Autores:
Guilherme Costa Leonardo Miranda Coelho Rafaela de Siqueira Alencar
Um olhar sobre a depressĂŁo
Quanto mais procuro respostas, menos opçþes me restam.
Eu sou o convidado da minha prรณpria mente. Entรฃo, por que ainda estou aqui?
Meu corpo ĂŠ o prisioneiro e minha mente ĂŠ o carrasco.
O mundo ĂŠ uma sala de fantasmas e eu sou apenas mais um insignificante.
me encontro dividido entre dor e รณdio.
o que você vê, nem sempre é o que precisa ser visto.
minha vOz nĂŁo estĂĄ sendo ouvida, meus gritos ecoam dentro de mim.
a SOLIDÃO me SUFOCA enquanto todos CONTINUAM RESPIRANDO.
Hรก um PERIGO AQUI Nร O CONSIGO EVITAR.
É CONFUSO SABER O QUE EU VEJO.
ESTOU PRONTO PARA SEGUIR, DE BRAÇOS ABERTOS, PARTIR.
ESTOU DISTANTE DEMAIS PARA SER ALCANÇADO.
Eu sou um erro. Peรงo pelO FIM mas continuo aQUI.
você é capaz de ver quem realmente sou, perdido nessa escuridão?
essa dor em minha cabeça não ameniza, os gritos não se calam, preciso que chegue ao fim.
hĂĄ um mundo atravĂŠs da tela do meu celular, um mundo de fantasias onde todos os dias finjo ser feliz.
estou aqui, mesmo não sendo vista, permaneço aqui sozinha.
estou presa nessa dor, fecho os olhos e imploro que isso acabe.
ainda há luz para me guiar na escuridão, mas até quando?
essa solidĂŁo aos poucos me consome.
tento ser forte e resistir, impedir que assuma o controle.
sou fraca demais, a solidĂŁo jĂĄ faz parte de mim.
me leve embora dessa escuridĂŁo que me assola.
tantos rostos e o que vocĂŞ vĂŞ?
A depressão é um transtorno comum em todo o mundo: estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ele. A condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma crítica condição de saúde. Ela pode causar à pessoa afetada um grande sofrimento e disfunção no trabalho, na escola ou no meio familiar. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano - sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.
Um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas. Um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais, mas sem grande prejuízo ao funcionamento global. Durante um episódio depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar com atividades sociais, de trabalho ou domésticas.
Transtorno depressivo recorrente: esse distúrbio envolve repetidos episódios depressivos. Durante esses episódios, a pessoa experimenta um humor deprimido, perda de interesse e prazer e energia reduzida, levando a uma diminuição das atividades em geral por pelo menos duas semanas. Muitas pessoas com depressão também sofrem com sintomas como ansiedade, distúrbios do sono e de apetite e podem ter sentimentos de culpa ou baixa autoestima, falta de concentração e até mesmo aqueles que são clinicamente inexplicáveis.
Transtorno afetivo bipolar: esse tipo de depressão consiste tipicamente na alternância entre episódios de mania e de depressão, separados por períodos de humor normal. Episódios de mania envolvem humor exaltado ou irritado, excesso de atividades, pressão de fala, autoestima inflada e uma menor necessidade de sono, bem como a aceleração do pensamento.
Existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos. Os provedores de saúde devem ter em mente a possibilidade de efeitos adversos associados aos antidepressivos, a possibilidade de oferecer um outro tipo de intervenção (por disponibilidade de conhecimentos técnicos ou do tratamento em questão) e preferências individuais. Entre os diferentes tratamentos psicológicos a serem considerados estão os individuais ou em grupo, realizados por profissionais ou terapeutas leigos supervisionados. fonte: Organização Pan-Americana da Saúde
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Setembro Amarelo é uma campanha de concientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro, desde 2015, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações
www.setembroamarelo.org.br
Guilherme Costa
Autor e Modelo
rafaela alencar Autora e Modelo
Leonardo miranda
Autor e fotográfo
Agradecimentos: Samuel Costa - Modelo Rodrigo Borges - Composição de Cenário João Gueler - Composição de Cenário gabriela oliveira - PESQUISA INICIAL Fabio Borgues - Professor de Fotografia