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DESTAQUE
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
AP2H2 e APREN reúnem partidos políticos As duas associações convidaram as forças políticas para um debate online sobre a Transição Energética. Das intervenções dos responsáveis partidários que responderam à chamada, conclui-se que são mais os pontos que os unem do que aqueles que os separam.
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AP2H2 - Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio e a APREN - Associação de Energias Renováveis realizaram, ainda antes das eleições legislativas, um webinar que reuniu representantes dos partidos políticos para um debate sobre a Transição Energética. As duas associações convidaram todas as forças partidárias e a iniciativa contou com a participação de Duarte Alves (CDU), João Galamba (PS), Jorge Costa (BE) e Salvador Malheiro (PSD). Na abertura da sessão, Pedro Amaral Jorge, Presidente da APREN, destacou a oportunidade do debate, nomeadamente na análise de questões como a fiscalidade verde, do financiamento da transição energética e no funcionamento das entidades afetas ao licenciamento com vista à meta de 2030 para a implementação da Estratégia Nacional de Hidrogénio e do Plano Nacional de Energia e Clima. Por seu turno José Campos Rodrigues, Presidente da AP2H2, salientou que a transição energética e a sustentabilidade estão na agenda política e importa saber como as plataformas partidárias equacionam esta problemática e como aderem aos compromissos assumidos pelo país, questionando-se que medidas pretendem implementar
tendo como objetivo uma transição sustentada que cumpra o compromisso do Fit 55 até 2030, já assumido pela Europa, como trajetória intercalar para se atingir a neutralidade carbónica antes de 2050. Legislação e financiamento
Campos Rodrigues destacou que a AP2H2 tem a visão de “uma transição energética assente em várias energias renováveis, apoiadas no hidrogénio também renovável. Deste modelo, resulta um sistema sustentável e resiliente capaz de satisfazer as necessidades de consumo em todos os setores e a autonomia energética do país que, a médio prazo, se poderá posicionar como exportador de energia verde para os outros países da UE”. O responsável alertou que descarbonizar a indústria, fazer a transição para uma mobilidade sustentável, substituir o GN por Hidrogénio e outros gases renováveis, reforçar a rede primária de energias renováveis e respetiva rede de transporte disponibilizando os pontos de interligação necessários e criar uma rede de abastecimento da mobilidade a hidrogénio são “medidas que acarretam custos que têm de ser quantificados e que obrigam a planeamento e a financiamento”.