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VEÍCULO INFORMATIVO DO SEBRAE-RJ – ANO I – Nº1 – JUL/AGO 2009

P a i nel Mun dial

ONU reúne empresários

em prol da sustentabilidade Os empresários e demais líderes do setor privado foram convocados a desempenhar o papel de ‘‘parceiros do desenvolvimento’’ na qualidade de agentes econômicos de uma transformação no padrão de desenvolvimento, considerado insustentável, adotado em larga medida pela maior

parte das nações. Em pauta, além do consumo irresponsável dos recursos naturais disponíveis, o foco direciona-se às condições de prosperidade e de qualidade de vida satisfatórias para todas as sociedades.

Des t aque Ética empresarial no Rio de Janeiro

Panor am a Os maiores índices de exportação

Agenda Capacitação na área de gestão

Inpresários do setor privado no concresso da ONU


Editoria l O período após 1990 foi de intensa transfor mação no Sistema SEBRAE. Seus produtos e serviços foram modernizados, promoveu-se a introdução de novos conceitos e estratégias de gestão com fundamento na qualidade total. O grande marco, contudo, foi a presença do SEBRAE na mídia. A instituição tornou-se nacionalmente conhecida, o que resultou numa enorme demanda de produtos e serviços, prontamente atendida pelas unidades do Sistema. Levantamentos do IBGE mostram que cerca de 98% dos estabelecimentos produtivos são micro e pequenas empresas, que geram cerca de 20% do PIB e respondem por 60% da oferta de emprego. As estatísticas brasileiras, comparadas a de outros países mostram que o potencial de contribuição deste segmento empresarial para o desenvolvimento de nosso país ainda está longe de ser atingido.

Tal constatação coloca o SEBRAE diante de um imenso desafio, qual seja o de adotar novos e criativos meios de intervenção, que possam alavancar o conjunto de pequenos negócios em direção à concretização ampla desse potencial de contribuição à nação e ao bem-estar da população. Em razão disso, o SEBRAE encontra-se no bojo de um movimento de direcionamento estratégico que se constitui em uma verdadeira reinvenção, com a definição clara de seu propósito de alcançar o universo das micro e pequenas empresas e com a transformação radical de suas estratégias de ação. “O SEBRAE que emerge a seguir quer ser um instrumento efetivamente transformador da realidade brasileira, ajudando a instalar um ambiente favorável ao florescimento sustentável dos pequenos negócios, com o que terá contribuído para um Brasil mais justo”. (SEBRAE: Direcionamento Estratégico 1999 - 2009).

EMPRESA RJ - Veículo apresentado na forma de layout desenvolvido como avaliação da disciplina Projeto Gráfico de Periódicos, do Módulo Design Editorial do Curso Técnico em Design Gráfico do SENAI CFP – Artes Gráficas. www.empresarj.com.br Projeto Gráfico: Conselho Editorial: Rafael Astral, Rodrigo Gurski, William Braz Assessoria Jurídica: Bruno Baldissara, Daniel Sant’Anna, Nathália Bellingrodt, Philipe Sieira Redação: Alexandre Farah, Daniel Ano Bom, Gabriel Madeira, Sonia Travassos, Wander Silva Revisão: Dairan Caetano, Eduard Schmidt, Gabriel Pereira, Humberto Ricardo Fotografia: Alex Marcelo, Carol Silveira, Eci Simões, Fernando Pamplona, Maria Fernanda Oliveira, Tayaná Hygino, Viviane Rocha Editoria de Arte: Ana Morais, Felipe Ribeiro, Gustavo Garcez, Jefferson Sanchez, Jovan Ferreira, Leonardo Nogueira, Oliver Pereira, Priscilla Coelho Orientação: Profª Cristina Mara Monteiro

De s ta que

Seminário discute ética empresarial no Rio de Janeiro Sonia Travassos Ética no mundo corporativo em momentos de crise e formas de se incrementar valores sociais no ambiente de negócios foram alguns temas do seminário Ética Empresarial: dos Desafios da Competitividade à Prática da Responsabilidade Social Corporativa. O evento que reuniu empresários e acadêmicos no Teatro do Sesi, no centro da cidade, foi promovido pelo Consulado dos Estados Unidos, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Câmara de Comércio Americana e a Universidade PUC-Rio e contou com palestras e mesas-redondas sobre ética nas áreas de planejamento e recursos humanos, responsabilidade social e gerenciamento de riscos e as relações público-privadas. Para a assessora de Responsabilidade Social da Firjan, Cláudia Jeunon, o seminário é emblemático nesse momento de crise,

mas aborda assuntos que devem ser trabalhados no cotidiano de uma empresa. “A atual crise ocorreu, também, pela falta de valores éticos na administração financeira e empresarial e pelo relaxamento, no caso americano, do controle do Estado sobre a regulação desse mercado. Refletir sobre a questão ética é fundamental para que a gente não volte a cometer os mesmos erros nos momentos de bonança”. A palestrante norte-americana Laura Nash, sócia-fundadora do Piper Cove Fund Asset Management, salienta que a ética torna-se um valor ainda mais competitivo para uma empresa, pois à ela estão agregados outros, como confiança, responsabilidade. Segundo ela, o momento atual serve de reflexão para a sociedade como um todo e exige uma reformulação da ideologia financeira. “A ganância e a sensação de infalibilidade fizeram com que 100%

da população quisesse virar banqueira. Acho que o agora é a oportunidade de empresários redescobrirem a alegria de investir em produtos de real valor em vez de apenas especular.” O professor de Filosofia da PUC-Rio, Danilo Marcondes, ressaltou que a ética não é um ponto de partida, mas sim de chegada. “Não somos éticos por natureza, no entanto é fundamental que reconheçamos a importância de sermos éticos e almejar esse objetivo para vivermos harmoniosamente em sociedade”.


P ai n el M undia l

Uma revolução nada silenciosa Wander Silva

Em todo o ciclo de conferências da ONU – Organização das O movimento exógeno, não menos importante, expressou-se Nações Unidas, da qual o Brasil é membro – realizadas em série principalmente na metodologia consagrada pela ONU de concernos anos 90, os empresários e demais líderes do setor privado tação entre os vários agentes do desenvolvimento, para os chamados foram chamados a desempenhar o papel de ‘‘parceiros do desen- pactos de sustentabilidade. O cerne dessa metodologia é o processo volvimento’’ na qualidade de agentes econômicos da mudança. Que de consulta aos stake-holders. mudança? Evidentemente mudança no padrão de desenvolvimento Consultar os stakeholders, em última análise, significa conadotado em larga medida pela maior parte das nações, que foi se frontar pontos de vista em torno de um mesmo tema, escutando mostrando insustentável. Não só porque vinha consumindo de ma- os argumentos e sugestões dos vários grupos de interesse que são neira irresponsável os recursos naturais disponíveis, como pelo afetados em um processo de decisão ou implementação de deterfato de não conseguir ‘‘cumprir’’ suas promessas de trazer a minada política pública ou privada. O objetivo da consulta é obte prosperidade e qualidade de vida satisfatórias para todas as socie- r consenso em torno de uma pauta comum de ações. A meta a dades. ser alcançada a partir dessas consultas é fazer avançar processos de Esse esforço por parte das Nações Unidas e dos painéis in- negociação que resultem em uma agenda viável de desenvolvimento tergovernamentais que se multiplicaram desde então levou a dois sustentável. movimentos, que vêm causando um grande impacto no universo das Essas consultas, nesse modelo, e que se universalizaram na úlempresas e das corporações. Num mundo globalizado e conectado tima década, têm colocado os empresários e o mundo das corporaem tempo real essas empresas e corporações adquiriram ções em palcos, arenas e situações em extraordinário poder, funcionando quase como um ‘‘se“O objetivo máximo tem que o pensamento empresarial engundo estado’’: um endógeno e outro exógeno, e complecontra eco e influência para além dos sido o de fazer com que os muros das fábricas, e para além do mentares em termos dos resultados que apresentam. Enquanto um movimento endógeno (no nível nacio- agentes econômicos cooperem marketing de ‘‘imagem’’ tradicional. nal, interno dos países) podemos contabilizar inúmeras para um desenvolvimento Esses e outros inputs, que não cabe mobilizações das elites empresariais em todo o mundo, ‘‘diferente’’, orientado por aqui detalhar, estão produzindo uma tanto para se adaptar ao novo contexto (a globalização, valores universais.” verdadeira revolução que se convencom suas implicações), como para responder às demandcionou chamar de responsabilidade as éticas vocalizadas pela ONU e pela sociedade, através social das empresas. dos processos participativos de consulta aos vários segmentos que Nessa interface mais pública – que procura ampliar a esfera de se universalizaram como metodologia para se criar consenso em te- atuação da sociedade sobre as empresas, ajudando-as a desenhar mas que são estratégicos para o desenvolvimento. estratégias e respostas mais afinadas com as crescentes expectativas O objetivo máximo tem sido o de fazer com que os agentes da sociedade e dos governos – surgiram, como já mencionamos, econômicos cooperem para um desenvolvimento ‘‘diferente’’, ori- outra geração de organizações, produtoras e difusoras de um novo entado por valores universais. A ética dessa cooperação é a soli- conhecimento, e de uma nova pedagogia, pois lida com o público dariedade e respeito à diferença. Os valores superiores são a busca e o privado, com problemas sistêmicos e com sistemas culturais da justiça e o exercício da tolerância, de modo que os resultados altamente complexos. econômicos se expressem também como resultados sociais e polítiO objetivo não é estigmatizar produtos, condenar empresas ou cos. culpabilizar consumidores, mas provocar mudanças de comportaUma nova cultura empresarial, precisando ainda fortalecer suas mento. Promover uma “pressão cidadã”, que cause a partir da valobases, começou a se apresentar. rização pelo consumidor da responsabilidade social empresarial, o Várias instituições surgiram no período, exercendo o papel de efeito de fazer com que as empresas mudem comportamentos, prodifusores de idéias e criando ferramentas para que esse aggiorna- duzindo seus bens e se relacionando com as partes interessadas em mento ético das empresas pudesse ocorrer. Muitas dessas organiza- processos que, cada vez mais, levem em consideração as demandas ções cuidam dos interesses corporativos e atuam para dentro do da sociedade e do meio ambiente. mundo das empresas. Um indicador desse tipo de institucionalização do movimento endógeno seriam os ‘‘departamentos de meio ambiente’’ ou comissões criados no âmbito das associações empresariais clássicas. Poderíamos dizer que esse movimento inicial, que já dura quase 20 anos, criou institucionalidades de primeira geração (anos 80’ e 90’). Uma segunda onda de institucionalidade surgiu em meados dos anos 90’ e continua a ensejar frutos. Essa segunda geração deu e continua dando origem a vários institutos, fundações e organizações – do terceiro setor – mantidos ou nascidos de associações de empresários, ou mesmo de indivíduos que se tornaram líderes em seu setor e que procuram Sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York. fomentar as mudanças ‘‘de fora para dentro’’.


Pan ora m a Agenda

Rio tem maior exportação do ano no mês de maio Alexandre Farah As exportações do Rio de Janeiro registraram no mês de maio o maior valor mensal do ano, de US$ 959,5 milhões. As importações ficaram em US$ 863,9 milhões, fazendo com que o saldo comercial do estado voltasse a ficar positivo, com US$ 95,6 milhões. As exportações de produtos básicos tiveram em maio o maior valor do ano (US$ 603,9 milhões), já que o petróleo respondeu por 62,8% do total de vendas. No acumulado do ano, a indústria

Um caso que deu certo

metalúrgica sobressaiu como a única entre os principais setores no Rio a aumentar suas vendas externas no período (29,7%). No acumulado de 12WW meses, a participação de produtos semimanufaturados nas exportações fluminenses registrou o menor patamar histórico, com 0,8% até maio – recuo de 52,8%. Os Estados Unidos mantiveram a primazia como destino das exportações fluminenses, tanto no mês de maio quanto no ano. Por sua vez, o Reino Unido foi o único a apresentar taxas positivas de crescimento mensal, interanual e no acumulado em 12 meses. Nas importações, a Arábia Saudita forneceu US$ 230,5 milhões em petróleo, assumindo assim a posição de principal parceiro no mês.

Car a v a n a

Tecnológica 2009

Gabriel Madeira

Daniel Ano Bom A empresa de alimentos Piccoli e Miranda elaborou um projeto para tratamento de efluentes gerados na produção da batata-frita. A idéia era além de gerar o menor número possível de efluentes, tratá-lo e utilizá-lo na lavagem do chão da fábrica e de algumas máquinas. Esse projeto que visa não só a diminuição de gastos com água, além de limpeza, atinge em alto grau o cuidado com o meio ambiente. Por esses motivos, a empresa, sediada em São Gonçalo, conseguiu junto ao governo recursos para efetivação do projeto.

O auditório da FIRJAN no Leste Fluminense ficou lotado no dia 02 de julho. O motivo foi a Caravana Tecnológica 2009, um projeto que visa fomentar a inovação das empresas do estado do Rio de Janeiro. O interesse pelo assunto atingiu os empresários da região, que compreendem 16 municípios. No total, 60 empresas e 84 pessoas marcaram presença no evento. O presidente da Representação Regional, Dr. Luiz Césio Caetano Alves, deu início ao evento e comentou sobre a importância dessa iniciativa para os empresários da região. “A inovação é a vida da empresa e é dividida em três segmentos: do produto, do processo e da gestão. A verdade é que todo e qualquer empresário faz inovação no seu dia-a-dia, até mesmo na melhoria de um processo ou da gestão de sua empresa”.

Programa Eletricidade Eficiente Gabriel Madeira

Promovido pelo SESI/SENAI. O programa consiste numa consultoria técnica auto-sustentável preparada

para identificar, diagnosticar e planejar intervenções para o aumento da eficiência energética da empresa, reduzindo de 25% a 40% o valor da conta de energia

Capacitação Empresarial IEL-RJ oferece capacitação empresarial de excelência nas áreas de gestão e inovação, além de soluções customizadas para atender às necessidades de capacitação dos executivos sua empresa. Os cursos são constituídos por programas de treinamento, palestras e seminários moldados pelo IEL-RJ e seus parceiros dentro dos mais modernos conceitos e práticas de gestão empresarial, permitindo sua aplicação à realidade e às necessidades específicas de cada negócio. As opções regulares de Cursos de Capacitação Empresarial são: Cursos IEL – COPPE - Gestão de Negócios e Decisões em Tempo de Transformações - Instrumentos de Gestão Eficiente Cursos IEL Linha de Financiamento –“Inovação – Linhas de Financiamento Não Reembolsáveis” Cursos IEL – Inovando na Gestão - Gerência de Marketing - Gestão Financeira de Empresas - Gestão de Pessoas - Gestão de Operações Módulo de Tecnologias de Gestão do Fluxo da Produção Módulo Tecnologias para Gestão da Produção sob Encomenda Módulo de Gestão da Capacidade de Produção pela Teoria das Restrições Módulo de Gestão de Materiais Contato: IEL-RJ Tel: (21) 2563-4187 / 4337 E-mail: iel@firjan.org.br


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