da Bayer, Roger van der Vinne. www.bayersaudeanimal.com.br
Nilder Laganá, área de regulatórios
Diego Pisante
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fornecedores
Luciano Lobo, área de marketing 12 AgroRevenda
mar/abr 2012
A AGRINSUMOS & Induspec é uma feira completa que reúne as empresas líderes dos segmentos:
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Defensivos Fertilizantes Higiene e EPI Insumos Logística
• Bancos • Consultorias
Nutrição e Saúde Animal Sementes Sustentabilidade e Meio Ambiente TI Tecnologia de processamentos
E mais: • IX Congresso ABMR&A: Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio • II Congresso ANDAV: Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários
Antecipe-se e faça já seu credenciamento: www.agrinsumoseinduspec.com.br
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Diamante
Apoio: Ouro
Filiada à:
Promoção e Organização:
Operadora Oficial: Cia. Aérea Oficial:
AgroRevenda 13
pwc artigo markestrat
PROFISSIONALIZAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS RURAIS Assunto assume importância para o produtor que busca competitividade e precisa estar mais preparado para eventuais riscos inerentes à atividade * Everton Molina Campos e Alexandre Valeriano
A
discussão
sobre
o
novo
Código Florestal e todas as
ganhos e se protegerem das oscilações
impactos negativos nos resultados
de mercado em seus negócios.
da atividade rural. Dentre os riscos associados podemos citar o de fraude,
particularidades relacionadas,
a entrada de investidores associados
Na maioria das fazendas trabalhadas
bem como o uso indiscriminado de
a novas oportunidades no mercado
observamos alguns pontos que podem
recursos que resultam em prejuízos
nacional e internacional e a exigência
nos ajudar a caracterizar o produtor
diretos ao produtor rural.
contínua
rural brasileiro em relação à gestão de
do
mercado
consumidor
vêm demandando de todos os elos
• Gestão operacional:
suas atividades agropecuárias:
Neste
da cadeia produtiva uma maior busca por
competitividade.
No
segmento
da
item
observa-se
que
boa
• Visão estratégica:
parte dos empreendimentos rurais, quando não possuem, não utilizam
porteira’,
Na maioria dos empreendimentos
competitividade
rurais não existe uma definição clara
adequadamente
inicialmente ocorreu por um maior
sobre aonde o produtor rural quer
agropecuários
uso de tecnologia em defensivos,
chegar ao longo dos anos, se fará
propriedade.
máquinas e implementos, sementes,
investimentos para aumentar safra,
periódico
sistema de irrigação, entre outros,
diversificar culturas ou até mesmo
fundamental para avaliar a evolução
que
denominado essa
na
busca
‘dentro por
impactaram produtividade
desses
indicadores
é
do negócio, direcionar investimentos e
seus funcionários. Estes itens são de
elaborar um planejamento operacional adequado ao longo dos anos.
observando,
extrema importância para a definição e priorização de investimentos ou não
tecnologias, uma preocupação dos
a serem realizados nos próximos anos.
estamos
da
acompanhamento
quais os valores serão passados para
além da contínua busca por novas
Atualmente,
O
indicadores gestão
fazendas.
positivamente das
os para
• Orçamento: Outro ponto de extrema importância é
produtores rurais na profissionalização da gestão de suas fazendas para
• Gestão de custos:
ganharem competitividade e estarem
Principalmente em empreendimentos
o orçamento. Muitas vezes associado ao fato das fazendas não possuírem
mais preparados para eventuais riscos
com
diversificadas,
os controles necessários e abordados
inerentes à atividade.
observamos que não existe um sistema
anteriormente, os produtores rurais
culturas
de “custeio por atividade”, o que
não
A PwC, por meio de seu Centro de
dificulta um maior controle dos gastos
consequentemente acabam incorrendo
Serviços em Agribusiness, vem nos
incorridos por cultura e principalmente
em custos desnecessários durante
últimos anos trabalhando no processo
qual a real rentabilidade obtida em
a atividade, impactando assim no
de
cada negócio.
resultado do negócio.
profissionalização
de
fazendas,
programam
seus
gastos
e
tanto pertencentes a grandes grupos • Processos e controles:
• Gestão de pessoas:
grandes produtores por essência, que
A ausência de processos e controles
Observa-se que os trabalhadores
estão vendo na melhoria de sua gestão
em um empreendimento rural pode
rurais são contratados para exercerem
a oportunidade para maximizar seus
trazer
determinadas funções, mas na prática
empresariais
14 14 AgroRevenda AgroRevenda
brasileiros
quanto
uma
série
de
riscos
com
mar/abr mar/abr 2012 2012
Abordagem PwC para profissionalização de fazendas
Fonte: Pwc outras
seus benefícios, com a definição de
da equipe de trabalho, duplicidade de
atividades completamente diferentes,
projetos estratégicos de curto, médio e
pagamentos, uso indiscriminado de
o que resulta em insatisfação e muitas
longo prazo. Por fim, de acordo com as
insumos, dentro outros, contribuindo
vezes saída dos mesmos do emprego.
necessidades da fazenda, é necessário
para
Além disso, devido à dificuldade de se
validar um plano de implementação,
da fazenda, agregação de valor e
encontrar bons profissionais nos dias
garantindo que o novo modelo de
ganhos de competitividade. E é essa
de hoje, uma política de retenção de
atuação
competitividade
funcionários é aplicada na fazenda de
benefícios sejam atingidos e melhorias
precisam almejar para que o Brasil
forma a reduzir os custos das perdas
contínuas possam ser colocadas em
continue figurando dentre os principais
desses profissionais.
prática.
fornecedores de alimentos, fibras e
acabam
desempenhando
seja
operacionalizado,
os
a
otimização
que
bioenergia do mundo. Como é
resultado
possível
dessa
identificar
o
análise nível
de
As
fazendas
com
profissionalizada
dos
controle
possuem
fazenda, alocando-a em uma régua de
suas
integrado
classificação que vai desde o nível de
monitoramento e padronização. Esse
controle não confiável até o otimizado.
modelo de gestão diminui os riscos
A partir desse entendimento, inicia-
inerentes
ao
se o processo de desenhar o novo
exemplo,
perda
modelo de operação e mensurar os
gastos desnecessários, desmotivação
com
práticas
negócio, de
as
atividades
fazendas
ar
gestão negócios
maturidade dos controles internos da
atividades,
das
como
de de
por
produtividade,
* Everton Molina Campos é engenheiro agrônomo, mestre em Administração de Organizações, com ênfase em estratégia empresarial para o agronegócio e Gerente do Centro PwC de Serviços em Agribusiness
Alexandre Valeriano é engenheiro agrônomo, mestre em produção animal e Consultor Sênior do Centro PwC de Serviços em Agribusiness
Nível de maturidade de controles internos da fazenda
Fonte: Pwc mar/abr mar/abr 2012 2012
AgroRevenda AgroRevenda 15 15
ICP índice de confiança do produtor
AGRICULTORES RECUPERAM A CONFIANÇA O ICPRural registrou 106,9 pontos, aumento de 8% em relação a janeiro, eo ICPSoja alcançou, em abril, 120,7 pontos, crescimento de 30% comparado a janeiro (92,6 pontos). Camila Dias de Sá*
N
o Conforme artigo divulgado na edição passada da Revista AgroRevenda, os agricultores brasileiros iniciaram o ano de 2012 menos confiantes do que em 2011. No entanto, recente levantamento realizado em abril de 2012 os indicadores ICPRural e ICPSoja registraram a recuperação da confiança pelos agricultores brasileiros . O ICPRural registrou 106,9 pontos, aumento de 8% em relação a janeiro, quando havia registrado 98,6 pontos. Este valor embora 15% menor do que aquele registrado em abril de 2011 (126,3 pontos) supera em 41% a marca de abril de 2010 (75,9 pontos). O ICPSoja por sua vez alcançou em abril 120,7 pontos aumento de 30% em relação à janeiro (92,6 pontos). Embora este valor tenha sido 6% inferior àquele de abril de 2011 (127,9 pontos), em comparação com o mesmo mês de 2010 (47,8 pontos) o indicador apresentou notável crescimento. A ligeira elevação do ICPRural, cuja amostra pesquisada é composta por produtores de arroz, algodão, café, cana, citros, milho e soja , foi influenciada principalmente pelo expressivo crescimento do otimismo dos sojicultores brasileiros. O Gráfico 1 ilustra o comportamento do ICPRural e do ICPSoja ao longo de 2011 e 2012. A observação do gráfico indica que o ICPSoja descolou-se do ICPRural. Tal fato é caracterizado especialmente pelo otimismo em relação aos preços da soja. O ICPSoja Preços alcançou 166,3 pontos em abril valor 6% superior aquele registrado em abril de 2011.
1
16 AgroRevenda
produtores. Apesar de ambos não apresentarem variação significativa em relação ao último mês de janeiro, na comparação com abril de 2011 e de 2010, os dois indicadores apresentam crescimento. A Tabela 1 resume essas informações.
Comportamento do ICPRural e do ICPSoja em 2011 e 2012 (em pontos)
Ambos os indicadores mensuram a disposição dos produtores rurais para a aquisição de insumos agrícolas (fertilizantes, defensivos e sementes). Observa-se, portanto que tal disposição vem aumentando consistentemente ao longo dos anos para os meses de abril.
Fonte: Uni.Business Estratégia O crescimento do ICPSoja também foi influenciado pelo resultado do indicador ICPSoja Condições Atuais que apresentou um resultado 36% superior aquele de janeiro (115,1 pontos). Mesmo com a estiagem ocorrida em importantes regiões produtoras os preços elevados devem garantir a rentabilidade dos sojicultores em geral e por isso os mesmos mantêmse otimistas.
Enquanto isso, o indicador que mede as expectativas para aquisição de equipamentos agrícolas apresenta um comportamento diferente. Em virtude da renovação de frota proporcionada por recentes incentivos governamentais, a confiança dos produtores para aquisição de maquinário,
Evolução ICPRural Insumos e ICPSoja Insumos abril 2010/2012 (em pontos)
Os resultados do ICPRural evidenciam que o produtor rural recuperou parte da confiança perdida em janeiro, no entanto, mostram também que a confiança em abril de 2012 ficou abaixo do patamar alcançado há um ano. A exceção é o ICPRural Insumos que mais uma vez superou a marca do mesmo mês do ano passado. Com vem ocorrendo ao longo dos últimos levantamentos, os indicadores ICPRural Insumos e ICPSoja Insumos continuam como o destaque na confiança dos
Fonte: Uni.Business Estratégia
As culturas compõe a amostra conforme a representativa que possuem na produção agrícola brasileira segundo a PAM (Pesquisa Agrícola Municipal) do IBGE.
mar/abr 2012
medida pelos indicadores ICPRural Equipamentos e ICPSoja Equipamentos atingiu valores recordes em 2010. Em de julho de 2011 foi registrada queda de mais de 20% na confiança relativa à aquisição de maquinário em relação ao apontamento anterior. A gráfico 2 traz os números do ICPrural Equipamentos e do ICPSoja Equipamentos.
A boa notícia ao observar o gráfico é que a partir de outubro de 2011 a disposição para compra de máquinas e implementos agrícolas vem apresentando pequenas elevações. Esse resultado pode indicar um eventual movimento de recuperação da confiança para a aquisição de maquinário.
Evolução do ICPRural Equipamentos e do ICPSoja Equipamentos entre 2010 e 2012 (em pontos)
Para acompanhar o comportamento da confiança dos produtores rurais nos próximos meses e planejar o atendimento da demanda dos agricultores brasileiros, acompanhe os resultados do ICPRural e do ICPSoja nesta coluna. Os resultados também estão disponíveis na página na web da AgroRevenda na seção ICPRural ar e ICPSoja. * Camila Dias de Sá é pesquisadora da Uni.Business Estratégia
Uni.Business Estratégia A Uni.Business Estratégia é uma organização que desenvolve consultoria, pesquisa e treinamento em estratégia e busca a geração e a difusão de conhecimento sobre o agronegócio brasileiro. Site: www.unibusiness.org Tel.: (11) 3034-3316 Parceria: Canal Rural
Fonte: Uni.Business Estratégia
cerutti treinamento
7 PECADOS NA HORA DA NEGOCIAÇÃO
Marcelo Cerutti é veterinário e pós-graduado em Gestão Empresarial, com ênfase em Marketing e Recursos Humanos, e diretor da MC - Consultoria e Treinamentos, Campo Grande - MS.
Contato: www.marcelocerutti.com.br
ceruttimarcelo@yahoo.com.br | (67) 8124-6558
Esses são os erros mais comuns na negociação, mas, com certeza, existem outros. Por isso, é importante identificar as falhas e buscar soluções. Marcelo Cerutti
1. NÃO FAZER A LIÇÃO DE CASA Existe coisa mais triste que um vendedor despreparado na frente de um comprador preparado? Se você seguiu os passos da venda, identificou o real motivo da compra (motivador), em seguida, “uniu” a necessidade do cliente ao seu produto/ serviço e, por fim, construiu o “desejo” do cliente em saber QUAL É O PREÇO, então, você está no controle. Essa técnica dará mais valor ao seu produto. Se você não souber de tudo isso, tenha certeza de que o cliente sabe e vai usar sua ignorância para fazer com que diminua seu preço. Antes de entrar na negociação tenha certeza que os outros fundamentos da venda foram realizados. 2. NÃO SER AGRESSIVO NO FECHAMENTO Agressividade em negociações geralmente é uma coisa boa. Não estou falando de comportamentos agressivos, e sim de metas agressivas de negociação. Imagine um produto com preço de tabela de 500 reais. Quem você acha que vai pagar menos: a pessoa que aceitar a oferta de pagar os 500 reais sem reclamar ou aquela que ameaçar, dizendo que vai pagar 450 reais e nem um centavo a mais ou nada feito? A verdade é que
18 AgroRevenda AgroRevenda 18
a maioria dos negócios sairá num valor intermediário entre 450 e 500 reais. É nessa hora que o vendedor tem que se posicionar na negociação, pois do que valeu toda a apresentação dos benefícios do produto? Mais uma vez, sabendo disso, um vendedor pode se preparar para negociar de maneira agressiva, mas educada. Pegar a caneta e o talão de pedido e começar a preencher, ou iniciar o lançamento do pedido no sistema para o fechamento, mostra o quanto o vendedor é agressivo. 3. NÃO JOGAR PARA GANHAR Embora seja fundamental garantir que o outro lado sinta que está ganhando, também, no fundo, o que realmente importa é que você feche o negócio que pensa em fechar. Se o outro lado acha que está bom, quem é você para dizer que não? O cliente não sabe que você poderia ter dado mais desconto, prazo ou qualquer outro benefício se tivesse apertado um pouco mais. Alguns vendedores, quando o gerente diz “dê até o máximo de 10% de desconto”, assumem automaticamente que o desconto a ser dado é de 10%. E Não é. Esse é o máximo! Se você der 4% e o cliente ficar feliz, qual é o problema? Um estudo comprova que há campanhas de
vendas com máximo de 10 % de desconto a média final é de 11 % de desconto. É de arrepiar! 4. PASSAR O PREÇO E NÃO PARAR DE FALAR Esse é um erro clássico de vendas. O cliente nem perguntou quanto custa e o vendedor não só sai falando sobre o preço, como ainda por cima anuncia que pode negociar um “descontinho” e que o produto é bom e funciona e blábláblá... (não para de falar...). Fale o preço e cale a boca. Ouça o que o cliente tem a dizer. Você passa o preço e o cliente tem dois caminhos: primeiro, ele fecha o pedido, faz a compra e aí você vai para o abraço; e segundo, o cliente cria uma objeção (preço, prazo, entrega), então você retoma a negociação contornando a objeção através da técnica dos cinco passos (um outro assunto). Mas, lembrese, vender é 75 % ouvir e 25 % perguntar. 5. NÃO PENSAR NA EMPRESA, NÃO PENSAR NO CLIENTE E NÃO PENSAR EM VOCÊ É comum encontrarmos vendedores focados exclusivamente em um campo. Se estiver bom para o cliente, legal. Se estiver bom para o meu bolso, ótimo.
mar/abr 2012 2012 mar/abr
Mas se estiver bom para a empresa, melhor. Para começo de conversa, existem somente dois campos em uma negociação: a empresa e o cliente. Você representa a empresa e você faz parte desse time. Costumo dizer o que vale é TUDO PARA A EMPRESA, TUDO PARA O CLIENTE. Trabalho o conceito de VENDER, como o ato de ajudar as pessoas. E essas pessoas são o seu chefe, o seu cliente e você, é claro, não necessariamente nessa ordem. 6. NÃO RECONHECER QUE NÃO EXISTE VENDA SEM NEGOCIAÇÃO Se um vendedor disser “isto custa 10, à vista”, pode ter certeza de que o cliente pedirá 8 ou pedirá 60 dias ou pedirá uma vantagem ou vai pedir tudo isso junto. Se tivesse falado 12, o cliente pediria 10, e assim por diante. Para negociar, o vendedor deve estar preparado. Se realmente quiser fechar uma venda, você precisa conhecer muito bem seus
mar/abr 2012
produtos/serviços e como são usados, assim como os benefícios que espera dele, negociações anteriores, pró e contra do seu produto/serviço/empresa em relação à concorrência, clientes do seu cliente, até onde você pode ir nas concessões, o que espera em troca, etc. Informação é poder, e em negociação isso é indispensável. 7. NÃO NEGOCIAR PEQUENAS CONCESSÕES No mercado competitivo e com concorrentes que também estão se preparando, é importante o vendedor ter a opção de negociar pequenas concessões, que não seja somente o desconto, e por falar nisso quero recomendar o livro do Marcelo Caetano que acabei de ler, Chega de desconto!, da editora Landscape. Voltando, podemos pensar que tudo é negociável: prazos de pagamento são flexíveis, volumes são flexíveis e prazos de entrega são flexíveis. Deixar o cliente sair da revenda
sem fechar o negócio e acreditar que ele vai voltar... humm...é suicídio. Depois não adianta querer negociar a redução da sua meta. Entender qual o objetivo final do cliente, onde ele quer chegar e o que realmente ele quer é fundamental para que o vendedor coloque em prática a sua habilidade de bom negociador. Esses são os 7 pecados mais comuns na negociação, com certeza existem outros. Recomendo que você identifique quais são as suas principais falhas, registre-as em uma folha, busque soluções com colegas mais experientes e, principalmente, após uma negociação “exigente” avalie seu posicionamento, afinal, a nossa maior virtude está em reconhecer nossos limites e superá-los.
Boas venda$ e sucesso!
ar
AgroRevenda 19
diferenciais de inovação
O QUE SUA REVENDA PODE APRENDER COM STEVE JOBS? “Pensar fora da caixinha”, mudar seu modelo de negócios e fazer diferente podem render bons frutos. Matheus Alberto Consoli e Rodrigo Alvim Afonso*
20 AgroRevenda
mar/abr 2012
G
ostem ou não, quase todos habitantes desse planeta com acesso a algum tipo de mídia, TV ou internet, ouviu falar em Steve Jobs nessa última década. Se não diretamente, por meio dos produtos e inovações criados pela Apple, como Ipod, Iphone, Ipad, Mac, Itunes entre outros, e de seu estúdio de animação Pixar, que foi um dos pioneiros na construção de filmes de animação em 3D. Mas o que isso tem a ver com nosso negócio de distribuição de insumos? O que revendas e distribuidores podem aprender com Steve Jobs? O objetivo desse artigo não é vangloriar tal cidadão, mas trazer para a discussão algumas de suas realizações e fazer que pensemos um pouco mais no futuro do nosso negócio, principalmente o mais difícil: pensar “fora da caixa”. Há alguns anos não precisávamos de internet, música digital, mobilidade online dentre outras coisas. Até que a Apple, comandada por Steve Jobs, trouxe essas inovações que “ninguém” precisava. Dentre essas inovações, mais do que produtos, telas de touch screem, aplicativos e outras coisas, Steve Jobs criou novos modelos de negócio. Alguns o criticam por criar produtos e serviços com elevada obsolescência, a destruição criativa na prática, mas seus produtos, inovações e modelos de negócio mudaram indústrias inteiras. O setor de música, entretenimento, conteúdo digital, mobilidade, telefonia, negócios online, entre outros, são bem diferentes agora. Com isso, sua empresa, fundada em um ambiente universitário teve seu valor multiplicado por 100 em 15 anos. Jobs tinha visão de futuro (1), liderança inovadora (2) e capacidade de execução (3), e com isso foi capaz de mudar o seu e muitos outros negócios pelo planeta.
VISÃO DE FUTURO Quantos anos (ou ciclos ou safras) você é capaz de planejar? Costumamos
mar/abr 2012
“brincar” dizendo que você deveria ao menos ser capaz de visualizar sua empresa até a próxima Copa ou Olimpíada. Venhamos e convenhamos, 4 anos não é tanto tempo assim. Aqui reside o primeiro aprendizado para revendas agropecuárias e distribuidores de insumos. Já passamos da hora de pararmos de reclamar do governo, dos impostos, da infraestrutura etc. e dizer que não dá para planejar. Já vivemos em uma economia moderadamente estabilizada há mais de 10 anos, mas gestores e empresários continuam “vendendo almoço para comer na janta” como dizem por ai. Pense nisso, se você quer prosperar, criar valor para seu negócio, fidelizar seus clientes e se diferenciar de fato no mercado é necessário pensar no futuro, e em muitos casos, construir o futuro!
LIDERANÇA INOVADORA Existem dois importantes fatores críticos de sucesso nessa capacidade de Jobs: Liderança e Inovação. Liderança é necessário para puxar a fila, gerenciar equipes, motivar pessoas. Sem liderança andamos todos sem rumo. Convencer pessoas (colaboradores, parceiros e clientes) a acreditar no seu negócio, ideias, produtos e serviços é essencial. Certa vez indicamos a um gestor de uma empresa que ele deveria melhorar sua capacidade de liderança, se comunicar melhor com a equipe, cobrar resultados, mas também dar feedbacks. Ele respondeu: – isso é papo de consultor. A empresa dele faliu e hoje ele trabalha para uma revenda concorrente! A inovação é outro fator. Fazer coisas novas, propor algo diferente, que ninguém fez ou ofereceu. Isso implica arriscar e oferecer aos clientes algo que eles não esperam. Jobs não foi o único a fazer isso. Há uma história sobre Henry Ford, que disse, ao criar Modelo T e a linha de montagem de veículos: – “se eu perguntasse a meus clientes o que eles queriam, pediriam um cavalo mais
rápido”. O que estamos fazendo nesse sentido? Continuamos atendendo nossos clientes no balcão, nossa loja é a mesma faz 20 anos, às vezes o visitamos no campo, regulamos uma máquina, oferecemos uma festinha, o levamos para uma viagem. Será que não conseguimos fazer nada a mais? Quais são as ações que podemos realizar que surpreenderiam nosso cliente e não são realizadas por nossos concorrentes? Vejam as mudanças que ocorreram no setor varejista, bancário e vendas online nos últimos anos. Supermercados criaram novas formas de vender, expor produtos, material promocional, ambiente de loja, atendimento personalizado etc. Bancos criaram novos meios de atendimento, equipamentos, mobilidade, segmentaram clientes por perfil, capacidade de investimento e potencial. Já experimentaram comprar um produto online em um provedor de primeira linha? Ou ler uma resenha de livro antes de comprá-lo, assistindo um vídeo com o autor? E nós, o que estamos fazendo no setor de insumos agrícola e pecuário. Estamos inovando em nosso negócio, novas formas de atendimento e relacionamento com clientes, novos serviços e soluções? Será que o produtor está se concentrando apenas por uma força de mercado ou ele simplesmente não está encontrando quem resolve seu problema e está deixando a atividade? Pense nisso, sonhe, quebre a cabeça e inove. Essa é uma das máquinas do desenvolvimento econômico, social e ambiental.
CAPACIDADE DE EXECUÇÃO Infelizmente, apenas ter boa vontade, ideais e mesmo dinheiro não resolve o problema dos negócios. Aqui novamente Jobs, como outros líderes empresariais, tem muito a ensinar. Tirar as “coisas” do papel e transformá-las em realidade. Isso implica execução. Fazer as coisas acontecer. Demanda esforço pessoal dos líderes, esforço
AgroRevenda 21
diferenciais de inovação
esse físico e mental, acompanhamento das coisas, envolvimento com equipes. Trabalho, muito trabalho! Temos vivido experiências de empresas que possuem planejamento estratégico e um monte de boa vontade, mas falta o básico: eles (seus gestores) falam bastante, mas fazem pouco pelo negócio. Reclamam dos fornecedores, dos funcionários, das leis, mas boa parte da solução está em casa. Falta capacidade de implementação. Além destas características pessoais de Steve Jobs, também podemos aprender muito com o estilo de negócios de suas empresas, que são destaques em (1) comunicação e fortalecimento de marca, (2) busca por melhores padrões visuais, (3) Criação de custo de mudança. Com relação à comunicação e fortalecimento de marca, a Apple é referencia mundial, todos os lançamentos de produtos da empresa são extremamente organizados, e é criada uma superprodução, onde os desenvolvedores e presidentes falam sobre todos os detalhes do novo lançamento, ou seja, a cada evento realizado pela empresa, todas as oportunidades pensadas e muito bem aproveitadas para fortalecer a imagem da marca. Esta estratégia utilizada pela Apple deveria ser seguida pelos distribuidores de insumos, porém não é o que percebemos na prática, na verdade tem sido bastante difícil encontrar revendas que aproveitam o lançamento de algum novo produto, os eventos realizados junto aos produtores, possibilidade de palestras e eventos relacionados à produção agrícola para fortalecer sua marca. O que vemos é que as empresas precisam desenvolver em muito suas habilidades em Marketing. Outro fator interessante das empresas de Jobs, tanto a Apple quanto os estúdios Pixar, são duas companhias que buscam excelência dos padrões 22 AgroRevenda
visuais, ou seja, buscam ter os produtos mais bonitos e visualmente agradáveis. Ok, vocês podem estar se perguntando “o que isso tem a ver com os distribuidores de insumos?” Na realidade podemos aprender com essa prática, e pensar em como podemos deixar nossa empresa mais bonita, confortável e aconchegante para recebermos o nosso cliente. Sabemos que existem alguns donos de revendas que não gostam que os clientes frequentem suas lojas, porém receber os clientes em suas lojas, para tomar um café, chimarrão ou teréré pode ser uma excelente forma de estreitar relacionamento e se manter informado sobre os acontecimentos do mercado, mas para isso é preciso criar um ambiente propicio, onde o cliente se senta confortável e bem recebido. Será que nossa empresa busca excelência nos padrões visuais, e garante o conforto que nosso cliente deseja? Por fim, precisamos trabalhar nossos serviços aliados aos nossos produtos para gerar custo de mudança. Os produtos da Apple possuem características técnicas que facilitam sua interligação, ou seja, quem possui um Iphone tende a comprar um Ipad e um Mac, pois as facilidades de conexão entre estes aparelhos geram grandes benefícios e praticidade aos usuários. Quando um destes equipamentos quebrar, ou se tornar obsoleto, este cliente provavelmente irá comprar um outro produto da mesma marca, pois oferecerá as mesmas praticidades. Esta praticidade gerada acaba criando um custo de mudança para o cliente. Os distribuidores de insumos também precisam trabalhar seus serviços para gerar estas praticidades aos seus clientes. Certa vez visitamos um distribuidor de insumos que possuía tamanha organização das informações dos clientes que os gerentes das propriedades costumavam entrar em contato com os vendedores da
revenda para tirar dúvidas sobre quais produtos foram aplicados nos talhões, quais foram as principais pragas enfrentadas, e quais os resultados de produtividades nos anos anteriores. Ou seja, a praticidade que a revenda ofereceu para os produtores e gerentes da fazenda gerou um custo de mudança, pois caso estes clientes passem a comprar de outras revendas não terão mais a praticidade de ter todas as suas informações registradas pelo fornecedor. Este foi apenas um exemplo, porém, há várias outras formas de gerar custo de mudança para nossos clientes. Será que estamos trabalhando bem estas oportunidades? Esperamos que você possa absorver um pouco da discussão sobre “pensar fora da caixinha”, mudar seu modelo de negócios e fazer diferente! Precisamos começar. Ótimo trabalho e sucesso ar para você.
* Matheus Alberto Consoli é Especialista em Estratégias de Negócios, Gestão de Cadeias de Suprimentos, Distribuição e Marketing. Doutor pela EESC/USP. Mestre em Administração pela FEA/USP. Administrador de Emprsas pela FEA-RP/ USP. * Rodrigo Alvim Afonso é Especialista em Planejamento de Redes de Empresas (Clusters). Mestrando em administração de Empresas pela FEARP/USP. Pós-Graduado em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV-SP. Administrador de Empresas pela Faculdade COC. * Os autores são consultores da Markestrat e atuam em projetos em agronegócios e distribuição de insumos agropecuários. Para maiores informações visite: www.markestrat.org
mar/abr 2012
gestão financeira
REDE DE DISTRIBUIÇÃO “SAUDÁVEL”
Carlos Campos é diretor da Prime Action Consulting - Consultoria em Canais de Marketing e Vendas Contato: marketing@primeaction.com.br
A saúde financeira de cada ponto ou canal de vendas precisa ser monitorada e gerenciada. Isto é condição necessária e indiscutível para quem quer ter sucesso e sustentabilidade do seu negócio. Carlos Campos*
S
em uma rede saudável o modelo de negócio cai por terra. As condições acordadas das políticas comerciais, a gestão do risco, a capacidade de realizar investimentos, de cobrir o mercado e atender bem os clientes fica certamente prejudicada, minando paulatinamente o negócio até que ele se torne insustentável. Muitas empresas preferem não atacar o problema de frente, confiando e delegando totalmente a responsabilidade aos gestores de cada revendedor ou canal. Dificuldades técnicas de acesso e consolidação de informações e suscetibilidades
Não são raros os casos de surpresas desagradáveis quando os executivos descobrem seus distribuidores tradicionais quebrando, perdendo crédito ou capacidade de investimento.
políticas quanto à manipulação das informações são os principais motivos que encontramos em empresas de todos os setores para não possuir uma boa gestão financeira da sua rede. Porém, mesmo empresas que vencem estes obstáculos iniciais, e implementam um processo sistemático de obtenção,
24 24 AgroRevenda AgroRevenda
consolidação e análise das informações da rede, pecam na efetividade da gestão financeira do canal. Não são raros os casos de surpresas desagradáveis quando os executivos descobrem seus distribuidores tradicionais quebrando, perdendo crédito ou capacidade de investimento. O acompanhamento analítico e o feedback constante para a rede de seus números são fundamentais para que as oportunidades reais de melhoria, tanto no distribuidor quanto no fabricante, sejam atacadas.
BENEFÍCIOS Se os benefícios são claros para o fabricante preocupado em gerenciar a rede, muitas vezes não o são para o próprio canal, que enxerga a tentativa do fabricante como forma deste controlar o seu negócio. Consequentemente, aumenta-se a desconfiança na relação e o receio de que o fabricante ao perceber que ele, canal distribuidor, está ganhando dinheiro, busque renegociar e diminuir suas margens e ganhos. Essa situação ressalta nitidamente a falta de uma proposta de valor clara do fabricante para os canais que apontem os benefícios coletivos e individuais que virão da gestão financeira da rede. Veja no quadro “Características de uma boa gestão financeira da rede” os principais elementos constitutivos de um programa de gestão financeira da rede.
Exemplos de benefícios da boa gestão financeira da rede: • Modelo econômico aderente ao negócio • Alinhamento de contas e subcontas • Confiabilidade das Informações • Existência de benchmarks e figuras guias • Pessoal operacional e gerencial capacitado • Flexibilidade de análise e cruzamento de informações • Acompanhamento e feedback analítico mensal • Fabricante mais consciente e seguro das implicações e impactos financeiros das suas ações na rede; consequentemente diminui-se o erro em lançamentos de produto, em mudanças nas políticas comerciais; • Redução de conflitos causados por diferenças de expectativas, o que diminui o desgaste nas negociações de condições comerciais e, portanto, aumenta-se o foco no negócio na busca por clientes e vencer a concorrência. • Possibilidade de ter parâmetros de comparação de sua loja com benchmarks ou médias das demais lojas da rede, de mesmo porte. Este talvez seja um dos maiores benefícios práticos, que definitivamente traz possibilidades de melhor efetividade e eficiência na operação. Ao ter os seus principais indicadores comparados a outros membros do canal de mesmo
mar/abr mar/abr nov/dez 2012 2010 2012
Figura 1. Etapas da implantação da gestão financeira da rede Fase 1 Diagnóstico e desenvolvimento do modelo
Fase 2 Preparação de ferramenta de gestão
porte, e naturezas semelhantes, os distribuidores reconhecem as oportunidades de melhoria para o seu negócio. • Possibilidade de ter assessoria financeira para ajudar a prevenção de quebra e/ou recuperação do negócio.
IMPLANTAÇÃO Para se implementar um processo robusto de gestão financeira da rede é preciso passar por algumas etapas, conforme mostrado na figura 1, customizando-as conforme o contexto do negócio, estágio de desenvolvimento da rede, disponibilidade de informações, etc. A primeira fase deverá se concentrar em diagnosticar status da gestão financeira na rede, para mapear e compreender os sistemas atuais adotados, os planos de contas, as análises realizadas, indicadores existentes, nível de compreensão e capacitação dos gestores, etc. Além disso, faz parte desta primeira fase desenvolver e validar um modelo demonstrativo econômico-financeiro que seja aderente às necessidades do negócio. Com estas duas informações básicas, podese começar pensar na segunda fase que trata da estruturação do sistema de coleta, processamento e análise das informações. É necessária uma ferramenta de consolidação e análise que seja simples de usar e flexível para acomodar a integração aos mais diferentes sistemas, planilhas e bases de dados existentes nas diversas lojas da rede. Sem um apoio tecnológico, a qualidade e rapidez de gerenciamento ficam certamente prejudicadas, e consequentemente, o fabricante e a rede perderão em qualidade e rapidez nas suas tomadas de decisão. Há
no
mercado
mar/abr 2012
algumas
opções
Fase 3 Treinamento e implementação do modelo
Fase 4 Gestão do modelo
interessantes de ferramentas tecnológicas para apoiar esse processo. Porém, tão importante quanto a escolha da ferramenta é a sua modelagem: a identificação de indicadores e análises mínimas que devem estar disponíveis, identificação e adoção de parâmetros de comparação (região, porte, linha de produtos, cultura, perfil de cliente, etc.), montagem de gráficos e definição de critérios de acesso e segurança dos dados.
de venda e passe para a liderança um “Farol Financeiro” – o que está indo bem, mais ou menos e o que precisa ser focado como ação de melhoria. Desta forma, surpresas desagradáveis são enormemente atenuadas, e a rede e a marca passam a caminhar com passos firmes na conquista de mercado apoiados na solidez financeira de seus canais.
Após construção da ferramenta, a terceira fase deverá focar na capacitação do pessoal que vai interagir e se envolver com o processo de obtenção, consolidação e troca de informações para implementação do processo. Treinamentos operacionais voltados às áreas administrativa e financeira para o pessoal conhecer, por exemplo, as regras de alocação e classificação correta de despesas, e treinamentos gerenciais para interpretação e análise das informações são fatores críticos para o sucesso da implantação da gestão financeira da rede. A quarta e ultima fase envolve a gestão do sistema. Em canais de vendas tudo é fluído e a constante é a mudança. As condições de mercado e concorrência se modificam, novos produtos são lançados, há trocas na equipe, enfim são inúmeras as possibilidades de mudanças que podem impactar a eficácia do sistema de gerenciamento da rede. Por isso, o mais importante é focar corretamente nessa quarta fase do modelo. Recomendamos aos nossos clientes que estruturem um grupo, terceirizado ou interno, que acompanhem mensalmente os principais números e indicadores de cada revendedor e ponto
O fator confiança é chave para a implantação do processo de gestão financeira da rede. A falta de confiança é a causa de altos custos de relacionamento comercial porque exige estruturas garantidoras de cumprimento de acordo entre as partes. Por isso a confiança deve ser conquistada em cada passo, em cada gesto, em cada reunião do fabricante com sua rede. Quem deve tomar a iniciativa é o fabricante com uma atitude simples, e ao mesmo tempo comovente: cumprindo ao que promete. Só isso. ar
Treinamentos gerenciais para interpretação e análise das informações são fatores críticos para o sucesso da implantação da gestão financeira da rede.
CONCLUSÃO
Características de uma Boa Gestão Financeira da Rede • Modelo econômico aderente ao negócio • Alinhamento de contas e subcontas • Confiabilidade das Informações • Existência de benchmarks e figuras guias • Pessoal operacional e gerencial capacitado • Flexibilidade de análise e cruzamento de informações • Acompanhamento e feedback analítico mensal
AgroRevenda 25
stracta gestão de processos
GESTÃO POR PROCESSOS A importância do controle de indicadores estratégicos em revendas agropecuárias. * Camila Mourad e André Vidmar
A transformação do agronegócio brasileiro, em função da expansão da indústria de insumos no Brasil, refletiu também no aumento da competição entre os parceiros distribuidores da indústria. Para enfrentar esse novo cenário, o setor de distribuição de insumos agropecuários iniciou um processo de modernização na condução dos seus negócios com a introdução da gestão estratégica. No entanto, essa nova forma de gerenciamento trouxe o desafio de como implementar as estratégias, considerando o mercado em que estão inseridos, os focos estratégicos e a avaliação dos resultados dos investimentos. O primeiro passo para a estruturação de uma gestão estratégica é a formalização de um planejamento estratégico, que permita nortear de maneira estruturada as ações e buscar o alcance dos objetivos e metas futuras, como a melhoria de performance, ampliação do market share, conquista de novos mercados, etc. Contudo, somente planejar ou definir bem as estratégias não é suficiente, é necessário o uso de técnicas e ferramentas para implementá-las de forma efetiva. Por esse motivo, a implementação da estratégia tem se mostrado uma das principais preocupações dos gestores nas revendas agropecuárias. Dentre as principais barreiras à implementação da estratégia estão:
26 AgroRevenda
a) a baixa dedicação dos gestores na discussão da estratégia ao longo de sua execução; b) a não vinculação do orçamento com a estratégia; c) a dificuldade de compreensão da visão de futuro da empresa por parte da equipe operacional e d) a baixa vinculação de incentivos com a estratégia. Dessa maneira, é possível notar que o gargalo encontra-se na integração da Gestão com a Estratégia planejada. Para tratar da implementação da gestão estratégica, é necessário entender, inicialmente, o conceito de Estratégia como o caminho traçado para que a empresa consiga sobreviver diante de um ambiente competitivo, considerando seus recursos e capacidades internas. Em seguida, precisamos entender a Gestão como um conjunto de atividades que procuram garantir a obtenção dos resultados planejados. Portanto, Estratégia e Gestão são complementares entre si e devem receber o mesmo nível de energia. Entretanto, é comum as empresas estabelecem foco exagerado em somente um dos lados, o que tende a causar desvios de curso na execução da estratégia. Para que essa integração ocorra, é preciso desdobrar os objetivos estratégicos gerais, criando indicadores estratégicos e relacionando-os a indicadores operacionais. Em outras palavras, é preciso traduzir a estratégia em objetivos e metas globais da
empresa, desdobrá-los para os departamentos, equipes e indivíduos por meio de indicadores de fácil compreensão, que sejam mensuráveis, expressem claramente o objetivo a ser alcançado, o prazo para execução e os responsáveis. Inicialmente, é preciso identificar, definir e monitorar os KPI´s (Key Performace Indicators) que são os indicadores estratégicos de desempenho, oriundos do planejamento. É muito importante que eles não fiquem restritos somente às informações financeiras (faturamento, margens, resultados), mas que outros aspectos sejam monitorados e otimizados, como qualidade, desempenho de mercado, produtividade, relacionamento com o cliente, etc. Mais que isso, o grande segredo é conectar os indicadores estratégicos com os indicadores operacionais da empresa. Os indicadores operacionais podem ser identificados a partir do mapeamento de processos, com a identificação, análise, otimização e formalização dos processos operacionais. Com isso, as pessoas conseguem materializar as diretrizes do planejamento estratégico em termos operacionais e o alinhamento com as metas é completo. Por exemplo, uma revenda que define no seu planejamento estratégico que um dos seus objetivos gerais é melhorar
mar/abr 2012
Objetivo Estratégico: melhorar a qualidade das soluções técnicas oferecidas aos clientes Ações
Indicador
Meta
Responsável
Prazo
Criar programa de retenção de talentos
Turnover (rotatividade) de funcionários
Máximo de 5% ao ano
Assistente de RH
31/dez
Equipe capacitada
Desenvolver programa de capacitação da equipe da assistência técnica e vendas
Grade anual de treinamento
100% da grade concluída
Assistente de RH
31/dez
Agregar valor ao serviço
Criar programa de retenção de talentos
Aprimorar departamento de assistência técnica
Cumprimento da agenda de visitas
100%
31/mar
Objetivo Específico
a qualidade das soluções técnicas oferecidas aos clientes pode traduzir esse objetivo para metas específicas de capacitação da equipe técnica e de agregação de valor ao serviço, conforme apresentados no quadro abaixo: Com a estruturação dos indicadores de desempenho, cria-se, então, uma rotina de acompanhamento mensal com os responsáveis pelo cumprimento das metas. A rotina de acompanhamento tem papel importante na manutenção do foco da equipe na implementação da
estratégia
e
possibilita
ações
corretivas durante o processo. A
análise
dos
indicadores
desempenho ruim pode ter causas
o planejamento estratégico conecte-
internas (o não desenvolvimento da
se com a realidade do dia a dia. Um
grade de treinamentos, por exemplo)
fator preponderante para o sucesso
ou causas externas (a falta de oferta
da implementação da estratégia é o
de treinamentos técnicos na região
envolvimento das pessoas que irão
durante o período).
executá-la.
deve
mês anterior e buscar as causas dos resultados. Vale ressaltar que um
alinhadas
e
capacitadas a pensar sistematicamente A partir da avaliação dos indicadores
sobre o futuro e não somente sobre as
as decisões podem ser tomadas com
ações do presente é essencial.
ar
maior segurança visando resolver o problema e melhorar o desempenho. A decisão deve direcionar para a aceleração, suspensão ou criação de novas ações para corrigir o problema. Portanto, a gestão deve garantir a
observar a tendência em relação ao
Mantê-las
implementação do que foi efetivamente estruturado e definido na estratégia, bem
como
constantemente
avaliá-la
e
possibilitando
revê-la que
* Camila Mourad - Mestre em Administração pela USP e consultora especialista em processos da Stracta Consultoria * André Vidmar - Especialista em Balanced Scorecard e consultora focado em gestão de indicadores da Stracta Consultoria
A Stracta Consultoria é uma empresa de prestação de serviços e treinamentos focada no atendimento personalizado de seus parceiros. Buscando participar dos desafios diários de seus clientes, a Stracta auxilia na melhor tomada de decisão para resoluções de problemas, permitindo o sucesso a longo prazo para a empresa. Tel: (11) 2339-4616
mar/abr2012 2012 mar/abr
Site: www.stractaconsultoria.com.br
E-mail: stracta@stractaconsultoria.com.br
AgroRevenda 27 27 AgroRevenda
espaço entidades
JORGE MATSUDA É O NOVO DIRETOR DA ASBRAM Gestão será de desafios e um deles é a luta pela isenção fiscal de impostos, como o PIS/Cofins, para as indústrias associadas
A
nova
diretoria
(Associação Indústrias
da
Asbram
Brasileira de
das
Suplementos
Minerais), para o biênio 2012/2013, é presidida por Jorge Matsuda, CEO do Grupo Matsuda, que substitui ao diretor de Marketing da Bellman, Marcos Mantelato, que antes ocupava o cargo. Segundo
Jorge
Matsuda,
a
nova
gestão será de desafios, já que questões importantes serão o foco de sua atenção. Dentre elas, ele destaca “a necessidade de isentar as indústrias de suplementação mineral do PIS/Cofins, tributo hoje não cobrado das indústrias de fertilizantes”. Para
ele,
a
cadeia
produtiva
suplementação mineral tem convivido com elevado volume de impostos cobrados pelo governo brasileiro. “Além disso, tem recebido tratamento desigual em relação à agricultura, situação que contribui ainda para pressionar os preços dos insumos essenciais, como o ácido fosfórico e a uréia.” O novo presidente da Asbram lembra que as indústrias que atuam no mercado agrícola contam com isenção fiscal de impostos, como o PIS/Cofins, que é cobrado com alíquota de 9,2% apenas das empresas de suplementação mineral. A isenção desses impostos para o setor de nutrição animal, segundo Jorge Matsuda, beneficiará, e muito, a produção animal e, por extensão, os próprios consumidores finais”.
28 AgroRevenda
Jorge Matsuda, presidente da ASBRAM
da A Asbram foi fundada em 1997, com
Diretor Primeiro Tesoureiro: Fernando
apenas 13 empresas que buscavam o
Penteado Cardoso Filho, presidente da
fortalecimento do setor. Hoje, conta com 62
Connan
associadas, estabelecidas em 12 Estados,
Diretor Segundo Tesoureiro: Luiz Antonio
e que detêm a produção majoritária do
Monteiro, diretor técnico da Nutroeste
segmento da suplementação.
Nutrição Animal Conselho de Administração:
Confira a composição da nova diretoria da Asbram
Luiz Antonio Monteiro Lamiro Stem Neto Celso Adriano Facholi
Presidente: Jorge Matsuda,
Arlindo Vilela
CEO do Grupo Matsuda
Marcelo de Carvalho Dias
Diretora: Elizabeth Chagas, sócia diretora
Sérgio Carlo Franco Morgulis
da EC Assessoria
Conselho Fiscal:
Vice-Presidente: Lauriston Bertelli
Mario Renck Real
Fernandes, diretor técnico da Premix
Marcos Alberto Mantelato
Diretora Primeira Secretária: Maria Eloá
Carlos Grossklaus
Rigolim, diretora executiva da Produzo
Ademar Pereira Leal Filho
Diretor Segundo Secretário: Nelson de
Ademir Maciel Pereira
Souza Lopes, diretor presidente da Vaccinar
Gilson Brigido Lemos
ar mar/abr 2012
Publique
Forma de Pagamento Cheque nominal a Publique Assessoria e Publicidade S/S Ltda. via correio, juntamente com esta ficha. Depósito no Banco Bradesco, ag. 422, c/c 61805-5. Enviar comprovante de depósito, juntamente com esta ficha para o fax 55 (11) 3063.1899 CNPJ: 59.569.145/0001-50 Boleto Bancário
Qual é o setor que você atua? Revenda Agropecuária Loja de Cooperativa Distribuidor Outros Envie esta ficha para: Publique Assessoria e Publicidade S/S Ltda. • Alameda Itu, 1063, 2º andar - Cerqueira Cézar • CEP: 01421-001 - São Paulo - SP - Brasil CNPJ: 59.569.145/0001-50 ou via fax: 55 (11) 3063.1899 • www.agrorevenda.com.br / comercial@agrorevenda.com.br
capa Pfizer
Divulgação
ALTA TECNOLOGIA AO ALCANCE DE TODOS
Produtos de ponta da Pfizer Saúde Animal conquistam também os pequenos e médios produtores. Empresa tem aumento no faturamento e reconhece a participação das agrorevendas Paulo Roque
A
30 AgroRevenda
Pfizer Saúde Animal faturou,
Economia dos jornais diários e veículos
revendas agropecuárias de todo o país.
no
especializados.
notícia
Ao receber a equipe de reportagem da
milhões, um crescimento de
ainda não divulgada e que interessa
Agrorevenda em sua sala de trabalho,
14% em relação a 2010. A informação
muito aos nossos leitores é que esses
o diretor geral da Pfizer Saúde Animal
foi noticiada, há cerca de três, quatro
resultados
em
Brasil, Jorge Espanha, agradeceu a
meses, nas páginas dos cadernos de
grande parte graças à atuação das
atuação das revendas pela resposta à
ano
passado,
R$
592
Porém,
foram
uma
alcançados
mar/abr 2012
e médias revendas – nas quais são
Espanha explica que um programa
comercializadas praticamente todas as
como esse tem que ser muito bem
suas linhas de produtos para bovinos,
organizado
suínos, aves, caprinos, ovinos e animais
ter
de companhia (pets) – e atingir bons
muito
resultados.
dos distribuidores, das revendas e,
e
abrangência trabalho
esquematizado, nacional para
o
e
por exigir
treinamento
principalmente, para a conscientização Há dois anos, conta o diretor geral
do criador – independentemente do porte
da Pfizer Saúde Animal, foi criado
da sua atividade e da importância de
o
adotar, cada vez mais, novas tecnologias.
Revendas-Pró,
orquestrado,
um
projeto
sincronizado
bem
com
a
revenda, com o canal de distribuição
“Hoje,
organizamos
em
algumas
e focado na melhoria e na qualificação
praças reuniões focadas em pecuaristas
da
revenda.
ocorreu
a
de pequeno e médio portes, bem como
projeto
e,
com o balconista da revenda. Em média,
de acordo com Jorge Espanha, a
realizamos 90 eventos por mês com estes
companhia atingiu o número de 2.500
públicos, pois sentimos que havia uma
revendas
produtos
grande necessidade de capacitação. E,
considerados de alta tecnologia, além
no ano passado, realizamos 980 eventos,
dos produtos de base.
entre dias de campo com pecuaristas e
consolidação
Em
2011
total
do
comercializando
treinamentos das revendas em vendas “Por
meio
trabalhamos
do
em
Revendas-Pró
conjunto
com
o
distribuidor, promovendo a capacitação
consultivas, que fazem parte de mais um projeto desenvolvido pela Pfizer Saúde Animal”, diz Espanha.
técnica e aumento tecnológico dessas revendas, desde os treinamentos sobre
Para realizar esse projeto com as
produtos e de capacitação de venda,
pequenas e médias revendas, ele afirma
aos serviços básicos pelo 0800 e
que o primeiro passo foi uma triagem junto
qualquer orientação a respeito da nossa
aos distribuidores das revendas. Por meio
linha de produtos”, explica Espanha.
do Kleffmann Group, foi desenvolvida
NOVO PÚBLICO O
resultado
crescimento das
é
um
significativo
vendas
nos
segmentos dos pequenos e
médios
produtores,
nos
quais,
da companhia.
ele, a Pfizer atuava de forma
É importante ressaltar que o Brasil
mais
pela
sua
segundo discreta
característica
é o segundo maior mercado da Pfizer
de
Saúde Animal no mundo, só fica atrás
esse trabalho é feito em
dos Estados Unidos e, por isso, segundo
parceria com a distribuição.
Jorge
Nosso
Espanha,
a
empresa
precisa
distribuição.
“Todo
crescimento
para
inovar em todas as áreas, não só de
algumas linhas de produtos
produtos, mas também de serviços. E
chegou a mais de 150%,
foi por meio da inovação que a Pfizer
principalmente
começou a conquistar mais clientes:
de alta tecnologia, que não
ao mudar a forma de abordagem e
eram tão explorados nesse
de como trabalhar com as pequenas
segmento”.
naquelas Divulgação
Fábrica em Garulhos, SP comercialização das linhas de produtos
Jorge Espanha, diretor geral da Pfizer Saúde Animal Brasil mar/abr 2012
AgroRevenda 31
capa Pfizer uma pesquisa com aplicação de 3.800
dessas revendas que já trabalhavam com
questionários, pelos quais foi possível
distribuidores, houve uma demanda para
mapear as necessidades e os tamanhos
produtos Pfizer de alto valor agregado
das revendas. Com a pesquisa também
e alto desempenho, como é o caso de
o crescimento do uso de produtos
foi percebido que muitos fabricantes de
Draxxin, um antibiótico dose única de
veterinários para controle de doenças e
produtos veterinários oferecem apenas
última geração”, comenta.
para aumentar a produtividade, seja na
preço e linhas de produtos e as revendas
O PECUARISTA
procurar escoar tais produtos no canal.
Porém, a procura e a adoção de
Divulgação
esclarece
Para
o
executivo,
“é
notório
que
pecuária de corte ou de leite, bem como
pequenas e médias têm como papel
tecnologias,
necessidades de hoje.
para melhorar os índices de reprodução e da genética, demonstra claramente
vão
que o pecuarista está ansioso por
“Quando falo de revendas médias ou
depender muito da conscientização e do
novidades”. E ressalta que, dentro de
pequenas, me refiro às revendas que
tipo do produtor. “Dentro dessa pesquisa
todo esse trabalho para a conquista de
têm contas de R$ 8 mil a R$ 15 mil
mapeamos
dos
mercado, a Pfizer Saúde Animal não
em produtos veterinários da Pfizer. São
pecuaristas. Há aquele classificado como
promove premiações para funcionários
revendas que estavam sedentas por
empreendedor, isto é, mais voltado para
do balcão seguindo à risca o código de
iniciativas voltadas à capacitação. Existia
o uso de produtos levando em conta o
ética do SINDAN - Sindicato Nacional da
não só do ponto de vista dos pecuaristas,
retorno do investimento, que quer fazer a
Indústria de Produtos para Saúde Animal.
mas também dessas revendas, a falta
conta do valor investido. Há o pecuarista
“Não é nossa conduta, pois acreditamos
de conhecimento técnico sobre o uso
neutro, que usa tecnologia somente
numa relação saudável e profissional
quando precisa, em
com os balconistas. Conseguimos o
momentos delicados
engajamento deles por meio de uma
e pontuais, quando as
parceria
práticas que emprega
negócios, oferta de produtos confiáveis e
tradicionalmente
muita capacitação”, salienta.
inclusive
já
Espanha,
o
perfil
não
resolvem.
Existem os
ainda pecuaristas
que
gera
oportunidade
de
CLIENTES TOPS Na área de reprodução e melhoramento
tradicionais, que não
genético,
utilizam determinadas
(Inseminação Artificial por Tempo Fixo),
tecnologias
de
uma das ferramentas mais utilizadas
rotineira,
atualmente e que mais se desenvolveu
maneira mas
cita
a
IATF
tais
nos últimos anos, da qual a Pfizer é
porque
uma das precursoras no Brasil. “A IATF
influenciados
é uma prova de como a tecnologia pode
adotam
tecnologias são
Espanha
que
trazer uma eficiência produtiva numa
lhes deu uma dica.
determinada atividade em que todo
E,
há
mundo ganha”, diz ao esclarecer que
de produtos Pfizer que já são bastante
aqueles pecuaristas que têm uma nota
as pequenas revendas não participam
estabelecidos no mercado como Treo
de valor X no bolso e não pretendem
desse mercado, somente as médias e as
ACE, Terramicina LA e Dectomax”, diz
gastar nada além daquela quantia, ou
grandes – principalmente estas últimas,
Espanha.
seja, não estão preocupados com A, B,
que atingem um público considerado
ou C, nem com a marca”, explica.
bastante especializado.
Fábrica em Campinas, SP
O
executivo
ressalta
que
estudo da Kleffmann indica que, na
por
alguém finalmente,
entrevista com pecuaristas, a Terramicina LA foi encontrada em 84% dos lugares onde os questionários foram aplicados.
32 AgroRevenda
Segundo Espanha, não se pode avaliar
“São clientes top, proprietários de
o pecuarista de uma forma generalizada.
fazendas
que
visitamos
diariamente.
Deve-se levar em consideração o seu
Organizamos cerca de 38 mil a 39 mil
“Nossa capilaridade de distribuição
perfil de impulso na compra, “e esse
visitas/ano e temos cadastradas 7.500
é muito grande e a abrangência e
impulso vem com a cultura, com o
fazendas. Trata-se de uma base de
diversidade da linha de produtos também
costume que ele tem”, enfatiza. Mesmo
dados construída ao longo dos últimos
são grandes. A Pfizer tem 179 produtos e
assim,
está
10 anos, que nos auxilia a ver quais
275 apresentações, que contribuem para
tentando desenvolver tecnologias, o que,
são as necessidades desses clientes.
o aumento da produtividade e melhor
na sua visão, não tem sido fácil, pois se
Trazemos a necessidade do campo para
controle
Nossa
trata de investimentos altos e já existem
a revenda e esta atende ao campo. É
grande surpresa foi que, em algumas
muitos produtos que atendem bem às
assim que trabalhamos. Para isso, temos
das
enfermidades.
esclarece,
a
indústria
mar/abr 2012
Divulgação
Linha de produtos uma
equipe
especificamente
focada
outros negócios, como a caprinocultura.
na geração dessa demanda e um time específico na venda”, conta o diretor
somente a este mercado, que seguem o
modelo
americano.
Nesse
setor
revenda,
trabalhamos com rede de distribuição
temos que destacar também a nossa
fechada, ao contrário do trabalho de
grande representatividade na área de
distribuição de produtos veterinários
Uma das ações da Pfizer Saúde Animal
suinocultura, avicultura e ovinocultura”,
para animais de criação, que é aberto
focadas no produtor é o PACTO, um
lembra, enfatizando a importância do
– atacadistas, distribuidores e com
programa de ação de demanda, que vai
mercado de produtos veterinários para
revendas diretamente”, explica.
além das recomendações de produtos.
suínos que, “hoje, tem 67% dos seus
O projeto engloba ainda recomendações
negócios
de planejamento, medidas sanitárias,
em dez grandes grupos. Os outros
a
orientações técnicas de produção, bem-
30% a 33% são grupos fragmentados
diversas empresas. Adquiriu a Embrex,
estar animal e segue as boas práticas
ou associados por contrato, nos quais
em 2007; a Fort Dodge (divisão de
de produção pecuária. Espanha ressalta
se trabalha diretamente com outras
Saúde Animal da Wyeth), em 2009;
que esses serviços exigem treinamento
empresas ou revendas”.
concluiu a incorporação da Alpharma e
geral da Pfizer Saúde Animal.
específico para o corpo de veterinários das
agrorevendas
que
atendem
os
“Quando
falamos
em
concentrados
diretamente
Saúde
Animal
incorporou
a aquisição da Synbiotics, a Pfizer entra dos
na área de diagnósticos que, segundo
Animal
o executivo, “é muito interessante e
que atuam junto às revendas em
tem tudo para crescer”. A princípio, o
do
todo o Brasil. Neste ponto, Espanha
trabalho é voltado para o diagnóstico
Revendas-Pró, nos últimos 24 meses,
destaca o trabalho realizado com os
das principais doenças aviárias, mas
de acordo com Espanha, a Pfizer Saúde
distribuidores para atender o mercado
vai incorporar ainda o diagnóstico
Animal passou a trabalhar uma linha de
de animais de companhia, ou pets,
para doenças bovinas como é o caso
corte mais baixa para poder atender a
onde o foco é a revenda. “Trabalhamos
da diarreia viral bovina (BVD) e da
outra parte da pirâmide, que representa
em parceria visitando pet shops e
rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR).
cerca de 45% do mercado brasileiro em
fazendo demonstrações. O mesmo tipo
potencial.
de trabalho de demanda, pois o setor
clientes de médio e grande porte, um dos principais públicos da companhia. Contudo,
com
a
introdução
produtos
1.500
Pfizer
também da Synbiotics em 2011. Com
DISTRIBUIDORES São
De acordo com Espanha, há muito para se trabalhar. Nos últimos anos,
da
distribuidoras Pfizer
Saúde
Com
relação
ao
futuro
do
de animais de companhia caracteriza-
agronegócio brasileiro, Jorge Espanha
se por distribuição e revenda. Trata-se
diz ter confiança que “o País continuará
clientes
de um mercado muito fragmentado.
a
encontrar
acompanhando a direção geográfica da
São mais de 50 mil pontos de vendas,
à
competência
pecuária brasileira. Segundo Espanha, “o
entre revendas agrícolas –
que são
brasileiro. E o setor de saúde animal,
Centro-Oeste e Norte são tendências de
um misto de tudo – , pet shops de
mesmo prevendo a contínua adoção
migração da pecuária de corte e leite”. A
todos os perfis e
tamanhos – dos
de tecnologias por parte dos criadores,
empresa vislumbra também o Nordeste
mais simples aos mais sofisticados –,
terá um crescimento mais moderado,
como possível área de aquecimento de
até os grandes magazines destinados
porém vigoroso”.
Assim, a companhia vai conquistando novos
mercados
mar/abr 2012
e
seu
espaço, do
graças
empresariado
ar AgroRevenda 33
insumos
A ASCENSÃO DOS GENÉRICOS
Tiago Fischer Ferreira sócio gestor da Stracta Consultoria, professor de Marketing e Canais de Distribuição Insper – Ibmec São Paulo e FIA. Contato: stracta@stractaconsultoria.com.br
Os movimentos atuais mostram que essa tendência não significa necessariamente a comoditização da indústria de defensivos agrícolas Tiago Fischer Ferreira
N
ão é de hoje que diferentes
necessidade de inovações oriundas de
dos agricultores por produtos agrícolas
agentes,
professores/
também constantes surgimentos de novas
com preços mais agressivos motivaram
desde
pesquisadores, até executivos da
moléstias e pragas que interferem no
a entrada de um número bastante grande
indústria e da distribuição do mercado
sistema produtivo. Segundo a Associação
de empresas com portfólios genéricos no
de insumos agropecuários abordam a
Nacional de Defesa Vegetal (Andef), este
mercado. Porém, essas novas entrantes
questão do crescimento de influência e de
é um mercado que fatura em torno de
do mercado possuíam uma estratégia de
volumes vendidos dos produtos genéricos.
13 bilhões de reais, sendo altamente
trabalho diferente daquelas desenvolvidas
Essa é uma realidade nos mais diferentes
representativo para a balança comercial do
pelas empresas tradicionais de genéricos,
segmentos do agronegócio, do mercado
agribusiness e posicionando o Brasil como
o foco era basicamente preços baixos.
de produtos veterinários ao de defensivos
o maior consumidor do mundo deste tipo
agrícolas. Porém, atualmente, a maior
de produto, à frente dos Estados Unidos.
A entrada de um número cada vez
representatividade de crescimento, ou
Todo esse mercado, até o ano de 2007,
maior
pelo menos a que está gerando maiores
era formado basicamente por dois grandes
representativamente o cenário competitivo
discussões é do mercado de defensivos.
segmentos de indústrias fornecedoras,
do mercado de defensivos agrícolas.
Nesse
conhecidas
Verificou-se um aumento representativo
mercado,
as
tendências
de
como
“indústrias
de
de
novas
indústrias
mudou
crescimento dos genéricos são discutidas
especialidade” com seu foco concentrado
da
nos principais centros de análise de
em
de
genéricos nos volumes comercializados
mercado
desde
produtos inovadores, e a “indústria de
de produtos e uma proporcional redução
meados da década de 2000, quando
genéricos” formada por indústrias de
na participação de mercado das indústrias
se intensificaram o número de produtos
menor porte, especializadas em fornecer
de genéricos. Contudo, essa distribuição
representativos no mercado, ou seja, com
produtos de patente aberta e que já
se dá apenas em volumes de produtos, já
alta demanda por parte dos agricultores,
tinham tradição no mercado, algumas
que em volume financeiro as participações
a perder patente. O que aumentou,
com um histórico de mais de 30 anos no
praticamente se invertem.
sobremaneira, a competitividade no setor.
agronegócio brasileiro.
O
Porém, os anos entre 2008 e 2010
da Indústria de Produtos para Defesa
no Brasil é tido como um dos mais
modificaram
Agrícola),
competitivos do setor dos agronegócios.
cenário. As baixas barreiras à entrada de
agrícolas possui uma participação das
Essa competitividade advém da constante
produtos importados e a crescente pressão
indústrias de defensivos de especialidade
do
agronegócio,
pesquisa
e
desenvolvimento
participação
das
indústrias
de
Segundo o Sindag (Sindicato Nacional
34 AgroRevenda
mercado
de
defensivos
agrícolas
representativamente
este
o
mercado
de
defensivos
mar/abr nov/dez 2012 2010
de
22%
em
contudo,
este
volume volume
liderança
do
mercado
comercializado, representa em
a
novos disponíveis nas áreas de pesquisa
de valor bastante diferentes daquelas que
e desenvolvimento dessas empresas.
as indústrias de genéricos de menor porte
retornos
(em sua grande maioria importadoras) de
financeiros, já que resultam em 58% da
Essa
renda do setor. As indústrias de genéricos,
especialidade,
tanto as tradicionais quanto as entrantes, participam do mercado com 78% do
ao aumento da informação na mente dos
vistas com o posicionamento de genéricas
volume, porém representam apenas 42%
agricultores, cria um cenário ainda mais
e precisam de uma nova nomenclatura,
da receita.
convidativo para o contínuo aumento de
nomenclatura
participação dos genéricos. Porém, esse
trabalhada como PÓS-PATENTES.
Essa
participação
de
mercado
varia
conforme a renda do produtor agrícola,
realidade
nas
empresas
de
produtos genéricos com apelo de preços
aos
possuem. Por isso, considera-se que as
investimentos da indústria de genéricos e
indústrias tradicionais não podem mais ser
associada
que
está
sendo
hoje
fato não necessariamente comoditiza o mercado.
Nessa linha, as indústrias de pós-patentes
alguns estudos mostram que quando
podem ser vistas como empresas que
existem fatores ambientais/ econômicos
Em sinergia a todas estas mudanças,
estarão
que influenciam na maior geração de
verifica-se
buscando inovar na maneira como atuam
renda do produtor agrícola, como a alta
importante
no
no mercado e em suas relações com
dos preços de uma commoditie, por
mercado das empresas de genéricos
parceiros e clientes, já que não possuem
exemplo, aumenta-se a predisposição
que estão no mercado brasileiro há
produtos com alta diferenciação. Esse
dos produtores a consumirem produtos
anos, ou seja, aquelas com tradição,
investimento
de maior valor agregado, ampliando
conforme mencionado no início do texto.
mercado de defensivos passe a trabalhar
a
participação
das
indústrias
também da
uma
forma
modificação
de
atuar
constantemente
contribuirá
investindo
para
que
e
o
de
E essa modificação está em linha com
novas estratégias, talvez mais vinculadas
especialidade, porém o crescimento das
as melhores práticas de atendimento ao
ao relacionamento, à confiança e aos
indústrias de genéricos é uma tendência
cliente que se tornaram um sucesso para
serviços, do que o foco em produto, mas
bastante forte.
a indústria de genéricos.
com certeza se distanciará fortemente de qualquer ideia de comoditização.
Mas
essa
necessariamente
tendência a
significa
comoditização
da
indústria de defensivos agrícolas?
Essa nova forma de atuar gerou um novo “posicionamento de mercado” para
Toda essa modificação contribuirá para que
essas indústrias genéricas tradicionais.
o mercado de defensivos agrícolas continue
Elas passaram a investir em portfólios
a vislumbrar estratégias diferenciadas no
Não existe resposta exata para um
especializados
questionamento como estes, contudo
programas
podemos
relacionamento com clientes, programas
com
identificar seus possíveis direcionamentos
de
revenda,
em vendas de produtos e programas de
e os movimentos atuais mostram que não!
entre outros. Isso as diferenciou do
relacionamento com clientes finais, mas sim
Além do crescimento da indústria de
posicionamento clássico de genéricos
estratégias mais complexas, com propostas
genéricos
apenas com vínculo aos preços baixos.
inovadoras de atendimentos personalizados
também um crescimento no número de
O novo posicionamento fez com que
e ações baseadas em crescimento mútuo
produtos inovadores no planejamento
essas indústrias passassem a investir
das indústrias e seus parceiros e isso,
de
analisar
no
lançamento
o
mercado
mercado,
das
para
verifica-se
indústrias
e
personalizados,
mercado. Talvez não aquelas estratégias
de
atendimento/
as quais já nos acostumamos a ver,
relacionamento
com
estratégias
basicamente
focadas
de
mais fortemente no desenvolvimento de
claramente, está longe de parecer um
especialidades. Esse fato é ocasionado
seus produtos e das relações estratégicas
commoditização do mercado.
pelo menor número de princípios ativos
com o mercado, estruturando propostas
ar
A Stracta Consultoria é uma empresa de prestação de serviços e treinamentos focada no atendimento personalizado de seus parceiros. Buscando participar dos desafios diários de seus clientes, a Stracta auxilia na melhor tomada de decisão para resoluções de problemas, permitindo o sucesso a longo prazo para a empresa. Tel: (11) 2339-4616
mar/abr 2012
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AgroRevenda 35
revenda da vez
Divulgação
Gestão “redonda”
Um dos pontos fortes do Grupo Tec Agro é a consolidação de parcerias com os principais fornecedores do país
O
estrutura
organizacional
do
consultoria ao homem do campo por
GO, nasceu em 1996, na fase
meio de uma equipe formada por mais
Grupo Tec Agro é formada por um
do boom de investimentos que
engenheiros agrônomos.
Comitê Gestor que delibera sobre as estratégias do grupoConta com 12
impulsionaram o Sudoeste Goiano nas
36 AgroRevenda
A
Grupo Tec Agro, de Rio Verde,
últimas décadas. Apostou no trabalho
Atualmente, o grupo é formado por um
gestores distribuídos nas empresas, nas
e na força do homem do campo, com
pool de empresas: Tec Agro, Sementes
seguintes áreas: comercial, financeiro,
o compromisso de levar ao produtor
Goiás, 2P Agrícola, 2P Serviços e
controladoria,
rural o que há de mais moderno em
Fronteira Armazéns Gerais. Todas as
logística / operações e comunicação
tecnologia para a agricultura. Além
unidades e negócios trabalham de
corporativa.
de comercialização de sementes de
forma integrada para servir ao homem
soja, milho e sorgo, todos os tipos
do campo, segundo Antonio Pimenta,
de defensivos agrícolas e também
diretor
adubos, as revendas Tec Agro oferecem
Barboza, diretor Comercial.
Administrativo,
e
Everaldo
RH,
administrativo,
Segundo o Thiago Fischer, da Stracta Consultoria, a Tec Agro é uma revenda muito “redonda” em gestão de vendas
mar/abr 2012
Divulgação
Divulgação
e bem estruturada. Para chegar a esse status em apenas 16 anos de atividades, Everaldo ressalta os investimentos contínuos na difusão de novas tecnologias através de palestras, eventos de campo e assistência técnica especializada, do plantio à colheita. Com sede em Rio Verde, a Tec Agro possui unidades de negócios nas cidades de Jataí, Montividiu e Santa Helena, atendendo a grande parte dos produtores rurais do Goiano,
em
Máquina de tratamento industrial Sementes Goiás
parceria
com os principais fornecedores do País: Bayer Cropscience, Sementes Agroceres, Monsanto, Vitacal, Bio Soja, Roundup, Cheminova, DVA e Chemtura, o que reforça a credibilidade e a solidez de seus negócios. “O
Grupo
Tec
eventos
através
de
Agro
investe
de
palestras,
e
assistência
campo
técnica especializada, do plantio à colheita; e ainda, no aprimoramento profissional e humano de seus mais de
130
colaboradores,
oferecendo
benefícios como planos de saúde, bolsas de estudos e participação em lucros e resultados”, detalha o diretor Administrativo. Além disso, possui ampla política de
responsabilidade
social
nas
comunidades onde atua, investindo sempre
na
ambiente.
preservação É
modernidade,
neste
do
meio
contexto
eficiência,
solidez
de e
confiança que o Grupo Tec Agro planta suas
novas
sementes”,
acrescenta
Everaldo.
Sementes Goiás Um dos pilares da Tec Agro é a Sementes Goiás, empresa fundada em 1999 com moderna estrutura de
mar/abr 2012
industrialização de sementes de soja,
“Enfim, é um custo benefício muito
com
que
atrativo. E as sementes ainda podem
garantem maior vigor e germinação.
ser recebidas em sacos ou bags”,
Everaldo
destaca Everaldo.
processos conta
automatizados que,
nos
últimos
tempos, a empresa recebeu mais de R$ 10 milhões em investimentos,
continuamente na difusão de novas tecnologias
Armazéns Gerais Sementes Goiás
Outras empresas
necessários para atender à demanda de multiplicação genética das empresas
A 2P Agrícola é a unidade de negócios
Monsoy, Nidera, Brasmax e Soy Tech,
do Grupo Tec Agro responsável pela
oferecendo ao mercado, atualmente
produção de campos de sementes de
as
M7908RR,
soja e também das áreas comerciais
M7639RR, BMX- POTÊNCIA RR, NA5909
cultivares
M7211RR,
de milho e sorgo. Atualmente são
RG, NA7337 RR.
cultivados 5.000 hectares de soja e
Possui capacidade produtiva de 350
3.000 hectares de milho. “A empresa
mil sacos de 40 kg ao ano e conta
trabalha com avançados processos
com secagem a gás, armazenagem
de
climatizada
para
produção
e
acompanhamento
100
mil sacos (estáticos) e refrigerada para 250 mil sacos (estáticos). Em parceria com a Bayer Cropscience, há três anos a Sementes Goiás foi pioneira ao oferecer ao produtor rural o
tratamento
químico
industrial de sementes. “Isso garante agilidade no plantio, menor risco de
contaminação
de
colaboradores e do meio
Divulgação
Sudoeste
ambiente, a aplicação uniforme
do
produto.
Antonio Pimenta, diretor Administrativo, e Everaldo Barboza, diretor Comercial
AgroRevenda 37
revenda da vez
fitossanitário, gerando sementes de
e produtores rurais com a locação de
altíssima qualidade”, afirma o diretor
máquinas e equipamentos agrícolas
Comercial.
utilizados nos mais diversos processos
da
produtivos.
ações,
Para dar suporte à área de produção de sementes, a empresa conta com dinâmica
de
toneladas/ano.
“Nossa
fortalecer
relações
100
proposta
mil é
Antonio relaciona como diferenciais empresa tais
comprometimento tecnológica,
Antonio cita as iniciativas constantes voltadas
para
o
um
conjunto
como
de
atendimento
personalizado, fornecedores integrados,
Diferenciais
a Fronteira Armazéns Gerais, com capacidade
melhor a participação”, explica.
com
a
definição
inovação
permanente
de estratégias competitivas em nível
aprimoramento
empresarial, colaboradores envolvidos
comerciais
profissional e humano dos mais de 130
e comprometidos com a empresa,
com parceiros e clientes, facilitando
colaboradores do grupo, o que inclui
coerência na gestão administrativa,
as operações de negócios”, justifica
benefícios como planos de saúde,
equilíbrio
Antonio.
bolsas de estudos e participação em
competência em recursos humanos,
lucros e resultados. “A participação
credibilidade nas instituições financeiras,
nos lucros impulsiona
agressividade empresarial, capitalização
o
permanente,
as
Divulgação
Já a 2P Serviços, atende empresas
crescimento
financeiro,
além
qualidade
de
foco
e
em
profissional, e quanto
segurança, saúde e responsabilidade
mais
colaboradores
sócio-ambiental. “Tudo isso resulta em
cursos,
clientes satisfeitos”, finaliza Everaldo. ar
Divulgação
fazendo
Fábrica Sementes Goiás
38 AgroRevenda
mar/abr 2012
especial
Divulgação
SHOW DE TECNOLOGIA E NEGÓCIOS
Agrishow apresenta a vanguarda em lançamentos de máquinas e implementos agrícolas. Béth Mélo “
T
ivemos a melhor Agrishow de
do agronegócio brasileiro. Em 2011, a
produtos de alta tecnologia e soluções
todos os tempos. Ultrapassamos
feira movimentou R$ 1,7 bilhão. Biagi
para pequenas, médias e grandes
a marca de R$ 2,15 bilhões em
Filho credita o sucesso deste ano à
propriedades.
negócios.” A afirmação de Maurílio
maior disponibilidade de crédito e juros
quadrados, 780 marcas mostraram as
Biagi,
presidente
atraentes que facilitaram o acesso às
novidades.
(Feira
Internacional
da
19ª da
Agrishow Tecnologia
compras.
Em
400
mil
metros
Segundo o diretor da feira, José
Agrícola em Ação), realizada de 30 de
Cerca de 152 mil pessoas visitaram
Danghesi, a 13ª Rodada Internacional
abril a 4 de maio, mostra a importância
a feira, terceira no ranking mundial do
de Negócios resultou em mais de
do evento e sinaliza o bom momento
setor. Muitos aproveitaram as ofertas de
80 negócios, superando a marca de
mar/abr 2012
AgroRevenda 39
especial Ipanemão, atração no estande da Embraer contam com energia elétrica. “Vendemos 7 aviões Ipanema, movido a etanol, na Agrishow e superamos a marca do ano anterior, quando fechamos 6 negócios. Além disso, pudemos estabelecer novos contatos e exibir o nosso produto diretamente para os produtores”, comentou Fabio Bertoldi Carretto, gerente Comercial da Embraer. Segundo ele, os negócios realizados durante o evento totalizaram mais de R$ 5 milhões.
PESQUISA Renan Antonelli
A 400
(Empresa
Brasileira
firmados
de estreitar contatos com compradores
(Instituto Agronômico de Campinas)
com compradores da Rússia, Turquia,
contatos
comerciais
do Leste Europeu e Europa durante as
apresentaram
Tanzânia,
Rodadas de Negócios.
resultados de pesquisas que podem
Ucrânia,
Nicarágua,
Cazaquistão, Romênia e Zimbábue, um
A
Saci
também
comemorou
os
na
feira
soluções
e
ajudar pequenos e grandes produtores.
movimento superior a US$ 14 milhões.
resultados. “Vendemos 40% a mais
Uma
“Os
estrangeiros
que em 2011 e fizemos contatos com
foi o Wiltmeter, aparelho que avalia
ocorreram também fora da rodada.
possíveis clientes do Paraguai, Bolívia
em até três minutos o estado da
Para se ter uma ideia, apenas um
e Índia”, contou o diretor administrativo
planta diante de variações de clima,
produtor agrícola do Sudão, na África,
da empresa, Ronaldo Oliveira Martins.
solo, temperatura, umidade do ar e
negócios
com
comprou 100 toneladas de semente
De
agricultura de precisão, apresentou o
mês
pelas
Sensor para Manejo de Irrigação, que
concessionárias da empresa na Região
mede a força com que a água retida no
Sudeste.
solo, tornando o manejo da irrigação
o
melhorias na área da Agrishow que teve sua concessão renovada por mais
valor
Titan
Embrapa
disponibilidade de água. Na área de
vendas
a
da
10%
Curitiba (PR)”, dimensionou.
com
novidades
em
as
acordo
das
Pneus,
de girassol da Atlântica Sementes, de Os organizadores pretendem realizar
superaram
negociado
no
A Volkswagen considerou o evento
mais eficaz, além de evitar o uso
30 anos, conforme anuncio feito na
excelente,
feira que, em 2013, será realizada de
lançamento da picape Amarok e para
Já o IAC, lançou um protótipo rápido
29 de abril a 3 de maio.
a imagem institucional da empresa. A
e eficiente para analisar a rugosidade
avaliação positiva foi compartilhada
do solo. O novo aparelho serve de
também
parâmetro
APROVAÇÃO A
realização
de
bons
em
pela
especial
Chevrolet.
para
“A
o
feira
desnecessário de água.
para
a
conservação
do
foi ótima, fechamos negócios com
solo e uso da água, além de auxiliar
negócios
produtores rurais e frotistas e também
na escolha de culturas e no manejo
na Agrishow foi consenso entre os
com outros tipos de consumidores, o
adequado das plantações.
expositores. Para a Jumil, que estima
que deve gerar novos negócios nos
crescimento de 35% nos negócios
próximos
desta edição, comparados a 2011, os
Cabelo, da área de Comunicação.
cinco dias de evento equivalem a 20%
Já
a
meses”, Anauger,
disse vendeu
Edmilson cerca
de
FOCO NOS PEQUENOS As
empresas
prepararam
vários
das vendas da empresa durante todo
90
o ano, conforme Flavio Trezza, gerente
e
comercial.
comercialização, na feira, rendeu R$
tiveram
73 mil”, calculou o coordenador de
disponíveis graças às linhas de crédito
no volume de negócios realizados”,
vendas
especiais
disse João Carlos Marchesan, diretor
Michelan.
da
presentes ao evento. O Banco do
superintendente da Tatu Marchesan,
empresa, o sistema anauger solar, para
Brasil, por exemplo, ofereceu linhas de
segundo o qual o estande da empresa
bombeamento de água, funciona com
financiamento focadas na agricultura
recebeu clientes do Brasil, América
energia solar, idealizado para atender à
familiar,
Latina, África, Sudão e Angola, além
demanda de fazendas e sítios que não
“Contabilizamos
40 AgroRevenda
Embrapa
de Pesquisa Agropecuária) e o IAC
aumento
de
50%
bombas 30
submersas
sistemas
da
anauger
Coopercitrus, Uma
das
vibratórias
lançamentos
solar.
pequenos
“A
Estanislau
novidades
e
direcionados micro
acesso
às
oferecidas
com
o
aos
produtores
que
tecnologias pelos
Pronaf
bancos
(Programa
mar/abr 2012
Divulgação
Nacional
de
Fortalecimento
da
parte das operações agrícolas. A partir
Agricultura Familiar), com juros de 1
da
unidade
geradora
a 2%. O banco foi o único a oferecer
é
possível
acoplar
crédito do Feap (Fundo de Expansão
para a colheita de grãos, forragem,
do
as
pulverização, e até de componentes
e
para atividade florestal”, detalha Jak
do Pro-Implementos, com juros zero,
Torretta Jr., diretor de produto AGCO
além de preços baixos garantidos pela
América do Sul.
Agronegócio
linhas
dos
Paulista),
programas
com
Pro-Trator
parceria com fabricantes de máquinas e implementos. Já
o
Banco
Desenvolvimento
Nacional –
de
potência
implementos
A
Honda
apresentou
na
feira
a
,disponibilizou o Cartão BNDES, para
motocicleta XL 700V Transalp, com
micro, pequenos e médios empresários,
motor bicilindrico em V, com facilidade
com crédito de até R$ 1 milhão, prazo
na pilotagem na terra e no asfalto.
para pagamento de até 48 meses e
Outras novidades foram o gerador
taxa de juros de 0,97% ao mês com
EG6500CXS – com sistema Digital-
prestações fixas.
AVR, painel lateral e parada automática em caso de sobrecarga de voltagem
Confira alguns lançamentos importantes realizados no evento:
e rotação – e o motor estacionário GX630, que faz parte da nova geração dos motores V-Twin, mais compactos, com maior potência e economia de
TECNOLOGIA DE PONTA
A New Holland apresentou na feira a colheitadeira CR9080, de 450 cv, com tanque graneleiro de 12,3 mil litros, e a CR5080, colheitadeira com tanque
graneleiro
de
7,050
litros.
Outros destaques foram o maior trator em operação na América Latina, o gigante T9, a única colhedora de uva autopropelida do mundo, a Braud, que no mercado europeu realiza colheita, pulveriza e faz o trato das plantas e, no Brasil, deve atender à demanda por colhedoras de café – já que também Divulgação
combustível.
A Valtra apresentou o Sistema de
durante a feira.
PACOTE DE LANÇAMENTOS
DE MOTOS A MOTORES
do
BNDES
Honda XL 700V Transalp no seguro de caminhões comprados
CAMINHÕES
Operações Integradas, para o plantio de cana-de-açúcar; o Agcommand,
Na área de caminhões, a Volvo
da
apresentou os modelos das linhas F
máquina; as Semeadoras Multiple L
e VM, usados desde o plantio até o
(maiores capacidades de carga de
transporte de longa distância, além
adubo e semente do mercado); e
do modelo fora de estrada, FMX.
trouxe para o Brasil o ANTS, conceito
“Nossos
futurista presente na nova Série S
pela
de
resistência
que
realiza
tratores.
o
“As
monitoramento
máquinas
foram
projetadas para desempenhar grande
caminhões
se
robustez, e
destacam
produtividade,
baixo
consumo
de
combustível, atributos que garantem maior ao
rentabilidade transportador”,
afirma
Roger
Alm,
presidente
de
vendas e marketing de
caminhões
Grupo
na
do
América
Latina.
Para
Agrishow,
a
a
Volvo
Financial
Services
preparou
consórcio
exclusivo
para
equipamentos,
com
300 participantes e Divulgação
80 meses de prazo para
pagamento
desconto Conceito futurista dos tratores Valtra
mar/abr 2012
de
e
20%
O gigante T9 da New Holland pode ser adaptada para esta cultura. A empresa retornou ao mercado de fenação
com
as
enfardadoras
de
fardos redondos modelo BR7090, as segadoras condicionadoras da linha H7000, e as tradicionais enfardadoras de fardos retangulares da linha BC5000. Além disso, entrou no mercado de semeadoras, por meio de parceria com a Semeato.
EVOLUÇÃO Outra
gigante
do
segmento
de
máquinas agrícolas, a Massey Ferguson
AgroRevenda 41
especial Semeadora MF 621L da Massey Ferguson reforçados e com motor de 460cv); colheitadeira de grãos S680 (com um
TRATORES
tanque graneleiro com 14 mil litros de capacidade); distribuidor autopropelido
A nova linha 1.200, composta por
4940 DRY BOX para aplicação de
tratores com nova motorização de 30
fertilizantes e calcário sólidos. A linha
e 50 cv, foi uma das novidades da
canavieira ganhou três lançamentos,
Agritech. Os tratores, denominados
com
7210J
1235 e 1250, que podem rodar com
cabinado, e o 8335J, com 335 cv. Já a
biodiesel B5 e têm como apelo baixo
John Deere Water, lançou uma linha de
consumo
filtros, em sete opções.
emissão de poluentes e custo mais
os
modelos
7195J,
o
de
combustível,
baixa
acessível. Outra novidade foi o 1175
NOVIDADES
Agrícola Super Estreito, de 75 cv e 1,30 metros de largura externa dos pneus,
A
novo
Já a Yanmar Agritech, levou a linha
distribuição de fertilizantes. Segundo
1155 NEW, apta a receber cabines de
evolução da agricultura de precisão,
Giancarlo Fazolin, gerente de Marketing
fábrica, oferecendo conforto e bem-
com destaque para o tráfego controlado
e Relações Internacionais da empresa,
estar para o operador da máquina.
para grãos, além de piloto automático
o modelo tem compartimento de 5000
e gerenciamento de frota à distância.
litros e é direcionado exclusivamente
Também reforçou sua linha de produtos
para a adubação. “Consegue fazer a
com o lançamento da semeadora MF
cobertura de cerca de 400 hectares
A Kepler Weber lançou na Agrishow
621L, para distribuição de sementes
por dia”, afirma. Também apresentou
sua nova Linha Khronos, de secadores
e adubo, para operar com culturas de
o trator Global Farm 100, agora com
de
verão e de inverno, inclusive pastagens.
produção nacional, com 100 cv, para
características
E a semeadora MF 500 S, para plantio
atender médios e grandes produtores.
automatização, eficiência energética,
sem distribuição de fertilizantes, além
A linha Boxer, de pulverizadores, estão
qualidade de grãos e responsabilidade
do sistema Tandem MF que une duas
com novidades (com piloto automático,
ambiental, segundo o diretor presidente
semeadoras e possibilita agregar até
barras de 25 metros, transmissão 4x2
da
17 linhas, dobrando a capacidade de
e 5 velocidades). Na linha Solis, de
Filho. “Outro diferencial é o seu sistema
plantio.
tratores, as novidades são com caixa
automatizado que permite ao secador
de
realizar regulagens durante o processo,
hidráulica
conceito
ideal para cultura de café adensado.
apresentou na feira conceitos sobre a
câmbio
DF,
lançou em
VARIEDADE
Parruda
Agriculture
que
permite
reverter o avanço do trator à ré, na mesma velocidade, além de realizar
A John Deere apresentou na feira de uma série de novos produtos, entre os quais, o lançamento de oito modelos
operações em pequenos espaços.
ENGENHARIA SOFISTICADA
de tratores, entre os quais 9460R (tipo
Fernando Gomes/Divulgação John Deere
articulado, com chassis, eixos super-
SECADORES DE GRÃOS
grãos.
“Entre
empresa,
dos
as
principais
produtos
Anastácio
estão
Fernandes
sem a interferência do operador.”
PULVERIZAÇÃO A Jacto apresentou o pulverizador autopropelido
Uniport
3030,
um
Uma plantadora de milho articulada
conjunto de soluções em aplicação,
transportável, para atender produtores
veicular e de tecnologia embarcada,
que
voltadas
buscam
eficiência
e
maior
às
necessidades
do
produtividade, foi o principal destaque da Jumil na Agrishow. O modelo,
Divulgação
Divulgação
a
Montana
voltado para o mercado de plantios em grande escala, possui computador de bordo que permite que o operador, a partir da cabine do trator, verifique todas as operações do implemento por meio de uma tela de computador. “É a nossa peça de engenharia mais sofisticada atualmente”, disse Fabrício Morais, diretor presidente da empresa. Pulverizador 4730 da John Deere
42 AgroRevenda
O pulverizador Jacto UniPort 3030
mar/abr 2012
Braud da New Holland, sucesso no mercado europeu
oferecendo
controle,
civil e que são utilizadas por usinas
gestão e informação da operação de
sucroalcooleiras
pulverização. “Foram realizadas mais
bagaço
de 240 entrevistas em oito países
preparo do solo. Dentre os modelos,
para formatar o produto. Procuramos
destacam-se a moto niveladora GR
entender as necessidades do produtor
215, a escavadora hidráulica GR e as
nas suas diversas formas de operação e
pás carregadeiras utilizadas para a
agrupá-las em um equipamento único,
alimentação de caldeiras nas usinas. A
com segurança, qualidade, reduzindo
carregadeira ZL 30H, de 10.500 kg, por
custos e permitindo um aumento na
exemplo, já vem com kit bagaço.
produtividade, informou Robson Zófoli, diretor comercial da empresa.
da
na
cogeração
cana-de-açúcar
e
do no
NINHO AUTOMÁTICO
SANSUY O destaque da Sansuy, na Agrishow,
PRAGAS DO MILHO
foi o lançamento do Vinitank AP, voltado para o setor da piscicultura. Trata-se
A Dow AgroSciences levou para os
de um tanque autoportante fabricado
agricultores a tecnologia Powercore,
de laminado flexível de PVC reforçado.
para o controle das principais pragas
Quando cheio de água adquire a forma
do milho, que estará disponível no
circular. Ao ser esvaziado, pode ser
mercado a partir de novembro deste
dobrado, transportado e armazenado
ano. Segundo Rolando Alegria, diretor
sem dificuldade.
de
Sementes
e
Biotecnologia
da
empresa no Brasil, a solução pode
A
americana
Polaris
trouxe
sete
modelos de quadriciclos, destaque para
condições climáticas.
o Ranger EV, elétrico, não poluente e silencioso, para o uso em propriedades agrícolas.Também expôs sua linha de implementos que podem ser acoplados
A Toledo do Brasil apresentou a MGR-4000, balança de gado sem fio, com tecnologia wi-fi com 100 metros de alcance para comunicação entre
aos
quadriciclos,
como
cortadores,
pulverizadores e semeadores.
SOLUÇÕES EM GESTÃO
(com software de gerenciamento que
o Connected Farm, uma solução de
permite obter informações do número
hardware e software que permite o
diário de aves pesadas, o peso médio
gerenciamento das operações entre
do dia e o ganho de peso, além de
o campo e o escritório por meio
armazenar
de comunicação sem fios, veículo-
e a BPV-830, portátil, para veículos,
escritório
que não precisa de instalação fixa,
lançamentos
para a pesagem em qualquer local da
Colheita
propriedade.
identifica a temperatura do grão); EZ-
SUCROALCOOLEIRO
veículo-veículo. foram
(com
o
sensor
Outros
Monitor óptico,
de que
Pilot (piloto automático elétrico que dirige
equipamentos
como
trator,
pulverizador, colhedora e caminhão, A Êxito Importadora & Exportadora,
com
orientações
do
satélite)
e
representante da chinesa XCMG no
Weed Seeker (sensor automático de
Brasil, em parceria com a revendedora
pulverização, que detecta a presença
DLX, levou para a feira as máquinas
de plantas vivas e aplica o herbicida
XCMG, voltadas para a construção
específico).
mar/abr 2012
fabricante, oferece mais conforto à ave para chocar os ovos. Para o segmento de suinocultura, a novidade foi o sistema
distribui
de
alimentação
o alimento em forma
AGORA NO BRASIL A italiana Irritec anunciou, na Agrishow, a inauguração de sua primeira fábrica no Brasil, no fim de junho. A empresa já faz história no mercado nacional com suas linhas de tubos gotejadores, filtros, e
acessórios,
importados
fincar suas raízes por aqui com a
Uma das novidades da Trimble foi
e
da entrada do ninho que, segundo o
através de distribuidores e agora vai
Outra novidade foi o modelo 2096-A
automaticamente)
mais alta e permite maior abertura
conexões
o indicador e as barras de pesagem.
dados
automático modelo 2012, com lateral
“farelada” em comedouros lineares.
do nível tecnológico da plantação e das
PESAGEM
e suinocultura, destaque para o Ninho
que
aumentar a produtividade das lavouras de milho entre 5% e 10%, dependendo
A GSI Brasil, por exemplo, apresentou sua linha de produtos para avicultura
Multitratos,
QUADRICICLOS
Divulgação
produtor,
inauguração da fábrica em Indaiatuba.
MULTIUSO Terminais vazamentos,
MegaCrimp
à
tecnologia
prova
de
MegaTuff,
resistente à abrasão, e o tensionador DriveAlign foram algumas das novidades que a Gates preparou para a Agrishow. A empresa demonstrou também sua série de aplicações especiais, com milhares de correias, transportadoras, tensionadores, polias e mangueiras para diversas necessidades de usinas, silos, frigoríficos, laticínios, entre outros. Os produtos Gates equipam marcas como Agrale, Case IH, Jacto, John Deere, Jumil, Massey Ferguson, Montana, New Holland, Randon, Stara e Valtra.
ar
AgroRevenda 43
serviço
Como montar uma agrorevenda
Divulgação
A abertura de uma revenda é uma decisão complexa e envolve, entre outros itens, planejamento estruturado e pesquisa de mercado
N
44 AgroRevenda
a decisão pela abertura de
isso
planejamento
clientes. “Resumindo, a pesquisa de
uma revenda muitos pontos
estruturado, com base em pesquisa
mercado serve como análise de risco
devem
considerados
de mercado, o que ajudará a verificar
do investimento”, afirma Tiago Fischer
e, entre estes, estão estratégias de
o potencial de vendas futuras, a
Ferreira,
longo prazo para o crescimento e
identificar a presença de revendas
Consultoria.
a consolidação da nova empresa,
de marcas concorrentes e da mesma
foco na rentabilidade, controle de
marca na região, assim como apontará
Fischer cita vários passos para a
custos e gestão de pessoas. Tudo
as dificuldades no atendimento aos
abertura de uma revenda, entre os
ser
alicerçado
em
sócio
gestor
da
Stracta
mar/abr 2012
quais, identificação de potenciais de mercado (vendas) em região na qual o futuro gestor já tenha conhecimento prévio e escolha de produtos e fornecedores, possível
de
baixa
preferência
com
participação
no
mercado, que se objetiva abrir a revenda. Além disso, o executivo da Stracta considera
muito
importante
o
desenvolvimento de um plano de ação para a abertura da revenda, com análise do mercado, identificação de
oportunidades,
objetivos
com
a nova empresa, credenciais dos sócios (experiência) no ramo e em agronegócios,
apresentação
de
volume de capital a ser investido e garantias disponíveis, planejamento para discussão com fornecedores interessados
e
cronograma
de
implementação / abertura. Acrescenta,
ainda,
ao
rol
de
exigências, apresentação do plano de ação a fornecedores de marcas de produtos diferenciados e também de genéricos e análise de outras revendas da mesma marca na mesma região;
mapeamento
fornecedores (sementes,
de
de
possíveis
outros
insumos
fertilizantes,
medicamentos
de
uso
foliares, veterinário,
etc.); análise de interessados versus objetivos das
estratégicos
marcas
que
a
(escolhas empresa
irá
trabalhar); elaboração de um plano de
contratações
iniciando
pela
de área
funcionários, comercial;
desenvolvimento de um planejamento de vendas com os novos produtos e equipe. “Tudo isso, em paralelo, com a assessoria de um advogado e um contador, aprovar todas as certidões e documentos para a abertura formal da empresa”, acrescenta.
mar/abr 2012
Como premissa, Fischer considera
mercado, para serem estruturados
importante que o futuro gestor conheça,
novos
de
objetivando melhorias continuas na
preferência,
profundamente
o
mercado e as características sociais
Divulgação
de médio prazo (até três safras) treinamentos
e
reuniões
equipe.
(de convívio) nas cidades presentes na região.
Os passos para estabelecer parcerias com os fornecedores, na visão de
Treinamento da equipe
Fischer são dois: apresentação de um Plano de Negócios para fornecedores,
De acordo com Fischer, a equipe
o
mais
completo
possível
e
a ser contratada deve ser treinada
comprovação de segurança financeira
segundo o foco da organização, ou
(capital)
seja, o que motivou a decisão de abrir
“Com estes passos e se o possível
a revenda, os objetivos, como trabalhar
fornecedor identificar uma sinergia
de forma que o mercado entenda a
entre o plano de ação apresentado
empresa. “Em um segundo momento
e as estratégias destes no mercado,
devem ser solicitados treinamentos
assim como verificar que a região
de vendas dos novos parceiros, para
onde a nova revenda vai ser colocada
que os vendedores aprendam como
é estratégica e que não possui outras
comercializar a marca do fornecedor
revendas parceiras na mesma, inicia-
em sinergia com a da revenda”,
se, então, um primeiro ano de teste
observa.
para uma parceria mais longa”, ensina.
E acrescenta que após os primeiros treinamentos,
devem
ser
e
garantias
disponíveis.
Exigências
feitas
analises da efetivação de vendas
Segundo o consultor, as principais
e da apresentação da empresa no
exigências mais técnicas relacionadas
AgroRevenda 45
serviço
produtos
revendas mistas, justamente pelo seu
Vamos começar pelo básico, como a
conhecimento
caráter multidisciplinar, deve ter, ao
vacina contra a febre aftosa, além de,
técnico (pequeno ou grande portes),
mesmo tempo, um pouco de todos
pelo menos, uma vacina de clostridiose
prestação de serviços veterinários,
os itens colocados acima. “Por isso,
e uma vacina antirrábica. Aí, você
portfólio completo (nutrição animal,
o mais importante é ela ter unidades
cobre a parte a parte de vacinação
medicamentos, etc.) e indicações de
de negócios especializadas. Será uma
obrigatória”,
uso dos produtos para cada tipo de
empresa só, mas com equipes de
de leite, ele indica a vacina contra a
criação e cada tecnologia aplicada na
especialistas por negócios.”
brucelose, obrigatória na párea. A
a
uma
revenda
veterinários
de
são
bolsões
No caso de revendas de máquinas,
De acordo com o consultor, a
eficiente, que controle os vermes
ele cita como importantes experiência
experiência no ramo é uma vantagem,
internos e externos, e para qualquer
em vendas de bens de consumo
mas não é obrigatória. O proprietário
situação de bicheira, de ferimento,
duráveis;
pode ser um agrônomo, um fazendeiro
um spray que possa funcionar como
que
ou mesmo um administrador que
repelente e auxiliar na cicatrização da
está sendo vendida versus marcas
tem contato com o agro e identifica
ferida. “É sempre bom ter na farmácia
dos concorrentes) – apresentação
potencial para a abertura da revenda.
veterinária ou na revenda um bom
dos
antibiótico.”
expertise
(posicionamento
da
em
marcas
marca
e
Porém, se este não for o caso,
técnicos,
Fischer afirma que o investidor pode
manutenção de estoques de peças
aprender rapidamente as nuances do
e partes para prestação de serviços
mercado de revenda de insumos. De
Espanha
de assistência técnica; e equipe de
qualquer forma, ele afirma que existem
ter
mecânicos capacitada.
consultorias e empresas de treinamento
antiparasitário, interno e externo, e um
especializadas
diferenciais;
prestação
de
conhecimento serviços
Para as revendas de insumos, Fischer
nesse
segmento
No caso de animais de companhia, considera
um
interessante
anticarrapaticida,
um
e
antipulga. “É necessário ter sempre
que podem auxiliar no planejamento
esses tipos de produtos presentes,
conhecimento
de abertura e na implementação dos
isso é o básico”, afirma e acrescenta
técnico agronômico; oferecimento de
processos iniciais. “Geralmente é um
que, atualmente, não apenas as
assistência técnica qualificada para
serviço de acompanhamento durante
clínicas
cada uma das culturas presentes na
os dois primeiros anos (ou safras) da
a vacinação contra doenças dos
região; indicação de uso do produto
empresa”, informa.
animais de companhia, gatos e cães,
diz
que
é
preciso
segundo necessidades da lavoura; estoques completos de produtos; e
Mix de produtos
recomendam
vendem as vacinas indicadas pelo próprio veterinário que faz serviço na
A definição do mix de produtos e Por fim, explica, a montagem de
veterinárias
mas também as agrorevendas, que
logística eficiente. Divulgação
Nos
lista segue com um antiparasitário
fazenda.
serviços é feito com base na análise
área ou que mesmo presta serviços para a própria agrorevenda.
do mercado (culturas) e identificação das principais demandas junto a
No caso da pecuária de leite, Ele
usuários finais. Com essa informação
afirma que a brucelose é muito
em mãos, Fischer afirma que o futuro
importante,
gestor
necessário ter a vacina, além de um
poderá
montar
um
plano
razão
pela
qual
é
os
bom antibiótico de ponta, que não
principais itens que precisará para
pode faltar em nenhuma farmácia,
iniciar suas vendas, assim como os
também por causa da mastite, sem
fornecedores que disponibilizam tais
contar soros e outros produtos que
produtos no mercado.
podem ser agregados na prevenção
de
estoques
que
considerará
e
46 AgroRevenda
ensina.
cuidados
com
os
animais.
Jorge Espanha, diretor geral da
Atualmente, a Pfizer Saúde Animal
Pfizer Saúde Animal, cita alguns itens
oferece ao mercado 180 linhas de
que não podem faltar em uma revenda
produtos. São 320 apresentações e
pecuária. “É uma lista muito extensa.
180 produtos.
ar mar/abr 2012
mar/abr 2012
AgroRevenda 47
artigo
gestão estratégica
Luciana Florêncio de Almeida é colunista da Stracta Consultoria
Contato: www.almeidassociados.com.br
Além da entrega de valor aos clientes, as parcerias em revenda devem seguir modelos “únicos” que dificultem sua reprodução pelas concorrentes.
Divulgação
Luciana Florêncio de Almeida
N
a década de 70, o sucesso das empresas era explicado por suas competências distintivas, em outras palavras, recursos que as diferenciavam dos demais concorrentes. O desafio era descobrir a fonte desses recursos e otimizá-los para gerar maior rentabilidade. Como consequência,
1
48 AgroRevenda
mantinha-se o foco no negócio e o gerenciamento estrito de custos. Se aplicássemos esse conceito no mercado de varejo e atacado agrícola, a principal função das revendas seria manterem-se puramente como canais de distribuição dos fabricantes e trabalharem seus recursos internos para se tornarem as mais competitivas
na indústria. A lógica por trás dessa premissa se baseia no conceito de curva de aprendizagem, na qual quanto mais e melhor se devolve a atividade foco do negócio, maiores são os decréscimos nos custos médios, e, portanto, maiores lucros. Essa continua sendo uma verdade
Marketing Myopia, Theodore Levitt, Havard Business Review, julho-agosto, 1960, 45-56.
mar/abr nov/dez 2012 2010
incontestável nos negócios. Entretanto, como anteviu Theodore Levitt em seu artigo Miopia em Marketing , de 1960, o excesso de focalização no negócio, explorando sua competência distintiva, colocava a empresa em uma situação controversa às tendências mercadológicas: melhorar os produtos e os custos em detrimento de atender as reais necessidades do cliente-alvo do negócio. Um exemplo absurdo seria uma empresa produzir uma Ferrari, a um preço de um Fiat Uno e descobrir, finalmente, que, apesar de melhores preços, os consumidores não queriam a Ferrari a preço de Uno, pois esta não tinha mais nenhum apelo, em outras palavras, não havia uma percepção de valor pelos clientes. Há diversos exemplos menos absurdos em que empresas com posições de liderança em seus mercados foram praticamente extintas, e a razão para isso estava em não perceber as mudanças ou subestimá-las acreditando na supremacia de seus produtos e serviços em detrimento da concentração na dinâmica do mercado e o foco no consumidor. A falácia central em perseguir a redução de custos baseada na curva de experiência reside em dois fatos: 1) no longo prazo, é esperado que todas as empresas que permanecerem no mercado tenham alcançado curvas de aprendizagem similares, portanto, as competências distintivas se diluem no tempo à medida que todos alcançam o mesmo patamar de conhecimento e tecnologia. Esse fato explica porque, produtos considerados altamente inovadores no passado, hoje não passam de commodities. Há dezenas de exemplos no segmento de insumos agrícolas. 2) com focalização nesta estratégia de minimização de custos, a empresa perde sua capacidade de inovar e reagir às mudanças do seu
mar/abr mar/abr2012 2012
mercado consumidor e até mesmo da concorrência que se propôs a correr riscos adotando novos recursos ou diversificando seus negócios. Nos últimos 15 anos a agricultura brasileira mudou drasticamente, e, portanto, mudaram também os produtores. Mesmo aqueles mais tradicionais tiveram de adaptar-se ao novo cenário. Se no passado, o produtor detinha o conhecimento quase que total das tecnologias empregadas na lavoura, até porque não havia tantas, hoje, esse mesmo produtor se depara com pelo menos 7 marcas para um mesmo produto e com promessas distintas. Da mesma forma, se antes a venda das lavouras eram conduzidas de forma relativamente simples ao final da colheita aos armazéns, com preços balizados por órgãos públicos, hoje o dia-a-dia de uma parcela cada vez mais crescente de produtores envolve checar os preços das bolsas de commodities aqui e no mundo, diretamente de seus smartphones. Nesse cenário, os agentes do agronegócio brasileiro se voltaram para as mudanças tecnológicas, antecipando-as quando possível, mantendo-se informados sobre os acontecimentos que envolvem a cadeia agroindustrial e não apenas o seu negócio. Esse novo profissional da agricultura se tornou mais cético, com maior racionalidade na hora de fazer transações e, portanto com maior poder na tomada de decisão de compras. O desafio, portanto, consiste em adequar-se aos novos tempos sem perder de vista o conceito de curva de aprendizagem. Como há sempre risco em inovar, afinal não há garantias que um investimento em um novo sistema de gestão ou a terceirização da frota trará resultados imediatos, o papel das parcerias torna-se fundamental
para se adaptar às novas mudanças e buscar conhecimentos que estão fora da alçada de uma revenda. As parcerias, portanto, permitem que a revenda mantenha o foco em sua especialização dento da cadeia do agronegócio, ou seja, a venda relacional e a distribuição de produtos. As parcerias se tornaram vitais para a economia em tempos de mercados globais, ciclo constante de novas tecnologias, escassez de capital e necessidade premente de agregar conhecimentos para melhor atender os clientes. Portanto, as questões chave para definir com quem fazer uma parceria são: quais parceiros poderiam gerar maior valor no processo de venda na revenda? Quais os ganhos para ambas as partes e para o cliente? Quais os riscos e o investimento envolvido nesta parceria? As alianças ou parcerias são especialmente favoráveis em mercados de alta competitividade que muitas vezes chegam às vias de uma guerra de preços. Para fugir deste cenário, as alianças se estabelecem como saídas para oferecer serviços e tornar o preço apenas uma variável entre outras mais significativas para a tomada de decisão de compra pelo produtor. Dessa forma, a escolha pela revenda não se daria apenas pelo preço, mas sim por um conjunto de serviços que tornam essa venda mais sofisticada e cria-se fundamentalmente uma relação de CONFIANÇA. A prestação de serviços nas revendas já é há algum tempo uma commodity. Ou seja, ter uma boa equipe de vendedores, agrônomos ou técnicos agrícolas, que se valha de seus conhecimentos para realizar uma
AgroRevenda AgroRevenda 49 49
artigo
venda técnica já foi um diferencial. Hoje é uma obrigação. Quando a revenda assume essa prestação de serviço, ela também está absorvendo custos para manter esse serviço adequado, como a contratação e manutenção de bons profissionais, a instrumentação desses profissionais com bons materiais de venda, munidos de dispositivos tecnológicos, como notebooks, tablets e smartphones, ligados ao sistema ERP da revenda para agilizar a venda quanto a entrega, e outros tantos custos associados à manutenção desse relacionamento, como visitas, brindes, churrascos, jantares, etc. Nas parcerias, pressupõe-se que esses custos são compartilhados com o objetivo claro de maximizar resultados para ambos os parceiros. A parceria mais frequente nas revendas é realizada com as fabricantes que, em muitos casos, exigem como contrapartida a exclusividade. Entretanto, essa parceria pode ser facilmente copiada se o potencial de vendas da região comportar mais revendas. E mesmo não competindo diretamente com o próprio fabricante exclusivo, há uma agressiva competição entre as fabricantes e, portanto, entre as revendas. Como fugir desse quadro de similaridades entre revendas? Buscando parcerias inovadoras com outros players das cadeias dos agronegócios, e perguntando-se: o que mais o meu cliente precisa que eu não tenho competência para oferecer e que outra empresa tem, pois é seu foco de atuação, mas não tem a capacidade que a minha revenda tem de estar tão perto do cliente, com um laço de confiança já estabelecido? Apenas para ilustrar essa idéia: uma conhecida rede de chocolates decidiu se diferenciar dos concorrentes
50 AgroRevenda
fazendo uma parceria com uma bem sucedida rede de Pão de Queijo. Clientes vão às chocolaterias não só para comer doces e chocolates, mas também para tomar um bom café expresso. Porque não oferecer um salgado tão tipicamente brasileiro para ser desfrutado junto com o cafezinho? Ao invés da própria empresa se dedicar a desenvolver um novo produto e uma nova rede de fornecedores e, portanto, mais custos e riscos, esta optou por terceirizar esse serviço para uma empresa que tem reconhecida competência na fabricação do produto, além de ótima reputação junto ao público da chocolateria. Portanto, custos e riscos reduzidos. Os gestores estrategistas das revendas agropecuárias precisam “pensar fora da caixa”, ou seja, contestar a situação atual de suas revendas, mesmo que esteja havendo lucro. A máxima de que em “time que está ganhando não se mexe”, perde seu valor em tempos de alta concorrência e incertezas diversas que cercam o agronegócio brasileiro e mundial. Nem sempre as parcerias parecem como chocolate e pão de queijo, mas por mais complexas que sejam, estas devem respeitar um único lema: oferecer os que os clientes querem. Neste caso, o estrategista mantém a curva de experiência de seu negócio, mas inova ao agregar novas curvas de experiência dos parceiros para compor a cesta de preferência dos seus consumidores. No mercado de revendas agrícolas há um movimento positivo na busca de parcerias que aumentem os atributos dos pacotes de valor que são apresentados ao mercado. Já usuais em algumas regiões do país,
são as parcerias formadas entre as revendas e as tradings ou empresas que comercializam grãos como forma de operacionalizar as ações de troca. Há também parcerias com empresas prestadoras de serviços de aplicação de produtos, principalmente quando requerem alguma especialização (ex. aplicação aérea). Embora mais complexas, mas com exemplos de sucesso, são as parcerias entre revendas e entidades de crédito com o objetivo de disponibilizar linhas de crédito aos clientes, ou mesmo com seguradoras que forneçam serviços de seguro rural. Todos esses exemplos são muito bem vindos para aperfeiçoar o sistema de gestão e estimular a formulação das estratégias em revendas agropecuárias que tenham as parcerias como ponto fundamental. Porém, assim como acontecem em todos os mercados, e respeitando a premissa da curva de experiência, esses modelos de parceria se tornarão commodities quando forem copiados por um número significativo de revendas. Sendo assim, dois questionamentos ficam para a reflexão dos gestores de revendas: 1. Quais serão as novas possibilidades de parcerias que mantenham a entrega de valor aos clientes quando as atuais parcerias não forem mais diferenciais? 2. Como desenvolver modelos de parcerias “únicas” que impeçam a cópia pelas revendas concorrentes ou pelo menos dificultem sua reprodução por um período prolongado? Responder a tais questionamentos estará, em muito pouco tempo, fazendo parte do dia a dia da gestão estratégica no mercado de revendas ar agropecuárias.
mar/abr nov/dez 2012 2010
serviço
EPI, INDISPENSÁVEL Confira as tendências, as novidades e os lançamentos desse mercado que tem como foco garantir a integridade física do aplicador André Casagrande
O
cumprimento das normas
no manuseio de produtos nocivos,
gerente da Fujiwara, o mercado de
regulamentadoras,
sempre
EPIs no Brasil está em uma fase
os
programas de prevenção,
dentro
da
proposta
de
bastante promissora. “Hoje, temos
diminuição dos custos.
entidades governamentais e órgãos
a fiscalização e o acompanhamento das empresas sobre o efetivo uso dos
Segundo o gerente nacional de
fiscalizadores envolvidos com o setor
Equipamentos de Proteção Individual
vendas da Bracol, Renato de Castro, o
e trabalhando de maneira atuante no
têm contribuído significativamente para
cenário para o setor, é de crescimento.
mercado. Há um conjunto de leis que
a conscientização dos profissionais.
“Apesar da automatização, o setor
leva a utilização do EPI, por exemplo,
emprega muitos trabalhadores que,
o Fator Acidentário de Prevenção, que
fatores
tem
como os empregadores (empresas
aumenta a tributação da empresa
crescimento
nas
e indústrias), estão cada vez mais
quando
vendas de EPIs, razão pela qual as
conscientes sobre a importância do
trabalho”, destaca e acrescenta: “estar
revendas precisam se preparar para
uso de EPIs”, justifica.
em sintonia com as necessidades dos
Esse
conjunto
impulsionado
de
o
qualidade,
linhas
completas
acidentes
de
clientes, do mercado, colaboradores,
atender à demanda com produtos de
registrados
Castro
aponta
como
principal
fornecedores
parceiros
são
os
responsabilidade
da
e capacitação de sua equipe de
tendência do setor a profissionalização
princípios
vendas para oferecer um atendimento
e o aprimoramento dos produtos em
empresa que atua de maneira forte
qualificado,
função
com
produtos
para
diferentes setores e atividades.
normativas
no mercado de EPIs no Brasil, no
e legislativas, para que os EPIs
segmento de calçados de segurança,
proporcionem
com nove milhões de pares fabricados
das
exigências bem-estar,
além
de
o
conforto e segurança, sempre com
trabalho insalubre dos trabalhadores
o objetivo de preservar a integridade
de regiões rurais que estão em contato
física do usuário.
Desenvolvidos
para
otimizar
de
e
ao mês”. Sobre as tendências, David aponta os calçados como um nicho do
contínuo com agrotóxicos e outros materiais que podem ser prejudiciais
O gerente nacional de vendas da
mercado de EPIs que estarão em
à saúde, os EPI´S (Equipamentos
Bracol destaca o bom retorno que
evidência. “Em proteção dos pés, uma
de
esses
às
forte tendência é a substituição da
fundamental importância. No entanto,
agrorevendas. “A linha de produtos
biqueira de aço pela de composite.
mais importante que a necessidade de
de EPIs oferece para os revendedores
Mais leves e de alta performance, elas
sempre realizar as atividades com EPIs
margens de lucro atrativas, de cerca
ganharão mercado devido à garantia
é a disponibilidade dos equipamentos
de 40% no caso de calçados de
de proteção e conforto proporcionados
adequados.
segurança, um dos itens de maior
ao usuário. Acredito que dentro de
importância nesse segmento, mas
dois anos ela deva ganhar 100% da
é preciso que eles escolham uma
preferência dos consumidores.
Proteção
Individual)
são
de
Com novas tecnologias, orientação e as
treinamento empresas
desenvolvido
do
especializados, segmento
ferramentas
têm
oferecem
marca de confiança com produtos de qualidade”, diz.
Outra tendência, diz, é a melhora na estética dos produtos de segurança,
para
auxiliar os profissionais envolvidos
mar/abr 2012
equipamentos
De acordo com Emerson David,
cada vez mais sofisticados, com
AgroRevenda 51
serviço
tecnologias para melhor performance
e o operador absorvam a força total
e conforto, além de design moderno,
do impacto em caso de queda de
deixando o trabalhador mais bem
algum objeto. Um diferencial são os
vestido e contente por usar um calçado
protetores auriculares , desenvolvidos
bonito. “O setor deve crescer bastante,
para se adequar a diferentes formatos
principalmente em razão da constante
de orelhas.
profissionalização do mercado de SST Divulgação
e a vigência de leis que favorecem o cuidado com o trabalhador e as empresas que se preocupam com a segurança no trabalho”, prevê o executivo da Fujihara. Ele
destaca
a
com embalagens que favorecem a
importância
da
exposição dos produtos das marcas BSB nos pontos de venda. “Utilizamos vários no
materiais PDV
de
comunicação
(expositores,
banners,
sinalizadores, bandeirolas, precificador de gôndola, móbiles) e, de acordo com o padrão da revenda, oferecemos consultores técnicos e promotores técnicos para auxiliar a venda dos produtos,
através
de
workshops,
treinamentos ou SIPATs de empresas.” Para
a
Vonder,
A linha de EPIs da Vonder conta
outra
empresa
do setor, a valorização dos seus produtos no ponto de venda começa pela organização do layout, com um modelo que favoreça a circulação dentro da loja e o campo de visão do
exposição em gôndolas, além de expositores
para
ferramentas
em
geral que valorizam a apresentação dos produtos no ponto de venda, organizando
por
linha
o
mix
comercializado pela loja.
Stihl Uma das grandes empresas do setor de EPIs, a empresa está presente no Brasil há 39 anos e com produtos disponíveis em mais de 2.000 pontos de venda espalhados por todo País. A linha de produtos da empresa inclui capacetes, calças para motosserristas, botas, perneiras e óculos de proteção, desenvolvidos com alta tecnologia e com a proposta de oferecer ao usuário segurança e conforto.
do calçado, evitando deslocamentos durante o trabalho.
no segmento de luvas de proteção, com design inovador, anatômicas, que permitem aumentar a sensibilidade ao manusear as ferramentas durante o trabalho. Além disso, conta com uma faixa de couro no dorso e na palma que facilitam a vestimenta e aumentam a durabilidade.
BSB A holding BSB (Brazil Safety Brands), das
maiores
produtoras
de
calçados de segurança do mundo, com
capacidade
produção
acima
com
itens com as marcas Bracol e Fujiwara e Vicsa, que atua na distribuição das
De
linhas para proteção visual, auditiva,
o
proteção contra quedas, vestimentas
procura. com
da a
abastecimento para
também conquistar
o consumidor, levando-o à compra e, principalmente, conquistando seu retorno para a próxima visita à loja.
52 AgroRevenda
elásticos de fixação que ficam embaixo
ele
gôndolas
fundamentais
insetos e animais, e contam com
uma
Divulgação
Divulgação
são
pois protegem contra picadas de
especialistas em proteção dos pés,
empresa, das
do mercado florestal e de jardinagem,
facilidade
Técnico
frequente
dois
de 22 milhões de pares/ano, produz
Departamento
e
em
os produtos que acordo
organização
proteção,
consiga
encontrar maior
de
modelos, indicados para profissionais
A empresa já está preparando um
confortável
e
perneiras
lançamento para a Tecnoshow 2013,
consumidor, fazendo com que ele se sinta
Durante a feira, a Stihl também apresentou inovações na linha de
Este ano, durante a Agrishow, uma das novidades da empresa foi o lançamento do Capacete Florestal Stihl, em polietileno, com formato que permite o desvio de objetos para longe do usuário, sem que o equipamento
de segurança e proteção das mãos, por meio das marcas Steelpro, RFX, Steelgen, e STPX. Há mais de 15 anos a Bracol fabrica equipamentos de proteção individual para trabalhadores dos mais diferentes de
última
setores
com
geração,
tecnologia
testados
e
mar/abr 2012
mar/abr 2012
AgroRevenda 53
serviço
analisados em modernos
de botas impermeáveis de PVC
equipamentos. A empresa
Gran Atlantis,
é certificada com a ISO
duas versões: cano longo e
14001 e um dos seus focos
cano curto, nas cores preta
é a sua preocupação com
e
o meio ambiente, tanto que
desenvolvida
busca
possui
por
fornecedores,
branca.
A
matrizaria na
Europa
tecnologia
italianos.
clientes e parceiros que
disponíveis em
Além
do
e
foi e
design formato
compartilham a missão de preservar
anatômico da forma, que garante mais
os
conforto, os modelos têm apoio na
recursos
naturais
de
maneira
parte externa, na altura do calcanhar,
sustentável.
para facilitar a retirada do calçado. A Fujiwara, marca da holding BSB, atua no segmento de EPI há mais de 20
Vonder
anos. Além de proteger a integridade
A linha de produtos da Vonder,
física do trabalhador,
voltada para a proteção e o conforto
com equipamentos de
do trabalhador em sua jornada diária
alto
de
desempenho
é composta por óculos de segurança, máscaras e escudos para solda,
oferece soluções que
abafadores
integram conhecimento
auditivos,
de mercado, engenharia
cones de sinalização, colete refletivo,
desenvolvimento,
técnico, de
e
qualidade, a empresa
produção
estoque
atendimento
contínua,
permanente,
de luvas,
ruído, botas,
protetores botinas,
fitas refletivas, para demarcação e
além
antiderrapantes, entre outros produtos
logística
que visam a proteção e o conforto do
Segundo o Departamento Técnico
trabalhador em sua jornada diária.
da
dinâmica e pós-venda ativo.
empresa,
responsável
desenvolvimento
desses
pelo
produtos,
De acordo com a gestora de P&D
a linha, EPIs é produzida com alta
(Pesquisa e Desenvolvimento) da BSB,
tecnologia que passa por processos
Andresa Bolzan, um dos destaques na
rigorosos
linha de calçados da empresa é a bota
disso, a empresa busca aprimorar
Gran Atlantis com alto teor nitrílico, o
constantemente o mix de produtos que
que facilita a higienização, e grande
é complementado com lançamentos
resistência à abrasão. O solado é
que
antiderrapante e foi projetado com
conforto para o trabalhador.
de
fabricação.
proporcionem
Além
segurança
e
ranhuras dispostas de tal maneira que facilitam a remoção de resíduos do
Entre os mais recentes lançamentos
solo que possivelmente possam aderir
da
à bota.
segurança
Vonder
estão
os
modelo
óculos
splash
de
ampla
visão, para proteção dos olhos contra Outra novidade é a botina canavieira,
impactos
de
partículas
volantes
que sofreu uma mudança em relação
multidirecionais. Possui sistema de
ao protetor de metatarso interno, para
ventilação
condicionamento aos movimentos de
que, além de impedir que os óculos
flexão contínua e resistência e que
embacem
durante
oferece proteção contra impacto nos
diminuem
a
dedos, através da biqueira de aço.
partículas.
composto
por as
possível
Dispõe
válvulas
atividades, entrada
ainda
de
de tira
elástica para ajuste na face do usuário Outro destaque da Fujiwara é a linha
54 AgroRevenda
e visor de policarbonato.
ar
mar/abr 2012
profissional de vendas
NEGOCIANDO COM O CLIENTE: CONHECENDO O CLIENTE A arte de negociar pode ser desenvolvida e aprimorada, mas a prática diária e o estudo dos conceitos fazem a diferença
Divulgação
Lucas Sciencia do Prado, Rodrigo Alvim Afonso e Matheus Alberto Consoli*
O
processo de negociação é algo tão comum no dia a dia dos vendedores, que muitas vezes confundimos a arte de negociar com uma habilidade nata, difícil de ser desenvolvida. No entanto, há algum tempo a negociação tem se tornado uma competência desejada, não só para os vendedores, mas para todos os profissionais das organizações. Assim, gostaríamos de apontar um dos grandes mitos sobre a negociação, que destaca que essa habilidade não pode ser desenvolvida, praticada ou aprimorada. Na verdade todos nós podemos ser bons negociadores, a diferença entre um negociador habilidoso e aquele que não consegue alcançar os resultados desejados está na prática diária e estudo dos conceitos. 1
Mas afinal, o que é negociação? Existem diversas definições sobre o tema. Entretanto, para essa nossa discussão vamos considerar uma definição dada por dois autores muito conhecidos no mundo da negociação. Para Roger Fisher e William Ury, autores do consagrado livro, “Como chegar ao sim: a negociação de acordos sem concessões”, a negociação está relacionada com “processo de comunicação bilateral, com objetivo de chegar à decisão conjunta”. O que podemos entender por isso? Por um processo de comunicação bilateral, ou seja, onde compreendemos a existência de uma outra parte na negociação, que pode ser representado por uma pessoa ou um grupo de pessoas, em nosso caso esse será o cliente. Já o objetivo de chegar a uma decisão conjunta,
mostra que a negociação deve ser encarada como um ato cooperativo e não competitivo. É muito comum, ainda, encontrarmos negociadores que encaram a negociação como uma prática de conseguir as maiores vantagens sobre o outro lado, no entanto, vamos mostrar aqui que os benefícios do que chamamos de ganha-ganha, são muitos. No entanto, como as variáveis (componentes) do processo de negociação que busca o ganha-ganha são muitos, nesse artigo vamos nos restringir a importância da busca de informações para conhecer melhor o nosso cliente. A informação é uma variável tão importante da negociação, que foi chamada, junto com o tempo e o poder como variável básica da negociação . Isso porque, quanto mais bem informado
Conceito publicado pelo Prof. Dante Pinheiro Martinelli no livro Negociação: Como transformar confronto em cooperação, Ed. Atlas, 1997.
mar/abr 2012
AgroRevenda 55
profissional de vendas
eu estou sobre o meu cliente, melhor eu poderei elaborar a minha proposta ou o que temos tratados em outros artigos, o meu diálogo de valor. Para facilitar o entendimento e auxiliar você vendedor das revendas a conhecer melhor o seu cliente vamos propor uma sequência de perguntas que você deve tentar responder: 1. “QUEM É O MEU CLIENTE?” É muito comum entrarmos em revendas agrícolas e agropecuárias e pedirmos para verificar o cadastro dos (melhores) clientes da empresa e nos depararmos com uma ficha com poucas informações. A ficha cadastral é um dos melhores meios que um vendedor possui para conhecer quem é o seu cliente. Mas ressaltamos, que quando falamos de cadastro, não estamos nos referindo, somente aos dados para faturamento, esse que na maioria das vezes as revendas possuem. Estamos nos referindo àqueles campos que nos dão valiosas informações, mas que quase nunca são preenchidos. Muitas vezes ao negociar com o cliente, ficamos presos à negociação do preço dos produtos, mas esquecemos que negociação não é somente isso. Ainda mais se o perfil do meu cliente for um perfil que valoriza o relacionamento que ele tem comigo ou minha revenda. Assim, destacamos a importância de se conhecer o perfil dos clientes que vamos negociar. É comum utilizarmos para clientes de revendas as classificações de perfil de preço, negócio e relacionamento. Sendo que para cada tipo de cliente temos que ter uma abordagem diferente. Ademais, outras informações como preferências por produtos, marcas, ou mesmo dados de histórico de produtividade de suas culturas podem nos auxiliar no momento que estamos “na mesa de negociação” com o nosso cliente. 2. QUAIS SÃO AS SUAS NECESSIDADES? Outro ponto que pode auxiliar os vendedores na busca de informações sobre o cliente envolve conhecer as necessidades. Um dos principais erros dos negociadores é não saber o que, realmente, o outro lado quer. A busca pelas necessidades deve começar antes da negociação, com base no perfil e dados cadastrais do cliente, mas deve continuar principalmente durante a negociação. Vamos imaginar a seguinte
56 AgroRevenda
situação: você é um vendedor experiente que trabalha na revenda há um bom tempo, conhece bem os clientes mais frequentes, mas em um certo dia entra um cliente não muito familiar. O que fazer? O cliente inicialmente lhe dá uma dica sobre sua necessidade: preciso de um saco de ração para cachorro. Agora ele acabou de abrir um leque de possibilidades. Instantaneamente, você já pergunta o porte, raça, idade, etc. do cachorro, para saber para onde direcioná-lo. No entanto, quando mostra as suas opções de ração percebe que o cliente não está satisfeito. O que pode estar acontecendo é que nosso vendedor não está reconhecendo qual é a real necessidade do cliente. Apresentamos aqui o conceito que chamamos de necessidade atrás da necessidade. Muitas vezes a ração é a necessidade básica (inicial do cliente), mas no fundo ele quer uma ração que dê mais energia para seu cachorro, que deixe a pelagem mais bonita, pois quer participar de um concurso de cães, do qual participa todos os anos e sempre fica entre os finalistas. Assim, esse cliente quer muito mais que uma ração e provavelmente não estará muito preocupado com o preço que pagará no produto.
*Rodrigo Alvim Afonso é especialista em Planejamento de Redes de Empresas (Clusters). Mestrando em administração de Empresas pela FEARP/ USP. Administrador de Empresas pela Faculdade COC. * Lucas Sciencia do Prado é especialista em Sustentabilidade Social no Varejo e Negociação Empresarial. Mestre em Administração de Empresas pela FEA-RP/ USP. Administrador de Empresas também pela FEA-RP/USP * Matheus Alberto Consoli é especialista em Estratégias de Negócios, Gestão de Cadeias de Suprimentos, Distribuição e Marketing, Vendas e Avaliação de Investimentos. Doutor pela EESC/USP. Mestre em Administração pela FEA/USP. Administrador de Empresas pela FEA-RP/ USP. *Os autores são consultores da Markestrat e atuam em projetos em agronegócios e distribuição de insumos agropecuários. Para mais informações visite www.markestrat.org.
3. O QUE EU/MINHA EMPRESA PODE OFERECER?
Seção
Após conhecer melhor as necessidades dos seus clientes, fica mais fácil responder a essa pergunta e assim, saber o que você pode lhes oferecer. Trabalhar o portfólio da revenda é mais fácil quando você sabe aquilo que o cliente realmente precisa. Lembre-se daquela vez que um cliente entrou na sua revenda pretendendo comprar um produto e no final acabou levando outro totalmente diferente, pois no meio da conversa com o cliente você identificou essa possibilidade.
importante
Existem diversas outras perguntas que você pode buscar responder para verificar o seu conhecimento sobre o cliente. No entanto, é preciso lembrar que na negociação você deve (sempre que possível) adotar uma postura colaborativa, facilitando assim o seu relacionamento de longo prazo com o cliente. Lembre-se negociar é uma arte, que pode ser desenvolvida e praticada. Conhecer o seu cliente é um bom primeiro passo, invista seu tempo na preparação, pois, quanto mais preparado maiores as chances de êxito. ar
direcionada
a
você
BALCONISTA. Sua opinião é muito para
nós
da
revista
AgroRevenda. Envie um e-mail para atendimento@agrorevenda.com.br
e encaminhe os seus dados nos informando o que você achou deste tema. Sugira novos assuntos que você, BALCONISTA, gostaria que abordássemos nas próximas edições.
Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia “Missão de gerar valor para pessoas e organizações, desenvolvendo e aplicando conhecimento em administração, com a visão de ser referência internacional no planejamento e gestão de estratégias integradas e sustentáveis com orientação para o mercado”. E-mail: markestrat@markestrat.org Tel.: (16) 3456-5555
mar/abr 2012
gestão em revendas
PROFISSIONALIZAÇÃO, TEMA ANTIGO, MAS MUITO ATUAL Nesse novo cenário, ser um excelente gestor da eficiência de todas as áreas da empresa é pré-requisito. Tiago Fischer*
D
iscute-se profissionalização de gestão de revendas há vários anos. Principalmente pós final da década de 1990 e início dos anos 2000, o setor de distribuição de insumos nacional ganhou importância para o cenário competitivo e estratégico dos agronegócios nacionais. Esse ganho de importância gerou
mar/abr 2012
oportunidades muito interessantes de crescimento e desenvolvimento profissional para grande parte das revendas em diferentes regiões agrícolas do Brasil. De maneira geral, diferentes elos das cadeias produtoras do agronegócio evoluíram na “mesma tocada” que a revendas vinham experimentando, dentre
elas os próprios clientes das revendas, os agricultores e principalmente as indústrias fornecedoras. Daqueles primeiros anos de desenvolvimento para cá muita coisa mudou! Os segmentos de mercado, caracterizados pelas culturas agrícolas, tiveram crescimentos bastante representativos, o que continuou
AgroRevenda 57
gestão em revendas
pressionando todos os elos das cadeias produtivas a manter suas constantes evoluções em termos de profissionalização. Atualmente, as revendas atendem um cliente totalmente diferente daquele cliente do passado. E, enganam-se os gestores e vendedores de revendas que acreditam que porque conhecem os clientes há mais de 10 anos, seu relacionamento não está arriscado pela própria mudança desse cliente. O agricultor, seja de que região for e da cultura que planta, é uma pessoa com um nível de informação muito maior hoje em dia do que era no passado. E, nesse caso, nível de informação quer dizer aprendizado! Eles aprenderam muito, muito mesmo! E não apenas sobre sua produção, mas sobre mercado, perspectivas e sobre aquilo que podem e querem comprar e o que não precisam. A cada dia vemos mais exemplos de produtores negociando cada vez melhor e utilizando mais argumentos para definir sua compra, frente as ofertas dos vendedores de revendas.....e algumas vezes, eles entendem até mais do produto que o próprio vendedor que esta oferecendo.
Essa necessidade não vem apenas da pressão do próprio mercado, mas de maneira geral precisamos lembrar que a maioria dos donos de revendas agropecuárias no Brasil não possui formação como gestores, mas sim eram vendedores ou agrônomos e técnicos que viram uma oportunidade de mercado. Porém, atualmente administram empresas de faturamento de milhões de reais e atendem clientes cada vez mais complexos... seja porque estes clientes mudaram e aprenderam, seja porque as fazendas estão começando a ser geridas pelos filhos (ou netos) com formação muito mais robusta do que de seus antepassados. Este é o desafio que se apresenta aos gestores de revendas agropecuárias! 58 AgroRevenda
Divulgação
Nesse cenário, o tema já muito falado, sobre a necessidade de um gestor de revendas buscar constantemente capacitações, ferramentas e orientações que permitam seu desenvolvimento e profissionalização, é mais atual do que nunca! E, para que estes gestores verifiquem se estão preparados para enfrentálo, em minha opinião devem se auto questionar em relação a um único tema....EFICIÊNCIA! Ou seja, donos de revendas devem questionar: “será que sou um gestor comercial eficiente para o que o meu cliente quer da minha empresa?”, “Será que faço uma gestão de estoques eficiente?”, “E a minha gestão financeira, meu endividamento, meu controle de custos, são eficientes?” Mas o que é eficiência? Nesse caso, é o melhor modelo de gestão frente ao que o mercado (os clientes) espera de uma empresa como a sua. Sendo
assim, um bom entendimento do seu mercado, será ponto fundamental para determinar e eficiência ótima que sua empresa deve ter. E, nesse novo cenário ser um excelente gestor da eficiência de todas as áreas da sua empresa não é mais ar diferencial, é pré-requisito.
* Tiago Fischer Ferreira é sócioconsultor da Stracta Consultoria stracta@stractaconsutoria.com.br
mar/abr 2012
markestrat centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia
COMO O GOOGLE PODE AJUDAR A SUA REVENDA? Como tirar proveito de ferramentas simples, e na maioria das vezes, gratuitas, no desenvolvimento do negócio.
Matheus Alberto Consoli, Lucas Sciencia do Prado e Rodrigo Alvim Afonso*
A
o ver esse título você pode ter estranhado e se perguntado o que será que isso tem a ver com o meu negócio. As repostas positivas são várias e nesse artigo vamos tentar enumerar algumas das principais ferramentas disponíveis que podem auxiliar no desenvolvimento das atividades da sua revenda. Apesar de existirem várias outras ferramentas disponíveis no mercado, vamos abordar as principais e mais conhecidas: Pesquisa; Gmail®; Google Agenda®; Google Docs®; Google Maps/Earth® e Google Alerts®.
59 AgroRevenda mar/abr 2012
PESQUISA A já consagrada ferramenta de busca pode auxiliar a revenda em várias atividades. Fazer uma busca dos principais concorrentes, dados de potencial de mercado, novos produtos, eventos do setor entre vários outros temas que são interessantes... Invista um pouco do seu tempo e você vai achar muitas informações valiosas sobre o mercado, leituras, fóruns de discussões, entre outros. E-MAIL Se você e sua equipe ainda não
usam, já estão atrasados! Existe a opção de contas pessoais e assinaturas empresariais, com mais serviços e customizações. De qualquer maneira, ter uma conta gmail® dá a você acesso a uma série de serviços da empresa, além de espaço, acessibilidade e mobilidade. Facilitará sua comunicação com a equipe, envio de comunicados, materiais, arquivos e informações úteis para o dia a dia do negócio. Cobre também seus fornecedores para que lhes enviem materiais úteis, como folders e apresentações, e as compartilhe
mar/abr AgroRevenda 2012 59
markestrat centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia
com sua equipe. Com esta ferramenta ficará mais fácil organizar arquivos e documentos, bem como resgatar conversas e negociações importantes. AGENDA (CALENDAR) O controle de atividades internas e externas da revenda sempre foi um desafio. Com o uso dessa ferramenta, a revenda pode criar um calendário comum e compartilhar com todos os membros da equipe, onde todos terão acesso online, a dados de eventos, palestras técnicas, dias de campo, reuniões semanais e mensais para acompanhamento da equipe, etc. Ademais, um uso diferente que pode ser realizado da ferramenta é o planejamento semanal de visitas que os vendedores farão. Isso pode facilitar a organização, controle e acompanhamento de toda a equipe, além de agilizar a elaboração dos relatórios, economizando tempo de envio de arquivos via email, ou impressos. Ademais, as informações podem ser facilmente sincronizadas com computadores, celulares, smartphones e tablets. Não ter agenda agora não é mais desculpa para não se organizar! DOCS Usuários google podem acessar a plataforma do google docs®, onde podem criar, fazer download e upload de planilhas, documentos e apresentações. Esses materiais ficam todos online. O gestor pode permitir acesso e definir quem pode ver modificar e mesmo salvar novas informações. Dessa forma, fica fácil compartilhar com toda equipe materiais de vendas, tabelas de preços de produtos, listas de clientes e quaisquer outras informações importantes que a equipe precisa acessar com frequência. A era das pastas e aquele monte de papel impresso está chegando ao fim! MAPS/EARTH Por meio do google maps® e do
60 AgroRevenda
google Earth® é possível visualizar fazendas e propriedades. Se a empresa tiver um GPS, é possível localizar por meio das coordenadas. Caso não tenha, não há problemas! É só investir um pouco de tempo e seguir o caminho que leva até o cliente. Com um pouco de paciência você conseguirá encontrar. Apesar de nem todas as imagens estarem atualizadas, dá para se ter uma boa idéia da propriedade. Alguns softwares dão a opção de selecionar uma região com o mouse e calcular a área de qualquer perímetro selecionado no mapa. Você sabe usar essas informações? Você também pode criar tags (etiquetas) marcadas em cada ponto desejado do mapa e inserir informações sobre o seu cliente, para que toda sua equipe possa acessar. E ainda escutamos que não dá para saber informações dos clientes! ALERTS Com o google alerts® é possível configurar palavras chave que você quer que o google pesquise todos os dias, o qual lhe envia um email com todos resultados das pesquisas e os links que direcionarão você a noticias, fóruns, sites entre outros domínios da internet. Assim, suponham que você quer acompanhar o mercado de pecuária de leite. Por exemplo, você pode configurar o sistema para lhe informar diariamente o que saiu na internet sobre “pecuária de leite”, “rebanho leiteiro”, “preço do leite” etc. Basta checar seu email todo dia cedo, investir alguns minutos e já estará atualizado com as informações. Convenhamos, ficou fácil, não! Assim, exemplificamos nesse artigo como ferramentas simples, e na maioria das vezes, gratuitas, podem ajudar seu negócio. Obter informação, compartilhar com sua equipe agora ficou disponível para você e seus concorrentes. Aqueles que souberem a usar da melhor maneira é que se sairão melhor. Pense nisso e aproveite
ao máximo as tecnologias que podem ajudar no desenvolvimento de nosso negócio, pois, este pode ser um diferencial competitivo para você. Bons negócios na era digital!
ar
* Matheus Alberto Consoli Especialista em Estratégias de Negócios, Gestão de Cadeias de Suprimentos, Distribuição e Marketing, Vendas e Avaliação de Investimentos. Doutor pela EESC/USP. Mestre em Administração pela FEA/USP. Administrador de Empresas pela FEARP/USP * Lucas Sciencia do Prado Especialista em Sustentabilidade Social no Varejo e Negociação Empresarial. Mestre em Administração de Empresas pela FEA-RP/USP. Administrador de Empresas também pela FEA-RP/USP
*Rodrigo Alvim Afonso Especialista em Planejamento de Redes de Empresas (Clusters). Mestrando em administração de Empresas pela FEARP/USP. Administrador de Empresas pela Faculdade COC * Os autores são consultores da Markestrat e atuam em projetos em agronegócios e distribuição de insumos agropecuários.
Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia “Missão de gerar valor para pessoas e organizações, desenvolvendo e aplicando conhecimento em administração, com a visão de ser referência internacional no planejamento e gestão de estratégias integradas e sustentáveis com orientação para o mercado”. E-mail: markestrat@markestrat.org Tel.: (16) 3456-5555
mar/abr 2012
artigo José Alexandre Loyola
O poder das marcas no seu negócio
é engenheiro agrônomo, com 15 anos de experiência em gestão, vendas e marketing em agronegócio, com MBA em Agronegócios pela FGV e em Marketing pela FIA/ USP. Atuou como gestor em propriedades rurais e em empresas como Monsanto, Basf e Timac Agro, ministrando cursos e palestras. Atualmente é diretor na Prime Action Consulting, responsável pela Divisão de Agronegócios.
Contato: jose.loyola@primeaction.com
José Alexandre Loyola*
M
uitas empresas e outros tipos de organização estão chegando à conclusão de que um dos seus ativos mais valiosos são as marcas associadas a seus produtos ou serviços. No setor de insumos agrícolas não é diferente e na grande maioria das vezes temos duas situações: as marcas dos insumos agrícolas (defensivos, sementes, fertilizantes, etc.) que são representadas pela revenda e a marca da revenda (seu nome fantasia como logotipo)
61 AgroRevenda mar/abr 2012
como prestadora de serviços aos agricultores que se deparam, a cada ano, com mais e mais opções de compra, mas aparentemente têm cada vez menos tempo para a tomada de decisão entre as opções disponíveis. Assim, a capacidade de uma revenda que possui marca forte, de simplificar o processo de tomada de decisão do consumidor, reduzir riscos e definir expectativas é inestimável. Criar marcas fortes que cumpram o que prometem – assim como manter e aprimorar a força
dessas marcas ao longo do tempo – ,é portanto, um constante desafio dos gestores do negócio e de todos colaboradores envolvidos de forma direta ou indireta com a experiência de compra de seus clientes. Mas o que vem a ser uma marca? A utilização e aplicação de marcas existem há séculos, como um meio de diferenciar bens de um fabricante dos bens do outro. Na verdade, a palavra “brand” (marca em inglês), deriva do nórdico antigo brandr, que
AgroRevenda AgroRevenda nov/dez 2010 61
artigo
significa ‘queimar`. Isso porque as marcas a fogo, desde o passado até os dias de hoje, são utilizadas pelos pecuaristas para marcar seu gado e identificar seus animais. O fato é que para muitas empresas os ativos mais valiosos podem não ser ativos tangíveis como fábricas, equipamentos, imóveis, etc., mas intangíveis como habilidades gerenciais, competência em marketing, finanças, operações, e o que é mais importante, as marcas entre si. Veja, na figura abaixo, o ranking das 10 marcas mais valiosas no mundo. Segundo a definição da American Marketing Association, marca é nome, termo, símbolo, desenho ou uma combinação desses elementos que deve identificar os bens e serviços de um fornecedor ou grupo de fornecedores e diferenciálos dos da concorrência. Acredito que esta definição deveria ser complementada, pois cada vez mais
as marcas são representadas por meio dos cinco sentidos humanos e não apenas pelos sinais ou símbolos, além de poderem ser aplicadas às organizações e não apenas a produtos e serviços. De qualquer maneira, o conceito-chave de que as marcas são fruto de um conjunto de associações relacionadas a um alvo é válido e merece ser considerado: ao ouvirmos o nome de alguém conhecido imediatamente nossas mentes se encharcam de associações relacionadas à pessoa (aspectos físicos, comportamentais, preferências, considerações positivas e negativas). Um roteiro mental semelhante se manifesta ao ouvirmos o nome de uma revenda de insumos agrícola, de um hotel, de um restaurante, e assim por diante. As marcas atuam nos elos entre os campos das percepções e das decisões que influenciam diretamente os negócios. Enquanto
vivemos, interagimos o tempo todo com o ambiente e com tudo aquilo que faz parte dele: seres vivos, produtos, serviços, conceitos, em que, a cada interação, uma nova associação (positiva ou negativa) é gerada, estabelecendo percepções que direcionam nossas decisões e atitudes. Para exemplificar essa associação de valores ou atributos percebidos pelo consumidor, vamos considerar uma revenda agropecuária “AgroXXX”, que em sua região de atuação, através de outdoors, propaganda no rádio, palestras, etc., traz uma promessa aos consumidores de que possui uma estrutura moderna, com equipe de profissionais treinados e especializados no setor, prontos para entender e atender as necessidades dos seus clientes, com agilidade e pontualidade na entrega utilizando carros apropriados e personalizados com o logo da empresa e das marcas que ela representa. No
Ranking 2011 Posição
Empresa
2011
2010
1
1
Coca-Cola
2
2
3
Setor
Valor da marca (US$ bilhões)
Variação (em %)
2011
2010
Bebidas
71,861
70,452
2%
IBM
Tecnologia/serviços
69,905
64,727
8%
3
Microsoft
Software
59,087
60,895
-3%
4
4
Serviços de internet
55,317
43,557
27%
5
5
GE
Diversos
42,808
42,808
0%
6
6
McDonald’s
Restaurantes
35,593
33,578
6%
7
7
Intel
Eletrônicos
35,217
32,015
10%
8
17
Apple
Eletrônicos
33,492
21,143
58%
9
9
Disney
Mídia
29,018
28,731
1%
10
10
Hewlett-Pack
Eletrônicos
28,479
26,867
6%
Fonte: Interbrand
62 AgroRevenda
mar/abr nov/dez 2012 2010
entanto, mesmo que a revenda “AgroXXX” anuncie a sua proposta nos meios de comunicação, ela não consegue estabelecer um contato físico entre a sua marca e seus clientes, pois quando ela chega, quem vai visitar o agricultor é o “Roberval”, pronto para começar a falar dos produtos e tirar o pedido o mais rápido possível, deixando claro que as ações físicas entre empresas e seus clientes ocorrem na esfera “pessoas com pessoas”. Neste momento, começamos a fazer as associações de acordo com o que vimos na mídia (outdoor, rádio, palestras, etc.) ou através de comentários de outros agricultores que já foram visitados pela “AgroXXX”: com a entrega chegando na hora marcada, feita por profissionais altamente capacitados e educados, que deram todas as informações necessárias sobre os atributos dos produtos, recomendando a melhor solução para o problema ou necessidade, associamos à marca “Agro XXX” uma expectativa de prestação de serviço e venda de produtos a ser confirmada pela contratação da empresa. Durante a propaganda, a marca realizou uma promessa que espera ser cumprida, sob a ótica daqueles que irão comprar, tomando como base, as imagens ou mensagens publicadas na rádio, outdoor, boca a boca, etc. No entanto, se no dia da visita da empresa “AgroXXX” o cliente julgar que a entrega não veio correta e o funcionário não era tão bem informado e disposto a contribuir com seu negócio, como anunciado, essa decepção irá criar associações negativas em torno desta revenda. A partir daí, se qualquer coisa der errado (boleto com cobrança indevida, enviar produto substituto ou outra embalagem do mesmo produto sem consultar o cliente, etc.), a situação só piora e o saldo das associações negativas só
mar/abr mar/abr2012 2012
aumenta. No final do processo, sua percepção sobre a marca será negativa e de que, na melhor das hipóteses, a empresa o enganou. Outro fato importante a ser considerad, é que há duas décadas, essa decepção era curada com o tempo e a ira do cliente frustrado passava muito antes de ele conseguir influenciar um grupo de pessoas suficientemente grande, para abalar a credibilidade da marca ou da empresa. De alguns anos para cá, as redes de relacionamento empresariais, as redes sociais e os momentos de ira são facilmente compartilhados, apoiados e retroalimentados por milhares de pessoas em poucos minutos. Portanto, as marcas são ao mesmo tempo instrumentos poderosos para criação ou deterioração de valor para os negócios. Tudo vai depender de como sua empresa vai lidar com esses instrumentos. Quando afirmamos que uma determinada marca é boa, o fazemos baseados em uma ou mais experiências positivas ou pelo compartilhamento de informações, associando tal marca a um bom resultado. Assim, construímos nossas preferências, tomando como base apenas as percepções positivas em relação a determinada marca. Gerir marcas é, acima de tudo, gerir as associações que elas criam no relacionamento com todos os seus públicos, nos diversos contextos. Obviamente, esta tarefa não é fácil, pois quando a promessa não é correspondida pela entrega, a decepção corrói a reputação de qualquer negócio de forma implacável. É comum, por exemplo, ouvir os gestores das revendas agropecuárias afirmando que é impossível assegurar que todos os pontos de contato da marca com o cliente, estejam cobertos, desde a
recepcionista no telefone, passando pela pessoa da cobrança, até o vendedor de campo que vai vender seu produto ou serviço para o cliente em sua propriedade. Conforme já dito anteriormente, tudo começa nas pessoas e no exemplo que vem de cima, no caso os sócios-proprietários, para com a sua equipe. Quando uma empresa se posicionar e comunicar bem o seu propósito de desenvolvimento social, seus valores, sua missão e visão, tomando o cuidado para recrutar e reter pessoas alinhadas e coniventes com estes princípios, terá colaboradores engajados em fazer o seu melhor, utilizando de suas habilidades e conscientes de que todos são igualmente importantes e complementares para a conquista de uma causa maior, realizandose por meio de sua contribuição individual. Grandes marcas são, na verdade, o reflexo de empresas competentes que agem segundo um propósito válido e que conseguem compartilhálos com seus colaboradores, fornecedores, clientes e sociedade. A amplitude dos pontos de contato, o volume e velocidade com que as associações em torno da revenda são criados com todos os seus públicos deixam claro que a missão de construir uma grande marca não é compatível com as dimensões de um departamento ou indivíduo, por mais bem preparado que ele seja. Trata-se de um desafio de todos os colaboradores e parceiros, perseguindo os objetivos e principalmente conquistas de forma alinhada e compartilhada. Para isso, o foco de todos na empresa precisa estar voltado a um nível acima do mais alto escalão do negócio: uma razão de existir voltada à construir percepções positivas aos clientes, portanto, compartilhada por todos ar que estão abaixo dela.
AgroRevenda AgroRevenda 49 63
atendimento
A IMPORTÂNCIA DE SABER O QUE O CLIENTE VALORIZA Conhecer o produto, as necessidades e mostrar cordialidade são elementos chaves para o distribuidor de insumos agrícolas fechar uma venda. Marcelo Novo*
P
durante o processo de atendimento
cada um desses aspectos na hora da
do
processo
de
realizado pela área de vendas. Somente
venda? Aqui vale lembrar o modelo
dos
produtos,
ara a melhoria contínua na qualidade
é
elas são capazes de indicar quais
desenvolvido no Japão pelo prof. dr.
necessário entender cada vez mais os
aspectos da experiência de compra
Noriaki Kano. Ele explica que os clientes
clientes. E nada é mais esclarecedor
possuem maior ou menor valor para o
têm necessidades que vão desde
para isso do que fazer entrevistas
cliente.
“não atendidas” até “completamente
compra
sistematizadas
e
regulares
monitorar a satisfação dos clientes
64 AgroRevenda
atendidas”. Já suas percepções, vão de
para Mas como identificar o impacto de
“insatisfeito” a “encantado”.
mar/abr 2012
O que define se o cliente vai sentir que as suas necessidades foram ou não completamente atendidas é o saldo das percepções que eles experimentaram durante os diversos momentos da compra do produto ou serviço. Assim, segundo o professor, três tipos de aspectos de um produto ou de um serviço influenciam as expectativas dos Análises da Natureza dos Padrões / Fonte: Divisão Agronegócios - Prime Action Consulting
clientes durante a compra: Básicos ou mandatórios: são aqueles que,
se
não
atendidos,
forem
corretamente
deixarão
o
cliente
da Prime Action Consulting, conduziu
pode diminuir 27,7%.
recentemente, uma pesquisa em que de
De acordo com os dados obtidos nesta
não
todo o território nacional para entender
pesquisa, podemos afirmar que são
para
quais requisitos importavam na hora
aspectos como cordialidade, interesse,
o encantamento do cliente, mas se
da compra dos insumos agrícolas,
entendimento da necessidade e o pleno
não
vendidos pelos distribuidores.
conhecimento dos produtos, que os
extremamente contribuem forem
insatisfeito.
Eles
significativamente correspondidos,
serão
entrevistou
produtores
agrícolas
considerados erros gravíssimos.
distribuidores de insumos agrícolas
Lineares ou proporcionais: são critérios
O estudo revelou dados valiosos
devem concentrar seus esforços e
que aumentam a satisfação do cliente
sobre como os produtores avaliam o
recursos a fim de gerar um impacto
conforme seu nível de desempenho,
atendimento realizado pelos consultores
positivo na percepção de seus clientes.
isto é, quanto mais são atendidos,
de vendas. Na maioria dos casos, o
E é por isso que é tão importante realizar
mais satisfação gera no cliente – ou o
que mais interessava era a atenção
entrevistas sistematizadas e regulares
contrário.
dispensada pelo consultor de vendas
de monitoramento da satisfação dos
ao cliente – um requisito básico,
clientes. Esse tipo de levantamento
Atrativos: são os aspectos que mais
conforme a classificação apresentada
permite
impactam na satisfação do cliente,
abaixo! Se o funcionário do distribuidor
desempenho das áreas de atendimento
embora quase nunca sejam explicitados
não trata o produtor com cordialidade e
ao cliente de uma empresa, o que facilita
por ele. Esses requisitos proporcionam
interesse, a satisfação do cliente com o
a tomada de decisão e o direcionamento
maior nível de satisfação e não geram
processo de compra pode cair 17,8%.
de investimentos para os requisitos que
insatisfação caso não sejam atendidos,
O impacto é maior quando o vendedor
realmente fazem a diferença.
por
considerados
demonstra não entender a necessidade
essenciais. Por outro lado, quando são
isso,
não
são
conhecer
profundamente
o
ar
do comprador, podendo cair 24,1%.
* Marcelo Novo é coordenador da
cumpridos, são interpretados como um
Nada é mais crítico, porém, do que
Divisão de Agronegócios da Prime Action
importante diferencial para o produto.
não possuir conhecimentos detalhados
Consulting, bacharel em Administração
sobre os produtos. Se o consultor de Tendo em conta a teoria do professor
vendas não transmite segurança para
Noriaki Kano, a Divisão Agronegócios
o produtor nesse assunto, a satisfação
pela Universidade de São Paulo e tem especialização em gerenciamento de projetos pela metodologia Six Sigma
Variação na Avaliação de Satisfação Geral
-17,8% -27,7% -24,1% Não atende o padrão
0,1%
Cordialidade e interesse
0,2%
Conhecimento produtos
0,2%
Entendimento de necessidade
Atendimento do Vendedor
Atende o padrão
Modelo de Kano / Fonte “O Cliente Encantado” – J. Lobos, 1995
mar/abr 2012
AgroRevenda 65
POR ONDE
por onde andamos
Carlão da Publique com equipe da Vale
Estande da Vale na Agrishow
Renato, diretor da Trapp com um exemplar da AgroRevenda
Roberto Rodrigues (coordenador do GV Agro e professor da Unesp), Laura Barcellos Antoniazzi (pesquisadora do Icone) e Duarte Nogueira (deputado federal (PSDB-SP)
Estande da TAM na Agrishow
Carreta do SBA
66 AgroRevenda
Estande da New Holland na Agrishow
Estande da John Deere
Estande da Embraer/Neiva na Agrishow
João Batista Olivi (chapéu branco), Daniel (sem chapéu) e amigos.
Apresentação do Ipanemão da Embraer
Donário e Francisco JB Oliveira recebem clientes no estande do Canal Rural
Estande da Santal
Massey Fergusson na Agrishow
Cláudia Maron e Eloisa
mar/abr 2012
ANDamos... Estande da Dow AgroSciences
Ipanemão 100% ecológico
Bradesco na Agrishow
Cássio (Marketing) e Fabio Vale (gerente de Produto) da Produquímica
Roberto Rodrigues (coordenador do GV Agro e professor da Unesp), Donário Almeida (Diretor Geral do Canal Rural), Laura Barcellos Antoniazzi (pesquisadora do Icone) e Duarte Nogueira (deputado federal (PSDB-SP)
Pivot na Agrishow
Estande do Canal Rural vira ponto de encontro na Agrishow
Estande da Valmont na Agrishow
Carlão da Publique e Marcelo Borges da Valmont
Donário Almeida faz palestra sobre produtos do Canal Rural mar/abr 2012
Jacto na Agrishow
Prêmio Gerdau.
Cristiane Nogueira da Revista AgroRevenda
Maurílio Biagi Filho (presidente da Agrishow 2012), Roberto Rodrigues, Donário Almeida (Diretor Geral do Canal Rural)
AgroRevenda 67
por onde andamos
Manuela e Lilian da Vale e Karen da Revista Voe Trip
Cristiane Nogueira com representante da New Holland.
No estande da Jacto, Cauê Pauli (promotor técnico de Vendas) e Alexandra (marketing)
Roberto Rodrigues (coordenador do GV Agro e professor da Unesp), Donário Almeida (Diretor Geral do Canal Rural) e Cintia (Secretaria de Agricultura de SP)
Equipe da Brudeen
Fernando, representante ABS Pecplan
Equipe da Montana durante apresentação
Representante Sementes Facholi
Giovani Erthal, no Estande da Tramontina
68 AgroRevenda
Equipe da Soesp com um exemplar da Revista AgroRevenda
João Batista Olivi, Sérgio Prado, Maurílio Biagi Filho e Erik Von Schauch
Roberto Rodrigues (coordenador do GV Agro e professor da Unesp), Maurílio Biagi Filho (presidente da Agrishow 2012), Laura Barcellos Antoniazzi (pesquisadora do Icone) e Duarte Nogueira (deputado federal (PSDB-SP)
Carlão mostra a Revista AgroRevenda e o AgroGuia ao governador do Amapá, Camilo Capiberipe, do Fórum de Temas Nacionais 2012, da ADVB, Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil.
Representante da Fuzil Ferramentas
Equipe da Brudden posa para uma foto na frente do estande da empresa
Representante Massey Ferguson
Talita Fortunado, no estande da Makita
Cristiane Nogueira ladeada por Renato, diretor da Trapp, e por Sérgio, gestor comercial da empresa
mar/abr 2012
João Batista Olivi, Sérgio Prado (representante da Unica em Ribeirão Preto), Maurílio Biagi Filho (presidente da Agrishow 2012) e Erik Von Schauch (representante da Coopercitrus) Geraldo Alckmin com Carlos Alberto da Silva, no Palácio dos Bandeirantes em São Paulo, dia 5 de janeiro de 2011, com um exemplar da Revista AgroRevenda
João Batista Olivi, Ricardo Inamasu (pesquisador da Embrapa Instrumentação, de São Carlos, SP), Luis Antônio Vizeu (representante da Câmara Setorial de Máquinas Agrícolas da Abimaq), Tiago Fischer Ferreira (Diretor da Stracta Consultoria) e Odacir Klein (presidente da Ubrabio e do Fórum Nacional do Milho)
Movimento do público na Agrishow
Bernardo Fedalto, Volvo
Marcio Pedroso, Volvo
Yoshio Kawakami, Volvo
Francisco Mendonça, Volvo
Luiz Marcelo Daniel, Volvo
Cristiano Conde, Volvo
Valter Viapiana, Volvo
Roger Alm, da Volvo
Equipe da Karcher
Equipe da Brudeen
Equipe da Volvo durante apresentação na Agrishow
mar/abr 2012
AgroRevenda 69
fotolegenda
Steve Jobs apresentando o iPad da Apple em 2010 com grãos de café de proteção de tela.
“Inovação e tecnologia. A cara do agronegócio.” 70 AgroRevenda
mar/abr 2012