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DIAGRAMAÇÃO GUILHERME LOPES DESIGN GUILHERME LOPES REVISÃO GUILHERME LOPES CONTEÚDO DESIGN CULTURE DESIGNERD CHOCO LA DESIGN OBVIOUS DSG 1ª EDIÇÃO 2015

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COLAGEM A arte da colagem

6 DESIGN?

POR QUE DESIGN? O que fazem, o que comem, onde vivem.

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DESIGN DO COTIADIANO Como explicar o que eu faテァo?

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DESIGN GRテ:ICO OU WEB DESIGN? Diferenテァas e caracterテュsticas 3


Todo processo criativo deve ser aberto e livre de amarras. A colagem remete ao lúdico, oferecendo um mundo infinito de possibilidades e combinações.

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credito eu que todos já fizeram alguma colagem na escola, durante as aulas de arte. A diferença é que, enquanto não tínhamos a pretensão de expressar algo realmente, quando pensamos o processo de colagem para a comunicação visual, ela

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deve remeter a um significado, mesmo que algumas vezes não tão óbvio. A técnica da colagem remonta aos tempos da história antiga, onde o homem construía aglomerados de elementos para retratar algo de seu interesse.


Processo

Mas como arte, somente no século XX, houve seu reconhecimento através dos movimentos modernos, como Cubismo, Dadaismo, Futurismo, entre outros, pois era considerado uma brincadeira de criança, e quando as críticas socioculturais desses movimentos ganhou expressão, a técnica serviu de suporte criativo, criando um questionamento sobre os limites da arte.

A utilização de materiais diversos serviu para facilitar a expansão da técnica, sendo possível aplicar papeis sobre madeiras, tecidos e outros tantos recursos, chegando a proporcionar, inclusive, peças tridimensionais.

Marcio Duarte Escritor da página Choco la Design

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Muitos podem achar que um designer é, na verdade, um artista frustrado...

Ser designer é um desafio dos mais difíceis e para escolher essa profissão há que se ter paixão.

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POR DES GRÁF


QUE IGN ICO?

Se designer não é artista, não é desenhista, não é publicitário, não é engenheiro, não é redator, não é jornalista…

Gisele Monteiro Escritora da página Design Culture

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MAS POR QUE DESIGN?

O QUE É SER DESIGNER?

Já me fiz essa pergunta várias vezes e em nenhuma delas consegui achar uma única resposta que fosse estritamente racional. Muitos podem achar que um designer é, na verdade, um artista frustrado, porque gostaria mesmo é de criar livremente, sem estar preso a nenhum limite ou sanção, sem regras e com a mente totalmente despreocupada, coisa que passa longe da realidade de um designer. Poderia se dizer que o trabalho de um designer é cerceado por um sem número de regras visuais, publicitárias, ergonômicas, mercadológicas e, claro, a mais rígida delas, o cliente. Vendo por este lado então, podemos considerar real a afirmação de que um designer é um artista frustrado? Sim, também o é, e seria hipocrisia dizer que não. Quem nunca quis fazer valer a sua vontade ou o seu gosto num trabalho? É normal, somos humanos. No entanto, seria completamente injusto rotular um designer como um artista que não aconteceu. Até porque o designer é um artista também, e é muito mais que isso, porque tem um objetivo claro que move o seu trabalho.

Se designer não é artista, não é desenhista, não é publicitário, não é engenheiro, não é redator, não é jornalista… se o mercado não entende o que faz um designer e, portanto, não valoriza o seu trabalho, se por isso mesmo o nível salarial destes profissionais beira o ridículo, se o designer tem que enfrentar um mercado infestado de pessoas que se dizem designers, sem ter a menor noção do que isso significa, se existe concorrência desleal e os designers profissionais estão perdendo feio, se só o próprio designer entende que é um conjunto de todos os profissionais citados acima e é mais do que isso…então afinal de contas… por que design?

“Designer é um artista frustrado? Sim, também o é, e seria hipocrisia dizer que não.”


Novamente, respostas puramente lógicas me escapam. Posso responder pela minha própria experiência. Escolhi design (ou ele me escolheu) porque para mim, trabalhar em algo que remetesse à repetição, à rotina, seria a morte. Porque ficar longe da criação e da expressão visual seria uma tortura. Porque vi no design uma alternativa de unir o prazer com o prático sim, mas também, porque, no meu caso particular, não serviria para ser artista. A liberdade total me bloqueia, preciso de um foco, de um projeto. Talvez outros designers possam se identificar com isso, talvez não. Cada um tem suas razões. Ser designer é um desafio dos mais difíceis e para escolher essa profissão há que se ter paixão. E talvez este possa ser um gancho para a parte lógica da nossa pergunta inicial. Mas espera, paixão tem a ver com a parte lógica? Eu prefiro acreditar que sim. Num mundo onde cada vez mais a tecnologia toma conta, onde o número de informações e estímulos de toda a ordem nos atacam a cada minuto, o que no meio disso tudo vai conseguir atrair a atenção daas pessoas, senão aquilo que as tocarem de alguma maneira? Torço para que o mercado enxergue isso e acredito que isso vá acontecer

inevitavelmente. Os seres humanos precisam se reconhecer como tal. E quando isso acontecer, o mercado vai entender que o cara que é só fera em Illustrat or, aquele que domina todas as ferramentas técnicas vai ficar obsoleto E é aí que entra o designer com toda a sua paixão, com toda a sua multiplicidade de competências e com toda a sua capacidade projetual de unir a arte com a função para construir algo que vai tocar as pessoas.

Gisele Monteiro Escritora da página Design Culture

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DESIGN

DO COTIDIANO

O dilema mais enfrentado entre os profissionais e estudantes de design gráfico é ter de explicar sua profissão constantemente. Você não é desenhista, não é arquiteto, não conserta computador. Afinal, porque o designer gráfico quer ser reconhecido? O que ele faz de tão especial?

Em muitas cidades brasileiras ainda se enfrenta um impasse ao escolher o design gráfico como profissão. A família geralmente se decepciona com a escolha, esperava uma profissão “mais promissora”. A pergunta: “mas o que um designer gráfico faz, afinal?” É parte do cotidiano do estudante e do profissional formado. Há quem pense que o designer passa o dia desenhando, os que acreditam ser um desperdício de tempo investido, os que argumentam que qualquer pessoa pode aprender sozinha a “mexer em programinhas de computador”, que a faculdade é dispensável. E, finalmente, os que acreditam que qualquer engenheiro ou arquiteto pode fazer facilmente o trabalho do designer, sem ter que se especializar nisso.

No Brasil poucos entendem que o design gráfico está além de programas. Que o profissional de design não é necessariamente um bom desenhista, ou alguém que pode consertar, com maestria, um computador. O design gráfico começa com o conhecimento. E abrange áreas intermináveis. Um estudante de design gráfico tem uma ampla grade curricular, composta por semiótica, filosofia, análises de cor, história, entre outras. O designer aprende, antes de manipular programas, os fundamentos por trás de cada peça, e os elementos necessários para conquistar seus objetivos com os clientes em potencial. Design é comunicar-se. Comunicar-se através de todos os sentidos que puderem ser explorados. Também é praticidade. A fusão

Janine Dias Colaboradora do Blog Obvious

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entre soluções práticas e estéticas para gerar um resultado que seja útil e de boa aparência. É mudar o mundo em que se vive, a maneira de observar o cotidiano. Inovar. A falta de compreensão de grande parte da população faz com que a vida diária do designer seja uma batalha constante, uma busca eterna de justificar o prazo, o valor cobrado por seu trabalho, a impossibilidade de se produzir certos materiais. Falta valorização, conscientização. Design é uma junção de estética e funcionalidade, mas o profissional enfrenta o mesmo dilema vivido pelos artistas. A dificuldade em fazer as pessoas perceberem a importância e seriedade de seu trabalho, e o fiasco que é pedir de graça, ou por um preço irrisório, o único produto que o profissional pode vender. Sua propriedade intelectual. Algo que foi adquirido através de anos de estudo e esforço. Algo por vezes intangível, mas extremamente significativo. Anos de estudo são investidos em aprimoramento. O estudante

apaixona-se pelo design. Por todos os tipos de design. Porque na vida, tudo é design. Embalagens, carros, computadores, tênis, roupas, óculos. O profissional observa tudo ao seu redor com olhares analíticos, sempre buscando novidades, embasando sua criatividade com conhecimento. O designer nunca descansa. Seu olhar permanece atento, sua mente trabalha incessantemente. Ser designer é ler um livro observando o papel escolhido, a disposição da diagramação do conteúdo, o significado da capa, a escolha da tipografia. É se perguntar o porquê de um livro com temática no século XVIII ser composto com uma letra criada no século XX. Ser designer é explorar motivos, beber conhecimento e disseminá-lo de forma a parecer mais claro para qualquer pessoa, através de palavras, sons, imagens, aromas, toque. Design é sentir. É transmitir sentimentos. Design é viver. Ser designer é respirar design sem descanso. É devorar o máximo de conteúdo visual e tátil. É viver. Vive-se design.

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DESIGN GRÁFICO OU WEB DESIGN? Muitas vezes recebo por e-mail perguntas de pessoas que estão na dúvida sobre qual área seguir: Design Gráfico ou Web Design. Para alguns, a escolha é óbvia, mas muita gente ainda lida com a incerteza na hora de escolher o caminho profissional a trilhar.

As diferenças Enquanto o designer gráfico trabalhará pensando no físico, naquilo que será impresso, o web designer terá seu foco voltado ao virtual: o que será visualizado pelo usuário na tela do computador. E é por isso que uma área difere tanto da outra. Em questão de criação, o designer gráfico tem uma medida maior de liberdade em suas peças, pois, como diz o ditado, o papel aceita tudo (ou quase tudo). De certa forma, esse profissional é mais livre para criar, pois pode ir além do tradicional e desenvolver formatos diferentes para seus trabalhos de impressão, além de não precisar se preocupar tanto com o “peso” final do arquivo. Isso não significa que o web designer é um profissional “engessado”. Existem muitos sites que fogem do padrão e sur-

preendem quem os visualiza. O problema está em COMO fazer isso. O profissional que lida com web, além de pensar graficamente, necessita ter um raciocínio lógico: como a programação do site lidará com seu layout de forma correta, sem prejudicar o usuário?

Responsabilidade do profissional Todo profissional de criação tem uma carga que precisa levar: a responsabilidade de não sujar o nome de seu cliente, seja uma pequena, média ou grande empresa. Mas, é justamente essa responsabilidade que é mais pesada nas costas do designer gráfico. Por quê? Imagine que, por descuido, o arquivo que você enviou para a gráfica, que servirá como base para a impressão de, digamos, dez mil panfletos, está com um erro grave, como por exemplo uma imagem em baixíssima

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resolução. Pronto, a desgraça está feita. No mundo físico não existe ctrl+z, e o prejuízo é todo do designer. No caso do web designer, apesar de ter um trabalho que também envolve uma boa medida de responsabilidade, seus erros são mais fáceis de serem corrigidos. Na maioria das vezes, basta substituir o arquivo no servidor e pronto. É claro que um erro grave exposto em um site de grande veiculação também poderá significar um prejuízo enorme. Mas na maioria dos casos, o profissional de internet tem mais facilidade em corrigir seus erros.

Todo profissional de criação tem uma carga que precisa levar: a responsabilidade de não sujar o nome de seu cliente, seja uma pequena, média ou grande empresa.” Vocação Para escolher corretamente a área que irá trabalhar, é preciso que cada um primeiramente consiga descobrir sua própria vocação. Uma boa dica é prestar atenção no material que mais costuma admirar em portfólios alheios. Você se impressiona mais com cartões de visita, artes de embalagens e folders ou são os layouts de sites, blogs e lojas virtuais que mais lhe chamam atenção? Além da vocação, é importante detectar qual área é mais prazerosa para você. De nada

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adianta trabalhar numa área que tenha vocação mas ache uma verdadeira chatice Quando se consegue juntar as duas coisas – vocação e prazer – é sinal que a felicidade no trabalho pode chegar mais rápido do que imagina.

Mercado de Trabalho Não me arrisco a dizer qual área tem um mercado mais amplo, pois isso envolve uma pesquisa detalhada, com diversas variáveis envolvidas. Mas, em ambas as áreas o profissional deverá procurar sempre a constante atualização e o destaque no mercado de trabalho. A proatividade é um requisito essencial, tanto para designers gráficos quanto para web designers. Devido ao grande número de pessoas que se arriscam em tais áreas (muitas vezes sem ter o conhecimento mínimo para isso) o mercado se encontra hoje, infelizmente, à beira da saturação, sendo mais um obstáculo a ser vencido por aqueles que desejam ingressar nele. Porém, que isso de modo algum sirva de desencorajamento aos que entram agora nesse mercado. É possível sim, com bastante esforço, ter o merecido destaque, seja como empregado, freelancer ou empresário. Seja como designer gráfico, web designer ou, quem sabe, ambos. E você? O que lhe ajudou a escolher a área que atua?

Guilherme Dantas Escritor da página Designerd


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GUILHERME LOPES DOS SANTOS ICG - NOITE

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