Revista Balanço 2011 - 2014

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Av. Borges de Medeiros, 1501 - 7ยบ andar Porto Alegre/RS - Telefone: (51) 3288.7400 www.scit.rs.gov.br


EXPEDIENTE Estado do Rio Grande do Sul Governador Tarso Genro

Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Secretário de Estado: Cleber Cristiano Prodanov Secretária Adjunta: Ghissia Hauser Diretor Técnico: Luciano Andreatta Carvalho da Costa Diretor Administrativo-Financeiro: Gilmar Valadares Chefe de Gabinete: Daiana de Leonço

Programa de Apoio aos Polos Tecnológicos Coordenadora Executiva: Suzana Arigony Sperry Coordenadora Técnica: Juliana Ramos Hudson Equipe Técnica: Carla Danielle Pereira de Andrade Christian Caminha Almeida Fábio Maciel Fernandes Caroline Dias Flores Matheus Sena Poppl Sidney Rocha da Silva

Programa RS Tecnópole Gerente Executiva: Renata Dellaméa Coordenadora PGTEC: Manuela Bruxel Equipe Técnica: Marie Jolie Andrianjafy Jairo Patias

Rede Petro/RS

Pensar em todas as ações e tarefas que foram realizadas durante um período de tempo tem um sabor muito especial, porque podemos reviver os processos e os resultados que obtivemos ao longo de quatro anos. A criação de um documento que faça o balanço das atividades da Secretaria é muito importante não apenas para nossa gestão, mas para toda comunidade científica, tecnológica e inovativa do RS.

Coordenadora: Suzana Arigony Sperry

Rederiosul Coordenador: Alberto Rossi

Pró-Inovação Coordenador: Cátia Bomfim

Rede de Saúde Humana, Animal e Ecossistemas Coordenadora: Ghíssia Hauser

Indústria Criativa Coordenador: Alberto Rossi

Les Doctoriales Coordenadora: Ghíssia Hauser

RS Incubadoras Coordenador: Manuela Bruxel

Pacto Gaúcho pela Educação Coordenadora: Maria Inês Zulke Equipe: Erick Lopes Carla Ribeiro Marcelo Begrini Luciano de Barros

Fapergs Diretora-presidente: Nádya Silveira

Cientec Diretor-presidente: Luiz Antonio Antoniazzi

Uergs Reitora: Arisa Araujo da Luz Jornalista responsável: Guérula Viero Equipe: Gonçalo Valduga (Fapergs) Leandro Cougo

Ao longo desses quatro anos, a experiência e a articulação adquiridas com a gestão pública trouxeram uma proximidade cada vez maior como os diversos atores que fazem a ciência e tecnologia no Estado. As Universidades, os Institutos de Pesquisa, as empresas, os pesquisadores, todas as organizações estaduais e federais que colaboram conosco, são responsáveis pelos resultados que obtivemos. Foi um período bastante complexo e, ao mesmo tempo, dinâmico, onde, além de criar inovadoras políticas públicas para o setor de C,T&I, a Secretaria teve a oportunidade de ampliar os horizontes e recolocar o RS em um protagonismo nacional. A ação, o trabalho coordenado nas redes - que se estabeleceram com as universidades, a descentralização dos recursos, a maior abrangência territorial, a criação de projetos extremamente inovadores como os Parques Tecnológicos, a ampliação dos recursos dos Polos Tecnológicos, a Indústria Criativa, Rederiosul de Pesquisa e tantos outros programas criaram no Estado o ambiente extremamente favorável às mudanças e ao avanço da inovação. Neste final de 2014, podemos olhar para trás e ver que um grande caminho foi realizado pela Scit. Precisamos, agora, ampliar os investimentos, continuar com as políticas muito firmes e, acima de tudo, preservar as parcerias. Esse documento é apenas uma pequena amostra do que realizamos, mas muito significativo para toda a sociedade gaúcha. Dr. Cleber Prodanov Secretário da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico

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Entretanto, superados os principais gargalos e retirados os maiores obstáculos, um novo horizonte nos aguarda. Hoje temos condições de avançar e reassumir o protagonismo na área de C&T no país e exercer liderança nacional em alguns indicadores, colocando de vez o Rio Grande do Sul entre aqueles mais inovadores e pioneiros em políticas de desenvolvimento, que utilizam as ferramentas de ciência, tecnologia e inovação como instrumento de transformação da sociedade.

anos de existência e com liderança tecnológica, e a Uergs, importante componente de aplicação de políticas locais de desenvolvimento e articulação com a sociedade. Diante desse quadro, era importante criar condições para que, em quatro momentos distintos na atual gestão de C&T no Estado, pudéssemos modificar a realidade encontrada em janeiro de 2011. Inicialmente, estancou-se a degradação programada que a área estava sofrendo. Em um segundo momento, foram traçadas metas para recuperar a operacionalidade e captar recursos internos e externos a fim de reestruturar e alavancar o conjunto de operações e, finalmente, a construção de uma política pública democrática, sustentável e protagonista. Cabe destacar aqui o decisivo e fundamental apoio do Governo do Estado na cooperação com o BNDES, o BID e a Capes nesse resgate da capacidade de investimentos.

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C, T&I Expansão e consolidação da liderança brasileira na economia do conhecimento natural

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como eixos estruturantes do desenvolvimento sustentável

Redução da defasagem científicotecnológica

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Superação da pobreza e redução das desigualdades sociais

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A mesma situação foi enfrentada pela Uergs e pela Cientec, que, com recursos irrisórios, mal conseguiam sobreviver e, mesmo assim, viviam as ameaças de sucateamento e fechamento, destruindo um patrimônio conquistado pela sociedade gaúcha: a Cientec, com 50

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Talvez a mais cruel e visível ação de

abandono da área seja o sucateamento e o continuado arrocho sofrido pela Fapergs. Historicamente a segunda FAP do Brasil em termos de criação, foi sucumbindo e, nos últimos governos, chegou a figurar como penúltima no país em investimentos. Além disso, a sistemática política de abandono precarizou os recursos humanos e a estrutura física da Fapergs.

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Ao longo dos últimos governos estaduais, o Rio Grande do Sul veio gradativamente perdendo espaço e protagonismo em termos de políticas públicas e investimentos em Ciência e Tecnologia. Mesmo com toda a expansão do sistema federal de ensino superior, seja com a criação de novas Universidades no Estado e a multiplicação dos IFES, ou da expressiva expansão das universidades comunitárias e sua qualificação acadêmica, o RS continuou a ser precarizado, mesmo com a crescente injeção de verbas tanto através do MEC, quanto da Finep e do MCTI.

A atuação da Scit caracterizase hoje pelo apoio a programas que convergem para a questão do desenvolvimento regional e a transferência de tecnologia.

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Esse movimento é importante para que possamos projetar um Estado que não pense apenas em recuperar o atraso, mas seja capaz de ter ações efetivas, que nos possibilite multiplicar o conhecimento e a inovação, diversificar e qualificar a matriz produtiva local, transformar regiões e desenvolver o RS.

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Parque tecnológico da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Tecnosinos)

PROGRAMA RS TECNÓPOLE Parque Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc)

Para dar início à mudança proposta por esta gestão, o primeiro passo foi consolidar o Programa RS Tecnópole, um “guarda-chuva” que abriga os principais projetos da Secretaria: Programa Gaúcho de Parques Científicos e Tecnológicos (PGTEC), o Programa de Apoio aos Polos Tecnológicos, Incubadoras, Indústria Criativa, Rederiosul, Pró-Inovação e Rede Petro-RS. Estruturada com enfoque no trabalho colaborativo, o RS Tecnópole permite a troca de experiências, conhecimentos e boas práticas entre os gestores, de modo a estimular o Rio Grande do Sul por meio da inovação, do desenvolvimento científico e tecnológico.

PGTEC O PGTEC procura fomentar a criação de uma rede de Parques Tecnológicos e incubadoras no território gaúcho, rompendo o isolamento do interior do Estado e criando ambientes qualificados de inovação entre as universidades, empresas e a comunidade. Essa rede colabora na criação de empresas locais e na atração de investimentos externos ao Estado, gerando empregos altamente qualificados e renda que modificam a situação das diversas comunidades onde se instalam. Aproveita-se assim a grande rede de Universidades aqui instaladas, somando-se com os potenciais econômicos para promover um desenvolvimento qualificado e sustentável. Até 2010, o apenas três Tecnológicos ciados no

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Estado contava com Parques Científicos e consolidados credenPGTEC (Tecnosinos,

Tecnopuc e Valetec), carecendo de mais centros de articulação de empreendedorismo em todo o território gaúcho. A partir daí, o Rio Grande do Sul tornou-se o único Estado da federação a constituir um programa de parques e incubadoras e hoje 12 parques credenciados em diferentes regiões, dos quais seis estão consolidados e promovem a geração de empregos qualificados pela troca de tecnologia e atração de investimentos. Atualmente, há 379 empresas instaladas, que geram 18.219 empregos. Somente na atual gestão, quatro parques foram inaugurados e estão em funcionamento: o UPF Parque, Tecnounisc, Tecnovates e Santa Maria Tecnoparque. O Pampatec, TecnoUCS - Bom Princípio, Oceantec, UFRGS e URI Santo Ângelo estão em fase final de implantação. Durante o período de 2011/2014, foram apoiados 27 projetos contabilizando, aproximadamente, R$ 42,8 milhões investidos em infraestrutura nos Parques Gaúchos, do total de R$ 52,6 milhões disponibilizados. Os investimentos no Programa PGTEC são uma alavanca para o desenvolvimento econômico e social do Estado, uma vez que incentivam a atuação em conjunto entre o poder público, universidades e setor produtivo em uma tríplice-hélice, induzindo a cultura da inovação, competitividade empresarial e capacitação tecnológica, incrementando a produção de riqueza e bem-estar social, tornando o Rio Grande do Sul o único estado a constituir uma Rede Estadual de Parques Tecnológicos.

PARQUES CONSOLIDADOS Parque Tecnológico de São Leopoldo – TECNOSINOS Área de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação; Automação e Engenharias; Comunicação e Convergência Digital; Semicondutores; Alimentos Funcionais e Nutracêutica; Tecnologias Socioambientais e Energia Apoio: Obra e equipamentos Valor total: R$ 16.566.234,24 Empresas instaladas: 75 Empregos gerados: 5.200 Parque Científico e Tecnológico da PUC/RS - TECNOPUC Área de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação, Eletrônica, Energia e Meio Ambiente, Ciências Biológicas, da Saúde e Biotecnologia, Indústria Criativa Apoio: Obra e equipamento Valor total: R$ 7.511.400,44 Empresas instaladas: 124 Empregos gerados: 6.037

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Parque Científico e Tecnológico do Planalto Médio – UPF – PARQUE Área de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação/ Software, Alimentos, Metalmecânica, Biotecnologia, Energia (Biocombustíveis), Saúde Apoio: Obra e equipamento Valor total: R$ 6.860.761,78 Empresas instaladas: 5 Empregos gerados: 70 empregos gerados. Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari – TECNOVATES Área de atuação: Alimentos e Meio Ambiente Apoio: Obra e equipamento Valor total: R$ 5.646.588,94 Empresas instaladas: 27 Empregos gerados: 300 - Será instalada uma empresa âncora.

12 parques 07 consolidados: 04 somente nesta gestão • 05 parques a consolidar •

A Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico disponibilizou, ao longo dos quatro anos, mais de R$ 52 milhões em recursos para o PGTEC.

79 empresas instaladas 18.219 empregos diretos 27 projetos apoiados desde 2011 R$ 52,6 milhões disponibilizados na gestão Tarso Genro 7


Parque Tecnológico do Vale do Sinos – VALETEC Área de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação; Automação; Tecnologia de Materiais; Design; Telecomunicações, Tecnologia em Qualidade Ambiental; Energia; Medicamentos e Cosméticos Apoio: Obra e equipamentos Valor total: R$ 4.510.342,78 Empresas instaladas: 90 Empregos gerados: 5430 Santa Maria Tecnoparque Área de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação; Eletroeletrônico; Nanotecnologias; Fármacos e Biotecnologia; Área da Defesa; Petróleo, Gás e Energia Apoio: Equipamento Valor total: R$ 2.921.996,24 Empresas instaladas: 27 Empregos gerados: 790 Parque Tecnológico do Vale dos Sinos (Valetec)

Parque Científico e Tecnológico Regional – TECNOUNISC Área de atuação: Oleoquímica e Biotecnologia; Tecnologia Ambiental; Tecnologia da Informação e Comunicação Apoio: Obra e equipamento Valor total: R$ 4.048.282,23 Empresas instaladas: 08 Empregos gerados: 322

PARQUES EM FASE DE CONSOLIDAÇÃO Parque Científico e Tecnológico da UCS – TECNOUCS Vale do Caí Área de atuação: Cerâmica, Fruticultura, Floricultura e Biotecnologia Apoio: Obras e equipamentos (em andamento) Valor total: R$ 2.912.622,19 Empresas instaladas: Empregos gerados: -

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Foram injetados mais de R$ 5,6 milhões em investimentos no Parque Científico e Tecnológico (Tecnovates).

Parque Científico e Tecnológico da UFRGS Área de atuação: Saúde e Biotecnologia; Nanotecnologia e Materiais; Engenharia Mecânica e Metalurgica; Energia, Óleo e Gás; Semicondutores; Tecnologia da Informação e Software; Automação e Comunicação Apoio: Equipamento Valor total: R$ 2.405.070,00 Empresas instaladas: 19 Empregos gerados: 60 Parque Científico e Tecnológico URI Missões – URI SANTO ÂNGELO Área de atuação: Tecnologia da Informação; Comunicação e Convergência Digital; Inovação e Tecnologia nas Engenharias; Automação e Tecnologias Socioambientais; Tecnologia e Inovação na Agroindústria e

Agropecuária; Alimentos; Inovação Farmacêutica e Nutracêutica Apoio: Obra e equipamentos (em andamento) Valor total: R$ 1.574.070,51 Empresas instaladas: Empregos gerados: -

Parque Científico e Tecnológico do Pampa – PAMPATEC Área de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação/ Software; Engenharias: Agronomia; Energia Renovável; Alimentos; Química; Floresta. Apoio: Obra Valor total: R$ 1.255.229,47 Empresas instaladas: previsão 04 Empregos gerados: previsão 10

Parque Científico e Tecnológico do Mar – OCEANTEC Área de atuação: Logística, Naval e Offshore; Obras Costeiras e Portuárias; Biotecnologia e Energia Apoio: Obra e equipamento (em andamento) Valor total: R$ 9.910.685,03 Empresas instaladas: Empregos gerados: -

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Foto: Amanda Fialho – Ascom PUCRS

RS INCUBADORAS As incubadoras de base tecnológica são responsáveis por fazer a conexão entre pesquisa científica, transferência de tecnologia e desenvolvimento de novos produtos. Para dar suporte a essa atividade no Estado, foi criado em 2012 o programa RS Tecnópole de Apoio às Incubadoras de Base Tecnológica e de Indústria Criativa. Responsáveis por acompanhar projetos desde a sua concepção, as incubadoras dão apoio a novas ideias e negócios. Elas abrem novos mercados no Rio Grande do Sul, estimulando a economia das regiões onde estão inseridas. A consolidação das incubadoras contribui para a atração de investimentos em atividades com foco no conhecimento e inovação tecnológica, relacionados a diversos setores. E, para isso, novas

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incubadoras podem se inscrever a qualquer momento para captar recursos do programa, já que há editais para a liberação de verbas a cada ano, com número crescente de projetos disputando a seleção. Atualmente existem 19 incubadoras de base tecnológica espalhadas em diferentes regiões gaúchas, que passaram a integrar o sistema de ciência, tecnologia e inovação do Estado. Novos projetos devem ampliar ainda mais a presença de incubadoras no Rio Grande do Sul. Essas iniciativas estão vinculadas a instituições de ensino, responsáveis por desenvolver os projetos. Com a criação dos Centros de Inovação e Tecnologia, os municípios também poderão promover a criação de incubadoras.

19 incubadoras credenciadas 12 municípios envolvidos 14 projetos apoiados desde 2012 R$ 13,2 milhões investidos na gestão Tarso Genro

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PROGRAMA DE APOIO AOS POLOS TECNOLÓGICOS O Programa de Apoio aos Polos Tecnológicos é uma das mais audaciosas e bem-sucedidas experiências de políticas públicas para transferência de tecnologia das universidades para a sociedade. Constituído desde 1989, tem sido uma poderosa ferramenta de desenvolvimento local e regional, impactando especialmente no investimento em Ciência e Tecnologia nas mais diversas regiões do Rio Grande do Sul. Embora com mais de 25 anos de criação, esteve muito prejudicado pela desarticulação dos Polos, pela falta de implementação em novas áreas do Estado, principalmente as mais deprimidas economicamente, ou seja, aquelas que mais precisam de ferramentas de C&T para superar as dificuldades e se desenvolver. Somada a tudo isso, a falta de aplicação de verbas praticamente paralisou os Polos, que ficaram desprovidos de políticas e de recursos de fomento. A média dos últimos anos do governo anterior indicava menos de R$ 3 milhões ao ano para todo o sistema. Além de Polos inativos, existia uma falta de

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26 polos 24 regiões 456 municípios 108 projetos apoiados desde 2011

Entre 2011 e 2014, a Scit disponibilizou R$ 71 milhões em recursos, destes R$ 51,4 milhões foram acessados por mais de 108 projetos.

em geral. Por isso, a ampliação dos investimentos no programa, bem como a criação de novos Polos, tem tido alta relevância nas políticas de CT&I, além de se tornar uma das prioridades nas votações de Participação Popular e Cidadã (PPC) para o desenvolvimento das regiões. A partir do esforço coletivo e da vontade da sociedade, o Estado passou a investir cada vez mais na criação, ampliação e reativação de polos tecnológicos. Em 25 anos, o programa tornou-se um poderoso instrumento de transferência da

inovação à comunidade. Entre 2011 e 2014, a Scit disponibilizou R$ 71 milhões em recursos, destes R$ 54,4 milhões foram acessados por mais de 108 projetos. O Rio Grande do Sul também passou a contar com quatro novos polos: Alto da Serra do Botucaraí, Vale do Jaguari e Rio da Várzea. Outros dois polos foram reativados durante este Governo: Campanha e Fronteira Oeste. E novos polos estão em tratativas para serem implementados, ampliando o desenvolvimento a todo o Rio Grande do Sul, entre eles, o Polo Metropolitano Delta do Jacuí.

credibilidade no sistema e áreas importantes do Estado descobertas pelo Programa. Nesses últimos anos, a aplicação do conceito de inovação ao Programa levou a uma construção mais dinâmica e integrada entre o Governo Estadual, Universidades/ICT’s, prefeituras, associações, empresas e cooperativas, que desenvolvem condições para inovar produtos, modernizar processos e serviços. Uma das grandes prioridades dos Polos hoje é, além de transferir tecnologia, produzir conhecimento, gerar riqueza, renda e fixar o desenvolvimento regionalmente, sempre respeitando as vocações locais, mas projetando também as novas oportunidades de desenvolvimento. Esse processo ocorre através da pesquisa universitária, que passa a ter um caráter prático e aplicado. A sociedade tem experimentado o crescimento do estímulo à ciência, inovação e tecnologia. Os gaúchos reconheceram o caráter indispensável da integração de universidades e centros de pesquisa com o setor produtivo e a comunidade

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2013: 3 polos novos 1. Alto da Serra do Batucaraí 2. Vale do Jaguari 3. Rio da Várzea 2013: 2 polos reativados 4. Campanha 5. Fronteira Oeste

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UNIDADES EXECUTORAS 1

Polo Alto Jacuí

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Alto Jacuí Unidade Executora: Unicruz – Universidade de Cruz Alta

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Polo Campanha

Região: Norte Unidade Executora: URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus Erechim)

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Região: Campanha Unidades Executoras: Urcamp – Universidade da Região da Campanha; Unipampa – Universidade Federal do Pampa; IFSUL – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-grandense

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Polo Região Centro

Polo Campos de Cima da Serra Região: Campos de Cima da Serra Unidades Executoras: UCS – Universidade de Caxias do Sul (Campus Vacaria); Uergs – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul; Fepagro – Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária

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Polo da Região Fronteira Noroeste Região: Fronteira Noroeste Unidade Executora: Unijuí – Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS

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LEGENDA:

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Tecnologia da Informação, Automação, Eletroeletrônica e Mecatrônica

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Desenvolvimento e Modernização Industrial

Metalmecânico

Polo da Região Noroeste Colonial

Saúde

Região: Noroeste Colonial Unidade Executora: Unijuí – Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS

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Polo Litoral Sul – Setor Pesqueiro Região: Sul Unidade Executora: Furg – Universidade Federal de Rio Grande

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Polo de Alimentos da Região Sul Região: Sul Unidade Executora: UFPel – Universidade Federal de Pelotas

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Polo Industrial da Região Sul Região: Sul Unidade Executora: UCPel – Universidade Católica de Pelotas

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Polo do Vale do Taquari Região: Vale do Taquari Unidades Executoras: Centro Universitário Univates; UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Cientec – Fundação de Ciência e Tecnologia

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Polo do Vale do Rio Pardo Região: Vale do Rio Pardo Unidade Executora: Unisc – Universidade de Santa Cruz do Sul

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Polo do Vale do Rio dos Sinos Região: Vale do Rio dos Sinos Unidades Executoras: Unisinos – Universidade do Vale do Rio dos Sinos; Uergs – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul; FEEVALE – Universidade Feevale; Unilasalle – Centro Universitário La Salle; Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha

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Polo do Vale do Caí Região: Vale do Caí Unidades Executoras: UCS – Universidade de Caxias do Sul; Unisc – Universidade de Santa Cruz do Sul

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Polo do Vale do Jaguari Região: Vale do Jaguari Unidade Executora: URI – Universidade Regional Integrada (Campus Santiago)

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Polo do Alto da Serra do Botucaraí Região: Alto da Serra do Botucaraí Unidade Executora: UPF – Universidade de Passo Fundo

Polo da Região Nordeste Região: Nordeste Unidades Executoras: UPF – Universidade de Passo Fundo; UCS – Universidade de Caxias do Sul; URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus Erechim)

Design, Couro e Calçados, Móveis, Turismo, Têxtil, Pedras, Gemas e Joias

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Polo das Missões Região: Missões Unidade Executora: URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus Santo Ângelo)

Engenharia, Materiais, Carboquímica e Mineração, Cerâmica, Engenharia Química, Engenharia de Produção, Físicas: Nanoestruturas Metálicas e Semicondutoras

Polo da Região da Serra Região: Serra Unidade Executora: UCS – Universidade de Caxias do Sul (Campus Caxias do Sul)

Polo do Médio Alto Uruguai Região: Médio Alto Uruguai Unidade Executora: URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus Frederico Westphalen)

Agroindústria, Agropecuária, Alimentos, Pesca e Aquicultura, Biotecnologia em Agropecuária e Engenharia Florestal Meio Ambiente, Biotecnologia, Energia, Telecomunicações, Combustíveis Renováveis

Polo Litoral Norte Região: Litoral Norte Unidades Executoras: Ulbra – Universidade Luterana do Brasil (Campus Torres); Uergs – Universidade do Estado do Rio Grande do Sul (Campus Cidreira); UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Campus Imbé); Unisc – Universidade de Santa Cruz do Sul (Campus Capão da Canoa); Fepagro – Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária; Facos – Faculdades Cenecistas de Osório

PROGRAMA DE APOIO AOS POLOS TECNOLÓGICOS

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Polo da Fronteira Oeste Região: Fronteira Oeste Unidades Executoras: PUCRS II – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; Urcamp – Universidade da Região da Campanha; Fundação Maronna; IFF/RS – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia; Unipampa – Universidade Federal do Pampa

Polo em Alimentos e Metalmecânica Região: Produção Unidade Executora: UPF – Universidade de Passo Fundo

Polo Região Centro-Sul Região: Centro-Sul Unidades Executoras: FAFOPEE – Faculdade de Formação de Professores e Especialistas de Educação; FACCCA – Faculdade Camaquense de Ciências Contábeis e Administração; Ulbra – Universidade Luterana do Brasil

Polo do Vale do Paranhana / Encosta da Serra Região: Vale do Paranhana /Encosta da Serra Unidade Executora: Faccat (Faculdade de Ciências Contábeis e Administração, de Informática, de Educação e de Ciências Sociais de Taquara) – Faculdades Integradas de Taquara

Região: Central Unidades Executoras: UFSM – Universidade Federal de Santa Maria; URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus Santiago)

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Polo Norte

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Polo do Rio da Várzea Região: Rio da Várzea Unidades Executoras: Cesnors (Centro de Educação Superior Norte) – Universidade Federal de Santa Maria; UPF – Universidade de Passo Fundo (Campus Sarandi)

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Camila Domingues/Palácio Piratini

CONHEÇA ALGUNS PROJETOS

Programa apresenta alternativas aos agricultores familiares, especialmente nos períodos de estiagem, diminuindo o impacto nas plantações e na pecuária.

Multiplicação da mandioca

Meta dos pesquisadores é o aumento da produtividade, sustentabilidade e incentivo à produção da mandioca.

Aumento da produtividade, sustentabilidade e incentivo à produção da mandioca (Manihot esculenta Crantz) são as principais metas de pesquisadores da Universidade de Cruz Alta (Unicruz), no Polo de Modernização Tecnológica do Alto Jacuí. Coordenado pela professora do curso de Agronomia, Jana Koefender, o projeto “Resgate, multiplicação e produção de germoplasma de mandioca” utiliza

Irrigação das Missões

biotecnologia (cultura de tecidos vegetais in vitro) e metodologia alternativa (procedimento de propagação rápida) para preservar os recursos genéticos de uma das culturas mais praticadas no Rio Grande do Sul. Fora o apoio tecnológico, os técnicos dialogam com os agricultores para levantar características do cultivo e mapear informações referentes à origem das plantas.

A escassez de chuvas afeta diretamente a atividade agropecuária na região das Missões. Para combatêla, a Secretaria da Ciência investiu mais de R$ 1 milhão no Programa de Inovação da Irrigação das Missões, uma parceria da Emater/RS-Ascar com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), campus de Santo Ângelo. O objetivo é apresentar alternativas aos agricultores familiares, especialmente nos

períodos de estiagem, diminuindo o impacto nas plantações e na pecuária. Além de criar um Centro de Estudos e Pesquisas de Irrigação, a ação permitiu a compra de equipamentos tecnológicos para instalar em pastagens, olerícolas (legumes), frutíferas, lavouras de alfafa, milho e campo nativo. Os recursos também fomentaram pelo menos 66 projetos inovação, beneficiando 25 municípios.

Móvel que preserva a natureza Pesquisadores da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), no Polo Tecnológico do Vale do Jaguari, descobriram uma forma de transformar os resíduos descartados pela indústria moveleira de Santiago em painéis, como os de gesso, para utilizar em obras de habitação social (pessoas de baixa renda). Além de prever o aproveitamento dos resíduos e a abertura de novas

vagas de trabalho, o projeto protege a natureza porque muitos dos resíduos são altamente tóxicos. De acordo com um estudo feito com empresas que integram a indústria moveleira local, 60% da produção são de móveis sob medida, cuja matéria-prima é a madeira, MDF, MDP e compensado. O descarte atinge entre 15% e 30% do conteúdo produzido - o MDF é responsável pela maior quantidade.

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NANOS SATÉLITE Em 2015, Rio Grande do Sul contará com dois satélites totalmente gaúchos O Rio Grande do Sul está no caminho de tornar-se um polo de desenvolvimento de nanossatélites, após o sucesso do lançamento do primeiro artefato totalmente gaúcho colocado no ar, o NanoSatC-BR1, por meio do Polo Espacial Gaúcho. A previsão é de que no primeiro semestre de 2015, o segundo, o NanoSatC-BR2, seja lançado. A união do Instituto Nacional de

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Pesquisas Espaciais, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (Scit) foi essencial para a realização do projeto. O NanoSatC-BR2 foi desenvolvido na UFSM e já está na sede do Inpe, em São José dos Campos (SP). Faltam apenas as cargas úteis e o artefato poderá ser lançado imediatamente.

Para auxiliar o projeto, a Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico tem fomentado as pesquisas em universidades, investindo na formação e capacitação de recursos humanos na área espacial. O nanossatélite consiste em um pequeno cubo, com 11 cm de aresta, chamado de Cubesats, que possuI baixo custo. O primeiro lançamento ocorreu na Rússia, onde 21 cubesats foram colocados em órbita, sendo o nano o único do Brasil.

na sede do Inpe em São José dos Campos, Otávio Durão, foram esclarecidas as dúvidas que eram referentes ao valor do projeto, se poderia ser pago em mais de uma parcela e, se pago em dois momentos, em que seria investido o primeiro pagamento.

Prodanov esteve em Brasília, no dia 04 de agosto, para conversar com o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), João Alberto De Negri, sobre a liberação da verba para a finalização do NanoSatC-BR2. De Negri afirmou que o projeto estava em análise e que precisavam sanar algumas dúvidas para que definissem o recurso.

O primeiro nanossatélite gaúcho lançado, NanoSatC-BR1, que está 100% operacional, foi colocado em órbita no dia 19 de junho para estudar a interação do campo magnético terrestre com a radiação espacial e enviar dados que irão embasar missões futuras em foguetes de maior porte. O artefato espacial foi levado por um foguete Dnepr russo, a partir da base de Yasny, e está numa órbita terrestre baixa de cerca de 600km de altitude.

Depois de uma conversa entre De Negri com o gerente do projeto

Ao dar o retorno para a Scit, Durão disse que ficou muito otimista após o telefonema do MCTI e que há indicativos positivos sobre a liberação dos recursos. A previsão é de que seja liberado ainda este ano.

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INDÚSTRIA CRIATIVA Uma nova área que também mereceu muito apoio e recursos foi a da Indústria Criativa. Talvez um dos setores mais importantes da nova economia, onde o Rio Grande o Sul possui um vasto potencial, mas que não vinha recebendo apoio nos últimos governos. O apoio à Indústria Criativa tem por objetivo fomentar a inovação, a criatividade e o desenvolvimento de competências e talentos, com competência para a criação de trabalho e riqueza através da implantação de empresas e produtos da indústria criativa, tais como design, audiovisual, games, moda, entre outros. Não apenas a Secretaria, mas também a Fapergs, através do acordo estabelecido com o Ministério das Comunicações, fomentou a indústria criativa no RS. São R$ 7,5 milhões investidos, que somados aos recursos da SCIT, totalizam mais de R$ 20 milhões diretamente em projetos da Indústria Criativa.

O Rio Grande do Sul tornou-se pioneiro no apoio financeiro e na criação de políticas voltadas à Indústria Criativa. O Programa explora a criatividade, competência e talento individual como forma de desenvolver trabalhos inovadores. Todos os setores cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato inventivo e simbólico que resulta em riqueza cultural e econômica se enquadram como criativos. E é isso que permite ao Estado ser um dos principais polos brasileiros de criatividade. Com um cenário cultural, científico e tecnológico arrojado e dinâmico, o Rio Grande do Sul se destaca em diversas frentes. O programa está em consonância com os eixos da Política Industrial, dando suporte de tecnologia às universidades, com foco no Audiovisual, Design e Novas Mídias. Desde 2012, a Scit disponibilizou mais de R$ 13,1 milhões. Nove projetos receberam mais de R$ 1,4 milhão em recursos. O destaque de criatividade é o desenvolvimetno de um dispositivo de tecnologia assistiva para crianças com deficiência ou mobilidade reduzida. Os pesquisadores desenvolveram um produto que oferece apoio e segurança a crianças, na faixa etária entre 2 e 10 anos, e aos seus cuidadores, durante a atividade do banho. O investimento foi de R$ 70 mil.

Áreas apoiadas: Design, novas mídias e audiovisual

09 projetos apoiados desde 2012

R$ 13 milhões investidos na gestão Tarso Genro

Projetos PUCRS • Jogo Culinária Gaúcho • Inova TV • Consumo em Rede - Distribuição de Conteúdos Audiovisuais em Plataformas Digitais • Jogos eletrônicos e cinema: uma abordagem para a indústria criativa no RS Valor total: R$ 826.256,66

Projetos Feevale Desde a criação do programa, a Scit e a Fapergs investiram mais de R$ 20 milhões em projetos da Indústria Criativa.

• Artefato de Tecnologia Assistiva Voltada para a Atividade do Banho de Criança com Deficiência ou Mobilidade Reduzida • Construtos Digitais de Transmissão e Gerenciamento de Inteligência para o Desenvolvimento da Indústria Criativa no RS Valor total: R$ 292.837,68

Projetos UFRGS • Diretrizes para aumentar a competitividade de Empresas Brasileiras Desenvolvedoras de produtos através de intervenções no processo de Design orientadas à gestão e concepção de produtos e serviços inovadores • Novos cenários tecnológicos e a identidade visual cenográfica: contribuições do design na produção de espetáculos Valor total: R$ 225.492,68

Projetos La Salle • Desenvolvimento de aplicativo para celulares e smartphones para monitoração histórica de acidentes e passivos ambientais Valor total: R$ 94.558,00

Foto: Gilson Oliveira – Ascom PUCRS

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Além de fomentar os processos de modernização, a Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (Scit) propôs aprimorar os incentivos fiscais àquelas empresas que buscam inovação. Nesse sentido, foi implementado o programa PróInovação. Desde o início do governo, o projeto ganhou relevância, passando a valorizar ainda mais o esforço criativo das empresas como ponderador do benefício a ser concedido e obtendo maior aderência de empresas à procura de desenvolvimento e consolidação no mercado. No total, 53 indústrias solicitaram a adesão, destas 27 receberam benefícios fiscais. As interessadas encaminham a documentação, comprovando o caráter inovador do projeto. A partir disso, recebem uma pontuação que define a porcentagem

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de isenção a ser dada, podendo chegar a 75% do ICMS. Como resultado, as empresas alcançaram avanços significativos na competitividade empresarial, com crescimento produtivo de bens e o desenvolvimento de serviços inovadores. O incentivo permitiu aumentar a geração de postos de trabalho, a arrecadação de impostos, qualificar o quadro pessoal para atividades de inovação, incrementar os investimentos em mestres e doutores nos setores de P&D, manter o vínculo contratual com as universidades, além de lançar novos produtos no mercado e conquistar o registro de patentes. Confira as empresas que mais se destacaram pelo resultado obtido, após a isenção:

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PRÓ-INOVAÇÃO

1. S.A.S Plastic Ind. e Com. de plasticos LTDA. Atividade: fabricação de artefatos de material plástico para uso de indústrias. Percentual da Concessão: 42,50% Resultado: aumento no quadro de colaboradores de 49 empregados e 4 graduados, em 2011, 66 empregados e 5 graduados, em 2013. Manteve os investimentos em P&D e o vínculo contratual com a Instituição de Ciência Tecnologia (ICT), lançou 23 produtos novos e outros com registro de patentes. 2. Empresa Digistar Telecomunicações S.A. Atividade: fabricação de aparelhos telefônicos e outros equipamentos de comunicação, peças e acessórios. Percentual da Concessão: 56,65% Resultado: aumento no quadro de colaboradores de 1 graduado e 2 mestres, em 2012, para 18 graduados e 3 mestres, em 2014. Manteve os investimentos em P&D e o vínculo contratual com a Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), lançou 16 produtos novos. 3. Empresa Teracom Telemática LTDA Atividade: fabricação de aparelhos telefônicos e outros equipamentos de comunicação, peças e acessórios. Percentual da Concessão: 48,93% Resultado: aumento no quadro de colaboradores de 24 mestres

e 1 doutor, em 2010, para 382 graduados, 32 mestres e 1 doutor, em 2014. Manteve os investimentos em P&D e o vínculo contratual com a Instituição de Ciência Tecnologia (ICT), lançou 32 produtos novos. 4. Empresa Imply Tecnologia Eletrônica S/A Atividade: fabricação de componentes eletrônicos. Percentual da Concessão: 47,34% Resultado: aumento no quadro de colaboradores de 9 graduados, em 2010, para 15 graduados, 2 mestres e 1 doutor, em 2013, gerando 150 empregos diretos. Manteve os investimentos em P&D e o vínculo contratual com a Instituição de Ciência Tecnologia (ICT), lançou 33 produtos novos, 13 produtos patenteados e 16 registros de patentes em tramitação. 5. Empresa Fras-le S.A. Atividade: fabricação de peças e acessórios para o sistema de freios de veículos automotores. Percentual da Concessão: 33,60% Resultado: aumento no quadro de colaboradores de 204 graduados, 16 mestres e 1 doutor, em 2012, para 341 graduados, 16 mestres e 1 doutor, em 2013. Manteve os investimentos em P&D e o vínculo contratual com a Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), lançou 14 produtos novos, 3 registros de patentes em tramitação.

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Demais empresas beneficiadas: Keko Acessórios - 39,60% Fabricação de peças e acessórios para veículos. Marcopolo - 36,40% Fabricação de carrocerias para ônibus. Solidtech 3D – 73,90% Fabricação e montagem de bicicletas e triciclos não motorizados; serviços de engenharia mecânica. Metalúrgica Daniel - 47,08% Fabricação de produtos de metal não especificados. Duroline - 31,82% Fabricação de peças para o sistema de freios de veículos automotores. Comil Ônibus - 40,37% Fabricação de carrocerias para ônibus. Artecola Indústria Química - 31,95% Fabricação de adesivos e selantes. Quadro G - 61,73% Pesquisa e desenvolvimento em ciências físicas e naturais.

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Castertech Fundação Tecnológica 56,10% Fundição de ferro e aço. Bebidas Fruki - 36,85% Fabricação de refrigerantes. Bettanin - 31,19% Fabricação de escovas, pincéis e vassouras. Usaflex - 38,11% Fabricação de calçados de couro. Paganin - 65,50% Fabricação de aparelhos eletrodomésticos. Brapax - 61,08% Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores. Elo Sistemas Eletrônicos - 61,02% Fabricação de componentes eletrônicos. Vinícola Geisse - 58,23% Fabricação de vinhos.

Viemar Indústria e Comércio 48,69% Fabricação de peças e acessórios para sistema de direção e suspensão de veículos automotores. Indústria de Implementos Agrícolas Vence Tudo - 42,27% Fabricação de máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária. Randon - 36,32% Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para caminhões. Dana Indústrias - 35,20% Fabricação de peças para veículos automotores. Máster Sistemas Automotivos - 44,49% Fabricação de peças e acessórios para veículos. Jost Brasil - 36,37% Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores.

Mantova Indústria de Tubos Plásticos - 53,70% Fabricação de artefatos de material plástico.

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Além de criar uma teia de interação, a Rede coloca pesquisadores, empresas e universidades em uma mesma mesa de negociação. Ações como essa alçaram o Rio Grande do Sul no cenário nacional como um estado com capacidade produtiva para ser fornecedor na área de petróleo e gás. A Rede Petro/RS é um exemplo de organização e pioneirismo dos gaúchos.

REALIZAÇÕES REDE PETRO/RS 2011/2014 Empresas cadastradas: 720 Feiras • Hannover – 22 empresas da Rede Petro. • Mercopar – 46 empresas. • Feira do Polo Naval – 108 empresas. • Rio Oil & Gas – 32 empresas. • RENEX – participação no comitê organizador do evento – Feira de Energias Renováveis do RS.

REDE PETRO/RS

O número de empresas gaúchas fornecedoras para a Petrobras, por exemplo, era de, aproximadamente, 36, em 2011. Neste ano, há mais de 120 atuando com a petroquímica.

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Desde 1999, a Rede Petro tem sido responsável pelo desenvolvimento da capacitação tecnológica no Rio Grande do Sul. Com o objetivo de somar esforços para multiplicar resultados, a Rede trabalha em projetos conjuntos para geração de oportunidades de negócios, emprego e renda, além de oportunizar a pesquisa tecnológica em áreas cujo atrativo principal é a competitividade. Constituída no início por 49 empresas e nove universidades, o projeto acolhe atualmente mais de 700 empresas, 90 laboratórios e 15 universidades, construindo parcerias de sucesso para fazer frente aos novos desafios do mercado.

O número de empresas gaúchas fornecedoras da Petrobras em 2011 era de 36. Em 2014, o índice subiu para 120. Divulgação

O Rio Grande do Sul é um estado com grande capacidade de produção científica e tecnológica. Em relação à área de petróleo e gás, responde por cerca de, aproximadamente, 50% de pesquisas realizadas nesse setor, segundo o diretório dos grupos de pesquisa do CNPq. Entretanto, essa vasta produção científica nem sempre foi incorporada por nossas indústrias locais. Esse fato colocou um desafio na Rede Petro, que foi o de elevar a interação do conhecimento com a indústria.

Eventos • 8 Rodadas de Negócios – Porto Alegre, Serra, Rio Grande, Grande Porto Alegre, mais de 400 empresas. • 04 seminários de oportunidades na cadeia produtiva do petróleo e gás. Seminário FINEP • Apresentação das oportunidades de financiamento de projetos via Editais. • Participação de 68 empresas e entidades do setor de petróleo e gás.

Pró-inovação • 4 eventos de apresentação (Pelotas, Rio Grande, Porto Alegre, Caxias do Sul). • Empresas contempladas pelo Pró- inovação – 12 empresas Rede Petro. Petrobras • Empresas cadastradas no CRCC – Cadastro Petrobras – 140. • Laboratórios de Cadastro Petrobras – ação continuada, com atendimento 1x/semana. Rederiosul de Pesquisa • 2 editais – 26 projetos recebidos (2 anos), com participação de empresas e universidades integrantes da Rede Petro/RS. Rede Petro Brasil • Participação no comitê de trabalho para a consolidação da Rede Petro/ BRASIL, juntamente com outras 16 Redes Petro. Desenvolve RS • Projeto CPMC – desenvolvimento de fornecedores locais para a Celulose Riograndense. • Realização de 2 rodadas de negócios específicas. Seminário estadual de Crédito • Foram apresentadas, aos empresários, as alternativas para obtenção de recursos para o desenvolvimento de projetos.

Projeto Cadeia Produtiva do Petróleo e Gás: • Mais de 400 empresas capacitadas como fornecedoras do segmento do petróleo, gás e energia.

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REDERIOSUL ARedeRiograndensedePesquisa,PósGraduação e Inovação (Rederiosul) é um importante instrumento de aproximação das pesquisas realizadas pelas Instituições Científicas e Tecnológicas do Rio Grande do Sul (ICTs) com a sociedade gaúcha. Criado em 2011, o projeto integra as ações do Pacto Gaúcho pela Educação Profissionalizante, Técnica e Tecnológica e tem dentre suas responsabilidades articular os grupos de pesquisa estaduais que possuam afinidades. Criando uma teia colaborativa, o programa transfere conhecimento e tecnologia para a população através do fomento à pesquisa, especialmente em áreas estratégicas essenciais para o desenvolvimento do Estado. Além disso, promove a competitividade das

empresas, aumenta o PIB gaúcho e diminui as desigualdades regionais. Desde 2011, mais de R$ 3,7 milhões foram investidos em 11 projetos oriundos de cinco regiões. O destaque ficou com o desenvolvimento de dispositivos eletroeletrônicos e de computação para utilizar na indústria do Petróleo, Gás e Energia. Com tecnologia nacional, o sistema consiste em uma plataforma que integra supervisórios DCS (microprocessadores de armazenamento de dados) com técnicas de realidade virtual/ mista. O equipamento é aplicado em monitoramento e controle de segurança de Plataformas FPSO (navios de produção, armazenamento e descarga). O investimento foi de R$ 300 mil.

REDE DE SAÚDE HUMANA, ANIMAL E DE ECOSSISTEMAS Pensando em integrar a excelente rede de saúde do Estado, buscou-se uma parceria entre as instituições do Estado e a Fiocruz, criando assim a Rede de Saúde Humana, Animal e de Ecossistemas, que proporciona benefícios à população a partir de melhorias no sistema de vigilância em saúde, desenvolvimento na área de medicamentos e, eventualmente, identificação de produtos para vacinas, além da interface para perceber formas e desenvolvimento industrial para áreas tanto pelo lado da ação direta no campo da saúde como no incentivo que as áreas passam a ter com esta parceria. O complexo produtivo da saúde envolve atividades de alta intensidade de inovação nos novos paradigmas tecnológicos pela existência de uma base produtiva de bens e serviços relevantes, que respondem por parcela significativa do Produto Interno Bruto, tanto em economias emergentes quanto em economias desenvolvidas. Esse complexo envolve uma associação entre a dimensão econômica, a dimensão social e a dimensão ambiental, que juntas são determinantes no processo de desenvolvimento.

de ensino superior UFRGS, UFPEL, UFSM, UFCSPA, PUCRS e Unisinos, o Governo do Estado, através das Secretarias de Saúde e da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, AGDI, FEPPS, Cientec, Fepagro, Fapergs, Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Grupo Hospitalar Conceição e a Fiocruz, para desenvolver ações visando o fortalecimento do complexo industrial e a inovação em saúde no Rio Grande do Sul. O sucesso desta empreitada está no estabelecimento de parcerias com instituições locais de reconhecida experiência na área em questão com os seguintes objetivos: (i) a organização e manutenção de uma rede de competências/serviços que sustentem tanto a capacidade científica orientada para a inovação como a estruturação de cadeias produtivas no setor de saúde avançada e medicamentos; (ii) o planejamento e execução de ações a serem encaminhadas em consonância com as políticas de saúde, ciência e tecnologia e de desenvolvimento setorial.

A rede de saúde humana, animal e ecossistema agrupa as instituições

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Divulgação

A popularização da Semana cresceu notavelmente, visto que a última edição possui o maior número de inscritos de toda a história da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Alcançar esses índices só foi possível com o trabalho desenvolvido ao longo dos quatro anos de gestão, que fomentou a pesquisa, a ciência e o desenvolvimento tecnológico no RS. Outro fator que ajudou essa ampliação foi a descentralização das aberturas, que resultou em um processo de incentivo maior e que exigiu mais esforços das sedes.

SEMANA ESTADUAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA O Rio Grande do Sul está no caminho para ser uma referência em tecnologia no Brasil, tanto que já foi chamado de Vale do Sul-Lício pela presidente Dilma Rousseff, em comparação ao Vale do Silício, na Califórnia, onde fica situado um conjunto de empresas com foco em inovações científicas e tecnológicas. Para consolidar cada vez mais este patamar, a Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (Scit) acredita que é necessário investir desde o início. Para isso, participa ativamente da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) com a Semana

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Estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação, que procura democratizar o acesso ao conhecimento científico e aproximar a população da ciência e da tecnologia, promovendo e estimulando atividades de educação científica. Essa dedicação trouxe grandes resultados: o Rio Grande do Sul ficou em primeiro lugar no Brasil em número de atividades inscritas neste ano. No total, 34 instituições - que abrangem 94 municípios -, participaram, registrando 21.178 trabalhos. O país contou com 670 cidades inscritas, contabilizando 43.011 trabalhos.

A Semana Estadual de Ciência e Tecnologia é desenvolvida em todos os estados do país. Todas elas são vinculadas à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis). A realização da Semana conta com a colaboração do setor público e privado, de fundações de apoio à pesquisa, de entidades e instituições de ensino, divulgação e pesquisa, além de secretarias estaduais e municipais.

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As ações no Estado incluíram dezenas de feiras e mostras técnicas e científicas, abordando variados temas, como cyberbulling, voluntarismo na recuperação do câncer infantil, preconceito de gênero, homofobia, cultura e estética, internet e idade escolar, HPV, impacto das sacolas

plásticas no meio ambiente, cultura rastafári, eutanásia, desenvolvimento infantil, nanismo, plantas medicinais, ilusão de ótica, transtorno de personalidade, sistema solar, energia eólica, raios e a vida das borboletas.

O Rio Grande do Sul ficou em 1º lugar no Brasil em número de atividades inscritas neste ano. No total, 34 instituições - que abrangem 94 municípios -, participaram da Semana, registrando 21.178 trabalhos.

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LES DOCTORIALES Em busca de uma excelência acadêmica e do incremento da inovação a todas as áreas, uma das ações foi a aproximação do Estado com o governo francês para trazer ao Brasil algumas experiências de sucesso. Neste escopo está o programa Les Doctoriales. Criado há 20 anos no país europeu, em 2014 foi a primeira vez em que outro país implementou o seminário. E o Rio Grande do Sul foi o palco escolhido para uma imersão de cinco dias, que incentivou 100 doutorandos a ampliarem conhecimentos sobre o mundo profissional. Os participantes mergulharam em uma competição para aprender a se relacionar com

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Durante o processo, ocorreram atividades com profissionais e empresas, dentre elas: o “Desafio de inovação em 24 horas” - em que eles apresentaram seus projetos inovadores a empresários -, a “Socialização das teses” - através de pôsteres, com a premiação dos dois destaques -, visitas técnicas a empresas inovadoras da região e ações de comunicação para a valorização profissional, contando com representantes empresariais.

O projeto contou com o apoio da Fapergs, Fiergs, Sebrae, Capes, Procergs, Finep, L’Unam, Aliança Francesa, Consulado Geral da França em São Paulo, Florense e Vale dos Vinhedos. E com a participação das instituições de ensino: Ulbra, Uri – Erechim, Univates, Unipampa, Furg, UFRGS, UFSM, Unisinos, Unisc, UFPel, UCS, PUCRS, UPF, Feevale, UCPel e Instituto de Cardiologia.

empresas e desenvolver projetos inovadores sob orientação de um conjunto seleto de profissionais. Em sua primeira edição brasileira, o programa Les Doctoriales superou expectativas, com 228 doutorandos inscritos. De 2 a 7 de novembro, os 100 doutorandos selecionados (95 de universidades públicas e privadas do Estado e 5 da Universidade de Nantes, Angers e Le Mans (Unam), da região de Pays de La Loire, instituição responsável pelo evento na França), ficaram imersos em atividades no Villa Michelon, em Bento Gonçalves. Os participantes foram distribuídos em oito grupos de trabalho.

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Gustavo Gargioni

PACTO GAÚCHO PELA EDUCAÇÃO

Pronatec/Bolsa-Formação Execução 2011-2013 - Rio Grande do Sul CURSOS TÉCNICOS

REDE FEDERAL

Mais do que o nome do programa, a expressão Pacto Gaúcho pela Educação Profissionalizante, Técnica e Tecnológica representa bem o propósito da iniciativa, criada em agosto de 2011. Baseado na união de esforços do Governo, universidades, meio empresarial e trabalhadores, o projeto é formado por uma rede colaborativa com o objetivo de atender demandas regionais de profissionalização, essenciais ao desenvolvimento do Estado. Nos últimos três anos, o Pacto orientou a execução de pelo menos nove programas federais e estaduais, totalizando mais de 313,8 mil matrículas no Estado, com destaque para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O Rio Grande do Sul foi o único Estado a firmar um acordo com o Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior para executar o Pronatec com a maior dimensão possível.

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Além dele, outros programas integram o Pacto, como o Rede Escola de Governo, que oferta cursos em 30 instituições de ensino superior; a Rederiosul de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, que potencializa ações de inovação nas ICTs; e o Programa Universidade para Todos (ProUni-RS). Os demais são o ProJovem Trabalhador, BG Group, Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Mulheres Mil, Plano Territorial de Qualificação (Planteq) e Rede Estadual de Ensino. Em parceria com secretarias e prefeituras municipais, o Pacto também coordenou o Diálogos com a Juventude, projeto que incentiva os jovens a buscarem formação profissional. O evento em 2014 reuniu 6 mil pessoas em seis municípios para destacar as oportunidades de formação educacional e de trabalho. O Rio Grande do Sul é a unidade federativa que mais qualifica no país – 60% das vagas do Pronatec são preenchidas por jovens.

CURSOS FIC

Vagas

Matrículas

Vagas

Matrículas

1.040

748

15.957

12.034

SENAI

5.178

4.393

60.526

53.826

SENAC

6.093

5.448

104.099

84.467

SENAT

0

0

4.415

3.951

CURSOS COM MAIOR NÚMERO MATRÍCULAS Cursos Auxiliar Administrativo

21.645

Inglês Básico

14.266

Operador de Computador

12.906

Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão

5.406

Vendedor

4.948

Recepcionista

4.176

Manicure e Pedicure

4.014

Montador e Reparador de Computador

3.265

Costureiro

3.173

Auxiliar de Recursos Humanos

2.934

EIXO TECNOLÓGICO Gestão e Negócios O Rio Grande do Sul é a unidade federativa que mais qualifica no país – 60% das vagas do Pronatec são preenchidas por jovens.

Matrículas

Matrículas 44.254

Controle e Processos Industriais

22.239

Informação e Comunicação

22.050

Desenvolvimento Educacional e Social

20.470

Infraestrutura

16.281

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Divulgação/Fapergs

FAPERGS A Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) é um dos maiores patrimônios da ciência e tecnologia gaúcha. Recuperada financeiramente após décadas de sucateamento, ganhou uma moderna sede no Centro Histórico de Porto Alegre, mais condizente com sua importância e necessidade. Depois de 50 anos de espera, conquistou uma grande vitória com a sanção da alteração na sua Lei de Criação, que resultou no aumento da agilidade administrativa e melhora no atendimento à comunidade científica. O novo Plano de Cargos e Salários Divulgação/Fapergs

também foi aprovado, valorizando os rendimentos dos servidores e equilibrando com os valores pagos às demais fundações. A estratégia vencedora vai fechar 2014, quando a instituição completa cinco décadas de história, com os melhores investimentos dos últimos oito anos. Na gestão Tarso Genro, a fundação ofertou mais de R$ 325,2 milhões em recursos financeiros, um crescimento de mais de 400% em relação ao quadriênio anterior. O valor corresponde a R$ 160 milhões de recursos estaduais e o restante captados de agentes públicos federais, estaduais e privados. A oferta de editais aumentou para 74 em relação ao mesmo período, quando 33 seleções públicas foram divulgadas, representando aplicação de R$ 62,2 milhões e crescimento de 47%. As áreas com maior investimento foram Formação de Recursos Humanos, com 38 editais publicados, Fomento à Pesquisa, com 24, e Intercâmbio Científico, com oito.

Entre 2011 e 2014, a Fapergs ofertou mais de R$ 325,2 milhões em recursos financeiros, o que representa um crescimento de 400% em relação ao quadriênio anterior.

Além de manter a meta de pelo menos 18 editais por ano, priorizou a qualificação de profissionais e o intercâmbio de conhecimento entre professores e estudantes de graduação. No total, foram concedidas 11.141 bolsas de estudo, sendo 9,5 mil para iniciação científica (BIC) e Iniciação Tecnológica e Inovação (BITI), 1.152 para Mestrado e 400 para Doutorado.

146; 102% 42; 100% 58; 97%

3; 25%

952; 100%

161; 107%

400; 100%

Somente para pesquisa, a Fapergs ofertou mais de R$ 239,7 milhões entre 2011 e 2014.

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Programas de Bolsas - Executado

Bolsas de Mestrado - Total de 952 Bolsas de Doutorado - Total de 400 Bolsas de Mestrado em Ciências, Maatemática e Humanidades - Total de 150 Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial - Total de 60 Complementação de Bolsas de Pós-Doutorado - Total de 42 Bolsas de Fixação de Doutores - DOCFIX - Total de 142 Bolsas de Inovação Tecnológica - Total de 12

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Divulgação/Uergs

Divulgação/Cientec

UERGS CIENTEC Uma das mais tradicionais realizadoras de pesquisa tecnológica no Estado, a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) implantou um modelo de gestão participativa e planejamento operacional para cumprir a missão de produzir soluções inovadoras por meio da incubação de empresas de base tecnológica. A Cientec emitiu 55.928 laudos entre 2011 e 2014, mantendo uma média de 14 mil/ ano, o que representa um aumento de 7% em relação ao quadriênio anterior, quando foram emitidos 52,363, com média de 13 mil/ano.

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Com uma estratégia de sucesso, fechou a gestão 2011-2014 com os melhores investimentos dos últimos oito anos. No último quadriênio, investiu mais de R$ 6,9 milhões em recursos, um crescimento de 41% em relação ao anterior, quando houve R$ 4,9 milhões destinados. No mesmo período, 11 empresas

conseguiram dar seus primeiros passos no mercado. Também prestou mais de 299,9 mil serviços tecnológicos, o que representa acréscimo de 24% em relação à gestão anterior, quando foram registrados 242,5 mil. Em 2014, após 23 anos de espera, a Cientec obteve seu mais importante trunfo com a aprovação do Plano de Cargos e Salários, que incluiu nova matriz salarial (aumento de 25,77%), adoção do incentivo à qualificação de carreiras e reestruturação do quadro de empregos permanentes. Além de melhorar a qualidade de vida dos servidores, fortaleceu o quadro funcional e possibilitou uma disputa mais equilibrada no mercado.

Um dos maiores desafios encontrados pela Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (Scit) foi recuperar a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e dar um sentido a sua atuação, em um estado que possui uma grande tradição de qualidade no ensino superior. Constituída há 13 anos, está presente em 24 municípios, onde ministra cursos de graduação que habilitam tecnólogos, bacharéis e licenciados em diferentes áreas do conhecimento. Desde o início da atual gestão estadual, se aposta na reorganização e reestruturação da Uergs, baseado no desenvolvimento de três eixos de ações importantes: o primeiro deles implantado nos meses iniciais de 2011 está relacionado às ações conjunturais e emergenciais que garantiram a continuidade e sobrevivência da instituição. Outra medida de impacto foi a imediata contratação de 23 professores, no momento em que a universidade registrava a péssima marca histórica de apenas 116 docentes e mais de 600 alunos que precisavam terminar os seus cursos. Em caráter de urgência foi autorizada também a contratação emergencial de mais 60 professores e 40 servidores e, automaticamente, a abertura de concurso para substituir, dentro do prazo de dois anos, esses docentes.

Além disso, foram autorizadas mais 57 contratações. Essa questão docente, de extrema importância, é tratada com o maior zelo e responsabilidade, e chegamos nesse ano a mais de 250 professores, o que permitiu à instituição ter indicadores superiores à média nacional. De acordo com o MEC, a média nacional é de 12,25 alunos por professor, e a Uergs já conta com 12,14 atualmente. Em um segundo movimento, uma ação estrutural permitiu a criação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) estabelecendo as diretrizes de funcionamento da Uergs com uma visão de futuro. O documento, elaborado pela Universidade e com a ajuda de técnicos especializados da Capes, estabeleceu bases fundamentais para a instituição e, somado à aprovação do plano de carreira, permite que se mantenham os professores no quadro e exista perspectiva de contratar novos docentes, que não usem a universidade como trampolim de concurso, mas fixem-se e permitam melhorar a qualidade do ensino e organizar a pesquisa, a Pós-Graduação e a extensão universitária. Por fim, outra ação efetiva do Governo, junto à Uergs, é a busca pelo aprimoramento da gestão da Universidade, tornando-a mais eficaz e com uma visão institucionalizada.

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Evolução do quadro de professores 269

212 182 139

75,16

Crescimento (2010 x 2014)

191%

É imprescindível não somente ampliar investimentos, mas ter um plano de Estado e um planejamento consistente. Entretanto, o orçamento aumentou de pouco mais de R$ 25 milhões para mais de R$ 75 milhões neste ano de 2014, ou seja, um crescimento de mais de 300% em relação ao governo anterior.

25,83

2010

2014

Para 2015, a Uergs poderá contar com mais R$ 100 milhões para seu orçamento, aprovado este ano pela Assembleia Legislativa.

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De todo modo, a discussão apaixonante sobre a Uergs passa pelo repensar de seu papel em um contexto de desenvolvimento para o Estado. Mais do que nunca, o Governo estadual e os diversos atores envolvidos no projeto Uergs estão olhando não apenas para o passado, para sua criação e evolução, mas projetando sua presença e atuação no futuro, no século XXI. O novo momento de desenvolvimento do Estado e do país, aliado às transformações que o Rio Grande sofreu em questões educacionais nos últimos 10 anos, com a expansão do ensino público e gratuito federal,

inspira uma nova realidade sobre os campi e cursos da Uergs, hoje não condizentes com as necessidades da sociedade gaúcha. Estamos terminando um ciclo importante de ingresso através do SISU e, nessa campanha de ingresso de 2014, a Universidade ofertou 1.040 vagas em 16 cursos diferentes, agregando novos cursos como o de Agronomia. Ao todo, a Universidade conta com 3.171 estudantes.

2007

136

2008

131 117

116

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Evolução do quadro de alunos 3.171

2.456 2.154

2.114 1.961

2007

2.259

2008

2.004 1.841

2009

2010

2011

2012

2013

2014(*)

(*) Considerando o n° de matrículas efetivas em 2014/01 = 2.871 alunos + 300 alunos (estimativa de novas matrículas até o final do semestre).

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SUPERAÇÃO De um modo geral, a aplicação de recursos do Governo do Estado por meio da Scit foi significativamente maior do que nos governos anteriores, fazendo o Estado avançar tanto nas áreas da economia tradicional quanto na nova economia. Hoje, o Rio Grande do Sul vive um momento de renascimento científico e tecnológico, focado na inovação e no desenvolvimento regional.

• Popularização da ciência a partir da integração com escolas de ensino fundamental e médio, em especial as escolas técnicas e universidades;

Não apenas os valores de investimentos cresceram, mas surgiram também políticas públicas, democraticamente discutidas. Também houve uma grande preocupação com a territorialidade, a diversificação e o desenvolvimento sinérgico do Estado, além de um alinhamento com as macropolíticas de C&T e o desenvolvimento do Governo Federal. No total, a Scit já pagou mais de R$ 104 milhões.

Tecnópole;

104 9,75

(*) Somados valores (**) Projeção de pagamentos para o restante do período pagos e a pagar (***) Valores empenhados para 2015, com recursos do BNDES/BIRD

T O TA L

articulação de políticas de apoio aos parques tecnológicos;

A Pagar

ciência e tecnologia com as novas fronteiras produtivas;

Fonte: Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico - Scit

Pa g o

Além do trabalho no Conselhão, foi efetiva a reestruturação do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia e a criação do Comitê Gestor do RS Tecnópole. Nesse trabalho e nos espaços de discussão surgiram diversas proposições que, como as orientadas pelo CDES, foram implantadas ou estão sendo consideradas pra esta gestão ou para o próximo governo.

• Fortalecimento da governança e

• Articulação dos programas de

94,24

• Incentivo à indústria criativa no RS.

• Ampliação dos repasses de recursos à Fapergs, de forma progressiva, com o objetivo de atingir o percentual constitucional de 1,5% até 2018; • Valorização do programa RS

Total dos valores pagos Scit (em milhões R$)

• Apoio às incubadoras tecnológicas;

28,4(***)

A Scit também elaborou, em parceria com a Fundação de Economia e Estatística (FEE), um mapa de indicadores tecnológicos do Estado, para auxiliar o fomento às áreas de pesquisa, inovação e desenvolvimento do Estado.

12,37 6,00

2003 - 2006

2007 - 2010

2011 - 2014

2015

CONCERTAÇÃO Um dos importantes momentos de discussão e de aprofundamento da política estadual de C,T&I foi o trabalho realizado na Câmara de C&T do CDES. Nesse espaço pode ser ampliado e discutido com profundidade a situação e os caminhos a trilharo o resultado final desse trabalho foi a carta de concertação que a seguir reproduzimos em tópicos. • Priorizar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas, aproveitamento de recursos naturais e matérias-primas oriundas de fontes renováveis;

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• Fomentar a criação de um complexo industrial da saúde, com base em iniciativas já realizadas na Região Metropolitana; • Promover a articulação e alinhamento com as políticas federais de fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação, incluindo Finep, CNPq e Capes; • Criação de um Observatório de Ciência e Inovação ligado ao Conselho de C&T e à Scit, sob coordenação da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico;

INCUBADORAS • transferência de tecnologias de ICT’s para a sociedade; • capacitação dos empresários; • emprendedores pesquisadores; • espaços coreworking; • aceleradoras de empresas.

Para completar o Sistema Estadual de C&T, a Scit começou a estruturar a implementação de Centros de Inovação Tecnológica. Um novo ambiente, mais sofisticado que uma Incubadora e menos complexo do que um Parque. Com isso, o Rio Grande do Sul passará a contar com um modelo bastante contemporâneo de ambientes de inovação em todo o seu território. O projeto encontra-se em fase final de ajustes.

POLOS TECNOLÓGICOS • transferência de tecnologias da ICT’s para a sociedade; • desenvolvimento regional; • aumento do valor agregado nas cadeias produtivas; • projetos de modernização e inovação tecnológica; • fomento à vocação regional; • modificação das taxas de crescimento de modo a aumentar a participação do RS no PIB brasileiro; • adensamento de cadeias produtivas na economia gaúcha; • promoção de investimentos em regiões de menor renda relativa.

CENTRO DE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA • transferência de tecnologias de ICT’s para a sociedade; • capacitação dos empresários - empreendedores pesquisadores; • incubadoras tecnológicas; • atividades de pesquisa e prestação de serviços tecnológicos; • formação profissional.

PARQUES CIENTÍFICOS E TECNOLÓGICOS • transferências de tecnologias de ICT’s para a sociedade; • incubadoras tecnológicas; • espaço para negócios baseados em conhecimento; • integração da pesquisa CT&I, negócios/empresas e organizações governamentais; • estão formalmente ligados a centros de excelência tecnológicos, universidades e/ou centros de pesquisas; • espaços de uso comum (laboratórios e bibliotecas); • espaços individualizados para instalação de, no mínimo, 3 empresas.

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