Gastronomia
& Vinhos
Jornal do ComĂŠrcio | Porto Alegre
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sexta-feira e fim de semana, 19, 20 e 21 de maio de 2017
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DIA DO VINHO
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Oportunidade para desafiar os sentidos O vinho é a personagem principal. Mas o ilme é uma intensa viagem de sentidos, no qual a diversidade de paladares, odores, visões e sensações promete uma experiência única. Esse é o enredo que envolve as comemorações do Dia do Vinho deste ano. Serão duas semanas de intensos roteiros enogastronômicos. A extensa programação - são mais de 200 atrações - foi pensada para agradar amantes antigos e novos apaixonados pela bebida-símbolo da Serra Gaúcha. São 54 vinícolas envolvidas em 76 atividades (o mesmo estabelecimento oferece, por vezes, mais de uma atração). As comemorações, neste ano, reúnem atividades em 18 municípios do Sul, e duas regiões de produção vitivinícola do Sudeste e Nordeste do Brasil, mostrando que a produção da bebida extrapolou fronteiras e consolidou-se em importantes polos, para além das já tradicionais cidades da Serra participantes nas edições anteriores. Entre as atividades conirmadas estão 29 degustações de vinhos e sucos, incluindo cursos. São mais de 60 restaurantes participantes e 30 meios de
hospedagem, para todos os gostos e bolsos. De maneira inédita, o lançamento oicial da programação do Dia do Vinho 2017 ocorreu na Campanha Gaúcha. Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, foi a anitriã das comitivas que apresentaram ao mercado, à imprensa e ao público os pontos altos da festa. As novidades deste ano são o crescimento geográico do alcance dos festejos. Da região do Vale Central, conhecida como coração do Rio Grande do Sul, foram incluídos, a partir desta edição, os municípios de Santa Maria, São João do Polêsine, Itaara e Silveira Martins. No Vale do Rio São Francisco, na divisa entre os estados da Bahia e Pernambuco, também surgem boas opções de vinho, comida e diversão. Ainda há vinícolas associadas na região da Campanha gaúcha, na Capital e o Roteiro de São Roque, no interior paulista, que ampliam as possibilidades oferecidas ao público. As três cadeias econômicas envolvidas – vitivinícola, gastronômica e hoteleira – oferecerão, de forma simultânea, atrações e produtos com preços diferenciados e pelo menos 30 vinícolas trabalharão com descontos de 10% a 30%.
Leidens enfatiza importância do evento para a região, por divulgar o vinho e movimentar setores "A programação apresenta ao público, nestas duas semanas, as melhores atrações enoturísticas de empreendimentos de gastronomia, hospedagem, turismo e vinícolas", lembra o presidente do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (SEGH), João Leidens. Segundo ele, o Dia do Vinho é um dos mais importantes eventos da região, que ajuda na divulgação de um produto único - o vinho - e movimenta toda uma categoria. "É um momento especial para os amantes de vinhos e para aqueles que querem iniciar a formar a sua adega, já que cantinas, vinícolas, lojas e restaurantes oferecem descontos atrativos", comemora. O vinho, claro, estará em todos os lugares dos roteiros: praças, shoppings,
Mercado aquecido O Dia do Vinho é realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado e pelo Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (SEGH). A ambição do setor de vitivinicultura, gastronomia e turismo é transformar a data, criada por lei estadual em 2003 e comemorada no primeiro domingo de junho, em festividade nacional. Nesse sentido, três iniciativas tramitam no Congresso Nacional para instituir o primeiro domingo de junho como Dia do Vinho. As vendas de produtos vitivinícolas, em 2016, tiveram uma retração, em função, principalmente, da redução da oferta de produtos, que acabaram tendo seus custos aumentados em função da baixa produtividade e do aumento de impostos. O início de 2017 também apresentou queda nas vendas, de 20%, em média. Esse recuo pode ser explicado, em parte, ainda pela falta de oferta de produtos, pois os sucos e vinhos elaborados neste ano começam a chegar agora ao mercado. "Também não podemos deixar de
vinícolas, adegas museus e restaurantes. Além dos preços convidativos, alguns dos restaurantes e hotéis parceiros prepararam brindes como taças de vinhos e sucos. “Se olharmos a distância entre o ponto onde foi lançado, em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, e o mais novo território participante da programação, o Vale do São Francisco, na fronteira entre Bahia e Pernambuco, o Dia do Vinho tem agora, além de duas semanas, mais de 3,8 mil quilômetros para ser aproveitado”, lembra Leidens. O Dia do Vinho se estende de 19 de maio a 4 de junho, com o mote Duas Semanas Para Celebrar Grandes Momentos. A programação completa pode ser acessada no site diadovinho.com.br e nas redes sociais. ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
considerar as condições de mercado, impactado pela alta taxa de desemprego e dois anos de recessão econômica, que provocam, no consumo, dois movimentos: a substituição de produtos pelos de menor preço ou a eliminação destes produtos que, diferente de outros países, não são considerados de primeira necessidade”, pondera o presidente do Ibravin, Dirceu Scottá. Mas, mesmo com números inais ainda não concluídos, a colheita de uvas para produção de sucos, vinhos e espumantes voltou ao padrão normal, devendo chegar próximo das 700 mil toneladas. No ano passado, houve quebra de 57%, quando foram colhidas 300 mil toneladas de uvas. “Esta safra, além alcançar uma boa quantidade, também caracterizou-se, com pequenas exceções, por uvas de qualidade. Consequentemente, vamos ter a elaboração de bons sucos e vinhos”, explica Scottá. O principal entrave à comercialização, segundo o dirigente, é a tributação sobre o setor, pela qual as vinícolas têm de recolher antecipadamente o ICMS de toda a cadeia, estabelecendo um
Scottá reforça ainda que a data amplia a cultura do vinho, com degustações e eventos de harmonização sobrepreço aos produtos antes mesmo de chegarem ao consumidor inal. Além do impacto nos custos, há burocracia, já que cada estado trabalha com diferentes alíquotas. E é exatamente nesse cenário complexo que se inserem as comemorações do Dia do Vinho. “A promoção tem por objetivo ativar, em conjunto, a cadeia
vitivinícola, os setores de gastronomia e hotelaria. No anos anteriores, já provou-se que esta atividade proporciona aumento das taxas de ocupação hoteleira. Busca-se também ampliar a cultura do vinho, através de degustações, eventos de harmonização entre vinhos e comidas, enim, atividades que buscam aproximar consumidores com produtores”, diz Scottá.
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DIA DO VINHO
Programas para beber vinho e cultura DALL'ONDER VIAGENS E TURISMO/DIVULGAÇÃO/JC
ECOMUSEU
NOVOS PARCEIROS
A diversidade da programação é o ponto alto do Dia do Vinho. No interior de Bento Gonçalves, o Ecomuseu da Cultura do Vinho, da vinícola Dal Pizzol, oferece uma viagem ao passado. No Vinhedo do Mundo, apresenta uma das três maiores coleções de uvas privada do planeta e a maior da América Latina, com cerca de 400 variedades de todos os continentes, 350 em plena produção. E na sala de exposições de garrafas nacionais e estrangeiras, inclui o vinho mais antigo do Brasil, de 1937.
A inclusão de novas regiões ao roteiro aumentou a diversidade do evento. Em Santa Maria, ocorrerá o circuito de degustação dos Vinhos do Coração do Rio Grande, promovido pela Casa Di Paolo. Já em Casa Nova (BA), haverá degustação especial do Terranova, da Miolo, com vinhos e espumante elaborados com a ajuda do rio São Francisco. E em São Roque (SP), ações diversas valorizarão as produções locais.
PATRIMÔNIO CULTURAL E que tal aproveitar a viagem para degustar um patrimônio cultural em Flores da Cunha? O menarosto é uma técnica de preparar carnes em espeto giratório sobre brasas, trazida pelos imigrantes italianos. O processo evita o contato direto das carnes com as chamas e a fumaça, e o cozimento pode levar mais de cinco horas. As delícias vêm com acompanhamentos e bebidas, e serão servidas em 4 de junho, no Centro da cidade.
CIRCUITO DE FILÓS Típica celebração dos descendentes italianos, o circuito de ilós ocorre no Hotel Villa Michelon, em Bento Gonçalves, no dia 3 de junho, a partir das 19h. E na comunidade de São Miguel, no interior da cidade, terá como sede uma autêntica propriedade rural de 1882.
E m c a D a G a r r a Fa , Uma HIstÓrIa. a c a D a Pa s s o , n o Va s E X P E r I Ê n c I a s . c aV E D a E V o l U Ç Ã o : a EXPrEssÃo DE Uma VInÍcola cEntEnÁrIa.
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COMER BEM
RAUL KREB/DIVULGAÇÃO/JC
Cozinha saudável é chique O uso de ingrediente locais e frescos, e o consumo de alimentos mais próximos de onde são cultivados têm ganhado adeptos nas cozinhas de restaurantes consagrados do País. No Estado, a valorização de sabores regionais, produtos orgânicos, não processados ou industrializados nos cardápios é ilosoia de vida de chefs e até marketing de grandes redes. A saúde, o meio ambiente e o paladar agradecem. Para esse grupo, que, pelo sucesso que faz, projeta tendência no setor, soisticado é consumir um alimento com sabor, perfumado, que conserva nutrientes e textura. É a gastronomia revisitando o famoso ditado "menos é mais", com respeito ao ambiente, à sazonalidade, à produção e ao consumo conscientes. O Bistrô Del Barbiere, de Marcelo Schambeck, no Centro da Capital, começou como uma cafeteria e cresceu diante da aceitação da clientela. De lá para cá, duas características mantiveram-se irmes no peril do chef: a valorização de ingredientes e sabores regionais, e a predileção pelo uso de produtos orgânicos. São exemplos de suas composições a quiche de mandioquinha ou o calzone de charque, por exemplo, que eram servidos na
cafeteria. Ao perceber que havia movimento grande durante o horário do almoço, Schambeck decidiu realizar um teste. Começou com um dia da semana, estendeu para as sextas-feiras, precisou realizar reformas e impulsionou o negócio ao oferecer almoços diariamente. Nos últimos anos, o chef e seus menus conquistaram fama nacional. Sua relação com os hortifrúti em geral é bem antiga, os pais sempre tiveram horta em casa, na Zona Sul de Porto Alegre. É familiar também o hábito de fazer a feira no im de semana. A predileção por ingredientes orgânicos trouxe ao chef uma outra paixão: a feira de orgânicos do bairro Bom Fim, de onde vem a maioria dos ingredientes e condimentos. Segundo ele, além de entender como e de onde vem o alimento, a convivência com os produtores traz mais valorização às compras, ao trabalho de plantar e colher e ao produto inal: o sabor dos pratos. "Quando os clientes icam sabendo a origem dos produtos usados nos pratos se dão conta de que o sabor está ligado à forma como o alimento é feito, que há ganhos ao comprar direto do produtor", conta. O chef defende que o uso de produtos locais não deve ser
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Urban Farmcy aposta na agricultura urbana
diferencial do cozinheiro, mas obrigação. Ao fortalecer a rede produtora, a gastronomia ganha força, acredita. O Urban Farmcy é novidade no cenário gastronômico local e também traz a proposta de valorizar o consumo de alimentos frescos, de produtores locais, com o mínimo possível de processados e industrializados e alto valor nutricional. Ainal, alimentar-se bem e de forma saudável também é uma forma de preservar o ambiente. Nesse formato, os orgânicos ocupam um lugar de destaque nas receitas, que são boa parte veganas ou vegetarianas. Para o empresário Tobias Chanan, o conceito de consumir alimentos mais próximos de onde são cultivados e distribuídos não é recente. No entanto, o modelo de agricultura urbana, que consiste em produzir alimentos dentro da cidade, Hiperlocal Food, é bastante recente. Principalmente quando é feita através de técnicas de plantio verticais e hidropônicas, o que possibilita o ganho de escala e redução drástica dos impactos ambientais, tornando o alimento mais econômico em diversos aspectos, comparado à agricultura convencional. Segundo ele, a consolidação desse comportamento de consumo se deve a aspectos socioambientais. O crescimento populacional e adensamento da população nas cidades, atrelado à conscientização da importância de uma alimentação mais leve, nutritiva e limpa impulsiona o movimento. Além disso, na agricultura tradicional, a distância percorrida dos alimentos e a forma como são armazenados no trajeto geram custos elevados, desperdícios, emissão de gases e perda de nutrientes e sabor. "A população está tomando consciência que as escolhas dos alimentos que consumimos são responsáveis por grande impacto socioambiental", defende. Chanan conta que a motivação de empreender foi e é estimulada pela vontade de desenvolver uma empresa com
Schambeck defende uso de produtos locais o propósito de contribuir na redeinição do futuro da alimentação. "Estamos implementando transformações de ponta a ponta na cadeia de alimentos. Encurtando a distância entre plantio e consumo de alimentos, através de uma rede de microfazendas urbanas, trazendo sabor e vibração ao alimento verde", conta. No momento, o Urban Farmcy está desenvolvendo módulos de produção de alimentos indoor para dar início a uma rede de microfazendeiros urbanos, a partir de agosto. "Não tem nada mais soisticado que o alimento fresco. Quando aliado à técnica de preparo correta, torna-se irresistível." MARCO QUINTANA/JC
Comida como forma de prevenir doenças Não foi apenas o sabor que aproximou o visual merchandising Alessandro Dornelles Quevedo, de 35 anos, do Del Barbiere. Coincidentemente, ele e o companheiro mudaram-se para o Centro de Porto Alegre no mesmo inal de semana da abertura do restaurante, e a curiosidade, após ler a notícia na imprensa, o levou até
a casa do chef Marcelo Schambeck. Na época, ainda não eram oferecidos almoços diários, mas o hábito irmou-se e cresceu juntamente com a fama da cozinha de Schambeck. O que atrai Quevedo é a culinária pensada praticada no restaurante. “Eles têm um cuidado maior no preparo e no empratamento. Aliam sabor e visual,
além de investir em produtos saudáveis”, airma. Quevedo costuma praticar em casa a mesma ilosoia. Cozinha bastante, tem horta e frequenta a feira de orgânicos da Capital. “Acho que é preciso pensar a comida como algo terapêutico, como uma forma de prevenir-se de doenças, de garantir a saúde”, defende.
Cliente do Del Barbiere, Quevedo pratica em casa a mesma filosofia do restaurante
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COMER BEM JONATHAN HECKLER/JC
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Batata-doce laranja, rica em vitaminas, fibras e betacaroteno, surpreende no Mandarinier
Chefs Magni e Liliana defendem gastronomia em que sabor, saúde e sustentabilidade convergem
Novos sabores e formas de se alimentar O uso de alimentos orgânicos, ou pelo menos frescos, sazonais e produzidos nas imediações, é a base do Bistrô La Rouge. Com proposta vegana, o estabelecimento investe na alimentação saudável de forma criativa e, principalmente, saborosa, deixando para trás a ideia de que comida vegana resume-se a salada sem gosto. Prova disso são as avaliações positivas dos pratos feitas por clientes nas redes sociais. O restaurante é um empreendimento de um casal vegano, os chefs Roberta Kleber e Gunter Filho; e a história do La Rouge começou em alto mar. Os dois estavam embarcados, trabalhando fora do Brasil, e perceberam ainidades, entre elas o veganismo e o projeto de vida de defender a alimentação saudável, com respeito ao ambiente. "Temos a missão de espalhar o IGOR GUEDES/DIVULGAÇÃO/JC
Bellora tem horta própria e salienta a opção por ingredientes da região
veganismo", airma Gunter. Segundo ele, cerca de 80% do que é produzido no restaurante tem ingredientes orgânicos, obtidos de produtores locais, basicamente de Porto Alegre. Ainda não foi possível transformar o cardápio em 100% à base de orgânicos pela diiculdade de obter parte dos elementos no mercado local. O La Rouge não é apenas um empreendimento comercial para a dupla de chefs, é ilosoia de vida. Para eles, o prato deve ser funcional, ter um objetivo para o corpo. A preocupação com o ambiente, desde a produção e o contato com os produtores - o casal também é frequentador da Feira de Orgânicos do bairro Bom Fim - até o destino inal dos rejeitos, é outra marca do restaurante. Todos os resíduos orgânicos seguem para um sítio
na Região Metropolitana de Porto Alegre para serem compostados (processo natural para reciclar material orgânico). Fazer a feira também é programa de sábado do casal de chefs Liliana Andriola e Leonardo Magni, proprietários do restaurante Mandarinier. A dupla é outra fã da mesma feira de orgânicos, onde adquire quase 70% dos produtos usados nos cardápios. Para eles, a gastronomia humana, entendida como uma maneira de conviver de forma consciente com todas as etapas da produção do alimento, é o ingrediente a mais nos pratos que são sucesso na Capital. O casal estudou na Unisinos e especializou-se na famosa Le Cordon Bleu. A esse conhecimento aliou sensibilidade e amor à gastronomia. "O contato direto com a pessoa que produz nos mostra o lado humano, nos
faz criar laços, conhecer o esforço das mãos que nos fornecem os alimentos e a importância que eles têm na cadeia", conta Liliana. Além de conhecer os locais onde são cultivados alguns produtos, ela e Magni fazem questão de trocar experiências e receber os produtores e suas famílias no restaurante. "Temos prazer em conviver com eles, trocar experiências, aprender e ensinar", conta Magni. Segundo ele, muitos clientes desconhecem vegetais como a batata-doce laranja, tubérculo rico em vitaminas, ibras e betacaroteno, se surpreendem com o sabor e descobrem novas formas de se alimentar. "Isso nos enriquece", airma. Da convivência surgem trocas de sementes compradas em viagens, e a certeza de construir uma gastronomia em que sabor, saúde e sustentabilidade convergem.
Aposta em menu harmonizado inclui o respeito aos produtos locais Há 10 anos, a propriedade de 12 hectares localizada na cidade de Garibaldi, no Vale dos Vinhedos, estava destinada a um projeto de aventura. A ideia era oferecer esportes radicais e brincadeiras, reunir amigos e curtir o ambiente rústico. Mas, após estudar gastronomia e adquirir alguma experiência na área na Europa, o chef e proprietário Rodrigo Bellora resolveu criar o Valle Rustico. Hoje, a casa é especializada em produtos da região e possui menu harmonizado. O respeito aos produtos locais vai desde a escolha do vinho até o uso dos hortifrúti frescos ou orgânicos e
o cuidado com a natureza. Bellora lembra que quebrou paradigmas ao optar por abandonar a soisticação de uma carta de vinhos renomados e trabalhar apenas com bebidas locais. Faz parte de sua ilosoia apostar nos chamados "santos de casa". E eles têm feito milagres. O restaurante também é adepto do slow food, que envolve conceitos de ecogastronomia e aposta no que é bom, limpo e justo. Ou seja, o alimento deve ter bom sabor, ser cultivado de maneira limpa, sem prejudicar a saúde, o meio ambiente ou os animais; e os produtores devem receber
o que é justo pelo seu trabalho. Outro diferencial da casa é oferecer a opção de menu aberto, sem prato principal, e o menu degustação, com cinco pratos surpresas. Projeto inovador da casa, a Cozinha de Natureza é um menu degustação que trabalha a ligação do homem com a terra, a biodiversidade e o resgate a técnicas antigas de preparo dos alimentos. A natureza exuberante do entorno do restaurante é uma programação à parte. É possível fazer caminhadas pela propriedade, conhecer a produção própria de orgânicos e sentir, por algumas horas, a paz
da vida bucólica no campo. O local tem uma horta própria, onde são produzidas inúmeras variedades de temperos, ervas aromáticas, folhas para as saladas, milho, cebola, batata, tomate, amoras, cereja, frutas cítricas entre outros ingredientes. Além de investir na agricultura local, Bellora cultiva o hábito de visitar produtores e fornecedores e avaliar de perto a qualidade dos produtos que entrarão em sua cozinha. O chef também desenvolveu o projeto Trailer – Cozinha de Raiz, que oferece produtos saudáveis no formato food truck.
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TENDÊNCIAS
LENARA PETENUZZO/DIVULGAÇÃO/JC
O vinho descomplicou A situação econômica mundial, a vida mais agitada, a mudança nos gostos com consumo, a inluência da própria indústria e o clima trazem ao mercado de vinhos uma tendência: a de rótulos mais fáceis de beber, menos alcoólicos e mais leves. A enóloga e proprietária da loja Vinho e Arte, Maria Amélia Flores, salienta que não é apenas o paladar do consumidor que está evoluindo. A situação econômica inluencia na escolha do vinho. "Um grande vinho, complexo, intenso, único, requer 20 a 30 anos para atingir seu auge", explica. A vinícola precisa, para isso, ter capital de giro, tempo e estrutura para que ique estocado o tempo
necessário sem ser comercializado. "As novas gerações, mesmo prezando a história e a origem, visam muito à capitalização de suas vinícolas, e isto está fazendo com que os vinhos iquem prontos mais rápido." O gosto do consumidor também tem sua parcela de responsabilidade na mudança de hábito. "Estava-se bebendo vinhos muito fortes, muito intensos, e o consumidor acabou cansando", diz ela. Um exemplo foi o hábito de vinhos com muito sabor de madeira, que também tende ao esgotamento. Outra forte inluência no gosto do freguês é o bolso. Quanto mais leve e mais fácil de beber é o vinho, menos tempo de elaboração e menos custos ele
tem, o que favorece o comprador. Um exemplo desse comportamento é o Chile, país que consome muito mais vinhos de consumo rápido do que encorporados. A enóloga da vinícola Peterlongo, Deise Tempass, airma que é crescente no mercado a produção de bebidas com notas mais jovens e frutadas e menos alcoólicas e, por essas características, considerados mais leves. "Devido ao nosso clima tropical, o consumidor procura vinhos com notas mais frescas e menos alcoólicas, mais fáceis de beber. Temos exemplos como os varietais Terras Merlot, Cabernet Sauvignon e Tannat", airma. Para Deise, os consumidores
Paladar e situação econômica influenciam na escolha do rótulo, diz Maria Amélia brasileiros, de modo geral, procuram primeiramente vinhos mais fáceis como forma de iniciarem-se no mundo do vinho. Com o aperfeiçoamento do paladar, tendem a migrar para os mais encorpados e estruturados. O enólogo da vinícola Dal Pizzol, Dirceu Scottá, destaca,
dentro desse conceito, o crescimento de consumo dos Pinot Noir, Gamay, Cabernet Franc. "São vinhos com conceito de novo mundo, tendência exatamente por serem mais jovens, agradarem mais consumidores, com valores mais acessíveis", diz Scottá.
Companhia perfeita para o happy hour A harmonização dos vinhos para consumo rápido também é mais fácil, explica a enóloga Maria Amélia Flores, ao contrário de um grande vinho tinto, que requer uma alta gastronomia ou mais encorpada. "Esses vinhos de consumo corrente vão combinando bem com a gastronomia do dia a dia das pessoas, com massas, pizzas, risotos", comenta. Por se tratar de vinhos com menos estrutura, mais jovens e menos alcoólicos, há, ainda, a possibilidade de consumi-los a qualquer hora do dia e em qualquer local, como happy hour ou na beira da praia e na piscina. "São fáceis de harmonizar com comidas leves de modo geral, como peixes, grelhados, saladas", também recomenda a enóloga Deise Tempass, da Peterlongo. Dirceu Scottá, da vinícola Dal Pizzol, airma que hoje a maioria do consumidor é adepta desse tipo de vinho para consumo corrente. Nos encontros mais reservados e especíicos, em almoço ou jantar mais soisticado, é onde ocorre a busca por um vinho mais evoluído, com mais estrutura. O sommelier Julio Kunz destaca que, na década de 1990, quando os brasileiros reaprenderam a beber vinhos inos, quem
JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
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Espumantes são excelentes opções consumia era um público mais velho e de maior renda. Hoje, o consumidor é um pouco mais jovem e gosta de beber vinhos em ocasiões descontraídas. "Antigamente, bebia-se espumantes só no im do ano, hoje, é bebida de happy hour. Antes, os vinhos acompanhavam as refeições, hoje, acompanham um bom papo e uma boa companhia, sem a necessidade de um prato. A ideia de vinhos mais leves é justamente para não haver necessidade tão rígida de harmonização. A descontração é o que deve guiar o consumo desses vinhos", aponta.
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HARMONIZAÇÃO
JEFERSON SOLDI/DIVULGAÇÃO/JC
Equilíbrio é a chave para combinar vinhos e pratos O vinho é a mais lexível das bebidas. Combina praticamente com qualquer ingrediente e/ ou preparo. Mas harmonizá-lo com alimentos não é tarefa fácil. Dentro do mundo do vinho, a harmonização é um campo de estudo bem amplo e exige cuidados técnicos que, muitas vezes, passam longe da mesa dos apreciadores da bebida. Mas não se assuste. Especialistas conirmam o que muita gente já sabe na prática: é possível ter uma experiência enogastronômica completa. A palavra-chave para este objetivo é equilíbrio. O sommelier Maurício Roloff airma que a harmonização, ou seja, a combinação perfeita à mesa envolve regras e dicas dentro de um amplo espectro de estudo. "Mas se há uma que pode ajudar quem está começando é tentar sempre equilibrar o peso entre o prato e a taça", diz. Com receitas mais pesadas (carnes ou ensopados de longo cozimento, por exemplo) sugere-se vinhos igualmente encorpados. Com menus mais leves (saladas, canapés, carnes grelhadas), os vinhos mais ligeiros se dão melhor. "A intenção é de que um não se sobreponha
ao outro. Exercitar esse equilíbrio na cozinha é uma boa forma de aprendizado", ensina Roloff. Segundo o enólogo Vinicius Cercato, a harmonização perfeita exige o estudo dos ingredientes de cada prato e a análise das características do vinho. São esses elementos que permitem uma leitura completa da harmonização. Mas há algumas dicas para não atacar o paladar. Alguns alimentos, segundo ele, são mais fáceis de harmonizar e, por isso, os mais comuns nas combinações do cardápio. Para apreciar um bom vinho acompanhado de um prato, é preciso alguns cuidados que, necessariamente, não exigem conhecimento técnico. O diretor da Associação Brasileira de Sommeliers, Vinicius Santiago, lembra que existe uma série de tabelas e sugestões de harmonização, mas o essencial é levar em consideração dois aspectos principais nos vinhos e nos pratos: o peso e a intensidade de sabor. Dica comum entre os especialistas é a de que não existem regras. "Na verdade, todos os alimentos combinam com vinho. É, por excelência, a bebida que acompanha a boa cozinha e a
alta gastronomia", airma Rollof. Há associações de cardápios mais tradicionais e menos complicadas de harmonizar, caso de carnes e molhos. E, na outra ponta, alguns ingredientes ou culinárias típicas que diicultam as combinações. "Cozinhas muito marcadas por sabores extremos (mexicana, indiana, vietnamita) podem dar um pouco mais de trabalho para encontrar um vinho ideal. Mas quando essas combinações acontecem, icam entre as melhores", diz Rollof. Além disso, alguns ingredientes podem gerar incompatibilidades. É o caso da alcachofra, de alimentos amargos, da gema de ovo cozida, do chocolate, dos frutos do mar com vinho tinto. "Não quer dizer que esses elementos não combinam com vinho, só é preciso entender com quais rótulos eles dão certo." "Não existem os mais fáceis, mas o que são geralmente mais associados aos vinhos na mente das pessoas, como massas ou queijos, por exemplo. Mas feijoada, churrasco, entrevero, buchada de bode e acarajé também harmonizam com vinhos", conirma Santiago. Para Cercato, apesar da democracia que vinho
Cercato atenta para ingredientes dos pratos e características dos vinhos ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Maurício Rollof sugere atenção entre o peso do prato e a taça escolhida exerce à mesa, é fato que alguns alimentos podem deixar a experiência gastronômica mais difícil, como as frutas cítricas, sorvetes e temperos amargos. O vilão, no entanto, é o vinagre: “O único ingrediente que, na teoria, não harmoniza com vinho é o vinagre, por ser o im de todo o vinho”, completa Santiago. Os vinhos produzidos na região Sul são, segundo os especialistas, bem lexíveis para ins de harmonização por conta de
suas principais características: são bastante frutados, de álcool moderado e com ótima acidez. Além disso, um dos destaques do setor, o espumante é considerado um coringa em termos de harmonização. Ao mesmo tempo em que combina com pratos leves, por geralmente ter corpo mais ligeiro, também encara receitas pesadas, por sua efervescência e acidez. "Uma feijoada com espumante, por exemplo, é ótima experiência", indica Rollof.
DICAS DE ESPECIALISTAS Por Vinicius Santiago e Maurício Rollof Harmonização é um assunto amplo e complexo, que passa por gostos pessoais, rótulos e estilos de vinhos bem especíicos, além de características particulares de cada preparo de prato. Mas o equilíbrio é o vale nessa equação. Conira as indicações: ▶ Churrasco - Se forem carnes na brasa, como uma parrilla argentina (vazio, asado de tira), o ideal é um Malbec. Se for um costelão gordo ou uma parrilla uruguaia (com cortes mais gordurosos), a sugestão é um Tannat. A Merlot é uma especialidade gaúcha, assim como o
próprio churrasco, e os taninos amigáveis dessa uva funcionam bem com a carne salgada e suculenta. ▶ Massas - Dependem do molho. Molhos simples, à base de tomate ou queijos pedem vinhos com boa acidez, como um Sangiovese, Pinot Noir ou Chardonnay. Molhos com carne, mais estruturados, harmonizam melhor com Merlot ou Marselan. Se for de frutos do mar, a pedida é um Sauvignon Blanc. ▶ Feijoada - Pede vinhos tintos muito potentes, como um Tannat com bastante carvalho ou ainda um espumante tinto. Um espumante Nature, com suas
borbulhas e alta acidez, vai fazer contrabalançar o peso e a gordura do prato. ▶ Cremes e caldos - Se forem leves, à base de legumes com arroz ou massa, harmonizam melhor com tintos delicados e leves. Já caldos mais potentes como o lourenciano ou o puchero, harmonizam melhor com tintos potentes e perfumados, como o Cabernet Sauvignon. Vale procurar no vinho a cremosidade apresentada pela receita, então um Chardonnay com passagem por barrica de carvalho cai muito bem também. ▶ Entrevero - Harmoniza muito bem com Tempranillo ou Cabernet Franc. Cabe
ainda um vinho tão descontraído quanto o prato, como um tinto da uva Gamay, leve e frutado. ▶ Galeto- A riqueza de temperos e ervas que costumam estar presentes no preparo funciona muito bem com uva Cabernet Franc, que não é tão encorpada. ▶ Mocotó e Rabada - Tintos potentes, como Tannat ou Syrah, que são pesados e não correm risco de serem atropelados pelo prato. ▶ Fondue - Espumante compõe com a soisticação do prato. Brut para o de queijo e carne e Moscatel para o de chocolate.
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HARMONIZAÇÃO
Mais mulheres bebem vinho A presidente da Associação Brasileira de Sommeliers, Andreia Gentilini Milan, airma que o consumo de vinhos no Brasil segue abaixo de 2 litros per capita há mais de 10 anos, e um dos grandes entraves para o crescimento da categoria é atrair novos consumidores para este mercado. A alta carga tributária – que faz com que os vinhos cheguem às gondolas com preço elevado – aliada ao desconhecimento e à diiculdade na escolha afasta o público em geral do mundo do vinho, segundo ela. Para superar essas diiculdades,
a busca por vinhos leves e frutados tem se tornado tendência mundial, especialmente nos mercados tradicionais, como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha, pois as pessoas estão buscando vinhos mais fáceis e descontraídos, que harmonizam muito bem com momentos como um happy hour. “Um bom exemplo disto é o espumante rosé, que vem crescendo no mercado nacional e internacional como uma excelente opção para um vinho de consumo fácil e versátil para harmonização de pratos do dia a dia.”
A busca de um vinho leve, fresco e frutado que harmonize bem com uma pizza, um hambúrguer ou uma salada no dia a dia é uma tendência de consumo para acompanhar o ritmo diário. “Um exemplo de consumo é o crescimento das mulheres neste mercado. É cada vez mais comum encontrar em um restaurante um casal no qual a mulher está consumindo um vinho em taça e o homem, tomando cerveja ou outra bebida. É só observar a quantidade de confrarias femininas que, além de um ponto de encontro, também aproveitam estes momentos para aprender sobre o mundo dos vinhos”, conta. Um outro exemplo, segundo Andreia, é a participação crescente de mulheres em cursos de formação proissional de sommelier, que já somam mais de 50% dos alunos.
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Consumidoras buscam rótulos mais fáceis e descontraídos, diz Andreia
Inverno combina com os tintos No inverno, é natural apetecerem pratos mais pesados e quentes, que pedem vinhos encorpados. Então, é a época dos tintos, naturalmente mais pesados, por trazerem graduação alcoólica geralmente maior e, mais importante, taninos, que dão corpo ao vinho. "Entre as combinações, os cordeiros com vinhos Cabernet Sauvignon e Merlot; Cabernet Franc com caças pequenas; sopas e caldos com Pinot Noir; e, para o churrasco, parceria com a uva Tannat", indica. Já o diretor da Associação Brasileira de Sommeliers, Vinicius Santiago, sugere ainda, para os dias frios, vinhos ricos em sabor, como os das castas Syrah.
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TURISMO
Diversão para todos os gostos DALL'ONDER VIAGENS E TURISMO/DIVULGAÇÃO/JC
Vinho harmoniza com quase todos os tipos de pratos, dizem os especialistas. Quem pretende participar das comemorações do Dia do Vinho vai descobrir que a bebida combina, também, com todo o tipo de diversão e que o cardápio desses 15 dias de festa é intenso. Os números são animadores: quem passar por alguma das regiões engajadas à programação poderá escolher entre 76 atividades oferecidas por 54 vinícolas e encontrar benefícios em mais de 60 restaurantes e 30 meios de hospedagem. Além disso, pode-se harmonizar alguma das 37 ações de degustação com algum dos mais de 70 eventos especíicos realizados apenas neste período do ano. E os descontos nas vinícolas, a poucos dias do inverno, acabarão se tornando um atrativo à parte.
VINÍCOLAS A Vinícola Aurora, por exemplo, celebra o Dia Estadual do Vinho com minicursos de harmonização com queijos e vinhos, durante as duas semanas da festa. As atividades serão ministradas pelos sommeliers da empresa, com duração de duas horas cada e início a partir das 9h. Cada participante ganha uma taça de vinho. Durante todo o período de comemorações, a loja da Aurora estará oferecendo 10% de desconto em todos os seus produtos: vinhos brancos, tintos e espumantes, além de sucos de uva integrais e coolers. Uma das atrações da vinícola Larentis para o inverno é a Degustação em Barricas, experiência proporcionada para os apreciadores que desejam conhecer um pouco mais sobre o mundo do vinho. Trata-se de uma degustação de vinhos de guarda em barricas, além do Mérito 2012, produto ícone da Larentis. O programa diferenciado inclui visitação guiada pelo enólogo André Larentis. A duração total do programa é de aproximadamente uma hora e meia e é preciso realizar agendamento prévio. Duas vinícolas que foram destaque no programa de culinária MasterChef gravado na região, a Aurora e a Valduga, podem ser visitadas em passeios organizados pela Giordani Turismo. O City Tour Viva Bento é um roteiro com duração de quatro horas e inclui visita a pontos icônicos de Bento Gonçalves como o pórtico em forma de barrica, o monumento ao imigrante e o Fundaparque. A Casa Valduga, produtora do espumante que abriu a prova do MasterChef, pode ser visitada no passeio Especial Vinícolas, que dá direito a degustações e almoço típico italiano. Na Vinícola Dunamis, a aposta é por uma harmonização diferenciada: o chocolate. As degustações orientadas na loja Dunamis, em Gramado, pretendem mostrar aos turistas como seus vinhos jovens e descomplicados combinam com diferentes tipos do produto. Para o enólogo da vinícola, Vinicius Cercado, harmonizar o doce mais tradicional do inverno com vinho vai bem desde a sobremesa em família até os momentos mais românticos. “Nas degustações, apresentamos aos turistas combinações de vinhos e chocolates que ressaltam o clima de aconchego despertado durante as temperaturas mais baixas, mostrando que vale a pena escolher produtos que harmonizam entre si”, explica Cercato. No decorrer da degustação, o enólogo intercala momentos práticos e teóricos aos visitantes.
AROMAS E SABORES A cidade preparou, para o Dia do Vinho, a 3ª edição do Jantar Aromas e Sabores, realizado pela Rota Turística Estrada do Sabor. O evento, com pratos e bebidas elaborados pelas próprias famílias que moram no entorno da rota, será animado pelo Grupo Emozione. Será no dia 2 de junho, a partir das 20h, na sede do Clube dos Motoristas.
Descontração marca a programação de dezenas de eventos do Dia do Vinho, que terá atividades em 54 vinícolas PREF. MUNICIPAL DE MONTE BELO DO SUL/DIVULGAÇÃO/JC
A prefeitura de Flores da Cunha engajou-se de corpo e alma nas comemorações. Além do Festival do Menarosto, que ocorre pela primeira vez na Praça da Bandeira, no dia 4 de junho, dezenas de cantinas, restaurantes, lojas, hotéis e até supermercados participam do Dia do Vinho oferecendo descontos entre 10% e 40%. As vinícolas Vinhos Viapiana e Panizzon oferecerão cursos de degustação e visitas técnicas.
POLENTAÇO Nos dias 19, 20 e 21 de maio ocorre a 9ª edição do Polentaço e a 9ª Festa do Agricultor. Durante os eventos, os visitantes poderão conhecer a única exposição de esculturas de polenta do mundo. Além da personagem principal da festa, que vai estar nos cardápios do café da manhã até o jantar, há ainda festival de vinhos e sucos, artesanato, shows e food trucks com gastronomia a base de polenta. O ponto alto da festa é o tombo da polenta, de inacreditáveis 800 quilos. A atividade está programada para os dias 20 e 21 de maio na Praça Padre José Ferlin.
Polenta também será uma das protagonistas da extensa programação LARENTIS/DIVULGAÇÃO/JC
DEGUSTAÇÕES A região Central do Estado faz sua estreia nas comemorações do Dia do Vinho com várias atrações dentro do circuito de degustação de vinhos do coração do Rio Grande. Um dos palcos das comemorações é o distrito Recanto Maestro, em São João do Polêsine. Programada para o dia 3 de junho, a degustação no restaurante Casa Di Paolo será acompanhada de mesa para copas, salames e queijos. O Jantar das Estrelas do Hotel Capo Zorial oferece ainda menu harmonizado no dia 2 de junho. A Vinícola Operaviva fará o workshop Sensação e Experiências do Vinho e visita técnica com degustação no dia 27 de maio, a partir das 16h.
MENAROSTO
Para mostrar mais do mundo do vinho, Larentis oferecerá degustação em barricas
FEIRA GASTRONÔMICA E PIPA DE VINHO Caxias do Sul tem programação intensa, com destaque para a feira gastronômica Panela no Pátio na Quinta Estação Eventos. Em sua 3ª edição, o evento apresenta a participação de 10 chefs renomados, com 10 pratos elaborados de suas cozinhas vendidos a preços populares. O evento tem entrada franca (paga-se apenas o que consumir). Os 10 temperos para te aquecer que prometem a propaganda do evento envolvem ainda renomadas escolas de gastronomia. Também em Caxias, os visitantes terão à disposição um pipa de vinho para degustar de forma gratuita. A homenagem ao dia da bebida será feita pelo BaitaKão Restaurante e Lancheria, entre os dias 19 de maio e 4 de junho, nos horários do almoço e do jantar. Há opções no cardápio com preços especiais no período.
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TURISMO
ENOTECA DAL PIZZOL/DIVULGAÇÃO/JC
Programação variada em torno do vinho FESTIVAL A CÉU ABERTO A Dal Pizzol realiza a segunda edição do Dal Pizzol Day Festival, evento enogastronômico a céu aberto, no dia 20 de maio, das 11h às 19h. O cenário será o Ecomuseu da Cultura do Vinho, na Rota Cantinas Históricas, em Faria Lemos, interior de Bento Gonçalves. O cardápio traz vinhos, espumantes e suco de uva Dal Pizzol. Para harmonizar, opções a cargo do chef Cesar Chies, da Estação Café Blauth. A programação incluirá música ao vivo, exposição de carros antigos do Veteran Car Vinhedos e participação de motoclubes. Ao ar livre, será possível degustar o vinho ou espumante preferido à sombra de árvores ou à beira de lagos. A agenda musical fica por conta das bandas Monty Python Band e Dan Ferreti.
PROGRAMAÇÃO FEMININA A Casa Olivos Vinhos e Bistrô, em Antônio Prado, apostará em um programa da Luluzinha para as amantes de vinhos. É a Noite de Vinho para Mulheres, no dia 3 de junho, a partir das 20h. A vinícola teve seus primeiros parreirais plantados em 2007. Hoje, a produção soma 18 mil quilos de uvas viníferas distribuídas em cinco variedades, resultando em 15 mil garrafas de vinho e 200 mil quilos de uvas americanas destinadas à produção de suco de uva.
PIQUENIQUE E CAMINHADA No dia 21 de maio, a cidade de Farroupilha comemora os 142 anos de imigração italiana e o Dia do Vinho com um Piquenique no Parque. Das 14h às 17h, no Parque da Imigração Italiana, em Nova Milano, haverá comercialização de produtos e animação com filó. Gastronomia típica, vinhos e sucos, além de artesanato e uma exposição de fotos antigas marcarão o evento. O Menarosto do Vinho, no dia 19 de maio, às 19h, será na comunidade de Santos Anjos. E a II Caminhada do Vinho está programada para o dia 4 de junho, promovida pelo Grupo Fiéis Escudeiros, com almoço na Vinícola Perini.
PASSEIO DE BIKE
CAVALGADA
Se o estilo do programa que se procura é
Já a 1ª Cavalgada Turística dos Vinhedos no Caminho Farroupilha partirá, no dia 4 de junho, da Pousada do Sobrado Turismo Rural, às 8h30min, e chegará à Vinícola Peruzzo, em Bagé, cerca de duas horas depois. A programação inclui um tour na vinícola e almoço com cortes de cordeiro harmonizado com os melhores vinhos produzidos na vinícola.
mais descontraído, que tal um passeio de bicicleta guiado para conhecer os mais de 200 hectares de belas viníferas, lagos e mata virgem na Pousada dos Capuchinhos em Vila Flores? O estabelecimento é um empreendimento inédito, que presta um serviço de hospedagem em um antigo seminário. No local vive um grupo de frades, envolvidos em variadas atividades, da pastoral à vitivinicultura – produzem os Vinhos Frei Fabiano –, passando pela hotelaria. O tour pelos parreirais dos religiosos é oferecido de 20 de maio a 4 de junho, e os equipamentos de segurança e a bicicleta são disponibilizados no local. A pousada dispõe de 30 alojamentos para hóspedes, servindo o café da manhã e oferecendo a oportunidade de convivência com a comunidade.
HOTÉIS PARTICIPAM O tradicional Hotel Villa Michelon Michelon tem como frase de marketing "hospitalidade e bom vinho" e pretende honrar o mote. O complexo incorporou-se às comemorações oferecendo um tradicional Filó no dia 3 de junho, a partir das 20h. O evento, rico em gastronomia, promete ser uma experiência imperdível ao possibilitar uma viagem a tradições centenárias. Já o Farina Park Hotel, em Farroupilha, programou, para a quinzena do Dia do Vinho, degustação gratuita de vinhos e cursos de degustação da bebida.
BOA MESA EM FARROUPILHA Da paixão por parrillas surgiu uma opção diferente de turismo e gastronomia na Serra. O Quintal da Parrilla, em Farroupilha, abriu há poucos meses com a proposta de atender os amantes da cozinha uruguaia. No cardápio, assados, massas, chivitos, panchos, vinhos e cervejas. Durante os 15 dias das comemorações, o restaurante preparará um molho especial para acompanhar os cortes nacionais e descontos em vinhos nacionais e importados. Ponto tradicional da cidade, o restaurante Antonielle, no Centro de Farroupilha, oferece pratos italianos, mediterrâneos e culinária internacional e para comemorar o Dia do Vinho, dará descontos especiais em sua carta da bebida. Já o restaurante Arte in Tavola oferecerá pratos especiais e uma taça de vinho cortesia, com desconto de 30% nos rótulos.
Visitantes poderão participar do Dal Pizzol Day Festival, no Ecomuseu, em Bento
DEGUSTAÇÃO COMENTADA A Locanda Di Lucca, no distrito de São Pedro, em Bento Gonçalves, optou por privilegiar as pratas da casa. Entre as comemorações do Dia do Vinho, realiza, de 19 de maio a 2 de junho, a degustação comentada de vinho autóctone e jantar com produtos orgânicos, locais e sazonais. A programação inclui, em dias diferentes, explanações sobre vinhos biodinâmicos e sobre paisagem cultural vinícola, vinho e identidade. Após, será realizada uma degustação de vinho e jantar. Durante os jantares, será servida uma sequência, com três entradas, salada, pratos quentes e sobremesa. A Locanda está aberta também para almoços aos sábados e domingos.
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RECEITAS
Delícias para
harmonizar
O vinho é uma bebida democrática. Combina com todo o tipo de prato e, por isso, com todas as ocasiões, desde as mais sofisticadas celebrações até à descontraída pizza do fim de um dia agitado. Se degustar um bom vinho é uma imersão em um universo gastronômico, com um prato à altura torna-se um deleite comparado a poucos prazeres. Chefs de diferentes escolas culinárias apresentam receitas fáceis de copiar e de harmonizar com a bebida. Bom apetite!
TARTARE DE CAQUI
BOEUF BOURGUIGNON COM PINHÃO Por chefs Liliana Andriola e Leonardo Magni, do Mandarinier Ingredientes:
▶ 500gr de paleta cortada em cubos ▶ Cenoura em cubos médios ▶ Cebola em cubinhos. ▶ 2 dentes de alho bem picadinhos ▶ 1,5 colher de sopa de bacon em cubos (opcional) ▶ 1 taça de vinho tinto seco ▶ Pinhão cozido cortado em pequenos pedaços
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Por chef Marcelo Schambeck, do Del Barbiere Ingredientes:
▶ 5 caquis chocolate ▶ 1 maracujá azedo ▶ 5 cogumelos do tipo castanho ▶ 100g de pão rústico ▶ 1/4 de março de rúcula selvagem ▶ 1 colher de café de mostarda Dijon ▶ 1 colher de chá de mel ▶ 150ml de azeite extravirgem
▶ Caldo escuro de carne ▶ Óleo ▶ Sal ▶ Pimenta do reino ▶ 1 unidade de Bouquet Garní ▶ Manteiga JONATHAN HECKLER/JC
Modo de preparo:
Em uma frigideira bem quente, colocar o óleo e selar a carne. Passar a carne para uma panela mais alta. Na mesma frigideira, sem lavar, refogar a cebola, o alho e o bacon (opcional) até que dourem. Jogar o vinho e o bouquet garní, raspar bem o fundo para tirar o queimadinho da frigideira. Passar tudo para a panela onde a carne se encontra, e iniciar a cocção. Juntar o pinhão cozido e cortado em rodelas finas. Saltear a cenoura rapidamente e juntar a panela da carne. Juntar o caldo escuro ao cozido sempre que necessário, cozinhar por no mínimo duas horas. Ajustar sal e pimenta.
Modo de preparo:
MATAMBRE DEFUMADO EM FOLHAS DE LARANJEIRA
RISOTO DE FRUTOS DO MAR COM AMÊNDOAS
Comece cortando o caqui em pequenos cubos regulares. Coloque num bowl e reserve. Para o molho, bata no liquidificador a polpa do maracujá; em seguida, coloque o azeite, mel, mostarda e uma pitada de sal e pimenta do reino. Bata até emulsionar. Tempere os cubinhos de caqui com este molho. Corte o pão em finíssimas fatias, leve ao forno até dourar levemente. Sirva o tartare em um prato, coloque as folhas de rúcula, as fatias crocantes de pão e, na hora, lamine o cogumelo por cima.
Por Chef Antonielle, do Antonielle Restaurante
Por chef Rodrigo Bellora, do Valle Rustico Restaurante ▶ 1kg de matambre ▶ 140g de cebola ▶ 140g de linguiça suína de pernil ▶ 100g de cenoura ▶ 50g de pimentão cambuci ▶ 20g de sal
Ingredientes:
▶ 100ml de vinho branco ▶ 1 cebola média picada ▶ 80g de arroz arbóreo ▶ 80g de camarão ▶ 80g de anéis de lula ▶ 80g de polvo ▶ 80g de mexilhões ▶ 125mg de estragão ▶ 1 colher de sopa de ervas finas ▶ 1 caldo de legumes ▶ azeite de oliva a gosto ▶ sal a gosto ▶ manteiga a gosto ▶ 30g de champignon inteiros ▶ 30 g de lâminas de amêndoas
▶ 10g de tomilho ▶ 10g manjerona ▶ 10g de orégano fresco ▶ 5g de pimenta do reino preta ▶ 1 rolo de barbante ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Modo de preparo:
Limpe o matambre retirando excesso de gorduras e cartilagens, quando houver. Grelhe a linguiça. Abra a peça e tempere com sal e pimenta. Corte a cenoura e a cebola em juliene, corte a linguiça grelhada em juliene. Misture os legumes, a linguiça e as ervas aromáticas. Disponha a mistura sobre 1/3 do matambre e enrole a partir do lado com recheio. Amarre como copa o matambre, utilizando o barbante. Pré-aqueça o forno a 240°C e asse por 30 minutos na mesma temperatura. Em um defumador, defume com galhos e folhas de laranjeira por 30 minutos, a 130°C. Termine o cozimento em forno por 10 horas a 120°C.
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Ingredientes:
Modo de preparo:
Para fazer o caldo em casa, compre um caldo de legumes e misture na água, ou prepare um caldo de legumes com aipo, cenoura, pimentão, cheiro verde e um pouco de sal. A lula e o polvo você pode cozinhar junto com o caldo para dar mais sabor, por aproximadamente 25 minutos. Após, retirar e reservar o polvo cortado em pedaços pequenos. Refogue a cebola com um pouco de manteiga e azeite de oliva; logo após, acrescente o arroz arbóreo e vá sempre mexendo. Acrescente o vinho branco e vá mexendo até evaporar o álcool, coloque um pouco de caldo e o estragão e as ervas finas, já acrescentando o polvo, a lula e os mexilhões. Vá colocando o caldo aos poucos e prove se o arroz está al dente. Separadamente, refogue o camarão com a manteiga, azeite de oliva, ervas finas, lâminas de amêndoas e finalize.
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ESPECIAL DERIVADOS FAZEM MILAGRES Confira alguns efeitos dos derivados da uva no seu corpo: Diminui a pressão arterial;
Vinho e suco de uva são aliados da saúde
A dieta do mediterrâneo
Aumenta o colesterol bom; MARCELO G. RIBEIRO/JC
Diminuiu, e muito, o risco de problemas cardiovasculares; Ajuda na prevenção de alguns tipos de câncer, como o de mama, por exemplo; Favorece as funções hepáticas do fígado; reduz risco de doença renal; Ajuda no combate à obesidade; Influi positivamente no desempenho de atividades físicas; Ajuda a melhorar a saúde muscular e manter os músculos flexíveis; Fortalece o sistema imunológico, já que possui ativos com poder antiinflamatório e antimicrobiano; Previne demências e doenças degenerativas do cérebro; melhora a memória; O resveratrol presente na uva ajuda a combater o cansaço; O resveratrol também reduz os efeitos do envelhecimento e pode ajudar a prevenir rugas; É importante lembrar que o vinho, por ser uma bebida alcoólica, deve ser consumido com moderação. JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Caroline destaca incremento na produção e no consumo de suco de uva, com investimentos em tecnologia e qualidade
A
ciência está comprovando, por meio de diferentes estudos em todo o mundo, o que os moradores da serra gaúcha já sabem há décadas: os principais derivados da uva, como o vinho e o suco, são grandes aliados da saúde. O consumo de suco de uva no Brasil ainda é muito baixo. São cerca de 0,7 litro por pessoa ao ano. O de vinho é de aproximadamente 2 litros per capita no mesmo período. Para comparar: o refrigerante tem uma média de consumo de 30 litros per capita, uma lavada. Por essa razão, a indústria está convencida de que a melhor forma de alavancar o consumo e, por consequência, as vendas é investir em pesquisa e na divulgação dos benefícios dos derivados da uva. Se depender do mundo cada vez mais conectado na prevenção e boa forma e nos resultados de estudos cientíicos respeitados, a tarefa não será difícil. Esse propósito norteia a realização do Simpósio Internacional Vinho e Saúde, que ocorre de 1 a 3 de junho, em Bento Gonçalves. O evento, em sua terceira edição, também faz parte das comemorações do Dia do Vinho. O simpósio reunirá 11
palestrantes brasileiros e seis internacionais entre os principais pesquisadores do mundo sobre derivados de uva, entre eles uma das responsáveis por um dos trabalhos mais completos da área, o Predmed, a médica Rosa Lamuela-Raventos. O projeto cientíico, iniciado há alguns anos na Europa, analisou os benefícios da dieta mediterrânea. Rica em vegetais, com predominância de pescados e outras carnes brancas às carnes vermelhas, e do azeite de oliva, também se caracteriza pelo estímulo ao consumo moderado de vinho. Como a bebida é apreciada na região do estudo há séculos, foi possível aferir, juntamente com a dieta, os efeitos da bebida por meio de questionários. O trabalho envolveu mais de 7 mil pessoas. E uma de suas conclusões conirmou uma das fontes de juventude da nossa serra. “O consumo do suco de uva e do vinho com moderação está relacionado à prevenção de doenças cardiovasculares, redução da pressão arterial, diminuição do risco de aparecimento de enfermidades neurológicas, prevenção de envelhecimento precoce e auxílio na redução de peso", relaciona a mestre e doutora em Biotecnologia e pós-doutora pela Georgetown University Medical Center, Caroline Dani.
Professora do Centro Universitário Metodista IPA, ela vai além e mostra que, em números, essa proteção é mais impressionante. “O consumo de até 300 ml para homens e 150 ml para mulheres de vinho, e de até 400 ml de suco de uva para adultos, por dia, protege em até 80% contra os riscos das doenças cardiovasculares." Outro estudo, desenvolvido no IPA e coordenado por Caroline, revelou outro benefício dos polifenóis presentes na uva: a proteção do sistema nervoso central, com a melhora da cognição e da memória em um grupo de idosos que consumiu suco de uva por 30 dias. Há também trabalhos que revelam o aumento da atividade cerebral e de proteção contra o câncer de mama, além da redução do risco de diabetes e obesidade, com ganhos na prática de atividades físicas. Segundo Caroline, mais de 20 mil famílias vivem da produção do suco de uva no Estado. Nos últimos 10 anos, essa produção teve um boom de mais de 500%. "As empresas passaram a investir em tecnologia e aumentaram a qualidade dos produtos", airma. Na outra ponta, os consumidores estão cada vez mais conscientes da importância de conhecer melhor o que estão consumindo.
As populações das regiões próximas ao Mar Mediterrâneo adotaram uma estilo de alimentação baseado no consumo de frutas, legumes, amêndoas, azeite de oliva, frutos do mar e vinho conhecida como a Dieta do Mediterrâneo. Paralelamente, diminuíram o consumo de açúcar e carne vermelha. Essas populações têm sobrevida maior e livre de problemas cardiovasculares e esse é o ponto de partida do estudo espanhol Predmed: a associação dessa dieta com a redução do risco cardiovascular. Publicado em 2013, o estudo envolveu 7.447 pacientes. O trabalho fornece informações que sustentam a dieta do mediterrâneo como prática saudável e capaz de reduzir o risco cardiovascular. Dele saíram diversos outras análises ligadas à prática dietética como redução da pressão e da glicemia, menor incidência de diabetes e regressão de síndrome metabólica.
SIMPÓSIO INTERNACIONAL VINHO E SAÚDE O III Simpósio Internacional Vinho e Saúde, que ocorre paralelamente à programação do Dia do Vinho, é uma realização do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) com apoio da Associação Brasileira de Enologia, da Embrapa Uva e Vinho, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – fundação do Ministério da Educação – e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). O evento ocorre na Fundação Casa das Artes (rua Henry Dreher, 127 Bairro Planalto, em Bento Gonçalves), entre os dias 1 e 3 de junho. A última mesa redonda do evento "Como a descoberta dos benefícios dos derivados da uva à saúde promovem uma reação em cadeia" é aberta ao público em geral e gratuita. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site simposiovinhoesaude.com.br.
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VINÍCOLA AURORA
A Cooperativa Vinícola Aurora equacionou os problemas causados pela quebra da safra do ano passado (que atingiu o setor vitivinícola da Serra Gaúcha), manteve suas marcas com destaque no mercado, e fechou 2016 com faturamento de R$ 502 milhões - 18% maior que o de 2015. Para este ano, a previsão é de crescimento de 6% sobre o ano anterior. A cooperativa foi fundada por 16 famílias de produtores de uvas há 86 anos. Hoje, são 1.100 famílias associadas na cidade de Bento Gonçalves. A consagrada linha de vinhos inos Marcus James, carro-chefe da Aurora, ganha novas garrafas, com design elegante e contemporâneo, produzidas pela Verallia Brasil. Os vinhos consagrados no varejo brasileiro são apreciados pela sua qualidade e por serem fáceis de beber e de harmonizar com as diversas situações de consumo. A linha Marcus James, que
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Carro-chefe em novas garrafas
Consagrada linha de vinhos finos da cooperativa, Marcus James conta com design elegante e contemporâneo chegará ao mercado em nova roupagem, é composta pelos rótulos Chardonnay, Riesling e Sauvignon Blanc (brancos), Pinotage, Pinot Noir, Tannat, Cabernet Sauvignon e Merlot (tintos).
O lançamento das novas garrafas aconteceu na Apas Show, evento reconhecido mundialmente como a maior feira supermercadista da atualidade, em São Paulo. Ao mesmo tempo, a Aurora também está
mudando os rótulos da linha de vinhos de mesa Country Wine. Em 2016, a vinícola lançou ainda, com êxito, o vinho Aurora Millésime Cabernet Sauvignon 2012, rótulo que faz parte da elite da enologia brasileira,
elaborado exclusivamente em safras excepcionais. “Acreditamos que todas as faixas de consumo merecem a mesma responsabilidade com a qualidade e apresentação e, dessa forma, a Aurora trabalha para que aumente o consumo de vinho brasileiro dentro do País”, diz Hermínio Ficagna, diretor-geral da vinícola. A Aurora é também líder no mercado brasileiro em sucos de uva integrais (marcas Aurora e Casa de Bento), em vinhos inos (marcas Aurora, Marcus James, Saint Germain, Clos des Nobles) e em coolers (Keep Cooler, Classic e Black). Além disso, com seus espumantes (marcas Aurora e Aurora Procedências, Marcus James, Conde de Foucauld e Saint Germain), conquista cada vez mais espaço e prêmios no exterior. Com portfólio composto por 13 marcas, presentes em todo o território nacional, e mais de 200 itens, a Aurora exporta para mais de 20 países.
VINÍCOLA GUATAMBU
Safra de grandes vinhos Tannat Localizada em Dom Pedrito, na campanha gaúcha, a Guatambu funciona através de energia solar desde maio de 2016. A segunda edição do vinho Épico iniciou seu envase com 100% de energia limpa, e o parque solar, com 600 painéis fotovoltaicos, serve para suprir 100% da demanda energética do empreendimento. É a primeira vinícola da América Latina a ser movida a energia solar. O investimento, de R$ 1,5 milhão, tem previsão de retorno em oito anos. A vinícola terminou a colheita da safra de uvas em 17 de março, com as uvas Cabernet Sauvignon e Tannat, que são as variedades de ciclo mais longo. No total, foram colhidas 118 toneladas de Chardonnay, Gewürztraminer, Sauvignon Blanc, Pinot Noir, Tempranillo, Merlot, Tannat e Cabernet Sauvignon. Segundo a engenheira agrônoma e enóloga da empresa, Gabriela Pötter, o clima da safra 2017 apresentou temperaturas máximas mais baixas do que as safras 2015 e 2016 durante o verão, sobretudo no mês de fevereiro. Além disso, também ocorreram precipitações acima da média histórica da região. “Foi um clima instigante, podemos dizer, mas que, ao mesmo tempo,
nos surpreendeu, pois as uvas produzidas foram de excelente qualidade, embora tenha exigido mais trabalho nos tratos culturais”, comenta Gabriela. O destaque deste ano serão os vinhos bases para espumante, os vinhos brancos e, entre as uvas tintas, as Tempranillo e Tannat. “Com certeza, para a Guatambu, a safra 2017 icará marcada por grandes vinhos Tannat”, comemora Gabriela. Conforme a agrônoma, esses vinhos estão em fase inal de fermentação e maceração, e produziram em média 14,5% de graduação alcoólica, devido à alta concentração de açúcar contida nas uvas. Outra característica que chamou a atenção em todas as variedades foi que seus cachos produziram bagas menores e com casca muito espessa. Como é na casca que está concentrada grande parte de polifenóis da uva, certamente os vinhos tintos terão altíssima concentração destes antioxidantes, que conferem seu peril aromático e são os grandes responsáveis pela cor, corpo e sabor dos vinhos. "Por todos estes motivos, a Guatambu está comemorando esta safra, que ainda nos possibilitou elevar um pouco
RODRIGO ALVES VIEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
Localizada em Dom Pedrito, a Guatambu é a primeira vinícola da América Latina movida a energia solar os estoques de vinhos, que estavam muito baixos", acrescenta Valter José Pötter, diretor-proprietário da vinícola. No dia 27 de maio, será lançado, durante o almoço harmonizado na
vinícola, alusivo ao Dia do Vinho, o espumante Noite do Pampa, um brut elaborado pelo método champenoise, com 100% de uvas Merlot, produto inédito no Brasil.
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VINÍCOLA ADOLFO LONA
Mesmo em meio a diiculdades causadas pela crise econômica e o aumentos de impostos, a vinícola Adolfo Lona aposta no crescimento e em novidades em produtos. Pequena produtora de vinhos localizada na cidade de Garibaldi, no Vale dos Vinhedos, foi criada em 2004 pelo enólogo que a batiza, e mantém desde o princípio o objetivo de elaborar espumantes de qualidade em pequena escala. O ano de 2016 foi difícil, em especial, porque os governos estadual e federal aumentaram os impostos em janeiro. Este fator, somado à crise que tomou conta do País de modo geral, criou diiculdades para manter os níveis de crescimento de outros anos, explica o enólogo. “Apesar disso nosso resultado foi bom, com um pequeno crescimento”, diz Lona. Já em 2017, a situação é instável, com alguns mercados, como São Paulo, Minas Gerais e Rio
Grande do Sul, crescendo; e outros, como Rio de Janeiro, com leve diminuição. “Infelizmente, o governo do Rio Grande do Sul, insistindo na sua insensibilidade, aumentou os valores da Substituição Tributária e retirou novamente parte da nossa competitividade”, lamenta Lona. “Como somos conscientes de que teremos de lidar por muito tempo com este tipo de adversidade, a solução achada para manter nossos volumes de vendas e tentar crescer foi manter nosso foco no consumidor inal, administrar nossas margens e inovar”, explica. Com este objetivo, a vinícola está lançando um novo espumante aguardado há três anos. Trata-se de um Nature Rose Clair, produzido somente com as uvas tintas Merlot e Pinot Noir e maturado por 30 meses em caves climatizadas. O nome deste espumante, Silvia 1972, foi a melhor forma que Adolfo Lona achou de homenagear sua esposa,
"companheira inseparável de todas as horas", segundo ele. A data corresponde ao ano de seu casamento. A bebida é uma série especial do Orus Pas Dos, com produção limitada a 1.100 garrafas devidamente identiicadas e numeradas. Com este produto, Lona venceu mais um desaio, que foi elaborar um espumante com ausência total de açúcares, rosado composto de vinhos de uvas tintas. “O resultado, e a reação e os comentários das pessoas que já o degustaram permitem assegurar que este produto contribuirá para consolidar a excelente imagem que o estado do Rio Grande do Sul tem de produtor de espumantes de qualidade”, airma o produtor. A empresa possui uma sala climatizada onde são maturados, por longos anos, os espumantes produzidos pelo método tradicional. Ela produz sete espumantes comercializados sob a marca Adolfo Lona,
que são: Brut Branco método charmat, Brut Rosé método charmat, Demi-sec método charmat Brut método tradicional, Nature método tradicional, Orus Pas Dose método tradicional e Silvia 1972 – método tradicional. A vinícola comercializa 70 mil garrafas anualmente, 50 mil pelo método charmat e 20 mil pelo método tradicional. A venda ocorre apenas por meio de distribuidores exclusivos em cada capital, focados em vendas a restaurantes e ao consumidor inal. Por tratarem-se de pequenos lotes, as parcerias são feitas com empresas de pequeno e médio portes, muitas delas importadoras que comungam com a ilosoia de trabalho de Adolfo Lona, que é a de oferecer excelentes produtos com preços competitivos.
VINÍCOLA ADOLFO LONA/DIVULGAÇÃO/JC
Aposta em espumante especial
VINÍCOLA DON GIOVANNI
Produção com foco na sustentabilidade Superando um ano difícil, a vinícola Don Giovanni investe na sustentabilidade e no manejo biodinâmico de seus vinhedos. No ano passado, sofreu perda de aproximadamente 80% do total da produção. Já em 2017, manteve quantidades regulares e uma qualidade excelente nas uvas. Situado a uma altitude de 720m, a
12 km de Bento Gonçalves, o complexo Don Giovanni reúne vinícola, pousada e restaurante, no município de Pinto Bandeira. Atualmente, possui 50 hectares, sendo 14 de vinhedos, na sua maioria de Pinot Noir e Chardonnay. As variedades são usadas na fabricação de espumantes, que representam ADRIANA FRANCIOSI/DIVULGAÇÃO/JC
Uvas Cabernet Franc, Merlot e Ancelota compõem os vinhos tranquilos produzidos na vinícola
80% da produção da vinícola. A propriedade também possui vinhedos de Cabernet Franc, Merlot e Ancelota, utilizados para elaboração de vinhos chamados tranquilos. A produção anual gira em torno de 120 mil litros. Em busca da sustentabilidade, a Don Giovanni iniciou, em 2014, testes em seus vinhedos, com o manejo biodinâmico. O espumante é o principal foco da vinícola, que está produzindo pelo método tradicional, também conhecido como champenoise, com diferentes tempos de maturação - 12, 18, 24, 36 e 70 meses. Para completar a linha, a empresa possui um Brandy, envelhecido em barris de carvalho por, no mínimo, 12 anos. Também ganha destaque a produção de alcachofra, utilizada, basicamente, na elaboração do risoto de alcachofra, prato mais solicitado no restaurante da vinícola. O local ica junto à pousada, uma casa antiga, construída em meados dos anos 1930, que foi restaurada e transformada em pousada em 1997. Os destaques da vinícola e da região como um todo são os espumantes, e a Dom Giovanni trabalha no lançamento do primeiro extra brut, denominado Ouro, que permanece, no mínimo, 36 meses em contato com as leveduras (autólise). "A partir de uma boa matéria-prima, conseguimos atingir um nível excepcional nos
produtos. Estamos trabalhando com os olhos voltados para nossos vinhedos, e a busca pela sustentabilidade ganha destaque no processo. Estamos em um momento de conversão. Já se passaram três anos e deve durar, pelo menos, mais três. É um processo lento e de muito aprendizado", explica o diretor da vinícola, Daniel Panizzi. O enólogo da Don Giovanni, Maciel Ampese, revela que, para eliminar o uso de herbicida, foi importada um máquina para auxiliar na roçada nos vinhedos. Acoplada ao trator, contorna os pés dos vinhedos através de um sensor, fazendo a roçada. No que diz respeito aos fertilizantes, a produção é feita na propriedade. "Tudo em busca de uma harmonia do ecossistema", diz Ampese. Proprietária da vinícola, a família Giovannini é uma das poucas no Estado a manter a tradição entre os descendentes. Atualmente, é a quarta geração que continua a produzir os vinhos e espumantes, unindo tradição e qualidade. A pousada, possui sete apartamentos, com decoração que mantém características originais da colonização italiana, e oferece ainda uma charmosa cabana em meio aos vinhedos. O restaurante da vinícola possui capacidade para 50 pessoas e atende mediante reservas.
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VINÍCOLA GARIBALDI
Maior safra em 30 anos
ANDRÉ FANTI/DIVULGAÇÃO/JC
Novo vinho, parceria com cooperativa uruguaia, foi lançado em fevereiro
A Cooperativa Vinícola Garibaldi festeja a safra da uva de 2017, encerrada em março. A empresa recebeu 22 milhões de quilos da fruta, índice superado apenas em 1985, quando foram colhidas 22,7 milhões. Os números representam um aumento de 10% em relação à safra de 2015. A comparação ignora o ano de 2016, porque, nesse ano, a safra apresentou uma quebra bem acima das estatísticas, chegando a 60%. Do total da safra, as uvas para espumantes representam 10%, ou seja, mais de dois milhões de quilos. As orgânicas corresponderam a 750 mil quilos, com destaque para bordô e isabel. Essas variedades serão utilizadas para suco e vinho Da Casa. A maior parte da safra é de produtores de Garibaldi, mas a vinícola tem fornecedores divididos por outros 11 municípios da serra gaúcha. A cooperativa fechou 2016 com aumento de 11% no faturamento, somando mais de R$ 121 milhões. O suco de uva representou 45% dos valores, seguido de 21% dos espumantes e 11% de iltrado doce. Vinhos inos e de
mesa completam o total faturado. Entre os principais mercados compradores dos produtos Garibaldi estão o próprio Estado, com 29,96%; São Paulo, com 26,42%; e Paraná, com 15,56%; seguidos de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Espirito Santo e Alagoas. No último ano, a Garibaldi investiu R$ 3,5 milhões em tecnologias, equipamentos e infraestrutura. As visitas ao complexo turístico da vinícola registraram um faturamento de R$ 4,27 milhões. Foram mais de 114 mil pessoas, um crescimento de 40% no número de visitantes. A Garibaldi fechou 2016 com 376 associados em 14 municípios. Para este ano, a Garibaldi apresenta ao mercado brasileiro o novo vinho Chalet du Clermont Cabernet Sauvignon. O lançamento oicial ocorreu na Convenção de Vendas 2017, realizada em fevereiro. O novo rótulo tem origem em Canelones, no Uruguai, e conta com parceria da uruguaia Cooperativa Cava. O vinho, safra 2014, tem aromas inos e potentes que remetem a frutas vermelhas, como mirtilo e framboesa, com
um toque de especiarias e harmoniza com carnes vermelha e de caça, queijos duros, embutidos, massas e risotos com molhos estruturados. Além do Chalet Du Clermont, são destaques para o consumo no dia a dia os vinhos Acquasantiera e Granja União. Os espumantes Garibaldi Prosecco e Garibaldi Moscatel estão entre os 100 melhores do mundo. Além dos bons números de faturamento, a cooperativa acumula prêmios. Em abril, foi agraciada com a medalha de Gran Ouro na 15ª edição Brasil do Concurso Mundial de Bruxelas-Brasil. A empresa recebeu a premiação com o espumante Garibaldi Moscatel. “Esse prêmio é o reconhecimento da dedicação e do trabalho realizados pelos nossos cooperados. Isso nos motiva diariamente”, comemorou o presidente da Cooperativa, Oscar Ló. O concurso avalia vinhos e destilados das regiões produtoras do Brasil, com os mesmos critérios da edição internacional da marca. As degustações são às cegas e realizadas por um júri composto por jornalistas brasileiros e estrangeiros.
VINÍCOLA DAL PIZZOL
Produção segue cartilha do bom vinho Com uma produção anual de 250 mil garrafas (200 mil litros), a Dal Pizzol Vinhos Finos está instalada em Faria Lemos, distrito de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, e integra a Rota Cantinas Históricas. Deste total, 51% são vinhos tintos; 12%, vinhos brancos; 32%, espumantes; e 5%, suco de uva. A vinícola possui uma ampla variedade de produtos das marcas Dal Pizzol (58% da produção) e Do Lugar (42%). A empresa aposta em uma produção controlada, que privilegia a elaboração de vinhos diferenciados e produz mais vinhos que espumantes. Do total da produção, 63% é de vinhos. O projeto é elaborar vinhos mais fáceis de beber, por isso nenhum vinho da vinícola passa por barricas de carvalho. O entendimento é de que o consumidor brasileiro, salvo aqueles que conhecem o produto e apreciam rótulos mais encorpados, gosta de vinhos descontraídos, fáceis de beber e harmonizar, de consumo rápido. O
trabalho é coordenado pelo enólogo Dirceu Scottá. Para garantir uma produção de qualidade, a Dal Pizzol mantém parceria com produtores através de acompanhamento técnico feito por dois enólogos e um engenheiro agrônomo da vinícola. A assessoria se dá em todo o processo, desde a escolha da variedade de uva a ser implantada até a colheita. Cada produtor recebe uma cartilha de procedimentos e práticas para o cultivo da videira. O material dá instruções, inclusive, sobre o limite de produção por área, variedade e sistema de condução da parreira Com a aproximação do inverno, a vinícola acredita que os consumidores aproveitem para renovar as adegas, degustando não apenas castas tradicionais, como Merlot e Cabernet Sauvignon, mas também opções como Ancellotta, Pinot Noir, Gamay, Touriga Nacional, exemplares que compõem
a linha Dal Pizzol. Outra aposta, e que faz parte da história da vinícola, é o Cabernet Franc. A novidade da vinícola é o Dal Pizzol Gamay, o primeiro vinho tinto da safra 2017. O lote 2016 esgotou ainda no ano passado. A Dal Pizzol traz consigo uma tradição na vitivinicultura que remonta ao ano de 1878, quando os primeiros imigrantes da família chegaram ao Brasil. Criada em 1974, a Vinícola Monte Lemos, mais conhecida por Dal Pizzol, carrega consigo a força de uma tradição que chega à 13ª geração, sexta no Brasil. Hoje, a empresa é coordenada pelos irmãos Antônio e Rinaldo Dal Pizzol, e a ilosoia da família é manter uma produção limitada de vinhos elaborados com uvas inas. Em 1978, ano do centenário da chegada do patriarca no Brasil, foi criado o Cabernet "Do Lugar", em homenagem ao imigrante e distribuído a amigos e apreciadores, entre outros vinhos da família.
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Tintos concentram a produção da vinícola
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VINÍCOLA GRAN LEGADO
Aposta em resgate de marca centenária FORESTIER/DIVU LGAÇÃO /JC
No inal da década de 1990, a Gran Legado comprou a unidade da Maison Forestier, localizada no município de Garibaldi, na serra gaúcha. Quinze anos após essa transação, a empresa decidiu relançar a marca histórica, que teve papel fundamental no desenvolvimento desta região vitivinícola do Estado. A retomada, anunciada no inal do ano passado, será consolidada este ano, com o lançamento de novos rótulos. A Maison Forestier chegou ao Brasil na década de 1980 e se irmou, durante décadas, como uma das mais importantes fabricantes de vinhos inos no País. Em 1998, os vinhedos e instalações da Pernod-Ricard, gigante multinacioFORESTIER/DIVULGAÇÃO/JC nal, foram adquiridos pela
família Estefenon, dona da Tecnovin-Suvalan, fabricante de suco integral de uva e de outras frutas, e da Wine Park, da marca Gran Legado. Após negociações, o grupo adquiriu em 2015 os direitos sobre a marca Forestier. Hoje, a vinícola promete renovação com a qualidade que marcou sua história. Paralelamente a esse retorno estratégico, a empresa do Vale dos Vinhedos pretende manter e impulsionar a Gran Legado, que se destaca no Brasil e no Exterior pela alta qualidade de suas bebidas. Até o inal do inverno, novos rótulos não apenas no segmento de espumantes, mas também de vinhos premium, serão apresentados ao mercado. Entre os vinhos, destaque para dois brancos das variedades Riesling e Chardonnay. O Forestier Nature Champenoise marcou o relançamento da grife.
Com personalidade marcante, o espumante é elaborado pelo método tradicional, com as uvas Chardonnay e Pinot Noir. Em 2016, a Gran Legado trouxe a mercado também o vinho tinto Native Merlot/Tannat 2014, lançamento da marca, e o premiado espumante Gran Legado Brut Champenoise, com nova roupagem. Enólogo da vinícola, Christian Bernardi airma que a Maison pretende manter a produção pequena, controlada e diversiicada para atender aos vários peris de consumidores. O volume de 8 mil garrafas, entre os tintos e brancos, deve ser mantido. Segundo ele, a safra de 2016 foi desastrosa em termos de quantidade e não de qualidade, e a produção foi garantida pelos estoques. A safra deste ano deve seguir os moldes normais, com boa qualidade. Aproximadamente 80% das
uvas da Maison é produção própria. A intenção, ao recriar a marca Forestier, foi unir a tradição de um nome centenário à experiência de mais de duas décadas da Gran Legado, airma o enólogo. O Gran Legado Brut Champenoise recebeu a medalha de Prata em Paris, França, no concurso Vinalies Internationales 2017. A tradicional competição mundial, é considerada uma das mais prestigiadas e acirradas do mercado mundial de vinhos e espumantes. Com mais esta medalha, a Gran Legado renova a rubrica de seu espumante, o brasileiro mais premiado internacionalmente. O concurso foi realizado entre os dias 25 e 28 de fevereiro e o júri de 150 provadores foi compostos por especialistas de todo o mundo, que analisaram quase 3,5 mil amostras de vinhos e espumantes de 40 nacionalidades.
VINHOS LARENTIS
Tradição familiar e paixão pelo vinho A Vinhos Larentis completou, em 2016, 15 safras. Localizada no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, comemorou o aniversário abrindo sua reserva particular e reunindo em uma caixa seis de seus mais emblemáticos vinhos. A Larentis mantém a tradição de ser um empresa familiar. O patriarca Arcangelo Gabriele Larentis chegou ao Vale dos Vinhedos com 19 anos, vindo da região de Trento, na Itália. Formou uma das primeiras famílias da região a cultivar variedades nobres, como as uvas Chardonnay, Merlot e Cabernet Franc. Nesta época, a família produzia vinhos para consumo próprio e vendia suas uvas para vinícolas. Hoje, a produção é limitada em 80 mil litros por ano, sendo 90% vinhos inos e 10% espumantes. Os planos são manter esse patamar, já que a ideia é investir na manutenção da qualidade, segundo André Larentis, enólogo da empresa. O proissional faz parte da terceira geração do clã e é quem assina os vinhos como responsável técnico. Segundo ele, as perspectivas para o ano de 2017 são excelentes, pois esta
safra foi bem superior a do ano passado. Desde o princípio, a família sempre prezou pela qualidade de seus produtos, elaborando seus vinhos em tanques de aço inoxidável e barricas de carvalho, o que havia de melhor à época. Aliado ao investimento em novas tecnologias, hoje, a diferença na qualidade dos vinhos está, segundo o enólogo, na dedicação de seus familiares. Quem visita a vinícola observa que o grupo vive a paixão pelos vinhos no dia a dia. Todo processo, desde o cuidado com o vinhedo, a elaboração, rotulagem, venda e atendimento ao turista é feito por três gerações da família. Os Vinhos Larentis são elaborados através de uma ótica que preza pelo cuidado minucioso em todo o processo, iniciando pelos vinhedos 100% próprios. Conduzidas pelo sistema de espaldeira – um princípio básico para quem busca produzir vinhos de alta qualidade –, as quatro mil plantas por hectare recebem um cuidado no qual quase todas as etapas são realizadas manualmente. Os vinhos que se
JANQUIEL MESTURINI/ABE/DIVULGAÇÃO/JC
Os Larentis comemoraram, no ano passado, 15 safras no Vale dos Vinhedos em Bento Gonçalves destacam, especialmente na estação mais fria do ano, são o Larentis Merlot Reserva e o Larentis Cabernet Sauvignon Reserva, elaborados com uvas 100% cultivadas na região do Vale dos
Vinhedos. Uma das atrações da vinícola para o inverno é a Degustação em Barricas, experiência proporcionada para apreciadores que desejam conhecer um pouco
mais sobre o mundo do vinho. Trata-se de uma degustação de vinhos como o Mérito 2012, um grande sucesso da Larentis, e visitação guiada pelo próprio enólogo da vinícola,
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VINÍCOLA SALTON
Safra de qualidade projeta ano positivo A Salton encerrou o ano atípico de 2016 com um faturamento de R$ 377 milhões, o que representa um crescimento inanceiro de 11,5% em comparação a 2015. Houve um registro de queda de 11% no volume de vendas de fermentados (vinhos e espumantes) e um incremento de 5,2% na linha de destilados. Outro ponto positivo do ano que passou foi a presença no mercado externo. As vendas aumentaram 130% em relação a 2015, com destaque para a preferência internacional pelos vinhos, que representaram 65% do volume de exportação, seguidos pelos espumantes, com 25% das vendas, e os destilados e sucos de uva, 10%. “Apesar de termos enfrentado um ano difícil, devido à quebra da safra em 60%, o que reduziu os estoques, tivemos uma boa performance, ainda mais considerando o sucesso dos lançamentos e a ampliação de portfólio. A partir do nosso planejamento estratégico, foi possível manter o crescimento e o
resultado esperado”, ressalta o presidente Daniel Salton. “É importante ressaltar que o nosso foco é a qualidade, e não grandes volumes, justamente por trabalharmos com os produtos premium e de valor agregado no mercado externo. Em cinco anos, projetamos que a exportação chegue a representar 5% do nosso faturamento”, lembra o presidente. Para 2017, a previsão da Salton é de um crescimento global de 12,38% em comparação ao ano passado. “Acreditamos que será um ano mais positivo, pois esperamos uma reação da economia e não aguardamos mudanças nos impostos, uma vez que as alíquotas já estão irmadas. Tudo indica que teremos uma safra de qualidade, que também vai nos permitir retomar a produção de produtos que entraram em ruptura em 2016, como os brancos da linha Salton Classic, os sucos de uva e os iltrados”, projeta Daniel. A estratégia da empresa é seguir com os lançamentos que
CARLOS BEN/DIVULGAÇÃO/JC
Vinícola produz alguns dos vinhos mais premiados em todo o Brasil surpreenderam no volume de vendas, como as vodcas e os chás com suco de uva (Grape Tea), uma inovação mundial, em quatro sabores. A intenção da empresa é também investir em novas safras de produtos e algumas ampliações de linhas. Além disso, haverá
investimento, principalmente, nos vinhedos próprios em Santana do Livramento, na região da Campanha, com o plantio de nove novos hectares. A Salton completou, em agosto do ano passado, 106 anos de tradição inovando no mercado. A empresa possui uma
unidade no distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves (RS), referência na elaboração de espumantes e frisantes no mercado nacional e responsável por alguns dos vinhos mais premiados do País. As outras duas unidades estão localizadas em Jarinu (SP), planta-piloto para aplicação de tecnologia de ponta e responsável pelo desenvolvimento dos produtos destilados como o Conhaque Presidente – com importante presença no portfólio da empresa, cujo resultado do faturamento deu suporte aos investimentos necessários para a evolução da vinícola –; e em Livramento. Durante o inverno, a Vinícola programou um tour especial, com vinhos Merlot e cremes quentes. Tudo na imponente estrutura de Bento Gonçalves, no Vale do Rio das Antas. Durante o passeio, os visitantes poderão conhecer os vinhedos, o processo de elaboração e atrativos como a Galeria dos 100 anos, a Cave das Bordalesas, o labirinto da Cave da Evolução.
VINÍCOLA PETERLONGO
Investimento em vinhos inos e espumantes A Peterlongo, uma vinícola centenária, responsável por elaborar o primeiro espumante brasileiro e, a partir daí, dar início à história da bebida no Brasil, realizou grandes investimentos na vindima deste ano de olho no mercado de espumantes e vinhos inos, que passam a ganhar mais atenção. Suas linhas Armando e Terras oferecem como proposta o consumo rápido. Com novo rótulo e novos vinhos, agora feitos para casas especializadas, a linha Armando chega repaginada ao mercado. A aquisição de 28 tanques de aço inox com capacidade total de armazenagem de 150 mil litros de vinhos – todos com cinta de refrigeração –, mais de 100 barricas de carvalho francês, prensa para uvas tintas, além da remodelação do setor de recepção e tratamento das uvas são alguns dos investimentos que já entram em operação
na vindima. O projeto é liderado pelo enólogo francês Pascal Marty, winemaker da Peterlongo. Dos 33 hectares da área de plantio em Encruzilhada do Sul, 22 são destinados ao cultivo das variedades tintas Pinot Noir e Merlot, e da branca Chardonnay. Em breve, a área deve receber novas variedades. A capacidade anual de produção da Peterlongo é de 6 mil litros. Entre os anos de 2002 e 2015 – quando a produção chegou a 4.173.866 litros –, houve crescimento de 400% na empresa. Em 2016, um ano atípico, não houve crescimento em razão da grande perda da produção. Especialmente a falta de suco de uva impactou nos resultados. A projeção para este ano é de crescimento de 30%, quando a produção pode chegar a 5 milhões de litros. A vinícola é uma das patrocinadoras da Stock Car, a principal categoria do
JEFERSON SOLDI/DIVULGAÇÃO/JC
Enólogo Marty e Sella estão à frente da nova fase da vinícola automobilismo nacional. O investimento em eventos tenta aproximar a vinícola das grandes marcas. Outra iniciativa de marketing criativa e que pretende alavancar as vendas é o wine movie, projeto
de enoturismo que promove cinema a céu aberto entre os vinhedos. A segunda edição da iniciativa ocorre em 22 de setembro. A Peterlongo foi, em 2016, a segunda vinícola brasileira que
mais exportou, segundo dados do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho). A maior conquista foi o mercado da China. Hoje, a empresa possui um proissional que atua somente nesta área, a im de ampliar a participação no mercado externo. Familiar até o ano de 2002, a Peterlongo foi adquirida por dois sócios, e Luiz Carlos Sella é o sócio-diretor que acompanha a empresa de perto. De lá para cá, a vinícola sanou dívidas e, a partir de 2015, retomou o crescimento e passou a investir em produtos de alta qualidade, com investimentos no vinhedo, no maquinário, na equipe e, mais recentemente, na contratação de uma consultoria por Marty. “Estamos vivendo uma nova vindima. Esta será a primeira safra de uma nova era da Peterlongo, que começou com as comemorações do seu centenário. E muita coisa ainda está por vir, especialmente na taça”, comenta Sella.
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GUIA Sacola térmica em couro*
Novidades para amantes do vinho
Portugueses da Domno Conhecida por trazer os melhores rótulos mundiais para o mercado brasileiro, a Domno Importadora comemora o destaque conquistado por cinco rótulos portugueses de seu portfólio. Os vinhos receberam ótimas pontuações na última edição da Wine Enthusiast Magazine, revista norte-americana das mais conceituadas sobre vinhos do mundo. Dentre os rótulos, destaque para os vinhos Quinta do Boição Special Seleccion Old V. Arinto 2013 e Vilalva Reserva Douro 2014. Informações: Rodovia BR-470, s/nº, km 224, Garibaldi. Telefone: (54) 3388-3999/ www.domno.com.br
Informações: A nova linha #moments começa a ser vendida pelo e-commerce da vinícola ao preço de R$ 43,00 a unidade. www. buenowines.com.br
Diferenciais para festas e eventos
Livro Vinho Fino Brasileiro*
FREDY VIEIRA/JC
A linha #moments da Bueno Wines, de Galvão Bueno, chega ao mercado com duas novidades para atender quem está entrando no universo do vinho: um produto descomplicado, que atenda às expectativas e tenha preço ao redor de R$ 40, valor que representa o maior volume de venda de vinhos no País. O VIN é um tinto varietal, elaborado com a uva Cabernet Sauvignon da campanha gaúcha. Já o VIC é um espumante brut branco, elaborado pelo método charmat, com castas Sauvignon Blanc e Pinot Noir, que exprimem o terroir Bellavista Estate, propriedade da vinícola.
FREDY VIEIRA/JC
Vinhos jovens da Bueno Wines
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
O mundo da enogastronomia não para, é rico em oferecer novidades a seus amantes antigos e a paixões recentes. Por isso a legião de fãs de tudo o que envolve esse universo cresce a cada dia. Confira as novidades em produtos de vinícolas e lojas especializadas.
Para uma, duas ou quatro garrafas, as sacolas para transportar vinhos têm sido um sucesso. Revestidas com material térmico, permitem levar espumante ou vinho na temperatura ideal, evitando quebras. São charmosas e têm um belo acabamento. O produto atende à solicitação dos hóspedes do Hotel Plaza São Rafael, que queriam comprar garrafas e carregar no avião com mais elegância e comodidade. O valor da sacola, comercializada na Arte e Vinho, varia de acordo com a capacidade. As menores saem a partir de R$ 70,00.
Champanheiras em banheiras vintage* Hoje, servir um bom vinho em casa é mais do que recepcionar: é encantar e surpreender. Na onda retrô, as champanheiras estilosas prometem fazer a diferença. Em formato de banheira, em acrílico e acabamentos dourados, o produto comporta até quatro garrafas. O valor é de R$ 135,00.
FREDY VIEIRA/JC
A Bioplast oferece a linha Party Parts, destinada a produtos para festas e eventos. São copos para todos os tipos de bebidas, taças, canecas, baldes e bandejas. Todos podem ser personalizados com marcas, nomes e logotipos. A empresa também fabrica o exclusivo Copo de Long drink Led, que aciona a iluminação quando preenchido com líquido, produto lançado no ano passado e sucesso em festas de aniversário, formaturas e eventos institucionais.
Informações: *Produtos disponíveis na loja Vinho e Arte, na avenida Alberto Bins, 514, Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.
Peterlongo para delicatessens
Informações: A Bioplast/Biovin fica na rua Engenheiro João Luderitz, 495, em Porto Alegre. Telefone: (51) 3344-3354.
Tábuas para harmonizar ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
A Von Aroma Espaço Gourmet tem ótimas sugestões para quem quer descontrair apreciando um bom vinho sem muito trabalho na cozinha. São tábuas de queijos e frios para cinco pessoas, com preços a partir de R$ 160. Há opções com tábuas de queijos gouda, emmental, provolone e prato. Frios com salame italiano e hamburguês, copa e lombo calabresa. O serviço pode ser complementado com mix de frutas secas: figo, damasco e tâmara. Também há opções como queijo brie, gorgonzola e presunto cru. A loja também oferece vinhos Catena e Luigi Bosca La Linda. Informações: A Von Aroma fica na avenida Otto Niemeyer 1.140, Porto Alegre. Telefone: (51) 3264-2815.
Gastronomia e vinhos
Um apaixonado por vinho e gastronomia, o carioca Rogério Dardeau elaborou um verdadeiro guia para quem quer conhecer mais sobre as novidades do mercado, com linguagem fácil e bastante informativa. Vinho Fino Brasileiro (Editora Mauad X) trata da história dos produtores no Brasil, desde o século XVI, com Brás Cubas, na capitania de São Vicente, até alcançar os dois grandes marcos de narrativa: a imigração italiana no século XIX à região de Bento Gonçalves e a decisão dos produtores de uva fabricar seus vinhos, nos anos 1980. O enófilo classificou as vinícolas brasileiras, desde as maiores às mais artesanais. Descendente de uma família de vinhateiros estabelecida há cinco séculos em Montlouis-sur-Loire, na França, o advogado está em seu quarto livro. O valor da publicação é de R$ 75,00.
A vinícola Peterlongo lançou uma nova linha de vinhos finos, a Armando Memória, repaginada para ser trabalhada em lojas especializadas. A linha chega ao mercado com os varietais tintos tradicionais Merlot e Cabernet Sauvignon, além do Tannat, novidade que vem completar a coleção. Todos com lotes limitados, os lançamentos já estão no mercado, com chancela do winemaker da Peterlongo, enólogo francês Pascal Marty. Junto com ele, a enóloga Deise Tempass acompanha o passo a passo que colocou a vinícola de volta na rota do vinho brasileiro. Os três vinhos têm preço sugerido de R$ 58,00. Informações: Rua Manoel Peterlongo Filho, 216 – Garibaldi/RS. www.peterlongo.com.br
Expediente Editor-Chefe: Pedro Maciel (maciel@jornaldocomercio.com.br) | Secretário de Redação: Guilherme Kolling (guilhermekolling@jornaldocomercio. com.br) | Editora de Cadernos Especiais: Ana Fritsch (anafritsch@jornaldocomercio.com.br) | Produção: Fernanda Crancio (especiais@ jornaldocomercio.com.br) | Reportagem: Isabela Soares | Projeto Gráfico e diagramação: Luís Gustavo Van Ondheusden | Revisão: André Fuzer, Rafaela Milara e Thiago Nestor
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Sexta-feira e im de semana, 19, 20 e 21 de maio de 2017
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