JORNAL VER A CIDADE - ANO 5 - EDIÇÃO 170 - São Paulo, 30 de novembro a 06 de dezembro de 2024

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Cidade de São Paulo registra menor

Foto:Divulgação

A L E R T A C I D A D Ã O

Violência aumenta risco de internação psiquiátrica entre jovens

Por

Crianças, adolescentes e jovens com baixa renda, vítimas de violência, têm cinco vezes mais risco de precisar de uma internação psiquiátrica, de acordo com estudo realizado pela Fiocruz Bahia em parceria com a Universidade de Harvard. Quando são analisadas apenas crianças, o risco aumenta para sete vezes. As taxas de incidência de hospitalização também apresentaram grande disparidade. Entre jovens vítimas de violência interpessoal foi de 80,1 por 100 mil pessoas ao ano, enquanto entre não vítimas foi de 11,67 a cada 100 mil. O estudo utilizou dados do Sistema de Informações Hospitalares, referentes a internações voluntárias ou não, e também do Siste -

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ma de Informação de Agravos de Notificação.

A pesquisadora associada ao Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia, Lidiane Toledo, disse que em todas as faixas etárias o registro prévio de notificação de violência foi o principal fator associado ao risco de internação psiquiátrica. “Jovens com condições socioeconômicas mais desfavoráveis também apresentaram maior risco de internação psiquiátrica”. A pesquisadora ressalta ainda que apesar da internação oferecer um suporte clínico importante em casos graves, ela está associada a riscos de autolesão, suicídio e reinternações, e também a prejuízos em outras áreas da vida, como a interrupção dos estudos. Por isso, segundo a pesquisadora, o estudo defende abordagens focadas na prevenção da violência nas escolas, nas comunidades e nas famílias, como programas que ensinem habilidades parentais positivas e responsáveis, e habilidades sociais que ajudem as crianças e adolescentes a lidar com a raiva, resolver conflitos e enfrentar desafios. Com informações de Agência Brasil.

A vez das soft skills: habilidades comportamentais são as mais valorizadas pelo mercado

Imaginem a seguinte situação: um diretor de uma empresa do setor de bebidas compartilha com o time de recursos humanos, qual é a característica que ele mais valoriza em um talento na hora de contratar. Inúmeras coisas podem ter passado agora pela sua cabeça. Mas, dificilmente você apostaria de primeira nessa aqui: “good vibes”. Agora, lhe convido a imaginar uma outra cena: uma diretora de social media de uma multinacional do setor de alimentos está buscando uma pessoa redatora. Ela ficou em dúvida sobre uma profissional em especial. Parecia ser a pessoa tecnicamente mais qualificada, mas ela não ligou a câmera durante a entrevista. A pessoa em questão acabou sendo contratada, mas o fato de não ter aparecido em vídeo provocou essa dúvida na contratante. Esses dois exemplos nos remetem a um tema que tem ganhado os holofotes no mundo corporativo: a valorização das soft skills, ou habilidades comportamentais. Essa ênfase não é um fenômeno isolado, mas sim um reflexo das mudanças no mundo do trabalho e na forma como as pessoas se relacionam profissionalmente. As habilidades comportamentais são consideradas prioritárias. Nove em cada dez profissionais são contratados pelo currículo (hard skills) e demitidos pelos comportamentos (soft skills). O dado está na pesquisa “Aprendizagem Corporativa para Construção de Futuros”, realizada pela ODDDA (O Dia Depois De

Amanhã), em parceria com a Fundação Dom Cabral, com profissionais gestores de RH de empresas. Segundo os resultados apurados neste levantamento, entre as características mais valorizadas para o profissional do futuro, estão: capacidade de trabalhar em equipe; adaptabilidade; orientação para resultados; domínio para tecnologias existentes; relacionamento pessoal. Note que das cinco características apontadas, quatro são comportamentais. A mesma pesquisa apontou, ainda, que 70% da demanda por qualificação se concentra em soft skills. É necessário fazermos uma avaliação interna honesta e priorizar aquelas habilidades que precisamos desenvolver com mais afinco para os nossos objetivos pessoais e profissionais. Uma forma efetiva de saber o que priorizar é pedindo feedback para os nossos pares, amigos, mentores ou familiares. Afinal, nós nem sempre somos as melhores pessoas para identificar em que precisamos melhorar do ponto de vista comportamental. Mas, um alerta: é preciso estar disposto a ouvir.

KARINA REHAVIA

é fundadora e CEO da Ollo e da Social Talent, empreendedora e líder empresarial, com mais de 20 anos de carreira.

Por Karina Rehavia
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Jovens de baixa renda apresentam maior risco de internação

Dezembro Vermelho: SP recebe mutirão para testes gratuitos de tuberculose em pessoas vivendo com HIV

Por conta da chamada coinfecção, a tuberculose é a principal causa de morte de pessoas vivendo com HIV, segundo dados do Ministério da Saúde. Com o intuito de conscientizar e ampliar os índices de testagem para o rastreio da tuberculose latente, quando a doença não apresenta sintomas, no próximo dia 2 de dezembro, acontece um mutirão para a realização de testes gratuitos, entre pessoas HIV positivas, em São Paulo (SP). A ação será realizada no Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, das 8h às 16h. Como parte das iniciativas do “Dia Mundial de Luta Contra a AIDS”, celebrado em 1º de dezembro, a campanha, intitulada “Eu (re) testo, eu me cuido” disponibilizará o teste IGRA (Teste de Liberação Interferon Gamma, em português), indicado para o rastreio específico da tuberculose assintomática. A tecnologia está entre os exames recomendados pela OMS para detectar a doença em sua fase latente, devido à precisão e agilidade nos resultados. Para a realização do exame, o sangue do paciente é coletado e levado para análises laboratoriais que podem levar cerca de 24h para dar o resultado, com alto potencial de precisão. A partir de um resultado positivo

para a tuberculose latente, a pessoa já deve ser direcionada para o início imediato do tratamento, atualmente, também oferecido pelo Sistema Único de Saúde. Trazido ao Brasil pela QIAGEN, o teste está disponível no SUS e na rede privada, em mais de 59 laboratórios em todo o país. O exame realizado pelo SUS pode ser feito em todas as unidades federativas do país. Existem quatro maneiras de marcar exames pelo Sistema Único de Saúde: pela internet, através do aplicativo Conecte SUS, por telefone ou presencialmente em uma unidade de saúde. “Pessoas soropositivas têm quase 30 vezes mais chances de contrair a tuberculose, doença responsável por aproximadamente um terço dos óbitos relacionados à AIDS no mundo. No Brasil, o índice de coinfecção de tuberculose e HIV é em torno de 10%, de acordo com o Ministério da Saúde. Por isso, a OMS passou a recomendar a busca sistemática dos casos de tuberculose, mesmo que a doença esteja inativa, pois é uma das maneiras mais efetivas de conter essa transmissão e erradicar suas ocorrências”, afirma Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN. Serviço Mutirão de combate a coinfecção TB-HIV – Campanha eu (re) testo, eu me cuido

Data: 2 de dezembro

Horário: 8 às 16h

Inscrição: https://bit.ly/teste-igra

Obs.: Precisa levar um documento no local (CPF, RG ou CNH) e fazer inscrição no site

Local: Centro de Referência e Treinamento DST/ AIDS-SP – Rua Santa Cruz, 81 – Vila Mariana

Campanha “Eu (re) testo, eu me cuido” disponibilizará o teste para rastreio específico da tuberculose assintomática Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
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Cidade de São Paulo registra menor taxa de desemprego desde 2012

A cidade de São Paulo registrou no 3º trimestre de 2024 a menor taxa de desemprego desde 2012, com 5,8%, quando começou a série histórica do IBGE por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que coleta informações sobre o mercado de trabalho brasileiro. No Brasil, o percentual é de 6,4% e no Estado, 6% no mesmo período. O terceiro trimestre registrou 6,87 milhões de pessoas ocupadas no munícipio. Os dados apontam queda de 15,89% no desemprego em relação ao trimestre anterior e redução de 22,75% no desemprego em relação ao mesmo período de 2023. A renda média mensal real do trabalhador foi de R$ 5.239 no 3º trimestre no município de São Paulo, apresentando um aumento de 5,52% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao Estado de São Paulo, os trabalhadores do município de São Paulo ganham 35,62%

a mais de salário em média. Já em relação ao Brasil, esse percentual sobe para 67,3%. Além disso, a cidade de São Paulo é o terceiro município com a renda mensal mais alta do Brasil, ficando apenas atrás de Florianópolis e Vitória. Os dados refletem os esforços da Prefeitura de São Paulo para a geração de emprego e renda e qualificação da mão de obra. Por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Eco -

nômico e Trabalho (SMDET), somente neste ano, foram disponibilizadas 43.123 vagas de trabalho pelo Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate). O número mais que dobrou em relação a 2023. Além do atendimento diário na rede 40 postos, o Cate realiza periodicamente mutirões de emprego a fim de aproximar os trabalhadores das empresas, agilizando a contratação de novos profissionais. O próximo Contata SP ocorre no dia 28 de novembro, com vagas exclusivas para pessoas com deficiência no Cate Central. Para ampliar as chances de recolocação, o Cate possui um portal para buscas de emprego on-line. Atualmente, mais de 1.500 vagas de emprego estão abertas. Além disso, o cidadão conta com mais de 300 cursos de qualificação profissional gratuitos, com direito a certificados.

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Cate realiza mutirões de emprego a fim de aproximar os trabalhadores das empresas

Antes tarde do que nunca: diagnóstico de TEA na fase adulta pode redefinir qualidade de vida

Após o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos filhos, é comum que os pais recebam a orientação de realizar testes neuropsicológicos para uma compreensão mais aprofundada. Foi dessa forma que a enfermeira Érika Pavoleti descobriu, aos 41 anos, também fazer parte do espectro. Motivada pelo diagnóstico de seu filho ainda na infância, Érika realizou uma série de testes ao perceber que características observadas em seu filho refletiam aspectos de sua própria vivência. Ao longo da vida, muitas pessoas experimentam a sensação de desconexão social ao não conseguir se comunicar como os outros e dificuldades para se adaptar ao mundo ao seu redor. Embora, muitas vezes, sejam atribuídas à introversão ou a traços de personalidade, essas características podem estar relacionadas a um transtorno, como o Transtorno do Espectro Autista. “O autismo de nível 1 tende a passar despercebido na infância porque os sintomas são sutis. Muitas pessoas só recebem o diagnóstico na fase adulta, ao buscar ajuda médica por outras razões, como ansie-

dade, insônia ou dificuldades de socialização”, explica André Pires, psiquiatra e diretor do Censa-Betim, instituição referência no atendimento a adultos autistas. Nos níveis de autismo, que variam de 1 a 3, o nível 1 se caracteriza por sinais menos evidentes e geralmente sem deficiência intelectual, o que permite que a pessoa desenvolva certo grau de autonomia e possa mascarar suas particularidades. No Brasil, segundo dados do IBGE, cerca de 2 milhões de pessoas estão no espectro autista. Muitos dos acometidos passaram grande parte da vida sem diagnóstico, sobretudo ao apresentarem características mais leves do transtorno que são facilmente confundidas com apenas “personalidade forte”. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam 70 milhões de autistas. O diagnóstico de TEA em adultos, mesmo quando tardio, pode ser transformador por trazer uma compreensão mais profunda de dificuldades e características e estimular uma nova perspectiva de lidar com o mundo ao redor. “Compreender a própria condição pode ajudar na busca por terapias focadas e apoio adequado. Com isso, o adulto autista pode se adaptar melhor e evoluir dentro das suas possibilidades”, afirma o Dr. André Pires, que há anos atua no acolhimento e no desenvolvimento de pessoas com TEA.

Diagnóstico pode ajudar a entender melhor a própria condição

O diagnóstico tardio de TEA trouxe para Érika um misto de alívio e compreensão. A rigidez em suas interações, a dificuldade de manter contato visual e a interpretação literal das palavras, características comuns em pessoas no espectro autista, muitas vezes a levaram a ser incompreendida.

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Brasil é o sexto país a alcançar 50 GW de energia solar

O Brasil acaba de superar a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de energia solar. O país tornou-se o sexto a alcançar esse nível, juntando-se aos Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em relação ao tamanho dos sistemas de geração, a produção de energia solar própria por meio de pequenos e médios sistemas lidera com 33,5 GW de potência instalada. As grandes usinas solares representam 16,5 GW. De janeiro a outubro, foram instaladas 119 usinas solares no país, que adicionaram 4,54 GW de potência elétrica fiscalizada no Brasil. Os dados são do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por representar a potência efetivamente instalada, a potência fiscalizada é um pouco menor que a potência outorgada pela agência reguladora. Segundo a Absolar, a fonte solar representa 20,7%

O país tornou-se o sexto a alcançar esse nível

da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, estando em segundo lugar entre os sistemas disponíveis e só perdendo para a energia hidrelétrica. Essa divisão considera a potência operacional instalada, não o consumo no sistema elétrico. De acordo com o Sistema de Informações de Geração da Aneel, a energia solar representa 7,94% da potência elétrica fiscalizada no país. No entanto, esse percentual considera apenas

os 16,5 GW produzidos pelas usinas solares. Desde 2012, informou a Absolar, a energia solar gerou investimentos de R$ 229,7 bilhões no Brasil e resultou na arrecadação de R$ 71 bilhões aos cofres públicos. Essa fonte de energia evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de gás carbônico no país. A entidade, no entanto, critica a elevação de 9,6% para 25% do Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares. A medida foi aprovada há duas semanas pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex). Para a Absolar, a taxação desestimula os investimentos e compromete o ritmo de crescimento da fonte limpa de energia num momento de transição energética. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) justificou a medida como necessária para fortalecer a indústria local e gerar empregos no Brasil. Com informações de Agência Brasil.

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App SP Mulher Segura teve quase 5 mil downloads e mais de 400 BOs em sete meses de funcionamento

O aplicativo SP Mulher Segura, plataforma que facilita o acesso de vítimas de violência doméstica aos serviços de proteção do Estado, completou sete meses de lançamento com mais de 4,5 mil downloads. A ferramenta da Secretaria da Segurança Pública está disponível para iOS e Android e reúne funcionalidades como o registro de ocorrências e o acionamento da Polícia Militar. O app faz parte do programa SP Mulher, da Secretaria de Segurança Pública, e reforça as ações do “SP por Todas: 21 dias por elas”, campanha que dá visibilidade ao movimento “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, com alcance internacional e envolvimento tanto do poder público quanto da sociedade civil. “O aplicativo SP Mulher Segura é mais uma ferramenta essencial no combate à violência contra a mulher, oferecendo um suporte rápido e seguro às vítimas. Com a implementação desse sistema, estamos garantindo que as mulheres em situação de

risco tenham acesso imediato à proteção do Estado, em qualquer lugar e a qualquer hora”, afirma a secretária de Políticas para a Mulher, Valéria Bolsonaro. Para ter acesso ao aplicativo, é preciso realizar o download e cadastro, informando dados pessoais, e em seguida, ler e aceitar um termo de ciência. Dentro do programa, ela terá quatro funcionalidades: o acesso ao botão do pânico, iniciar um atendimento; georreferenciamento para visualizar batalhões e delegacias da Polícia Militar (PM) próximos; e abrir um boletim de ocorrência virtual. A plataforma também permite que a mulher faça o boletim de ocorrência virtual, sem a necessidade de ir até uma delegacia física. Assim que o serviço é ativado, o pedido é encaminhado automaticamente para a Delegacia da Defesa da Mulher, que valida o boletim e fornece as informações necessárias à vítima. O aplicativo também cruza os dados da localização da vítima e do agressor por meio do georreferenciamento da tornozeleira eletrônica. Se identificada aproximação, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) é acionado e uma viatura é despachada para o local. Nestes casos, a PM faz contatos tanto para alertar

a vítima como para avisar o agressor da necessidade de se afastar imediatamente do local monitorado. Assim, a mulher fica protegida não só em casa ou na área determinada pela Justiça, mas também durante deslocamentos.

Ferramenta do Governo de SP facilita registro de ocorrências de violência doméstica Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
Foto: Governo de SP

Retirada de lixo flutuante do Rio Pinheiros cresce 28% em outubro

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo registrou em outubro aumento de 28% na retirada de lixo flutuante do Rio Pinheiros em comparação ao mesmo período do ano passado. Somente em outubro de 2024, foram coletadas 3.785,99 toneladas de lixo, contra 2.948,85 toneladas no mesmo mês de 2023.

A retirada dos resíduos é realizada diariamente por meio de um barco que navega ao longo dos 25 quilômetros de extensão do Pinheiros. Após a coleta, os detritos são levados para um local chamado “área de rebaixo” (onde são depositados para secar) e, depois, colocados em caçambas e encaminhados para aterro sanitário. O Rio Pinheiros é dividido em dois canais: superior (15 km) e inferior (10 km). O primeiro começa na Usina de Pedreira, perto da represa Billings, e segue até a Usina São Paulo (antiga Usina de Traição), localizada ao lado da estação Vila Olímpia de trem e no encontro da Avenida dos Bandeirantes com a Marginal Pinheiros. Já o canal inferior se estende da Usina São Paulo até o encontro com o Rio Tietê, na Estrutura de Retiro (próximo ao acesso para a Rodovia Castello Branco). As remoções acontecem nos canais com o auxílio de sete barcos. Toda essa poluição difusa (que pode vir de diferentes lugares) chega ao rio por meio das chuvas, que acabam arrastando a sujeira jogada nas ruas até a bacia do Pinheiros, ou por

ação humana com o lançamento do lixo direto no rio. Jaguaré, Itaim Bibi, Morumbi, Guarapiranga, Vila Olímpia, Panamby e Capão Redondo são alguns dos bairros próximos ao afluente de onde podem vir os detritos. “É imprescindível reforçar a importância da colaboração da sociedade para a ação de despoluição do rio Pinheiros. Medidas simples como a realização do descarte adequado do lixo são essenciais à manutenção da limpeza do rio. A retirada do lixo flutuante traz impactos positivos para toda a comunidade e a fauna e a flora do rio e seu entorno”, afirmou Camila Viana, subsecretária de Saneamento e Recursos Hídricos da pasta. Entre os detritos campões de retiradas estão garrafas pet, isopor (marmitas, por exemplo) e brinquedos (como bolas e bonecas). Objetos com volume maior também são vistos com frequência, como sofás e colchões. Entre as coletas inusitadas estão mochilas, capacetes e bicicletas.

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Lixo chega ao rio por meio das chuvas, ou por ação humana como o lançamento do lixo direto no rio
Foto: Divulgação/Governo do Estado

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