Revista Gilista #6

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Revista Oficial do Gil Vicente Futebol Clube N.º6

Janeiro – ​ Maio 2014



EditOrial

Dr. Duarte Nuno Pinto

Pres. da Assembleia Geral do Gil Vicente FC

Estimados sócios, Simpatizantes e atletas do Gil Vicente Futebol Clube Comemorou-se no passado 3 de Maio o 90º

mente é publicada por esta revista, gostaria

A prática desportiva dos jovens tem um

Aniversário do Gil Vicente F.C.. Para além

assim de destacar alguns factos relevantes:

papel social cada vez mais relevante nas

das cerimónias habituais, procedeu-se à

Foram eleitos por larga maioria, os órgãos

comunidades. Alargar a prática desportiva

inauguração do Memorial, localizado no

sociais que lideram o nosso clube para o

a muitos mais jovens barcelenses reforça o

cemitério Municipal de Barcelos, dedicado

triénio 2014-2017, tendo muitos sócios ex-

papel social do clube reforçando uma gera-

aos fundadores, sócios, dirigentes e atletas

pressado o seu direito estatutário e votado.

ção mais saudável e com maior número de

do nosso clube.

As dificuldades de angariação do novo pa-

praticantes de desporto.

Queremos agradecer a dedicação e empe-

trocinador para as camisolas incentiva-

O futebol é um desporto cada vez mais glo-

nho da Comissão de Organização das Co-

ram a que se desse primazia à colocação

balizado, nomeadamente os seus atores

memorações, a colaboração do Executivo

do Galo de Barcelos e à menção da nossa

(atletas), não havendo fronteiras. Mas permi-

Camarário e ao jovem autor do projeto, Pe-

cidade e concelho.

tam-me partilhar a minha convicção pes-

dro Torres, bem como a presença de várias

No campo desportivo, a nossa equipa, ape-

soal: O Gil Vicente F. C., sem prejuízo da sua

individualidades na inauguração. Gostaria,

sar de alguns percalços, terminou a Liga

competitividade, será mais sólido, reforçará

todavia, de destacar a presença do Bispo

Zon Sagres na 13ª posição, com mais 6

mais a sua mística e levará mais sócios e

emérito Sr. D. Januário Torgal, que este ano

pontos do que na época anterior, pelo que

simpatizantes ao Estádio Cidade de Barce-

presidiu às cerimónias religiosas das festas

participará pelo quarto ano consecutivo no

los se tiver como paradigma mais “filhos da

do Senhor da Cruz.

escalão máximo do futebol nacional.

terra” a jogar nas suas equipas.

Como vem sendo habitual, na última sexta-

Na formação, as equipas (juniores, juvenis

Sinceramente, desejamos que com a colabo-

feira do mês de Maio, realiza-se um Jantar

e iniciados) obtiveram resultados despor-

ração e empenho de todos os Gilistas, Barce-

de Gala. Esta confraternização reúne a fa-

tivos que permitem continuar a competir

lenses, entidades públicas e privadas, o con-

mília gilista e, portanto, coaduna uma ex-

ao mais alto nível. Realce-se também os

tributo para tornar realidade a existência de

celente ocasião para homenagear a figura

“miúdos”, os benjamins, que se sagraram

infraestruturas desportivas adequadas no

gilista do ano, os antigos dirigentes e atle-

campeões distritais. Um elogio devido aos

mais curto prazo de tempo possível.

tas da década de 80 e 90. Como foi ampla-

atletas e seus familiares, técnicos, dirigen-

mente divulgado a figura gilista do ano é o

tes e funcionários pela sua dedicação à for-

Prof. Ilídio Torres, antigo atleta, sócio e diri-

mação desportiva.

gente que de uma forma generosa, compe-

É exatamente no âmbito da formação que

tente e apaixonada tem prestado serviços

gostaria de terminar. O Gil Vicente F.C.

relevantes ao nosso clube.

dispõe de infraestruturas (nomeadamente

Ao concretizar-se mais um aniversário do

campos de futebol) insuficientes e inade-

clube e não tendo a veleidade de relatar o que

quadas para a prática e desenvolvimento

Duarte Nuno Pinto

foi a sua atividade do último ano, que regular-

desportivo da sua formação.

Pres. da mesa da Assembleia Geral

Saudações Gilistas

3


ÍNDICE

GIL VICE

10 4

3 6 8 10 13 15 16 18 19

EDITORIAL Presidente AG Duarte N. Pinto

RESULTADOS E TABELA Època 2013-14

ASSEMBLEIA GERAL António Fiusa reeleito

ENTREVISTA António Fiusa

OPINIÃO João Tiago Figueiredo

INICIATIVA Galo Gil & Àguia Vitória

Gil Vicente – Benfica Em Barcelos impera o galo

HOMENAGEM João Vilela – 150 jogos

DESTAQUE Gabriel – Arte de ser incansável

29


ÍNDICE

ENTE FUTEBOL CLUBE 20 22 25 29 33 34 35 38 39

Galos internacionais Luís Martins, Avto, Pek's e Brito

Técnico João de deus Deus lançou 12

Ficha Técnica

ESTATÍSTICAS Balanço 2013–2014

Revista Oficial do Gil Vicente Futebol Clube

ANIVERSÁRIO

Presidente

90 anos

António Fiusa

Produção Direção de Comunicação e Imagem

INICIATIVA Visita às Escolas

Textos Paulo Amorim

COMENTÁRIO Coordenadores da formação

Design Ivo Sampaio

FORMAÇÃO

Fotografia

Época inusitada

Catarina Morais Barcelos Popular

UMA PÁGINA DE HISTÓRIA

Impressão

Manuel C. na génese do clube

Greca – Artes Gráficas

Periodicidade 1 Janeiro – 31 Maio 2014

QUIZ Testa a tua sabedoria

35

Dúvidas, críticas e sugestões: gilista@gilvicentefc.pt

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ASSEMBLEIA GERAL

O auditório do Estádio Cidade de Barcelos repleto de sócios Gilistas assistiu à reeleição de António Fiusa à frente da direcção do Gil Vicente Futebol Clube. A lista encabeçada pelo histórico presidente foi eleita por maioria dos sócios que participaram vivamente no ato eleitoral de 27 de março. Em Assembleia Geral realizada naquele dia, após fecho da urna, foram contabilizados1645 votos a favor e 36 em branco. Recorde-se que a lista A, liderada por António Fiusa, foi a única candidata aos órgãos sociais depois de não terem sido registadas outras listas, conforme o comunicado de 19 de março do presidente da Assembleia Geral, Dr. Duarte Nuno Pinto. O líder do órgão magno anunciou que perante a ausência de listas candidatas no tempo estipulado “solicitei à atual Direção que ponderasse a sua recandidatura ao qual António Fiusa, apesar dos seus afazeres profissionais, assentiu”. António Fiusa, de 63 anos, iniciou, assim, o seu quarto mandato à frente do Gil Vicente Futebol Clube, apontando ao triénio 20142017. No discurso de tomada de posse, o líder Gilista afirmou que o "trabalho realizado nos anos anteriores servirá de mote para os próximos anos, tendo em vista a continua modernização e crescimento do clube".

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ASSEMBLEIA GERAL

Corpos sociais

Quarto mandato

Direção

Ligado umbilicalmente ao Gil Vicente

Presidente António dos Santos Fiusa Presidente Adjunto Rui António Macedo Gomes

desde que nasceu, António Fiusa avan-

Assembleia Geral

dente do clube. Apesar do trajeto ter ini-

Presidente Dr. Duarte Nuno Cardoso Amorim Pinto Vice Presidente Fernando Manuel Vidal Sineiro 1º Secretário Dr. Carlos Manuel Moreira Pereira Gomes 2º Secretário António Miguel Araújo Leite Silva Lopes

Conselho Fiscal Presidente José Adolfo Moreira Pereira Gomes Vice Presidente Duarte Nuno Monteiro Saraiva de Sousa 1º Secretário Dr. Carlos Manuel Gomes

ça para o quarto mandato à frente do destino do clube, isto é, em março passado completou dez anos como presiciado há mais de 20 anos, como diretor de diversos departamentos, vice presidente das modalidades amadoras e futebol profissional, a presidência surgiu em 2003, após a partida prematura do presidente Abílio Martins. Na altura, António Fiusa era então presidente-adjunto e assumiu o cargo bicéfalo. Nas eleições de 2004 deu partida ao trajeto marcado por uma liderança forte e de evolução do clube de Barcelos, que atingiram o seu auge com a promoção à Primeira Liga, em 2011, depois da descida pelo famigerado “Caso Mateus”, e a chegada à final da Taça da Liga.

Departamentos Vice Presidente Financeiro António Padrão Varzim Miranda Vice Pres. Futebol Prof. e Instalações Afonso Henrique Monteiro Ferreira Vice Presidente Relações Públicas Francisco Baptista Pereira Vice Presidente Publicidade e Eventos Alberto de Oliveira Coelho Vice Presidente Administrativo Constantino José Leite da Silva Lopes Vice Presidente Património Arquiteto Américo da Costa Gomes Vice Presidente Ação Social Jorge Manuel Lomba Dias Vice Presidente Formação Francisco Senra da Silva.

Mudanças pontuais

Diretores de Departamentos

Vicente, fizeram questão de participar

Financeiro Dr. Susana Maria Borges Fiusa; Manuel Paralvas Vilas Boas Jurídico Dr. Luís Pedro Guedes R. L. Macieirinha Património Fernando Fernandes de Miranda Modalidades Amadoras Manuel Lopes de Oliveira; Vítor Manuel Pascoal Sarmento; José da Silva Costa; Jorge Manuel Dias Moura; Jorge Manuel Torres dos Santos; Vítor Manuel Martins Correia; José Delfim Gomes Arantes; Manuel Oliveira Pereira; Domingos Senra Lopes; Carlos Alberto Silva Nunes; Rodolfo Gaifem Soares; Gomes do Vale e Carlos Alberto Barbosa Melo.

A lista encabeçada por António Fiusa

não

apresenta

alterações

sig-

nificativas relativamente à que liderou o clube no triénio 2011-2014. Apenas se regista mudanças pontuais na Formação, com a entrada de Francisco Senra da Silva para Vice Presidente e a reformulação ao nível dos diretores. Funcionários da SDUQ, equipa técnica e jogadores, enquanto sócios do Gil no ato eleitoral.

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Entrevista

Que balanço faz da época que findou? O início de época, quando em nove jogos conquistámos 17 pontos, foi muito bom, e elevou bastante as expetativas. Infelizmente, a partir daqui, reuniram-se um conjunto de situações adversas que prejudicaram o rendimento da equipa. É verdade que na pior fase da época e em virtude de um calendário despropositado tivemos três meses sem jogar em casa, sem sentir o apoio dos nossos adeptos. Perdemos jogadores experientes e influentes na equipa titular devido a lesões e castigos, que dificultaram o estabilizar da equipa.

Que ilação retira de fases tão distintas da época? Da época passada para esta fizemos uma reestruturação significativa no

| Entrevista

plantel. Saíram 18 jogadores e en-

António Fiusa

feriores do futebol português e com

Iniciou em março um novo triénio, 2014-2017, na liderança do Gil Vicente Futebol Clube.

traram outros tantos, na sua maioria jovens oriundos de escalões inmuita margem de crescimento. Fomos, provavelmente, a equipa que mais jovens lançou na Primeira Liga. Foi um ano de transição, o ano zero, como costumo dizer, de um trabalho que ainda está no princípio.

Mesmo assim, os objetivos previstos foram alcançados. Sim, o facto é que acabamos por garantir a

Após dez anos de implementação de um projeto ambicioso e virado para o crescimento, que teve como pontos mais altos a promoção à Primeira Liga e a caminhada de sucesso até à final da Taça da Liga, o histórico líder barcelense analisa, em entrevista à Gilista, o presente de sustentabilidade e perspetiva o futuro desportivo e institucional do Gil Vicente Futebol Clube.

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permanência antes do fim do campeonato, o que não aconteceu na época passada. Fomos eliminados nas Taças pelo Benfica, clube que acabou por vencer as competições. Mantivemos a boa assistência no Estádio Cidade de Barcelos, algo que queremos reforçar no futuro, e lançamos muitos jovens jogadores, que conseguimos valorizar, criando a base de um grupo que poderá ser mais forte nas próximas épocas.


entrevista

Como aprecia o trabalho do técnico João de Deus?

O Gil Vicente completou 90 anos em maio.

O Sr. João de Deus é, no meu entender e

Primeira Liga. E depois de esse objetivo

É uma data histórica. Só com esta forte

da minha Direção, um treinador jovem

ser cumprido almejar no futuro uma par-

motivação faz sentido celebrar 90 anos

com grandes capacidades e métodos de

ticipação europeia. Mas acima de tudo

do nosso clube. O Gil Vicente é um clu-

trabalho modernos e evoluídos. É uma

o que pretendemos é o que os sócios e

be com muito passado e estou certo que

pessoa séria e de caráter. Cumpriu todos

adeptos pretendem: ter um Gil Vicente

terá muito futuro.

os objetivos que lhe pedimos, portanto

vencedor! Eu confio no futuro do Gil Vi-

está a fazer um trabalho positivo. É a mi-

cente e estou certo que os barcelenses

Vivemos momentos que puseram à pro-

nha escolha para levar o projeto ambicio-

vão continuar a depositar confiança no

va o valor das nossas convicções e a

so do Gil Vicente a bom porto.

seu clube, aplaudindo e incentivando.

força da nossa união. Conseguimos aqui chegar

"João de Deus é a minha escolha para levar o projeto ambicioso a bom porto"

"É vergonhoso como o Caso Mateus se arrasta em tribunal, mas nunca desistiremos"

porque

sempre

acreditamos,

porque decidimos avançar sem medo e assumindo as dificuldades. O que engrandeceu o Gil Vicente foi acreditar que podemos melhorar todos os dias. A riqueza do nosso clube não assenta unicamente nos êxitos desportivos ou nos títulos conquistados, reside igualmente nas pessoas que sempre colaboraram com o clube.

As últimas eleições ditaram a sua reeleição por mais três anos. Que objetivos definiu?

Em que ponto se encontra o Caso Mateus?

Parto para este triénio com a consciência

Das duas ações que temos em tribu-

mais diversos campos que hoje com-

que já se fez muito pelo clube, mas com

nal uma, a da formação, já transitou

pletam a realidade desportiva. Sei que

a convicção que ainda há muito mais

em julgado e seremos certamen-

há 30 anos não pensávamos qual seria

para fazer. Estes anos que temos pela

te ressarcidos em breve. Eu sempre

o passo a tomar, estávamos ligados ao

frente são mais uma vez de grande exi-

acreditei e lutei pelos interesses do

presente, e hoje vejo um Gil Vicente que

gência e vão-nos obrigar a muito traba-

Gil Vicente, tendo presente que a

sabe o que quer e para onde vai.

lho e dedicação, tendo sempre presente

verdade estava do nosso lado e o re-

que crescemos e modernizamo-nos, mas

sultado desta ação é o confirmar da

queremos crescer ainda mais, criando

nossa razão. E para aquelas pessoas

assim condições indispensáveis para a

que achavam que o clube se deveria

estabilidade. A resolução do Caso Mateus

ter calado e renunciado aos seus di-

Quero recordar a pessoa e o exemplo

pode ser um desses fatores. Queremos

reitos, este resultado é uma resposta

do único presidente que durante estes

resolvê-lo e também dotar a formação de

contundente. Quanto à ação da des-

90 anos faleceu no exercício das suas

melhores condições que permitam refor-

promoção está mais atrasada devido

funções, o meu antecessor: o Sr. Abílio

çar o bom trabalho que tem vindo a ser

à pouca celeridade dos tribunais. Irá

Martins. Companheiro e amigo, homem

desenvolvido.

fazer oito anos em agosto. É vergo-

marcante pela sua simplicidade e que faz

nhoso o modo como este caso se ar-

muita falta ao nosso clube.

Hoje, com 90 anos, o Gil Vicente é um clube a preparar-se para a realidade vindoura, da tecnologia, das redes sociais, dos métodos avançados de treino, dos

E no plano desportivo?

Por fim, quer deixar alguma mensagem?

rasta nos tribunais, mas não desistiremos de lutar até que seja reposta a

Agradeço aos amigos do clube, aos patro-

Já o afirmei por diversas vezes: nos pró-

verdade e que nos indemnizem pelos

cinadores e à Câmara Municipal pelo seu

ximos anos alcançar a consolidação na

prejuízos causados.

envolvimento.

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OPINIÃO

Cartão de memória:

Esta é para a Tor! Salvem o espírito do Adelino Ribeiro Novo por

João Tiago Figuiredo

in. Mais Futebol

Está a ver aquele momento em que um

trocou castanhas por pipocas, bifanas

Naquela gaveta, onde fecharam ainda os

jogador, em boa posição, atira uns metros

por cachorro. Quando alguém decidiu que

equipamentos pretos dos árbitros, os paus

valentes por cima da trave? Acredito que

o guarda-chuva era uma arma letal e o

das bandeiras, fossem de que tamanho

o leitor dirá qualquer coisa deste género:

torniquete o melhor amigo do homem.

fossem, e os jogos grandes ao domingo à

dez pontos para o País de Gales. Eu não. Costumo dizer: esta é para a Tor!

tarde, ficou o Adelino Ribeiro Novo. O espírito do Adelino Ribeiro Novo é um pontapé para frente, para aliviar. Um

Com ele, a claque em forma de banda

Se não conhece Barcelos, é provável

«está apertado, atira para fora». Um «‘tá a

musical, o balcão do café transformado

que não tenha percebido nada. E como

sentar, que já não chove!».

em piscina de vinho tinto, onde as

Barcelos não é assim tão grande, o

moedas colavam e não queriam descolar.

melhor é mesmo explicar. A Tor era a

Mas é mais. É um par de chuteiras pretas

O grito desenfreado «Gatuno!», em bis

fábrica têxtil que ficava atrás do Adelino

e brancas. Ou só pretas, que já chega

interminável, após o primeiro amarelo

Ribeiro Novo. Naqueles tempos, quando

bem. É um papelinho ao intervalo para

aos homens da casa.

alguém rematava assim, daquele lado,

quem quiser ir à roulotte e voltar a entrar.

meio estádio dizia: esta é para a Tor!

Era pequeno? Deveriam era orgulhar-se Quando o futebol saiu do Adelino Ribeiro

da obra de quem conseguiu enfiar um

Partindo do principio que vocês, aí

Novo - e dos irmãos Mário Duarte,

campo de futebol entre um cemitério,

desse lado, também gostam de futebol, é

Calhabé, 1º de Maio ou Reboleira –

uma serração e a Tor.

provável que tenham aquele estádio que

também se perdeu o central que só dá

marcou a infância. Calha a todos. O meu,

porrada, o extremo que só vai à linha e

A Tor para onde iam as bolas. A Tor que

por inerência ao local de nascimento, é o

cruza e o treinador que fala em contra-

também está fechada há uns anos.

Adelino Ribeiro Novo. O velhinho.

ataques em vez de transições rápidas.

A Tor que também é um braço do

Voltando ao início, mandar bolas para a

Perdeu-se o cigarro no banco, o chupa-

Tor era, portanto, prática habitual. Fazia

chupa do Carlos Manuel, o cobrador que

O espírito do Adelino Ribeiro Novo é o

parte daquilo a que chamo “o espírito

é meu e não vou a mais nenhum. Já não

espírito do futebol de outrora. Já não

do Adelino Ribeiro Novo”. Um estilo que

sentimos o frio do cimento e as crianças,

existe, mas quem viu não esquece.

vai muito para lá do simples ato de jogar

se já conseguem andar, então pagam!

Talvez, como eu, recorde com saudade.

velhinho campo.

futebol. Que mistura bola com bancadas

Talvez não.

de madeira, areia nas balizas, bifanas,

Deixou de ver-se o tabuleiro do senhor

vinho e cobradores.

que vendia chocolates. Disto, confesso,

Mas uma coisa é certa: o Adelino Ribeiro

nem me queixo: para além de me tapar

Novo continua de braços abertos pronto

Um espírito que alguém meteu numa gaveta

a vista, ainda me levou 200 escudos

para uma conversa sobre bola, com

quando se decidiu levantar quilómetros

por um Lion. E eu de braço estendido à

cerveja e tremoços à mistura. E sem

de ferro e betão para o Euro 2004. Quando

espera do troco.

precisar de assessor.

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INICIATIVA

– Momento Inédito –

Galo Gil & Águia Vitória O Galo Gil e a Águia Vitória, os símbolos vivos do Gil Vicente e

O Gil Vicente proporcionou este encontro inusitado no mesmo

Benfica respetivamente, encontraram-se lado a lado, pela primeira

espaço dos únicos emblemas vivos do futebol português que

vez na história de ambos os clubes, no relvado do Estádio Cidade de

marcam presença assídua e igualmente imponente no relvado

Barcelos, minutos antes do início do jogo da 17ª jornada da Primeira

dos seus estádios antes do início de cada jogo, engrandecendo o

Liga, disputado a 29 de janeiro, que terminou empatado a uma bola.

clima de festa que deve envolver um espetáculo desportivo. Os adeptos das equipas aplaudiram em simultâneo a iniciativa, que ainda teve direito a uma volta de honra de ambos os símbolos, levando a que muitos adeptos se aproximassem do beiral das bancadas para avistar de mais próximo os símbolos vivos. Muitos ainda conseguiram registar em fotografia o momento ao lado da mascote, uma recordação que certamente ficará para a posterioridade.

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GIL VICENTE – BENFICA

Uma parada sensacional de Adriano Facchini em resposta a

uma vez decisivo quando parou um remate de Cardozo dentro

uma grande penalidade batida por Oscar Cardozo, assinalada

da pequena área. Está mais que visto, foi noite do imperador! O

pelo árbitro no último minuto da partida, permitiu ao Gil Vicen-

Benfica chegava a Barcelos isolado no topo da tabela, com o ba-

te assegurar um justíssimo empate em Barcelos frente ao pri-

lanço de nove vitórias consecutivas e sem sofrer golos há sete

meiro classificado. Minutos antes, o guardião Gilista foi mais

jogos. O embalo era decidido, mas não passou em Barcelos.

ADRIANO DEFENDEU UM PENÁLTI E NEGOU GOLO CANTADO A CARDOZO

Foi unânime. Organizado e coeso, o bloco Gilista apresentou-se recuado e fechado durante grande parte do encontro, oferecendo a iniciativa ao adversário. João de Deus apostou em responder em velocidade pelas alas, com Diogo Viana e Avto a fecharem mais as sucessivas subidas de Maxi e Siqueira do que a originar ataques. No eixo do ataque, o técnico Gilista apostou no móvel Brito ao invés de um avançado fixo. E colheu frutos, o atacante cabo-verdiano esteve bastante irrequieto e criou muitos embaraços para a defensiva encarnada.

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GIL VICENTE – BENFICA

GIL VICENTE TRAVOU SÉRIE DE NOVE VITÓRIAS CONSECUTIVAS DAS ÁGUIAS

A equipa Gilista não arriscou muito,

Apesar de toda a entrega, acabou por

é verdade, mas soube pressionar no

ser o Benfica a pressionar até ao fim,

momento certo. A perder por uma

tendo na grande penalidade, assinalada

bola, devido a uma grande penalidade

após falta sobre Hugo Vieira, o lance

convertida por Lima, ao minuto

capital |da partida.

62, João de Deus apostou em Vítor Gonçalves que viria a ter um papel

O Gil Vicente voltou a pontuar, naquele

decisivo. Na sequência de um canto,

que foi o primeiro jogo em Barcelos, em

o médio apareceu bem na entrada da

2014, a contar para a Primeira Liga.

área e rematou em jeito para o fundo da baliza de Oblak. O Gil Vicente subiu no terreno e chegava mais perto da baliza

Joker

|

Vítor Gonçalves

benfiquista, até porque jogava em superioridade numérica, por expulsão

Vítor Gonçalves entrou para marcar o

de Siqueira, ao minuto 58. Diogo Viana

golo do empate,

ameaçou de fora da área, mas sem grandes dificuldades para Oblak.

TALVES TENHA SIDO O GOLO MAIS IMPORTANTE DA MINHA CARREIRA Vítor Gonçalves

Garra barcelenses segurou o empate a uma bola

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HOMENAGEM

VILELA RECORDISTA DE GALO AO PEITO Médio já Ultrapassou os 150 jogos com a camisola Gilista É o jogador do plantel 2013-2014 que mais vezes vestiu a camisola do Gil Vicente: 166. Nesta época, ultrapassou a marca dos 150 jogos e foi homenageado em pleno relvado, pelo presidente António Fiusa, antes do início da partida diante do Sporting, no Estádio Cidade de Barcelos. João Vilela contabiliza oito épocas interruptas a envergar o Galo ao peito e a representá-lo com orgulho. Viveu a promoção à Primeira Liga, em 2011, e esteve presente na final da Taça da Liga, em 2012. Aliás, na placa comemorativa oferecida ao jogador lê-se “Homenagem pelos 150 jogos repletos de dedicação e profissionalismo ao serviço do Gil Vicente Futebol Clube”. Chegou a Barcelos na época 2005-2006, por empréstimo do Benfica, e depois de cumprir meia época acabou por rubricar contrato com o Gil Vicente. Desde então, apenas não vestiu a camisola Gilista por duas ocasiões. Em 2009-2010 cumpriu uma temporada no Fátima e, na época 2011-2012, aventurou-se no Tractor, do Irão, mas regressou a Barcelos na reabertura do mercado de transferências, em janeiro, tornando-se de imediato preponderante na manobra da equipa.

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O presidente António Fiusa, em nome do Gil Vicente, premiu o médio no Gil Vicente-Sporting


DESTAQUE

ARTE DE SER INCANSÁVEL Nunca foi substituído, nunca esteve lesionado, jogou sempre a alta velocidade! Apenas falhou um jogo e por castigo disciplinar da Liga, quando somou o quinto amarelo na antepenúltima jornada. Ate aí, era o jogador de campo da Primeira Liga com mais minutos jogados a par de Luisão, do Benfica. Acabou a época em segundo, com 2610 minutos, menos 67 que Derley, do Marítimo, o jogador mais utilizado desta época. Gabriel chegou desconhecido a Barcelos proveniente do modesto Penafiel, da Segunda Liga, onde curiosamente só falhou um jogo, e rapidamente tornou-se um dos favoritos do técnico João de Deus e igualmente dos adeptos Gilistas. O enérgico lateral direito tem pilhas que nunca mais acabam e impressiona pela raça, pela determinação e o empenho que confere a cada lance, disputando-o como se fosse o momento capital da partida. Se a entrega fosse quantificável facilmente sairia desta temporada com 100 por cento de sucesso. É natural que a “torcida” de Barcelos o tenha escolhido para ser um dos favoritos.

NUNCA ESTEVE LESIONADO OU FORA SUBSTITUÍDO NESTA ÉPOCA

O talento do baixinho do Gil Vicente é facilmente percetível. Há segunda jornada, frente ao Benfica, quando travou com mestria Nico Gaitán, já ninguém tinha dúvidas: Gabriel seria o dono da posição para o resto da temporada. Primeira Liga

29

jogos

2610

minutos

Total

34

jogos

2880 minutos

32 jogos consecutivos sem descanso Completou uma série incrível de 32 jogos consecutivos sem parar, mantendo o equilíbrio exibicional. Fez jogos notáveis em prol do coletivo e no plano individual, travando os melhores extremos da Primeira Liga. Em Barcelos cresceu com o treinador João de Deus e é com naturalidade que no desfecho do campeonato seja extremamente cobiçado por diversos clubes europeus.

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GALOS INTERNACIONAIS

Galos Internacionais N

unca antes o Gil Vicente teve na mesma época tantos jogadores a frequentarem os diversos escalões das

respetivas seleções nacionais. Luís Martins, Avto, Pek’s e Brito

J

á Brito e Pek’s participaram nos mesmos encontros de Cabo Verde, ambos particulares, frente ao Gabão e à

seleção da Catalunha. Avto estreou-se em outubro pela seleção

tiveram a oportunidade de em 2013-2014 vestirem a camisola

da Geórgia e logo frente ao campeão Mundial e bicampeão

do seu país para alinharem nos mais diversos palcos mundiais.

europeu, a Espanha. O extremo georgiano entrou no minuto 70,

O L

já a sua seleção perdia por 2-0, todavia trouxe um novo fôlego

inédito reflete a aposta da atual Direção e equipa técnica

à equipa e pôs em sentido a defesa hispânica com os rasgos

em exponenciar o talento de jovens jogadores, na sua

frequentes pelo flanco em velocidade.

maioria, assíduos nos escalões jovens das suas seleções e com grande margem de progressão.

M

as são muitos os que têm ou nalguma fase de sua carreira tiveram projeção internacional, servindo o seu

uís Martins realizou quase todos os jogos do apuramento da seleção Sub-21 de Portugal para o Campeonato da

país ao mais alto nível. São os casos do capitão César Peixoto, que cumpriu a sua primeira internacionalização em 2008, e

Europa (fez quatro dos 5 realizados, só falhou o jogo frente ao

logo num Brasil-Portugal, ou de Bruno Moraes, que ajudou a

Azerbaijão), que se realiza em 2015, na República Checa. O bom

seleção brasileira a chegar aos quartos-de-final do Mundial

rendimento ao serviço do Gil Vicente e a liderança consolidada

Sub-17, em 2001. Vítor Gonçalves, Ivan, Caetano, Paulinho, Luís

como capitão dos Sub-21 levaram o selecionador Nacional,

Silva, Keita, Leandro Pimenta e Diogo Viana fazem parte dos

Paulo Bento, a inclui-lo na pré-convocatória para o particular

planos dos selecionadores dos respetivos países.

com a seleção dos Camarões, disputado em fevereiro passado.

Internacionais do plantel César Peixoto – Portugal; João Vilela – Sub-21; Leandro Pimenta – Sub-21; Vítor Gonçalves – Sub-21; Paulinho – Sub-21; Caetano – Sub-20; Bruno Moraes – Sub-17 Brasil; Vítor Vinha – Sub-17; Diogo Viana – Sub-21; Luís Silva – Sub-21 e Keita Mali – Principal.

Internacionais até 2013 Luís Loureiro - 2003; Capucho – Sub-20, 1991 e Jorge Ribeiro – Sub-21, 2003

20


GALOS INTERNACIONAIS

Luís Martins (capitão) – Portugal Sub-21 Portugal-Suiça: 5-2 (Ivan Cavaleiro, 39’, André Gomes, 48’, João Mário, 61’, Ivan Cavaleiro, 72’, Lucas João, 82’); (Buff, 19’, Drmic, 73’); 14 de agosto 2013, Portugal, Amigável Portugal-Noruega: 5-1 (Betinho 30', Ivan Cavaleiro 35', Sérgio Oliveira 45+1', William Carvalho 63' g.p. , Ricardo Pereira 78’); (Bakenga, 15’, g.p.), 5 de setembro 2013, Barcelos, Portugal, Qualificação Mundial 2015 Portugal-Polónia: 6-1 (André Gomes, 19’, Ricardo, 27’, Esgaio, 46’, Betinho, 71’, Rafa, 74’, Lucas João, 76’); (Przybilko, 67’) Portugal-Israel: 3-0 (William Carvalho, 15’, Bruma, 45’, Twatha, a.g., 78’), 10 outubro 2013, Marinha Grande, Portugal, Qualificação Mundial 2015 Israel-Portugal: 3-4 (Munas Dabbur 9', Dia Seba 55' e Taleb Tawatha 79') (Ivan Cavaleiro 16', Ricardo Pereira 59', Bernardo Silva 64', André Gomes 86'), 18 de novembro, Israel, Qualificação Mundial 2015 Portugal-Macedónia: 2-0 (Bernardo Silva, 51’, Esgaio, 59’), 5 de março 2014, Barcelos, Portugal, Qualificação Mundial 2015

Brito – Cabo Verde Gabão-Cabo Verde: 1-1 (Héldon, 22’) e (Bruno Manga, 50’), 14 agosto de 2013, Portugal, Amigável Catalunha-Cabo Verde: 4-1 (Djaniny, 12’); (Sergio Garcia, 16’ e 18’, Bojan Krkic, 19’,

Avto – Geórgia

Oriol Riera, 64’), 30 de dezembro 2013, Espanha, Amigável

Espanha-Geórgia: 2-0 (Negredo, 26’, Mata 61’), 10 de outubro 2013, Espanha, Qualificação Mundial 2014 Geórgia-Liechtenstein: 2-0 (Chanturia, 25’, Ananidze, 76’), 5 de março 2014, Geórgia, Amigável

Pek’s – Cabo Verde Gabão-Cabo Verde: 1-1 (Héldon, 22’) e (Bruno Manga, 50’), 14 agosto de 2013, Portugal, Amigável Catalunha-Cabo Verde: 4-1 (Djaniny, 12’); (Sergio Garcia, 16’ e 18’, Bojan Krkic, 19’, Oriol Riera, 64’), 30 de dezembro 2013, Espanha, Amigável

21


TÉCNICO JOÃO DE DEUS

“A aposta para o plantel desta época

contratações assente em jogadores jovens

será em jovens jogadores”, quem

e com potencial para serem trabalhados

o disse foi António Fiusa numa

por um treinador igualmente jovem e sem

frase que remonta à pré-época

receio de arriscar – João de Deus -, pronto a

Gilista. E assim foi. O início da

lapidar o talento dos mais recentes pupilos.

nova temporada trouxe o refrescar das hostes, enveredando por uma nova política de

A reabertura do mercado de transferências, em janeiro último, confirmou a tendência, com a reentrada de Hugo Vieira e a aposta em Luís Silva, Caetano, Mosquera e o regresso de Alphonse que estava emprestado à Oliveirense, clube da Segunda Liga. Do plantel da época passada saíram 18 jogadores (média de idades: 29 anos) e no atual plantel constam 17 novas caras (média de idades: 24,4 anos). Embora a nova disposição trouxe atletas ávidos de ambição competitiva e de afirmarem as suas capacidades no maior palco do futebol português também é verdade que arrecadou menos experiência de Primeira Liga, englobando muitos jogadores que até aqui alinhavam na Segunda Liga. Um aspeto que não foi problema para a estratégia delineada pela Direção e colocada em prática pelo timoneiro João de Deus. Dos 17 reforços, o técnico dos Galos lançou 11 no primeiro escalão do futebol português, com uma média impressionante de idades: 23,2 anos! Se somarmos as presenças nas Taças de Nélson Agra o número sobe para 12 caras novas lançadas pelo treinador originário de Setúbal. O próprio assim o referiu após o jogo com o V. Guimarães, em março, salientando que depois de tal aposta, com seis jornadas para disputar, é sem dúvida um feito positivo no patamar de crescimento e sustentabilidade para o futuro do Gil Vicente.

22


TÉCNICO JOÃO DE DEUS

Alphonse

Diogo Viana

Lançado na 22ª jornada, em

Lançado na 1ª jornada, em agosto, frente

março, frente ao P. Ferreira.

à Académica.

Idade: 20 anos

Idade: 24 anos

Minutos: 52

Minutos: 2220

Clube anterior: Mirandela, CNS

Clube anterior: Penafiel, II Liga

Simi Nwankwo

Gabriel

Lançado na 1ª jornada, em agosto,

Lançado na 1ª jornada, em agosto, frente

frente à Académica.

à Académica.

Idade: 22 anos

Idade: 25 anos

Minutos: 748

Minutos: 2880

Clube anterior: Portimonense, II Liga

Clube anterior: Penafiel, II Liga

Luan Scapolan Paulinho

Lançado na 1ª jornada, em agosto, frente

Lançado na 1ª jornada, em agosto,

à Académica.

frente à Académica.

Idade: 25 anos

Idade: 21 anos

Minutos: 1827

Minutos: 1213

Clube anterior: Audax São Paulo, Brasil, II

Clube anterior: Trofense, II Liga

Divisão

Vítor Gonçalves

Pedró

Lançado na 5ª jornada, em setembro,

Lançado na 19ª jornada, em fevereiro,

frente ao Olhanense.

frente ao Porto.

Idade: 22 anos

Idade: 26 anos

Minutos: 879

Minutos: 100

Clube anterior: Portimonense, II Liga

Clube anterior: Freamunde, II Liga

Avto

Mosquera

Lançado na 4ª jornada, em

Lançado na 18ª jornada, em fevereiro,

setembro, frente ao Porto.

frente ao Braga.

Idade: 22 anos

Idade: 26 anos

Minutos: 2496

Minutos: 214

Clube anterior: Oliveirense, II Liga

Clube anterior: Cottbus, Alemanha, II Liga

Leandro Pimenta

Nélson Agra

Lançado na 1ª jornada, em agosto,

Lançado na 1ª eliminatória da Taça da

frente à Académica.

Liga, em setembro, frente ao Moreirense.

Idade: 23 anos

Idade: 23 anos

Minutos: 861

Minutos: 147

Clube anterior: Benfica B, II Liga

Clube anterior: Varzim, CNS

23



ESTATÍSTICAS

2013/14

BALANÇO CLASSIFICAÇÕES NA PRIMEIRA LIGA

CLASSIFICAÇÕES NA TAÇA DE PORTUGAL

CLASSIFICAÇÕES NA TAÇA DA LIGA

25


ESTATÍSTICAS

| A Figura

Adriano Facchini Imperador de Luvas de Aço Imponente na baliza Gilista mais uma vez! Adriano Facchini foi titular em todos os jogos da Primeira Liga, nunca substituído, e apenas preterido nos jogos das Taças, à exceção de um, frente ao Benfica. O guardião, de 31 anos, fez exibições absolutamente incríveis. Qualquer resumo ou apontamento da sua época parece pouco. Mesmo assim, fica o registo de uma série de jornadas em que foi fundamental.

Momentos Chave 1ª jornada Vs Académica. 2-0 V. Defendeu tudo o que foi à baliza. 3ª jornada Vs. Braga. 1-0. V. Com o Gil a jogar com menos dois, impediu por três vezes no mesmo lance o golo de Pardo. 8ª jornada Vs. Rio Ave. Defesa apertada a um cabeceamento de Hassan na pequena área. 17ª jornada Vs. Benfica. 0-0. E. Parou um penálti no minuto 90. 24ª jornada Vs. V. Guimarães. 0-0. E. Defesa acrobática nas alturas a um remate bombeado para as suas costas.

Onze Tipo

Luís Martins 27 J Adriano 31 J

Pek's 26 J Danielson 33 J Gabriel 34 J

Treinador joão de deus

26

Luan Scapolan 26 J

César Peixoto 20 J

Avto 32 J

Hugo Vieira 14 J João Vilela 24 J

Diogo Viana 34 J


ESTATÍSTICAS

| 34 Golos Marcados

A Magia do Golo Adversários

12

BOLA PARADA

12

Fora de CASA

22 12

PRIMEIRA VOLTA

22

BOLA CORRIDA

SEGUNDA VOLTA

22

estádio cid. Barcelos

Por Países

24

Portugal

2

Geórgia

2

Cabo Verde

6

Brasil

Não Marcou

Goleador João Vilela

25 Jogos · 6 golos

27


1924

1990

Um grupo de jovens entusiastas da prática

Garantida a primeira subida ao escalão

desportiva, reunidos no largo do Teatro Gil

máximo do futebol português com o presidente

Vicente, onde normalmente se encontravam

Francisco Dias. O Gil Vicente manteve-se

nos momentos de lazer, resolvem fazer história.

até 1997.

Fundação do Gil Vicente Futebol Clube

Subida à Primeira Divisão Nacional

1933

1999

Foi neste estádio que dez anos depois o Gil

Regresso ao núcleo dos grandes pela liderança

Vicente subia à Segunda Divisão Nacional.

do presidente João Magalhães. Francisco

Em 1946 passou-se a chamar Estádio Adelino

Magalhães é presidente da Assembleia Geral.

Ribeiro Novo, em homenagem ao antigo atleta

Viria a ser despromovido em 2005-06, pela via

que faleceu após choque com um adversário.

administrativa, no “Caso Mateus”.

Estreia no Campo da Granja (hoje Estádio Adelino Ribeiro Novo)

Campeão da Segunda Liga de Honra e Subida à Primeira Divisão Nacional


2004

2012

Em 30 de maio inaugura-se o atual recinto do

Em 14 de maio, o Gil Vicente disputou a primeira

Gil Vicente, onde a partir da época 2004-05

final da sua história frente ao Benfica, no Estádio

passa a realizar os seus jogos oficiais.

Cidade de Coimbra. O resultado, infelizmente,

Fundação do Estádio Cidade de Barcelos

Final da Taça da Liga

terminou na vitória do Benfica, por 2-1.

2011

2014

Sagra-se campeão da Segunda Liga sob

O Gil Vicente cumpre uma data histórica,

a direção de António Fiusa, regressando

procurando a consolidação na Primeira Liga e

ao primeiro escalão cinco anos depois do

olhando com ambição e modernização para

famigerado “Caso Mateus” e pela via desportiva.

o futuro.

Campeão da Liga Orangina e Promoção à Primeira Divisão Nacional

90 Anos

Camisola Oficial 2014/15


ANIVERSÁRIO

Inauguração do Memorial

Tal como é apanágio nas comemorações do aniversário do

junto ao mausoléu do falecido Adelino Ribeiro Novo. No 90º

Gil Vicente, houve, a 3 de maio, dia da fundação, o hastear

aniversário, o clube introduziu uma novidade. Foi erigido

da bandeira Gilista na sede do clube, missa de Ação de

um memorial, da autoria do escultor Pedro Torres, em honra

Graças na Igreja Senhor da Cruz e a romagem ao cemitério

da memória dos antigos dirigentes, atletas, funcionários e

municipal para cumprir o gesto de deposição de flores

sócios do clube que já partiram.

O louvor contou com a presença do presidente da Direção, António Fiusa, do presidente da Câmara Municipal, Miguel Costa Gomes, do presidente da Assembleia Geral do Gil Vicente, Dr. Duarte Nuno Pinto, do D. Prior de Barcelos, Abílio Cardoso, antigos dirigentes e atletas, sócios conhecidos e anónimos, e os comandantes das forças militares e dos bombeiros de Barcelos.

D. Januário Torgal presente D. Januário Torgal honrou o Gil Vicente com a sua presença. O Bispo emérito das Forças Armadas e Segurança acompanhou a romagem ao cemitério e a inauguração do memorial. No final, o presidente da Assembleia Geral do Gil Vicente, Dr. Duarte Nuno Pinto, convidou D. Januário Torgal a tornarse sócio do Gil Vicente, pedido que de imediato foi aceite.

D. Januário Torgal é o mais recente sócio do Gil Vicente

30


ANIVERSÁRIO

31



INICIATIVA

VISITA ÀS ESCOLAS

33


OPINIÃO

O

futebol de Formação, inserido no projeto para a época 2013-2014, no plano da coordenação, reorganização técnica, reestruturação e remodelação pretendeu

agregar um conjunto de especificidades que se enquadram com o programa proposto e têm como finalidade melhorar a cultura futebolística do clube.

F

oram atingidos objetivos importantes: os Juniores fizeram uma época

brilhante, com a conquista da subida à 1ª

N

os escalões de base, o Gil Vicente alcançou algo inédito: dois títulos

no mesmo escalão, dos Benjamins A e

divisão Nacional, tendo obtido o título de

Benjamins B. Neste contexto, as restantes

campeão da zona norte. Nos outros cam-

equipas de Benjamins: C, D e E, foram im-

peonatos nacionais da 1ª divisão, os Ju-

portantes para uma forte base estrutural.

venis e Iniciados cumpriram os objetivos

Os Traquinas e Petizes cumpriram os

de uma forma segura e com qualidade,

objetivos propostos, como a dedicação,

Lim

alcançando a manutenção muito antes

a motivação, a genialidade, a improvisa-

Coordenador da Formação

de acabar o campeonato. Os Juvenis B e

ção e o amor pelo clube, valores transver-

Iniciados B atingiram os objetivos de pre-

sais a todos os escalões.

paração para as equipas A. Os Infantis 11 revalidaram o título da prova extra João Vieira, já os Infantis A e B fizeram a preparação para o futuro.

A

formação de Futebol 7 na época 2013-2014 teve um trajeto excelente, fruto da implementação de algumas alterações quer a nível organizativo quer a nível

competitivo que vieram a ter grande influência.

O

resultado dessas mudanças refletiu-se nas classificações alcança-

das pelas nossas equipas de Benjamins

É

de salientar o acompanhamento que foi realizado junto aos jovens

atletas durante a época, visando não

A, que se sagraram Campeões Distritais

apenas o crescimento técnico, físico e

Série A, e os Benjamins B, Campeões Dis-

mental, mas também disponibilizando

tritais Série B. Por sua vez, os Infantis B

apoio para o desenvolvimento das suas

terminaram em terceiro lugar na Série B,

capacidades ocultas e a criação de uma

com os mesmos pontos do segundo clas-

mentalidade desportista e vencedora,

sificado, e os Infantis em quinto da Série

elementos importantes para o cresci-

Carlos Celso

A. A formação do Gil Vicente no futebol

mento nesta idade.

Coordenador Futebol 7

7 engloba neste momento duas equipas de Infantis, cinco equipas de Benjamins, duas equipas de Traquinas e duas equipas de Petizes, num total de onze equipas.

34


FORMAÇÃO

benjamins

Foi uma época em cheio para as equipas A e B, de futebol 7, dos Benjamins do Gil Vicente, um escalão que abrange

A

mais um do que o segundo classificado, o Esposende, e mais dois que o terceiro, o Braga.

geralmente miúdos dos nove aos dez anos, mas que o Gil Vicente fez-se

Já os Benjamins B também foram

representar com alguns atletas de oito

campeões da sua série, mas mais cedo. A

anos, o que valoriza ainda mais

faltar dois jogos para o final da época, os

a conquista.

jovens Galos fizeram a festa em Barcelos, ao bater o Marinhas, por 3-1, e elevando

Os Benjamins A sagraram-se campeões do campeonato distrital da Associação de Futebol de Braga, Série A. Os jovens Galos bateram na derradeira jornada o Santa Maria, por 0-6, e alcançaram o título. Numa época para recordar mais tarde, a equipa de Barcelos fechou a temporada com o melhor ataque, com 161 golos

para nove a diferença pontual sobre o

B

segundo classificado e vencedor da época passada, o Braga. Foram muitos os momentos especiais desta temporada. Venceram 23 jogos dos 24 disputados, apontaram 174 golos e sofreram apenas... 28. A vitória mais expressiva regista-se frente ao Santa

marcados, e a melhor defesa, com 33

Maria, que terminou com a vitória Gilista,

sofridos, a par do Braga. De novembro

por 19-1, em Barcelos. Números bastante

a março venceram todos os jogos, registando 14 vitórias consecutivas! O conjunto Gilista terminou com 61 pontos,

expressivos, mas naturais para este escalão, ainda assim refletem a grande temporada dos Galos.

35


FORMAÇÃO

Juniores Promovidos

A Primeira Nacional Ainda faltavam dois jogos para o final do campeonato e a equipa de Juniores já garantia o maior objetivo desta época: a promoção à Primeira Divisão Nacional do escalão. A vitória da zona norte chegaria apenas na última jornada, no confronto direto com o Boavista. Os Galos foram ao Porto vencer, por 0-1, e fizeram a festa. Numa época em que andou constante-

O empate a uma bola, em Sacavém,

mente de olhos postos no primeiro lugar,

abriu expetativas positivas para a

a equipa Gilista teve de superar duas fa-

segunda mão, em Barcelos, que

ses e depois disputar o apuramento de

infelizmente não seconcretiza-

campeão. Começou por disputar a Serie

ram. O Gil Vicente perdeu, por

A com mais nove equipas. Terminou em

0-1, mas garantiu a promoção

segundo lugar, logo atrás do Freamunde,

ao grupo das grandes equipas

e garantiu a passagem à fase de promo-

nacionais.

ção à Primeira Divisão Nacional. Plantel e equipa técnica estiveram presentes no Estádio Cidade de Barcelos, no jogo Gil Vicente-Belenenses, em abril passado, e receberam uma grande ovação do público presente e um cumprimento especial do presidente da Direção, António Fiusa, do presidente da Assembleia Geral do Gil Vicente, Dr. Duarte Nuno Pinto, e do vice presidente da Câmara Municipal

juniores

Fase de promoção à Primeira Divisão Nacional

de Barcelos, Domingos Pereira. Aqui, o Gil Vicente foi mais forte que a

Destaque para a homenagem a Zé Oli-

concorrência. Triunfou sobre o Freamun-

veira, que recebeu das mãos do pre-

de, que tropeçara antes, e no derradeiro

sidente António Fiusa uma placa de

jogo da competição ultrapassou com

reconhecimento pelos cinco anos ao

mestria o Boavista, vencendo a zona nor-

serviço da formação, em que somou

te, e qualificando-se diretamente para a

cerca de 150 mil quilómetros para trei-

fase de apuramento de campeão, frente

nar e jogar com a camisola do Gil Vi-

ao Sacavenense.

cente Futebol Clube.

36

Apuramento de Campeão da 2ª Divisão Nacional

Gil Vicente

1 – 2

Sacavenense


FORMAÇÃO

A

Fase de Manutenção ou Descida 1ª Divisão Nacional

B Campeonato Distrital A. F. Braga Divisão de Honra

B

Campeonato Distrital A. F. Braga Divisão de Honra

A

Fase de Manutenção ou Descida 1ª Divisão Nacional

11 Campeonato Distrital A. F. Braga

Meia-final: Gil Vicente – Esposende: 1-1 (5-3 g.p.) Final: Moreirense- Gil Vicente: 0-2

FUT 7 Campeonato Distrital A. F. Braga

FUT 7 Campeonato Distrital A. F. Braga

C

Campeonato Distrital A. F. Braga

D

Campeonato Distrital A. F. Braga

37


PÁGINA DE HISTÓRIA

Manuel Correia na génese do clube por

Ilídio Torres

Brotou das mais lúdicas entranhas da vi-

outro caminho que o do Recolhimento do

vência desportiva de uma juventude bar-

Menino Deus, local onde se acoitaram com

celense, irrequieta, a meter uma navalha

o beneplácito de alguém - quem não este-

na cara, todavia, amparada pela força

ve pelos ajustes foi a Madre Superiora

e o paternalismo de uns já matulões

que via naquelas coisas dos futebóis

– numa conjugação de vontades e

um embuste, um meio de descuidar

paixão desportiva e que escolhe-

a palavra de Deus – a doutrina que

ram o Largo do Teatro como sítio

os massacrava e com quem não

privilegiado dos seus devaneios,

se podia brincar! O ânimo daquela

bola debaixo do braço em busca de

gente miúda foi esmorecendo e aca-

um logradouro ou praceta mais apro-

bou por se esvair, um projecto que

priada.

esbarrava na vontade dominadora e castrante da insensibilidade adulta.

Era uma vez…, perdão, foi uma vez, se me

Corria o ano de 1923.

for permitida a liberdade, assim começaram tantas histórias porque a da fundação

O Manuel Correia ainda teve tempo de ver

do meu CLUBE não escapou a esse desaba-

o sonho da rapaziada do Teatro ser ressus-

fo linguístico, um dia em que as biqueiras

em especial. Também a minha gave-

citado e muitos dos que o acompanhavam

das botas transpiravam de ansiedade por

ta das coisas velhas foi sacudida e me

não desistiram, alguns da sua própria fa-

uns valentes chutos na bola … seis para

levou à divulgação de um facto curio-

mília, os Correias, primos julgo eu, que

cada lado, muda aos três e acaba aos seis!

síssimo, uma historieta que estará na

no ano seguinte, em 1924, por ocasião da

base ou na gestação do Gil Vicente.

Festa das Cruzes, soltaram o grito de li-

Nesta tentativa de abordar o dia da funda-

berdade, fundaram o Gil Vicente Football

ção do Gil Vicente, tido como o 3 de Maio

No Largo do Teatro, um ano antes do tido

Club Barcellense, que infelizmente perdeu

de 1924, sem uma hipotética escritura

como da fundação do Clube, paredes

o capote identificativo da terra que os viu

notarial ou uma presumível acta, gestos

meias com a vetustez do meio envolvente,

nascer (razão tinha o ex. presidente João

de outros mais adultos, a moçarada iria

um menino de seu nome Manuel Correia

Magalhães que no seu mandato teve a co-

legar para a posteridade um gesto ainda

chefiava um grupo de imberbes valen-

ragem de propor a alteração do nome do

hoje latente. Embalo nesse legado, tam-

tões, manietados pela vontade extrema

Clube e que até deu motivo a desapropria-

bém eu, imbuído de muita ingenuidade

do futebol reinante. A sua casa era a sede

dos comentários!)

e de uma fantasia contagiante que desde

e arrecadação daquela seita que integrava

pequeno fui sorvendo em golos cada vez

os Azevedo, Simplício, Rodrigues, Lemos,

O menino Manuel cresceu, fez estudos

mais contagiantes, sem receios mas com

Venâncio e muitos outros que acabariam

preparatórios e formou-se em Farmácia

muita ambição.

por fundar o seu grupelho, com o pompo-

– zarpou para a Capital onde, em mea-

so nome de Portugal Futebol Clube.

dos da década de cinquenta, vítima de

Numa das minhas incursões à Bibliote-

um acidente doméstico, faleceu – talvez,

ca Municipal de Barcelos, superiormente

Quem não esteve pelos ajustes foi o es-

orientada e gerida pelo Dr. Victor Pinho,

pírito militarista do pai do menino Ma-

escudado na lhaneza do seu trato e no

nuel Correia, o Capitão Augusto Arménio

Histórias ou historietas oriundas da pai-

amor que também nutre por estas coi-

Correia que tratou de enxotar do Largo do

xão futebolística, avassaladora, que ia ga-

sas, referenciou-me o saudoso Tenente

Teatro aquela coisa de andar aos coices a

nhando corpo na Vila de Barcelos – a ver-

Silva que, numa extraordinária colecção

uma bola quando a moçarada tinha mais

dade é que o Gil Vicente foi resistindo a

de manuscritos, deixou um testemunho

com que se entreter!

tudo e a todos e hoje está no escalão maior

valioso do qual já dei conta a muitos

quem sabe, o Pai do Gil Vicente!

do futebol português – outros clubes não

amigos e aproveito a oportunidade para a

Desolado o Manuel e companheiros, após

resistiram e são hoje parte integrante so-

confessar a todos os barcelenses e gilistas

alguma ponderação, não encontraram

mente da história desportiva local.

38


PUB QUIZ



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