Jornal Festivais Gil Vicente | 2012

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ESPETÁCULOS

ATIVIDADES PARALELAS

QUARTA 06, QUINTA 07 E SEXTA 08 | 22H00 CAIXA NEGRA - FÁBRICA ASA

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DOMINGO 10 A QUARTA 13 | 10H00 ÀS 14H00 OFICINA “O CORPO DA MEMÓRIA” ANTONIO TAGLIARINI OFICINA DE CRIAÇÃO ASSOCIADA AO ESPETÁCULO “AS BARCAS” SALA DE ENSAIOS DO CCVF INSCRIÇÃO GRATUITA (SUJEITA AO PAGAMENTO DE UMA CAUÇÃO)

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Considerado, de uma forma geral, o pai do teatro português, Gil Vicente foi, sem dúvida, o primeiro grande dramaturgo nacional, além de poeta de renome. Escreveu também em castelhano, sendo, por isso, apontado, por alguns, como responsável pela paternidade da dramaturgia espanhola. Este ano, o legado de Gil Vicente, patrono do festival que se realiza em Guimarães há várias décadas, ganha destaque através da estreia absoluta d’ “As Barcas”, a mais recente criação de João Garcia Miguel, e “Joane”, o novo espetáculo da companhia galega Voadora. Contemporânea da transição da Idade Média para o Renascimento, a obra vicentina representa a evolução para uma sociedade questionadora e não conformada com o instituído. É o início do contraponto entre a rigidez da hierarquia e da ordem social e a capacidade de questionar o estabelecido. É nesta perspetiva que encaramos os Festivais Gil Vicente, como espaço de reflexão, de questionamento e inquietude, como ferramenta de conhecimento e crescimento cultural e humano. São as extensas obras literárias dos nossos autores que nos permitem conhecer outras realidades, com tal minúcia, realismo e simbolismo, como se fossem uma viagem. Por isso, também Raul Brandão – escritor que viveu grande parte da sua vida em Guimarães, e que nos deixou uma vasta obra literária – encontra-se representado nesta programação através de “Ilhas”, a estreia da nova criação da KARNART. Este ano, os Festivais Gil Vicente serão palco para a estreia absoluta de 5 novas criações. A apresentação, única e irrepetível, da maratona épica de falação d’ “Os Lusíadas”, será um dos pontos altos do festival. A participação ativa da comunidade permitirá criar uma performance ímpar que começa no dia 09 e termina a 10 de junho, data em que se assinalam 440 anos da edição d’ “Os Lusíadas”. Para além do apoio à criação artística, à produção e à coprodução, também a democracia cultural, o acesso à cultura e a participação do público, sustentam a programação dos Festivais Gil Vicente. O ato programático não faz sentido se não tiver como desígnio uma lógica participativa do público, uma atitude ativa da comunidade, de prática sistemática, em detrimento de uma atitude passiva e descomprometida. Esperamos, por isso, o envolvimento de cada um, a motivação e o interesse de todos, valorizando cada contributo como único e fundamental. Bons espetáculos! José Bastos

It goes without saying that Gil Vicente is widely regarded to be “the Father of Portuguese Theatre”, and is our first national playwright as well as a poet of renown. He also wrote in Spanish, with this fact leading him, in the eyes of some, to assume a role in contributing to the birth of theatre and play-writing in Spain as well. This year, the legacy of Gil Vicente, the patron of this Festival which has been held in Guimarães for decades, takes on greater weight with the premiere of “As Barcas”, (The Boats) the most recent creation from João Garcia Miguel, and “Joane”, the latest performance from the Galician company, Voadora. The work of Gil Vicente, which spans the transition period of the Late Middle Ages to the Renaissance, represents the evolutionary period of a society which is questioning itself and is at odds with established institutions. This is the dawn of the counterpoint between the rigidity of hierarchy and social order and the opportunity to question the established order. This is how we have chosen to face the Gil Vicente Festivals – as being a space for reflection, for questioning and restlessness, one that is a tool for widening cultural and human knowledge and growth. It is in the extensive literary works of Portuguese authors that we can understand other realities with the minute detail, realism and symbolism that one might have as if on a journey. And thus we have included Raúl Brandão – including him in this year’s programming through the performance called “Ilhas” (Islands), in its premiere by KANART. This year, the Gil Vicente Festivals will be the stage for five shows enjoying their world premiere. These shows, presented for the first time on stage in a unique and never-to-be-repeated moment, will represent the epic marathon of the telling of the Lusíadas and will prove to mark one of the high points of the Festival. Active participation from the local community will allow for a oneof-a-kind performance beginning on June 9th and concluding on June 10th, the date which marks the 440th anniversary of the printing of “The Lusíadas”. In addition to the notion of artistic creation, production and co-production, the ideals of cultural democracy, access to culture and participation from the public sustain the programming which underlies the Gil Vicente Festivals. And the programming means little if it lacks the element of public participation, community goodwill, and systematic practices in favour of resigning itself to non-committal and passive attitudes. Thus we do our utmost to involve each and every person, motivating and sparking the interest in everyone, and in so doing, valorizing each person’s contribution as unique and fundamental. Enjoy the show! José Bastos


SOBRE A ENCENAÇÃO D’AS BARCAS

BARCAS

© Direitos Reservados

© Direitos Reservados

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QUARTA 06, QUINTA 07 E SEXTA 08 | 22H00 CAIXA NEGRA - FÁBRICA ASA JOÃO GARCIA MIGUEL ESTREIA ABSOLUTA


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MISTÉRIOS CONTEMPORÂNEOS omámos os textos de Gil Vicente (“Auto da Barca do Inferno”, “Auto da Barca do Purgatório” e “Auto da Glória”), como base para uma criação que é para nós uma viagem. Os textos e as ideias do autor e fundador do teatro português, Gil Vicente, alimentaram-nos a criação e foram transformadas numa obra onde as palavras se inscreveram nos corpos, implicando-os nos tempos e nos espaços nos quais habitam. A investida no mundo medieval, nas fontes do teatro europeu e português, inscreve-se no trabalho sobre os textos e os universos clássicos que a companhia tem vindo a desenvolver. É um investimento na investigação num território fértil pela redescoberta que nos traz diferentes perspetivas do mundo. Nessas viagens ao passado comum, encontrámos o conceito medieval, de virar "o mundo às avessas" para o revelar nos seus detalhes, segredos e subtilezas. Este conceito, pela sua operatividade, tem-se vindo a tornar uma das dramaturgias subtis da obra. Uma dramaturgia para a criação de mistérios contemporâneos.

SINOPSE DE UM IMPOSSÍVEL Para “As Barcas”, obra inspirada num conjunto de textos de Gil Vicente, figura marcante do teatro medieval português, desenvolvemos um sistema de trabalho que se desdobra em duas direções e que procuramos fazer coincidir: a performance e um conjunto de medias e tecnologias interativas que se inscrevem no tempo real. Regressámos ao tema das viagens. Às viagens a um corpo impossível, desconhecido, a um corpo perdido num labirinto vazio de sentidos, condenado, corpo impossível e fora do tempo, virado do avesso, corpo que se move num espaço para além da vida, num espaço propriedade da morte. Buscamos no texto o corpo, o esqueleto, o músculo. Buscamos a sensibilidade por debaixo da linguagem, dentro dos segredos, das opacidades dos sentidos, das palavras, enquanto olhares para o mundo. Este conjunto de textos colocam os mortos a falar de si, da sua vida e dos modos como a viveram. São textos que funcionam como espelhos invertidos do mundo, de uma época. São textos sobre um mundo impossível.

UMA CRIAÇÃO É UMA FORMA POLÍTICA A encenação é uma forma de escrever o mundo comum, que opera sobre o que se movimenta por debaixo das coisas. A encenação movimenta-se por entre linguagens: das coisas, dos corpos, das imagens, das palavras, dos sentidos, narrativas, sons, cheiros, espaços e tempo. Ou seja, tudo o que é substância própria do existir em conjunto, em sociedade. É uma expressão política, um território de investigação privilegiado que coloca em causa os olhares sobre a existência: propõe, impõe, contradiz, instiga, provoca e invoca os seus limites e condicionalismos. A encenação de

Contemporary Mysteries We have taken Gil Vicente’s texts (“The Boat to Hell”, “The Boat to Purgatory”, and “The Boat to Heaven”) as the basis of a creative work which for us is a journey. The texts and ideas of the founder of Portuguese theatre, Gil Vicente, have piqued our creativity, and they have been transformed into a work where words have been inscribed on the body, marking the time and the space in which they reside. It is the emphasis on the medieval world and the origins of European and Portuguese theatre which underlies the textual work and the focus on the classical sphere which the Company has been developing recently. It is an investment in the exploration of fertile lands by way of rediscovery, one which different perspectives on the world can offer us. In these journeys to a common past, we have encountered the medieval concept of “turTHE TEXTS AND IDEAS OF THE FOUNDER OF ning the world inside out” PORTUGUESE THEATRE, GIL VICENTE, HAVE in order to reveal its details, PIQUED OUR CREATIVITY, AND THEY HAVE secrets and subtleties. This BEEN TRANSFORMED INTO A WORK WHERE concept, given its operativity, has become one of the WORDS HAVE BEEN INSCRIBED ON THE BODY, understated playwriting asMARKING THE TIME AND THE SPACE IN pects of the work as it is draWHICH THEY RESIDE. maturgy geared toward the creation of contemporary mysteries.

OS TEXTOS E AS IDEIAS DO AUTOR E FUNDADOR DO TEATRO PORTUGUÊS, GIL VICENTE, ALIMENTARAM-NOS A CRIAÇÃO E FORAM TRANSFORMADAS NUMA OBRA ONDE AS PALAVRAS SE INSCREVERAM NOS CORPOS, IMPLICANDO-OS NOS TEMPOS E NOS ESPAÇOS NOS QUAIS HABITAM.

uma performance é uma forma de arte que põe em causa a própria ideia de arte enquanto produto singular. É um território que coloca a criação no espaço do corpo público, enquanto dispositivo implicante. É nesse território performativo que se relacionam os espetadores com os atores e a demais equipa criativa participante. Nesse sentido, os colaboradores mais próximos do encenador, os atores tornam-se intérpretes, ao traduzirem as palavras em ações físicas; os atores são, também, criadores, pois exige-se que se impliquem em cada instante, gesto, respiração, vinculando a sua presença num tempo e mundo comum. A imperfeição de uma obra, uma das condições da encenação, abre-se nesse tempo do momento criativo aos espetadores, também eles criadores de um corpo público, que ao construirse em conjunto, fala, comunica, questiona de for-

Synopsis of the impossible For “The Boats”, a work inspired by a set of texts by Gil Vicente, the prominent figure in Portuguese medieval theatre, we have developed a working system which unfolds in two directions and which we have sought to bring together: the performance and the collection of interactive media and technologies which appear in real time. We return to the theme of journeys. We take up journeys to an impossible, unknown body, to a body lost in an empty labyrinth of feelings, condemned, a body impossible and out of time, turned inside out, a body which moves within a space beyond life, in a space which is the property of death. In the text we seek out the body, the skeleton and the muscle. We seek out the sensitivity beneath language, inside the secrets, the opaqueness of fe-


© Direitos Reservados

© Direitos Reservados

ma imprevisível e inesperada as coisas do mundo. Ao envolver-se com todos os que com a obra contactam e a constroem, a encenação torna-se afirmação política, questiona o estar no mundo, implica-se enquanto inquietação pública e ou desimplica-se como indiferença manifesta de um conformismo público.

COMPANHIA JOÃO GARCIA MIGUEL João Garcia Miguel constituiu-se como empresa em outubro de 2002. Desde então, a criação e a pesquisa têm-se convergido no seu percurso. Fundou o “Espaço do Urso e dos Anjos”, em Lisboa, criando assim um local de referência para o trabalho e apresentação de artes performativas e visuais de vanguarda. O investimento num reportório contemporâneo fez com que, com uma forte componente performativa e plástica, João Garcia Miguel aumentasse o número de parcerias criativas e coproduções, tornando-se Artista Associado do Espaço do Tempo e da Casa dos Dias da Águas.

A ENCENAÇÃO DE UMA PERFORMANCE É UMA FORMA DE ARTE QUE PÕE EM CAUSA A PRÓPRIA IDEIA DE ARTE ENQUANTO PRODUTO SINGULAR. É UM TERRITÓRIO QUE COLOCA A CRIAÇÃO NO ESPAÇO DO CORPO PÚBLICO, ENQUANTO DISPOSITIVO IMPLICANTE.

THE STAGE PERFORMANCE IS AN ART FORM WHICH CALLS THE VERY IDEA OF ART AS A SINGULAR PRODUCT INTO QUESTION. IT IS A TERRITORY WHICH PLACES THE CREATIVE WORK WITHIN THE SPACE OF THE PUBLIC BODY AS AN ENTANGLING DEVICE.

Texto de Gil Vicente • Direção e dramaturgia João Garcia Miguel • Atores Felix Lozano, Sara Ribeiro, David Pereira Bastos, Joana Levi • Música e Vídeo Rui Gato • Figurinos Steve Denton • Assistência à Direção João Samões • Programação Interactiva audiovisual André Sier • Desenho de Luz e Direção Técnica Luís Bombico • Direção de Produção Filipa Hora • Produção Executiva Claudia Figueiredo • Apoio à Dramaturgia Teresa Fradique • Apoio ao espaço cénico Mantos • Fotografias Jorge Reis • Documentação Mafalda Cruz • Apoio Gráfico Red Beard • Produção JGM, Guimarães 2012 Capital da Cultura, Festivais Gil Vicente • Coprodutores Islotes En Red, Rui Viola Produções, Programa Cultura 2007-2013 • Duração 1h40min. s/intervalo • Maiores de 16 http://www.joaogarciamiguel.com/

elings, and the words as perspectives on the world. This group of texts gets the dead to speak of themselves, of their life and the ways they lived them. These are texts which function as mirrors looking into a world, into an era. These are texts about an impossible world. A creative work is a political form The stage performance is a way to write about the ordinary world, which drives whatever is moving about beneath things. The stage performance moves about in and amongst various languages: that of things, bodies, images, words, feeling, narratives, sounds, smells, spaces, and times. In other words, everything that is the very substance of existing in a group, in society. It is a political expression, a privileged land of exploration which calls our perspectives of existence into question: it proposes, it imposes, it contradicts, it instigates, it provokes, and it denotes limits and special conditions. The stage performance is an art form which calls the very idea of art as a singular product into question. It is a territory which places the creative work within the space of the public body as an entangling device. It is within this territory of performance in which the audience relates with the actors and the rest of the participating creative team. In this sense, the director’s closest collaborators, the actors, become performers in their translation of words into physical actions; in addition, the actors are also creators as they must necessarily become entwined in every instant, gesture, and breath, thus binding their presence with time and the ordinary world. The imperfection of a work, one of the conditions of a stage performance, is revealed in this creative moment to the audience, they themselves creators of a public body, which in coming together and constructing itself, speaks, communicates, and questions the things of the world in an unpredictable and unexpected way. In involving all those who have contact with and construct the piece, the stage performance becomes a political affirmation, questions how the world is, and agitates as public restlessness and/or resigns itself as the indifference shown in public conformity. Companhia João Garcia Miguel João Garcia Miguel began the Company in October of 2002. Since then, writing, creating and research have been his main undertaking. He founded the “Espaço do Urso e dos Anjos” (The Space for the Bear and the Angels) in Lisbon, thus creating a prominent spot for working on and presenting cutting-edge visual and performing arts pieces. His investment in a contemporary repertory, together with his strong focus on performing and plastic arts, has led João Garcia Miguel to increase the number of creative partnerships and co-productions he is involved with, becoming an Associated Artist at Espaço do Tempo and at Casa dos Dias da Água.


QUINTA 07 E SEXTA 08 | 22H00 PEQUENO AUDITÓRIO DO CCVF VISÕES ÚTEIS ESTREIA ABSOLUTA

NIÓBIO

Numa espécie de enclave territorial, misto de destroço urbano e barca voadora encalhada, um estranho grupo de personagens decide separar-se do seu país natal e proclamar a independência de um novo Estado. A nova micronação, Nióbio, é constituída por três habitantes, uma banda e uma lagosta. E a banda nem sequer está completa… Living in a type of enclave, a territory that is a mix of urban ruins and the wreck of a stranded flying vessel, a strange group of people decides that they will separate from their native land and declare themselves an independent and new country. This new, tiny nation called Nióbio is made up of three inhabitants, a band and a lobster. And the band itself isn’t even all together…


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APESAR DE TODO O EMPENHO DOS SEUS FUNDADORES (E ÚNICOS CIDADÃOS), A NAÇÃO DE NIÓBIO NÃO PARECE TER GRANDES HIPÓTESES DE FUTURO. TALVEZ PORQUE NÃO CONSEGUE DEIXAR DE REPLICAR OS ERROS QUE DITARAM DEGENERAÇÃO DA NAÇÃO MÃE.

Fotografia © Inês de Carvalho

ara que uma nação seja uma nação a sério tem de ter História, leis e linguagem próprias, e se nada disso existir pode criar-se rapidamente. O novo povo de Nióbio vai implementar todos os procedimentos necessáDESPITE ALL THE COMMITMENT OF THE rios à validação do recém país, desde FOUNDING FATHERS (AND ONLY CITIZENS) OF a escolha dos símbolos nacionais, à relação diplomática com as organizaNIÓBIO, THE COUNTRY DOESN’T SEEM TO HOLD ções internacionais, passando pelas MUCH PROMISE FOR THE FUTURE. MAYBE estratégias de sustentabilidade a lonTHIS IS BECAUSE IT CANNOT HELP BUT REPEAT go prazo. Mas, apesar de todo o empenho dos seus fundadores (e únicos THE ERRORS THAT BROUGHT ABOUT THE cidadãos), a nação de Nióbio não paDOWNFALL OF THEIR ORIGINAL HOMELAND. rece ter grandes hipóteses de futuro. Talvez porque não consegue deixar de replicar os erros que ditaram a degeneração da nação mãe. A única salvação pode ser firmar uma aliança es- No Visões Úteis o projeto estético continua a crestratégica, formalizada através de um casamento cer em sintonia com uma forte motivação ética de conveniência. Uma ótima oportunidade para - podemos mesmo dizer política - numa constanexibir toda a glória niobiana, através da organi- te reflexão acerca do sentido contemporâneo de zação de um grande evento social e cultural. E, fazer arte e teatro, que quotidianamente marca claro, tem de haver banquete. Nem que seja à as opções de trabalho, agudiza a consciência da custa do sacrifício da lagosta, único animal do responsabilidade social e política para com as copaís e símbolo nacional. munidades envolventes e obriga à partilha dos processos de reflexão e autonomia da arte contemporânea com a população em geral, e em particular com todos aqueles que vivem nas periferias, sejam estas de geografia, género, geração, cultura ou etnia. VISÕES ÚTEIS O Visões Úteis é membro da PLATEIA - AssociaProjeto artístico, de origem teatral, fundado no ção de Profissionais das Artes Cénicas e do IETM Porto em 1994, e atualmente residente na Fábri- - International Network for Contemporary Perca Social. Até 2011, o Visões Úteis criou e produ- forming Arts. A Direcção Artística é de Ana Vitoziu 36 espetáculos de teatro, 4 audiowalks, uma rino e Carlos Costa. instalação multimédia, 4 filmes e cinco festivais, em Portugal, Espanha, For a nation to be a real naFrança e Itália. O Visões Úteis é um tion, it needs to have its projeto artístico, marcadamente de own history, laws and lanautor, que se produz a si próprio, um guage, and if none of this projeto pluridisciplinar, com uma diexists at the outset, it can be reção partilhada e assente em metocreated rather quickly. The dologias de trabalho colaborativas que new people of Nióbio will convocam uma especial participação thus take all the necessary de toda a equipa artística. Como sisteps to have their newlynais desta identidade podem apontarformed country recognized, se as sucessivas experiências de Perfrom the selection of natioformance na Paisagem - articuladas nal symbols to diplomatic com viagens, residências, património relations with international e memórias - e a assinatura de dramaorganizations, even dealing turgias originais, resultado de longos with long-term sustainabiprocessos criativos que questionam, lity strategies. But despisem mediação, não só o nosso aqui e te all the commitment of agora mas também os modos de parthe Founding Fathers (and ticipação do público. only citizens) of Nióbio, the country doesn’t seem to hold much promise for the future. Maybe this is because it cannot help but repeat the errors that brought about the downfall of their original homeland.

Their only salvation may arrive in the making of a strategic alliance occurring through a marriage of convenience. This represents a great opportunity to put all of Nióbio’s glory on display in the organization of a grand social and cultural event. And of course there has to be a banquet – even if it means sacrificing the lobster, the only animal in the county and Nióbio’s national symbol. Visões Úteis A theatre-oriented artistic group founded in Oporto in 1994, Visões Úteis calls the Fábrica Social its home. As of 2011, Visões Úteis has created and produced 36 theatrical performances, 4 audio-walks, a multi-media show, 4 films and five festivals in Portugal, Spain, France and Italy. Visões Úteis offers primarily original shows, which it produces itself, in a multi-disciplinary arrangement where direction is shared and based on collaborative work methodologies which call for the special participation of the entire artistic team. As an example of this collaborative identity, we cite the successive experiences in “Performance na Paisagem” (Performance in the Landscape) – articulated through trips, artists-in-residence, heritage work and memories – as well as original playwriting, which is the result of long creative processes that unabashedly question not only our ‘here and now’ but also the ways the audience can participate. At Visões Úteis our aesthetic efforts and scope continue to grow in harmony with a strong ethical motivation – we might even say political motivation – in our constant reflecting on the contemporary meaning of what it is to do art and theatre, which each day underpins our options for work, sharpens our awareness of social and political responsibility toward the communities which surround us, and compels us to share the processes of reflection and autonomy in the contemporary arts with the population in general, and in particular with those who live on the outskirts, whether they be in terms of geography, gender, age group or ethnicity. Visões Úteis is a member of PLATEIA - Associação de Profissionais das Artes Cénicas (Association of Theatre Arts Professionals) and IETM - International Network for Contemporary Performing Arts. Ana Vitorino and Carlos Costa are the Artistic Directors.

Nióbio 41.ª criação Visões Úteis • Texto e direção Ana Vitorino, Carlos Costa • Cenografia e figurinos Inês de Carvalho • Banda sonora original e sonoplastia João Martins • Desenho de luz José Carlos Coelho • Cocriação Ana Azevedo • Interpretação Ana Azevedo, Ana Vitorino, Carlos Costa, Pedro Carreira, João Martins • Produção Visões Úteis • Duração 70 min. aprox. s/intervalo • Maiores de 16 http://www.visoesuteis.pt/


Fotografia © Susana Paiva

Uma maratona de falação do épico poema português “Os Lusíadas”, construída ao longo de mais de quatro anos pelo ator António Fonseca. A participação ativa da comunidade vimaranense permite criar uma performance única que começa no dia 09 e termina a 10 de junho, data em que se assinalam 440 anos da edição d’ “Os Lusíadas”.

OS

LUSÍADAS SÁBADO 09 | 10H00 ÀS 24H00 GRANDE AUDITÓRIO DO CCVF ANTÓNIO FONSECA ESTREIA ABSOLUTA

This performance represents the marathon recitation of the Portuguese epic poem, “The Lusíadas”, a project which has been in the making over the past four years, the brainchild of the actor, António Fonseca. The active participation on the part of the Guimarães community will allow for a one-ofa-kind performance which begins on June 9th and concludes on June 10th, the 440th anniversary of the publication of “The Lusíadas”.


“O Fotografia © Susana Paiva

s Lusíadas”, obra de referência da nossa história e da nossa memória coletiva, construída sob o signo da viagem, de Lisboa a Calecut na descoberta do caminho Marítimo para a Índia, é também a síntese e o prolongamento de todas as viagens, numa memorável metáfora da própria vida, emoldurando a nossa alma lusitana e a nossa identidade enquanto povo. Como nas grandes obras de música, tudo se encontra contido nesta obra, sub-repticiamente insinuado nos ritmos, nos jogos de palavras, nos fôlegos de pensamento, no humor, no contraste dos andamentos. Neste espetáculo, esta grande estória com História, vai ser contada através de episódios e factos referidos numa viagem profundamente autobiográfica como as mais ingénuas estórias infantis e comunicada pelo ator a partir do coração, que é a forma mais intensa do entendimento. Como Companhia que atenta primordialmente ao processo de trabalho do ator, entendemos ser este um projeto de exceção, em que a performance do desempenho do intérprete exige um nível de competência e rigor únicos, sendo a comunicação deste Grande texto, também ela, uma verdadeira Epopeia Teatral só digna dos grandes atores. E num período do mundo em que a todos nós “Lusíadas”, afinal a todos os portugueses, nos é exigido um esforço quase sobre-humano ao nível da nossa sobrevivência individual e coletiva, o Teatro Meridional quer continuar a ver no Mar o horizonte de todas as Viagens, e exaltar, espalhar e cantar por toda a parte se a tanto nos ajudar o engenho e a arte… “Mais do que prometia a força Humana”…

Conceção e Interpretação António Fonseca • Interpretação do Canto X António Fonseca, Ana Baltar, Sofia Silva, Diogo Moreira, Zé Pedro Silva, Celeste Silva, Emília Silva, Rita Moreira, Carla Cunha, Alice Cunha, Fátima Cunha, Tiago Baltar, Augusta Sousa, Balbina Almeida, Ana Sousa, Leonor Sousa, Nuno Sequeira, Filipa Sequeira, Luís Gonçalves, Ana Silva, André Rodrigues, Mafalda Silva, Manuela Calheiros, Filomena Oliveira, Olinda Salazar, Anaida Oliveira Ribeiro, Maria José Oliveira, Isabel Bessa, Rosa Freitas, Mariana Alvarenga, Carla Abreu, Pedro Argainha, Carlos Argainha, Pedro Abreu, Cláudia Prado, Armando Abreu, Francisco Pereira, Angélica Ribeiro, Maria João Freitas, Natacha Salgado, Bruna Fernandes, Luís Fernandes, Joana Fernandes, Cláudia Freitas, Filomena Guimarães, Nazaré Madureira, José Carlos Pinto, Sónia Leite, Ana Ferreira, Joaquim Fernandes, Rafaela Gonçalves, Gabriela Alves, Vitória Abreu, Ricardo Moreira,

Natália Abreu, António Teixeira, Ana Pinto, Joaquina Bastos, Marta Bastos Ámen, Inês Bastos, José Pedro Bastos, Fernando Sérgio, Verónica Costa, Alexandre Moreira, Fernanda Freitas, José Luís, Manel Inácio, Daniel Lobo, Conceição Ribeiro, Luís Costa, Filipa Costa, Sandrina Rodrigues, João Magalhães, Juliano Magalhães, Madalena Vaz, Alexandra Silva, Alexandra Martinho, Alice Martinho, Nuno Martinho, Palmira Antunes, Margarida Antunes, Susana Pereira, Mariana Antunes, Ana Rita Antunes, José Luís Antunes, Cristiano Araújo, José Teixeira, Nelson Soares, Paula Saraiva, Pedro Martinho, Sofia Martinho, João Pedro Martinho, Francisco Assis Silva, João Martinho, Serafim Martinho, Celeste Martins, Sara Martinho e Afonso Martinho • Espaço Cénico e Figurinos Marta Carreiras • Desenho de Luz José Álvaro Correia • Música Original e Sonoplastia Fernando Mota • Fotografia Susana Paiva • Assistência de Cenografia Marco Fonseca e Teresa Varela

• Montagem Marco Fonseca e Nuno Figueira • Operação Técnica Nuno Figueira • Contrarregra Rosa Cardoso • Registo Vídeo Patrícia Poção • Produção Executiva Natália Alves • Direção de Produção Maria Folque • Coprodução Teatro Meridional e Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura • Direção Artística do Teatro Meridional Miguel Seabra e Natália Luiza • Agradecimentos Adelino Correia, Felicidade Fonseca, Manuela Martinez, Mónica Almeida, Rita Tomás, Rosa Cardoso • Maiores de 12

Apresentações • Canto I - 10h00 • Canto II - 11h00 • Canto III - 12h00 • Canto IV - 15h00 • Canto V - 16h00 • Canto VI - 17h00 • Canto VII - 18h00 • Canto VIII - 19h00 • Canto IX - 22h00 • Canto X - 23h00 http://www.teatromeridional.net


ANTÓNIO FONSECA Licenciado em Filosofia, António Fonseca é ator desde 1977. Foi agraciado com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal, pela Câmara Municipal de Oeiras. Foi nomeado para os Globos de Ouro para melhor NESTE ESPETÁCULO, ESTA GRANDE ator de teatro por “Waiting for Godot”, encenado por Miguel Seabra, ESTÓRIA COM HISTÓRIA VAI SER do Teatro Meridional (2006). Foi ainCONTADA ATRAVÉS DE EPISÓDIOS E da nomeado para os Globos de ouro deste ano, para melhor ator de teatro FACTOS REFERIDOS NUMA VIAGEM pelo trabalho na peça “Vermelho”, PROFUNDAMENTE AUTOBIOGRÁFICA encenada por João Lourenço. Colabora regularmente em projetos de forCOMO AS MAIS INGÉNUAS ESTÓRIAS mação nas áreas do Teatro e ExpresINFANTIS E COMUNICADA PELO são Dramática, com destaque para a colaboração mantida com o Curso de ATOR A PARTIR DO CORAÇÃO, QUE Teatro e Educação da ESECoimbra, É A FORMA MAIS INTENSA DO desde 2000.

ENTENDIMENTO.

O Teatro Meridional é uma companhia portuguesa vocacionada para a itinerância que procura nas suas montagens um estilo marcado pelo protagonismo do trabalho de interpretação do ator, fazendo da construção de cada objeto cénico uma aposta de pesquisa e experimentação. Realizou até à data 43 produções, tendo já apresentado os seus trabalhos em 19 países, para além de realizar uma itinerância anual por Portugal Continental e ilhas. Desde 1992, ano da sua fundação, os trabalhos do Teatro Meridional já foram distinguidos 22 vezes a nível nacional e 9 a nível internacional.

IN THIS SHOW, THIS GREAT TALE OF HISTORY WILL BE RECOUNTED THROUGH EPISODES AND FACTS REFERRED TO IN CAMÕES’ DEEPLY AUTOBIOGRAPHICAL JOURNEY AS IF THEY WERE THE MOST INNOCENT OF CHILDREN’S TALES TOLD BY AN ACTOR FROM THE HEART, WHICH INDEED IS OUR MOST INTENSE FORM OF UNDERSTANDING.

“The Lusíadas” is a seminal work which has shaped Portuguese history and our collective memory, written as the journey from Lisbon to Calicut on the trip to discover the sea route to India; it is also the synthesis and extension of all these journeys in a most memorable metaphor of one’s own life, one which has moulded the essence of the Portuguese soul and our identity as a people. As with great musical masterpieces, everything can be found contained in this work, cleverly insinuated in the rhythms, in the plays-on-words, in the pulses of thought, in the humour and in the contrasts of how the action plays out.

Fotografia © Susana Paiva

TEATRO MERIDIONAL

In this show, this great tale of History will be recounted through episodes and facts referred to in Camões’ deeply autobiographical journey as if they were the most innocent of children’s tales told by an actor from the heart, which indeed is our most intense form of understanding. As a Company whose primary focus is the development of the actor’s skill, we understand this project to be truly an exceptional one in which the performance and the commitment of the actor demands the utmost in talent and rigour as this is a great and illustrious text, a true theatrical epic worthy of only the most gifted of actors. And at a time in our world today where all of us “Lusíadas” – all of us Portuguese – are being required to make almost super-human efforts just for our own individual and collective survival, the Teatro Meridional would like to continue to see how the sea is the horizon for all journeys, and in so doing, to praise, to spread forth and to sing out for all to hear just how much genius and art comes to our aid… “More than human strength did promise”… António Fonseca Holding a Bachelor’s Degree in Philosophy, António Fonseca has been an actor since 1977. He was awarded the Municipal Gold Medal of Merit by the City of Oeiras. He was also nominated for the Portuguese Golden Globes in the category of Best Actor in a Play (2006) for his performance in “Waiting for Godot” directed by Miguel Seabra at the Teatro Meridional. He was nominated again this year for Best Actor in a Play for his role in “Vermelho” (Red), directed by João Lourenço. He collaborates regularly in classes and training in the fields of Theatre and Dramatic Expression, with special mention of his participation since 2000 in the Theatre Arts and Education degree course given at ESECoimbra. Teatro Meridional Teatro Meridional is a Portuguese touring company which focuses intensely on the show and the individual performances of the actors, making each staged event an endeavour in which experimentation and indepth probing into the art are key. To date, the company has produced 43 shows, performing in 19 different countries, in addition to taking to the road throughout Continental Portugal and the islands of the Azores and Madeira. Since its founding in 1992, the Teatro Meridional has been acclaimed 22 times with awards in Portugal and 9 times internationally.


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“Joane” é uma alegoria da idiotice. Este projeto foi idealizado em várias fases e envolveu a colaboração de mais de 50 atores investigando em diferentes ateliers sobre a idiotice, tomando como ponto de partida a figura de Joane, o Parvo do “Auto da Barca do Inferno”. O resultado é uma partitura cénica repleta de poesia, ironia, nonsense, beleza, dança, monstros e música pop. Uma visão fresca e evocativa da obra vicentina.

Anjo: Tu passarás, se quiseres; Porque em todas as tuas ações Por malícia não erraste. A tua simplicidade chega-te Para desfrutar dos prazeres. Angel: You will pass, if you wish; Because in all your actions You never once did harm out of malice. Your simplicity suffices you As you delight in your pleasures.

QUARTA-FEIRA 13 | 22H00 PEQUENO AUDITÓRIO DO CCVF VOADORA ESTREIA ABSOLUTA

“Joane” is an allegory to idiocy. This project took place in various phases and involved the collaboration of more than 50 actors working in different studios and taking up the theme of silliness and idiocy, beginning with the character of Joane, the Fool in “The Boat to Hell”. The result is a scenic landscape full of poetry, irony, nonsense, beauty, dance, monsters, and pop music. This is a fresh and evocative new look at a work by Gil Vicente.


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Why “Joane”? Within the context of Portuguese dramaturgy, Joane is one of the more famous characters although in all likelihood he is one who has been least written about. The unrestrained tongue, which is so fitting for his role as the Fool, places him above Good and Evil. His situation of being someone without roots puts a clear vision of society on display, with its problems and defects. Rarely does a character of such low social standing dare to criticize the powers-that-be (either of this world or the celestial sphere) and emerge unscathed, without having suffered the least of consequences. His is a figure which is fundamental for perceiving the distance between the Fool who is sincere and thus only speaks the truth, and those who esteem their status and will not admit to any error. In a time as irrational as ours, there is nothing like a fool to show us the way.

J

PORQUÊ “JOANE”? oane é, no contexto da dramaturgia portuguesa, uma das personagens mais famosas apesar de ser, provavelmente, uma das que menos texto dedicado tem. A língua desenfreada que lhe proporciona a sua condição de tonto coloca-o acima do bem e do mal. O seu desenraizamento transmite uma visão clara da sociedade, dos seus problemas e defeitos. Raramente uma personagem de tão baixa condição se atreveu a criticar as forças dominantes (terrestres ou não) e sair incólume, sem qualquer consequência. A sua figura é fundamental para a perceção da existência de uma distância entre o louco que é baseado na sinceridade e, portanto, só diz a verdade, e aqueles que confiando no seu status não admitem os seus erros. Numa época tão irracional como a nossa, nada como um tolo para mostrar o caminho.

JOANE É, NO CONTEXTO DA DRAMATURGIA PORTUGUESA, UMA DAS PERSONAGENS MAIS FAMOSAS APESAR DE SER, PROVAVELMENTE, UMA DAS QUE MENOS TEXTO DEDICADO TEM.

JOANE IS ONE OF THE MORE FAMOUS CHARACTERS ALTHOUGH IN ALL LIKELIHOOD HE IS ONE WHO HAS BEEN LEAST WRITTEN ABOUT.

Autoria Voadora • Direção Marta Pazos • Dramaturgia Voadora • Intérpretes 15 almas penadas • Músicos em palco Jose Díaz e Hugo Torres • Música original Jose Díaz e Hugo Torres • Cenografia Marta Pazos • Desenho de luz José Álvaro Correia • Figurinos Uxía P. Vaello • Costureira Clotilde Vaello • Assistência à Direção Uxía P. Vaello • Produtor Jose Díaz • Desenho gráfico e Fotografia Sara Pazos • Distribuição Víctor López Carbajales • Duração 70 min. s/ intervalo • Maiores de 12 http://www.voadora.es/

VOADORA Voadora é uma companhia criada em Santiago de Compostela no ano de 2007 com uma elevada dose de alegria, entusiasmo, profissionalismo e talento. Uma nova maneira de fazer teatro caracterizado pela multiplicidade interpretativa dos seus elementos. As suas produções conjugam música ao vivo, uma dramaturgia cuidada, uma conceção estética bem trabalhada e um movimento cénico desenhado a partir da realidade coreográfica. O seu trabalho de estreia, “Lugares Comuns”, uma trilogia cénica elaborada entre 2008 e 2012, conferiu reconhecimento à Voadora como uma das companhias mais interessantes do panorama espanhol colecionando prémios, uma extensa digressão que incluiu os festivais de teatro contemporâneo mais relevantes da península ibérica e uma grande receção por parte da crítica e do público. A Voadora é constituída por Marta Pazos, Hugo Torres e Jose Díaz.

Voadora Voadora is a company which came together in Santiago de Compostela in 2007 with a plentiful helping of joy, enthusiasm, professionalism and talent. It offers a new way to do theatre characterized by the multiple performance skills of its members. Their productions bring together live music, careful playwriting, a well-thought out aesthetical concept and stage movement design based on choreographic reality. Their first performance of “Common Places”, a trilogy presented from 2008 to 2012, garnered Voadora praise as one of the most interesting companies on the scene in Spain, earning them awards, and allowing for extensive touring which included the most relevant contemporary theatre festivals on the Iberian Peninsula, as well as acclaim from critics and audiences. Voadora is comprised of Marta Pazos, Hugo Torres and Jose Díaz.


What's in a name? That which we call a rose. By any other name would smell as sweet. Shakespeare, Romeu e Julieta

TOP MODELS: QUINTA-FEIRA 14 | 22H00 GRANDE AUDITÓRIO DO CCVF

CÃO SOLTEIRO & ANDRÉ e. TEODÓSIO

PAULA SÁ NOGUEIRA (UM BESTIÁRIO)

A História está cheia de nomes: Antígona, António e Cleópatra, Platonov, Hedda Gabler, Gianni Schicchi, e por aí fora. Mera literatura ou terão sido em tempos organismos vitais, biologia? Nunca os conheci e no entanto ocupam o meu condomínio cerebral. É lá que vivem. Domesticam-me. Levam vidas normais e são vizinhos de muitos e tantos nomes, todos eles arquitetos da minha subjetividade, tijolos do meu mundo. History is quite full of these names: Antigone, Anthony and Cleopatra, Platonov, Hedda Gabler, Gianni Schicchi, and on down the list. Are these mere literary figures or did they at one time live and breathe? I never met them personally, yet they are quite present in my mind. And there, they are quite alive. They domesticate me. They live normal lives and are the neighbours of so many names, each one being an architect to my subjectivity, the building blocks of my world.


ANDRÉ e. TEODÓSIO

P

ara que o tempo que passa e que arrasta consigo o esquecimento não saia a ganhar decidi registar os incógnitos, os meus, aqueles que não se sabe se ficarão para a História, mas que passarão a ter um bilhete de identidade e a pagar quotas. Um amigo uma vez encorajou-me: "Mesmo sabendo que o tempo levará a melhor, não podemos deixar de julgar hoje." Portanto, pelos anos que me restam, vou dedicarme a este trabalho: transformar os amigos em protagonistas de coisas que ficam por contar. Chamo-lhe TOP MODELS. Paula Sá Nogueira será a segunda habitante a tomar uma forma (depois do espectáculo Susana Pomba - um mito urbano). A forma de um bestiário. André e. Teodósio

Artist, reference ornithologist, false biographer, 35 years old, ist Slim (facts don’t) Fit (him): Art over Life. Mind over matter (here he comes). Head over Heels (he’s winning). A over Der (he leaves). Game over (we lose) – this means we really love him. André e. Teodósio é um desordeiro: acorda e põese a pensar em coisas difíceis de executar num espectáculo teatral de estratégia mimética: o cair da noite, morrer, entradas e saídas narrativas, enfim, todo um pesadelo para qualquer pessoa que queira fazer teatro e pensar muito.

So that the winds of time which seem to whisk everything away to oblivion do not end up victorious, I have decided to jot down those who are unnamed, the ones that are mine, those who may not be around to be marked down in history but who will still have an Identity Card and pay their yearly dues with me. A friend once encouraged me: “Even if you know that time will take the

Não é todos os dias que conhecemos uma pessoa que amamos. E encontrá-las na mesma cidade em que se vive pode-se dizer que é raro! Antes de nos conhecermos eu já era uma espécie de admirador secreto gogoliano daquele cão solteiro. Seguia-lhes as pegadas e os latidos. Quis o destino que as conhecesse num teatro onde ia estrear o meu primeiro espectáculo (curiosamente tratava-se de um texto de Gogol), quando me ajudaram a arranjar a ficha de um candeeiro, porque perceberam que eu estava desesperado com a minha falta de jeito para dar fim àquilo. Mas embora o que eu escrevo agora seja real no sentido em que aconteceu, o meu objetivo é totalmente metafórico: a lâmpada que me ajudaram a acender era a que estava dentro da minha cabeça, a cabeça de alguém que ainda se comportava segundo procedimentos artísticos miméticos. Porque esse celibatário era mais do que um cachorro, um amante ou um professor: sem elas tenho a certeza de que não saberia o que quer dizer estar vivo. Cão Solteiro é para mim o mais importante companheiro do mundo. You pet it is! André e. Teodósio

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CÃO SOLTEIRO

NÃO É TODOS OS DIAS QUE CONHECEMOS UMA PESSOA QUE AMAMOS. E ENCONTRÁ-LAS NA MESMA CIDADE EM QUE SE VIVE PODE-SE DIZER QUE É RARO!

IT IS NOT EVERY DAY THAT WE COME TO MEET A PERSON THAT WE LOVE. AND TO ENCOUNTER THAT PERSON IN THE SAME CITY AS OURSELVES, WELL THAT IS QUITE A RARE THING INDEED!

better part, you still can’t help but making judgments today”. So, for the years I still have left in me, I am going to devote myself to the task of transforming friends into leading characters of those things which still have stories to tell. And I am calling them the TOP MODELS. Paula Sá Nogueira will be the second inhabitant who will take shape in this way (following the Susana Pomba show – an urban myth). The shape of a bestiary. André e. Teodósio Stray Dog It is not every day that we come to meet a person that we love. And to encounter that person in the same city as ourselves, well that is quite a rare thing indeed! Before we met each other I was already a type of secret Gogolian admirer of that stray dog. It followed footstep and growled. Fate willed it that I would meet them in a theatre where my first show was about to be performed (oddly, it was a text by Gogol) when they helped me to fix the electrical cord on a lamp as they had seen how desperate I was to be done with something I was so clumsily trying to repair. Although what I write now is real in terms of what happened, my end-game


is a totally metaphorical one: the bulb that they helped me to light was the one inside my head, the head which was still behaving in mimetic artistic expression. Because this single being was more than a puppy, a lover or a teacher: without them I am certain that I would not know what being alive is. Cão Solteiro (Stray Dog) is the most important companion in the world. You pet it is! André e. Teodósio André e. Teodósio Artist, reference ornithologist, false biographer, 35 years old, ist Slim (facts don’t) Fit (him): Art over Life. Mind over matter (here he comes). Head over Heels (he’s winning). A over Der (he leaves). Game over (we lose) – this means we really love him.

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Aqui os mecanismos confirmados do teatro não são rejeitados mas exauridos e abandonados depois à sua sorte/ à sua morte – o ator é aquele que age numa ficção hiper-real e desenvolve o seu discurso através da citação, da anunciação, da enunciação, da nomeação, da enumeração ou de qualquer outra forma hiperbólica, fugindo a sete pés da metáfora – O corpo é o limite. (The sky is the limit) — Qualquer objeto imediatamente reconhecível é passível de ser apropriado e concorre diretamente para a criação de uma estética projetada no Futuro em esperança — O futuro é aqui e agora, a possibilidade de continuar — O insulto é um meio de expressão como qualquer outro. O Mal existe. Há que lidar com ele — A alma é uma mais-valia (mais valia estar quieta). Procura-se o Sublime (um instantinho de beleza). Cão Solteiro

Conceção do espectáculo Cão Solteiro & André e.Teodósio • Texto André e. Teodósio • Figurinos Mariana Sá Nogueira • Assistência de figurinos Miguel Morazzo • Execução de guarda-roupa Mestra Teresa Louro • Assistência para a cenografia Vasco Araújo • Construção de cenografia Cine-Set • Construção de adereços Nuno Tomaz • Registo vídeo Leonor Noivo • Produção e fotografia Joana Dilão • Em cena André e. Teodósio, António Gouveia, Joana Barrios, Joana Manuel João Cabral, Maria Ana Bernauer, Paula Sá Nogueira, Paulo Lages, Vasco Araújo, Medalha d’Ouro: Bernardo Rocha, Diogo Lopes, João Robalo, Luís Magalhães, Rodrigo Pereira • Intervenção do artista plástico Javier Núñez Gasco • Agradecimentos especiais Francisco Frazão, José Manuel Rodrigues, Patrícia Blázquez, Sérgio Godinho, Susana Pomba • Agradecimentos Ricardo Santanna, João Brandão, Maria João Sigalho, Camarada L., Vidreira Costa do Sol, Maria do Carmo Charola, Patrícia Azevedo • Coprodução Culturgest, Cão Solteiro • Residência Espaço do Tempo • Apoio Molaflex / Teatro Praga • Estrutura financiada pelo Governo de Portugal / Secretário de Estado da Cultura / DGArtes • Duração 90min. s/intervalo • Maiores de 12 http://caosolteiro.blogspot.com

André e. Teodósio is a bit disorderly: he wakes up and starts thinking of the things that are tricky perform in a theatre show with a mimetic strategy: nightfall, dying, narrative entrances and exits, in fact, all the nightmares possible for anyone who wants to do theatre yet who is prone to thinking too much. Here, the time-honoured mechanisms of theatre are not rejected but rather deemed as worn out and abandoned just after their death – the actor is the person who reacts within a hyper-real fiction and develops his discourse through citations, announcements, statements, naming, and enumerating, even if in any exaggerated form, fleeing (running and screaming) from metaphor – the sky is the limit. Any immediately recognizable object might well be appropriate in that it aids directly in the creation of an aesthetic which is cast as Looking at the Future with Hope – the future is here and now, the opportunity to continue – Insulting is a means of expression as good as any other. Evil exists. You have to deal with it – The soul is an asset (but how much better if it sat still). Go in search of the Sublime (a fleeting moment of beauty). Cão Solteiro


SEXTA-FEIRA 15 | 22H00 PEQUENO AUDITÓRIO DO CCVF KARNART C.P.O.A.A. ESTREIA ABSOLUTA

ILHAS Na linha do premiado “Húmus”, que apresentou em dezembro de 2010, em Lisboa, a KARNART C. P. O. A. A. apresenta, em estreia mundial nos Festivais Gil Vicente, o espetáculo de perfinst “Ilhas”, baseado em “As Ilhas Desconhecidas” de Raul Brandão – obra que o autor escreveu em 1924, durante uma viagem de dois meses aos arquipélagos dos Açores (maioritariamente) e da Madeira. On the heels of the award-winning show “Hummus”, presented in December 2010 in Lisbon, KARNART C. P. O. A. A. is presenting the world premiere of “Islands” at the Gil Vicente Festivals, based on “The Unknown Islands” by Raul Brandão, a work which the author wrote in 1924 during a two-month trip to the Azores and Madeira.


KARNART C. P. O. A. A.

O

projeto partiu de um cerrado processo dramatúrgico que selecionou excertos e passagens do texto, posteriormente agrupados por temas, os quais inspiraram ambiências sonoras e sugeriram instalações. Estas, subordinadas – também – a objetos com alma previamente recolhidos, tomaram corpo em mesas-ilha contaminando atores/performers e gerando personagens. “Ilhas” é uma experiência integrada no conceito que o coletivo KARNART investiga, que propõe aos espetadores uma escolha de pontos de vista e lhes proporciona a descoberta de narrativas individualizadas: ouvindo sempre, o público desloca-se entre zonas de representação simultânea escolhendo o que quer ver, encontrando o seu próprio sentido ao espetáculo. Cada uma de seis “ilhas” é constituída por uma mesa e um ator/performer. Estes, inspirados nas paisagens descritas por Raul Brandão e nos seus personagens, instalam objetos, criando composições que remetem para Pintura ou Cinema e cuja composição sublinha, antagoniza ou ironiza a ação do texto que se ouve, em off, narrado por uma voz masculina. Para além da apresentação, em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor, no dia 15 de junho de 2012, “Ilhas” contará com outras apresentações públicas no país – Cinema-Teatro Joaquim de Almeida no Montijo, dias 21 e 22 de setembro de 2012; Teatro Nacional São João, no Porto, dias 24 a 27 de janeiro de 2013; Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, dias 7 a 16 de fevereiro de 2013 – e com uma residência de cinco semanas, em cinco ilhas do arquipélago dos Açores, entre os dias 24 de junho e 27 de julho de 2012: Terceira, Faial, Pico, Flores e Corvo.

A KARNART C. P. O. A. A. (KARNART, Criação e Produção de Objetos Artísticos, Associação) é uma associação privada sem fins lucrativos, cujo objeto social se prende com a criação e a produção de objetos artísticos – plásticos, performativos, audiovisuais e outros – centrados no conceito de perfinst (performance-instalação). Fundada em 2001 pelo ator, encenador e produtor Luís Castro – em associação com o artista plás-

“ILHAS” É UMA EXPERIÊNCIA INTEGRADA NO CONCEITO QUE O COLETIVO KARNART INVESTIGA, QUE PROPÕE AOS ESPETADORES UMA ESCOLHA DE PONTOS DE VISTA E LHES PROPORCIONA A DESCOBERTA DE NARRATIVAS INDIVIDUALIZADAS.

“ISLANDS” IS AN EXPERIENCE INTEGRATED INTO THE CONCEPT WHICH THE KARNART COLLECTIVE IS INVESTIGATING, WHICH OFFERS THE AUDIENCE A CHOICE OF POINTS OF VIEW AND PROVIDES THEM WITH THE DISCOVERY OF INDIVIDUALIZED NARRATIVES.

tico Vel Z (Velez), a designer de moda Fernanda Ramos, a fotógrafa Maria Campos e a produtora e realizadora Filipa Reis – à KARNART C. P. O. A. A. se juntaram posteriormente outros profissionais das artes, das letras, das ciências, das áreas humanísticas, das tecnologias, etc. A Associação contou e conta também com as presenças honorárias de Gil Mendo coreólogo e professor, Luísa San Payo advogada e galerista, Luiz Francisco Rebello dramaturgo e advogado, Maria do Rosário Coelho cantora lírica e professora de técnica vocal, e Pedro Oliveira advogado e músico.

Conceção, Dramaturgia e Direção Luís Castro • Codirecção Artística e Imagem para divulgação Vel Z • Interpretação André Santos, André Uerba, Bibi Perestrelo, Filomena Cautela, Mónica Garcez • Paisagem Sonora Adriano Filipe • Narração Luís Castro • Luminotecnia Daniel Coimbra • Caracterização Ana Frazão • Produção Executiva nos Açores Anabela Morais • Assistência à Direção André Santos, Jessica Ascenso (em Estágio Curricular Esad.Cr) • Financiamento Governo de Portugal / Secretário de Estado da Cultura, DireçãoGeral das Artes • Coprodutores Cinema-Teatro Joaquim De Almeida, Teatro Nacional São João, São Luiz Teatro Municipal • Apoios

Câmara Municipal de Lisboa, Maria Filomena Fernandes / Filomena Cautela, MADE2WEAR • Agradecimentos Especiais Cristina Duarte, Maria Do Rosário Morgado Maia, Rita Conduto • Outros Agradecimentos Alexandra Grilo, Anabela Carvalho, Claudia Galhós, Eduardo Duarte, Filomena Varela, Gina Flor, Gonçalo Tocha, Inês Mendes, José Gonçalo Duarte, José Manuel Furtado, Mafalda Ferraz, Maria Emanuel Albergaria, Maria Odete Antunes, Mário Mendes, Miguel Grilo, Paulo Oom • Duração 70min. aprox. s/intervalo • Maiores de 18 http://www.karnart.org/

The show is the result of a closed playwriting session focusing on selected excerpts and text passages, later put into thematic groups, which then inspired sound atmospheres and suggested staging. The staging – for its part – subjected to previously collected soul-objects, took form and body in island-tables and ‘contaminated’ the actorsperformers and gave birth to characters. “Islands” is an experience integrated into the concept which the KARNART collective is investigating, which offers the audience a choice of points of view and provides them with the discovery of individualized narratives: by always listening, the audience moves about in areas of simultaneous representation, choosing what it wants to see, coming to encounter its own meaning for the show. Each one of the six “islands” is comprised of a table and an actor/performer. These are inspired by the landscapes described by Raúl Brandão, and in his characters objects appear which create compositions which recall painting and the cinema, whose composition highlights, depict or make fun of the action of the text being heard in the voiceover done by a man. In addition to the performance at the Vila Flor Cultural Centre in Guimarães on June 15th, 2012, “Islands” will be presented elsewhere in the country – namely at the Cinema-Teatro Joaquim de Almeida in Montijo, on September 21st and 22nd, 2012; the Teatro Nacional São João in Oporto on January 24th to 27th, 2013; the Teatro Municipal São Luiz in Lisbon on February 7th to 16th, 2013 – and a five-week Artist-in-Residency in 5 islands of the Azores from June 24th to 27th, 2012, on the islands of Terceira, Faial, Pico, Flores and Corvo. KARNART C. P. O. A. A. KARNART C. P. O. A. A. (KARNART, Creation and Production of Artistic Objects, Association) is a private, not-for-profit association whose objective is to promote the creation and production of artistic objects – in plastic, performance, audio-visual or other form – centring on the concept of ‘perfinst’ – performance + facilities. Founded in 2001 by the actor, director and producer Luís Castro – in association with the plastic artist Vel Z (Velez), the fashion designer Fernanda Ramos, the photographer Maria Campos, and the producer and director Filipa Reis – KARNART C. P. O. A. A. afterwards was joined by professionals in the field of the arts, letters, sciences, humanities, technology, etc. The Association


PERFINST CONCEITO EM PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO

em dezembro de 2010 a partir da obra homónima de Raul Brandão: “Melhor Trabalho Cenográfico 2010” na categoria de Artes Visuais, Prémio Autores 2011, SPA/RTP; e Menção Especial da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, pela inspirada e brilhante teatralização do universo de Raul Brandão.

A necessidade de criar o neologismo perfinst surgiu quando Luís Castro, encenador e ator português nascido em Moçambique em 1961 e a propósito da conceção do espetáculo “Comb” em Londres, 1996, se confrontou com a dificuldade de classificar aquele que seria um projeto misto de performance e instalação. O perfinst, que se tem vindo a consolidar enquanto conceito de pesquisa artística, flui entre as artes do palco e as artes visuais. A linguagem performativa, que usa técnicas do teatro, da dança e do body-art, e pode ou não recorrer a texto (dramático, romance, poesia, ensaio, etc.), pressupõe que a construção de personagens se focaliza numa interiorização rigorosa, cuja expressão pode ser a palavra, o movimento ou o rasgar dos limites físicos do próprio corpo. A linguagem plástica – de inspiração nas artes visuais e no cinema – tem como ponto de partida o espaço (de a(re)presentação, normalmente não convencional), os objetos (que não têm que funcionar como os tradicionais adereços de espectáculo), a caracterização (marcada, do rosAS LINGUAGENS PERFORMATIVA E to e/ou do corpo dos intérpretes) e/ PLÁSTICA COEXISTEM NO ESPETÁCULO ou a imagem (animada ou fixa). As linguagens performativa e plástica COM PULSÕES INDEPENDENTES coexistem no espetáculo com pulTOCANDO-SE, DIVERGINDO, sões independentes tocando-se, divergindo, multiplicando hipóteses MULTIPLICANDO HIPÓTESES DE de mensagem, interrelacionando MENSAGEM, INTERRELACIONANDO referentes, permitindo que cada espetador possa ver um espetácuREFERENTES, PERMITINDO QUE lo diferente e desfrute de sensações CADA ESPETADOR POSSA VER UM próprias. Pretende-se no perfinst, e ESPETÁCULO DIFERENTE E DESFRUTE dada a sua proximidade física com os atores, levar o espetador a perceDE SENSAÇÕES PRÓPRIAS. cionar com todos os seus sentidos. A participação ativa do mesmo pode inclusivamente influenciar o trilho diário do espetáculo. THE PERFORMING AND THE PLASTIC Nos ambientes dos perfinst podem LANGUAGES CO-EXIST IN THE SHOW WITHIN sentir-se referências expressionistas, neorrealistas ou butô, devendo INDEPENDENT PULSES, TOUCHING UPON ser sempre gerados trabalhos de cruEACH OTHER, DIVERGING, MULTIPLYING THE zamento multidisciplinar com cariz CHANCES FOR MESSAGE, INTERRELATING de intervenção social. Pretendem REFERENCES, ALLOWING EACH AUDIENCE criar-se objetos de grande dimensão estética e forte impacto interventiMEMBER TO SEE THE SHOW IN A DIFFERENT vo, quer do ponto de vista antropoWAY AND TO ENJOY IT WITH HIS OWN SENSES. lógico quer do ponto de vista sociológico, quer ainda dos pontos de vista ambiental e ecológico. À luz deste conceito, a KARNART foi galardoada com dois prémios em 2011 com o espetáculo “Húmus”, criado

benefited, and still benefits from, the honorary participation of choreographer and teacher Gil Mendo, solicitor and gallery operator Luísa San Payo, playwright and solicitor Luiz Francisco Rebello, lyric singer and vocal technique teacher Maria do Rosário Coelho, and solicitor and musician Pedro Oliveira. Perfinst – A concept being explored The need to invent the Portuguese term “perfinst” emerged when Luís Castro, Portuguese director and actor born in Mozambique in 1961 and responsible for the 1996 London show “Comb” faced a tough time naming a project of his which mixed the performance with the staging facilities, or “installations” of the venue. Thus, ‘perfinst’ is a concept which blends the delving into the art of the artist which flows amongst the performance arts and the visual arts. The language of performance which uses theatrical, dance and body-art techniques and which may or may not require text (drama, romance, poetry, essays, etc.) presupposes the construction of characters which focus on rigorous internal analysis whose expression may well be in words, movement or the ripping apart of physical limitations with one’s very body. The language of plastic arts – inspired by visual arts and the cinema – begins with the concept of space (one of normally unconventional (re)presentation), of objects (which do not have to function as traditional show props), of characterization (markedly seen on the faces and bodies of the performers), and/or of image (animate or fixed). The performing and the plastic languages co-exist in the show within independent pulses, touching upon each other, diverging, multiplying the chances for message, interrelating references, allowing each audience member to see the show in a different way and to enjoy it with his own senses. Given the closeness of the actors and audience in the show, ‘perfinst’ strives to make each audience member feel the most of his feelings. His active participation could rightly influence how each day the course of the show is trod. In the world of ‘perfinst,’ expressionist, Neo-realist or Butoh references may emerge, and they should spark multi-disciplinary society-based crossroads. The intention is to create large-scale aesthetic objects which have strong intervention-based impact, whether from the anthropological or sociological point of view, or even from the environmental or ecological point of view. Seen under the light of such a concept, KARNART was awarded two prizes in 2011 for its show “Hummus”, created in 2010 from the Raúl Brandão work – the first as “Best Direction 2010” in the category of Visual Arts from the Prémio Autores 2011, SPA/RTP; and Special Mention from the Portuguese Theatre Critics Association, which noted the inspired and brilliant theatrical quality of the work of Raul Brandão.


UMA NOITE DE VERテグ

Fotografia ツゥ Alテュpio Padilha

SONHO DE


O

SÁBADO 16 | 22H00 GRANDE AUDITÓRIO DO CCVF TEATRO PRAGA COM OS MÚSICOS DO TEJO

Para quê fazer teatro quando só se pensa no verão e no Amor? Para quê a chatice do teatro quando só se pensa no verão e no Amor? Para quê chatearmo-nos com as questões mais quentes quando só se pensa no Verão e no Amor? Para quê desinquietar as mentes? Para quê pretender a inscrição? Para quê dominar o léxico contemporâneo? Para quê tanta ironia e multireferência? Para quê tantas horas passadas na internet com esperança de não largar o zeitgeist? Para quê tanto download? Para quê fazer inimigos ideológicos e estéticos? Para quê queimar pestanas a ler os benjamins do Badiou? Para quê ganhar rugas e cabelos brancos? Quando o que queremos é: verão e Amor? Why bother doing theatre when people only think about summer and about love? Why bother with the hassle of the theatre when people only think about summer and about love? Why bother with the more prickly questions when people only think about summer and about love?Why bother troubling people’s minds? Why bother intending to sign up? Why bother learning the modern lexicon? Why bother with so much irony and multiple references? Why bother spending so many hours on the Internet in the hope of not letting your zeitgeist go? Why bother with so much downloading? Why bother making ideological and aesthetic enemies? Why bother burning the midnight oil to read The Benjamins by Badiou? Why bother getting wrinkles and white hair? Why bother when all we really want is summer and love?


TEATRO PRAGA

S

onho de uma noite de verão é para relaxar e “enjoyar”. É estar sempre on, sem pensar nos que estão off. É ser tratado como um príncipe e adorar cada momento. É sentir a corrente passar e esqueceeeeeeeerme de miiiiiiiim… É como dar um jantar em casa e evitar “certos temas” para que ninguém se aborreça e a conversa possa fluir imaculada. É como ir na autoestrada para o Algarve, ar condicionado no máximo, musiquinha barroca no rádio, namorada ao lado a dar beijos no pescoço… e aí vão eles, a duzentos à hora rumo ao futuro onde lhes espera uma festa temática, um cocktail da moda e uma conta astronómica para pagar no inverno.

Fotografia © Alípio Padilha

Com a restauração da monarquia em 1660, Carlos II autorizou a formação de duas companhias de teatro para servi-lo a si próprio e ao seu irmão, o Duque de York. Foi a partir daqui, e influenciado pela corte de Luis XIV, que nasceu o teatro das máquinas, espetacular e exuberante, excessivo e megalómano. Uma história que tem em “The Fairy Queen”, de Henry Purcell, um magnífico epílogo. Partindo do “Sonho de uma noite de verão”, de Shakespeare, Purcell compõe música para um espectáculo cuja segunda versão, a de 1691-92, se encheu de efeitos especiais tão caros e extravagantes que apesar do seu sucesso terminou em fiasco financeiro. Fala-se de uma fonte de água gigantesca e de seis macacos a dançar. Em “Sonho de uma noite de verão”, o Teatro Praga revive esses tempos. Uma comemoração festiva em busca da felicidade, uma homenagem ao poder ao som de Purcell e ao gosto da época, da nossa.

O Teatro Praga é um grupo de artistas (André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes, Patrícia da Silva e Pedro Penim) que trabalha sem encenador e que pretende sublinhar a irrepetibilidade da prática teatral. São sempre diferentes, estão em constante metamorfose e sujeitam-se a variações imprevisíveis deles próprios. Os espetáculos são acontecimentos que, sem porem de lado a sua condição física de teatro (ficção), vão em busca da “responsabilidade máxima do espetador”, ou seja, de encontrar uma comunidade no meio do caos ficcional. O Teatro Praga nasceu em 1995 e está sedeado em Lisboa. Colabora regularmente com algumas das mais prestigiadas estruturas culturais em Portugal e tem-se apresentado em festivais e teatros de diversos países europeus (Itália, Reino Unido, Alemanha, França, Hungria, Eslovénia, Estónia e Dinamarca).

A Mid-Summer Night’s Dream is to relax and enjoy. It’s always being on, without thinking about those who are off. It’s being treated like a prince and loving every minute of it. It’s feeling the current rush by and forgeeetttiiinng myseeeellff… It’s like inviting people over for dinner and avoiding “certain topics of conversation” so that no one gets annoyed and so that the conversation can flow immaculately. It’s like driving on the motorway down to the Algarve, air-conditioning on maximum, Baroque music on the radio, your girlfriend next to you kissing your neck… and there they’re off, at 200kms an hour headed toward a future where a theme party is waiting for them, a fashionable cocktail bash and an astronomically high bill to pay all winter long.

EM “SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO”, O TEATRO PRAGA REVIVE ESSES TEMPOS. UMA COMEMORAÇÃO FESTIVA EM BUSCA DA FELICIDADE, UMA HOMENAGEM AO PODER AO SOM DE PURCELL E AO GOSTO DA ÉPOCA, DA NOSSA.

With the Restoration of the English monarchy in 1660, King Charles II authorized the formation of two theatre companies, one for himself and the other to serve his brother, the Duke of York. It was at that point (and influenced by the French court of King Louis XIV) IN “A MIDSUMMER NIGHT’S DREAM” TEATRO that the “theatre of machines” was born – specPRAGA RELIVES THESE TIMES. A FESTIVE tacular, exuberant, excesCOMMEMORATION IN THE PURSUIT OF sive and megalomaniacal HAPPINESS, AS A TRIBUTE TO PURCELL’S – a story in which Henry POWER AND SOUND, AND DONE IN THE TASTES Purcell’s “The Fairy Queen” offers a magnificent OF THE TIME, OURS. epilogue. Loosely based on Shakespeare’s “Midsummer Night’s Dream”, Purcell composed the music for a show whose second version in 1691-92 included such expensive and extravagant special effects that despite its critical success it ended as a financial disaster. Part of the show was a gigantic waterfall and six dancing monkeys. In “A Midsummer Night’s Dream” Teatro Praga relives these times. A festive commemoration in the pursuit of happiness, as a tribute to Purcell’s power and sound, and done in the tastes of the time, ours.


OS MÚSICOS DO TEJO Novo projeto musical no campo da música antiga fundado por Marcos Magalhães e Marta Araújo. Um dos principais eixos da ação deste agrupamento consiste em potenciar a maturidade que o movimento da música antiga em instrumentos originais está a atingir em Portugal e dirigi-lo para um trabalho que procure na especificidade do seu repertório uma prática original e livre de fórmulas já garantidas. “Os Músicos do Tejo” tiveram a sua primeira apresentação em Setúbal, em dezembro de 2005. Desde então, têm-se apresentado ao público com programas variados, desde a música sacra portuguesa às origens barrocas do fado, com o disco “Sementes do Fado”. Em 2008 estrearam, no pequeno auditório do CCB, a ópera “La Spinalba” de Francisco António de Almeida, com encenação de Luca Aprea. No seguimento, foram convidados pelo CCB para colaborações futuras no campo da ópera, estreando “Lo Frate Nnamurato” de G.B. Pergolesi, em 2009.

Teatro Praga O Teatro Praga is a group of artists (André e. Teodósio, Cláudia Jardim, José Maria Vieira Mendes, Patrícia da Silva and Pedro Penim) who work without a director and who seek to highlight the “never before to be repeated” quality of the theatre. Performances are always different; they are in constant metamorphosis, subject to unpredictable variation of themselves. A show is an event which, without any disregard to the physical condition of the theatre (that of being fiction), reaches out for “the audience’s highest level of responsibility”, or in other words, the encounter with a community in the midst of a fictional chaos. Teatro Praga began in 1995 and is based out of Lisbon. It regularly collaborates with some of the most prestigious cultural institutions in Portugal and has presented at festivals and theatres in a number of European countries: Italy, UK, Germany, France, Hungary, Slovenia, Estonia and Denmark.

Fotografia © Alípio Padilha

The Músicos do Tejo Marcos Magalhães and Marta Araújo are the founders of this new group dedicated to early music. The Músicos do Tejo use period instruments in their performances of early music, whose following and popularity are growing in Portugal, and have been specifically guiding their repertory toward original pieces and avoiding those that represent the usual fare. The Músicos do Tejo had their first performance in Setúbal in December of 2005 and since then they have presented audiences with a wide range of programmes, from Portuguese sacred music to the Baroque origins of fado, as in their recording, “Sementes do Fado” (Seeds of Fado). In 2008, they premiered the opera “La Spinalba” by Francisco António de Almeida and directed by Luca Aprea in the Small Auditorium of the Belém Cultural Center (CCB). Afterwards, they were invited back to the CCB for other opera collaborations, as in the premiere of “Lo Frate Nnamurato” by G.B. Pergolesi, performed in 2009.

Sonho de uma noite de verão, a partir do Sonho de uma noite de verão de William Shakespeare e de The Fairy Queen de Henry Purcell Um espectáculo Teatro Praga com Os Músicos do Tejo • Com André e. Teodósio, Cláudia Jardim, Diogo Bento, Joana Barrios, Joana Manuel, Patrícia da Silva e Rodolfo Teixeira Solistas João Sebastião (Tenor), Nuno Dias (Baixo), Raquel Camarinha (Soprano) e Rossano Ghira (Contratenor) • Coro Olisipo Armando Possante (Baixo), Elsa Cortês (Soprano), João Moreira (Contralto) e Luísa Tavares (Contralto) • Equipa de filmagem Bruno Reis, Francisca Rodrigues, Joana Frazão, Leonor Noivo, Nuno Morão e Salomé Lamas • Artistas convidados Ana Pérez-Quiroga, Catarina Campino, Javier Núñez Gasco, João Pedro Vale, The End of Irony (Diogo Lopes, Ivo Silva, Miguel Cunha, Rita Morais e Ricardo Teixeira), Vasco Araújo e Vicente Trindade • Direção musical Marcos

Magalhães • Realização vídeo André Godinho • Iluminação Daniel Worm d’Assumpção, Raul Seguro e Ricardo Campos • Som Ricardo Guerreiro • Cenários Bárbara Falcão Fernandes • Casa Filipe Carneiro (Triplinfinito) • Figurinos Carla Cardoso, Figurino Vicente Trindade (António de Oliveira Pinto) • Produção Cristina Correia • Músicos do Tejo Álvaro Pinto (Violino I), Bruno Fernandes (Trompete I), Carolino Carreira (Fagote), Marcos Magalhães (Cravo II), Marta Araújo (Cravo I), Marta Vicente (Violone), Miriam Macaia (Viola), Nuno Mendes (Violino II), Paulo Gaio Lima (Viola de Gamba), Pedro Castro (Oboé) e Sérgio Pacheco (Trompete 2) • Os Músicos do Tejo têm o apoio da empresa AMARSUL • Duração 2h30min. c/intervalo • Maiores de 12 http://www.teatropraga.org/


ATIVIDADES PARALELAS


SÁBADOS 09 E 16 11H00 ÀS 18H30

ESCREVER PARA TEATRO LUÍS MESTRE LABORATÓRIO DE TEATRO/ DRAMATURGIA Nestas duas sessões vamos viajar através das palavras que os atores dizem... lá no palco. Vamos abordar os pontos base para escrever para teatro e criar, para cada um, as ferramentas necessárias para a escrita cénica. Através de exercícios, conceitos, exemplos, análise de textos dramáticos e visualizações de excertos de espetáculos e de filmes, vamos criar a estrutura base para iniciar a construção da peça que sempre sonhaste escrever. Teremos ainda tempo para abordar alguns autores, a sua relação com o teatro, e partilhar experiências e opiniões. “Escrever para Teatro” destina-se a todos os interessados, com idade compreendida entre os 16 e os 21 anos, quer gostem ou não de teatro… mas que sempre desejaram que um ator, numa certa noite, se deleitasse com as palavras que escreveram e que deliciasse quem o está a ouvir.

WRITING FOR THE THEATRE LUÍS MESTRE THEATRE/PLAYWRITING WORKSHOP In these two sessions, we intend to travel amidst the words which the actors will pronounce... those spoken out on the stage. We will address the basic points of writing for the theatre and for each topic create the necessary tools for playwriting. Through exercises, concepts, examples, analysis of dramatic texts, and viewing of excerpts from shows and films, we will create the base structure to begin the building of that play which you always dreamed of writing. We will also have time to study some authors and their relationship with the theatre, and to share experiences and opinions. “Writing for the Theatre” is geared toward young people aged 16 to 21 who are interested in theatre arts, whether you adore the writing or not… yet those who have always wanted to be an actor and have delighted in the written word and have taken pleasure in the enjoyment of the audience at your work.

DOMINGO 10 A QUARTA 13 10H00 ÀS 14H00

OFICINA “O CORPO DA MEMÓRIA” ANTONIO TAGLIARINI OFICINA DE CRIAÇÃO ASSOCIADA AO ESPETÁCULO “AS BARCAS” Associada ao espetáculo “As Barcas”, será realizada uma oficina de criação orientada pelo italiano Antonio Tagliarini. “O corpo da memória” é uma oficina de criação que se debruça sobre as estratégicas de reconstituição. O ponto de partida é a análise crítica de uma série de obras fundamentais da história da dança contemporânea. Este trabalho mais teórico, culminará num trabalho prático onde cada participante desenvolverá um pequeno projeto onde trabalhará algumas das formas de reconstituição.

WORKSHOP “THE BODY OF MEMORY” ANTONIO TAGLIARINI CREATIVE WORKSHOP CONNECTED TO THE SHOW “THE BOATS” As part of the performance experience surrounding “The Boats”, a creative workshop will be held, led by Antonio Tagliarini. “The Body of Memory” is a creative workshop which deals with the strategies of reconstituting something. It will begin with the critical analysis of a series of fundamental works from contemporary dance history. This theoretical approach will conclude with practically-focused work in which each participant will present a piece dealing with a type of reconstitution.

Local Espaço Oficina

Local Sala de Ensaios do CCVF

Público-alvo dos 16 aos 21 anos

Público-alvo maiores de 16 anos, bailarinos, atores,

Horário 11h00 às 13h00 e 14h30 às 18h30

criadores e público em geral

Preço 5 euros

Nº máximo de participantes 16

Lotação 15 participantes

Inscrição gratuita (sujeita ao pagamento de uma caução no

Data limite de inscrição 28 de maio

valor de 25,00 euros que será devolvida no final da oficina)

Inscrições em www.ccvf.pt

Data limite de inscrição 06 de junho Inscrições em www.ccvf.pt


No Jornal dos Festivais Gil Vicente 2012 existe um QR Code. O que são os QR Codes? São códigos de barra bidimensionais que podem ser lidos "tirando uma fotografia" com o telemóvel e descodificados com um software gratuito. Os QR Codes contêm links para páginas na internet, contactos telefónicos e moradas, ou outra informação escrita. O QR Code existente neste Jornal dos Festivais Gil Vicente contém um link para a página do Centro Cultural Vila Flor. Ao utilizar esta tecnologia, poderá consultar toda a programação do CCVF assim como comprar os bilhetes para os espetáculos, em qualquer lugar, quando lhe for mais conveniente. Como ler um QR Code? Para ler um QR Code, aponte a máquina fotográfica do seu telemóvel e acione a captura do código. Os telemóveis mais modernos já vêm com o software de descodificação de QR Codes. Se este não é o seu caso, consulte uma das seguintes páginas abaixo indicadas e instale o software necessário. reader.kaywa.com www.i-nigma.mobi www.qrstuff.com


COMISSÃO ORGANIZADORA DOS FESTIVAIS GIL VICENTE 2012 Programação José Bastos Marcos Barbosa (Programador da área Artes Performativas Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura) Câmara Municipal de Guimarães Francisca Abreu José Nobre Círculo de Arte e Recreio Jorge Cristino Eugénia Oliveira A Oficina Presidente da Direção Francisca Abreu Direção José Bastos Assistente de Direção Anabela Portilha Assistente de Programação Rui Torrinha Serviço Educativo Elisabete Paiva (coordenadora), Lara Soares, Sandra Barros Direção de Produção Tiago Andrade Produção Executiva Paulo Covas, Ricardo Freitas Assistência de Produção Andreia Abreu, Andreia Novais, Carlos Rego, Hugo Dias, João Covita, Mauro Rodrigues, Pedro Silva, Sérgio Castro, Sofia Leite, Susana Pinheiro Direção Técnica José Patacão Assistente de Direção Técnica Carlos Ribeiro Direção de Cena Helena Ribeiro Luz/Maquinaria Luz André Garcia, Luís Silva Maquinaria Eliseu Morais, Ricardo Santos Som/Audiovisuais Pedro Lima (Coordenação) Audiovisuais Emanuel Valpaços, Sérgio Sá

Direção de Instalações Luís Antero Silva Apoio e Manutenção Amélia Pereira, Anabela Novais, Conceição Leite, Conceição Oliveira, Jacinto Cunha, José Gonçalves, Júlia Oliveira Comunicação e Marketing Marta Ferreira, Bruno Barreto Design interno Susana Sousa Direção Administrativa Sérgio Sousa Financeiro, Contabilidade e Aprovisionamento Helena Pereira de Castro (coordenadora), Ana Carneiro, Liliana Pina Serviço Administrativo Marta Miranda (estagiária), Fernanda Pereira, Patrícia Peixoto, Paula Machado, Rui Salazar, Susana Costa Área Expositiva Carla Marques (receção), Cláudia Fontes, Sandra Moura Informática Bruno Oliveira Tradução Scott M. Culp Design Atelier Martino&Jaña



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