01 — 10 FEVEREIRO 2 018 — GUIMARÃES
F E S T I VA L I N T E R N AC I O N A L D E DA N Ç A CONTEMPOR ÂNEA
FROM ANCESTRALIT Y TO THE CREATION OF F U TURES How can the history which passes through bodies that dance help us to build futures? This question is the point of departure for the 8th edition of GUIdance, a number which, when tipped over to the horizontal (∞), casts us symbolically into the infinite. At this GUIdance Festival we will have new bodies dancing, commanded by an ancestral gaze of accumulated practices that have been passed down from generation to generation. There are also older bodies that press on with the challenge to take to the stage in search of what they have yet to find, that is, the new. But this is no simple random journey; it is based on research and begins with the accumulated material found within the very bodies of the festival creators. One of our great contemporary choreographers, Wayne McGregor, who has never ceased to explore boundaries, has decided to take a deep plunge into his own DNA with his creation, “Autobiography”. He begins by exploring the most remarkable technology that exists – his own body – in order to set free any possibility which may point to the construction of futures. And everything that dance can engender and espouse based on this new information. The Festival thus sets off on a voyage that is as complete and hybrid as it is desirable, commanded by all the possibilities that the employment of creation will allow us. Vera Mantero takes up this mantle with “O Limpo e o Sujo” (“The Clean and the Dirty”) where “polite and impolite” bodies, traversed by a stockpile of information, seek out a new place to be. What emerges from one’s essence is what Joana von Mayer Trindade, together with Hugo Calhim Cristóvão, also deal with in their piece “Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo
um milagre” (“On Insatiability, in the case of, or at the same time, a miracle”). And the first part concludes with choreographer Rui Horta elevating the individual closer to the collective, doing so by guiding a group of bodies as if to say that from certain selected material something unknown can emerge as a result. A future that may well go beyond our usual perspective. Risks need to be taken, in any event. The second part of GUIdance opens with a repeat performance of “Vespa”. With a career spanning 30 years, Rui Horta – our featured choreographer in this edition – will once again perform this piece, one which emanates existence in the dance, projecting the idea of the eternal beginning on an infinite plane. He is creating futures, obviously. Also living in this imaginary place is the piece by Patricia Apergi, “Cementary”, a sort of escape from the dystopia which Marlene Monteiro Freitas continues in “Jaguar”, where the future is already a reality. And later on we will encounter “Titans” by Euripides Laskaridis, with all the power that fiction affords us. For the finale, we return to where dance always takes us – the relationship between human beings, with Peeping Tom presenting “Vader”. Because urgency is needed in its reinvention. And in the end, how old is the body which creates futures? Rui Torrinha
DA ANCE STRALI DADE À CR IAÇÃO DE FUTU ROS Como é que a história que passa pelos corpos que dançam pode ajudar a criar futuros? É a partir desta interrogação que lançamos a 8a edição do GUIdance, um número que em horizontalidade (∞) nos atira simbolicamente para o infinito. Teremos neste GUIdance corpos novos a dançar, comandados por um olhar ancestral de práticas acumuladas que passaram de geração em geração. E também corpos mais velhos que se continuam a desafiar em palco à procura do que ainda não encontraram, ou seja, do novo. Mas esta viagem não é aleatória. Ela encontra base na pesquisa e começa pela matéria acumulada no próprio corpo dos criadores. Um dos grandes coreógrafos contemporâneos, Wayne McGregor, que nunca cessa de explorar limites, decidiu mergulhar fundo na combinação do seu ADN para criar “Autobiography”. Ele parte assim de uma busca à mais notável tecnologia existente, o seu corpo, para lançar possibilidades que apontem à construção de futuros. E tudo o que a dança poderá gerar a partir desta nova informação. A partir daqui o festival arranca para uma viagem tão completa e híbrida quanto desejável, comandada por todas as possibilidades que o jogo da criação nos permite. Assim o fará Vera Mantero em “O Limpo e o Sujo” onde corpos “educados e deseducados”, atravessados por informação acumulada procuram um novo lugar. Esse que vem de dentro e que Joana von Mayer Trindade com Hugo Calhim Cristóvão também trabalham em “Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre”. E a primeira parte fecha com o coreógrafo Rui Horta
a ler do individual para o coletivo, ao orientar uma massa de corpos como que dizendo que a partir da matéria identificada se pode gerar um resultado desconhecido. Um futuro que exceda a nossa perspetiva habitual. É preciso arriscar, portanto. A segunda parte do GUIdance abre com a reposição de “Vespa”. 30 anos depois, Rui Horta – coreógrafo em destaque nesta edição – dança existência fora, projetando num plano infinito a ideia do eterno começo. Criar futuros, obviamente. E nesse lugar imaginário vive a peça de Patricia Apergi, “Cementary”, uma espécie de fuga à distopia continuada por Marlene Monteiro Freitas em “Jaguar”, onde o futuro já é uma realidade. E aí, mais à frente, encontraremos “Titans” de Euripides Laskaridis com todo o poder que o lugar da ficção nos reserva. Para no final voltarmos àquilo que a dança em si (sempre) transporta: a relação entre o ser humano, com Peeping Tom em “Vader”. Porque também isso carece de urgência na sua reinvenção. Afinal, que idade tem um corpo que cria futuros? Rui Torrinha
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Quinta 01, 21h30 CCVF / Grande Auditório Company Wayne McGregor Autobiography [Estreia Nacional] —
Quinta 08, 21h30 CCVF / Grande Auditório Aerites Dance Company / Patricia Apergi Cementary [Estreia Nacional]
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Sexta 02, 21h30 CCVF / Pequeno Auditório Vera Mantero O Limpo e o Sujo
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Sábado 03, 18h30 CIAJG / Black Box Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristóvão Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre
Sexta 09, 21h30 CCVF / Pequeno Auditório Marlene Monteiro Freitas com a colaboração de Andreas Merk Jaguar — PÁG. 15
Sábado 10, 18h30 CIAJG / Black Box Euripides Laskaridis Titans [Estreia Nacional]
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Sábado 03, 21h30 CCVF / Grande Auditório Rui Horta Humanário [Estreia Absoluta]
Sábado 10, 21h30 CCVF / Grande Auditório Peeping Tom Vader
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Quarta 07, 21h30 CIAJG / Black Box Rui Horta Vespa [Reposição]
Preços com desconto (c/d) Cartão Jovem, Menores de 30 anos e Estudantes / Cartão Municipal de Idoso, Reformados e Maiores de 65 anos / Cartão Municipal das Pessoas com Deficiência; Deficientes e Acompanhante
ASSINATURA PARA 5 ESPETÁCULOS (à escolha)
30,00 eur ASSINATURA PARA 4 ESPETÁCULOS (à escolha)
25,00 eur ASSINATURA PARA 3 ESPETÁCULOS (à escolha)
20,00 eur Preço especial alunos de Escolas de Artes Performativas e Rede TO 4,00 eur (preço aplicável aos espetáculos que se realizam no Grande e Pequeno Auditório do CCVF)
Cartão Quadrilátero Cultural_desconto 50% Venda de bilhetes www.ccvf.pt oficina.bol.pt Centro Cultural Vila Flor Casa da Memória Centro Internacional das Artes José de Guimarães Multiusos e Complexo de Piscinas de Guimarães Lojas Fnac, El Corte Inglés, Worten Entidades aderentes da Bilheteira Online Serviço de Baby-Sitting Centro Cultural Vila Flor Funcionamento em dias de espetáculo e durante o período de apresentação Dos 3 aos 9 anos Capacidade máxima 20 crianças Preço 1,00 eur
Q U I N TA 0 1 , 21H 3 0
C C V F / GR ANDE AUDITÓRIO
Autobiography [ESTREIA NACIONAL]
Wayne McGregor regressa a Guimarães e ao Centro Cultural Vila Flor com mais uma estreia em solo nacional. Depois da apresentação de “Atomos” em 2016, o multipremiado coreógrafo abre o GUIdance com a incrível peça “Autobiography”. Fervorosamente aclamada pela imprensa internacional, “Autobiography” tem sido considerada a sua obra mais íntima e ousada.
Partindo do seu código genético enquanto arquivo de vivências, McGregor sequenciou o seu próprio genoma humano, convertendo-o em algoritmos que deram origem aos movimentos da peça. Como tem sido marca habitual no seu trabalho, em “Autobiography” McGregor reúne um corpo magnífico de bailarinos e volta a causar espanto pela cenografia e pelo espetacular jogo de luzes. Visionário e imperdível.
A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 80 min. aprox. s/intervalo · Maiores de 12 · Preço 10,00 eur / 7,50 eur c/d
© Richard Davies
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Wayne McGregor returns to Guimarães and to the Vila Flor Cultural Center with another world premiere in Portugal. On the heels of his 2016 presentation “Atomos”, the multiple award-winning choreographer opens GUIdance with an incredible piece entitled, “Autobiography”. Wildly acclaimed by the international press, “Autobiography” has been called his most intimate and daring. Using his own genetic code as an archive of
life experiences, McGregor has sequenced his own human genome, converting it into algorithms which create the movements for the piece. Becoming something of a hallmark of his work, in “Autobiography” McGregor has brought together a magnificent corps of dancers and once again amazes the audience with his scenography and spectacular play with stage lighting. This visionary performance is not to be missed.
S E X TA 0 2 , 21H 3 0
C C V F / PEQUENO AUDITÓRIO
© TUNA
O Limpo e o Sujo
Em “O Limpo e o Sujo”, Vera Mantero, Elizabete Francisca e Francisco Rolo dançam para desabafar, dançam para expelir, dançam para absorver. Expurgam, limpam e expulsam as contaminações do interior dos seus corpos. Há corpos educados e há corpos deseducados. Há, sobretudo, um alegre chafurdar na fusão entre estas duas espécies de corpos. Ao longo da peça, os intérpretes manuseiam objetos, imagens, palavras, movimentos, intensidades. Manuseiam espaços, tempos, afetos, desejos, vibrações. Manuseiam fantasmas. Limpam-se e sujam-se nesse manuseio. Um manuseio que, à medida que é percorrido, se torna ferramenta de equilíbrio e de ecologia pessoal e social.
A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 60 min. aprox. s/intervalo · Maiores de 12 · Preço 7,50 eur / 5,00 eur c/d
In “O Limpo e o Sujo” (“The Clean and the Dirty”), Vera Mantero, Elizabete Francisca and Francisco Rolo dance to release, they dance to expel, they dance to absorb. They purge, they cleanse, and they flush out the contaminations from inside their bodies. There are polite bodies and there are impolite bodies. Above all there is a joyful wallowing in the merging of these two species of bodies. During the play, the performers handle objects, images, words, movements, and intensities. They manipulate spaces, times, feelings, desires, and vibrations. They manipulate phantasms. They cleanse themselves and dirty themselves in this action of handling and manipulating, one which, over time, becomes the tool for equilibrium and personal and social ecology.
SÁBADO 03, 18 H 3 0
C I A J G / B L AC K B OX
Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre
A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 60 min. aprox. s/intervalo · Maiores de 12 · Preço 5,00 eur / 3,50 eur c/d
© Susana Neves
“Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre” parte de Almada Negreiros, da sua velocidade em despertar cérebros no corpo. Simultaneidade, velocidade, incongruência com o exclusivo, assimilação e sobreposição conduzem ao maximalismo em associação com a eternidade rápida e urgente de Almada e unem com o gesto, mais que com a teoria, de atos dadaístas e surrealistas de hibridismo de linguagens e de espontaneidade. Uma coreografia focada no excesso, na sobreposição de padrões, na associação de elementos díspares, no sem sentido, não discursivo, não demonstrável. Na multíplice experiência do irrepetível.
“Da insaciabilidade no caso ou ao mesmo tempo um milagre” (“On Insatiability, in the case of, or at the same time, a miracle”) is inspired by Almada Negreiros and the velocity of awakening minds within the body. Simultaneousness, velocity, incongruence with the exclusive, assimilation, and overlapping lead to maximalism and associate with Almada’s rapid and urgent eternity and unite with the gesture, but along with the theory of Dadaist and surrealist acts of hybrid language and spontaneity. A choreography focused on excess, the overlapping of patterns, on the association of disparate elements, on the senseless, the non-discursive, and the non-demonstrable. On the multiplicity of experience of the unrepeatable.
SÁBADO 03, 21H 3 0
C C V F / GR ANDE AUDITÓRIO
Humanário
Direitos Reservados
[ESTREIA ABSOLUTA]
11 A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 60 min. aprox. s/ intervalo · Maiores de 12 · Preço 10,00 eur / 7,50 eur c/d
“Humanário” é o título da nova criação de Rui Horta, cuja estreia absoluta acontece no GUIdance. Uma obra criada em conjunto com Tiago Simães, responsável pela direção musical do projeto, que integra cerca de 40 intérpretes amadores, onde o traço de união é a capacidade vocal. “Humanário” reflete a importância da coesão da comunidade em diálogo com as idiossincrasias dos intérpretes. Uma obra sobre a diversidade, mas igualmente sobre a construção de um objeto comunitário. Reduzida à voz e ao corpo, a peça cria um traço de união, numa celebração da diferença de géneros, idades e culturas.
© Herman Sorgeloos
“Humanário” is the title of Rui Horta’s new creation, which will have its absolute premiere at GUIdance. This work was created together with Tiago Simães, responsible for musical direction, and will include 40 amateur performers where the binding thread is vocal capacity. “Humanário” reflects the importance of the cohesion of a community in dialogue with the idiosyncrasies of the performers. This is a work about diversity yet also one on the construction of a communityobject. Reduced to voice and body, this play creates a mark of unity in a celebration of both genders and of all ages and cultures.
Q U A R TA 0 7, 21H 3 0
C I A J G / B L AC K B OX
Vespa [REPOSIÇÃO]
Rui Horta brings “Vespa” to GUIdance, the piece which he premiered at the CCVF in April of last year when he celebrated his 60th birthday. It is a solo which Horta himself performs, a piece about a head that is exploding, about what we never even managed to forsake because we held ourselves back from striving. The show is extremely personal, as Horta had none but himself to contend with in the isolation, confinement and the long hours in the studio, testing the limits of the mind and body. Rui Horta is a savage veteran, and it is only this status which bolsters him, today, with the daring and obstinacy needed to return to the stage. After a 30-year hiatus from the stage, Rui Horta once again surrenders himself over to the audience.
© Paulo Pacheco
Rui Horta traz ao GUIdance “Vespa”, peça que estreou no CCVF, em abril do ano passado, aquando da celebração dos seus 60 anos de vida. Um solo, interpretado pelo próprio. Uma peça sobre uma cabeça a explodir, sobre o que nem sequer falhámos porque nos coibimos de cumprir. Um espetáculo extremamente pessoal, em que teve de lidar consigo próprio através da solidão e do confinamento, pelas longas horas sozinho em estúdio, testando os limites da mente e do corpo. Rui Horta é um veterano selvagem. Só essa condição lhe permite, hoje, a ousadia e a obstinação de voltar ao palco. Depois de 30 anos de ausência, Rui Horta entrega-se novamente ao público.
A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 60 min aprox. s/intervalo · Maiores de 16 · Preço 5,00 eur / 3,50 eur c/d
Q U I N TA 0 8 , 21H 3 0
C C V F / GR ANDE AUDITÓRIO
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Cementary
A estreia nacional de “Cementary” assinala a segunda visita de Patricia Apergi a Guimarães e ao GUIdance, depois da presença no festival em 2015 com “Planites”. Neste espetáculo, a coreógrafa grega continua a indagar sobre um tópico central na sua obra, o labirinto urbano, focando-se agora na cidade como lugar de caos. Um lugar de abandono, onde vagueiam os sem-abrigo, onde edifícios que outrora tinham vida são largados à ruína, lugar que foi de encontro e efervescência, mas que no futuro será sinónimo de desolamento. Um espetáculo que exprime o distanciamento de um ideal para mostrar que quanto mais o perseguimos mais mergulhamos numa ansiedade vazia e nada sobrará para os tempos vindouros. Nada é mais triste do que o desaparecimento de um sonho.
The Portuguese première of “Cementary” marks Patricia Apergi’s second visit to Guimarães and to GUIDance, following her presence at the 2015 Festival with the show “Planites”. In this show, the Greek choreographer continues to probe into the central theme of her work, the urban labyrinth, focusing now on the city as a place of chaos. A place of abandonment, one where the homeless wander about, where buildings which teemed with life in the past are left to ruin, a place which meant encounters and effervescence but which in the future will be synonymous with desolation. The show expresses the distancing from an ideal in order to show that the more we pursue the ideal, the more we dive into a sense of empty anxiety and nothing will be left for the future. Nothing is sadder than the disappearance of a dream.
A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 70 min. s/intervalo · Maiores de 12 · Preço 10,00 eur / 7,50 eur c/d
©Tassos Vrettos
[ESTREIA NACIONAL]
S E X TA 0 9 , 21H 3 0
C C V F / PEQUENO AUDITÓRIO
© Uupi Tirronen Zodiak Center for New Dance
© Uupi Tirronen Zodiak Center for New Dance
Jaguar
Marlene Monteiro Freitas é uma força da natureza e por isso esta criação não podia ter outro nome que não “Jaguar”, que explode natureza nos seus mais diversos e amplos sentidos. Um cruzamento de inspirações que brotam muitas vezes sem controlo e que fazem da arte o que ela deve ser: uma força incontrolável, que não se fecha em rótulos ou denominações, mas que voa livre na cabeça de quem cria. E da cabeça passa para o corpo, que prolifera uma dança sem restrições. “Jaguar” é o nome dado a alguns cavalos, mas neste caso é uma peça de dança e um teatro de marionetas. Uma cena de caça, ou melhor, uma cena de caça assombrada. Marlene Monteiro Freitas faz-se acompanhar de Andreas Merk para se expor aos perigos da selva.
Marlene Monteiro Freitas is a force of nature, and for this reason, there is no better name than “Jaguar” to describe her explosive nature in the most diverse and broadest sense of the word. A criss-crossing of inspirations burst forth uncontrolled, which make art what it should be: an uncontrollable force that cannot be summed up with labels or tags but which flies about unfettered in the mind of the person creating it. From the mind the notion next passes to the body where a dance proliferates without restrictions. “Jaguar” is name given to certain horses, but in this case it is a dance piece and a marionette theatre. A hunting scene, or better put, a haunted hunting scene. Marlene Monteiro Freitas is accompanied by Andreas Merk to show the audience what dangers are hiding in the jungle.
A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 1h45 min. s/ intervalo · Maiores de 12 · Preço 7,50 eur / 5,00 eur c/d
SÁ BA D O 10 , 18 H 3 0
C I A J G / B L AC K B OX
Titans
© Elina Giounanli
[ESTREIA NACIONAL]
“Titans” chega ao GUIdance como um lembrete da frágil condição humana, evocando a importância de todos os fracassos. Nesta peça, Euripides Laskaridis trabalha em estreita colaboração com o figurinista Angelos Mendis e cria um cenário apocalíptico para explorar a perseverança da humanidade diante do desconhecido. O desespero perante o fim da razão, um mundo desolador que evoca uma era em que os titãs governavam o universo. “Titans” traz à cena criaturas dos sítios mais recônditos da mente para refletirmos sobre quem somos. Desde sempre nos impomos a acreditar num ideal. Mas com que propósito? O que distingue, afinal, o ideal do real? A fraqueza humana? A falência titânica de uma ordem ética? “Titans” assinala o quão frágil e enganador é o arquétipo da perfeição.
“Titans” arrives at GUIdance as a reminder of the fragile human condition, underscoring the importance of all our failures. In this piece, Euripides Laskaridis works in close collaboration with designer Angelos Mendis to create an apocalyptic scenario to explore the perseverance of humanity when faced with the unknown, despair when faced with the end of reason, a desolating world which evokes the era when the Titans governed the universe. “Titans” brings creatures to the stage from the secret most places in the mind for us to reflect on who we are. We have always strived to believe in an ideal. But for what purpose? In the end, what distinguishes the ideal from the real? Human weakness? The titanic fallacy of an ethical order? “Titans” points to how fragile and deceiving the archetype of perfection is.
A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 50 min. s/intervalo · Maiores de 12 · Preço 5,00 eur / 3,50 eur c/d
SÁ BA D O 10 , 21H 3 0
C C V F / GR ANDE AUDITÓRIO
Vader
A ficha técnica e artística do espetáculo pode ser consultada em www.ccvf.pt · Duração 90 min. s/intervalo · Maiores de 12 · Preço 10,00 eur / 7,50 eur c/d
Depois de “Moeder” (Mãe) – espetáculo apresentado no 12o aniversário do CCVF –, a companhia belga Peeping Tom visita novamente o CCVF, desta vez para encerrar o GUIdance com “Vader” (Pai), a primeira parte desta trilogia em torno da família. “Vader” reflete sobre a decadência, o vazio, a indiferença e a fúria a que estamos sujeitos quando a vitalidade nos abandona,
socorrendo-se, ainda assim, de algum humor. A ação passa-se num cenário que nos remete para um lar de idosos, muito semelhante a uma cave, um lugar onde somos muitas vezes deixados ao abandono. Um retrato de um lugar que nos remete para a solidão no fim da vida, obrigando a uma introspeção sobre um filme que já (quase) acabou.
© Herman Sorgeloos
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Following “Moeder” (“Mother”) – a show presented for the CCVF’s 12th anniversary year – the Belgian company Peeping Tom is once again visiting the CCVF, this time slated to close the GUIdance Festival with “Vader” (“Father”), the first part of the trilogy on the family. “Vader” is a reflection on decadence, emptiness, indifference, and the anger that we
are subjected to when our vitality abandons us, and even so, drawing on a bit of humour. The action takes place in a home for the elderly resembling a basement, a place where many times we leave things we no longer need. This is a portrait of a place which depicts the loneliness at the end of one’s life, obliging us to take an introspective look on a film that is (nearly) over.
Masterclasses — Sexta 02, 18h30-20h30 CCVF / Sala de Ensaios Masterclasse com Company Wayne McGregor Sexta 09, 18h30-20h30 CCVF / Sala de Ensaios Masterclasse com Peeping Tom Talks: Conversas Pós-Espetáculo — Quinta 01 CCVF / Foyer do Grande Auditório Talk com Company Wayne McGregor Sábado 03 CCVF / Foyer do Grande Auditório Talk com Rui Horta Quinta 08 CCVF / Foyer do Grande Auditório Talk com Patricia Apergi Sábado 10 CCVF / Foyer do Grande Auditório Talk com Peeping Tom
Debate — Sábado 03, 16h00 CIAJG / Sala de Conferências Criar Futuro(s) [parte I] Moderação Cláudia Galhós Sábado 10, 16h00 CIAJG / Sala de Conferências Criar Futuro(s) [parte II] Moderação Cláudia Galhós Sessões para Escolas — Quinta 08 e Sexta 09 Conferência sobre Dança Por Cláudia Galhós Embaixadores da Dança — Quinta 01, 10h30 Escola Secundária Martins Sarmento Joana von Mayer Trindade Terça 06, 10h30 Escola Secundária Santos Simões Rui Horta Meeting Point do Festival — Sexta 02 e Sábado 03, Sexta 09 e Sábado 10, Após os espetáculos Café Concerto do CCVF
Masterclasses — Sexta 02, 18h30-20h30 CCVF / Sala de Ensaios Masterclasse com Company Wayne McGregor
Talks: Conversas Pós-Espetáculo — Quinta 01 CCVF / Foyer do Grande Auditório Talk com Company Wayne McGregor
Sexta 09, 18h30-20h30 CCVF / Sala de Ensaios Masterclasse com Peeping Tom
Sábado 03 CCVF / Foyer do Grande Auditório Talk com Rui Horta
As masterclasses programadas no âmbito do GUIdance são uma experiência única de trabalho criativo que permitem a bailarinos/as e alunos/as de dança de nível avançado um contacto privilegiado com alguns dos mais conceituados criadores internacionais da dança contemporânea. Este ano, as masterclasses do GUIdance serão orientadas pelas companhias Wayne McGregor e Peeping Tom. Como tarefa complementar da formação, é possibilitado o acesso aos espetáculos das companhias que orientam as masterclasses.
Quinta 08 CCVF / Foyer do Grande Auditório Talk com Patricia Apergi Sábado 10 CCVF / Foyer do Grande Auditório Talk com Peeping Tom O momento mais circular e horizontal do festival, onde o público se relaciona com os artistas de forma direta. Uma conversa espontânea e sem regras. This is the most circular yet horizontal moment of the Festival, where the public interacts with the artists more directly in a spontaneous conversation without set rules.
The masterclasses included in the GUIdance programming are a unique experience for creative growth, enabling dancers and advanced level students of dance a coveted opportunity to work with some of the most prominent international names in contemporary dance. This year, the GUIdance masterclasses will be led by Wayne McGregor and Peeping Tom. In addition to the educational benefits, participants will be able to attend the performances of the companies giving the masterclasses. As inscrições poderão ser efetuadas no Centro Cultural Vila Flor, no Centro Internacional das Artes José de Guimarães ou no site www.ccvf.pt através do preenchimento do formulário disponível online.
Direitos Reservados
Público-alvo Profissionais e alunos de dança nível avançado No máximo de participantes 20 Data limite de inscrição 30 de janeiro (masterclasse com Company Wayne McGregor) e 06 de fevereiro (masterclasse com Peeping Tom) Preço 5,00 eur [com direito a bilhete para o espetáculo da companhia que orienta a masterclasse)
Todas as idades Entrada livre
Direitos Reservados
sempre começo. Ecoando num futuro sem lugar para utopias as vozes e os movimentos dos corpos de artistas muito diversos. Era uma vez é uma história ainda por inventar e cabe-nos a nós participar na sua escrita. Era uma vez é um porvir. Ou para chegar lá (onde? sabemos onde?) talvez nem passemos por aí?
Debate — Sábado 03, 16h00 CIAJG / Sala de Conferências Criar Futuro(s) [parte I] Moderação por Cláudia Galhós Sábado 10, 16h00 CIAJG / Sala de Conferências Criar Futuro(s) [parte II] Moderação por Cláudia Galhós Corpo presente como emergência de futuro. O corpo, na sua manifestação biológica, é a primeira e mais requintada tecnologia, mesmo quando expõe os seus limites e a perversão resultante da consequência da sua ação potente. É na tensão rica desse aparente paradoxo que começa e termina este festival: a contar histórias. Nas histórias que conta, o mesmo escapa à narrativa linear, partilha uma dimensão individual, autobiográfica – biológica e/ou na investigação científica de ponta – seja na escala da arquitetura familiar, geracional ou evocativa de outras temporalidades. Estamos aqui para morrer. Para que a vida continue. Estamos sempre nesse plano complexo da máquina celular que é tudo e é nada: oxigénio e sufoco; esquecimento e memória; material e efémero; biológico e tecnológico... Um tudo e nada que a tudo e nada retorna e nesse ir e vir desenha possibilidades de futuros que integram visões lúcidas, arrasadoras e simultaneamente maravilhosa dos tempos que atravessamos. Fim. Que é
The body present as emergency of the future. The body, in its biological manifestation, is the prime and most sophisticated technology, even when it lays bare its limits and the resulting perversion of the consequences of its powerful actions. It is in the rich tension of this apparent paradox that this festival begins and end: in the telling of stories. In the stories that it recounts, the Festival escapes the linear narrative, it shares an individual and autobiographical dimension – biological and/or in terms of the latest scientific research – be it on the scale of architecture that is familiar, generational, or evocative of other temporalities. We are here to be mortal beings. We die so that things continue. We are always on this complex plane of the cellular machine that is everything and nothing: oxygen and suffocation; forgetting and memory; material and ephemeralness; biology and technology… An all and nothingness to which everything and nothing both return and it is in this coming and going that possibilities for futures are drawn which include lucid visions, amazing and simultaneously marvellous ones of the times which we are traversing. The end. Which is always a beginning. Echoing within a future without a place for utopias, the voices and the movements of the very diverse artists’ bodies. Once upon a time is a story yet to be invented and it falls to us to participate in its writing. Once upon a time is a future. Or to get there (where? do we know where?) perhaps we don’t even pass by this way? Todas as idades Entrada livre
Direitos Reservados
Sessões para Escolas — Quinta 08 e Sexta 09 Conferência sobre Dança Por Cláudia Galhós
Embaixadores da Dança — Quinta 01, 10h30 Escola Secundária Martins Sarmento Joana von Mayer Trindade
Esta é uma espécie de aula-conferência sobre a história da dança contemporânea, com a jornalista e crítica de dança Cláudia Galhós, na qual se misturam olhares e processos da criação artística ao longo dos tempos.
Terça 06, 10h30 Escola Secundária Santos Simões Rui Horta
Quinta 08 10h30 Escola Secundária de Caldas das Taipas 19h00 Asas de Palco - Escola de Artes Performativas
Sexta 09 10h30 Escola Secundária Francisco de Holanda 18h00 Academia de Música e Bailado de Guimarães
This event is a type of class-conference on the history of contemporaneous dance with journalist and dance critic Cláudia Galhós in which the discussion will include different perspectives and the processes involved in artistic creation over the years.
Nestes encontros, convidamos alguns coreógrafos a partilhar o seu percurso, a sua experiência de vida e as suas visões artísticas em contexto de sala de aula. Uma visita devolvida depois pelos alunos, para assistirem ao espetáculo do criador que com eles estabeleceu um sentido de partilha. For these encounters, we have invited certain choreographers to share moments from their careers, their life experiences, and artistic visions in a classroom style context. Afterwards, the students will become more involved as they attend a performance of the creative artistic with whom they have just established a greater sense of sharing.
Direitos Reservados
Meeting Point do Festival — Sexta 02 e Sábado 03, Sexta 09 e Sábado 10, Após os espetáculos Café Concerto do CCVF Ambiente festivo e descontraído para reencontro com os artistas no período pós‑espetáculo. A dança em contexto social. This festive and relaxing atmosphere is one where you can enjoy a post-show encounter with the artists. This is dance in the social context. Maiores de 12 Entrada livre
Avenida D. Afonso Henriques, 701 | 4810-431 Guimarães Tel: 253 424 700 | email: geral@ccvf.pt
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