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Agrotóxicos e a Contaminação Ambiental a tecnologia presente no campo Os 15 usos dos Drones na Agropecuária

principais notícias Safra do Nordeste supera Sudeste pela 1ª vez desde 1974


A Agrishow está entre as 3 maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo!

Na Agrishow é possível encontrar uma enorme variedade de produtos e serviços que atende a todos os produtores rurais, não importa o tamanho da sua propriedade e cultura. Um ambiente de atualização profissional, lançamentos, divulgação das próximas tendências do setor e onde grandes tecnologias são de fato demonstradas durante o evento.

É onde o produtor rural encontra tudo o que precisa! 2


sumário 04

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DESTAQUES

Agrotóxicos Contaminação Ambiental Nova agricultura é possível

FIQUE POR DENTRO

Preços do arroz voltam a cair no Rio Grande do Sul Safra do Nordeste supera Sudeste pela 1ª vez desde 1974, diz IBGE USDA estima que produção de soja e milho deve cair em 2015/2016

Querido leitor, Nesta edição você encontrará uma matéria especial sobre os agrotóxicos. Ficará por dentro, do que são e quais seus benefícios e malefícios para o meio ambiente e para o homem. Ficará por dentro das principais notícias e novidades da área da agricultura.

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AGROTÓXICOS Embora a agricultura seja praticada pela humanidade ha mais de dez mil anos, o uso intensivo de agrotoxicos para o controle de pragas e doencas das lavouras existe ha pouco mais de meio seculo. Ele teve origem apos as grandes guerras mundiais, quando a industria quimica fabricante de venenos entao usados como armas quimicas encontraram na agricultura um novo mercado para os seus produtos. Diversas politicas foram implementadas em todo o mundo para expandir e assegurar este mercado. A pesquisa agropecuaria voltou-se para o desenvolvimento de sementes selecionadas para responder a aplicacoes de adubos quimicos e agrotoxicos em sistemas de monoculturas altamente mecanizados. Segundo seus promotores, esta “Revolucao Verde” seria fundamental para derrotar a fome que assolava boa parte da populacao mundial. Desde essa revolução, na década de 1950, o processo tradicional de produção agrícola sofreu drásticas mudanças,

AGRÍCOLAS Destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e nas florestas plantadas - cujos registros são concedidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atendidas as diretrizes e exigências dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente.

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com a inserção de novas tecnologias, visando a produção extensiva decommodities agrícolas. Estas tecnologias envolvem, quase em sua maioria, o uso extensivo de agrotóxicos, com a finalidade de controlar doenças e aumentar a produtividade. Segundo a legislação vigente, agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais. O agrotóxico visa alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Também são considerados agrotóxicos substâncias empregadas como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. Os agrotóxicos podem ser divididos em duas categorias:

NÃO AGRÍCOLAS Destinados ao uso na proteção de florestas nativas ou de ambientes hídricos e ao uso em ambientes urbanos e industriais, domiciliares, públicos ou coletivos, ao tratamento de água e ao uso em campanhas de saúde pública, cujos registros são concedidos pelaAnvisa, atendidas as exigências dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.


O primeiro composto dessa classe, denominado DDT, foi fabricado em 1874 por Othomar Zeidler; contudo, foi apenas em 1939 que Paul Muller evidenciou suas propriedades inseticidas. A partir de então, o DDT era a principal arma no combate contra o mosquito disseminador da malária, até descobrir-se que ele, assim como todos os organoclorados, é um composto cancerígeno, teratogênico e cumulativo no organismo. A revolução verde desembarcou no Brasil na década de 1960. Estabeleceu-se por meio da imposição das fábricas de agrotóxicos e do governo nacional, sendo que o financiamento bancário para a aquisição de sementes era concedido apenas se o agricultor adquirisse também o agrotóxico e o adubo. Essa atitude resultou somente em uma contaminação ambiental, sem extermínio da fome. No ano de 1970, diversas fábricas mundiais foram transferidas para o Brasil, país englobado entre os 5 maiores consumidores de agrotóxicos do mundo.

O Brasil é o maior consumidor de produtos agrotóxicos no mundo Os agrotóxicos são considerados extremamente relevantes no modelo de desenvolvimento da agricultura no País. Em decorrência da significativa importância, tanto em relação à sua toxicidade quando à escala de uso no Brasil, os agrotóxicos possuem uma ampla cobertura legal no Brasil, com um grande número de normas legais. O referencial legal

mais importante é a Lei nº 7802/89, que rege o processo de registro de um produto agrotóxico, regulamentada pelo Decreto nº 4074/02. O comportamento do agrotóxico no ambiente é bastante complexo. Quando utilizado um agrotóxico possui grande potencial de atingir o solo e as águas, principalmente devido aos ventos e à água das chuvas, que promovem a deriva, a lavagem das folhas tratadas, a lixiviação e a erosão. Além disso, qualquer que seja o caminho do agrotóxico no meio ambiente, invariavelmente o homem é seu potencial receptor. A complexidade da avaliação do comportamento de um agrotóxico, depois de aplicado deve-se à necessidade de se considerar a influência dos agentes que atuam provocando seu deslocamento físico e sua transformação química e biológica. As substâncias sofrem processos físicos, ou químicos ou biológicos, os quais podem modificar as suas propriedades e influenciar no seu comportamento, inclusive com a formação de subprodutos com propriedades absolutamente distintas do produto inicial e cujos danos à saúde ou ao meio ambiente também são diferenciados.

A degradação do meio ambiente apresenta conseqüências a longo prazo e seus efeitos talvez sejam irreversíveis. Atualmente, cabe ao Ministério da Saúde o controle de agrotóxicos. O governo transmite todos os dados ao Ministério da Agricultura.

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CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL

Mas ha ainda um outro resultado nefasto da predominancia deste modelo: os dados de intoxicacao humana e de contaminacao ambiental provocados pelo uso generaliza-

em amostras de agua da chuva em escolas publicas no Mato Grosso! O sangue e a urina dos moradores de regiões que sofrem com a pulverizacao aerea de agrotoxicos estao

do de agrotoxicos sao alarmantes.

envenenados!

Por outro lado, o chamado “uso seguro”, artificio usado pela indústria para mascarar os perigos de seus produtos, mostra-se absolutamente impossível – seja pela dificuldade de se seguir no campo todas as recomendações de seguranca, seja pela propria incapacidade destes metodos de forne-

Existe no jargao tecnico da agronomia um conceito chamado “deriva tecnica”. Deriva e o nome que se da a dispersao de agrotoxicos no meio ambiente atraves do vento ou das aguas. Trata-se do veneno que nao atinge o alvo (a lavoura a ser tratada) e sai pelos ares a contaminar o entorno. E a chamada “deriva tecnica” e a deriva que acontece sempre, mesmo quando todas as normas tecnicas de aplicacao sao seguidas. Ela e estimada em pelo menos 30% do produto

cer real seguranca. Alem disso, e importante destacar que os perigos da intoxicacao cronica, aquela que mata devagar, com o desenvolvimento de doencas neurologicas, hepaticas, respiratorias, renais, canceres etc., ou que provoca o nascimento de criancas com malformacoes geneticas, nao advem apenas do contato direto com venenos. Estudos recentes encontraram residuos de agrotóxicos

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aplicado. Em alguns casos a deriva pode ultrapassar 70% (Chaim, 2003). Alem disso, e preciso considerar que por falta de estrutura, de pessoal e tambem por outros motivos, os orgaos que fazem a fiscalizacao a campo ate hoje nao conseguiram


O uso massivo de agrotoxicos promovido pela expansao do agronegocio esta contaminando os alimentos, as aguas e o ar! Cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por ano. Nao existe uso de agrotoxicos sem a contaminacao do meio ambiente que circunda a area “tratada”, e consequentemente, sem afetar as pessoas que trabalham ou vivem neste entorno.

cumprir seu papel e monitorar adequadamente as normas quanto a comercializacao, ao numero de aplicacoes, dosagens, períodos de carencia e uso de produtos ilegais. Ou seja, o chamado “uso seguro” na pratica realmente nao existe. Um dos maiores perigos representados pelos agrotoxicos diz respeito aos efeitos que eles podem provocar na saude das pessoas, principalmente daquelas que, no campo ou na industria, ficam expostas ao contato direto com os venenos. Sao inumeros os relatos de pessoas que desenvolveram serias doenças provocadas pelos agrotoxicos. Muitas deixam sequelas graves. Muitas outras sao fatais. Ha casos de abortos, assim como de bebes que nascem com defeitos congenitos pelo fato de a mae ou o pai terem tido contato com agrotoxicos em sua vida, ou mesmo durante a gravidez. Ha pessoas que desenvolvem doenças apenas porque moram

proximo a plantacoes onde se usa muito veneno, e a contaminacao chega pelo ar. Ha outros casos em que o uso intensivo de venenos agricolas atingiu a agua que abastece as pessoas de toda uma regiao. Ate mesmo alimentos com altas taxas de residuos de agrotoxicos podem ser capazes de produzir efeitos de longo prazo nos consumidores, que muitas vezes nunca sequer viram uma embalagem de veneno. E estes consumidores muito dificilmente saberao que as doencas que os afligem foram provocadas pelos agrotoxicos. Os profissionais de saude, por sua vez, enfrentam no Brasil uma enorme dificuldade para diagnosticar, registrar e ate mesmo encaminhar pacientes intoxicados por agrotoxicos. Sabe-se que o numero de registros e muito menor do que o numero real de intoxicacoes – a propria Organizacao Mundial da Saude reconhece que, para cada caso registrado de intoxicacao pelos agrotoxicos, ha 50 nao notificados.


NOVA AGRICULTURA É POSSÍVEL Agricultura orgânica é o sistema de produção que não usa fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, reguladores de crescimento ou aditivos sintéticos para a alimentação animal. O manejo na agricultura orgânica valoriza o uso eficiente dos recursos naturais não renováveis, bem como o aproveitamento dos recursos naturais renováveis e dos processos biológicos alinhados à biodiversidade, ao meio-ambiente, ao desenvolvimento econômico e à qualidade de vida humana. Ela enfatiza o uso e a prática de manejo sem o uso de fertilizantes sintéticos de alta solubilidade e agrotóxicos, além de reguladores de crescimento e aditivos sintéticos para a alimentação animal.

Na agricultura orgânica os processos biológicos substituem os insumos tecnológicos. Por exemplo, as práticas monoculturais apoiadas no uso intensivo de fertilizantes sintéticos e de agrotóxicos da agricultura convencional são substituídas na agricultura orgânica pela rotação de cultura, diversificação, consórcios, entre outras práticas. Esta prática agrícola preocupa-se com a saúde dos seres humanos, dos animais e das plantas, entendendo que seres humanos saudáveis são frutos de solos equilibrados e biologicamente ativos, adotando técnicas integradoras e apostando na diversidade de culturas. Para tanto, apóia-se em quatro fundamentos básicos: * Respeito à natureza: reconhecimento da dependência de recursos naturais não renováveis; * A diversificação de culturas: leva ao desenvolvimento de inimigos naturais, sendo item chave para a obtenção de sustentabilidade; * O solo é um organismo vivo: o manejo do solo propicia oferta constante de matéria orgânica (adubos verdes, co-

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bertura morta e composto (orgánico), resultando em ferti-lidade do solo; e * Independência dos sistemas de produção: ao substituir insumos tecnológicos e agroindustriais. O Brasil está se consolidando como um grande produtor e exportador de alimentos orgânicos, com mais de 15 mil propriedades certificadas e em processo de transição – 75% pertencentes a agricultores familiares. A legislação para produtos alimentícios, que dispõe sobre a agricultura orgânica, é a Lei n. 10.831/03 e o Decreto n. 6.326/07. Tambem nao e verdadeira a afirmacao de que precisamos dos agrotóxicos para alimentar uma populacao crescente e faminta. Essa mensagem e propagada pela industria de venenos, que visa promover seus lucros, e nao a saúde e o bem estar das pessoas. O mundo produz comida suficiente para alimentar a todos ,o que falta e igualdade de distribuicao e acesso a renda para produzir ou comprar alimentos. Existem infinitas experiencias que mostram ser possivel al-

cançar boas produtividades a baixissimos custos atraves de sistemas ecológicos de producao. Trata-se de sistemas diversificados, de baixo impacto ambiental, capazes de produzir alimentos saudaveis e contribuir para a promocao da segurança alimentar e nutricional. Estes sistemas nao se aplicam ao modelo do agronegocio: e evidente que vastas extensoes de monoculturas, em que se eliminam completamente os elementos da paisagem natural, reduz-se a biodiversidade ao extremo e exaure-se o solo, torna-se impossivel produzir de maneira sustentavel. Os sistemas agroecologicos, ao contrario, sao adaptados a realidade da agricultura familiar e reforcam a proposta de um outro modelo de desenvolvimento para o campo, que preve a reparticao das terras e a producao descentralizada, que possa empregar muita mao de obra, dinamizar economias e abastecer mercados locais com alimentos saudaveis. E em defesa deste tipo de agricultura que lutamos: uma agricultura que respeite o trabalhador e as populacoes rurais, os consumidores, as nossas criancas, o planeta.

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FIQUE POR DENTRO Preços do arroz voltam a cair no Rio Grande do Sul

Safra do Nordeste supera Sudeste pela 1ª vez desde 1974, diz IBGE A região Nordeste deverá produzir este ano uma safra de 18,9 milhões de toneladas, um aumento de 20,0% em relação ao ano passado, segundo o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA) de abril, divulgado nesta terça-feira (12/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante desse desempenho, a região deve ultrapassar a produção do Sudeste pela primeira vez na história da pesquisa, realizada desde 1974.

Colheita quase finalizada está entre os motivos de pressão das cotações do cereal Os preços do arroz voltam a ser pressionados no Rio Grande do Sul, principal Estado produtor do cereal, devido à maior oferta. De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), a colheita do grão está praticamente finalizada no Rio Grande do Sul. Até dia 8 de maio 98,6% das lavouras haviam sido colhidas, o equivalente a 1,11 milhão de hectares. O avanço semanal foi de 1,7 ponto percentual. A produção no Estado está estimada em 8,52 milhões de toneladas e a produtividade média em 7,67 toneladas por hectare. No Rio Grande do Sul, a saca de 50 quilos do arroz fechou cotado, em média, em R$35,37. Os preços caíram 0,9% em relação à semana anterior. A maior disponibilidade interna, com a colheita na reta final, pressiona os preços para baixo. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o arroz está custando 1,9% menos.

Acréscimos nas produções de soja, milho de 1ª safra e feijão determinaram o avanço da região, principalmente na Bahia, no Piauí e no Maranhão. Só a produção de soja deve crescer de 6,6 milhões de toneladas em 2014 para 8,5 milhões de toneladas neste ano. Desse montante, 1,3 milhão de tonelada a mais virá apenas da Bahia. No milho de 1ª safra, o acréscimo na produção na passagem do ano é de 1,1 milhão de tonelada, para 5,9 milhões de toneladas em 2015 na região Nordeste. “Enquanto isso, no Sudeste, a evolução foi muito pequena. Os preços da terra estão altos, e o espaço já é muito urbanizado. Então, há uma migração natural da agricultura”, disse Mauro Andreazzi, gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE. O Sudeste terá neste ano uma produção de 18,3 milhões de toneladas. O volume é 2,3% maior do que o colhido no ano passado. Essa migração, segundo Andreazzi, é semelhante à observada em anos anteriores, quando produtores do Sul resolveram passar a cultivar grãos no Centro-Oeste, hoje a principal região produtora do País. “Bahia, Piauí e Maranhão são grandes produtores e têm microclimas iguais ao

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Centro-Oeste”, observou. Ao todo, o IBGE estimou uma safra de 201,0 milhões de toneladas para este ano, avanço de 4,2% em relação ao ano passado. O volume ainda é 0,6% superior ao apontado no levantamento de março. De acordo com IBGE, as estimativas mais favoráveis para as produções de milho de 2ª safra, trigo e soja no mês de abril contribuíram para que a safra brasileira fosse maior no levantamento do mês passado. Houve, porém, revisões para baixo nas estimativas de feijão 3ª safra, batata 3ª safra e café canephora (robusta). Os preços em queda e a menor competitividade da produção doméstica ante a chinesa determinam a redução da produção da batata de 3ª safra, explicou Andreazzi. De acordo com Andreazzi, a maior estimativa para a produção de soja no levantamento do mês passado se deve ao melhor rendimento do grão. Entre março e abril, o rendimento avançou 0,5%, segundo o órgão, e a produção subiu 0,9%, para 95,610 milhões de toneladas. Segundo ele, Goiás e Minas Gerais tiveram problemas com a estiagem, mas as consequências foram menores do que o projetado. Em Goiás, por exemplo, a estimativa para a produção cresceu 1,5% entre março e abril. Houve ainda um aumento de 0,4% na área a ser colhida no período, segundo o IBGE, o que também contribuiu para a estimativa maior. A soja continuará, portanto, como a principal cultura do País, abocanhando quase metade das 201,0 milhões de toneladas estimadas para a safra de 2015. Em relação a 2014, a produção de soja deve crescer 10,6%. “Melhorou o rendimento, e todas as regiões aumentaram a área plantada, apesar de Goiás e Minas Gerais terem registrado problemas com estiagem, que prejudicou o rendimento”, afirmou Andreazzi. Na comparação anual, a safra de soja será 3,6% menor em Goiás e 0,2% inferior em Minas Gerais. Em Mato Grosso, o maior produtor, a safra de soja ficará perto de 27 milhões de toneladas, uma alta de 4,6% sobre 2014.

USDA estima que produção de soja e milho deve cair em 2015/2016 O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta que a produção doméstica de soja e milho deve cair na temporada 2015/2016, na comparação com as safras recorde registradas em 2014/2015. A Estima que a produção dos Estados Unidos de soja irá totalizar 104,79 milhões de toneladas em 2015/2016, uma queda de 3,238 milhões de toneladas ante a safra recorde da temporada anterior. A safra de milho foi projetada em 1346,20 milhões de toneladas, abaixo dos 361,087 milhões de toneladas colhidos em 2014/2015. A expectativa de analistas era de uma safra menor, de 344,17 milhões de toneladas. Apesar de previsões de uma área recorde de soja, de 34,236 milhões de hectares neste ano, as condições climáticas durante o verão devem determinar o rendimento real das lavouras. A produção de trigo nos Estados Unidos na temporada 2015/2016 foi estimada em 56,804 milhões de toneladas, um incremento de 3% na comparação com a safra anterior. O resultado veio acima das estimativas de analistas, que projetavam uma safra de 56,586 milhões de toneladas. A grande produção de soja irá elevar os estoques dos Estados Unidos ao final da temporada 2015/2016 para 13,609 milhões de toneladas, prevê o USDA. Para a temporada 2014/2015, a previsão é de estoque doméstico final de 39,526 milhões de toneladas. Por outro lado, o volume armazenado de milho deve cair para 44,348 milhões de toneladas ao final de 2015/2016, ante estoques de 47,015 milhões de toneladas na temporada anterior. Os estoques mundiais de soja para o final da próxima temporada foi projetado em 96,22 milhões de toneladas, acima do previsto para a safra 2014/2015, de 85,54 milhões de toneladas. Os estoques globais de milho devem cair para 191,94 milhões de toneladas em 2015/16.

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FIQUE POR DENTRO Tecnologia está cada dia mais presente no campo A tecnologia está cada dia mais presente no campo; conheça os variados usos dos veículos aéreos não tripulados, “Drones”. Os drones têm ganho espaço na agricultura e na pecuária. Sua versatilidade vale o investimento, já que podem desempenhar diversas funções na fazenda e têm custo relativamente baixo, variado de acordo com modelo e tecnologias embarcadas. Listamos 15 usos dos drones na agropecuária:

1- ANÁLISE DE PLANTAÇÃO É um dos usos mais conhecidos dos drones. Servem para analisar a plantação e detectar pragas e doenças, falhas de plantio, excesso de irrigação, entre outros. São aliados a softwares para análise das imagens captadas. Do alto, é possível analisar a coloração da planta para detectar a presença de fungos, por exemplo.

3- ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO DA SAFRA

5- ACOMPANHAMENTO DE PASTAGEM

Para saber se a lavoura está desenvolvendo como o esperado, o “piloto” pode sobrevoar a plantação com a frequência desejada (a cada semana, por exemplo), captar as imagens e depois analisá-las cronologicamente no computador.

5Do alto, é possível saber quais pastos devem ser reformados e quais estão bons para uso. Se precisar de uma análise detalhada, é possível escolher pontos estratégicos da fazenda para coleta de solo, que será enviada para laboratórios.

2- DEMARCAÇÃO DE PLANTIO

4- PULVERIZAÇÃO

Para saber em que área plantar, o drone é ideal já que proporciona uma visão do alto de forma fácil e ágil, podem analisar, de acordo com as imagens captadas, quais são as áreas de sua fazenda que estão mais propícias para a semeadura.

Essa função ainda está sendo desenvolvida, mas já há protótipos que conseguem embarcar até 18 litros de químicos. Essa aplicação feita pelo drone pode ser mais eficiente pela proximidade das plantas e mais segura por não ter um piloto embarcado.

6- MONITORAR DESMATAMENTO

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O sobrevoo oferece uma visão ampla de lugares distantes e de difíceis acessos. Logo, com essas pequenas máquinas é possível ir a lugares onde estejam ocorrendo desmatamentos e, com localização precisa, combatê-los.


7- ACHAR NASCENTE DE ÁGUA Como algumas nascentes podem estar em matas fechadas, os drones podem ir a lugares de difícil acesso e encontrar a origem da água.

8- DESCOBRIR ONDE ABRIR ESTRADAS É possível também determinar do alto quais as melhores coordenadas para abrir estradas.

9- VIGILÂNCIA Pequenos e ágeis, foram criados para vigilância em guerras pelos governos, e também para a proteção de áreas vulneráveis como fronteiras. Pode ser adotado também na fazenda para vigiar as divisas da propriedade.

10- ACHAR FOCOS DE INCÊNDIO

13- CONTAR A BOIADA

Com as imagens aéreas é possível A proximidade do fogo é bastante contar o rebanho sem precisar desloperigosa e difícil para humanos. Por car um peão para isso. isso os drones conseguem sobrevoar incêndios para descobrir os focos do 14- BUSCA DE ANIMAIS fogo e, consequentemente, controlá PERIDOS -los. A tecnologia foi usada para este fim no incêndio do Porto de Santos Caso um animal se desgarre do rebaem abril de 2015. nho, o drone pode buscá-lo e até tocá -lo de volta para o bando.

11- TELEMETRIA É possível medir propriedades usando as imagens de alta qualidade do drone.

12- TOCAR UMA BOIADA Já é possível tocar a boiada apenas com o drone e muita habilidade.

15- FACILITA A VENDA NA FAZENDA Ao invés de deslocar o comprador para sua fazenda, é possível gravar imagens e levá-la para o interessado.

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REVISTA agroinfo

Conselho Editorial: Anilson Leonardo Gabriela Sachser Guilherme Andrade Thaís Viotto

Direção: Jackson Vidal

Design Gráfico - Ceunsp - Salto, 2015.

Ano 1 - n°03 Editora Ceunsp



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