CENTRO DE CONVIVÊNCIA SOCIAL E ESPORTIVO
CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
CENTRO DE CONVIVÊNCIA SOCIAL E ESPORTIVO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
GUILHERME AUGUSTO DA SILVA PINHO CÓDIGO: 1770224 ORIENTADOR: PROF. MS. ROBERTO LUIZ FERREIRA
RIBEIRÃO PRETO 2021
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte. E-mail do autor: guilherme28jg10@gmail.com
Pinho, Guilherme Augusto da Silva Centro de Convivência Social e Esportiva/ Guilherme Augusto da Silva Pinho – Ribeirão Preto, 2021. 108 p. Trabalho Final de Graduação (TFG) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá. Orientador: Prof. Ms. Roberto Luiz Ferreira 1. Convívio 2. Integração 3. Esporte 4. Educação
Guilherme Augusto da Silva Pinho
Centro de Convivência Social e Esportiva
Trabalho Final de Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá para a obtenção do título de Bacharel. Orientador: Profº Ms. Roberto Luiz Ferreira
BANCA EXAMINADORA Data da Aprovação: ___/___/_____
____________________________________________ Profº Ms. Roberto Luiz Ferreira
____________________________________________ Profº Ms. Fernando Gobbo Ferreira
____________________________________________ Convidado
RESUMO
A seguinte pesquisa visa a criação de um Centro de Convivência Social e Esportivo, um equipamento que possibilite atividades coletivas em uma região carente, e socialmente vulnerável onde existe a ausência de espaços públicos. O mesmo deverá ser capaz de aproximar o interesse da população com a sua inserção, principalmente o público jovem e infantil que são os mais vulneráveis a fragilidade social, incentivando a educação e a prática do esporte.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por ter me sustentado e me guiado nessa longa jornada. Agradeço aos meus pais por sempre me apoiarem e serem a minha base. Agradeço as meus irmãos, a minha companheira Isabella por todo apoio, e as meus amigos Carlos Alexandre, Ana Laura e Antônio Marcos por toda ajuda possível. Em especial agradeço ao meu orientador Roberto Ferreira que me auxiliou em todas as etapas do trabalho, com muita paciência e dedicação.
SUMÁRIO
12 APRESENTAÇÃO 18 DESENVOLVIMENTO DO TEMA INTEGRAÇÃO EDIFÍCIO E CIDADE ESPAÇOS DE TRANSIÇÃO
SISTEMA VIÁRIO TERRENO ENTORNO
66 O PROGRAMA
O QUE É INCLUSÃO SOCIAL
PROGRAMA DE NECESSIDADE
TIPOS DE INCLUSÃO SOCIAL
FLUXOGRAMA
24 DENVOLVIMENTO DO OBJETO A ORIGEM DO ESPORTE O ESPORTE NO BRASIL
ORGANOGRAMA MATERIALIDADE E SISTEMA CONSTRUTIVO
72 O PROJETO
ESPORTE E EDUCAÇÃO
CONCEITO E PARTIDO
FORMAÇÃO DA ZONA NORTE
DIAGRAMAS
30 LEITURAS PROJETUAIS
CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO ZHOUSHI SESC GUARULHOS COLISEU IVÁN DE BEDOUT
50 LEVANTAMENTOS LOCALIZAÇÃO
USO DO SOLO OCUPAÇÃO DO SOLO GABARITO EQUIPAMENTOS URBANOS E MOBILIÁRIOS
PLANTAS CORTES ELEVAÇÕES MAQUETE ELETRÔNICA
104 REFERÊNCIAS
APRESENTAÇÃO
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INTRODUÇÃO
PROBLEMÁTICA
O presente trabalho, consiste em propor um Centro de Convivência Social e Esportivo na região norte de Ribeirão Preto, levando em consideração a baixa quantidade de equipamentos comunitários nessa região. Esse fato pode trazer prejuízos na formação integral da criança e do adolescente, principalmente quando estão abertos a fatores de riscos que causam dificuldade no seu desenvolvimento e interação social. Justificando os benefícios que a convivência social e a prática de esporte geram na vida das pessoas, ressalva a necessidade de estímulo precoce a prática dos mesmos, como já comprovado que ambos são ferramentas de meio de inclusão social a partir da formação e desenvolvimento físico, psíquico e social. Enfatizando que um Centro de Convivência Social e Esportiva, pode ser o caminho para incentivar o hábito de praticar esportes e, consequentemente, influenciar a comunidade a usar espaços abertos, assim proporcionando a ampliação do convívio em sociedade. Um equipamento com o interesse de promover a inclusão através de práticas esportivas e sociais trata benefícios tanto para a população local quanto para a própria cidade.
A realidade de muitas pessoas em várias regiões do Brasil é triste, pois o grupo dos excluídos está crescendo e esse fato se deve a vários fatores como: condições precárias de moradia e saneamento, a ausência de um ambiente familiar adequado, falta de incentivo na educação e no esporte para crianças e adolescentes. A vulnerabilidade social começa quando essas pessoas deixam de usufruir das mesmas condições, direitos, e deveres dos outros cidadãos, devido ao desequilíbrio socioeconômico ali instalado. O município de Ribeirão Preto possui sua parcela de exclusão social, e boa parte dessas pessoas são crianças e adolescentes, que são abandonados ou vítima de violência, privados de condições básicas de sustento. Em sua grande maioria a população afetada reside na periferia da zona norte da cidade, onde basta andar por alguns momentos para nós depararmos com crianças e adolescentes praticando pequenos atos infracionais, usando e vendendo drogas em esquinas. Conforme Edésio Fernandes: Na maioria dos casos, a exclusão social tem correspondido também a um processo de segregação territorial, já que os indivíduos e grupos excluídos da economia urbana formal são forçados a viver nas precárias periferias das grandes cidades, ou mesmo em áreas centrais que não são devidamente urbanizadas.
‘Dentre outros indicadores da poderosa combinação entre exclusão social e segregação territorial - mortalidade infantil; incidência de doenças; grau de escolaridade; acesso a serviços, infraestrutura urbana e equipamentos coletivos; existência de áreas verdes, etc. -, dados recentes indicam que cerca de 600 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento vivem atualmente em situações insalubres e perigosas. Exclusão social e segregação territorial têm determinado a baixa qualidade de vida nas cidades, bem como contribuído diretamente para a degradação ambiental e para o aumento da pobreza na sociedade urbana. (FERNANDES, Edésio. 2000). O processo de segregação territorial e exclusão social afeta diretamente as crianças e adolescentes, pois além de isentá-los de serviços essenciais, tiram seu direito de acessos a espaços públicos, onde seriam praticados a integração e humanização dos mesmos. Ao analisarmos a distribuição desses equipamentos sociais e esportivos na cidade de Ribeirão Preto, podemos notar uma baixa quantidade comparada a extensão da cidade e uma má disposição dos mesmos, onde sua maioria se encontra nas zonas centro e sul da cidade, e com um déficit na zona norte. Pode-se verificar que a maioria dos moradores da zona norte, não possuem acesso a esses espaços com caráter público e nem recursos financeiros para o desenvolvimento
de habilidades em entidades desportivas particulares, que facilitem sua inclusão social. Tal inclusão que é necessária para o desenvolvimento pessoal e podem ser um instrumento para a inserção de pessoas que normalmente são marginalizadas na sociedade e possibilitam a superação dos limites individuais.
OBJETIVO OBJETIVO GERAL Pretende-se desenvolver um projeto arquitetônico de um Centro de Convivência Social e Esportivo, na zona norte de Ribeirão Preto. Buscando interesse da população local para práticas esportivas e social, visando a humanização, a inclusão, e um desenvolvimento intelectual, físico e social, especificamente voltado para o público infanto-juvenil em situação de vulnerabilidade. OBJETIVO ESPECÍFICOS • Promover a prática de esportes para crianças e adolescentes, impulsionando a inclusão social; • Criar espaços de convívio para integração e socialização; • Adequar a arquitetura as condições de conforto ambiental;
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• Utilização de estrutura metálica para proporcionar ambientes amplos; • Projetar uma arquitetura que estabeleça relação com o entorno;
solidariedade e promovendo a socialização. Estes espaços precisam ser estimulantes, vivos, com diversos tipos de materiais, cores, alturas, formas e texturas.
• Suprir a carência de infraestrutura para as crianças e adolescentes do bairro; • Auxiliar as famílias na educação e aprendizado, a fim de criar um espaço de socialização entre os usuários.
JUSTIFICATIVA Considerando a ausência desses equipamentos, esse projeto se justifica pela necessidade de estabelecer espaço público, que ofereça uma convivência social e atividades relacionadas ao esporte, para a integração comunitária em uma área especifica na zona norte de Ribeirão Preto. É trabalhando o corpo no espaço público que a criança conhece e participa da dinâmica do viver na cidade, do encontro com a natureza. Na relação com esse espaço ela aprende a medir, em cada movimento, distância, força e velocidade. A cultura da sociedade é aprendida pela criança no espaço e no tempo por observação e imitação, brincando, trocando experiências, criando vínculos com outras crianças e com adultos de diversas classes sociais, eliminando barreiras segregacionistas, desenvolvendo a 16
O ambiente prazeroso propicia a socialização. Num espaço adequado, as crianças se sentirão respeitadas enquanto suas usuárias e futuras cidadãs e também o respeitarão, pois ele é o seu espaço. Um espaço público bem projetado criará nas crianças o gosto pela cidade. (OLIVEIRA, Claudia. 2004).
A criança necessita do convívio social, para ampliar seus conhecimentos, trocar experiencias, criar vínculos com outras crianças, ser totalmente integrada a sociedade, e é através desses espaços públicos que tudo acontece, a criança também adquire a sensação de pertencimento, um ambiente prazeroso propicia a socialização, a companhia dos outros sem compromisso algum. Num espaço adequado, as crianças se sentirão respeitadas enquanto usuárias e futuras cidadãs, e também o respeitarão, pois ele é o seu espaço. Um espaço onde possa ser promovida a prática de esporte é um caminho para a integração dessas crianças e adolescentes. De maneira geral a educação física através da prática dos esportes coletivos, pelas suas características voltadas a atividade motora, assume tarefas de desenvolver programas que conduzem os participantes a perceberem a importância de se
adquirir um estilo de vida saudável, fazendo com que a atividade física que faz a promoção da saúde, também se torne um hábito no dia a dia das pessoas. Nessa perspectiva, espera-se que os esportes coletivos além de promover a inclusão social e promoção de saúde, também previna o uso indevido de drogas. (GUEDES, 1994). Os esportes coletivos é um caminho já comprovado para a inserção de pessoas que normalmente são marginalizadas na sociedade e possibilitam a superação dos limites individuais. Os esportes coletivos trazem para seus praticantes, solidariedade, respeito ao próximo, respeito as regras, disciplina, trabalho em equipe, comunicação, sentido do coletivo, capacidade de liderança, tolerância, cooperação e vida saudável. E evitam doenças, evasão da escola, uso de drogas e a criminalidade.
e adolescentes, analisando suas características e identificando pontos importantes para o projeto. Após a definição da área do projeto, serão feitos levantamentos, análise e sistematização de dados do local e entorno.
METODOLOGIA
A metodologia terá como base dados oficiais retirados do site oficial da prefeitura de Ribeirão Preto, pelo IBGE e outros. Serão feitas pesquisas bibliográficas através de livros, e arquivos online, relacionadas ao tema, legislação, arquitetura, conforto ambiental, e a tecnologia que será utilizada para a construção da arquitetura. Faremos estudos de caso, estudos sobre a necessidade deste tipo de espaço, pesquisas e análises de referências projetuais sobre espaços de integração e convívio, destinados a crianças 17
DESENVOLVIMENTO DO TEMA
INTEGRAÇÃO EDIFíCIO E CIDADE Embora a expressão da relatividade dos conceitos de interior e exterior seja antes de tudo uma questão de organização espacial, o fato de uma área tender para uma atmosfera mais parecida com a da rua ou mais parecida com a de um interior depende especialmente da qualidade do espaço público.
‘‘Desta forma, os edifícios devem deixar de ser considerados como um fim para si mesmos, através do design de sua forma e arranjo no espaço, tornar-se um instrumento para valorizar a vida social na cidade através da atratividade do espaço púbico, o lugar onde inúmeras atividades sociais e das quais a cidade é percebida” (GEHL, 2009, p.11).
“ O segredo é dar aos espaços públicos uma forma tal que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles, fazendo com que cada membro da comunidade contribua à sua maneira para um ambiente com o qual possa se relacionar e se identificar.” (HERTZBERG, 1999, p.45).
“Para seu florescimento a urbanidade precisa de uma arquitetura com determinados atributos: espaço público bem definido, forte contiguidade entre edifícios, frágeis fronteiras entre espaço interno e externo, continuidade e alta densidade do tecido urbano etc. (HOLANDA, 2010).”
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“A experiência de estar com outras pessoas é uma oportunidade particularmente animado e atraente para receber estímulos. Comparado com experiência de ver edifícios e outros objetos inanimados, de estar com as pessoas - falando e se movendo oferecem variações sensoriais abundantes. Não existe um único momento como esse quando você circula entre as pessoas. O número de novas situações e estímulos é ilimitado. Ainda mais, afeta mais o assunto parte importante da vida: as pessoas.” (GEHL, 2009, p. 29).
Hertzberg (1999) e Gehl (2009) enfatizam a importância dos edifícios não serem pensados como um fim em si mesmos, e sim serem um instrumento para potencializar a vida social. Gehl evidencia a importância do que chama “dimensão socializante” da arquitetura e do urbanismo e a responsabilidade do urbanista e do arquiteto em priorizar a vida social nas cidades. Hertzberg complementa: para ele, a arquitetura deve ser projetada de “forma convidativa: a forma que possui mais afinidade com as pessoas.
ESPAÇOS DE TRANSIÇÃO Os espaços de transição podem ser considerados em alguns casos como espaços de permanências. É comum que no dia-a-dia as pessoas busquem um local para esperar algo, assim os espaços de permanência podem contribuir para isso, seja com instalações de bancos, implantações de cafés e lanchonetes ou até mesmo a sombra que o espaço proporciona. Zevi (1996) evidencia que todos os
edifícios colaboram para a criação de dois espaços, os internos, definidos pela obra arquitetônica, e os externos, encerrados nestas obras e em suas contingências A soleira fornece a chave para a transição e a conexão entre áreas com demarcações territoriais divergentes e, na qualidade de um lugar por direito próprio, constitui, essencialmente, a condição espacial para o encontro e o diálogo entre áreas de ordens diferentes. (HERTZBERG, 1999, p. 32).
Suas marquises têm função similar aos antigos beirais, que, além de protegerem os pedestres, protegem a edificação de insolação, chuva e umidade. O pé direito da marquise é mais baixo do que do pavimento térreo, isso gera um certo convite do pedestre entrar no edifício, por se tratar, também, de um espaço de transição.
Imagem 01: Marquise do Parque Ibirapuéra Fonte: Vitruvius
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Segundo David e Rioli (2014), os espaços de transição desempenham forte função social, sendo considerado um avanço da porta em direção à rua, ou seja, um prolongamento da barreira interior/exterior, que se torna um espaço de relação interpessoal muito importante. Tal espaço que pode ser usufruído por pessoas que estejam fora ou dentro do edifício, com várias atividades.
Imagem 02: Integração através do passeio Fonte: Vitruvius.
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O QUE É INCLUSÃO SOCIAL A Inclusão Social é o ato de dar a todas as pessoas, independentemente de suas diferenças, os mesmos direitos e oportunidades. Integrar à sociedade grupos sociais historicamente à margem do processo de socialização, não tendo o devido acesso a direitos sociais mais básicos como educação, emprego digno, moradia, saúde e alimentação adequada.
Assim, a inclusão social é uma tentativa de corrigir a exclusão de alguns grupos como negros, indígenas, pessoas com deficiência, homossexuais, travestis, ex presidiários bem como aqueles em situação de vulnerabilidade socioeconômica, como pessoas em situação de rua e pessoas de baixa renda.
Imagem 03: Intregração Social em todas as classes Fonte: Pedagogia ao pé daletra.
TIPOS DE INCLUSÃO SOCIAL
Há diversos tipos de exclusão social, das quais se destacam: • Exclusão patológica: faz referência à exclusão de indivíduos em razão de alguma doença ou deficiência, como cadeirantes e pessoas vivendo com HIV; • Exclusão Cultural e Étnica: conceito atribuído as minorias étnicas e culturais, por exemplo, a exclusão dos índios; • Exclusão Econômica: determina a exclusão de pessoas que possuam rendas inferiores, por exemplo, os pobres; • Exclusão Etária: designa a exclusão por idades, por exemplo, crianças e idosos; • Exclusão Sexual: tipo de exclusão que é determinada pelas diferentes preferências sexuais, por exemplo, a exclusão dos transexuais; • Exclusão de Gênero: relativo ao gênero masculino e feminino, por exemplo, a exclusão das mulheres; • Exclusão Comportamental: aborda sobre os comportamentos destrutivos, por exemplo, dos indivíduos toxicodependentes.
Imagem 20: Fonte: Canva.
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DESENVOLVIMENTO DO OBJETO
A ORIGEM DO ESPORTE
A Grécia Antiga serviu como pilar para diversos avanços no quesito social que influenciam a lógica mundial até os dias atuais. Vários setores da linha de estudo e conhecimento humano, tais quais a política, filosofia, matemática e os esportes. No ano de 776 a.C., estão os registros oficiais de práticas esportivas, marcadas na primeira edição dos Jogos Olímpicos da história. Modalidades como luta livre, maratona e arremesso de dados. O evento era considerado de tamanha importância para época que paralisava todos os conflitos militares para que todos pudessem participar; era realizado em Olímpia, dando origem ao nome dos jogos. Depois do domínio grego na hegemonia mundial, a ascensão do Império Romano tornou a prática esportiva mais agressiva: a luta de gladiadores,
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que tradicionalmente acabava em óbito por um dos competidores, era a modalidade favorita da época. Alguns historiadores apontam que pode ter sido neste momento o nascimento da febre por esporte. Que seria a torcida incondicional por parte dos espectadores por um determinado competidor. Esse comportamento pode ter influenciado as torcidas uniformizadas de futebol que atuam hoje em dia. A partir da Idade Média, houve um retrocesso em todas as áreas de conhecimento, com o domínio da Igreja Católica, e a prática esportiva também foi afetada pelo rigor das novas normas sociais. O que passou a ser mais disseminado foram as artes de guerra, tais como arco e flecha e jogos a cavalo. Nos séculos XVII, XVIII e XIX, as regras passaram a tomar forma e os esportes mais conhecidos no mundo tornam-se populares. Imagem 04: Origem dos jogos Olímpicos na Grécia Antiga Fonte: Podium Esporte.
Jogos com bola lideram as novas práticas esportivas para que, em 1904, aconteçam os primeiros Jogos Olímpicos do mundo moderno, que foi realizado em Atenas. O foco principal passou a ser os desempenhos dos atletas e a profissionalização do esporte.
O ESPORTE NO BRASIL
No Brasil Colonial (1500-1822), as práticas esportivas dos índios e dos primeiros colonizadores eram arco e flecha, a natação, a canoagem, as corridas a marcha e a equitação, todas praticadas pelo utilitarismo. De 1822 a 1889, no Brasil Imperial, o esporte assumiu importância e espaço nas leis e decretos sobre Educação Fisica, reconhecida por educar em relação ao físico e o corpo em toda a sua dimensão. Nesse período, os movimentos corporais trazidos pelos africanos surgem como uma atividade física, mais conhecida como capoeira. Em 1882, Rui Barbosa de Oliveira, designado por Deodoro da Fonseca a representante do governo republicano, atuou na valorização da Educação Física, incluindo a ginástica nas escolas, acreditando e defendendo que a ativação do cérebro estaria ligada ao corpo saudável. Na metade do século XIX às primeiras décadas do século XX, o remo foi o esporte mais praticado no Brasil. Ainda nesse período, a natação competitiva, o basquete, o tênis, o futebol e a esgrima foram introduzidos no país.
Em 1898, August Shaw trouxe dos Estados Unidos uma bola de basquete, sendo o introdutor desse esporte. O tênis teve inicio em 1898 em Porto Alegre no Tennis Club Walhada de Porto Alegre. O futebol chegou ao Brasil no ano de 1894 com introdutores como Charles Muller, Manuel Gonzales e Oscar Cox. Há relatos de que o primeiro esporte moderno praticado no Brasil foi o turfe, na cidade do Rio de Janeiro. Podemos considerar o turfe, basicamente, como as corridas de cavalos. O turfe data seu inicio em meados de 1810, e era organizado pelos comerciantes ingleses, na Praia de Botafogo. Porém, antes disso, esportes diversos já eram praticados pelos povos indígenas, como arco e flecha, canoagem, natação, corridas, entre vários outros.
Imagem 05: Esporte Fonte: Na Escola 27
ESPORTE E EDUCAÇÃO Através da prática esportiva pode-se dispor situações de ensino e aprendizagem que garantem às crianças e jovens o acesso a conhecimentos práticos e conceituais. Dando oportunidade a todos que desenvolvam suas habilidades, de forma harmoniosa e não seletiva, visando o aprimoramento do ser humano. O esporte permite que se vivencie diferentes práticas corporais, provenientes das mais diferentes manifestações culturais, como as influências que estão presentes na vida cotidiana de cada criança. Independente de qual seja o esporte ou
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atividade, o processo de ensino e aprendizagem deve considerar as características das crianças em todas as suas dimensões sejam elas corporais, afetivas, éticas, de relação interpessoal e inserção social. Educação esportiva é inclusiva porque busca trabalhar as diversidades, e as desigualdades sociais. Pontos que são complexos e que requer um cuidado para transformar toda a realidade que temos. O papel do esporte vai muito além da socialização do sujeito é o resgate de valores e de princípios que são extremamente necessários para a nossa realidade e para a sociedade com um todo. Imagem 06: Educação atrvés do esporte. Fonte: Aventuras na Escola
FORMAÇÃO DA ZONA NORTE O processo de formação da zona norte de Ribeirão Preto se deu início com a formação do Núcleo Colonial Antônio Prado nessa zona urbana, abrigando imigrantes que chegaram a Ribeirão Preto ainda no final do século XIX, em substituição da mão de obra escrava para o trabalho livre, necessitando se instalar em lugares cujos preços eram acessíveis, de acordo com o seu poder aquisitivo, os quais ela viria a se encontrar fora da área urbana. Essa extensa região inserida a cidade, passou a receber equipamentos e serviços como hospitais, cemitérios e fabricas, considerados indesejados pela população que vivia no centro urbano e representava a burguesia. Esse processo se concentrou a pobreza e, consequentemente, os assentamentos precários, na zona norte da cidade.
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REFERÊNCIAS PROJETUAIS
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CENTRO CULTURAL E ESPORTIVO ZHOUSHI Arquitetos: 4a Architekten Localização: Steinstrabe 18, 71529 Leonberg Alemanha Área: 10490 m² Ano: 2014
O Centro Cultural e Esportivo de Zhou está localizado na cidade de Zhou, no norte do estado de Kunshan, na China. É um amplo centro cultural e esportivo integrado, que inclui salão cultural, salão de basquete, piscina, salão polivalente, centro de exposições culturais e de arte e rua comercial e de lazer. Foi pensada em uma estrutura de grande porte, que tenha uma cobertura dinâmica que cobre pavilhões com diferentes funções. Ao dobrar, ondular e dobrar, pode-se atingir as alturas necessárias que requerem diferentes cenários. Ao visualizar o edifício, os usuários e visitantes se deparam com um volume escultórico que causa impacto visual. Cada pavilhão é moderadamente independente, assumindo diferentes temas ou escala de espaços entre os pavilhões, o que gerou um espaço social contínuo quando o edifício não está aberto. Esse fato destaca o caráter aberto e participativo do Centro Cultural e Esportivo. Centro Cultural Esportivo de ZHOUSHI remodela o espaço urbano e inspira a nova vitalidade urbana. É como uma barca que vai carregar e disseminar a cultura da cidade de Zhoushi; ao passo que herda a tradição, possui, também, um caráter distintivo contemporâneo.
Imagem 30: Fachada Principal Fonte: Archdaily 33
IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO NA QUADRA A edificação está implantada em uma grande quadra bem localizada no bairro, com destaque visual e facilmente acessada por todos os lados com a intenção de fazer do edifício o próprio monumento da praça.
CONFORTO AMBIENTAL O uso dos vidros estão presentes em todas as fachadas do projeto, proporcionando uma iluminação natural. Pensando na ventilação natural. e logo também na iluminação natural foi utilizado aberturas em sua cobertura.
Imagem 08: Implantação Fonte: Archdaily Imagem 09: Iluminação natural Fonte: Archdaily
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ESTRUTURA E MATERIALIDADE As cores da arquitetura são preto, branco, cinza e tons de madeira. Essas cores são ecoadas pelas superfícies arquitetônicas dos materiais modernos como a cobertura em painéis metálicos em cinza, serigrafia semelhante
à uma seda semitransparente impressa nos painéis de vidro e painéis de alumínio em tons amadeirados. A estrutura da edificação é toda de aço, possuindo um caráter High tech e tectônico.
Imagem 10: Materiais construtivos Fonte: Archdaily, alterado pelo autor
ALUMÍNIO/ TELA
MADEIRA
ACM
CONCRETO
VIDRO 35
ANÁLISE DA PLANTA
Imagem 11: Corredor lateral Fonte: Archdaily
Imagem 12: Espaço Esporte Fonte: Archdaily 36
Imagem 13: Planta Fonte: Archdaily, alterado pelo autor
Imagem 14: Planta Fonte: Archdaily, alterado pelo autor 34
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CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL SALA MULTIUSO SALA TÉCNICA VESTIÁRIOS, DEPÓSITOS E SANITÁRIOS SALA DE EXPOSIÇÃO Imagem 15: Acesso Lateral Fonte: Archdaily
CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL QUADRAS POLIESPORTIVAS PISCINAS VESTIÁRIOS, DEPÓSITOS E SANITÁRIOS TEATRO CENTRO DE EXPOSIÇÃO ESPELHO D’ÁGUA
Imagem 16: Piscina Olimpica Fonte: Archdaily 37
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SESC GUARULHOS Arquitetos: Dal Pian Arquitetos Localização: Guarulhos - SP Área: 34.200 m² Ano: 2019
Edifício de uso público, que aglomera atividades culturais, esportivas, de ensino, de saúde, de recreação e de lazer, o SESC Guarulhos foi concebido como um grande espaço democrático e convidativo, que procura favorecer e suscitar o encontro, a convivência e a interação entre pessoas. O projeto procura enfatizar a condição do SESC como comunicador social e polarizador cultural por meio de uma arquitetura não apenas orientada para as soluções específicas de suas atividades e funções, como também para a construção de um cenário urbano mais contínuo, coeso e unitário. Internamente os espaços se estruturam ao entorno de uma grande Praça de Convivência que recebe os fluxos externos e concentra, articula e distribui as diversas atividades do complexo. Espaço transparente e permeável às perspectivas visuais, essa praça integradora expõe os acontecimentos do edifício e incorpora a paisagem circundante a seus ambientes internos. As circulações internas, organizadas de modo simples e preciso por rampas, passarelas e corredores debruçados sobre a Praça de Convivência, expõem o movimento dos usuários e reforçam o caráter extrovertido do edifício.
Imagem 17: Fachada principal Fonte: Archdaily 39
IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO NA QUADRA O terreno, disposto em ligeiro aclive, concentra grande parte de sua vegetação em faixa próxima ao parque. A implantação do edifício busca respeitar essa geografia, assim como, incorporar parte significativa desse verde às áreas do parque, que em processo de recuperação, poderá ser ampliado e potencializado sua dimensão pública e urbana.
Imagem 18: Implantação Fonte: Archdaily 40
CONFORTO AMBIENTAL Um sistema de cobertura composto por grelhas metálicas, vidro, extratores de ar e brises reguláveis de proteção solar, filtra a luz natural e serve de coroamento a esse espaço diáfano de mediação entre o ambiente natural e o construído.
Imagem 19: Iluminação Natural Fonte: Archdaily
ESTRUTURA E MATERIALIDADE Propõe-se para o edifício um sistema estrutural misto em concreto e aço, com pilares periféricos que nã’o obstruem as zonas de ocupação. Como vedação e revestimento são utilizados vidro, metal e’ pedra, materiais
tradicionais de grande durabilidade e resistência. Para a cobertura da Praça de Convivência é proposto um fechamento em vidro duplo fixado em perfis metálicos e protegido por um sistema externo de brises em alumínio.
CONCRETO
METÁLICA
VIDROS
Imagem 20: Materialidade Fonte: Archdaily, alterada pelo autor 41
ANÁLISE DA PLANTA PLANTA SUBSOLO 1 ESTACIONAMENTO 2 ÁREA TÉCNICA 1
2
2 2 Imagem 21: Planta Fonte: Archdaily, alterada pelo autor PLANTA TÉRREO
12
13
7
6
8
9 10
11
13
1
1 PRAÇA DE CONVIVÊNCIA 2 GINÁSIO 3 EXPOSIÇÃO 4 ODONTOLOGIA 5 JUVENTUDES 6 CENTRAL DE ATENDIMENTO 7 TEATRO 8 ESPAÇO DE TECNOLOGIA E ARTES 9 CURUMIM 10 ESPAÇO DE BRINCAR 11 VESTIÁRIOS 12 ESTACIONAMENTO 13 APOIO/ ÁREAS TÉCNICAS
2 3
4
5 Imagem 22: Planta Fonte: Archdaily, alterada pelo autor
42 36
3
3
3
PLANTA 1°PAVIMENTO
4 1
2
7
9
8
6
5
1 TEATRO 2 COMEDORIA 3 QUADRAS 4 CONJUNTO AQUÁTICO EXTERNO 5 PISCINA COBERTA 6 VESTIÁRIOS 7 ADMINISTRAÇÃO 8 BIBLIOTECA 9 SALA MULTIUSO 10 CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
10 Imagem 23: Planta Fonte: Archdaily, alterada pelo autor PLANTA 2°PAVIMENTO 1 2 3 4
TEATRO GINÁSTICA SALA MULTIUSO CENTRO DE MÚSICA
1
2
3 3
4 Imagem 24: Planta Fonte: Archdaily, alterada pelo autor 43 37
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COLISEO IVÁN DE BEDOUT Arquitetos: Giancarlo Mazzanti e Felipe Mesa Localização: Medellín, Colombia Área: 30.694 m² Ano: 2009
Imagem 25: Cobertura Fonte: Archdaily
Ao longo dos anos, o Complexo Esportivo Atanasio Girardot passou por reformas e ampliações. Em 2008 a cidade foi escolhida para sediar os jogos Sul-Americanos de 2010, para tanto foi realizado um concurso internacional para a reforma e ampliação de uma série de instalações esportivas preexistentes no local, mas estava de desuso. A partir desse concurso, venceram os arquitetos Giancarlo Mazzanti e Felipe Mesa, que ficaram responsáveis pelas obras e instalações de basquete, ginástica, artes marciais e vôlei. Com a intenção de criar uma nova configuração geográfica, pois a topografia do local proporciona qualidades paisagísticas e espaciais que permitem que o Complexo possa ser visto de diversos pontos da cidade. Os edifícios foram implantados no sentido Norte Sul, essa implantação permitiu a criação de quatro novas praças triangulares e conectadas entre si, enriquecendo o espaço urbano e permitindo o intercâmbio social e esportivo através da livre circulação de pedestres ao redor das edificações. O projeto evidência sua flexibilidade e transparência, à medida em que compreende, de forma unificada, a relação interior e exterior, mais especificamente, a relação entre espaço construído e o espaço aberto, através de uma grande cobertura construída em formato de tiras de relevo, dispostas perpendicularmente à orientação Norte Sul do edifício. 45
IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO NA QUADRA
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CONFORTO AMBIENTAL
O acesso pode ser feito a qualquer ponto da quadra e a circulação entre os edifícios acontece por cruzamentos e vias pedonais que permitem circulação livre.
As faixas de cobertura se orientam paralelamente ao sol, de maneira que a luz solar nunca acesse o interior dos edifícios de maneira direta. Em suas fachadas norte e sul os edifícios permitem a passagem direta das correntes de ar e cada edifício possui amplas ventilações cruzadas.
Imagem 26: Implantação Fonte: Archdaily
Imagem 27: Iluminação e ventilação natural Fonte: Archdaily, alterada pelo
ESTRUTURA E MATERIALIDADE A cobertura é modulada em pórticos de 5 metros, são chamadas de viga-caixão, uma treliça metálica que permite vencer grandes vãos. As estruturas se apoiam em pilares de concreto que ficam fora da estrutura
dos ginásios. As treliças são pré-fabricadas em peças de 12 metros e os pórticos o. foram montados in loco com sistema parafusado. Após montados, os pórticos recebem pintura e uma cobertura na parte superior de superboard, depois são fechados com policarbonato opalino.
TRELIÇAS METÁLICAS
CHAPA METÁLICA
POLICARBONATO OPALINO
Imagem 28: Materialidade Fonte: Archdaily, alterada pelo autor 47
ANÁLISE DA PLANTA
7 6 8
5
3 4
3
1
2
1
9
PLANTA COMPLEXO
1 2 3 4 5 6 7 8 9
48
2
Imagem 29: Planta Fonte: Archdaily, auterada pelo autor
ESTÁDIO ATANACIO GIRARDOT CAMPO DE FUTEBOL 1 CAMPO DE FUTEBOL 2 ESTÁDIO DE ATLETISMO ANTÔNIO GAVIRIA DUQUE LIGA DE TÉNIS DE MESA PARQUE DE XADREZ DIAMANTE DO BEISEBOL UNIDADE DE TÉNIS CARLOS J. ECHAVARRIA COMPLEXO PISCINAS
PLANTA GERAL DA ARQUIBANCADA/ COLISEU: COMBATE 1 ÁREA DE COMPETIÇÃO 2 ÁREA DE TREINAMENTO 3 ARQUIBANCADA
1 2 3 4
3
5 6
7
Imagem 30: Planta Fonte: Archdaily, alterada pelo autor
PLANTA DE ACESSO GERAL COLISEU: COMBATE 1 2 3 4 5 6 7 8
8
7
7
Imagem 30: Planta Fonte: Archdaily, alterada pelo autor
ACESSO ÁREA DE SERVIÇOS GERAIS TENDA DESPORTIVA CAFETERIA TÉCNICOS ACESSO TÉCNICO ZONA DE TREINAMENTO ÁREA DE COMPETÊNCIA
4
LEVANTAMENTOS
LOCALIZAÇÃO
Imagem 31: Aproximação da localização Fonte: Pinterest, alterada pelo autor
Como área de estudo para implantação do presente projeto foi escolhida a cidade de Ribeirão Preto, Localizada no interior de São Paulo. É considerada a metrópole da região por ser agente polarizador no que se diz respeito a comércio, serviços, lazer e educação. pois oferece lojas espalhadas pela cidade em grandes eixos comerciais diversificados, 52
como também grandes parques para lazer e prática de esportes. Sua região metropolitana conta com 34 municípios, sendo alguns mais próximos que outros. Ribeirão Preto possui uma área de perímetro urbano de 143,17 Km² , e conta com mais de 703 mil habitantes (segundo IBGE 2019
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Imagem 32:Imagem satélite do lote Fonte: Google Maps, com alteração do autor
53
USO DO SOLO A analise ressalta que a maior ocupação de uso no local, é Residencial, seguido por uma quantidade considerável de área vazia. A presença do uso institucional também é bem relevante no mapa, compostas por níveis variados de ensino.
100 m
54
200 m
300 m
RESIDENCIAL COMÉRCIO SERVIÇO INSTITUCIONAL ÁREA VERDE ÁREA VAZIA INDUSTRIAL LOCAL DO PROJETO
55
OCUPAÇÃO DO SOLO A área de estudo mostra uma pequena predominância de áreas construídas sobre os vazios, encontra-se uma densidade considerável nos lotes que se concentram as residências, já os vazios se justifica pelos canteiros, a rotatória onde existe um subestação de energia elétrica e uma extensa área sem uso onde uma parcela será usada para a construção do novo Centro de Convivência Social e Esportivo.
100 m
56
200 m
300 m
OCUPADO LOCAL DO PROJETO 57
GABARITO DE ALTURAS As edificações do entorno se caracterizam de gabarito baixo, em sua maioria de 1 pavimento, e os poucos que se destoam chegam a 2 pavimentos, que são escolas, empresas e igrejas.
100 m
58
200 m
300 m
1 PAVIMENTO 2 PAVIMENTOS 3 A 5 PAVIMENTOS LOCAL DO PROJETO 59
EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS Após os levantamentos ficou nítido a ausência de equipamentos de lazer e convivência no entorno, existe apenas um campo focado em apenas uma modalidade esportiva. O que se destaca é o fato de possuir 3 escolas no local de estudo, que vem como proposta de fazer integração com o projeto a ser construído, do mesmo modo o campo de futebol. A área possui uma boa quantidade de pontos de ônibus, porém nenhum oferece um conforto adequado aos usuários que ali aguardam o transporte público.
100 m
60
200 m
300 m
SEGURANÇA PÚBLICA ESCOLA ABASTECIMENTO ESPORTE E LAZER CULTURA E RELIGIÃO ASSISTÊNCIA SOCIAL PONTO DE ÔNIBUS LOCAL DO PROJETO 61
SISTEMA VIÁRIO Á área escolhida vai de encontro com uma via arterial que faz ligação a vários bairros, favorecendo o acesso ao equipamento a ser construído, o entorno também é composto por várias vias local, motivado pela predominância do uso residencial.
100 m
62
200 m
300 m
VIA EXPRESSA VIA ARTERIAL VIA COLETORA VIA LOCAL LOCAL DO PROJETO 63
TERRENO
+547.2
+546.0 Leste Nascente
Oeste Poente
R.
+544.2
no
uli
Pa eF
li
cio
Fa
sd
+543.5
A
u
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G v.
de cli
do
ire
e igu
ÁREA DE INTERVENÇÃO
O terreno escolhido para a implantação fica no Setor Norte da cidade, no bairro Avelino Palma e possui 9.062 m². Abaixo alguns fatores que foram fundamentais para a escolha do lote: • • •
64
O lote se em um ponto de fácil acesso. O entorno se dispõe de vários pontos de parada de transporte público. O projeto da uso a um grande espaço ocioso.
+543.5
+547.2
CORTE A +544.2
CORTE B
+546.0
ENTORNO O local escolhido para a implantação cria um Eixo Social e Esportivo, ligando o Campo de Futebol do time Quintinense F.C, a praça ao lado e o projeto, gerando total integração com o seu entorno. Eixo Social e Esportivo
Imagem 33: Imagem satélite do lote Fonte: Google Maps, com alteração do autor
65
O PROGRAMA
PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR ÁREA SOCIAL
SETOR
ESPORTE E LAZER
SETOR
EDUCACIONAL
SETOR
SERVIÇOS E ADMINISTRAÇÃO
68
AMBIENTE Hall Principal e Convivencia Estacionamento
QUANTIDADE 1 1
ÁREA m² TOTAL m² 778,4 778,4 830,34 830,34 TOTAL = 1608,74
AMBIENTE Quadra Póliesportiva Sala de Artes Marciais Sala de Dança Área Piscina Olimpica Área Piscina Infantil Espaço Jogos de Mesa Academia Espaço Skate
QUANTIDADE 2 1 1 1 1 1 1 1
ÁREA m² TOTAL m² 660 1320 35,1 35,1 72,6 72,6 533,65 533,65 272 272 80 80 109 109 250 250 TOTAL = 2672,35
AMBIENTE Espaço Multiuso Biblioteca e Estudos Aulas de Música Sanitários Sala de Informática Oficina de Cursos Auditório Brinquedoteca
QUANTIDADE 1 1 1 1 1 1 1 1
ÁREA m² TOTAL m² 120,42 120,42 135 135 52,6 52,6 60 60 57,27 57,27 51,62 51,62 123,85 123,85 39 39 TOTAL = 639,76
AMBIENTE Recepção + Guarda Volumes Almoxarifado Copa Funcionários Refeitório Depósito Cozinha Cozinha Sanitário Térreo Sanitário 1º Pavimento Vestiário Principal Vestiário Funcionarios Depósito Lixo Enfermaria Depósito Materiais Administração Sala de Reunião Sala de Exames
QUANTIDADE 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
ÁREA m² TOTAL m² 20,58 20,58 19,2 19,2 26,1 26,1 180 180 8,6 8,6 32,3 32,3 61,45 61,45 52,4 52,4 115 115 58,2 58,2 8,4 8,4 16,6 16,6 24,6 24,6 41,2 41,2 25,45 25,45 13 13 TOTAL = 703,08
FLUXOGRAMA
SUBSOLO TÉRREO 1° PAVIMENTO
69
ORGANOGRAMA
70
MATERIALIDADE As fachadas com maior incidência solar são dispostas de fechamentos com brises de chapas metálicas perfuradas.
Os fechamentos externos são compostos por placas cimenticias e vidro temperado de 10 milimetros, já os internos se dispõe de Dry Wall.
Imagem 34: Chapa perfurada Fonte: Canva
O edifício é estruturado com vigas e pilares metálicos do tipo I que juntas sustentam os grandes vãos. Imagem 35: Pilar metálico Fonte: Canva
Piso em laje alveolar protendida para vencer os grandes vãos.
Imagem 34: Placa cimenticia Fonte: Canva
A cobertura do espaço de convívio é estruturada por alumínio, fechamento de vidro lâminado 10 milimetros, e brises reguláveis para controle da incidência solar.
Imagem 38: Cobertura Fonte: Canva
A captação das águas pluvias para reuso, serão feitas através de calhas tipo moldura.
Imagem 36: Laje alveolar Fonte: Pinterest
Imagem 39: Detalhe captaçãao de águas pluvias Fonte: Carbommade
71
O PROJETO
CONCEITO E PARTIDO O conceito do projeto é proporcionar uma arquitetura inclusiva, onde estão presentes a integração com o entorno, e a integração social. Partindo do conceito de integração, o partido foi estabelecido através da cobertura envolvente do edifício, onde a partir das alturas dos pavimentos ela modela o edifício, e no seu ponto mais baixo cria uma marquise, onde juntas proporcionam espaços de convivio, integração com a cidade e seu entorno.
Imagem 40: Maquete Conceitual Fonte: Acervo pessoal 74
DIAGRAMAS 1
2
VOLUME INIC'IAL
3
4
DIVISÃO CRIANDO ÁREA DE CONVÍVIO E CIRCULAÇÃO PRINCIPAL
PAVIMENTO TÉRREO
5
6
1° PAVIMENTO E A PRINCIPAL CIRCULAÇÃO VERTICAL ATRAVÉS DE ESCADA E PASSARELA
SETORIZAÇÃO DISTRIBUIDA NOS PAVIMENTOS
7
8
47
COBERTURA MODELANDO OS VOLUMES
COBERTURA DE VIDRO TRAZENDO ILUMINAÇÃO NATURAL E MARQUISE NA AREA DE CONVIVIO EXTERNA 75
PLANTA DE SITUAÇÃO
R.
Paulino Facioli Av. Gen. Euclides de Figueiredo 9mts
76
5m
27mts
PLANTA SUBSOLO
ESTACIONAMENTO
2.5M
5M
7.5M
77
PLANTA TÉRREO
22
1 - SALA MULTIUSO 2 - RECEPÇÃO 3 - BANHEIRO MASC/FEM 4 - OFICINA DE CURSOS 5 - BRINQUEDOTECA 6 - QUADRA POLIESPORTIVA 7 - REFEITÓRIO 8 - SALA FUNCIONÁRIOS 9 - COZINHA 10 - DEPÓSITO DE LIXO 11 - DEPÓSITO COZINHA 12 - SALA REUNIÃO 13 -VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS 14 - ALMOXARIFADO 15 - ADM 16 - ENFERMAGEM 17- SALA DE EXAMES 18 - VESTIÁRIO 19 - PISCINA INFANTIL 20 - PISCINA SEMI-OLIMPICA 21 - QUADRA POLIESPORTIVA 22 - ESPAÇO SKATE 78
2.5M
5M
7.5M
20
21
19
18
6
17
3
18
16
15
14
5
13 11
12 4 3
8
13 10
9 7
2
79
PLANTA 1° PAVIMENTO
1 - AUDITÓRIO 2 - HALL CONVIVÊNCIA 3 - BIBLIOTECA E SALA DE ESTUDOS 4 - SALA DE INFORMÁTICA 5 - SALA AULA DE MÚSICA 6 - ACADEMIA 7- DEPÓSITO DE MATERIAIS 8 - SALA DE ARTES MARCIAIS 9 - ESPAÇO JOGOS 10 - BANHEIRO MASC/FEM 11 - SALA DE DANÇA
80
2.5M
5M
7.5M
10
10
11
9
8
1
6
7 4
11
5
2 3
81
CORTE AA'
82
83
CORTE BB'
84
85
ELEVAÇÃO SUL
86
87
ELEVAÇÃO NORTE
88
89
ELEVAÇÃO LESTE
90
91
ELEVAÇÃO OESTE
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. Tradução: Carlos Eduardo Lima Machado. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes – selo Martins, 2015. 272 p. GEHL, as. 2ª.
J. ed.
Cidade Para [S.l.]: Perspectiva,
Pesso1936.
REBELLO. Yopanan. A concepção estrutural e a arquitetura. São Paulo, Zigurale, 2000. NEUFERT, Ernst. Arte de projetar em arquitetura. 17º Ed., Madrid: Gustavo Gili, 2012. INCLUSÃO SOCIAL: O QUE É E COMO ACONTECE! Stoodi, 05 de julho 2020. Disponível em: <https://www.stoodi.com.br/blog/sociologia/ inclusao-social/>. Acesso em: 03 de abril 2021. DINIZ, Janguiê. Educação e esportes como ferramentas de integração social. LeiaJá, 22 de fevereiro 2018. Disponível em: <http://www.joaquimnabuco.edu.br/noticias/educacao-e-esportes-como-ferramentas-de-integracao-social/>. Acesso em: 04 de abril 2020 OS ESPORTES COLETIVOS COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL. Cleiton Kist. Disponível em: <https://static.fecam.net.br/uploads/452/arquivos/870776_Cleiton_Kist.pdf >. Acesso em: 15 de março 2021 106
O DIREITO À CIDADE SOB A PERSPECTIVA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: O PODER PÚBLICO E A RESPONSABILIDADE PELA EFETIVIDADE DO DIREITO À CONVIVÊNCIA COMUNITÁRIA. Benedicto de Vasconcellos Luna Gonçalves Patrão. Disponível em: <https://ibdfam.org.br/assets/upload/anais/226.pdf >. Acesso em: 22 de março 2021. OS ESPORTES COLETIVOS COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL. Cleiton Kist. Disponível em: <https://static.fecam.net.br/ uploads/452/arquivos/870776_Cleiton_ Kist.pdf >. Acesso em: 15 de março 2021 OLIVEIRA, Nathalia Cardoso. Acerca das Relações Sociais e Espaços Públicos: Projeto de um Centro Cultural, Educacional e Esportivo para Ribeirão Preto. Orientadora: Prof° Rosa Suelaine Farias. 2017. 78 f. Monografia (Bacharel em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Moura Lacerda, Ribeirão Preto, São Paulo. 2019.
PAZ, Rhafael de Lima. Centro Cultural Meu Lugar. Orientadora: Prof° Ma. Priscilla Lacerda Duarte David. 2017. 113 f. Monografia (Bacharel em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Paulista – Campus de Araçatuba, Araçatuba, São Paulo. 2017.
107