Diagramação - Página Esporte - volta do Nilmar

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Segunda-feira 22 de setembro de 2014

Jornal do Comércio - Porto Alegre

Esportes

29

INTER

Três vezes

NILMAR

Deivison Ávila

deivison@jornaldocomercio.com.br

Às 14h35min da sexta-feira, o sonho de milhares de colorados se tornou realidade: Nilmar vestiu novamente a camisa 7, retornando pela terceira vez ao clube que o revelou. Cerca de quatro mil pessoas estiveram no Beira-Rio para rever o ídolo. Após entrevista coletiva, o atacante, que já atuou 150 vezes pelo Inter e marcou 64 gols, foi ao reencontro da torcida. O grito de “ô, o Nilmar voltou” foi entoado com

fervor nas arquibancadas do reformado estádio. O autor do gol do título da Copa Sul-Americana em 2008 prom meteu um empenho ainda maior aoo das passagens anteriores e revelou u que a pressão familiar para a suaa volta sempre existiu. Sem uma data exata para a sua estreia, o desejo de Nilmar era poder jogar naa próxima rodada, mas ele diz resp peitar os profissionais que estão cond duzindo seu preparo da melhor maaneira possível. Sem ritmo de jogo, o princi-

Atacante revelado no Beira-Rio retorna ao clube que o projetou e espera ser melhor do que nas outras passagens

pal desafio do jogador de 30 anos é retomar as rotinas de treino, o que já está sendo feito em dois turnos. Com o desejo de jogar por muitos anos ainda, Nilmar acredita que o seu contrato poderá ser renovado daqui a três anos. Sobre um possível retorno à seleção, o camisa 7 falou que o seu foco está no Inter. Se tiver um bom desempenho no clube, a convocação para a seleção será natural.

Principais trechos da entrevista coletiva do jogador: Vestir de novo a camisa do Inter “Momento muito importante para mim, poder retornar ao clube. Devo tudo o que sou ao Inter. As pessoas que participaram da negociação sabem da dificuldade e do esforço que foi feito. O importante era o meu desejo de voltar a jogar pelo Inter. Quando as partes têm o mesmo pensamento, as coisas facilitam. É bom voltar e reencontrar amigos e pessoas que fazem parte da minha história.”

Voltar a um clube grande “Quem acha que não tem cobrança no Catar se engana. Quem é contratado a peso de ouro vai ser o mais cobrado. Mas o ritmo e o nível de competição por lá era diferente. Espero resgatar o meu preparo o mais rápido possível e voltar a atuar em alto nível. Tenho saudades de jogar em um estádio cheio, de sentir a adrenalina do torcedor. No Catar, você tem que lidar com algo que não é 100% profissional.”

Reestreia “Participei da pré-teemporada do Al-Jaish em julho, em Atibaia. A temporada no Catarr acabou em maio. O trabalho que estou fazendo com o professor Élio o Carravetta, desde que acertamos tudo, está sendo muito bom. Ele já me conhece e sabe dos meus limites. A vontade que eu tenho é de jogar no próximo final de semana, mas vamos respeitar o trabalho dos profissionais do clube.”

Jejum de gols

Salvador da Pátria

“O atacante é sempre cobrado o para fazer gols. Nenhum jogador entra em campo para perder, às vezes a fase não é boa mesmo. Não venho com o pensamento de tirar o lugarr de ninguém. Quero aos pouco os buscar o meu espaço. A vida do jogador é do modo que o professor Tite dizia na minha última passagem por aqui: é só com trabalho forte que a gente conquista as coisas.”

“Tenho as minhas responsabilidades, mas o Inter tem grandes jogadores. É um novo desafio e sempre encarei dessa maneira. Não me vejo como salvador da pátria. Eu quero ajudar da melhor maneira com as minhas características, e quero colaborar dentro de campo. Sabemos que não é um jogador só que decide um campeonato, é o clube. O grupo tem qualidade e quero entrar o mais rápido possível dentro de campo e demonstrar o que eu sei.”

Retorno à seleção “Eu tinha o sonho de voltar em 2012 ao Inter, mas não chegamos a um acerto. Tinha o sonho de disputar a Copa do Mundo no meu País, mas, ao mesmo tempo, tinha um projeto de passar cinco anos fora do Brasil e foi o que fiz. Minha família vivia muito bem por lá e todos sabem que a minha escolha foi financeira, não escondo isso de ninguém. Agora, mais maduro, sei o que posso. Meu objetivo não é a seleção. É o Inter. Se eu for bem no clube, a seleção será algo natural. Não é apenas o treinador que convoca, é o jogador que se convoca.”

Encerrar a carreira no Inter “Até lá terei 33 anoss, quero jogar bem mais, ainda mais que essaa cultura de idade está mudando no Brasil. Queria um contrato de 10 anos com o In nter, igual ao do Índio, para poder jogar aqui até os 40 anos (risos). Prettendo jogar pelo prazer. Meu pensam mento é cumprir o contrato e se eu estiver em alto nível, vou seguir atu uando.”

JONATHAN HECKLER/JC


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