Serviço educativo lura 24 2013

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JORNAL DO SERVIÇO EDUCATIVO ABRIL A JULHO 2013 | NUMERO 24 Coordenação Elisabete Paiva Edição Elisabete Paiva e Sandra Barros Produção Gráfica Susana Sousa Comunicação Bruno Barreto Marta Ferreira

Design Atelier Martino&Jaña Textos de Joana Craveiro João Martins Paula Varanda Sandra Barros e o testemunho de Alexandrina Ribeiro, Gabriela Maia, Lígia Ramos e Rui Coutinho Ilustração Diana Martins

Laboratório LURA Pedro Tropa e Teresa Santos Distribuição Andreia Abreu Andreia Novais Carlos Rego Hugo Dias Paulo Covas Pedro Silva Sofia Leite Susana Pinheiro

PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL servicoeducativo@ aoficina.pt ISSN 1646-5652 Tiragem 3000 exemplares

“TODAS AS ARTES CONTRIBUEM PARA A MAIOR DE TODAS AS ARTES, A ARTE DE VIVER.” BERTOLT BRECHT

JORNAL DE ARTES E EDUCAÇÃO

EDITORIAL

PISTAS

A oportunidade de desenvolver um programa específico para Guimarães 2012 CEC redobrou a escala, exposição pública e interdependências do Serviço Educativo e representou uma oportunidade única para muscular a equipa e clarificar as linhas identitárias do projeto. Ao despertar em 2013 encontrámos um reconhecimento ímpar junto da comunidade e dos parceiros educativos locais, junto dos nossos pares de outros serviços educativos e da comunidade académica, junto dos artistas e dos colegas que todos os dias tornam possível este trabalho complexo e perene. Aos artistas, alguns dos quais desenvolvem connosco cumplicidades de anos, como uma espécie de equipa alargada, devemos diálogos combativos e projetos singulares que dificilmente nos sairão da memória: Histórias do Princípio do Mundo, O Peso de uma Semente, Comer a Língua, Paredes de Vidro, Histórias em Viagem, Ninhos, Arquivos, Corpo Comum...

À contribuição inestimável de seis aventureiros que aceitaram procurar mapas na nossa imprecisa urdidura, devemos um livro que nos brinda com palavras grávidas de outras tantas palavras e sentidos. Sobre os dias 22 e 23 de junho encerra-se o ciclo de vida do Serviço Educativo Guimarães 2012 CEC. Será um remate festivo, deixando a porta aberta a obstinadas espe-

ranças de criação comum (apesar de tudo… apesar de tudo!). Do programa que atravessará a cidade da Plataforma das Artes e da Criatividade ao Centro Cultural Vila Flor, destacam-se um livropaisagem e uma sopa-espetáculo, elementos da mesma nuvem de ideias antigas, que paira espantada sobre um mundo que gira, misterioso, e nos alimenta como se fossemos deuses. Elisabete Paiva

Tropeçar numa parede de vidro……… Joana Craveiro pág. 02

PISTAS

Atabicar o Caminho João Martins pág. 04

A MONTANTE

Conhecimento na dança Paula Varanda pág. 08


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Joana Craveiro **

PISTAS CAMINHOS PARA FAZER JUNTOS

Tropeçar numa parede de vidro, parti-la apesar de nos dizerem que não o façamos, seguir em frente confiantes de que fizemos o mais acertado, não olhar para trás. não desistir. (…) se colocamos a nu as nossas fragilidades, dúvidas, fraquezas, parece que não conseguimos construir esperança a partir disso, parece que falar desses momentos de alguma escuridão, ou cansaço, ou apreensão, é não falar de todos os outros momentos que são genuinamente bons. Paredes de Vidro toma o seu título de empréstimo de uma frase de um espetáculo anterior que se chamava Tropeçar, e a frase era (aparecia quase no fi nal da peça): às vezes entre mim e eles havia uma parede de vidro. Estes ELES eram os pais, ou aqueles que nos educaram, ensinando-nos a ser pessoas no mundo, dando-nos regras, afetos, e por vezes dores de cabeça e dúvidas, e por vezes alegria e, de todas as vezes, muitas memórias que fomos acumulando e arrumando como conseguimos e pudemos nos armários cá de dentro (entretanto a transbordar).

Penso que terá sido por causa desta frase (às vezes entre mim e eles havia uma parede de vidro) que os serviços educativos da Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura e do CCB/Fábrica das Artes nos desafiaram – ao Teatro do Vestido – a criar esta peça. Talvez eles tenham adivinhado que o Tropeçar contava só um dos lados da história – o dos fi lhos. E, então, pediramnos um espetáculo sobre o ser pai e mãe e mais informações sobre essa parede de vidro a que nos tínhamos referido de forma tão breve. O processo de construção deste espetáculo começou na constituição da equipa. Os atores tinham que ser pais, e queríamos que tivessem diferentes experiências e idades. A equipa restante, desejávamos que fosse rica, criativa, empenhada nesta descoberta. Ao todo, fomos 10 os que construímos este Paredes de Vidro, com um de nós a atravessar o Atlântico num quase-jato para chegar a horas de começar os ensaios. Creio que viemos todos num quase-jato e chegámos mais ou menos todos a horas. Eu sou apaixonada por começos longos e prólogos sucessivos e por falsos finais, por isso não sou a pessoa mais indicada para falar de chegar a horas e de timmings certos. Mas o certo é que começámos aqui, em Guimarães, exatamente aqui. Foi na semana de 21 a 26 de Janeiro, e houve pais generosos que construíram connosco aquilo a que chamámos Zona dos Pais e que esteve na génese da criação deste espetáculo. Em Lisboa, uma semana mais tarde, no CCB, fizemos uma Zona dos Pais semelhante.


PISTAS CAMINHOS PARA FAZER JUNTOS

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O Serviço Educativo Convida Crianças, pais, avós, artistas, professores, instituições, associações, vimaranenses e todos os visitantes

Festa dos Dias Cheios 22 e 23 de Junho Exposições. Oficinas. Espetáculos. Ideias para alimentar a imaginação… …da Plataforma das Artes e da Criatividade ao Centro Cultural Vila Flor • Programa Espetáculos Catabrisa, Histórias em Viagem, Sopa Nuvem Oficinas Cabannes, Artomos e Gambozinos. Oficinas para além da história Exposições e Visitas Orientadas A Arte que é, Exposição Arquivos, Para Além da História Projetos Especiais Atabicar o Caminho - um audiowalk para Guimarães, Apresentação de filmes “Filmar hoje o trabalho de ontem” Apresentação de Um mapa para seis (ou mais) caminhantes [publicação do Observatório SE GMR 2012]

Desta Zona retenho a seguinte imagem (entre outras): às vezes sinto-me assim – era o que eles diziam, e depois atiravam-se (caíam?) para o chão, e os outros vinham – para os auxiliar? para os atormentar ainda mais? Retenho também a imagem dos filhos deles a assistirem à apresentação final, e a forma como invadiram o palco no final com alegria e alguma perplexidade ante as confissões dos seus pais. Devia ter começado a escrever este texto quando ainda estava em processo de construção do espetáculo. Mas não o fiz. Agora já estreámos e haveria toda uma viagem/ processo a relatar mas não creio que o faça. Não serei a pessoa indicada para analisar algo que ajudei a criar. Lanço aqui só pistas. E é com pistas, aliás, que trabalhamos, com essa procura de pontos de partida e de malas para a viagem de cada um dos atores que cria este espetáculo.

O ponto de partida são as histórias reais de três mega-super pais que não acreditam que o são, mas que se esforçam todos os dias no caminho que escolheram seguir.

Pista #1: em Guimarães, durante a tarde, antes da chegada dos outros pais, pedimos a cada um dos atores que preparasse uma apresentação sobre os outros dois. I. usou uma bússola para fazer uma apresentação sobre G. Pista #2: uma cena do filme “Uma Mulher sob Influência” e outra de “Amantes”, do John Cassavettes. Pista #3: B. fala de elos. Da interligação das coisas. Mais tarde, e num ímpeto ficcional, eu escrevo que esses elos a aprisionam. Pista #4: caminhar por entre a escuridão de um nevoeiro quase cerrado. Pista #5: muito rock, para celebrar. Pista #6: coisas com que eles cortaram – por exemplo, algumas injustiças de que foram alvo quando eram filhos. Pista #7: uma lista de coisas que eles fazem muito bem. Pista #8: uma lista de coisas das quais se arrependem. Pista#9: as coisas que toda a gente lhes dizia (diz) e que os irritam (“toda a gente tinha sempre alguma coisa a dizer...”, diz G. na peça).

Paredes de Vidro é construído por retratos de episódios de coisas mais ou menos boas, de impressões, apreensões, inclinações, discussões, efabulações e muitas mais coisas-ões que nos inspiraram nesta criação. O ponto de partida são as histórias reais de três mega-super pais que não acreditam que o são, mas que se esforçam todos os dias no caminho que escolheram seguir. Há, para mim, uma questão (entre outras) preocupante na cultura ocidental que é esta dicotomia obsessiva entre o bem e o mal. É difícil pensar numa coexistência de ambos e sentimos sempre que onde há mal não pode haver bem, e que se algo nos angustia e nos faz sofrer, então esse algo é mau. Da mesma forma, se colocamos a nu as nossas fragilidades, dúvidas, fraquezas, parece que não conseguimos construir esperança a partir disso, parece que falar desses momentos de alguma escuridão, ou cansaço, ou apreensão, é não falar de todos os outros momentos que são genuinamente bons. Como se o facto de uma coisa ser genuinamente boa querer dizer que é só boa, 100%, sem zonas de sombra ou de angústia. Aquilo que procurámos fazer em Paredes de Vidro foi, precisamente, destruir ou despentear essa dicotomia e fazer coexistir tudo – o positivo e o negativo, a alegria e o sofrimento, como, aliás, acontece a cada momento da vida. Aqui estão eles – os pais - a nu, com todas essas contradições, na sua árdua e maravilhosa tarefa, uma tarefa “para toda a vida.”

** Diretora artística do Teatro do Vestido


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PISTAS CAMINHOS PARA FAZER JUNTOS

"Atabicar o caminho" um audiowalk para Guimarães João Martins *

As cidades são, antes das casas, das ruas, ou das praças, os locais onde nos juntamos. Onde paramos e nos tornamos verdadeiramente gregários: escravos do território que julgamos explorar. Ou que exploramos mesmo. São os sítios das biografias coletivas, dos conflitos pequenos e grandes, domésticos e públicos. São mais do que a soma do que somos, porque são também o que nos subtraímos e os milagres e os desastres da divisão e multiplicação de recursos e malfeitorias que fazemos ou deixamos fazer.

estruturas seculares— o Brecht diria qualquer coisa sobre tudo isto, com certeza— e as voltas que damos à procura desses assomos da água, ensinam-nos os caminhos de Couros e das quintas que se haviam de plantar nestas margens até à Veiga de Creixomil, onde as águas já só desperdício, já só fedor, se haviam de aliviar e purificar na rega dos campos. É também nesta violência sobre as águas que se desenha e define a cidade; nesta mistura de exploração exaustiva e controlo obsessivo que faz nascer casas que engolem a ribeira. Na rua onde se planta um Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, um Mercado e uma Feira, a ribeira circula, em contra-mão, algures debaixo de nós. Canalizada e posta ao serviço da indústria, em tempos, que corrente é esta agora? O que traz e para que serve? Imagino os "rápidos" na escuridão total deste ventre pós-industrial. E aquela árvore solitária? Há quanto tempo está a olhar para nós?

São o que espalhamos à nossa volta nesse momento de parar e dizer: "é aqui". É aqui que nascemos, é aqui que morremos. A Ribeira de Couros atravessa a cidade de Guimarães em regime de apneia. Ouvimo-la resfolegar debaixo das ruas, vemo-la ser engolida pelos edifícios, sabemos que, desde tempos imemoriais, as "gentes de luta e labor"— dos curtumes e não só—, canalizaram e canibalizaram a Ribeira e sobre ela construíram os espaços do trabalho e da vida. A cidade fora da cidade, fora do perímetro muralhado, com cheiros e vidas que não juntavam ao útil, o agradável, encosta-se nas margens da ribeira. Sobre ela se debruça e pousa as suas estruturas. Bebe a água que nasce na Penha e é com ela que alimenta a terra e o trabalho e é sobre ela, também, que

despeja os seus desperdícios. Sim, é o "merdário", esta ribeira que se esconde debaixo das ruas e das casas, mas é também com ela que se lava a roupa nos tanques públicos e se regam os campos, da Penha até à Veiga de Creixomil. Junto ao novo Mercado Municipal— onde o vento faz ranger as lonas e se ouve uma catatua—, a ribeira reencontra o ar e, por breves instantes, interrompe a sua prolongada apneia. Em alguns dias, a cor da água sugere que, algures, entre a Penha e a cidade, alguém lava toda a roupa de Guimarães nesta água. Imagino um tanque gigantesco e braços fortes a esfregar séculos de fraldas e lençóis da nação que nasceu de uma disputa familiar. (Um filho e uma mãe desavindos terão sempre muita roupa suja para lavar.) Mas logo a água se some, engolida por

sobre o termo "audiowalk" e o seu funcionamento O termo "audiowalk" serve, na prática que iniciei com o Visões Úteis em 2002, para identificar um objeto artístico híbrido— inspirado inicialmente em aspectos da obra da artista canadiana Janet Cardiff—, gradualmente assumido como "arte na paisagem" e sempre pensado como "uma companhia sonora para caminhantes solitários". Num "audiowalk", o público descobre um percurso previamente desenhado na paisagem, percorrendo-o apenas com a companhia e as indicações registadas num simples leitor de áudio portátil. A gravação, que o público ouve em auscultadores simples, inclui as instruções necessárias para seguir o percurso e um conjunto de elementos sonoros gravados nos diferentes locais e com recurso a diferentes técnicas, que são fundamentais para tornar a experiência verdadeiramente imersiva, apesar de depender exclusivamente do suporte sonoro. Além desses elementos, a gravação inclui camadas adicionais de material musical e sonoro, assim como narrações que acrescentam dimensões à experiência do percurso (simbólicas, ficcionais, históricas, analíticas, etc.). As diversas camadas sonoras interagem entre si e com a paisagem sonora real no momento da experiência individual do público— que os auscultadores não eliminam completamente— e, nesse equilíbrio, cria-se uma instalação performativa em percurso na paisagem, onde o público é o performer fundamental e a paisagem, conteúdo primordial.

Notas O Visões Úteis é uma companhia de teatro profissional fundada no Porto em 1994. Ver www.visoesuteis.pt. Para saber mais sobre o trabalho de Janet Cardiff. Ver www.cardiffmiller.com/artworks/walks/index.html.


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PISTAS CAMINHOS PARA FAZER JUNTOS

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PISTAS CAMINHOS PARA FAZER JUNTOS

Com o Visões Úteis desenvolvi, desde 2002, um conjunto de "audiowalks" e outros projetos de arte na paisagem, que me permitiram integrar no meu trabalho como músico e sonoplasta, uma reflexão sobre a paisagem e, especificamente, sobre a paisagem humanizada, que expandiram consideravelmente o âmbito do meu trabalho criativo, recrutando algumas das competências e interesses que me levaram ao estudo da arquitetura e do urbanismo. Com a equipa e o método do Visões Úteis, estes processos conduziram à criação de projetos teatrais, apesar do suporte, relevantes quer para as artes performativas, quer para a arte na paisagem e a evolução deste formato tem sido fértil, com ramificações e variações a surgirem em função dos territórios e das matrizes temáticas abordadas pela companhia. Em nome próprio, neste processo inau-

gural em Guimarães, todo o percurso que partilhei com a equipa do Visões Úteis constitui a base sólida sobre a qual construo uma proposta assumidamente pessoal e que procura recentrar-se na raiz do formato, na sua condição de "percurso guiado e sonorizado". Sem a intenção de construir um objeto teatral e, assim, liberto de alguns constrangimentos narrativos e dramatúrgicos, a minha abordagem ao território é, em grande medida, a principal e única ferramenta de construção da experiência. Uma abordagem que se faz, também por isso, de forma mediada, recorrendo ao trabalho com comunidades como processo de identificação dos interlocutores e partilha da reflexão que os sucessivos atravessamentos e reconhecimentos dos percursos suscitam. E estes percursos assumem-se como processos de construir uma narrativa

serão convidadas a participar em pequenos exercícios de reconhecimento do território que habitam e/ou usam, contribuindo para a saturação do "ambiente" da experiência global. Numa analogia com os processos da curtimenta vegetal, passaremos por várias fases de trabalho que visam devolver, às memórias e impressões, a sua flexibilidade, para depois as reduzir ao essencial e assegurar a sua durabilidade e adequação ao uso. E esta analogia com a curtimenta vegetal, que está na origem do título— o "atabicar do lagar" é uma das fases mais longas deste processo, e é onde as peles são sobrepostas uma a uma e se verifica a distribuição da casca de carvalho, pele a pele—, resulta precisamente da escolha de um dos pólos do percurso na zona de Couros e do interesse vital que assumem, para a construção de uma experiência do e no território, a história das atividades humanas e a análise das suas marcas materiais e imateriais. Porque mais do que os edifícios e os espaços entre eles, as cidades definem-se pelas atividades que nelas se desenvol-

vem; pela forma como evoluem e como se gere esse processo contínuo de nascimento e morte— das pessoas, das funções, dos lugares, dos edifícios…— que se torna tão mais relevante quanto mais remota no tempo é a sua origem. E, nesse sentido, Guimarães é um território particularmente rico. A escolha inicial de Couros e o desenho de um percurso que, de alguma forma se articule com o complexo atravessamento do espaço urbano extra-muros pela ribeira que aqui se evidencia, sugere precisamente percursos e visões menos habituais da cidade, profundamente ligados a esse ciclo de nascimento e morte das funções urbanas. O “audiowalk” procura, assim, promover a reflexão sobre esse processo e sobre os seus vestígios, através da sobreposição no percurso e na paisagem reais, das diversas visões e impressões recolhidas e transformadas em paisagem sonora. * Músico, compositor e sonoplasta

espacial, que se cruza com outras narrativas: a história dos lugares, as biografias coletivas e pessoais, as sensações e as relações a diversas escalas com outros lugares, outros símbolos e outras comunidades. As "comunidades"— grupos formais ou informais, em escolas, lares de idosos, instituições locais, ou até cafés e tascos—,

O "audiowalk" será, assim, construído pela sobreposição sucessiva e ordenada das diversas camadas de descoberta, compreensão e partilha do território e sobre o território, num processo que procura envolver e implicar diferentes olhares e procurará, numa síntese final, construir sentidos a partir das divergências e convergências.

Atabicar Caminho o caminho resulta de um convite do Serviço Educativo a João Martins para atravessar e religar algumas das intervenções urbanas recentes em Guimarães, com particular enfoque na Zona de Couros. Este audiowalk estará disponível para escuta e caminhada a partir do dia 08 de junho, na PAC - Plataforma das Artes e da Criatividade.


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LABORATÓRIO PARA METER AS MÃOS NA MASSA

Branco Branco Verde e Vermelho

Cor-de-Laranja e Preto

Vermelho Vivo

Azul

Castanho Claro Cor de Tijolo

Castanho Queimado

Verde Floresta

Verde Azulado

Cor-de-Laranja Escuro

Preto, Amarelo e Vermelho

Cinzento e Castanho

Castanho

Amarelo Torrado Castanho claro

Carmim Verde Alface

Castanho Amarelo


LABORATÓRIO PARA METER AS MÃOS NA MASSA

7 | LURA *Conceção Pedro Tropa e Teresa Santos

Desenha nesta página cada um dos objetos encontrados na praia. Coloca-os na mesma posição e no mesmo sítio. Tem atenção às suas formas e volumes, escala, texturas e sombras. Acrescenta-lhes as cores que são dadas pelas legendas.


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A MONTANTE AS NOSSAS REFERÊNCIAS

CONHECIMENTO NA DANÇA Paula Varanda*

Sendo uma manifestação cultural que é corporal e efémera, a subjectividade é um princípio elementar na dança e constitui parte da sua riqueza enquanto experiência para conhecer o eu, o outro e o mundo.

Subjectividade A dança é uma actividade que pode ocorrer de muitas formas. É a especificidade que determina em que sentido e com que propósito podemos falar dela. Qualquer generalização deve ser apenas temporária e constituir-se para servir um argumento, sem estatuto de verdade absoluta, pois outras perspectivas relativizam a sua consistência. Sendo uma manifestação cultural que é corporal e efémera, a subjectividade é um princípio elementar na dança e constitui parte da sua riqueza enquanto experiência para conhecer o eu, o outro e o mundo.

No século XX filósofos como Merleau-Ponty (escola da fenomenologia) e John Dewey (escola do pragmatismo), fundamentam visões alternativas de que o corpo é indispensável para apreender o meio, entendê-lo e comunicar com ele. O corpo, o eu, o outro e o ambiente Numa prática continuada há vários tipos de aquisições; uma delas, muito pragmática, é conhecer o corpo humano. Como dizia num espectáculo a bailarina Sónia Baptista: “o corpo é uma máquina maravilhosa!” i. por isso, quanto melhor o conhecemos, mais são as hipóteses de descobertas, aplicações e satisfação. Torna-se hábito conhecer bem as articulações pelo nome e pelo seu movimento: tarso, metatarso, tornozelo, joelho, bacia, coluna, ombros ou pescoço; sabe-se funcionar com a física

Objecto de análise A dança aqui considerada é uma expressão e construção artística, enquadrada por métodos e códigos da contemporaneidade, que aparece de várias maneiras: uma experiência incorporada de quem faz carreira e pratica regularmente, primeiro enquanto formação e depois como profissão, a dançar, ensinar ou coreografar; uma experiência incorporada pontual, que acontece na escola ou na comunidade, por intermédio de agentes que facilitam a integração e partilha dessa prática; na obra que se apresenta ao público quando assiste a um espectáculo;

como objecto de estudo académico e origem de reflexões teóricas. Nenhuma forma é superior às outras para viabilizar conhecimentos; elas são até mais eficazes quando se complementam. Porém, quanto mais intenso é o contacto e interrogação sobre um assunto melhor se apreende a sua diversidade e profundidade e maior é a aprendizagem. Colocam-se então as seguintes questões: o que ficamos a saber? Para que importa esse saber? Como chegamos lá? O método ensina por si alguma coisa? E a prática ou os conhecimentos estão acessíveis?

muscular para controlar forma, impulso, esforço, dinâmica e ritmo; e toma-se consciência da arquitectura: os eixos verticais e horizontais em que o corpo se move, o que está paralelo ou perpendicular, linhas retas e curvas, contracções e extensões. Esta aprendizagem que parte do próprio corpo (do eu), prossegue depois em direcção ao ambiente. A percepção da geometria estende-se ao espaço e torna-se normal a consciencialização das linhas e volumes que nos enquadram o comportamento, desde a moldura do palco à perspectiva da avenida, ou aos círculos labirínticos do jardim. Uma pessoa que dança tem sempre uma sensibilidade acrescida, ao movimento do seu corpo e à sua relação, às vezes lúdica, com o ambiente onde se desloca.

para perceber a estrutura, que é explicada em detalhe por Forsythe ou Laban. Há também formas que treinam a expressão da existência individual com o corpo e por isso dependem da pessoa, como evidenciou Pina Bausch. As manifestações físicas podem assim valorizar-se também porque permitem conhecer melhor quem somos e são representativas do nosso lugar no meio onde vivemos.

Técnicas e métodos Na dança contemporânea usam-se muitas técnicas. Algumas fazem escola e outras são de autor, pelo que se manifestam mais em espectáculos do que em aulas. As técnicas trazem uma especialização preciosa ao conhecimento do corpo, de si e do outro: o pull up aprendido no ballet ensina que puxar de baixo para cima eleva; o enraizar os pés no chão e afundar o pélvis dá estabilidade e por isso força, determinação e resistência; um dueto de contacto-improvisação afina a atenção do tacto no corpo todo e exercita a interdependência, a partilha do peso, o desequilíbrio e a sua transformação em energia; o Cunningham é um método fundamental

Escolas efémeras Se o conhecimento incisivo é adquirido com a regularidade, o que se proporciona numa experiência mais curta? O valor conseguido na especialização pode reproduzir-se a outra escala? Essa é a convicção das pessoas que trabalham com a comunidade. Aí também se evolui no conhecimento da “máquina maravilhosa”, mas é mais nítida a aquisição de competências no domínio do social, com aprendizagens sobre escuta, cooperação e responsabilidade, inerentes à interacção e construção colectivas. Em Portugal há, felizmente, oportunidades em que a experiência de fazer dança está acessível às pessoas que não fazem vida dela. Nos últimos vinte anos vários profissionais têm integrado práticas artísticas de intervenção em comunidades diversas. A coreógrafa e professora Madalena Victorino - autora de Caruma (2007), Vale (2009) ou a Lã e a Neve (2012) - foi a pioneira que introduziu no país essa abordagem pedagógica e criativa, iniciando uma linhagem de projectos hoje


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fotografia de Margarida Ribeiro - Cara

A MONTANTE AS NOSSAS REFERÊNCIAS

desenvolvidos por artistas com outros métodos e resultados estéticos. O Centro Cultural Vila Flor tem apresentado alguns exemplos, como é o caso de Filipa Francisco com A Viagem (2012), Aldara Bizarro com o Projecto Respira (2008) e Marina Nabais com O Peso de Uma Semente (2013). A chamada ‘dança para a comunidade’ favorece, dentro ou fora da escola, a experiência da dança como arte contemporânea numa população que a desconhece. São projectos que, através de um contacto temporário que é variável em cada caso (numa média indicativa de 3 a 10 meses), promovem, a originalidade da dança enquanto motor de desenvolvimento pessoal e social.

expostos no teatro. A antropóloga e professora Maria José Fazenda tem analisado a dança como prática que desenvolve reflexões sobre o mundo a que pertencemos e constrói imagens importantes para o compreender. No seu livro Dança Teatral ii. , Fazenda interpreta várias obras revendo questões como a democratização (do espaço, do poder, dos direitos), a emancipação das minorias e a inclusão da diversidade (racial, sexual e fisionómica) e a afirmação da identidade individual ou colectiva. Esta demonstração nítida da faculdade dialogante da dança estimula interacções com a sua audiência mais ricas e mais satisfatórias.

Aprender a ver Outra forma de conhecer com a dança é vê-la em palco. Mas perante uma acção com significado ambíguo que se desvia de regras clássicas ou mais populares do espectáculo, a relação com a obra é muitas vezes inibida pela interrogação do que está a acontecer. A aprendizagem e prática, de fazer ou de ver, influenciam muito a capacidade do espectador criar uma leitura pessoal da representação, activando referências que podem estar na sua própria vida. Embora pouco considerada nos programas educativos, esta área da pesquisa e transmissão de ferramentas para interpretar é muito necessária para se identificarem exemplos e posições relevantes, tanto ao nível técnico como conceptual, que podemos encontrar

Conhecimento marginalizado Desde a filosofia grega que o corpo é preterido como fonte de saber e forma de conhecer. Dizia Platão que o corpo engana…. o corpo trai… que não se pode confiar nos sentidos, sujeitos à dor e à doença. Outra investida veio da religião católica que considerava o corpo fonte de tentação, prova do pecado e símbolo de imperfeição. A avaliação depreciativa das faculdades do corpo enraizou-se definitivamente no séc. XVII com o racionalismo de Descartes, no qual só o pensamento lógico consegue respostas objectivas e fidedignas às perguntas sobre a realidade, seja na escala do ser, da sociedade ou da humanidade. No século XX filósofos como MerleauPonty (escola da fenomenologia) e John Dewey (escola do pragmatismo), funda-

mentam visões alternativas de que o corpo é indispensável para apreender o meio, entendê-lo e comunicar com ele. Contudo, no senso comum permanece a ideia de que o corporal é natural, emocional, não educado e subjectivo. Na nossa linguagem diária abundam metáforas do tipo “agi com o coração” ou “perdi a cabeça” que associam o corpo a um desvio do comportamento normal (racional!) e previsível sob parâmetros consensuais. Infelizmente, no pensamento ocidental, a ideia positiva de liberdade desvaloriza o corpo como centro de sabedoria. Embora as ciências exactas ainda dominem a validação do conhecimento, traduzindo a realidade em abstracções quantificáveis e raciocínios expressos em algoritmos, para compreender as sociedades e a cultura podemos recorrer às ciências sociais e humanas. Mas estas disciplinas, mais abertas à relatividade e heterogeneidade, raramente consideram a dança como objecto de estudo e método de investigação.

Teorias da prática No livro Dança Modernidade e Cultura iii. , a socióloga Helen Thomas discute razões para, apesar da sua presença no quotidiano, a dança pesar tão pouco no estudo do comportamento humano. Thomas aponta características naturais adversas como o não produzir objecto, pois não pode, como a pintura, separar-se do corpo que a faz; ter um significado ambíguo por não se exprimir verbalmente; ser uma actividade

*Investigadora afiliada na Middlesex University para doutoramento em filosofia sobre dança e novos média


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A MONTANTE AS NOSSAS REFERÊNCIAS

São as pessoas que começaram por fazer dança enquanto disciplina continuada do próprio corpo (…) que mais têm contribuído para sistematizar aspectos particulares da prática nos métodos, objectivos e conceitos. Os estudos de dança são uma área de investigação, desenvolvida desde meados do séc. XX, que coloca a dança no centro de perguntas que orientam a produção científica. i. Valentim e Valentina, Aldara Bizarro (2005) ii. Fazenda, M.J., 2007. Dança Teatral: ideias, experiências, acções, Lisboa: Celta Editora. iii. Thomas, H., 1995. Dance, Modernity and Culture: Explorations in the Sociology of Dance, London: Routledge iv. Varanda, P., 2012. Dançar é Crescer – Aldara Bizarro e o Projecto Respira, Lisboa: Caleidoscópio v. O quinto capítulo do livro Dançar é Crescer junta aproximações teóricas de quatro autores das quais faço algumas seguintes citações: Hernández p.109, Grande p.132, Fradique p.119 e p.123, Mendonça p.116.

efémera e por isso, contrariamente a um livro, só estar acessível em eventos públicos fixos no espaço e no tempo. São as pessoas que começaram por fazer dança enquanto disciplina continuada do próprio corpo (como Sheets-Jonhstone, Thomas, Novack, Fazenda, Kozel, ou Franko) que mais têm contribuído para sistematizar aspectos particulares da prática nos métodos, objectivos e conceitos. Os estudos de dança são uma área de investigação, desenvolvida desde meados do séc. XX, que coloca a dança no centro de perguntas que orientam a produção científica. Estas incursões teóricas enquadram-se e dialogam com outras disciplinas e legitimam a dança como forma de conhecimento através de metodologias de análise e validação adequadas. Elas são imprescindíveis para a compreensão e avaliação do trabalho dos artistas e professores que operam sobretudo à margem dos programas educativos oficiais e da comunidade intelectual dominante que se dedica à revisão, produção e legitimação

do conhecimento. Em Dançar é Crescer iv. documentei e analisei o Projecto Respira v. , no qual Aldara Bizarro fez três novas obras com jovens de várias escolas do país. Este é um sólido caso de estudo para defender modelos interdisciplinares de ensino onde o corpo, a dança e a arte estão no centro da interação social. Da observação continuada sobressai o grande potencial físico, de reflexão e de construção dos alunos, bem como uma facilidade notável em acolher o desconhecido. Porém, sem aquisição de competências e aplicação de conhecimentos, estas faculdades perdem-se. O seu desenvolvimento, por outro lado, cria um corpo inteligente que é mais saudável e mais confiante em todo o espectro da sua acção, tal como indicam as considerações de outros especialistas sobre o Respira. Fernando Hernández salienta que, ao aprenderem a estar em silêncio, os rapazes e raparigas se dão tempo para reflectir e deixam de pensar em termos de indivíduo para passarem a pensar em

Aceitam-se Colaborações, Sugestões, Ideias e Outras Coisas… para publicação neste Jornal servicoeducativo@aoficina.pt

termos de grupo. Torna-se possível então “libertarem-se de convenções sociais”, segundo Cristina Grande, e “trabalharem criativamente o conhecimento do seu mundo”; nesse processo Teresa Fradique identifica um exercício de interpretação de si próprio que pratica técnicas de descoberta e técnicas de encantamento para produzir objectos artísticos. É uma partilha vivencial onde tem lugar, para Dina Mendonça, uma reflexão essencial em comunidade que não se traduz facilmente para o discurso linguístico. * por vontade da autora, este texto é apresentado segundo a antiga ortografia.


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TRILHOS MARCAS QUE FICARAM E QUEREMOS PARTILHAR

Sobre um/o Corpo Comum Sandra Barros*

Corpo Comum está prestes a encerrar o seu ciclo da temporada 2012/13. Este programa, dirigido a todo o tipo de educadores de qualquer nível de ensino ou proveniência institucional, percorreu diferentes áreas artísticas e neste encerrar de ciclo [sem nada pretender terminar] destina-se especialmente a adultos que desenvolvem trabalho específico com pessoas com necessidades especiais. Corpo Comum nunca pretendeu ser um local e um tempo de formação mas sim possibilitar diversos tempos e lugares de aprendizagens transversais. De que maneira? Despretensiosamente, mas com objetivos. Em formatos intensivos mas consistentes. Abrindo caminhos possíveis a partir desse cruzamento entre arte e pedagogia, entre artistas e pedagogos, entre, enfim, pessoas.

A pedagogia é um “músculo” que também se treina; que exige reciclagem, flexibilidade, alimento... acreditamos que as formas de criação artística são, por excelência, um alimento para o espírito – na sua imaginação, na abertura de horizontes, na relação do eu e o(s) outro(s). Ao mesmo tempo, Corpo Comum permite a apreensão de ferramentas concretas que ampliam o raio de ação do trabalho de cada participante e, de forma dialética, de cada artista também. Desse enunciado cruzamento, os artistas ampliam-se de igual forma, testam-se, recebem um retorno inequívoco destes participantes que, não tendo a propensão de ser artistas, possuem capacidades de criação, de reflexão artística e, essencialmente, do questionamento que tanto alimenta as práticas artísticas.

Deste Corpo Comum, iniciado no âmbito de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, resta a certeza de que as portas foram abertas e cruzadas por participantes, artistas e áreas muito diferentes. Todas, acreditamos, contribuíram para, como diz Gabriela Maia, “…[ juntar] à nossa pequena mala de viagem.”

Juntar letras e a elas palavras que rimam, que sublinham, que posicionam, que refletem, que amuam, que nos voltam as costas, que se cozinham numa grande panela com múltiplos sabores, pratos variados, cheiros que levamos para casa e juntamos à nossa pequena mala de viagem.

“Existem momentos simples que entregam a oportunidade de estar mais centrados, mais em pleno e inteiros em nós. Um desses momentos foi, sem dúvida, o workshop da Aldara Bizarro. Que já conhecia e que oferece em cada encontro um encontro comigo própria de forma simples e fácil. Agradecida por mais esta oportunidade”. Lígia Ramos “Com mestria e generosidade fomos conduzidos à descoberta dos segredos que as palavras encerram e das potencialidades ilimitadas da sua utilização. De como estas são capazes de nos conduzir, surpreendentemente e magicamente, até ao mundo do sonho e da criatividade. A descobrir quem somos, o que sabemos, o que queremos e do que somos capazes.” Alexandrina Ribeiro

De partida, Regina - obrigada pelo sal :) Gabriela Maia Num país que precisa mais do que nunca de Um Corpo Comum, trazer o Lápis da Língua bem afiado é urgente… Bem-haja a quem desafia a frieza das palavras que mais nos entristecem e conseguindo deixar a crise e as "troikices" de lado, nos conseguiram impulsionar em voos rasantes à plenitude dos sonhos. As palavras não se fizeram num dia mas precisam de tempo para ganhar vida. Obrigado pela experiência de um dia contagiante por palavras e quimeras de muitas línguas afiadas no limite do imaginário de cada um, que de certa forma, contribuiu para a solidificação e emergência de Um Corpo Comum. Quem não deve, semeia prados. Rui Coutinho

*integra a equipa do Serviço Educativo


Direitos Reservados

MAPA DE BOLSO A nossa agenda do trimestre

VISITAS Visitas Orientadas • M/ 4 anos Todo o ano • TERÇA A SEXTA

Visitas Orientadas ao CCVF Visitas Orientadas • M/ 4 anos ATÉ 23 DE JUNHO • TERÇA A DOMINGO

Para Além da História

Contos • M/4 anos 27 ABRIL, 25 MAIO, 22 JUNHO

Contos Contados ao Canto

A arte que é, de Pedro Portugal

Multidisciplinar • M/ 6 anos 21 E 22 JUNHO

VISITAS ESPECIAIS Visitas Especiais CIAJG/PAC • M/ 8 anos

Os passos em volta Pedra sobre pedra… ESPETÁCULOS

JANEIRO A JUNHO • QUINTAS • 4 aos 6 anos

Necessidades Especiais 6, 22 E 23 ABRIL, 22 E 23 MAIO

Fernanda Braga

A Beleza, Pequena Conferência Maria Duarte, João Rodrigues e Gonçalo Ferreira de Almeida

OFICINAS PARA ADULTOS

Oficina de Olaria

Teatro-Conferência • M/ 7 anos 16, 17 E 18 MAIO

Visitas Orientadas • M/ 7 anos A PARTIR DE 15 ABRIL • TERÇA A DOMINGO

OFICINAS PARA CRIANÇAS

JANEIRO A JUNHO • TERÇAS • 7 aos 12anos

Oficina de Fabrico de Papel Nuno Ramos Oficinas Para além da História ATÉ 23 JUNHO • 4 aos 12 anos

Catabrisa Eugénio Roda, Gémeo Luís e Joana Providência Teatro de rua • Maiores de 6 anos 22, 23, 29 E 30 JUNHO

Histórias em Viagem

Oficinas Para Além da História Oficinas para pais e filhos • 1 a 5 anos 6 E 7 ABRIL, 4 E 5 MAIO, 1 E 2 JUNHO

Ninhos

Radar 360º

Inês Barahona Multidisciplinar • M/ 7 anos 22 E 23 JUNHO

Artes Plásticas • 6 aos 12 anos

Sopa Nuvem Companhia Caótica

Teatro • M/ 7 anos 19 A 21 ABRIL

A PARTIR DE 15 ABRIL

Artomos e Gambozinos Rita Faustino e Francisco Babo

Paredes de vidro

Exposição/ Laboratórios artísticos 22 A 24 JUNHO • 3 meses a 3 ano

Cabannes

Teatro do Vestido

Theater de Spiegel Organização

Corpo Comum António Oliveira, Jorge Queijo, Miguel Horta Oficinas do espetador / 18 E 19 MAIO

Caminhos do Olhar Magda Henriques com Luísa Veloso

LABORATÓRIOS DE CRIAÇÃO E FORMAÇÃO PARA JOVENS Vídeo • 14 aos 25 anos 13 E 14 ABRIL

Looping Laetitia Morais

Arte e investigação em biologia 18 E 19 MAIO • 14 aos 25 anos

Escala, rede, corpo Joana Nascimento e Fernanda Cássio

Reservas para espetáculos Tlf 253 424 700 / Fax 253 424 710 bilheteira@ccvf.pt Informações e reservas para outras atividades Tlf 253 424 700 servicoeducativo@aoficina.pt

Apoios

Centro Cultural Vila Flor Av. D. Afonso Henriques, 701 4810 431 Guimarães Tel 253 424 700 geral@ccvf.pt www.ccvf.pt


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