Centro de Reabilitação Física - Traumato Ortopédico e Neurológico - Brotas SP

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CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA TRAUMATO-ORTOPÉDICA E NEUROLÓGICA

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“Cada degrau um sorriso, cada evolução uma conquista e é assim que o sonho começa a se realizar “ “Cada degrau um sorriso, cada evolução uma conquista e é assim Mandarim que o sonho começa a se realizar” Mandarim

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Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças e me abençoado

todos

os

dias

durante

está

caminhada.

A minha família pelo apoio, pelo carinho, pois vocês são minha base, minha fortaleza, agradeço a minha namorada Deise Dias, pois nos momentos mais difíceis me ajudou e me fortaleceu, fica aqui meu muito obrigado, admiração e amor eterno por vocês. Ao orientador Renato Vizioli, por todo incentivo, aprendizado e paciência,

gratidão

e

admiração.

Aos docentes da instituição por todo aprendizado e ensinamentos passados

Aos meus amigos, Ana Corina, Everton Santos, Mariane Zanotti, Abisai, Patrícia, Hércules Salla, Carlos Eduardo Barbosa, por toda força e alegria passada nestes anos. Obrigado!

AGRADECIMENTO “As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstancias de que precisam e, quando não as encontram, as criam” Bernard Shaw

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GUILHERME RUIZ TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTERDICIPLINAR

Trabalho de graduação Interdisciplinar, apresentado ao curso de arquitetura e Trabalho urbanismo, da Universidade Central Paulista – UNICEP. Com requisito para obtenção de título de graduado. 5

Professor Orientador Renato Vizioli


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SUMÁRIO INTRODUÇÃO

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PRÉ PROGRAMA DE NECESSIDADE

PRINCIPAIS PATOLOGIAS

CONTEXTO HISTÓRICO

JUSTIFICATIVA

02

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ESPAÇO PROJETUAL

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS

ESCOLHA DA ÁREA

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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA

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ENTREVISTA COM O PROFISSINAL

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LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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INTRODUÇÃO 8


O presente trabalho de graduação interdisciplinar de curso tem como proposta a elaboração de projeto arquitetônico para um Centro de Reabilitação Física situado na cidade de Brotas, interior de São Paulo, especializado no atendimento abrangente e personalizado aos indivíduos portadores de deficiências de carácter neurológico e/ou traumato-ortopédico. Diante disto, muitas são as patologias que se tem como objetivo reabilitar, entretanto, devido à grande incidência, terá como enfoque indivíduos afetados por Acidente Vascular Encefálico (AVE), Doença de Parkinson, lesão do Ligamento Cruzado Anterior e Osteoartrose (LCA).

A faixa etária, deve abranger pacientes de todas as idades, mas, principalmente acima de 50 anos. Já a equipe multidisciplinar deve ser composta por profissionais das diferentes áreas da saúde, bem como fisioterapeutas, médicos, educadores físicos, terapeutas ocupacionais, dentre outros.

A cidade de Brotas é um destino turístico consolidado em todo o país. É considerada a Capital do Turismo de Aventura, que recebe, segundo estimativa da Secretaria Municipal de Turismo, cerca de 150 mil visitantes por ano. Está localizada na região central do Estado de São Paulo, na província das Cuestas Basálticas. Embora seja um dos maiores Municípios do Estado de São Paulo em área, cerca de 1.101 quilômetros quadrados, possui uma das menores áreas

urbanizadas, cerca de 5 quilômetros quadrados, onde vivem 85% da população. Sua população soma 23.580 habitantes segundo o IBGE / Censo do ano 2010. Tem como seu principal atrativo o Rio Jacaré Pepira, para as mais diversas atividades de aventura de ecoturismo, que atravessa o município no sentido

sudeste-noroeste e, nesse percurso, se incorpora ao centro urbano da cidade, fazendo parte da identidade histórico-social de seus habitantes. Em relação as cidades aos arredores, são escassos os centros de reabilitação física dedicados a neurologia e traumatologia, visto que os já existentes, possuem recursos e infraestrutura limitados para atender tamanha demanda, que, por sua vez, tem aumentado de maneira progressiva ao longo dos anos. Dito isto, o objetivo principal do projeto, é atender não apenas a população local, mas abranger a região constituída pela Comissão Intergestores Regional (CIR) - de Jaú: Torrinha, Dois Córregos, Barra Bonita, Bocaina, Mineiros do Tietê e Itapuí.

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PRINCIPAIS PATOLOGIAS 2


AVE – ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma doença caracterizada pelo início agudo de um déficit neurológico, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação sanguínea cerebral. Estas alterações são ocasionadas por enfarte, devido a isquemia ou hemorragia, de que resulta o comprometimento da função cerebral. Este acometimento pode ocorrer de maneira súbita ou por defeito neurológico (aneurisma). A presença de danos nas funções neurológicas origina déficits a nível das funções motoras, sensoriais, comportamentais, perceptivas e da linguagem. Os déficits motores são caracterizados por paralisia completas (hemiplegia) ou parciais (hemiparesias) no hemicorpo oposto ao local da lesão que ocorreu no cérebro (Cancela,2008).

DOENÇA DE PARKIMSON A doença de Parkinson (DP) é uma afecção crônica e progressiva do sistema nervoso, caracterizada pelos sinais de rigidez, bradicinesia tremor e instabilidade

postural. Apresenta uma etiologia idiopática, porém, acredita-se que os seus surgimentos provêm de fatores ambientais e genéticos, podendo interagir e contribuir para o desenvolvimento neurodegenerativo da (DP). Afirma-se ainda que o processo de envelhecimento está intimamente interligado a esta afecção devido à aceleração da perda de neurônios dopaminérgicos com o passar dos anos. Suas alterações tendem a diminuir a força e a marcha apresenta-se mais retardada com diminuição de

movimentos associados, reflexos profundos hiporresponsivos e alterações de sensibilidade estão associadas às modificações nos níveis anatômicos macroscópico, celulares e moleculares do sistema nervoso (Souza et al, 2011)

LESÃO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR O ligamento cruzado anterior (LCA) é uma estrutura anatômica localizado entre a fêmur e tíbia, de maneira a unir e proporcionar estabilidade entre ambos. Sua lesão ocorre de forma aguda e é comumente proveniente de práticas esportivas e pode associar-se com lesões dos meniscos e lesões condrais. Suas implicações

clínicas se devem pela instabilidade anterior da tíbia e consequentemente, comprometendo a marcha (Rocha et al, 2007). (Rocha et al, 2007). Os meniscos possuem importante funcionalidade para o joelho, eles aumentam a congruência articular, diminuem o stress na cartilagem, aumentam a estabilidade da articulação e provem absorção contra impacto. De forma combinada, transmitem cerca de 50% da carga da articulação. Sua perda proveniente de lesões,

leva a redução da área de contato tibial em cerca de 50-70% resultando em um aumento do stress tanto tibial quanto femoral. A cartilagem articular é um tecido complexo

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formado principalmente de colágeno tipo 2 e tem habilidade de lidar com grandes forças durante vários ciclos, porém, tem pequena habilidade de regeneração após lesão. Portanto, as lesões associadas à lesão do ligamento cruzado anterior levam à degeneração progressiva da cartilagem articular, gerando dor, edema, e perda de função do membro, além de limitações funcionais (Rocha et al, 2007).

OSTEOARTROSE A osteoartrose é uma patologia crônica, multifatorial, degenerativa e que leva incapacidades funcionais. É uma afecção dolorosa das articulações que ocorre por insuficiência da cartilagem, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição dos seus principais elementos, associada a uma variedade de condições como: sobrecarga mecânica, alterações bioquímicas da cartilagem e membrana sinovial e fatores genéticos. É uma das causas mais frequentes de dor do sistema musculoesquelético e de incapacidade para o trabalho no Brasil e no mundo. Seu acometimento é prevalente em indivíduos com idade superior a 65 anos de idade.

(Coimbra IB et al,2004). Antes se acreditava tratar-se de uma doença progressiva, de evolução arrastada, sem perspectivas de tratamento, encarada por muitos como natural do processo de envelhecimento. Hoje, no entanto, é vista como uma enfermidade em que é possível modificar o seu curso evolutivo, tanto em relação ao tratamento sintomático imediato, quanto ao seu prognóstico. A denominação mais aceita internacionalmente da doença é osteoartrite. O tratamento deve ser também

multidisciplinar, e buscar a melhora funcional, mecânica e clínica e, por esta razão a realização deste consenso tornou-se necessária. Profissionais que lidam com a enfermidade, das áreas de reumatologia, fisiatria e ortopedia, reuniram-se para a sua elaboração. (Coimbra IB et al,2004)

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CONTEXTO HISTÓRICO 4


Por volta de 1839, foi construída a capela de Santa Cruz, dando origem à primeira povoação local. O território inicialmente pertencia às Sesmarias da região de Araraquara e era cortado pelas trilhas de expansão da Minas para o interior do estado. Os Primeiros a se fixarem na região foram as famílias mineiras “gente que estava apenas abandonando o sonho das minas para substitui-lo pelo sonho da permanência, do plantio, da

fixação a terra” – Bussab (1992). Brotas tornou se distrito de Araraquara em 1841. Sendo em 1853 transferido para Rio Claro e finalmente, tornou-se município em 14 de fevereiro de 1859. O aniversário da cidade é comemorado no dia 03 de maio, por ocasião de uma antiga comemoração católica, a de Santa Cruz.

Brotas teve sua fase de maior desenvolvimento, nas décadas de vinte e trinta (Século XX),

Figura 01 - Capela de Santa Cruz: Fonte (www.vemprabrotas.com.br)

época da expansão do café para o interior paulista. Viveu em fução desta atividade econômica até interior paulista. Viveu em função desta atividade econômica até sua crise definitiva em 1929. É marcante a presença de imigrantes italianos e seus descendentes que tinham influência nos ramos políticos da cidade. A crise do café trouxe um período de estagnação econômica para o município que na época perdeu uma grande parte da população para os grandes centros urbanos. A taxa anual de crescimento da população tornou-se positiva novamente a partir da década de oitenta, atualmente, o município ainda possui uma forte economia agrícola, onde se destacam a agroindústria da cana, laranja, eucalipto e a agropecuária (boi de corte). Considerando-se a tradição agropecuária, os

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recursos naturais do município, com cachoeiras, matas preservadas e serras, desde de os meados da década de noventa, o turismo de aventura e o turismo rural/ecoturismo são muito importantes para a cidade, pois hoje são considerados uma das principais alternativas de desenvolvimento sustentável para Brotas.

PIB BROTAS 2013 Serviços 63%

13%

Indústria 24%

24% 63%

Agropecuária 13%

Figura 02 – PIB Municipal de Brotas – Fonte IBGE 2013

figura 03– Evolução Demográfica - Fonte: IBGE

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JUSTIFICATIVA 6


Podemos definir a deficiência física como "diferentes condições motoras que acometem as pessoas comprometendo a mobilidade, a coordenação motora geral e da fala, em consequência de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou más formações congênitas ou adquiridas". A Deficiência Congênita é aquela que existe no indivíduo ao nascer e, mais comumente, antes de nascer, isto é, durante a fase intrauterina. Já a Deficiência Adquirida, é aquela que ocorre depois do

nascimento, em virtude de infecções, traumatismos, intoxicações (MEC,2004). Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE, nota-se um crescente aumento do número de deficientes no Brasil ao longo dos tempos. Após a promulgação da Lei n.7.853/89 que trouxe a obrigatoriedade para que fossem incluídas em censos nacionais as questões relativas às pessoas que apresentam deficiências, em 1991, o Brasil passou a contar com mais informações sobre os deficientes através do Censo Demográfico, cujos resultados apresentaram cerca de 1,7 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência vivendo em nosso país, um valor equivalente a 1,14% da população total. Em 2000, no novo Censo Demográfico demonstrou valores numericamente maiores que saltaram para a casa dos 24,6 milhões de pessoas que se declararam com algum tipo de deficiência, cuja representação também passou a ser 14,5% da população total. Já no censo de 2010, esse número se elevou 45,6 milhões de brasileiros, correspondendo a 24% da população. Deste total, 13,3 milhões equivale a portadores de deficiências físicas ou motoras, ocupando o segundo lugar, enquanto os deficientes visuais ocupam o primeiro lugar na pesquisa, com 35,8

milhões de pessoas. (Censo do IBGE, 2010). No Brasil, 56,6% das deficiências são adquiridas, isso se deve, principalmente, pelo aumento considerável da violência urbana. Todos os meses cerca de 8.000 brasileiros adquirem uma deficiência. As Causas Externas,

também chamadas de causas naturais ou causas violentas, englobam os acidentes e as violências propriamente ditas (auto e hetero infligidas). Doenças neurológicas afetam 1 bilhão de pessoas no mundo todo, diz a OMS. Segundo a pesquisa realizada pela OMS em 2007, no levantamento intitulado "Doenças Neurológicas: Desafios de Saúde Pública” o atendimento neurológico deve fazer parte da assistência básica de saúde, para que deficiências não-detectadas sejam Figura 04– Gráfico Causas Externas - Fonte: Hospital Rede Sarah

diagnosticadas s e tratadas.

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Hoje, 24,3 milhões de pessoas sofrem do mal de Alzheimer e de outros tipos de debilitantes de demência, mas esse número deve dobrar a cada 20 anos, e a prevalência crescerá mais ainda nos países em desenvolvimento, disse a organização. Tendo isto em vista, os dados demonstram a real necessidade da inclusão desses indivíduos na sociedade, uma vez que, as deficiências causam limitações não só

motoras, mas de autonomia e social. Essa inclusão pode ser promovida de diversas maneiras, uma delas é com o apoio de Centros de Reabilitação Física. Nestes, é possível reabilitar indivíduos de uma forma global, não apenas física, mas também, promovendo uma satisfatória reintegração do indivíduo na sua rotina familiar, social e profissional. Deste modo, mesmo que a ênfase de um programa de reabilitação física sejam as atividades relacionadas ao exercício físico, cada vez mais se torna imprescindível o estabelecimento de estratégias que envolvam a participação de outros profissionais da área da saúde, como Educadores Físicos, Fisioterapeutas, Assistentes Sociais e psicólogos, entre outros.

Segundo o censo do IBGE de 2010, 22,51% dos paulistanos possui algum tipo de deficiência, que equivale a 9,3 milhões de pessoas. 23,93% corresponde a regiões metropolitanas, referente a 4,5 milhões de pessoas. Diante disso, este trabalho de conclusão de curso desenvolverá um Centro de Reabilitação Física na cidade turística de Brotas, interior de São Paulo. Brotas e região não contam com uma instituição

especializada, de porte adequado para atender a demanda, que trabalhe a reabilitação de pessoas vitimadas por enfermidades que comprometem o sistema motor. Possui cerca de 10 clínicas fisioterapêuticas particulares, porém não acessíveis financeiramente aos indivíduos de baixa renda. O

Hospital Santa Therezinha disponibiliza os serviços de fisioterapia, entretanto, com enfoque aos pacientes Figura 05 - Fonte: IBGE 2010

internados; além disso, sua infraestrutura não é apropriada e possui recursos limitados para os casos mais

graves e complexos como por exemplo, indivíduos vitimados por problemas neuro-motores.

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Conforme entrevista realizada no dia 25 de novembro de 2017, com Beto Pinotti, gerente administrativo da Secretaria de Saúde de Brotas, o número estimado de pacientes encaminhados pelo SUS para tratamento fisioterapêutico é de 500 pessoas por mês. Destes, a maioria desloca-se para a cidade de Bauru e para Botucatu em prol de tratamento especializado. Pinotti também alega que são gastos por mês, aproximadamente 400 mil reais com transporte. Vale ressaltar que

estes mesmos pacientes necessitam viajar no mínimo, duas vezes por semana. Portanto, a implantação de um Centro de Reabilitação Física Neurológico e traumato-ortopédica, não só beneficiará a população em geral que terá acesso aos tratamentos mais avançados e profissionais altamente qualificados, como também, proporcionará um grande aumento na economia do município, que hoje sua grande parte é gerada pelo turismo, além de proporcionar a diminuição de despesas com o transporte para a locomoção dos pacientes até outras cidades. A Comissão Intergestores Regional - CIR é uma instância de cogestão no espaço regional com o objetivo de constituir um canal permanente e contínuo de negociação e decisão entre os gestores municipais e o estado para constituição de rede regionalizada, pactuando de forma consensual a definição das regras da gestão compartilhada do Sistema Único de Saúde - SUS, composta por representantes da Secretaria Estadual de Saúde de Tocantins (SESAU – TO) e de todos os secretários municipais de saúde da região. Cabe à Comissão Intergestores Regional (CIR) a pactuação, organização e o funcionamento em nível regional das ações e serviços de saúde integrados na Rede de Atenção à Saúde (RAS). Brotas está incluída, no Departamento Regional de Saúde (DRS-6) de Bauru e pela

Comissão Intergestores Regional (CIR) da região de Jaú, que por sua vez é constituída pelas cidades: Torrinha, Dois Córregos, Barra Bonita, Bocaina, Boracéia, Igaraçu do Tietê, Itajú, Jaú, Bariri, Mineiros do Tietê, Itapuí e Brotas. Portanto com a instauração do Centro de Reabilitação Física, visará atender não apenas a população local, mas também, a todos estes municípios incluídos na CIR de Jaú. A arquitetura deve oferecer espaços amplos e integrados, favorecendo o trabalho interdisciplinar, discussões de casos e trocas de experiências entre profissional, pacientes e familiares, de forma totalmente humanizada. Portanto, visa-se incluir familiares no processo de reabilitação, estratégia esta, que segundo

especialistas, estimula positivamente em uma recuperação mais rápida.

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS 9


ENTRO MAGGIE DE OLDHAM – DRMM

Figura 06,07- Fonte: Archdaily – Entro Maggie de Oldham

Maggie's Centres são espaços mantidos por uma instituição filantrópica que disponibiliza suporte físico e psicológico para pacientes em tratamento de câncer. Sua estrutura arquitetônica conhecida como “Arquitetura da esperança”, construído em madeira com objetivo de transformar o caráter asséptico da arquitetura hospitalar com a ideia de trazer de volta a esperança e a humanidade.

Figura 08,09 e 10- Fonte: Archdaily – Entro Maggie de Oldham

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Os pilares esbeltos que conformam a sua estrutura, fazem com que o edifício pareça flutuar sobre a exuberante vegetação nativa do jardim. A partir deste oásis central, uma árvore frondosa atravessa o edifício, trazendo a natureza para dentro além de melhorar a iluminação natural no interior do edifico. Externamente, o prédio é revestido por painéis de “tulipwood” termicamente tratados.

Fechamento de Madeira Madeira

Estrutura metálica Pilar Metálico

Vidro Rampa de Acesso

Jardim Central

Figura 11 e 12- Fonte: Archdaily – Entro Maggie de Oldham - Estrutura

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SARAH BRASÍLIA LAGO NORTE Centro internacional de neurociência – Brasília DF Esportes Anfiteatro

Área Hospitalar

Residência Médica

Centro de apoio

Figura 13 e 14-Vista Aérea Fonte: Archdaily – Sarah Brasília

Projetado pelo renomeado arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé), o projeto Implantado em um terreno de 80 mil m² da península norte, às margens do

lago e possui 24 mil m² de área construída e compõe se basicamente em 3 blocos, que se articulam num pavimento térreo, o layout projetado por Lelé tem a intenção de facilitar a flexibilidade e a interação com todas as áreas. O terreno, com declividade acentuada de mais de 20 metros, foi modelado formando uma sequência de plataformas interligadas por taludes ajardinados

e por rampas suaves para pedestres, garantindo uma vista magnífica do lago à maioria dos ambientes do hospital. Esportes

Internação

Auditório Apoio Fisioterapia

Figura 15- Cortes Esquemático Fonte: Vitruvius – Sarah Brasília

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Sheds

Lago Norte

Figura 16: Cortes -Fonte: Vitruvius – Sarah Brasília Exaustor

Policarbonato

Treliça Metálica

Ar frio Ar quente Luz Natural

Figura 17: Cortes - Fonte: Vitruvius – Sarah Brasília

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Neste projeto adotou-se um sistema bem mais simples de ventilação natural, em que o ar entra nos ambientes pelas portas de correr – que dão para o exterior sempre protegidas por varandas – e é extraído pelas aberturas dos sheds. O sistema construtivo se baseia em estrutura metálicas e argamassa armada pré-moldadas. Para fechamento, Lelé utiliza chapas de alumínio (paredes internas e cobertura), vidro com caixilhos metálicos, e placas de concreto pré-moldadas.

Desde modo os materiais empregados facilitam construção em massa da Rede Sarah.

Figura 18 e 19- Fonte: Vitruvius – Sarah Brasília

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HOSPITAL REDE SARAH – RIO DE JANEIRO Arquiteto João Filgueira Lima – Lelé

Figura 20: Perspectiva da fachada - Fonte: Archdaily– Sarah Rio de Janeiro

Neste projeto o arquiteto tem como partido arquitetônico a bela paisagem da cidade e das condições climáticas favoráveis, onde o edifício está localizado de frente para a Lagoa Jacarepaguá. O hospital do Rio de janeiro possui as soluções de conforto mais elaboradas, sendo considerado o mais evoluído da Rede. Sua cobertura em estrutura

metálica favorece o equipamento com leveza, possibilitando a criação de formas variadas. Por sua vez, os sheds são elementos que caracterizam sua arquitetura, tendo com função fornecer ventilação e iluminação natural.

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HOSPITAL LAGOA

Figura 21: Setorização - Fonte: Archdaily– Sarah Rio de Janeiro

Figura 22 e 23: Localização e Implantação - Fonte: Archdaily– Sarah Rio de Janeiro

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Os ambientes internos foram pensados de modo que sejam flexíveis, desta forma a mudança de ambientes, ampliação de salas se torna um meio mais fácil e viável, hospital foi pensado para uma melhor mobilidade dos pacientes.

Figura 24: Corte AA - Fonte: Archdaily– Sarah Rio de Janeiro

Figura 25: Corte BB - Fonte: Archdaily– Sarah Rio de Janeiro

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Sheds

Treliça metálica

Cobertura retratil Pilar metálico “I”

Figura 26: Corte esquemático - Fonte: Archdaily– Sarah Rio de Janeiro

Ar Quente Ar Frio

Luz Natural

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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM PARQUE DO RIACHO-CADHAB-DP Saboia+Ruiz Arquitetos

Figura 27: Perspectiva da fachada - Fonte: Archdaily– Unidade Básica de Saúde – Parque Riacho, Brasília DF s Projeto elaborado a partir de blocos quadrados com pátios internos, visando a economicidade, a modularidade e a racionalidade construtiva a aparência

simples abriga um coerente sistema de proteção ambiental.

A estratégia da adoção de blocos térreos com pátios internos, amplia a volumetria do projeto o que permite a edificação se apropriar das grandes dimensões do lote, a realização da unidade em um único nível garante a acessibilidade universal e ainda reserva uma área livre considerável para planejamentos futuros.

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Figura 28: Setorização - Fonte: Archdaily– Unidade Básica de Saúde – Parque Riacho, Brasília DF s

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A materialidade construtiva proposta visa a qualidade espacial e funcional da unidade, harmonizando fisicamente e sensorialmente com os usuários e pacientes. O edifício está elevado do chão visando o conforto térmico. Pilares metálicos sustentam a cobertura treliçada. O fechamento externo da edificação se dá por placas pré-moldadas de concreto, por fim os fechamentos internos são de drywall.

Figura 29: Corte e Estrutura- Fonte: Archdaily– Unidade Básica de Saúde – Parque Riacho, Brasília DF s

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.

Figura 29: Detalhes construtivos- Fonte: Archdaily– Unidade Básica de Saúde – Parque Riacho, Brasília DF

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ESCOLHA DA ÁREA 21


Brotas está incluída no Departamento Regional de Saúde (DRS-6) de Bauru e pela Comissão Intergestores Regional (CIR) da região de Jaú. Conforme mapa acima, as clínicas de reabilitação mais próxima se localizam na cidade de Bauru e em Botucatu, desta atende toda a região incluindo o CIR, com a instauração do Centro de Reabilitação física em Brotas, a cidade passará a ser um polo mediador tendo como objetivo ajudar a atender a demanda de pacientes

Clínica de Reabilitação Física – Sorri – Bauru SP 107 km – 1h20m

Clínica de Reabilitação Física – Lucy Montoro – Botucatu SP 95 km – 1h35m

Cidades Limítrofes ao município de Brotas

Rodovias Estaduais

Rodovias Federais

Figura 30 - Mapa – Localização, Equipamento similar na região, Mapa Comissão Intergestores Regional (CIR) Jaú - Atlas Histórico e Geográfico do Município de Brotas – Adaptações próprias

Estrada Estadual de relevância direta para Brotas Estado de São Paulo Brasil

Brotas Mineiros do Tietê Barra Bonita Igaraçu do Tietê Jaú Itapuí Bocaina Bariri Boracéia Bauru Cidades Constituidas pelo CIR- Jaú

Itajú Itapuí Torrinha Dois Córregos São Carlos Itirapina São Pedro Dourado Ribeirão Bonito São Paulo Botucatu

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Localizado na Rua João Malagutti, esquina com a Avenida Jaubert da Silva Braga, fundos com a Rua São Crispim no Loteamento Jardim Civita, junto ao novo loteamento Campos Prado, o lote junta: Tranquilidade e o contato com a natureza, podemos observar no mapa que a área se encontra próxima a rodovia SP 225, e, possui ligação com a SP 197, facilitando o acesso regional, de frente para umas das principais avenidas e privilegiado pelo Córrego da Lagoa Seca, que

“corta” a cidade de ponta a ponta, levando em consideração estes aspectos a área selecionada possui um grande potencial para a proposta

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1 Rua João Malagutti 2 Avenida Jaubert da Silva Braga 3 Rua São Crispim Área escolhida Pontos de acesso a cidade Córrego da Lagoa seca Rodovia (SP 225 e SP 197) Via Arterial Via Coletora Via Local

1

Figura 31: Mapa Brotas, Sistema Viário– Fonte: Prefeitura Municipal de Brotas Adaptações próprias

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N

0 50 100

250

500

1000

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A área estudada possui sinalização adequada ao fluxo de automóveis e pedestres. Ademais, o entorno imediato referente a iluminação pública está adequado aos parâmetros exigidos. Em relação a circulação de pedestres, há apenas algumas áreas que possuem calçadas pavimentadas, pois se trata de um local não consolidado por completo. Contudo, um dos fatores negativos deve-se a inacessibilidade do transporte público, sendo necessário uma nova proposta

de rota do mesmo no município.

3

2

1

0 10 25

50

100

150

Acesso ao lote 1 Rua João Malagutti 2 Avenida Jaubert da Silva Braga 3 Rua São Crispim

Figura 32: Mapa de Mobilidade– Fonte: Prefeitura Municipal de Brotas Adaptações próprias

N

Arborização Lombada Sinalização de pare Linha do transporte coletivo Iluminação pública Área Escolhida Faixa de pedestre Calçada

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Segundo o plano diretor, Art.70 seção I, o lote se localiza na zona ZPR1 - uso predominantemente residencial, com ocupação unifamiliar (construção de uma única residência), ou multihabitacional (construção de até 2 unidades residenciais) com até 03 (três) pisos; metragem mínima de 360m2 (trezentos e sessenta metros quadrados); Taxa de ocupação de até 80% (oitenta por cento); Índice de aproveitamento de 02 (dois); testada mínima de 12m (doze metros); (...)uma

vaga de garagem e, volume mínimo de retenção de água pluvial de 2.200l (dois mil e duzentos litros). Pesquisas realizadas em campo mostram cerca de 10 clínicas particulares, incluindo o Hospital Santa Therezinha que também disponibiliza os serviços de fisioterapia, mas apenas com enfoque aos pacientes já internados.

ZPR1 – Zona preferencialmente residencial 1 ZPR2 - Zona preferencialmente residencial 2 ZPH – Zona de preservação histórica ZUD – Zona de uso diversificado ZBD1 –Zona de Baixa densidade APPs Área escolhida N

Figura 33: Legislação– Fonte: Prefeitura Municipal de Brotas - Adaptações próprias 0 50 100 250

500

1000

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N

Figura 34: Equipamentos de importância para Brotas– Fonte: Prefeitura Municipal de Brotas Adaptações próprias

0 50 100

250

500

1000

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Igreja São Francisco de Assis

Câmara dos vereadores

Hospital Santa Terezinha – Reabilitação Física

Igreja Nossa Senhora das Dores

Escolas

Postos de Saúde

Prefeitura Municipal – P1

Asilo Vila Vicentina

APAE: Escola de Educação Especial

Prefeitura Municipal – P2

Parque dos Santos e Praças

Clínica Fisioterapia Particular

Fórum

Hospital Santa Terezinha

Terminal Rodoviário

Ginásio Brotão

Corpo de Bombeiros

Portal da cidade

Clube de Campo de Brotas

Biblioteca Pública

Fundação CEU

Área escolhida

Raio de Abrangência - A cada 500 m

Policia Rodoviária

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Uma leitura aprofundada com visitas periódica ao local, mostrou que a área selecionada nos remete a um ambiente familiar e acolhedor, visando o contato com a natureza. O gabarito do entorno imediato assume um papel fundamental na escolha da área, pois a ideia projetual é um equipamento que respeite a escala humana e que componha o cenário sem agredir a paisagem do local, para que os pacientes possam se sentir acolhidos, proporcionando sentimentos de

bem-estar, deste modo estimulando-os para que o processo de cura seja o mais rápido e mais agradável. Córrego da Lagoa Seca

Residência Comércio Unidade de Saúde Clínica de fisioterapia Sindicato Patronal Templo religioso Clube de Brotas Escolas

Terminal rodoviário Asilo Vila Vicentina Ginásio Brotão Portal da cidade Corpo de Bombeiros Praças Área do escolhida APPs

N

0 50 500

Bairro São Crispim 0 250 500

500

1000

100

250

Figura 35: Uso e ocupação do solo– Fonte: Prefeitura Municipal de Brotas - Adaptações próprias

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O levantamento elaborado no Bairro São Crispim mostra que predominantemente é constituído por gabaritos térreos entre 3 a 5 metros de altura e com apenas algumas construções de 6 a 8 metros de altura. Em geral as construções existentes não atuaram como barreira na paisagem, possibilitando uma vista memorável do vale e da cidade. Nota-se que o bairro possui muitos vazios urbanos, isto ocorre devido a retenção de terras pelo mercado imobiliário, com

finalidade para ganhos futuros (Especulação Imobiliária) e de novos loteamentos, pois se trata de uma área nobre, por fim, temos que levar em conta o crescimento acelerado devido à alta do turismo

1 Pavimento 2 Pavimentos 3 Pavimentos Praças APPs Córrego da Lagoa Seca Área escolhida

N

0 50 500 0 250 500

500

1000

Bairro São Crispim

100

250

Figura 36: Mapa de gabarito– Fonte: Prefeitura Municipal de Brotas Adaptações próprias

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Com área de 32.178,36 metros quadrados, o terreno está localizado entre as cotas 638 e 627, doze metros de desnível a serem vencidos. Deste modo, o desafio e o manejo com as curvas de níveis serão de suma importância para locação da unidade de reabilitação física. Com base na análise de insolação e ventilação, podemos obter resultado significativos para o desenvolvimento do projeto. O conforto térmico no

ambiente construído fornece condições satisfatórias as necessidades humanas, portanto, contribuindo com a redução energética. Aberturas voltadas para o norte e sul, posicionando os módulos da edificação de forma que as áreas molhadas e salas esterilizadas se projetem para o oeste, utilizando elementos de sombreamento e áreas de descanso e convívios voltados para o leste.

C

25

A

D

D

E

E

C 0 10

B

50

100

A

B 150

Ventos predominantes SUL - Fonte: Prefeitura de Brotas Massa arbórea

Cota de 1 X 1m Cota de 5 X 5m

Área de intervenção

Córrego da Lagoa Seca

Figura 37: Mapa de topografia, ventilação e insolação– Fonte: Prefeitura Municipal de Brotas Adaptações próprias

30


0

5

10

25

50

Perfil topográfico AA

0

5

10

25

50

Perfil topográfico BB Figura 38: Perfil topográfico– Fonte: Acervo próprio

Perfil topográfico CC 0

Perfil topográfico DD

Perfil topográfico EE

5

10

25

50

0

0

5

5

10

10

25

25

50

50

31


LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO 34


Área escolhida Área de preservação ambiental

Figura 39: Foto Aérea - Fonte: GoogleAdaptações próprias

Córrego da Lagoa Seca

F1/F4/F6 F5 F1

00 F8

F2

F10

F12 F7

F11

F3

32


1

4

2

5

3

6

Figura 40: Foto do terreno - Fonte: Acervo prรณprio

33


8

7

10

11

9

12

Figura 40: Foto do terreno - Fonte: Acervo prรณprio

34


PRÉ PROGRAMA DE NECESSIDADES

34


Pré-programa de necessidades para o projeto do Centro de Reabilitação Física Traumato-Ortopédico e Neurológico, com estimativas de área para os respectivos setores. O programa teve como referência o projeto do arquiteto João Filgueiras Lima- Lelé, tendo como base o Hospital da Rede Sarah do Rio de Janeiro, outro

projeto que teve muita influência para o programa foi o dos arquitetos Saboia e Ruiz, do projeto da Unidade Básica de Saúde no parque do riacho – CADHAB DF, pois a solução usada pelos arquitetos ao implantar o equipamento no lote, de criar espaços coletivos internamente, ampliando a volumetria e permitindo que a edificação se aproprie das grandes dimensões do lote. O fluxograma proposto a seguir tem como intenção de facilitar o entendimento da circulação e das salas propostas, o programa de necessidades se mostra extenso, deste modo as áreas foram divididas em: Área comum, administração, serviços gerais, reabilitação e recreação; conectados por acessos entre as alas, tendo como acesso principal o bloco de área comum, deste ponto se subdivide para as outras áreas específicas. A proposta tem como objetivo atender cerca de 220 pessoas por dia, visando ao atendimento para o próprio município e para a região de saúde da

Comissão Intergestores Regional (CIR) Jaú. Para a concepção do pré-programa de necessidades, foi consultado projetos similares ao tema pro posposto, deste modo pré-definindo o quadro de áreas de cada setor do projeto.

35


Figura 41: PrĂŠ programa de necessidades - Fonte: Acervo prĂłprio

36


Figura 42: PrĂŠ programa de necessidades - Fonte: Acervo prĂłprio

37


TOTAL PREVISTO TOTAL PREVISTO + ESTACIONAMENTO

3.335 m² 5.345 m²

Figura 43 : Pré programa de necessidades - Fonte: Acervo próprio

38


39


Figura 44: Fluxograma- Fonte: Acervo prรณprio

40


ESPAÇO PROJETUAL 41


Os estudos realizados na área e em seu entorno possibilitaram os primeiros croquis para uma possível implantação do projeto arquitetônico. Nesta análise foram levadas em conta várias situações como: Ventilação e insolação, fluxos de veículos, rotas de transportes públicos e acessos e circulação de pedestres.

Nestes primeiro croquis, temos a edificação implantada no centro do lote, tendo como principal entrada pela Rua João Malagutti. A proposta tem dentre seus objetivos a ampliação desta via, visando comportar o aumento do fluxo de veículos para o entorno imediato. O acesso de veículos se localiza próximo ao estacionamento, deste seguimos para a área de uso comum. O acesso mais restrito destinado para ambulância se dá logo abaixo com rota direta para a área de reabilitação

Figura 45 Estudo de implantação e setorização- Fonte: Acervo próprio

41


Nesta segunda proposta a edificação foi rotacionada e implantada ao lado esquerdo do lote (Área Sul) deste modo o centro de reabilitação física se encontra próximo à Rua João Malagutti, com acesso fácil e rápido para o bloco de uso comum, do mesmo se subdivide para as outras alas, deste modo notamos uma divisão clara no lote, isto nos proporciona a criação de áreas para caminhada e pistas de teste em contato com a natureza voltada para análise e tratamento

dos pacientes e para as pessoas que utilizam a marginal para se exercitar. O estacionamento localiza-se na rua São Crispim, ao fundo do lote com intenção de desafogar o fluxo chegada e saída da Rua João Malagutti. O alargamento da rua e das calçadas se fez necessário e de suma importância, pois a proposta é de inserir uma faixa para o transporte coletivo e um ponto de ônibus próximo à área de intervenção. Uso comum Reabilitação Recreação

Serviços gerais Administrativo

Figura 46: Estudo de implantação e setorização- Fonte: Acervo próprio

42


Linha do transporte coletivo existente Linha do transporte coletivo proposta Ponto de ônibus existente Ponto de ônibus novo

hoje

0 150

300

500

1000

Figura 47: Rota do transporte coletivo- Fonte: Prefeitura Municipal: Adaptações próprias

N

Figura 48: Rota do transporte coletivo, proposta de desvio- Fonte: Prefeitura Municipal: Adaptações próprias 0 150

300

500

1000

43


Após estudos de setorização e circulação, temos como traçado uma praça principal de acesso, interligando o passeio público com o equipamento proposto. A ideia é induzir o pedestre a entrar e caminhar pelo edifício, e pela praça de convívio, desta forma prover a interação entre pacientes e pessoas que transitarem por esta área.

Uso Comum Reabilitação Recreação

Serviços Gerais Administrativo

Figura 49: Estudo de implantação e setorização- Fonte: Acervo próprio - Fonte: acervo próprio

44


Resultante da proposta de implantação e pelo desnível considerável do lote a volumetria se desenha pelo terreno, permitindo a criação de acesso sob terraços jardins. Por sua vez tem como objetivo a contemplação da paisagem e eventos ou para desenvolvimento de atividades terapêuticas, proporcionando sensações de bem-estares.

CONCRETO ARMADO

ELEMENTO VAZADO

Figura 50: Estudo da volumetria - Fonte: acervo próprio

45


A alteração no desenho da forma se fez necessário devido à disposição e setorização internas e externas destinadas ao equipamento de reabilitação física, deste modo pode – se acomodar da circulação horizontal e vertical de forma mais adequada. Nesta implantação a intenção de criar pátios centrais está ligada diretamente com a importância de trazer a natureza para dentro da edificação, criando áreas de estares e convívio, deste modo induzindo uma atmosfera

de paz e tranquilidade, além disto tem como função de trazer luz e ventilação natural para os ambientes clínicos.

Uso comum reabilitação Recreação

Serviços gerais Administrativo Córrego

Figura 51: Estudo de implantação e setorização- Fonte: Acervo próprio - Fonte: acervo próprio

46


A volumetria se manteve com a área de reabilitação localizada no nível inferior voltada para o córrego, mas se perdeu a ideia de terraços jardins devido a cobertura inclinada. Área de uso comum e serviços gerais se manteve no nível térreo, tendo como acesso pela Rua João Malagutti por fim o boco administrativo no nível superior com acesso para ao a Rua São Crispim.

Figura 52: Estudo da volumetria: Fonte: Acervo próprio

- Fonte: acervo próprio Uso comum reabilitação

Recreação Serviços gerais Administrativo

Figura 53: Setorização- Fonte: Acervo próprio - Fonte: acervo próprio

47


Diante a todo o processo, ficou definido a seguinte implantação entregue na primeira etapa do trabalho de graduação interdisciplinar.

1- Praça de acesso 2 - Quadra poliesportiva 3 - Academia ao ar livre 5

4

4 - Estacionamento 5 - Box de resíduos 6 -Área destinada para pistas de testes

6

7 – Ponto de ônibus proposto 1

7

3

2

2 0

10

25

50

Figura 54: Implantação, primeiro semestre - Fonte: Acervo próprio

48


Figura 55 e 54: Volumetria, primeiro semestre - Fonte: Acervo prรณprio

49


O terreno possui cerca de 12 metros de desnível, para receber a edificação a manipulação das curvas de níveis se fez necessário. A entrada principal do equipamento se localiza na cota 635, onde se encontra os blocos de uso comum e de serviços gerias, ao subirmos 4 metros (639) situasse a estrada secundária tendo acesso para o bloco administrativo, que se dá por meio de rampa com 5% de inclinação e de escada, por sim no nível mais baixo (631) temos entrada

terciaria que liga ao bloco de reabilitação, o mesmo se dá por acesso por rampa e escada.

640

639

638 637 636 635 634 633 632 631 630 629 628 627

0 10

25

50

Figura 55: Topografia Natural - Fonte: Acervo próprio - Fonte: acervo próprio

50


Figura 56: Topografia modificada- Fonte: Acervo prรณprio - Fonte: acervo prรณprio

640 639

638 637 636 635

634 633

632 631 630 629 628

627 0 10

25

50

51


A

C

B

7

D

D

7

A

C

B

0

10

25

50

Figura 57: Implantação final52 Fonte: Acervo próprio


Diante de todo o processo de estudos, ficou definido a seguinte implantação final para a propostas do centro de reabilitação física traumato-ortopédico e neurológico. Aroeira – 5 a 10m Ipê mirim roxo Tabebuia impetiginosa – 6 a 9m

Arvores Frutíferas

1- Ponto de ônibus proposto 2-

Praça de Acesso e convivo

3- Quadra Poliesportiva 4- Academia ao ar livre 5- Estacionamento 6- Reservatório d’agua

Piso intertravado drenante

7- Acessos de veículos (prioridades para

pedestres) Rampa de Acesso 8,66% Rampa de Acesso 8,66%

Uso comum

reabilitação

Serviços gerais

Administrativo

Espelho d’agua Palmeira

Grama Santo Agostinho Stenotaphrum secundatum

Sentido da queda

Área do terreno após intervenções = 27.095,00 m²

Córrego da Lagoa Seca

Figura 58- Setorização- Fonte: Acervo próprio - Fonte: acervo próprio

53


54 Figura 59- Planta baixa; Pavimento Térreo - Fonte: Acervo próprio


Pavimento térreo – 1811,00 m²

1-recepção 2-sanitários 3-auditório 4-caféteria 5-átrio 6-enfermária 7-psicologia 8-serviço social 9-circulção técnica 10-espera/estar 11-vestiários/sanitários 12-almoxarifada 13-capa/estar 14-sala de segurança 15-t.i 16-depósito de resíduos hospitalar 17-servidor 18-depósito de roupas limpas 19-depósito de roupas sujas 20-dml 21-lavanderia 22- gerador/sala de maquinas

Pilar em concreto armado Vigas

Uso comum

Serviços gerais

Figura 60- Setores - Fonte: Acervo próprio - Fonte: acervo próprio

55


56 Figura 61- Planta baixa; Pavimento Superior - Fonte: Acervo prรณprio


Pavimento superior – 593,00,00 m²

1-recepção 2-sanitários 3-biblioteca 4-diretoria 5-átrio 6-sala de reuniões 7-administração 8-arquivo 9-almoxarifado 10-circulção técnica 11-recursos humanos 12-pesquisa e desenvolvimento

Pilar em concreto armado Vigas

Figura 62- Estrutura: Pilar es e vigas Fonte: Acervo próprio

Administrativo

Figura 63- Setores - Fonte: Acervo próprio

57


Figura 64- Planta baixa; Pavimento inferior - Fonte: Acervo prรณprio - Fonte: acervo prรณprio

58


Pavimento inferior– 2.624,00 m²

1-recepção 2-sanitários 3-fisioterapia infantil neurológica 4-fisioterapia infantil traumato ortopédica 5-átrio 6-oficina de órtese e prótese e moldes 7-tapeçaria 8-almoxarifado 9-circulação técnica 10-espera/estar 11-vestiários/sanitários 12-depósito 13-box individual de terapia 14-cinésioterapia 15-fisioterapia adulta traumato ortopédica

16-academia 17-fisioterapia adulta neurológica 18-elétrofototermoterapia 19-terapia ocupacional 20- piscina terapêutica

Figura 65- Setores - Fonte: Acervo próprio

- Fonte: acervo próprio

Reabilitação

Pilar em concreto armado Vigas

59próprio Figura 66- Estrutura: Pilar es e vigas - Fonte: Acervo


Caixa dágua em concreto armado

Elemento vazado metálico

D1

Estrutura de concreto armado Laje protendida pré fabricada

Spider Glass

Laje piso pré fabricada

Figura 67- Corte AA - Fonte: Acervo próprio - Fonte: acervo próprio

D2

Figura 68: Corte BB- Fonte: Acervo próprio Elemento vazado metálico

Arrimo de contenção

- Fonte: acervo próprio

60


D3

Estrutura de concreto armado

Vidro termo acústico com esquadria de alumínio

Figura 69- Corte CC - Fonte: Acervo próprio

- Fonte: acervo próprio

D5

D4

Átrio central coberto por spider glass

Pilar de concreto armado

Figura 70- Corte DD - Fonte: Acervo próprio - Fonte: acervo próprio

61


Figura 71- Detalhes construtivos - Fonte: Acervo prรณprio

62


Figura 72: Detalhes construtivos; Rampa interna - Fonte: Acervo prรณprio

Figura 73 e 74: Rampa interna - Fonte: Acervo63 prรณprio


Laje piso pré-fabricada

Parede estrutural de concreto armado

Pilar de concreto armado

Viga de concreto armado

Pilar de concreto armado Laje pré fabricada protendida

Serviços gerais

Administrativo

64 Figura 73: Proposta estrutural; Administração e Serviços gerais - Fonte: acervo próprio


Os mesmos sistemas estruturais se dispõem por toda a edificação, sendo utilizado pilares, vigas e paredes estruturais de concreto armado, na cobertura utilizou-se a laje protendida pré-fabricada. Para divisórias internas, a proposta foi pensada para que se possa ter mobilidade no espaço dos setores, deste modo foi utilizada paredes de

Drywall com isolamento térmico acústico. Janelas de correr com esquadrias de alumínio foram utilizadas de forma estratégica, situadas nas fachadas aonde é predominante o vento Sul, foi utilizado o sistema de Spider glass para trazer leveza e sutileza a edificação.

Figura 74: Detalhe de drywall - Fonte: Speed Dry

Figura 75: Spider glass - Fonte: Pinterest/Glassonweb

Figura 76: detalhamento - Fonte: Clique arquitetura

65


CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA TRAUMATO-ORTOPÉDICA E NEUROLÓGICA 66


Figura 77: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica - Fonte: Acervo próprio

66


Figura 78: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica - área de espera e convivio- Fonte: Acervo próprio

67


Figura 78: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica – Acesso ao administrativo- Fonte: Acervo próprio

68


Figura 79: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica – Acesso ao uso comum, área de estar- Fonte: Acervo próprio

69


Figura 80: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica – Auditório- Fonte: Acervo próprio

70


Figura 81: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica : Acervo próprio

71


Figura 82: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Reabilitação, Hidroterapia Ortopédica e Neurológica: Acervo próprio

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Figura 83: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica, elemento metálico vazado: Acervo próprio

73


Figura 84: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Reabilitação, Hidroterapia Ortopédica e Neurológica; Rampa interna - Acervo próprio

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Figura 85: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica; Rampa externa de acesso a reabilitação: Acervo próprio

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ÁREA TOTAL 3.389,70 m² Figura 86: Centro de Reabilitação Física – Traumato – Ortopédica e Neurológica: Acervo próprio

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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA 76


CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICÍNA DE BOTUCATU – UNESP – REDE LUCY MONTORO. No dia 07/11 tive a oportunidade de visitar o Centro de Reabilitação Física do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp, no

qual o seu núcleo corresponde a Rede Lucy Montoro. Criada pelo governo do Estado de São Paulo, a Rede Lucy Montoro tem como objetivo proporcionar o melhor e mais avançado tratamento de reabilitação para pacientes com deficiências físicas incapacitantes, motora e sensório-motoras. Referente a visita nesta mesma data, foi entrevistado para coleta de dados o Fisioterapeuta Rafael Dalle Molle da Costa, com objetivo de orientação e abrangência de conhecimentos específicos para formular informações necessárias ao trabalho de graduação interdisciplinar. Com base nas informações adquiridas, o Centro de Reabilitação da Faculdade de Medicina de Bauru atua no atendimento a pacientes com algum tipo de

deficiência na seção técnica de reabilitação. O prédio abrange uma área de 600 M², com 17 salas para atendimentos ambulatoriais. Em relação aos atendimentos, a reabilitação em adultos, atende pacientes com deficiências neurológicas, ortopédicos, pneumologias, ginecológicas, e amputações no laboratório de OPME (Órtese e Prótese e meios auxiliares). Já na Reabilitação infanto-juvenil, atendem casos neurológicos, atrasos de desenvolvimento motor e diversos tipos de síndromes. São atendidas por dia cerca de 130 pessoas e aproximadamente 6000 pessoas por mês. Os profissionais que atuam no espaço abrangem, fisioterapeutas, terapeutas-ocupacionais, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar de limpeza, assistentes administrativos, entre outros,

totalizando em média 20 profissionais, que realizam turnos durante a manhã e tarde, com horários das 7h da manhã as 19h. Quanto as qualidades do espaço, o local é de fácil acesso, e atende às necessidades físicas como banheiros adaptados, ausência de degraus, o que facilita a mobilidade dos pacientes, com a edificação em nível e com organização espacial sistêmica. Entretanto, há muitos aspectos que necessitam de melhoria como, iluminação, aumento da área total e criação de salas de pesquisa e melhor projeto arquitetônico. Com a análise do edifício quanto aos cômodos, contém 1 recepção, 17 salas de atendimentos ambulatoriais, 1 sala de reunião/aula, 1 copa, 1 expurgo, 2 banheiros adaptados na recepção e 3 internos, sendo 2 para

77


funcionários e 1 adaptado para pacientes (todos os sanitários atendem 1 pessoas por vez.) Além destes, possui 1 sala de administração, 1 sala de chefia, 1 minibiblioteca, 1 sala de arquivos e 1 almoxarifado. A área da recepção necessita de melhorias por falta de infraestrutura, como espaços mais amplos, maior comodidade e conforto aos pacientes, e,

principalmente, um local adequado para as crianças, já que é uma real necessidade. Além disto, a área de convívio também precisa de grandes reparos, pois se encontra em más condições decorrentes do tempo. A circulação, caracteriza-se de forma continua, com corredores amplos, visando melhorar e facilitar o fluxo de pessoas e proporcionar maior mobilidade aos portadores de deficiências. Avaliando os aspectos de ventilação, é observável amplas janelas que melhoram as condições térmicas do ambiente e iluminação natural nas áreas de atendimentos, entretanto nos corredores de acessos necessita-se de melhor planejamento de ventilação e iluminação natural. E por fim, o sistema construtivo da edificação é constituída por estruturas metálicas aparentes e vedação em bloco de concreto. A cobertura também de estrutura metálica e telhas de polipropileno que contribui em uma sensação térmico-acústica agradável. Porém há muitas inviabilidades relacionadas ao isolamento acústico, que por sua vez, interfere na tranquilidade do ambiente (os ruídos externos são transmitidos facilmente para o meio interno).

Portanto, pude concluir com base na vista, que há muitos aspectos positivos que contribuíram no desenvolvimento do trabalho de graduação interdisciplinar, enriquecendo os meus conhecimentos específicos relacionados a funcionalidades de um equipamento público destinado a saúde e reabilitação. Já quanto a identificação dos aspectos negativos que foram mencionados acima é de suma importância sua relevância para que se possa evitar possíveis erros e

proporcionar melhorias com bases nessas informações. Contudo, é real necessidades o planejamento de um centro de reabilitação mais harmônico, que propicie maior conforto, já que estes locais tendem a transmitir sensações de angústia, uma vez que estes indivíduos estão em condições de dor. Uma arquitetura agradável contribui significativamente no processo da reabilitação.

78


Figura 87: Visita técnica - Fonte: Acervo próprio

79


ENTREVISTA COM O PROFISSIONAL 78


IDENTIFICAÇÃO DO ENTREVISTADO ▪

Nome: Kelly Regina Serafim

Formação: Doutorado em Fisioterapia

Anos de atuação na área:

Experiências profissionais: Atuou como Fisioterapeuta durante três anos e atualmente é docente e supervisora de estágio na disciplina Fisioterapia Neuro funcional

Instituição de formação: Universidade Federal de São Carlos

Trabalho atual: Docente no Centro Universitário Paulista

VIDA PROFISSIONAL Guilherme Ruiz: Quais as atividades profissionais ou funções que exerce?

Kelly Regina Serafim: Hoje atuo como professora da faculdade UNICEP, tenho como cargo supervisora de estágio de neuropediatra! Guilherme Ruiz: Qual sua especialidade? Kelly Regina Serafim: Fisioterapia Neuro funcional Guilherme Ruiz: Qual foi seu maior desafio no ramo da fisioterapia? Kelly Regina Serafim: Encontrar um emprego condizente com a minha formação, mas de certa forma é lidar com as pessoas, pessoas que digo são os pacientes, acho que é o mais difícil de lidar é com o sofrimento das pessoas sabe, as dificuldades que elas enfrentam no dia a dia. Guilherme Ruiz: Como a relação de profissional e familiar contribui no processo de reabilitação do paciente? Kelly Regina Serafim: A relação profissional e familiar é de suma importância, uma vez que o sucesso do processo de reabilitação depende da participação

efetiva do familiar.

79


TEMA Guilherme Ruiz: Qual abordagem, opinião sobre o tema proposto? Kelly Regina Serafim: Boa, na região sinto muita falta de um centro de reabilitação, onde os pacientes não fiquem somente trancados dentro de salas

apertadas cheia de aparelhos, ao meu ver os pacientes devem ter contado direto com o exterior da edificação, andar pelas ruas, por trajetos onde estejam e contato com a natureza. Guilherme Ruiz: Segundo sua perspectiva, qual centro de reabilitação indicaria para a leitura de projeto? Kelly Regina Serafim: Não sei opinar, mas posso te indicar a uma visita na clínica que temos aqui mesmo na faculdade, com alunos totalmente preparados e qualificados e também na UFSCar. Guilherme Ruiz: Quais os órgãos ou organismos que se responsabilizam sobre o tema? Kelly Regina Serafim: sistema COFFITO/CREFITO Guilherme Ruiz: Pensando na localidade, qual o melhor local para instalação de um centro de reabilitação? Próxima da cidade ou mais distante?

Kelly Regina Serafim: Próximo à cidade, local de fácil acesso em primeiro lugar. Guilherme Ruiz: Qual destes possui maior incidência de caso? A traumato-ortopedia ou neurológico? Kelly Regina Serafim: Hoje em dia o neurológico.

PÚBLICO ALVO Guilherme Ruiz: Segundo sua experiência, quais são as deficiências físicas que possui maior demanda atualmente? Kelly Regina Serafim: Deficiências sensórios-motoras. Guilherme Ruiz: Qual a idade mais acometida e que necessita de fisioterapia? Por que fatores? Kelly Regina Serafim: Pessoas de 35- 70 anos

Guilherme Ruiz: Qual o maior desafio para um profissional da área ao tratar crianças? É necessário tratamento diferenciado?

80


Kelly Regina Serafim: O profissional precisa ter uma formação em neuropediatra para entender o desenvolvimento motor da criança. Faz se necessário um tratamento diferenciado além de um espaço diferenciado também, apara mantermos a criança totalmente focada nos tratamentos adequados. Guilherme Ruiz: Conforme a pergunta anterior, qual o maior desafio ao tratar idosos? É necessária uma metodologia diferenciada?

Kelly Regina Serafim: A população idosa faz parte de um grupo especial que necessitada de atendimento especializado e diferenciado. Além como na resposta anterior, o espaço deve ser todo projetado para atende – lós.

ESPAÇO Guilherme Ruiz: Quanto o espaço influência nas realizações das atividades? Kelly Regina Serafim: O espaço é fundamental para que as atividades propostas sejam realizadas de uma forma adequada. Guilherme Ruiz: Em relação à musicoterapia nos espaços de tratamentos, como contribui no processo de reabilitação? Kelly Regina Serafim: A musicoterapia contribui com fator facilitador e lúdico no processo de reabilitação, entretanto, ela deve ser criteriosamente escolhida para não atrapalhar o tratamento.

Guilherme Ruiz: Quais tipos de espaços foram bem-sucedidos? E os malsucedidos? Kelly Regina Serafim: Espaços pequenos, barulhentos, mal ventilados, desorganizados são malsucedidos; enquanto espaços ventilados, com ventilação e iluminação adequadas são bem-sucedidos.

Guilherme Ruiz: Como os espaços se diferenciam em relação aos públicos alvo? Kelly Regina Serafim: Os espaços devem estar de acordo com o público alvo atendido, por exemplo, o atendimento de crianças deve ser realizado num espaço que contenha vários elementos, como rolos, brinquedos coloridos, tapetes sensoriais, um espaço alegre e divertido.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 82


Como a fisioterapia para deficientes físicos gera independência.? Disponível em: <http://blog.unavirtual.com.br/como-a-fisioterapia-para-deficientes-fisicosgera-independencia/>. Acesso em: 20/08/2017. IBGE divulga dados sobre as pessoas com deficiência. Disponível em: <http://www.hnadaptacoes.com.br/index.php/noticias/138-ibge-divulga-dados-sobreas-pessoas-com-deficiencia-fisica>. Acesso em: 20/08/2017. 27,6% da população local tem algum tipo de deficiência. Disponível em: <http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/384558/276-da-populacao-local-temalgum-tipo-de-deficiencia>. Disponível em: 20/08/2017. IBGE: 6,2% da população têm algum tipo de deficiência. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao- temalgum-tipo-de-deficiencia>. Acesso em: 25/08/2017. Experiências da equipe de centro de reabilitação - o real do trabalho como questão ética. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v19n3/1414-8145ean-19-03-0446.pdf>. Acesso em: 25/08/2017. A influência da Avaliação Fisioterapêutica na Reabilitação Neurológica. Disponível <http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2013/influencia_avaliacao.pdf>. Acesso em: 25/08/2017.

em:

Centro de Reabilitação Física do IPA Metodista. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/78628/000900341.pdf?sequence=1>. Acesso em: 25/08/2017

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ENTREVISTADOS

Beto Pinotti, gerente administrativo da secretaria de Saúde de Brotas. Data da entrevista: 25/11/2017. Local: Secretaria de Saúde de Brotas

Rosangela Atanazio, chefe de encaminhamento de ambulâncias da secretaria de Saúde de Brotas. Data da entrevista: 25/11/2017. Local: Secretaria de Saúde de Brotas

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