Diagramação - Capa Panorama - X-Men:Apocalypse

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Porto Alegre, quinta-feira, 19 de maio de 2016 - Nº 160 - Ano 33 FOX FILMS/DIVULGAÇÃO/JC

CINEMA

Universo

mutante James McAvoy interpreta Charles Xavier em novo X-Men, com estreia hoje

Após o lançamento de X-Men: o confronto final (2006), no encerramento de uma trilogia que começou em 2000, público e crítica classificaram o filme como o ponto baixo das então três obras audiovisuais sobre os mutantes criados pela Marvel Comics. Uma década mais tarde, X-Men: Apocalipse encerra uma nova tríade sobre os personagens – mais jovens, agora nos anos 1980 – e inclui até uma piadinha: “Nós podemos concordar que o terceiro filme é sempre o pior”. Bryan Singer, diretor de quatro dos seis títulos em questão, é novamente o cineasta por trás da narrativa. Dessa vez, o Professor Xavier (James McAvoy) está com sua escola para superdotados a pleno vapor: deseja educar alunos, não criar soldados. Entretanto, o megapoderoso Apocalipse (Oscar Isaac, do novo Star Wars) acorda de um sono de milhares de anos. E sua visão de mundo é bem diferente da realidade atual, onde os mutantes enfim estão sendo aceitos pelos homens. Além de habitués como Magneto (o sempre competente Michael Fassbender) e Mística (Jennifer Lawrence), o enredo reapresenta, em versões adolescentes, Ciclope (Tye Sheridan) e Jean Grey (Sophie Turner), entre outros. E se o desenvolvimento do vilão e de seus asseclas não corresponde à naturalidade com que acontecem as coisas na escola de Xavier, o filme funciona tanto como encerramento de uma franquia quanto prévia para uma próxima saga. Para o sexto volume - excluindo-se os dedicados a Wolverine - baseado no mesmo grupo de heróis, esse resultado não parece nada mau. Afinal, mesmo que não tenha o ar majestoso que Singer deseja – com trilha sonora exagerada e efeitos especiais diversos -, X-Men: Apocalipse consegue deixar a dúvida: é mesmo o pior filme da mais recente trilogia?

Revelação de poderes e conflitos

Ricardo Gruner

Leia a seguir a entrevista com o ator Oscar Isaac, que interpreta o vilão Apocalipse no sexto título da franquia X-Men: Quais eram suas relações com os X-Men? Oscar Isaac - Sempre fui um grande fã dos quadrinhos dos X-Men! Em especial, eu colecionava a (revista) Fator X, da qual realmente gostava e de onde surge a primeira aparição de Apocalipse. É realmente por causa disso, pelo tanto que eu amava o personagem, que quando eu descobri que estavam fazendo um filme dos X-Men com ele como vilão, fui atrás. Eu estava muito curioso sobre o que eles iriam fazer com o tema. Como Bryan Singer demonstrou os ângulos sobre ele? Isaac - Basicamente, a ideia é: “imagine que Deus ficou sepul-

tado pelos últimos 3 mil anos e acorde amanhã, dê uma olhada ao redor e se dê conta que “não, arruinamos tudo, não era assim que deveria ser” e decida mudar as coisas”. É isso aí: o que aconteceria se Deus acordasse e ficasse bravo! Os filmes de X-Men sempre têm grandes temas, e parece que este também traz isso. Isaac - É. O que está acontecendo é uma depuração, isso é parte de um tema maior. E dessa ideia de um deus vingativo e o que isso significa. Mas “apocalipse” como palavra não significa necessariamente “destruição”. Significa “revelação”, e ele está revelando o verdadeiro potencial de seus poderes, das pessoas que optaram por segui-lo. É parcialmente o motivo de eles o seguirem: veem que esse ser realmente permite que seu “eu” mais poderoso emerja. FOX FILM/DIVULGAÇÃO/JC

Como o elenco o recebeu? Isaac - Além de interpretar Apocalipse, poder trabalhar com Michael Fassbender, James McAvoy, Nick Hoult e Jen Lawrence, em particular, foi muito divertido. Eles são tão engraçados, descontraídos e têm dois desses filmes no seu currículo, o que foi muito útil, dando um sentido de como trabalham. Inicialmente, a maioria das minhas cenas era com Fassbender e isso resultou em uma amizade instantânea e tão maravilhosa quanto eu esperava que fosse. Assim, esse foi o destaque para mim, poder encontrar essas pessoas e trabalhar com elas. X-Men - Dias de um futuro esquecido (2014) foi bastante grande em termos de escopo e escala. O que podemos esperar de Apocalipse? Isaac - A ideia de família continua a ser algo muito importante. É uma escala imensa. Essa é a maior de todas ainda. E conflitos reais para eles, para alguns pela primeira vez. Eles estão lutando entre si, não só pela sobrevivência do mundo, mas pelo que os X-Men são.

Papel de Oscar Isaac, Apocalipse dá nome à sequência da franquia


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