GUI.LHER.ME SCAR.DI.NI
GUI.LHER.ME SCAR.DI.NI
“God Almighty first planted a garden. And indeed, it is the purest of human pleasures.” - Francis Bacon
“Parece milagre, mas as sementes de cura começam a florescer nos mesmos jardins onde parecia que nenhuma outra flor brotaria. A alma é sábia: enquanto achamos que só existe dor, ela trabalha, em silêncio, para tecer o momento novo. E ele chega.” - Ana Jácomo
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO ARQ 398 - TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO I ORIENTADORA: PROF. REGINA LUSTOZA ALUNO: GUILHERME SCARDINI DA SILVA NOVEMBRO/2017
AGRADECIMENTOS: A Deus e a meus pais, por me sustentarem durante este processo; À Prof.ª Regina Lustoza, por me orientar durante a produção deste trabalho; Ao Prof. Affonso Zuin, por me apresentar às leituras necessárias para o desenvolvimento deste projeto; À Prof.ª Kristin Faurest, por me apresentar o caráter transformador dos espaços verdes; À Juliana, por me apoiar e suportar; Aos meus amigos da universidade, do GC e da IPV, por me sustentarem e me acompanharem durante os momentos tristes e felizes deste processo.
INTRODUÇÃO.............7
RESPIRE jardim terapeutico....21
su.má.rio
ESCOLHA DO LOCAL E PÚBLICO ALVO.........8 ENTREVISTA COM GRASIELA GOMIDE........11 MÉTODOS E EMBASAMENTO TEÓRICO...12
8PSD...................12 TEORIA ESTÉTICOAFETIVA................14 PIRAMIDE DE FORÇA MENTAL...........14
TEORIA DE RESTAURAÇÃO DA ATENÇÃO.............15
TERAPIA DE HORTICULTURA...........17
QUESTIONAMENTO.........17
ESTUDOS DE CASO.......18
TERRENO................22 APLICAÇÕES DOS MÉTODOS TEÓRICOS.......26 PROJETO................27
CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS.. 35 BIBLIOGRAFIA.......... 36 ANEXO MEMORIAL BOTÂNICO..... 37
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in.tro.du.ção Tanto o ambiente construído como o ambiente natural afetam a todos os que os usam direta e indiretamente. A nossa percepção do espaço, das formas que o constituem, dos cheios e vazios, dos caminhos e das barreiras, moldam a maneira como nos sentimos, e como nos relacionamos com o outro e com nós mesmos, enquanto inseridos no espaço. Tais considerações, amplamente contempladas e consideradas na análise do espaço interno, devem ser aplicadas também no design de espaços externos (HEBERT, 2003), podendo ser contempladas teórica e praticamente através do paisagismo de ambientes. Em 1971, o arquiteto paisagista Norman T. Newton escreveu em seu livro “Design on the land: The Development of Landscape Architecture” sobre o conceito de paisagismo. Segundo ele, a Arquitetura Paisagista é a arte — ou ciência, se preferido — de rearranjar a terra, junto com os espaços e objetos sobre ela, para um uso humano seguro, eficiente, saudável e agradável (Newton, p. xxi). Entretanto, alguns arquitetos paisagistas e teóricos acreditam que a definição de Newton é concisa demais para as aplicações e implicações do campo hoje em dia. O professor da Escola de Design de Harvard, John Beardsley, escreve em seu artigo “A Word for Landscape Architecture”, de 2017, que Arquitetura Paisagista combina o design ambiental com a ecologia cultural e biológica, ela deseja anseia fazer mais do que produzir espaços para o uso seguro, saudável e agradável; A Arquitetura Paisagista se tornou um fórum para a articulação e ratificação das atitudes em relação à natureza como uma sociedade. Arquitetura Paisagista se encontra na interseção entre as experiências naturais coletivas e pessoais, abordando os aspectos históricos e materiais da paisagem, mesmo enquanto explora as associações mais poéticas - até mitológicas - da natureza (BEARDSLEY, 2017).
Nesta proposta projetual, propõe-se uma análise a partir de um dos aspectos da Arquitetura Paisagista, o de proporcionar espaços próprios para a recuperação das faculdades mentais, e a restauração psicológica do seu usuário, utilizando-se de conceitos da Psicologia Ambiental, tomando a forma de um Jardim Terapêutico. Tal área de atuação da Arquitetura Paisagista já se torna imensamente relevante e importante, sendo Jardins Terapêuticos utilizados com o propósito de auxiliar na recuperação, e/ou aprendizado, e/ou tratamento de indivíduos, física e emocionalmente (GRAHN, IVARSSON, STIGSDOTTER, BENGTSSON, 2010). A integração de terapia por horticultura e Jardins Terapêuticos dentro de centros de recuperação tem crescido exponencialmente nos últimos anos (JOHNSON, 2014). Já se pode encontrar exemplos no mundo todo de jardins, sendo utilizados com esse fim em casas de repouso, hospitais para veteranos de guerra, centros de recuperação para pessoas com Alzheimer, e casas de acompanhamento e educação de jovens e adolescentes autistas, entre muitas outras aplicações (JOHNSON, 2014). Estabelecendo-se um paralelo direto entre a exposição pessoal ao ambiente externo em suas várias facetas e formas de apreciação, e uma melhora substancial na qualidade de vida e efeitos de restauração de pessoas sofrendo de fadiga mental (KAPLAN, 2001) (e outras condições psicológicas e psiquiátricas) e aprofundando-se nas pesquisas referentes aos Jardins Terapêuticos, não se pode deixar de questionar a pouca quantidade de espaços projetados com esse propósito no Brasil. Percebe-se um campo de atuação bem pouco explorado em nosso país, já que existem vários exemplos de Jardins comprovadamente funcionais em proporcionar experiências terapêuticas em outros países, e esta proposta projetual pretende explorar esse potencial.
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es.co.lha
do local e público alvo A escolha do local e do terreno do projeto foram associados ao público-alvo a ser atendido. Foi necessário buscar um terreno que fosse localizado em uma área de fácil acesso para os usuários, que atingisse uma porção considerável e relevante dos mesmos, e que não se encontrasse em uma área de tráfego urbano intenso. Para isso, foi preciso também, entender o público para o qual seria destinado primariamente o uso do Jardim Terapêutico. Ressalta-se, ainda, que segundo Kaplan, Kaplan & Ryan (1999), a experiência do ambiente natural não requer locações grandiosas ou remotas, ou exposições prolongadas ao espaço natural. Áreas próximas ao centro, e paisagens naturais às quais se é exposto diariamente podem contribuir positivamente para o bem-estar das pessoas. As regiões alvo das primeiras pesquisas acerca da possibilidade da inserção deste projeto priorizaram áreas já familiares: a região da Grande Vitória e a microrregião de Ubá. Acabou por se decidir por Viçosa, devido à proximidade para fins de pesquisa e análise presencial, mas também por já poder me utilizar da experiência pessoal acumulada de moradia e trânsito pela cidade. Viçosa é uma cidade da Zona da Mata de Minas Gerais*, a aproximadamente 4 horas da capital do estado, Belo Horizonte. Decidindo-se por Viçosa, ao enfrentar a questão da localização específica do terreno, foram contempladas três opções, levando-se em consideração os critérios para localização do terreno, já previamente estabelecidos.
(I) A primeira opção seria um jardim localizado no centro urbano de Viçosa, a serviço dos moradores do centro e proximidades, sob a supervisão e manutenção da Prefeitura Municipal. Foi logo descartada esta opção, por constatarmos a falta de um terreno adequado para a implantação do jardim, pois as áreas encontradas apresentavam um alto índice de ruído proveniente do tráfego intenso de veículos e pessoas. (II) A segunda opção seria um jardim localizado nas áreas externas ao centro urbano de Viçosa, na zona rural, que também se provou insustentável, devido ao difícil acesso do ao mesmo à pela maioria da população. Isso se dá devido à falta de qualidade e oferta do transporte público, que, no presente momento, não seria capaz de suprir a demanda da população do centro e proximidades de Viçosa, além da própria população rural de áreas relativamente próximas ao terreno. Por fim, a terceira opção seria um jardim localizado dentro da Universidade Federal de Viçosa, a serviço dos estudantes e servidores, além de programas de tratamento psiquiátrico e psicológico da Prefeitura Municipal, sob supervisão e manutenção conjunta dos órgãos responsáveis da Universidade e da Prefeitura. Constatou-se, então, a presença do terreno escolhido, dentro da universidade, que se encontraria a uma distância de aproximadamente 600m das principais vias de trânsito da mesma - tornando-se livres de ruído de tráfego intenso automotivo e de pessoas - mas ainda assim seriam acessíveis, sendo essa distância, assim, ideal para esta proposta.
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(*) (I)
viçosa.MG BRASIL
Portanto, seguindo a já apresentada lógica para a escolha do local para o desenvolvimento da proposta projetual, fez-se necessário observar e colher dados que justificassem a escolha de um terreno na Universidade Federal de Viçosa em relação ao público alvo do projeto. Ao se colher informações e dados a respeito do estresse relacionado ao local de trabalho e de estudos, constatou-se que, em se tratando do estresse, o estudante está entre os mais vulneráveis (LACERDA, 2015).
(II)
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Além do estresse relacionado com a vida estudantil na Universidade Federal de Viçosa, foi também considerado o impacto que a rotina de trabalho tem nos servidores da universidade. Segundo Antunes (2015), o estresse no trabalho ocupa o segundo lugar entre os problemas de saúde mais frequentes e relacionados com o trabalho, estando já considerado na Classificação das doenças relacionadas com o trabalho (C.I.D. – 10; 1999), nas desordens mentais e comportamentais, com o código F43 em reacções de estresse severas e desordens de ajustamento. Portanto, procurou-se utilizar-se dos princípios citados anteriormente de psicologia ambiental e design baseado em evidências, para projetar um jardim terapêutico cujo foco esteja no auxilio à recuperação e acompanhamento de estudantes e servidores, que tenham sido diagnosticados com doenças relacionadas ao estresse e à fadiga mental, como crise de ansiedade, de pânico, e depressão (ANTUNES, 2015). Para tal, fez-se necessário o levantamento de dados estatísticos para a justificação da escolha do grupo-alvo apontado acima. Após a consulta com a Divisão Psicossocial da Universidade Federal de Viçosa, foi constatado que a maioria dos casos diagnosticados pela ala de psiquiatria da divisão do ano de 2016 diziam respeito a transtornos de ansiedade e pânico, e a episódios de depressão, como demonstrado no gráfico 1. O recolhimento de tais dados alia-se ao conhecimento pessoal de diversos relatos de estudantes e servidores da Universidade Federal de Viçosa que, acometidos por tais condições, encontravam poucas opções de recuperação no setor público. Isso evidencia ainda mais a relevância deste projeto, sendo o tratamento através de um jardim terapêutico uma opção inexistente dentro da Universidade até então, ou no setor público em geral.
Gráfico 1: Relação dos números de casos diagnosticados pela ala de psiquiatria da Divisão psicossocial da UFV, com os códigos de cada doença. Fonte: Divisão Psicossocial da UFV. F41 Transtorno de pânico [ansiedade paroxística episódica] F32 Episódio depressivo leve F34 Ciclotimia F31 Transtorno afetivo bipolar, episódio atual hipomaníaco F60 Personalidade paranóica F20 Esquizofrenia paranóide F50 Anorexia nervosa F71 Retardo mental moderado - menção de ausência de ou de comprometimento mínimo do comportamento
F90 Distúrbios da atividade e da atenção F19 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas F29 Psicose não-orgânica não especificada F33 Transtorno depressivo recorrente, episódio atual leve F12 Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de canabinóides - intoxicação aguda F70 Retardo mental leve - menção de ausência de ou de comprometimento mínimo do comportamento F84 Autismo infantil
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uma entrevista com GRASIELA GOMIDE DE SOUZA
Psicóloga // chefia da Divisão Psicossocial
Qual é a sua função na Divisão Psicossocial? Psicóloga; atuação em saúde mental na interface da área clínica – social; atualmente na coordenação da Divisão Psicossocial. O que é a Divisão Psicossocial? Quem ela atende? Quais serviços ela oferece? Setor ligado à Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários, formado por profissionais da psicologia, psiquiatria e serviço social. Possui como público-alvo a comunidade universitária (estudantes, servidores e dependentes). No geral, como você entende que é o quadro psicológico geral dos estudantes da UFV? A recente repercussão da hashtag #NãoÉNormalUFV gerou alguma repercussão na Divisão Psicossocial? Não temos pesquisas / dados estatísticos em relação ao quadro psicológico dos estudantes da UFV. Mas temos uma observação empírica do grande aumento, nos últimos anos, da demanda, da gravidade e complexidade dos casos. Acreditamos que a hashtag #NãoÉNormalUFV nos ajuda a refletir sobre a nossa prática no sentido de avaliar o que pode ser modificado e melhorado, mas também aceitando os limites de uma equipe pequena. A hashtag traz questões para além da nossa prática que apontam para uma dimensão ampla e complexa, em que há a interpenetração de diversos fatores.
Você poderia explicar resumidamente como é o tratamento psicológico e psiquiátrico da Divisão? Quais são as etapas do processo? Varia muito de acordo com cada diagnóstico? O atendimento psiquiátrico é realizado por meio do agendamento. O tratamento é basicamente medicamentoso.Na área da psicologia temos dois modelos de intervenção individual: Plantão psicológico (modelo de intervenção psicológica em que não há agendamento prévio); Psicoterapia breve (para casos específicos). Quais ferramentas além do atendimento nos escritórios vocês utilizam? - Oficinas terapêuticas (com grupos de temáticas diversas) - Projeto Conviver (direcionado aos residentes das moradias estudantis) - Terapia Comunitária (em fase de implantação – projeto piloto) - Participações em Comissões Institucionais relacionadas a temáticas que perpassam ao tema da saúde mental. - Programa Bem-Viver que coordena a Campanha de Prevenção do Uso Abusivo de Álcool e Outras Drogas – Março de Boa Até onde vai o acompanhamento do quadro do paciente? Para aqueles que iniciam uma psicoterapia breve, o atendimento centra-se em torno de um foco eleito. O término do acompanhamento relaciona-se com o trabalho desse foco; com uma média variável de 12 sessões.
Você considera que o atendimento da Divisão atinge uma quantidade suficiente do seu público alvo? Você sente que o potencial da abrangência dela foi atingido? Por ser composta por uma equipe pequena, o atendimento da Divisão Psicossocial não consegue suprir toda a demanda. O que não significa que as suas ações não sejam significativas dentro da abrangência dos seus limites. Na sua opinião, a área de localização da divisão psicossocial (área reclusa, verde) tem algum impacto no tratamento dessas pessoas? Sim. Os usuários sempre se referem surpresos ao espaço físico da Divisão Psicossocial, especialmente quando se deparam com o gramado, com as árvores. É perceptível o bem-estar que sentem quando realizamos alguma atividade grupal no espaço verde da casa. Como você sente que o verde da UFV afeta esse tratamento? Possibilita um estado de relaxamento e bem-estar que favorece o contato interno. Jardim Terapêutico é um jardim projetado com base em conceitos de psicologia ambiental e design baseado em evidências, utilizando todo o potencial dos seus elementos naturais para auxiliar a recuperação de pacientes na respectiva área de interesse. Na sua opinião, um jardim terapêutico seria uma adição desejável ao processo de recuperação dos pacientes? Imagino que sim. Embora não conheço o conceito a fundo, acredito que estar em um ambiente com elementos naturais possibilita um estado de relaxamento que favorece o contato consigo mesmo.
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.mé.to.dos
8 P S D oi.to di.men.sões per.ce.bi.das
e em.ba.sa.men.to te.ó.ri.co
Pesquisas nos meados dos anos 1980, publicadas nos Estados Unidos, constataram os efeitos benéficos de jardins, parques e áreas verdes na capacidade e força mental das pessoas (GRAHN, IVARSSON, STIGSDOTTER, BENGTSSON, 2010). O uso que fazemos desses espaços e a relação criada entre o usuário e o ambiente é um campo vasto na chamada Psicologia Ambiental, que trata não só da natureza, mas do espaço externo projetado (WELLS, EVANS, CHEEK, 2005). Explorando, portanto, o fato de que o homem possui um aspecto de sentido, que concerne à relação de si próprio com o ambiente externo, e a comunicação entre os dois, já que o próprio ser se extende para o espaço físico, às vezes mais distintivamente, às vezes mais subjetivamente (GRAHN, 1991). Há muito a ser explorado na literatura encontrada nas áreas de Psicologia Ambiental, e Arquitetura Paisagista relacionada a Jardins Terapêuticos, porém este projeto ateve-se a alguns conceitos e métodos desenvolvidos em estudos, explicados nessa literatura, que se relacionam ao tema desejado. Ao contemplar a possibilidade de que o espaço projetado seja o mais atraente possível para a maior quantidade de pessoas, observa-se a necessidade de ordenar e identificar quais são as percepções das pessoas sobre tais espaços, já que um só espaço não seria percebido da mesma maneira por todas as pessoas. Para tanto que surge o 8PSD (8 Perceived Sensory Dimensions), uma teoria que foi desenvolvida pelos professores e pesquisadores da área de Arquitetura de Paisagismo, Patrick Grahn e Ulrika Stigsdotter, no seu artigo “The relationship between perceived sensory dimensions of urban green space and stress restoration” (A relação entre dimensões sensoriais percebidas de espaços verdes urbanos e a restauração do estresse), em 2009 na Suécia.
A teoria se baseia em pesquisas realizadas com usuários de espaços naturais, que delimitou oito principais dimensões de experiências que constituem o fundamento da construção de parques e jardins. As dimensões descritas no estudo são as seguintes: 1. Serene (Serena): Ambiente silencioso e pacífico, sem perturbações, seguro. Como o de uma igreja do interior; 2. Nature (Natural): Ambiente natural, sem intervenções humanas, provendo fascinação pela natureza selvagem; 3. Rich in Species (Rico em espécies): Ambiente provido de uma grande variedade de espécies de animais e plantas 4. Space (Espaço): Ambiente que oferece um sentimento de estar entrando em um outro mundo, como um quarto novo, espaçoso. Como uma floresta fechada. 5. Prospect (Perspectiva): Ambiente verde aberto, que explore as vistas, e convidativo; 6. Refuge (Refúgio): Ambiente recluso, onde se pode se retirar e estar consigo mesmo, como um santuário; 7. Social (Social): Ambiente de encontros, para festividades e lazer; 8. Culture (Cultural): Ambiente que possa prover fascinação por evidenciar valores, crenças e esforços de um povo, talvez pela passagem do tempo. Como ruínas históricas. Das dimensões descritas no estudo, algumas são mais necessárias que outras (GRAHN, IVARSSON, STIGSDOTTER, BENGTSSON, 2010). Nesta proposta projetual, devido a área limitada do terreno escolhido para o desenvolvimento do trabalho, deverá ser feito um recorte para serem contempladas menos dimensões - englobando as que são mais populares - Sereno, Espaço e Natural (GRAHN, IVARSSON, STIGSDOTTER, BENGTSSON, 2010). Tais dimensões se tornam referenciais importantes ao projeto dos diferentes espaços proporcionados pelo jardim, levando em consideração que as dimensões designadas se tornam mais atraentes ao indivíduo quando passam a abrigar subdimensões, que são as mesmas dimensões já apresentadas, quando são identificadas como uma característica secundária da área;
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Serene (serena): Ambiente silencioso e pacífico, sem perturbações, seguro. Como o de uma igreja do interior;
Nature (Natural): Ambiente natural, sem intervenções humanas, provendo fascinação pela natureza selvagem;
Rich in Species (Rico em espécies): Ambiente provido de uma grande variedade de espécies de animais e plantas;
Space (Espaço): Ambiente que oferece um sentimento de estar entrando em um outro mundo, como um quarto novo, espaçoso. Como uma floresta fechada
Prospect (Perspectiva): Ambiente verde aberto, que explore as vistas, e convidativo
Refuge (Refúgio): Ambiente recluso, onde se pode se retirar e estar consigo mesmo, como um santuário;
Social (Social): Ambiente de encontros, para festividades e lazer;
Culture (Cultural): Ambiente que possa prover fascinação por evidenciar valores, crenças e esforços de um povo, talvez pela passagem do tempo. Como ruínas históricas.
te.o.ri.a es.té.ti.co a.fe.ti.va
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Roger Ulrich, professor e pesquisador na área de Psicologia Ambiental e design voltado à saúde desenvolveu a Teoria Estético-Afetiva. Em 1983 em seu artigo intitulado Aesthetic and Affective Response to Natural Environment (Resposta Estética e Afetiva a Ambientes Naturais), desenvolve o impacto estético que a natureza tem sobre o indivíduo. Segundo a teoria, a natureza guarda informações sensoriais, que podem nos dizer quando é possível descansar, o que resulta em um decréscimo do estresse. A Natureza, segundo Ulrich, tem a habilidade de rapidamente reduzir ou induzir o estresse em um nível simbólico-afetivo, que ele define como “estético”. Argumenta que o impacto visual do ambiente em si, pode sinalizar perigo ou segurança, e isso é o mais importante, quando as pessoas experimentam altos níveis de estresse (GRAHN, IVARSSON, STIGSDOTTER, BENGTSSON APUD ULRICH, 2010). Portanto, podemos validar o caráter recuperador da natureza considerando essa teoria, que sugere que as reações de estresse devem diminuir em um ambiente (natural) restaurador, sugerindo que os efeitos de cura da natureza são uma questão de processos inconscientes, localizados nas partes mais antigas do cérebro ligadas à emoção. (GRAHN, IVARSSON, STIGSDOTTER, BENGTSSON APUD ULRICH, 2010).
pi.râ.mi.de de for.ça men.tal O método da Pirâmide de Força Mental, é um método desenvolvido também por Patrick Grahn, em 1991. Esse método se relaciona com o conceito teórico de “Escopo do Significado/ Escopo da Ação”, também desenvolvido no artigo de Patrick Grahn, Carina Tenngart Ivarsson, Ulrika K. Stigsdotter, Inga-Lena Bendtsson, “Using Affordances As a Health-Promoting Tool In A Therapeutic Garden” em 2010 . O conceito sugere que a reabilitação de doenças relacionadas ao estresse e à fadiga mental, assistida pela natureza, é uma questão de comunicação entre os sentidos, emoções e a cognição. “Quando pessoas se sentem bem, elas podem lidar e funcionar em muitos ambientes, na maioria deles, e podem sentir que certos ambientes e pessoas os dão força e prazer. [..] Quando pessoas se sentem fracas, os mesmos ambientes e pessoas podem ser percebidas como ameaçadoras, até intimidantes” (GRAHN, IVARSSON, STIGSDOTTER, BENGTSSON APUD ULRICH, 2010). Em resumo, a habilidade do indivíduo de lidar com diferentes tipos de ambientes está diretamente ligado a tudo que o ambiente significa para si, e com quais aspectos do ambiente é capaz de lidar. Então, a Pirâmide de Força Mental define o quanto um grupo necessita de um ambiente suporte que seja livre de envolvimento humano, como demonstrado;
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Figura 1: Pirâmide de Força Mental. Lê-se: 1. Envolvimento extrovertido, 2. Participação ativa, 3. Participação emocional, 4. Direcionado para reclusão. Fonte: < http://www.mdpi. com/ijerph/ijerph-11-07094/article_deploy/html/images/ijerph11-07094-g001-1024.png> Acesso em: 10/04/2017.
O grupo na base da pirâmide é o que mais precisa de um ambiente recluso, e o grau dessa necessidade vai abaixando enquanto subimos de grupo, até nos depararmos com o grupo do topo da pirâmide, que se sente preparado, para se envolver ativamente com outras pessoas. Esse tipo de caracterização do ambiente, relacionado com seu uso e público alvo é importante para a definição - ainda que abstrata - das diferentes abordagens necessárias ao Jardim Terapêutico. Se permitirmos a esses diferentes grupos, o acesso às áreas que compreendam as necessidades mentais do indivíduo criará ambientes mais propícios à recuperação mental, possibilitando também que o indivíduo transite entre áreas, conforme o avanço do seu tratamento.
A Fascinação (I) provida por aspectos ambiente natural pode ser chamada de “fascinação leve”, proporcionada por nuvens, pôr do sol, brisa, objetos que prendem a atenção, mas de uma maneira não dramática, tendo a característica essencial de serem facilmente acessíveis. A vegetação é um tema recorrente, quando se considera a fascinação leve. Ela proporciona padrões esteticamente agradáveis - vistas de árvores e grama, flores, o jardim - cujo contexto pode permitir que as pessoas reflitam sobre assuntos difíceis que seriam confusos ou dolorosos demais, para serem contemplados em outras circunstâncias. A característica de Retiro (II) é clara quando se percebe a frequência, com que cenários naturais são destinos preferidos para atividades restauradoras extensivas, como montanhas, lagos, riachos, florestas e bosques que são escolhidos como lugares para retiro. Entretanto, como as oportunidades para o retiro são cada vez mais escassas no contexto urbano, ambientes naturais que são facilmente acessíveis oferecem um recurso importante para a restauração da atenção direta.
te.o.ria de res.tau.ra.ção da a.ten.ção
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A Teoria de Restauração de Atenção, foi desenvolvida por Rachel e Stephen Kaplan, professores e pesquisadores da área de Psicologia Ambiental. Em 1989 no seu livro “The experience of nature: A psychological perspective”, o foco foi na restauração da atenção direta que um indivíduo pode dar ao ambiente, no qual está inserido. A teoria sugere que a atenção direta é um recurso limitado, que pode ser facilmente levado à exaustão, se nós não oferecermos oportunidades para a recuperação. Ambientes naturais não demandam decisões complicadas dos seus visitantes; estes não precisam processar informações, priorizar, planejar, assim por diante, portanto, a sua capacidade de atenção direta pode ser recuperada (GRAHN, IVARSSON, STIGSDOTTER, BENGTSSON APUD KAPLAN, 2010). O caráter restaurativo não está reservado ao cenário natural, de maneira alguma, porém, percebe-se que ambientes naturais tendem a ser particularmente restauradores (KAPLAN, 1992). No artigo “The restorative environment: nature and human experience”, de 1992, apresenta diferentes propriedades de uma experiência restauradora, através de quatro conceitos aplicados ao ambiente natural, sendo eles: Fascinação, Retiro, Extensão e Compatibilidade.
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A Extensão (III) diz respeito à sensação de vastidão proporcionada facilmente por ambientes naturais selvagens distantes, mas que também pode ser proporcionada por ambientes relativamente pequenos. Arranjando-se as trilhas e caminhos, pode-se fazer uma área pequena parecer muito maior, provendo um sentimento de estar em um outro mundo ao usuário. Por fim, a Compatibilidade se refere à ressonância especial do ambiente natural e as inclinações humanas. Para a maioria das pessoas, operar no ambiente natural parece requerer menos esforço do que operar no ambiente “civilizado”, apesar de haver maior familiaridade com o segundo. Pessoas já se aproximam de áreas naturais com o propósito que essas áreas atendem prontamente em mente, aumentando a sua compatibilidade com tais ambientes. Tais conceitos importantes serão observados e agregados ao processo de desenvolvimento do projeto do jardim terapêutico, para otimizar o máximo possível a possível utilização da área proposta, já que a recuperação da capacidade de atenção direta tem um papel tão importante na restauração mental do público alvo.
(I)
(II)
(III)
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ques.tio.na.men.to
te.ra.pia de hor.ti.cul.tu.ra
por.que a UFV não ser.ve co.mo es.pa.ço ver.de ter.a.peu.ti.co ? No contexto de um Jardim Terapêutico, onde as suas características são projetadas, para servir um fim de restauração, é necessária a preocupação também com o aspecto social da mesma, quando constatamos o papel importante, que o relacionamento interpessoal tem nesta terapia. Nesse sentido, a horticultura age como fator importante, já que a inclusão social gerada a partir da Terapia de Horticultura já é identificada como um resultado importante e positivo, promovendo processos sociais e interação com outras pessoas (DIAMANT, WATERHOUSE, 2010). A Terapia de Horticultura é um movimento terapêutico emergente, que se utiliza de atividades relacionadas à horticultura, para promover a saúde e o bem-estar de pessoas debilitadas e vulneráveis (DIAMANT, WATERHOUSE APUD SEMPIK et al, 2005). Isso é importante, porque permite adicionar ao espaço do jardim uma possibilidade de atividade física como agente recuperador. Atividades tais, que podem ser adaptadas às habilidades e necessidades do indivíduo, facilitando a abordagem de questões como: reconhecer necessidades individuais, gerenciar barreiras comportamentais e encorajar o trabalho em equipe (DIAMANT, WATERHOUSE, 2010).
Ao se estabelecer o Jardim Terapêutico como ferramenta viável e efetiva para o auxílio ao tratamento de doenças relacionadas ao estresse e à fadiga mental, levanta-se uma questão pertinente em relação à necessidade da criação de um novo ambiente natural na universidade. Pois, a UFV conta com extensa vegetação nas imediações de suas edificações, e no decorrer de todas as vias de acesso, portanto, questiona-se se só a presença de tais componentes verdes já não caracterizaria um espaço terapêutico. Pois bem, ao discutir a relação da atenção direta na recuperação e restauração da fadiga mental e estresse, Kaplan (2001) desenvolveu a Teoria de Restauração da Atenção (ART) estabelecendo que, se um indivíduo está engajado em uma conversa ao passar por uma área natural, haveria pouca atividade mental em ressonância com o ambiente, e presumidamente, o ambiente teria menos capacidade restauradora. Portanto, se faz necessário um ambiente que tenha experiências restaurativas como prioridade, pois, segundo Kaplan (2001), sem colocar uma prioridade em experiências restaurativas, muitas oportunidades restauradoras são prováveis de ser perdidas. “Se um indivíduo desenvolve sua capacidade de saber o que procurar (em um ambiente), um ambiente que poderia ser confuso - ou ainda chato - se transforma em um rico em coisas para ver, explorar e pensar sobre” (KAPLAN, 2001).
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es.tu.dos de ca.so jar.dim te.ra.pĂŞu.ti.co
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MIS.KOL.CI
jardim terapêutico no Centro Autista de Miskolci, HU. Artemisia Landscape Design, 2013.
O jardim consiste em círculos circunscritos, plantados com ervas, vegetais e plantas ornamentais, organizadas de acordo com o seu efeito sensorial dominante, e uma escultura feita de salgueiro localizada no centro desses círculos, simbolizando um lugar de abrigo ou solidão, e também simbolizando uma cesta, que é o principal produto das iniciativas de artesanato com os jovens e adultos do local uma estufa, que serve para que todas as futuras plantas possam crescer no local.
es pé c
A Fundação Autista de Miskolc funciona como um lar permanente para jovens e adultos autistas na cidade de Miskolc, no interior do leste da Hungria. O jardim foi construído em 2013, como parte de um projeto financiado pelo fundo Suíço-Húngaro para a realização de um projeto de agricultura sustentável.
s ie
das ria va
divisões reais
O jardim de Miskolc demonstra muito bem o uso objetivo dos elementos arquitetonicos (a escultura) e dos elementos paisagísticos (canteiros de diferentes espécies), como elementos terapeuticos para promover a saúde física e mental do grupo-alvo, através de atividades realizadas no próprio jardim.
OBJETO CENTRAL +CAMINHOS =CANTEIROS
20 Em meados dos anos 70, um orfanato no centro de Fredensborg, DK, foi transformado no centro de reabilitação Alfa, pelo conselheiro em vícios da Dinamarca, Jørge Maltesen.
AL.FA
jardim terapêutico no Centro Alfa de Reabilitação para tratamento de dependentes químicos Em Fredensbog, DK.
participação ativa
Amra Ljubijankic e Cristina Conciatu, 2013.
retiro engajamento
participação emocional
N Por meio da análise comportamental, da psicologia do ambiente construído e habitado, as metodologias aplicadas no redesign do centro de reabilitação Alfa demonstra um novo olhar possível para o design de espaços terapeuticos, para tratamentos específicos
áreas definidas
de o s ã ea siç r á an tr
divisões imaginárias
O projeto apresentado, proposto por Cristina Conciatu e Amra Ljubijankic, em uma tese de mestrado em Paisagismo, pela Universidade de Copenhagen pretende revitalizar o lugar através da resignificação dos seus espaços, seguindo preceitos de Evidence-Based Design (projeto baseado em evidências), que envolve a aplicação dos conhecimentos estéticos e práticos de arquitetura e paisagismo, em conjunto com evidências e pesquisas, além de atributos e necessidades especiais do grupo alvo.
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RES.PI.RE jar.dim te.ra.pĂŞu.ti.co
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TER.RE.NO
aná.li.se ge.ral de es.pa.ços
a.ná.li.ses e di.ag.nós.ti.co
Espaços descritos após análise visual da região do terreno, por meio de vistas aéreas e visitas ao terreno e imediações O Terreno escolhido se localiza em um local relativamente afastado do centro da Universidade Federal de Viçosa, em uma distância suficiente das vias arteriais do campus (de aproximadamente 600 m) para estar afastada do ruído do trânsito de carros intenso, mas ainda acessível para o pedestre. No percurso até o terreno escolhido para a proposta do Jardim Terapêutico, a paisagem natural existente dá início a uma transição de ambientes – construído edificado e movimentado, para um mais natural – acolhedor, calmo, sereno. O ambiente se transforma gradativamente e permitindo que o usuário inicie sem perceber a princípio uma mudança e alternância de ambientes. (1)
1. Quatro Pilastras
2. Biblioteca Central
(2)
3. Ed. Arthur Bernardes
Ao chegarmos na área, encontramos um chão de terra com pedras, já no fim da “transição” entre o construído (ambiente da UFV) e o ambiente natural. A intenção deste projeto é propor uma nova transição entre o espaço natural dentro da UFV para esse novo ambiente, que é o jardim terapêutico, plantando-se grama na entrada.
5. Terreno
4. Escola Effie Rolfs
23
1. ca.mi.nho
Espaço de transição, onde se propõe a introdução ao ambiente do Jardim, e inicia-se o tratamento através da reflexão e dos elementos espaciais
3. tran.si.ção
Espaço de transição, tanto entre a recepção e o jardim, e a recepção e o espaço de reclusão
es.pa.ços a.na.li.sa.dos Espaços do terreno descritos e analisados por meio de fotos, obtidas em visitas ao terreno
2. re.cep.ção
Espaço de introdução ao jardim, primeiro espaço visto, que deve convidar o usuário a adentrar o jardim
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4. res.tau.ra.ção
10. re.ti.ro
Espaço de tamanho moderado, nas partes frontal e central do jardim, ideal para que seja projetado um espaço para interações sociais
Espaço afastado, mas em conexão com a recepção do jardim, ideal para o projeto de um ambiente reservado para usuários que necessitem de se abster de contato humano em seu tratamento
6. can.tei.ro
Espaço pequeno ao lado da casa de apoio, onde pode-se implantar um arranjo paisagístico para a ornamentação da entrada da casa
7 e 9. in.te.gra.ção
5. con.tem.pla.ção
Espaço amplo na parte dos fundos e central do jardim, com potencial para abrigar um design mas individualista, porém sem estar em retiro
Espaço da segunda casa e do terreno anexo à mesma, que pode servir ao usuário como área de horticultura, assim como complementando a área de circulação do jardim. Para esse fim, a casa não poderá ser aproveitada, contando ainda com o fato de a casa estar fora do alcance da Universidade e em mau estado.
8. ca.sa de a.poi.o
Casa encontrada no terreno. Encontra-se em bom estado, e é ideal para servir como espaço de apoio para o jardim, por exemplo, salas de psicólogos e espaços para atividades em ambientes internos em dias de chuva
Estudos de insolação do terreno, realizados através de observação em visitas ao terreno
in.so.la.ção
25 A análise de áreas de insolação neste projeto se prova muito importante, porque a exposição ao sol se torna diretamente relacionada às possibilidades de espécies a serem usadas para o jardim, assim como ao nível de exposição que cada ambiente se propõe. Portanto, combinando-se os estudos de insolação, chega-se a esse mapa, que relaciona áreas de insolação para delinear áreas onde se possam abrigar espécies de luminosidade Sol Pleno e Meia Sombra.
07:00
12:00
in.cli. na.ção Inclinação do terreno demonstrada através elementos gráficos. Declividades constatadas por percepção em visitas ao terreno
18:00
CORTE XX’
CORTE YY’
dos mé.to.dos te.ó.ri.cos
A.PLI.CA.ÇÕ.ES
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pro.gra.ma de ne.ces.si.da.des
8 P. S. D. Como exposto anteriormente, das oito dimensões sensorias percebidas, detive-me a cinco dimensões principais, “Espaço”, “Sereno”, “Festivo”, “Natural” e “Social”. Através de análises presenciais, por visitas ao terreno, foi constatada a possibilidade de atribuir subdimensões às dimensões já designadas.Portanto, elas poderão abrigar também como características secundárias as respectivas dimensões: “Refúgio”, “Social, “Perspectiva” e “Sereno”.
PI.RÂ.MI.DE de for.ça men.tal
A pirâmide de força mental nos permite separar o grupo alvo por etapas de recuperação de capacidades mentais. Pela aplicação dos conceitos da pirâmide, levando em consideração as análises de insolação e de espaços, foi possível chegar a uma designação de etapas para cada espaço do jardim, a fim de promover diferentes espaços, possibilitando que o indivíduo transite entre esses espaços conforme o avanço do seu tratamento.
>áreas para a reflexão individual >áreas de socialização e atividades coletivas >área reclusa para tratamentos individuais >horta para terapia de horticultura e atividades que envolvam mais engajamento >casa de apoio (aproveitar a existente) >rampa de transição entre as diferenças de nível do terreno >nova construção para servir de apoio logístico à horta e à outra casa >espaços que reforcem a transição UFV/Jardim
con.cei.to pla.no de mas.sas cor.tes e vis.tas
PRO.JE.TO
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N
RES. PI. RE. jar.dim te.ra.pêu.ti.co “RES.PI.RE” é um convite a um hiato no cotidiano. Uma oportunidade de se transportar do espaço da universidade para um outro ambiente, que inspire a restauração e a reflexão sobre o que acontece dentro de si e à sua volta.
PLA.NO DE MAS.SAS plantas de porte alto plantas de porte médio plantas de porte baixo plantas rasteiras/forragem árvores locais árvores plantadas (proposta)
ESC 1:500
horta grama plantada pedra
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MA.PA DE FLU.XOS
N
jar.dim te.ra.pêu.ti.co Os fluxos do jardim estão demonstrados no esquema ao lado, e todos podem ser observados como de ida e de volta. Existe um fluxo no jardim que segue por todos os ambientes (mapa 1) até voltar para o lugar de origem. Já que o caminho de entrada do jardim se caracteriza por ser “naturalmente” mais atraente para o novo usuário. Esse caminho leva o indivíduo a transitar por todos os ambientes do jardim, de forma que o mesmo evidencie e tenha contato com todas as etapas para sua recuperação. Isso pode ser demonstrado através da pirâmide de força mental, anteriormente apresentada. O contato com o espaço de participação emocional (1), de participação ativa (2 e 3) e envolvimento extrovertido (4) até prosseguir para a saída do jardim nesse caso. O espaço direcionado para a reclusão. Caso o usuário queira acessar algum dos espaços independentemente dos outros, ou chegar diretamente a algum dos espaços, ou mesmo acessar diretamente às casas de apoio, ele pode facilmente transitar pelos espaços do jardim se utilizando dos fluxos demonstrados por diferentes cores (mapa 2), relacionando as cores com as possibilidades de fluxo individual no esquema ao lado.
mapa 1 ESC 1:500
mapa 2 ESC 1:500
PLAN.TA BAI.XA ESC 1:200
Palo-deágua
Capimchorão
Costeladeadão
Capimdospampas
Grama Existente
Furcréia
Terra Existente
Citronela
Espadade-sãojorge
Heraroxa
Acorus
Abacaxiroxo
Vetiver
Rochas
Gramaazul
ÁrvoreSamambaia
Árvores Existentes
PauAlecrim
IpeRoxo
Laranjeiras
GramaSantoAgostinho
N ESPAÇO DE REFLEXÃO INDIVIDUAL
Pinanga-de-coroa Orquelito Sagú Kaizuka Palmeira-Rápis Licuala-Redonda
ESPAÇO DE ATIVIDADES EM GRUPO E HORTICULTURA
CASA DE APOIO 2
ESPAÇO DE RETIRO INDIVIDUAL
ACESSO
RECEPÇÃO
CASA DE APOIO 1
ESPAÇO DE SOCIALIZAÇÃO 1
ESPAÇO DE SOCIALIZAÇÃO 2
Horta
COR.TES ESC 1:200
árvore-samambaia
laranjeira
árvores existentes
árvores existentes árvores existentes
+3,50
+0,40
CORTE AA’
ipê-roxo
ipê-roxo
ipê-roxo
rampa proposta
laranjeira pau-alecrim
árvores existentes
árvore existente árvore existente
árvores existentes
+3,50
+1,00
CORTE BB’
banco proposto
deck/banco proposto
banco proposto
árvores existentes
árvores existentes
0,00
0,00 rampa proposta
CORTE CC’ prédio proposto
árvore- árvore-samambaia samambaia ipê-roxo
ipê-roxo
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(1) A transição no caminho de pedra para o caminho gramado é marcada por um “totem”: uma pedra encrustada com bromélias, simbolizando a transformação, coisas bonitas que podem nascer de superfícies duras e improváveis. O caminho é convidativo à recuperação, que se segue até a área de recepção, e dá acesso a outras áreas de fluxo do jardim.
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(2) A área de Recepção marca a transição entre três espaços do terreno, o caminho, a área de retiro, e o jardim, e portanto, deve ser um espaço social, porém sereno e tranquilo. Os canteiros se intercalam com os bancos para promover uma integração ainda maior com as plantas. A árvore já existente no espaço foi preservada e valorizada como o centro do espaço
33
(3) O espaço do fundo dos jardins pretende proporcionar a sensação de recolhimento, possibilitando a contemplação, de um lugar onde se pode observar o que acontece nas outras áreas do jardim. Embora seja um espaço aberto, ele pretende possibilitar a meditação e o recolhumento individual. Os limites dos seus canteiros são de uma maneira como se delimitassem um salão amplo, porém aconchegante.
34
(4) Esse espaço de transição do jardim dá acesso a uma saída/entrada do jardim, e também à área de horticultura do jardim. É uma área destinada à transição tanto para a atividade mais ativa, quanto para um caminho tranquilo de volta à UFV.
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con.clu.são e considerações finais
O Design de um espaço aberto para recuperação não deve ser desacompanhado de uma observação cuidadosa do público a ser atendido, seu perfil e suas necessidades. E apesar da natureza complexa e incerta das relações humanas, e do que as motiva, consciente ou subconsciente, hoje já podemos nos valer de ferramentas da Psicologia Ambiental e da Arquitetura Paisagista para nos certificarmos que esse espaço aberto compreenda todas os espaços necessários para proporcionar a recuperação terapêutica. Portanto, se fez possível localizar a necessidade de se projetar um Jardim Terapêutico para o espaço da Universidade Federal de Viçosa, após apontados o perfil e as necessidades dos estudantes e servidores, coletando dados referentes ao atendimento terapêutico na universidade junto aos órgãos competentes. O emprego de métodos e ferramentas proporcionadas pelo material teórico em Psicologia Ambiental, evidencia a diferença entre espaços verdes naturais e espaços verdes projetados para o propósito terapêutico, quando estes se utilizam dos mesmos elementos de um jardim regular, rearranjados de modo que os espaços formados sirvam um propósito. Projetar um Jardim Terapeutico é proporcionar uma nova ferramenta para a recuperação e reabilitação de pessoas diagnosticadas com doenças relacionadas ao estresse e à fadiga mental.
.re.fe.ren.cias bi.bli.o.grá.fi.cas
36 ANTUNES, Ana Bárbara Veiga. Estilos de vida, stresse, ansiedade, depressão e adaptação académica em alunos universitários de 1º ano. 2015. 106 p. Tese (Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde) - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. CONSTANTINO, Norma Regina Truppel. Jardins Educativos e Terapêuticos Como Fatores de Qualidade de Vida Urbana. Pluris 2010: 4º Congresso Luso-Brasileiro Para o Planejamento Urbano, Regional, Integrado, Sustentável, Faro, p. 1-12, out. 2010. DIAMANT, Emna; WATERHOUSE, Andrew. Gardening and belonging: reflections on how social and therapeutic horticulture may facilitate health, wellbeing and inclusion. British Journal of Occupational Therapy, INGLATERRA, v. 73, p. 84-88, out. 2009. GRAHN, P. et al. Using affordances as a health-promoting tool in a therapeutic garden. Innovative approaches to researching landscape and health, Copenhagen, v. 2, p. 120-159, mar. 2010. GRAHN, PATRIK. Landscapes in our minds: people’s choice of recreative places in towns. Landscape Research, Suécia, v. 16, n. 1, p. 11-19, mar. 1991. HARVARD DESIGN MAGAZINE. A word for landscape architecture. Disponível em: <http://www.harvarddesignmagazine.org/ issues/12/a-word-for-landscape-architecture>. Acesso em: 01 jun. 2017. HERBERT, Bonnie B. Design Guidelines of a therapeutic garden for autistic children. 2003. 115 p. Tese (Mestrado em Arquitetura de Paisagismo) – Graduate Faculty of the Louisiana State University and Agricultural and Mechanical College, Louisiana.
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SEABRA, Alexandra Paula Ferreira de Carvalho. Síndrome de Burnout e a Depressão no Contexto da Saúde Ocupacional. 2008. 265 p. Dissertação (Doutorado em Ciências de Saúde Mental) - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar - Universidade do Porto, Porto. STIGSDOTTER, Ulrika K; GRAHN, Patrik. Experiencing a Garden: A Healing Garden for People Suffering from Burnout Diseases. Journal of therapeutic horticulture, SUÉCIA, p. 38-49, jan. 2003. WELLS, Nancy M; EVANS, Gary W; CHEEK, Kristin Aldred. Environmental Psychology. Environmental Health: From Global to Local, São Francisco, v. 3, p. 203-225, jan. 2012. YANO, Yuristella; MEYER, Sonia B; TUNG, Teng C. Modelos de tratamento para o transtorno do pânico. 2003. 10 p. Tese (Doutorado em Psicologia Clínica) - IPUSP, Campinas.
IMAGENS p.09: imagens por Google Maps p.16: arquivo pessoal
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A.NE.XO me.mo.ri.al bo.tâ.ni.co
CAPIM-DOS-PAMPAS Nome Científico: Cortaderia selloana Nomes Populares: Capim-dos-pampas, Cana-dospampas, Cortadeira, Penacho-branco, Pluma Família: Poaceae Categoria: Arbustos, Folhagens Altura: 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros Luminosidade: Sol Pleno
ABACAXI-ROXO Nome Científico: Tradescantia spathacea Nomes Populares: Abacaxi-roxo, Moisés-noberço, Espada-de-iansã Família: Commelinaceae Categoria: Folhagens, Forrações Altura: 0.3 a 0.4 metros, 0.4 a 0.6 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra, Sol Pleno
CITRONELA Nome Científico: Cymbopogon winterianus Nomes Populares: Citronela, Capim-citronela, Cidró-do-paraguai, Citronela-de-java Família: Poaceae Origem: Ásia, Índia, Indonésia, Java, Sri Lanka Altura: 0.9 a 1.2 metros, 1.2 a 1.8 metros Luminosidade: Sol Pleno
ACORUS Nome Científico: Acorus gramineus Nomes Populares: Acorus, Mini-cálamo-dojapão, Acoro-gramíneo, Junco-japonês Família: Acoraceae Categoria: Folhagens, Gramados e Forrações Altura: 0.1 a 0.3 metros, 0.3 a 0.4 metros, menos de 15 cm Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
COSTELA-DE-ADÃO Nome Científico: Monstera deliciosa Nomes Populares: Costela-de-adão, Abacaxi-do-reino, Banana-do-mato, Ceriman, Monstera Família: Araceae Categoria: Trepadeiras Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros Luminosidade: Meia Sombra
ÁRVORE-SAMAMBAIA Nome Científico: Filicium decipiens Nomes Populares: Árvore-samambaia, Felício, Filício Família: Sapindaceae Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais Altura: 4.7 a 6.0 metros Luminosidade: Sol Pleno
ESPADA-DE-SÃO-JORGE Nome Científico: Sansevieria trifasciata Nomes Populares: Espada-de-são-jorge, Língua-de-sogra, Rabo-de-lagarto, Sansevéria Família: Asparagaceae Categoria: Folhagens, Forrações Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
CAPIM-CHORÃO Nome Científico: Eragrostis curvula Nomes Populares: Capim-chorão, Barba-de-bode Família: Poaceae Categoria: Forrações Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros Luminosidade: Sol Pleno
FURCRÉIA Nome Científico: Furcraea foetida Nomes Populares: Furcréia, Agave-furcréia, Furcrea, Piteira, Uroatá-açú, Gravatá-açú, Caraguatá-açú, Pitera, Pita, Cocuiza, Família: Asparagaceae Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais Altura: 0.9 a 1.2 metros, 1.2 a 1.8 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
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GRAMA-AZUL Nome Científico: Poa pratensis Nomes Populares: Grama-azul, Grama-azul-dokentucky Família: Poaceae Categoria: Gramados Altura: 0.1 a 0.6 metros Luminosidade: Sol Pleno
KAIZUKA Nome Científico: Juniperus chinensis torulosa Nomes Populares: Kaizuka, Caiazuka, Caizuca, Cipreste-kaizuka, Junípero-chinês, Kaiazuca Família: Cupressaceae Categoria: Arbustos, Árvores, Árvores Ornamentais, Cercas Vivas Altura: 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Grama-santo-agostinho Nome Científico: Stenotaphrum secundatum Nomes Populares: Grama-santo-agostinho, Grama-de-santo-agostinho, Grama-inglesa Família: Poaceae Categoria: Gramados Altura: menos de 15 cm Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
LARANJEIRA Nome Científico: Citrus sinensis Nomes Populares: Laranja, Laranjeira Família: Rutaceae Categoria: Árvores, Árvores Frutíferas Altura: 6.0 a 9.0 metros Luminosidade: Sol Pleno
HERA-ROXA Nome Científico: Hemigraphis alternata Nomes Populares: Hera-roxa, Rubrastilis Família: Acanthaceae Categoria: Folhagens, Forrações Altura: 0.1 a 0.3 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
LICUALA-REDONDA Nome Científico: Licuala peltata Nomes Populares: Licuala-redonda, Licuala, Palmeira-leque Família: Arecaceae Categoria: Árvores, Palmeiras Altura: 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra, Sombra
IPÊ-ROXO Nome Científico: Tabebuia impetiginosa Nomes Populares: Ipê-roxo, Cabroe, Casquinho, Ipê, Ipê-de-flor-roxa, Ipê-mirim, Ipê-preto, Ipê-rosa, Ipê-roxo-da-mata, Ipê-tabaco Família: Bignoniaceae Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais Altura: 6.0 a 9.0 metros Luminosidade: Sol Pleno
ORQUELITO Nome Científico: Cyclanthus bipartitus Nomes Populares: Orquetillo , Ciclanto , Mapuá. Família: Cyclanthaceae. Categoria: Arbustos Altura: 1,8 m. Luminosidade: Meia-sombra.
ESPADA-DE-SÃO-JORGE Nome Científico: Sansevieria trifasciata Nomes Populares: Espada-de-são-jorge, Língua-de-sogra, Rabo-de-lagarto, Sansevéria Família: Asparagaceae Categoria: Folhagens, Forrações Altura: 0.4 a 0.6 metros, 0.6 a 0.9 metros Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
PALMEIRA-RÁPIS Nome Científico: Rhapis excelsa Nomes Populares: Palmeira-rápis, Jupati, Palmeira-dama, Palmeira-ráfia, Ráfis, Rápis Família: Arecaceae Categoria: Arbustos, Cercas Vivas, Palmeiras Altura: 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros Luminosidade: Luz Difusa, Meia Sombra
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PALO-DE-ÁGUA Nome Científico: Dracaena fragrans ´Massangeana´ Nome Popular: Palo-de-agua , Dragoeiro , Paud´água , Coqueiro-de-vênus , Dracena. Categoria: Arbusto. Família: Asparagaceae. Altura: 6 m. Luminosidade: Meia-sombra, Pleno Sol. PAU-ALECRIM Nome Científico: Holocalyx balansae Micheli Nomes populares: Pau-alecrim (RNC), alecrim-de-campinas, alecrim Família: Fabaceae (Leguminosae) Subfamília Caesalpiniodeae Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais Altura: até 25 m Luminosidade: Sol Pleno PINANGA-DE-COROA Nome Científico: Pinanga coronata Nomes Populares: Pinanga-de-coroa , Pinanga , Pinanga-de-corona. Família: Arecaceae. Categoria: Palmeiras Altura: 5 m Luminosidade: Meia-sombra
SAGÚ Nome Científica: Cycas revoluta Nomes Populares: Palma-de-iglesia , Sagú , Cica-del-japón , Palma-de-sagú , Cyca , Palmeira-sagu , Cica , Sagu. Família: Cycadaceae Categoria: Arbustos Altura: 2 m. Luminosidade: Meia-sombra, Pleno Sol. VETIVER Nome Científico: Chrysopogon zizanioides Nomes Populares: Vetiver, Capim-vetiver, Capim-de-cheiro, Capim-cheiroso Família: Poaceae Categoria: Folhagens, Gramados e Forrações, Altura: 0.9 a 1.2 metros, 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros Luminosidade: Sol Pleno