Imagem renderizada apresentando o trabalho. Mostrando o partido adotado. Coluna em forma orgânica.
TĂtulo do projeto
Texto Conceitual
A cidade de São José do Rio Preto esta localizada no noroeste paulista, com uma população de 408 mil é a mais importante cidade dessa região. Ter privilegiado o automóvel como meio de transporte coletivo no Brasil legou consequências drásticas e dramáticas à convivência urbana como temos visto e vivenciado atualmente. No caso de Rio Preto uma praça cívica foi cercada de avenidas e viadutos ao ponto de estar quase morta. E ameaçada de ser substituída por um terminal urbano. Sendo a área do projeto um lugar degradado e de criminalidade crescente a revitalização da praça é fundamental. Sendo assim, a implantação desse projeto, visa a recuperação urbana como espaço de convivência social no coração da cidade. A questão é transformar a vocação pública dessa área num projeto que permita o desenvolvimento pleno da região, sob nova perspectiva. Agricultura urbana de chás, hortaliças e flores, conectadas ao prédio da biblioteca pública, a construção de espaços como cafés, livrarias e praça mais a construção de vias suspensas de ligação para pedestres ligando o centro da cidade por sobre a ferrovia e conectando numa mesma passarela os dois extremos da região. A implantação desse projeto nos moldes como imaginamos, fará a ligação dessa área ao parque da represa municipal, a mais importante área pública verde e de lazer da cidade. Acrescente-se o fato de que não apenas o centro passaria a ligar-se ao parque da Represa, mas ao mesmo tempo a área do nosso projeto conectaria toda a extensão da Avenida Philadelpho que já vem sendo revitalizada. Esse projeto é significativo em apontar aos próprios alunos a importância de estar consonante com outras necessidades atuais, como o equilíbrio social e psíquico, a sustentabilidade ambiental, a oxigenação das cidades e que tudo isso está nas mãos, também, dos profissionais da arquitetura e urbanismo.
Ă?ndice (fazer algo parecido c
com a AA)
Memorial Descritivo
Há muitas pessoas circulando por perto da praça cívica: no calçadão comercial, na rodoviária, no terminal urbano de ônibus, na orla da represa, no comércio de automóveis sob o viaduto Jordão Reis e há ainda ciclistas na Avenida Philadelpho. A praça cívica, que fica no coração da cidade e ilhada por este emaranhado de atividades, não atrai cidadãos e tornou-se um local inóspito, haja vista o recente plano de Mobilidade proposto pela administração pública que atreve a se desfazer da praça e em seu lugar instalar um novo terminal urbano, próximo ao existente. Nem mesmo o pequeno grupo de jovens manifestantes que resistem à essa ideia conseguiu atrair amplamente os cidadãos com atividades artísticas nos finais de semana, ainda que a praça tenha playground, fonte, anfiteatro e bancos. Assim, ela se mantém como local de (pouca) passagem e não de permanência. A obra mantem distante seu caráter de direito à atividade participante e à apropriação, conforme Lefebvre. Neste cenário, nossa investigação sobre a praça cívica apontou que os acessos dos pedestres são o maior desafio para promover a vitalidade da praça. Os acessos são o problema, não a praça.
O projeto inicia na transposição da ferrovia, de onde provem o maior número de pedestres e, para isso, foram projetadas duas grandes passarelas convergentes ao miolo da praça, uma interligando a área comercial à represa e a outra conectando as pessoas à avenida Philadelpho Gouveia Neto (imagem). Para evitar que as passarelas se tornassem apenas mais um elemento construtivo no cenário de viadutos, a ideia foi transformar esses acessos em atraente passeio suspenso, substituindo a passarela pela ideia de parque suspenso. As passarelas foram projetadas em forma orgânica e em formato sinuoso, com o objetivo de não derrubar nenhuma árvore existente da praça. Este elemento aéreo para pedestres e ciclistas transpõe a linha férrea e une o eixo ao longo do Rio Preto, servindo de mirante sobre a paisagem local e para cultivo de hortaliças e flores. A atratividade da passarela, além de hortas urbanas, inclui mini praças como pontos nodais.
Croqui do silvio
O trajeto da passarela 1 inicia-se cota da Rua Pedro Amaral até o centro da praça cívica, num trajeto de ......metros, com entrada acessível universalmente. A passarela 2 da praça e segue até o Viaduto Jordão Reis. Os pilares são feitos de perfil de metal com alma vazada e, além do valor estrutural, servem de acesso vertical e sob as passarelas formam-se ilhas utilitárias. Nas ilhas são destinadas lanchonetes, mini bibliotecas, cafés, rede de internet, formando um espaço de convivência rodeados de minijardins. Nas extremidades da praça, os viadutos passam a incorporar a nova paisagem. Após a identificação de
atividades de caráter espontâneo que acontece em baixo de cada viaduto, como por exemplo, a chamada “Pedra” aos domingos com a venda de carros, torna o viaduto Jordao Reis de caráter comercial, assim como o viaduto Lins Abreu Sodré tem servido como depósito de tubulações de concreto pela prefeitura municipal. No lugar destas atividades, propomos novos usos onde a arquitetura se integra com atrações culturais e educacionais. Sob o viaduto Jordao Reis, propomos pequenos comércios, locais de descanso através de mini praças e um pequeno palco para performances. Sob o viaduto Lins Abreu Sodré, além do pequeno comércio, foi projetado um espaço para minicursos.