JORNAL VER A CIDADE - ANO 6 - EDIÇÃO 177 - São Paulo, 18 a 24 de janeiro de 2025

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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Mortes causadas por dengue superam os óbitos por Covid-19 em 2024

A dengue chegou ao Brasil no século 16, período das Grandes Navegações, em que os portugueses traficavam escravos e acabavam levando doenças típicas de um continente ao outro. Desde então, a patologia vem se espalhando pelo país e fazendo com que surtos da doença aconteçam anualmente. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no ano passado, o número de óbitos causados pela dengue superou o índice de mortes por Covid-19. O levantamento indicou que houve 6.041 óbitos registrados pela doença transmitida pelo Aedes Aegypti, enquanto 5.960 foram por SARS-CoV-2. Em decorrência das altas temperaturas e fortes chuvas, que causam o acúmulo

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de água em superfícies como vasos de planta, pneus e lixeiras, o verão é a estação do ano mais propícia para que as fêmeas coloquem ovos e multipliquem os mosquitos. O Aedes Aegypti, além de transmitir a dengue, também causa o Chikungunya e a Zika, doenças que possuem sintomas parecidos e que também precisam de cuidados.

Para Marcelo Bechara, clínico geral, cirurgião e especialista em medicina integrativa, a dengue é uma doença que requer atenção. “São comuns sintomas como febre a partir de 39º graus, dores no corpo e nas articulações, atrás do olhos, erupções cutâneas na pele, náuseas e vômitos. E, apesar de muitas pessoas se automedicarem, é necessário acompanhamento médico, pois o agravamento da doença pode levar ao óbito”, explica Bechara. A melhor forma de combater a doença é evitar a reprodução do mosquito. Para isso, elimine água armazenada que pode se tornar possível criadouro, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos.

Gelo de um milhão de anos da Antártica

Por Mario Eugenio Saturno

Há dois anos, escrevi um artigo sobre perfurações no gelo da Antártica feitas por uma equipe norte-americana. Expliquei também que, como os anéis das árvores marcam anos (cada anel, um ano, por causa do inverno e verão), acontece o mesmo com a neve nos pólos sul e norte, formam camadas que podem ser isoladas, cada uma equivalendo um ano. E ainda, invernos rigorosos impactam no anel e na camada de neve, e a neve ainda nos fornece a composição química da atmosfera naquele ano. Pois bem, uma equipe internacional de cientistas anunciou na quinta-feira, 9 de janeiro, que perfurou com sucesso um dos núcleos de gelo mais antigos já obtidos, atingindo quase 3 quilômetros de profundidade até o leito rochoso da Antártica, alcançando gelo com pelo menos 1,2 milhão de anos. Além de provar que a Terra tem mais que seis mil anos, a análise do gelo antigo deve mostrar como a atmosfera e o clima da Terra evoluíram. Isso pode fornecer insights sobre como os ciclos da Era do Gelo mudaram e ajudar a entender como o carbono atmosférico, produtos químicos e poeiras na atmosfera alteraram o clima.A mesma equipe já havia perfurado um núcleo de gelo com cerca de 800 mil anos. Graças à análise do núcleo de gelo da campanha anterior foi possível determinar que as concentrações de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, mesmo nos períodos mais quentes dos últimos 800 mil anos, nunca ultrapassaram os níveis observados desde o início da Revolução Industrial. Hoje temos níveis de dióxido de carbono 50% acima dos níveis mais altos já registrados no gelo de 800 mil anos. Em fevereiro do ano passado, foi publicado na revista Nature Geoscience que uma equipe do Reino Unido retirou de um núcleo de gelo de 610 metros de comprimento e descobriu evidências assustadoras que revelam que a camada de gelo da Antártica ocidental encolheu repentina e dramaticamente há cerca de 8 mil anos. Constataram que a camada de gelo diminuiu 450 metros durante um período de apenas 200 anos no final da última Era do Gelo. É a primeira evidência direta desse fenômeno. Isso aponta para um catastrófico aumento global do nível do mar. A Antártica ocidental contém água suficiente para elevar o nível do mar em cerca de 5 metros, o que causaria inundações devastadoras em todo o mundo. Em 2024, passamos novamente os 1,5ºC acordado em Paris. Quando sairemos da negação?

MARIO EUGENIO SATURNO (http://fb.com/Mario.Eugenio. Saturno ) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
Impedir que o mosquito se reproduza é uma das principais formas de prevenção a dengue

10 milhões de brasileiros têm algum grau de surdez, saiba como detectar os sinais iniciais

Segundo uma pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 5% da população brasileira apresenta alguma deficiência auditiva, o que corresponde a cerca de 10 milhões de pessoas. Destas, 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não escutam nada. Mas como detectar os sinais iniciais de perda auditiva? Para o médico Paulo Mendes Junior, especialista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), um dos sintomas iniciais é não entender o que os outros falam. “Existe uma dificuldade de compreender as falas. As pessoas conversam ouvindo e lendo os lábios, é um sistema complexo”, afirma. Existem várias causas para a perda de audição, e um exame chamado otoscopia detecta se a perda existe ou se é algo comum, como acúmulo de cera no ouvido. Problemas como congestão nasal podem causar

também a surdez e uma audiometria consegue mapear o que está acontecendo. A audiometria consegue identificar se existe uma dificuldade real de escutar, se atinge os dois ouvidos, e qual a frequência de perda auditiva. “Normalmente se perde a audição nos tons agudos, onde a pessoa escuta, mas não entende o que é falado”, conta. Dependendo da perda auditiva, dois procedimentos podem ser feitos, como uma cirurgia em casos de otoesclerose, ou, se for acúmulo de secreção (como nos casos do nariz que vai para o ouvido), uma limpeza já é eficaz. “O aparelho de audição é recomendado em diversos casos, mas não caracteriza uma surdez total. Lembrando que um longo período sem tratar a perda auditiva pode ocasionar em problemas cognitivos, e até mesmo complicar o dia a dia ao não ouvir um celular, uma buzina, enfim, traz transtornos para a rotina da pessoa”, diz. Hoje, os aparelhos estão muito modernos, alguns até se conectam ao celular, com diversas opções de tamanho. “Não é mais como antigamente em que os modelos geravam até um desconforto. Eles estão cada vez mais compactos, tecnológicos e eficientes”, completa Paulo Mendes Junior.

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Segundo o IBGE, 5% da população brasileira apresenta alguma deficiência auditiva
Por Redação /
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Mais 52 unidades habitacionais entregues no Guacuri, Distrito de Pedreira

Fotos: Divulgação

tregou na terça-feira, 14 de janeiro, 52 unidades habitacionais no Condomínio Violeta, parte do Conjunto Habitacional Guaicuri, no distrito de Pedreira. Durante a cerimônia, o Prefeito destacou a transformação da região: “Estamos entregando mais um condomínio em uma área que antes era de risco. Agora, as famílias têm moradias dignas, seguras e com qualidade de vida. É um sonho realizado para quem finalmente pode chamar este espaço de lar”, declarou emocionado. Em sua primeira fala como Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart reforçou o compromisso com a geração de emprego e redução das desigualdades: “A habitação transforma vidas, mas o emprego é essencial. Vamos trabalhar para capacitar os moradores e criar oportunidades, consolidando ainda mais São Paulo como a capital das oportunidades.” O Condomínio Violeta conta com apartamentos de 45m² a 49m², salão de festas, praça coberta, parquinho, vagas para motocicletas e bicicletários. No total, o bairro receberá 411 unidades habitacionais distribuídas em 11 condomínios. As atuais obras de urbanização do bairro, situadas ao

longo do empreendimento e do córrego existente na região, beneficiarão cerca de três mil famílias em uma área de alto risco.

O Prefeito Ricardo Nunes, acompanhado dos Secretários Maria Teresa Fedeli (Executiva do Programa Mananciais), Rodrigo Goulart (Desenvolvimento Econômico e Trabalho), Elisabete França (Urbanismo e Licenciamento), Sidney Cruz (Habitação) e outras autoridades, enLeia mais em: www.jornalveracidade.com.br

Até o momento, foram entregues quatro condomínios (Girassol, Lírio, Orquídea e Violeta), além de uma creche no térreo do Girassol. As obras de urbanização e os empreendimentos em andamento somam R$ 28,2 milhões em investimentos.

Prefeito Ricardo Nunes ao lado da primeira-dama Regina Carnovale e Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Goulart com população
Condomínio Violeta

Por que o sono deve estar nas suas metas de 2025: veja 3 benefícios

O início do ano é um momento propício para reavaliar hábitos e estabelecer metas voltadas ao bem-estar físico e mental, sendo a qualidade do sono uma das mais importantes. Um estudo publicado no Journal of Clinical Sleep Medicine destaca que o sono adequado é fundamental para o bom funcionamento da memória, do sistema imunológico e da saúde cardiovascular, além de contribuir para a redução do risco de doenças mentais, como depressão e ansiedade. No entanto, cerca de 45% da população global enfrenta distúrbios do sono, sendo a apneia do sono uma das condições mais prevalentes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma pesquisa da Biologix, healthtech especializada em medicina do sono, revela que aproximadamente 36,6% das mulheres e 38,2% dos homens entre 50 e 60 anos apresentam apneia leve. Essa condição, caracterizada pela interrupção da respiração durante o sono, pode levar a complicações graves, como hipertensão, AVC e doenças cardíacas, caso não seja tratada. De acordo com a pesquisadora científica da Biologix,

Sara Giampá, “pessoas com apneia do sono têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas, incluindo diabetes tipo 2”. Os sintomas mais comuns incluem roncos intensos, cansaço constante e dificuldade de concentração, o que torna o diagnóstico, muitas vezes, desafiador. Para um ano mais saudável, é essencial priorizar a qualidade do sono. A National Sleep Foundation recomenda que adultos durmam entre 7 e 9 horas por noite. A falta de sono afeta negativamente o bem-estar físico e prejudica funções cognitivas como memória, tomada de decisões e controle emocional. Especialistas sugerem adotar hábitos saudáveis, como evitar o uso de telas antes de dormir e criar um ambiente confortável, para alcançar benefícios rápidos e duradouros. Confira três benefícios de dormir bem: Melhora da saúde cardiovascular Durante o sono, o corpo realiza processos de recuperação e reparo, o que contribui para a redução do risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão, arritmias, infarto, derrame, entre outras. Aumento da capacidade cognitiva Uma boa noite de sono fortalece as conexões neurais, melhorando a memória e a aprendizagem. A falta de descanso afeta diretamente o ra-

Recomendação é de que adultos durmam entre 7 e 9 horas por noite

ciocínio lógico e a criatividade. Fortalecimento do sistema imunológico O sono de qualidade desempenha um papel vital na regulação do sistema imunológico, estimulando a produção de citocinas, proteínas que ajudam a combater infecções e inflamações.

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Por Redação /
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Férias Culturais: Prefeitura promove atividades especiais nas Casas de Cultura durante o mês de janeiro

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

As férias de verão são o momento propício para as crianças brincarem, realizarem  atividades artísticas e ganharem repertório cultural ao longo dos dias de descanso. E a cidade de São Paulo é o lugar perfeito para isso. Com espetáculos de circo, apresentações de mágica, teatro infantil, contação de histórias, intervenções artísticas, dança, performances e outras

linguagens artísticas interativas, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, promove uma programação repleta de atividades durante o mês de janeiro. O projeto Férias Culturais acontece simultaneamente em todas as Casas de Cultura e no Centro Cultural Polo Chácara do Jockey, das 10h às 17h, entre os dias 21 e 24 de janeiro. A iniciativa do Núcleo das Casas de Cultura ainda leva dinâmicas de espetáculos de contação de histórias infantis, pintura artística divertida de personagens do folclore brasileiro, pintura facial, oficina de brinquedos e brincadeiras, recreação com brincadeiras tradicionais, brinquedos infláveis e distribuição de pipocas e algodão-doce.

Bibliotecas

As férias na capital também contam com uma programação cultural das bibliotecas, o programa Biblioteca Viva conta com a intervenção artística Clóvis, o repórter em “Eeee São Paulo TV” em seis bibliotecas públicas, nos dias 21, 22, 23, 24, 28 e 31 de janeiro, às 14h. Compartilhando histórias de vida, a apresentação leva muito humor, poesia e humanidade. Dia 21 de janeiro às 14h - Biblioteca Afonso Schmidt

Dia 22 de janeiro às 14h - Biblioteca Jayme Cortez

Dia 23 de janeiro às 14h - Biblioteca Pedro Nava

Dia 24 de janeiro às 14h - Biblioteca Affonso Taunay

Dia 28 de janeiro às 14h - Biblioteca Rubens Borba Alves de Moraes

Dia 31 de janeiro às 14h - Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato

Saiba mais sobre o projeto Férias Culturais na página feriasculturais.com.br/.

Show de mágica também foi apresentado aos pequenos

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PRECISANDO DE INSTALAÇÃO OU MANUTENÇÃO?

Crianças participantes do Férias Culturais brincam com fantoches
Fotos: Divulgação

Primeiro trem da Linha 17-Ouro chega à estação Washington Luís em seu primeiro trajeto

cial, entre as estações Washington Luís e Brooklin, que deve acontecer ainda no primeiro trimestre. Tecnologia avançada

O primeiro trem da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo fez na segunda-feira (13) seu primeiro deslocamento, saindo do Pátio Água Espraiada e chegando na estação Washington Luís, na capital. A movimentação foi feita utilizando a energia das baterias do trem e cumpre uma etapa intermediária do processo de comissionamento da composição, essencial para garantir a segurança, atendimento aos protocolos técnicos e o funcionamento do sistema. No trajeto de cerca de 1.200 metros, o trem transpôs uma altura de 15 metros para alcançar as vias da estação. Durante o deslocamento, foram verificadas condições técnicas como tração, freios, engates, suspensão e potência necessária para vencer a inclinação do trajeto, além de inspeções nas condições das vias e aparelhos de mudança de via (AMVs) do pátio. Esse deslocamento do trem serviu para posicioná-lo em um local estratégico, possibilitando o início do comissionamento, com testes que incluem a primeira viagem pela futura via de operação comer-

O trem da Linha 17-Ouro é projetado para operação totalmente automatizada (sistema UTO), conectado à tecnologia CBTC, que permite intervalos menores entre trens com maior eficiência e segurança. Composto por cinco carros e 60,8 metros de comprimento, o veículo tem capacidade para transportar 616 passageiros e conta com ar-condicionado, iluminação LED, áreas acessíveis e janelas panorâmicas. Além disso, possui um sistema de baterias que permite movimentação autônoma de até 8 km, possibilitando chegar até a estação mais próxima em casos de falha no fornecimento de energia, proporcionando segurança adicional aos usuários. Próximas etapas

Em paralelo aos preparativos do primeiro trem, a segunda composição da frota deve chegar ao Pátio Água Espraiada nos próximos dias para montagem e testes. Este trem chegou ao Brasil no fim de dezembro e aguarda a liberação aduaneira para ser transportada ao Pátio Água Espraiada em São Paulo. A Linha 17-Ouro, que ligará o Aeroporto de Congo-

nhas à Estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda, com integração à Linha 5-Lilás, está em fase avançada de implantação. Com 6,7 km de extensão operacional em seu primeiro trecho, será uma conexão estratégica para a mobilidade urbana, beneficiando cerca de 100 mil passageiros por dia após sua conclusão, prevista para 2026.

Previsão é que linha seja concluída em 2026
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Temperatura global aumenta 1,6°C e segue subindo: “É como tentar parar um caminhão em alta velocidade”

O Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S) divulgou relatório em que confirma que 2024 foi o ano mais quente já registrado mundialmente e o primeiro em que a temperatura média global ultrapassou a marca de 1,5 grau Celsius (°C) acima dos níveis pré-industrialização (1850 e 1900). O número era o limite de elevação determinado no Acordo de

Paris para evitar desastres climáticos mais graves. Aproximadamente 44 % da superfície do planeta foi afetada por estresse térmico forte e extremo, a temperatura da superfície do mar chegou a 20,87°C, valor acima da média dos últimos 30 anos, além da quantidade de vapor de água na atmosfera ter subido 5%. De acordo com o documento, as mudanças induzidas pelo homem continuam a ser a principal causa das alterações climáticas, ao lado de outros fatores, como o El Niño Oscilação Sul (Enos), que contribuíram para as temperaturas incomuns observadas durante o ano, resultando no agravamento de incêndios florestais e inundações de grande porte.

“Esse relatório é muito preocupante, porque ele confirma o que já vinha acontecendo desde 2023, quando a temperatura sofreu um grande aumento; os cientistas previam aumento de 1,3°C por causa do Enos, o terceiro El Niño mais forte do registro histórico, que foi de meados de 2023 até abril de 2024, mas já em 2023 ele chegou perto de 1,5°C”, comenta para o Jornal da USP o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério

da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O C3S é coordenado pela Comissão Europeia e pelo Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), cujos cientistas têm monitorado os principais indicadores climáticos e reunido dados de temperatura diários, mensais e anuais sem precedentes ao longo do ano passado. De acordo com o relatório, 2024 foi o ano mais quente nos registros de temperatura global desde 1850. O conjunto de dados de reanálise global ERA5 do C35 indica que a temperatura média global foi de 15,10°C, 0,72°C acima da média entre 1991 e 2020, e 0,12°C acima de 2023, o ano mais quente registrado anteriormente ano registrado, o que equivale a 1,6°C acima da estimativa da temperatura de 1850 a 1900, designada como o nível pré-industrial. “A resposta às mudanças climáticas deve basear-se em evidências. O futuro está nas nossas mãos, uma ação rápida e decisiva ainda pode alterar a trajetória do nosso clima”, afirma Carlo Buontempo, diretor do C3S.

Por Júlio Bernardes para o Jornal da USP.

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Ações do homem estão impactando o clima
Foto: Catazul/ Pixabay

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