1
2
A
expansão do Ensino Técnico no Brasil,fator importante para melhoria de nossos recursos humanos, é um dos pilares do desenvolvimento do País. Esse objetivo, dos governos estaduais
e federal, visa à melhoria da competitividade de nossos produtos e serviços, vis-à-vis com os dos países com os quais mantemos relações comerciais.
Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de forma contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas – Etecs e Classes Descentralizadas
(fruto de parcerias com a Secretaria Estadual de Educação e com Prefeituras). Esse esforço fez com que, de agosto de 2008 a 2011, as matrículas do Ensino Técnico (concomitante, subsequente e integrado, presencial e a distância) evoluíssem de 92.578 para 162.105. Em 2019, foram registradas 460.421 inscrições para 119.885 vagas em cursos para os períodos da manhã, tarde, noite e integral.
A garantia da boa qualidade da educação profissional desses milhares de jovens e de trabalhadores requer investimentos em reformas, instalações, laboratórios, material
didático e, principalmente, atualização técnica e pedagógica de professores e gestores escolares.
A parceria do Governo Federal com o Estado de São Paulo, firmada por intermédio do Programa Brasil Profissionalizado, é um apoio significativo para que a oferta pública de
Ensino Técnico em São Paulo cresça com a qualidade atual e possa contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Estado e, consequentemente, do País.
Almério Melquíades de Araújo Coordenador do Ensino Médio e Técnico
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA Diretora Superintendente Laura Laganá Vice-Diretor Superintendente Emilena Lorenzon Bianco Chefe de Gabinete da Superintendência Armando Natal Maurício REALIZAÇÃO Unidade do Ensino Médio e Técnico Coordenador Almério Melquíades de Araújo Centro de Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão - Cetec Capacitações Responsável Lucília dos Anjos Felgueiras Guerra Responsável Brasil Profissionalizado Silvana Maria Brenha Ribeiro Professora Coordenadora de Projetos Ana Raquel Elisa Satim Rodrigues Parecer Técnico Paulo Vinícius de Omena Pina Revisão Fernando Souza Diagramação Rafael Vinicius Leme Habermann Projeto de formação continuada de professores da educação profissional do Programa Brasil Profissionalizado - Centro Paula Souza - Setec/MEC
FOTOGRAFIA APLICADA A PRODUTOS PARA ROBÓTICA
APRESENTAÇÃO Prezado cursista,
Essa capacitação vem sendo estruturada há mais de um ano, foi fruto de várias conversas com os coordenadores do eixo de Informação e Comunicação e a minha participação na Campus Party. E foi desenvolvida com o intuito de orientar o docente com formação na área de tecnologia para conseguir aproveitar o máximo de seus equipamentos (celular e câmera) e conseguir fotografar peças, equipamentos para o desenvolvimento de apostilas e materiais para as aulas, como também as atividades dos alunos e participação de eventos. Foram meses de elaboração do material, muitas reuniões para entregar para você um ótimo material de fotografia aplicado ao universo de tecnologia com linguagem simples e didática e material bem completo para auxilia-ló no dia-a-dia, com uma linguagem simples e com um conteúdo bem completo. Pensamos em diversas possibilidades de utilização e níveis de entendimentos e conhecimento diferentes. Espero que após a realização dessa capacitação, você consiga melhorar seus registros fotográficos e possa utilizar tanto para material digital como impresso. Boa leitura e um ótimo curso! Ana Raquel Elisa Satim Rodrigues Professora Coordenadora de Projetos Cetec – Centro Paula Souza
NOTA ... A proposta desse material é fazer o participante ganhar uma bagagem técnica sobre luz, o seu comportamento, dicas e truques para isolar um objeto a fim de que o fundo não interfira na leitura visual da fotografia, entre outras técnicas que vão melhorar cada vez mais o olhar fotográfico de cada participante. O contato com a fotografia tomou conta da maioria da população já que as câmeras estão cada vez mais portáteis. Os celulares e as câmeras compactas permanecem em processo constante de evolução a ponto de termos fotos profissionais através de aparelhos sempre menores. Os aparelhos menores, muitas vezes subestimados pelo seu tamanho, tem potencial de sobra para a criação de imagens para um acervo material, catálogos impressos, e-commerce entre outras necessidades. Sejam todos bem vindos, porque depois desse conteúdo, o seu olhar ficará bem mais técnico que anteriormente e as suas fotografias serão apresentadas de forma ímpar.
9
A FOTOGRAFIA
SUMÁRIO Sobre Fotografia
12
Abertura
48
Pensamento Fotográfico
14
Velocidade
50
Luz
22
Iso
55
Características da Luz
26
Composição Fotográfica
58
Cor da Luz
29
Fundo Branco
60
Contraste da Luz
33
Publicitária
61
Manipulando a Luz
35
Documental
62
Fotografando Objetos
38
Regra dos Terços
65
Como Montar um Rebatedor
41
Resolução X Tamanho
68
Objetos pequenos
45
Tamanhos de Arquivos
74
Os 3 pilares da Fotografia
46
Referências Bibliográficas
78
10
“NÃO FAZEMOS UMA FOTO APENAS COM UMA CÂMERA; AO ATO DE FOTOGRAFAR TRAZEMOS TODOS OS LIVROS QUE LEMOS, OS FILMES QUE VIMOS, A MÚSICA QUE OUVIMOS, AS PESSOAS QUE AMAMOS.” ANSEL ADANS
11
SOBRE FOTOGRAFIA
12
13
Alexander Andrews on Unsplash
Robert Fludd, (1574 - 1637)
PENSAMENTO FOTOGRÁFICO “DIXITQUE DEUS FIAT LUX ET FACTA EST LUX” GENESIS - 1 No início dessas reflexões, é posto o terceiro ato do livro de Gênesis sobra a criação do Mundo: “ Disse Deus, Faça-se Luz e assim se fez a luz. O fundamento da fotografia provém da luz. A mesma luz que dividiu o “mundo das trevas escuras” é a mesma luz matéria prima da fotografia que no seu conceito ipsis literis Foto = Luz, grafia = escrita denominando-se a escrita com a luz e ou desenho da luz.
14
Cosmic Stratum from Utriusque Cosmi - Robert Fludd 1617
Desde a escrita do genesis um dos marcos no estudo da criação do mundo no conceito “Fiat Lux” surge um nome relevante na discussão e ilustração da criação do mundo. Estamos falando de Robertus de Fluctibus ou Robert Fludd, um médico paracelsista, alquimista, astrólogo, matemático e cosmologista inglês que estudou artes em Oxford, no Saint John the Baptist College, e medicina no College of Physicians de Londres. Especula-se através de estudos na Europa que ele pode ter sido um dos responsáveis pela tradução da bíblia e entre os seus principais trabalhos incluem tratados sobre o macrocosmo e o microcosmo. Ao citá-lo como um estudante de artes, na hipótese de ser um dos tradutores da bíblia, o que chama a atenção é de como ele ilustra a criação do mundo e o posicionamento do homem perante esse evento. Nota-se na ilustração a seguir que ele posiciona Deus criando a Luz e
cartaz 4º salao
Robert Fludd-Utriusque cosmi maioris scilicet et minoris metaphysica (Oppenhemii 1617) History of Science Collections, University of Oklahoma Libraries
a pomba que sinaliza o espírito santo criando esse “campo de luz” que no caso sendo a Terra o centro do universo na ocasião e no seu interior o Homem. Na representação clara do Big Bang, teoria essa que é uma discussão eterna entre a ciência e a religião, vemos a ilustração que nos leva a um devaneio sobre a tal explosão defendida pela te16
oria científica e a religiosidade que na sua justificativa de Deus como o criador do universo.
O objetivo de iniciar esse livro com essa abordagem é fazer um paralelo da ilustração da criação do mundo segundo Robert Fludd com o olho humano. Claramente, se traçarmos um paralelo entre as ilustrações de Fludd e a anatomia humana, fica claro que desde a primeira ilustração da explosão de Deus com a pomba até a sua última com um sol no meio simbolizando o homem, consegue-se notar uma semelhança gritante da ilustração com uma íris. Íris essa que simboliza a luz, luz física, para o homem e matéria-prima para a fotografia.
Victor Freitas on Unsplash
17
se fala que fotos são imagens idealizadas. Discute-se até então que a fotografia não era uma arte por ser apenas um mero meio de registro ou a tentativa da cópia do real. Ainda na mente de muitos fotógrafos amadores ou entusiastas, a bela imagem é aquela clichê da flor bonita com uma borboleta bonita em um lugar totalmente florido onde o verde e as cores “gritam” mais do que 18
qualquer coisa. Esta ótica pode ser baseado no seguinte pensamento: “fotografar o deserto do Atacama, até um cego, traz boas fotos pois o lugar é lindo com uma luz perfeita e composições paradisíacas.” Em contraponto, porém, nesta mesma linha de raciocínio, em 1915, Edwad J. Steichen faz uma foto de uma garrafa de leite que mexe com o conceito de “boa foto”. Podemos partir da premissa que a boa fotografia é aquela que tem as características técnicas para tal função.
Edward_Steichen - Milk bottles on a fire escape - 1915
Desde o surgimento da fotografia, muito
Luz e Sombra - Rafael Habermann 2009
Vamos dividir o estilo fotográfico em 2 modalidades: As fotografias artísticas e as fotografias comerciais. As fotografias artísticas: não devemos nem entrar na eterna discussão técnica pois ela vai muito mais além das fronteiras da beleza, não necessariamente existindo ou se debuçando em cima de uma técnica, dependendo assim de um contexto em que o artista fotográfico está inserido.
19
Formas - Rafael Habermann 2007
20
Sandรกlia Schutz e Joias Brumani- Rafael Habermann 2018
Nosso objetivo é estabelecer um rol de técnicas e a criação de regras para a cosntrução de uma fotografia documental que bebe da fonte da fotografia publicitária bem próximo aos estilos fotográficos da fotografia para e-commerce que carrega em si alguns padrões que além de muito legíveis e claros à sua comunicação com quem tem acesso à imagem.
21
Podemos dizer que à luz da criação do mundo, a fotografia a ser estudada neste livro vai nortear todos aqueles que queiram comunicar de forma linear com pessoas sejam elas em uma fotografia para material técnico ou uma fotografia comercial que poderá claramente ser inserida tanto em um e-commerce quanto em um manual de instrução.
Cerveja Campanária e Biscoitos Cosme e Damião- Rafael Habermann 2017
22
LUZ
Atelier Pirassununga SP - Rafael Habermann 2018
Angra dos Reis RJ - Rafael Habermann 2019
Chalo Garcia on Unsplash
AlexanderW-unsplash
Vamos introduzir este capítulo mencionando os diferentes tipos de luz. Nós temos as luzes naturais, como o Sol. Os raios, quando nós temos as tempestades tropicais, são uma fonte de luz de energia elétrica tão potente quanto o Sol, porém menos duradoura, pois em uma fração de segundos um raio é capaz de iluminar longas distâncias uma vez que o seu raio de ação é muito menor que o Sol por estar dentro da atmosfera da Terra e o Sol a milhões de quilômetros do nosso planeta. Devemos também
pode emitir fonte luminosa ou até mesmo fontes
mencionar que a reação dos gases que
incandescentes através das suas reações, trazendo luz e cores. Um outro conceito de Fontes de luz seria luz artificial. A luz artificial pode ser reproduzida através de diversos recursos, seja ele uma lanterna ou farol de carro, uma lâmpada industrial, dentre outras fontes luminosas que podemos emitir lightscape-unsplash
24
a partir da invenção do homem.
O momento mágico da fotografia começa a partir
Para que nosso conhecimento fique mais apurado em fotografia, nós vamos dividir a
do momento em que temos uma fonte de luz.
luz em 3 tópicos importantíssimos a fim de que possamos saber quando a luz tem uma
Essa fonte de luz chega ao clímax quando ela co-
qualidade excelente para a fotografia e quando precisamos aprimorá-la. Vamos falar das
meça a refletir uma página impressa em cima de
características da luz na sua qualidade de brilho, cor e contraste.
uma mesa ou irradiação de um monitor ou televisor atingindo o olho humano e assim acontecendo a mágica da projeção de imagens. Uma câmera fotográfica não diferente do olho humano, é capaz de obter luz através de suas objetivas, conhecidas como lentes, do mesmo
25
modo em que as nossas pupilas recebem a luz. Uma câmera fotográfica é capaz através das suas lentes diminuir as suas “pupilas” para que uma imagem fique legível e mais nítida. O nosso cérebro é capaz de armazenar em nossa memória as imagens assim como uma máquina fotográfica, se analógica, registra essas imagens em um filme fotográfico e se digital armazena as imagens em um cartão de memória.
Malte Wingen-Unsplash
CARACTERÍSTICAS DA LUZ BRILHO O brilho da luz é uma das características fundamentais para se conseguir uma fotografia na qual provavelmente iremos ter uma qualidade de imagem sem ruído, nítida a fim de que o nosso assunto fotografado seja iluminado por completo facilitando assim o entendimento e leitura da
26
imagem. uma luz com ouco brilho só é utilizada para fotógrafos quando em algum trabalho técnico ele deseja uma luz com uma linguagem mais artística que não tem a necessidade de mostrar algo por completo. Tudo vai depender do controle da intensidade !
alexander-dummer-unsplash
27
Rafael Habermann
Rafael Habermann
No âmbito técnico quando não se tem uma fonte com muito brilho chama-se de low key, baixa intensidade de luz ou apenas uma fonte de luz, já quando se tem várias fontes a fim de deixar a imagem bem iluminada ou em partes até mesmo com excessos de luz a ponto de perder informação é chamado de high key. O low key é muito usado para retratos e uma das suas características é não ser rico em informação de cores por não ter muito brilho.
lukasz Szmigiel-unsplash
Fabian-gieske-unsplash
28
LOW KEY
Rafael Habermann
Fanny Gustafsson-unsplash
HIGH KEY
COR Em uma fotografia, nós podemos usar luzes coloridas. Partindo do pressuposto de que todas as luzes são
Podemos afirmar, nessa parte dos estudos, que as cores pri-
brancas, tecnicamente podemos afirmar que o branco
márias RGB são as a linguagem de cores dos eletro eletrôni-
da luz vem de uma gama de cores. Cores essas cores,
cos e as secundárias, CMYK, são as cores da gráfica, as cores
as quais chamamos de primárias, vermelho, azul e ver-
das tintas daquela sua impressora.
de, e a combinação de cada duas primárias cria-se as secundárias, ciano, magenta e amarelo que permeiam
Todos os que olham um objeto tendem a presumir que as
o campo onde o olho humano enxerga a composição
cores são aquelas, mas se enganam. Qualquer que seja o ob-
como incolor se misturadas.
jeto, a sua imagem e suas cores resultam da iluminação empregada e que incide na sua superfície. Se iluminarmos um objeto como um morango, por exemplo, ele vai parecer ser G
vermelho porque está refletindo o vermelho do espectro de
R: Red
radiação absorvendo a luz nos outros comprimentos de onda.
G: Green
Y
C
B: Blue
Se de alguma forma aplicarmos um filtro capaz de remover
Y: Yellow
a porção do vermelho da luz que ilumina o morango, certa-
C: Cian M: Magent
R
M
B
mente ele se apresentaria quase que preto porque chegaria muito pouca luz.
29
30
Fotografia com iluminação comum sem o filtro de remoção de
Fotografia com iluminação comum com o filtro de remoção
raios vermelhos da luz
de raios vermelhos da luz
É sábio pensar que podemos aplicar filtros para remover as cores R / G/ B de qualquer feixe de luz.
É leviano pensar que para os olhos humanos todas
Ajuste de correção de cor sobre as diferentes luzes
as fontes de luz em sua maioria são brancas, mas profissionalmente quando mergulhamos no mercado fotográfico refinamos os conceitos de luz e fonte de luz nós devemos prestar atenção na origem. Quando é abordado a origem da luz os fotógrafos e os equipamentos impressão a escala de cor física com medidas em Kelvin “K”.
31
Um equipamento fotográfico pode reconhecer a luz e configurar o seu sistema para corrigir as cores devido a fonte de luz em que a fotografia vai ser executada. Uma imagem poderá ser iluminada sob a luz do Sol, com o dia nublado, durante a noite, com flash portátil “que pode simular um relâmpago próximo à luz do Sol”, ao lado de uma fogueira, ou com uma luz incandescente, ou com uma luz halógena, ou com uma luz florescente, dentre outras possibilidades que podemos iluminar um objeto.
Podemos tomar como exemplo que uma luz de cor alta, azulada e até lilás. São chamadas de cores frias. A medição fica em média de 10.000 a 12.000 na escala Kelvin, como, por exemplo, podemos indicar as luzes Xenon automotivas de 10.000 a 12.000k. 32
A luz do Sol fica entre 5500 K e a luz de tungstênio, muito comum em decoração de casas ou em locais onde ainda mantém o padrão da famosa luz “de bolinha “, essa luz tem a medição de 3200k a 4200k e são chamadas de cores quentes.
CONTRASTE O contraste é um assunto fundamental quando estamos falando da incidência da luz em um objeto. Para estudarmos contraste de luz, nós vamos ter que observar a sombra desse objeto onde podemos encontrar uma sombra com contraste acentuado, uma sombra com contraste suave. Como exemplo, podemos ter um objeto iluminado num dia de sol, é um objeto iluminado em um dia nublado. Percebemos que o objeto iluminado num dia de sol onde colocamos o objeto diretamente exposto. Vemos que a sombra é muito mais acentuada, ficando muito mais nítida. Em contrapartida, se colocarmos um objeto para ser iluminado num dia nublado, a sombra desse objeto certamente será difusa, como no exemplo a seguir.
33
34
Luz direta
Luz difusa
MANIPULANDO A LUZ 35 Para fotografar um objeto, devemos definir a luz e saber os caminhos para modificรก-la. Tudo vai depender do seu objetivo para com o objeto e definir se vai ser modificado em contexto de cor ou contexto de contraste ou ambos.
Para modificar as cores da sua fonte de luz, nós temos diversos recursos como papel celofane, gelatinas de cinema, a cor da própria fonte de luz ou filtros de edição para a fotografia. Se formos fotografar ao ar livre, podemos também fo- tografar no período da manhã quando a luz é mais amarelada, ao meio-dia quando a luz é mais bran- ca, ou ao entardecer quando a luz é 36
mais laranjada
Fotografia realizada às 7h30
Fotografia realizada às 12h
Fotografia realizada às 18h20
Sem difusão de luz
Se o objetivo da fotografia for modificar o contraste da luz, nós também temos diversos recursos como, por exemplo, fotografar algo em ambiente externo em dias nublados ou embaixo de superfícies que difundam a luz como telhados de acrílico ou coberturas de vidros jateados capazes
Luz difundida com uma cortina
de difundir a luz do Sol. Em caso de luzes artificiais, com alguns artifícios para difundir luzes de lanterna, flash, abajur, ou pendentes, podemos fazer o uso de papel vegetal, cortinas, panos translúcidos, entre outros materiais que possam difundir a luz emitida.
37
FOTOGRAFANDO OBJETOS 38
Agora, chegou a hora de colocarmos em prática
Folha sulfite
todos os conceitos anteriores, principalmente quando formos fotografar objetos pequenos como capacitores, transistores, dentre outros objetos pequenos que necessitem o lugar limpo claro e de fácil visualização de médios e micro componentes, além de projetos já montados e prontos para serem apresentados ou catalogados. 39 A solução para fotografar esses objetos é muito
Objeto posicionado
simples a ponto de necessitarmos apenas de uma folha sulfite em um ambiente bem iluminado. Como já foi mencionado, uma solução interessante é colocar o objeto de frente a uma janela por onde entra bastante luz e colocar sobre uma folha sulfite ou uma cartolina dependendo da área abrangente do objeto. Objeto fotografado
Se for necessário complementarmos a luz que ilumina o nosso objeto, poderemos dispor de algumas traquitanas que vamos ensinar a seguir para você ter um ganho de luz a mais no seu objeto fazendo-se assim uma iluminação bem mais interessante. 40 Através de uma cartolina ou um pedaço de papelão, nós podemos envolvê-lo com papel alumínio e rebater a luz natural que utilizaremos na fotografia. Veja o passo a passo se o resultado dessa solução simples pode dar um ganho muito grande na iluminação do seu objeto.
foto sem rebatedor
foto com rebatedor
COMO MONTAR UM REBATEDOR CASEIRO
[
RECEITA MILAGROSA Caixa de papelão + papel aluminio + fita auto adesiva + tesoura 1-) Abra a caixinha 2-) Recorte as rebarbas 3-) Envolva o papelão com papel alumínio 4-) Cole a parte de trás e pronto!
41
Luz do sol através da cortina
42
Luz da cortina rebatida
Também é usado como recurso: espelhos, papéis cartão, color set coloridos, em que os laminados rebatrão mais intensamente a luz e os foscos rebaterão, porém, com menos intensidade.
DIY Você pode também iluminar o seu objeto através de uma lanterna ou até mesmo fazer a construção de caixas de luz ou box de luz como também é conhecido no mercado “do it yourself”. Nesses projetos, são utilizadas caixas de papelão cortadas nas laterais e revestidas com papel vegetal a fim de difundir a luz, bem semelhante ao efeito da ilustração na página 35 desta publicação. Ao redor da caixa, são colocadas luminárias simples que podem ser encontradas em qualquer comércio de artigos para iluminação ou escritório. No tutorial a seguir, o website espanhol Dzoom.org ensina uma das maneiras de se criar uma caixa de luz com papelão, fita adesiva, papel vegeral ou papel manteiga e percevejos
43
PROVA DA CAIXA DE LUZ COM LAMPADAS CASEIRAS
44
Os fundos fotogrรกficos, fixados com percevejos podem ser trocados
LIGHT BOX Na página anterior, pudemos ver a construção da caixa de luz e dentre essas engenhocas podemos utilizar caixas leitosas conforme o blog tipsfromatypicalmomblog.com. No projeto, eles usaram uma caixa leitosa de armazenamento, comumente encontrada em supermercados e lojas de limpeza, 2 luminárias e 2 lâmpadas de 5500k - luz do dia. No projeto, eles serraram a caixa, mas podemos tirar a tampa e tê-la deitada conforme a ilustração a seguir. Além das lâmpadas, você pode apenas levar a caixa ao sol e a própria superfície leitosa pode absorver a luz solar, muito mais potente, e difundi-la de uma forma ímpar.
45
46
Podemos colocar a caixa em ambiente externo ou atĂŠ mesmo usar luminĂĄrias prontas sem corta a caixa como no exemplo abaixo.
Quando falamos em objetos pequenos ou até mesmo peças e com ponentes eletrônicos que podem ter menos de 1 cm, nós estamos
OBJETOS PEQUENOS
falando de algumas configurações específicas para fotografá-los. Os objetos pequenos necessitam, se você estiver usando uma câmera profissional, do auxílio de um equipamento específico que são as lentes macro. Essas lentes são capazes de aproximar do objeto de modo que consigamos ver detalhes até mesmo de um inseto. Se você estiver usando uma câmera semiprofissional, uma Cybershot que são câmeras compactas ou até mesmo o celular você precisará ativar o recurso macro destes equipamentos que facilitam o processo de fotografia de pequenos objetos ou de grandes aproximações.
Canon
A simbologia do recurso macro nestes equipamentos é dado pelo símbolo de uma pequena flor.
Ao ativar esse recurso os pequenos objetos, na maioria das vezes, ficarão mais nítidos e com o melhor foco na fotografia.
47
Florian Klauer
48
OS 3 PILARES DA FOTOGRAFIA
Para entender melhor a fotografia e até mesmo ter uma boa noção para fazê-la, nós vamos mostrar neste capítulo 3 conhecimentos fundamentais que toda pessoa que for fotografar algo deverá saber para que suas fotos sejam cada vez melhores. Para que aconteça uma fotografia é necessário que haja 4 elementos fundamentais: objeto a ser fotografado, o fotógrafo, a câmera e a luz. Um fotógrafo só consegue realizar uma foto a partir do seu recurso e o desempenho que o seu equipamento lhe proporciona. Ao decidir entre usar uma câmera profissional ou semiprofissional, ou até mesmo uma câmera de aparelho celular, todo fotógrafo pode configurar esses equipamentos manualmente. A partir de agora, nós vamos conhecer um pouco desses 3 pilares que todo o equipamento, se configurado manualmente, alcança um desempenho muito além de alguns que utilizam recursos automáticos de configurações em câmeras fotográficas Esses recursos são nomeados como: abertura de diafragma, velocidade de obturador e ISO.
49
ABERTURA DE DIAFRAGMA
50
A abertura do diafragma é comandada pela lente do seu equipamento que é responsável pela quantidade da entrada de luz para dentro do seu equipamento fotográfico. O diafragma é nomeado pela consoante F e acompanhado por uma numeração que identifica o quão aberto ou o quão fechado está a entrada de luz da sua lente.
Na prática, se formos relacionar-se conhecimento de uma forma bem
F 1.4
mais didático e visual, podemos levar como referência que toda fotografia que tiver um fundo desfocado, o diafragma da sua lente estará mais aberto. Se a fotografia estiver com o fundo e o assunto focado, provavelmente o diafragma estará mais fechado dando maior profundidade de campo para a sua fotografia.
51
IMPORTANTE# Se você utilizar um recurso automático do seu equipamento fotográfico, o próprio equipamento vai colocar uma determinada profundidade de campo ( F ). Toda vez que você executar uma foto neste modo onde a máquina decide as configurações. Às vezes, podem funcionar ou às vezes você não vai conseguir a tão sonhada fotografia.
F 16
VELOCIDADE DO OBTURADOR Partindo do conhecimento de que a fotografia é a escrita com a luz, nós deduzimos o que essa escrita tem que ser fixada de algum modo por algum meio. Lá no início da fotogra-
A primeira fotografia, oficialmente realizada. “Vista da Janela em Le Gras”, de 1826, foi a primeira fotografia bem-sucedida. Ela foi feita por Nicéphore Niépce, com ajuda de Louis Daguerre
fia, a luz entrava em uma caixa preta que também chamavam de Câmara escura e ela era fixada em uma superfície com sais de prata entre outros produtos, que na verdade essa luz que entrava nesse dispositivo de certa forma queimava uma chapa de metal embebedada com o material químico.
@georgeSampol 2015
52
Após a revolução da atividade fotográfica, a indústria criou o filme fotográfico e agora em tempos modernos nós temos sensores que fazem a função deste filme o que faz a função da chapa metálica criada lá nos primórdios da fotografia.
53
Ian Ruhter
1816
M.Spiske
1885
A. Andrews
1975
Nesta data, dá-se início aos primeiros proces-
Nesta data, já começa o aparecimento dos
A primeira imagem digital foi realizada por
sos fotográficos através da heliografia. A ima-
primeiros filmes fotográficos e a sua popula-
Russell Kirsch em 1957. Ele foi um engenheiro
gem acima é o processo de realização fotográ-
rização. A partir daí, a fotografia já começa a
estadunidense. Em 1975, o também engenheiro
fica através de uma chapa de vidro e colodium
ser realizada por não profissionais.
estadunidense Steven Sasson, dentro da empre-
úmido.
sa Kodak, cria a primeira câmera digital que até hoje está em constante evolução de sensores.
S = 1/10 O caminho em que a luz percorre até chegar nessa superfície que vai fixar a luz dá-se a partir da luz que ilumina um objeto,
Nessa primeira imagem, vemos que a luz conseguiu entrar em 1/10 porém a foto ficou tremida devido a respiração do fotografo. Qualquer milímetro de edslocamento é o suficiente para borrar a imagem.
passa por entre as lentes da sua objetiva, aí o obturador em formato de cortina se abre com uma certa velocidade necessária para a luz ser fixada. Essa velocidade, que se dá na divisão de frações de segun54
do e simbolizado pela letra “S” de shut-
S = 1/40
ter speed, deverá ser controlada a modo que se entrar muita luz a imagem vai ficar muito branca e tremida e se entrar pouca luz a imagem vai ficar escura ou nos 2 mo-
Nesse segundo, já podemos perceber que a luz que entrou foi suficiente para iluminar o objeto de forma que conseguimos ver o que é, sem borrar porém com uma iluminação bem mais precária.
dos não teremos nenhuma imagem apenas um quadro branco ou um quadro preto. S = 1/125 Para realizar as imagens ao lado, foi utilizado F 4.5 e luz fluorescente residencial normal. Luzes ambientes são categorizadas como baixas fontes de luz. Também não foi utilizado nenhum tripé para estabilizar a câmera
Nesse terceiro ensaio, mais veloz, conseguimos ver em partes o que está sendo fotografado porém com uma precariedade alta de luz a ponto de quase não enchergar o objeto.
No caso de imagens em movimento, quanto mais baixa velocidade, mais borrada vai ficar a sua fotografia e quanto mais alta a velocidade maior, a sua capacidade de congelamento de algo em movimento. Tudo vai depender da sua condição de luz. Quando a condição de luz é precária, é
55
comum fotógrafo usar a técnica de longas
exposições.
As longas exposições, proporciona resultados fantásticos a fim de criar alguns brilhos em algumas imagens de tirar o fôlego. Rafael Habermann / 2019 Para realizar essa imagem, foram diversas tentativas em que a configuração do equipamento era F 16 - Iso ( vamos aprender ) estava em 100 e a velocidade 30 segundos de exposição. como a captação de luz era extremamente baixa, só se acontecesse um relâmpago para iluminar a cena e realizar a fotografia. E foi o que aconteceu depois de aproximadamente 45 minutos clicando a câmera e aguardando 30s o shutter speed aberto tentando a sorte de um raio até que ele apareceu, iluminou a região e o sensor capturou. Exercício de paciência que exige uma câmera com configurações manuais e tripé.
em que foi configurado uma velocidade muito baixa em um drone DJi Mavic pro 2 e ele conseguiu fazer a captura dos carros em movimento na ro56
tatĂłria e demais ruas.
DIAGRAMA SHUTTER SPEED
Rafael Habermann / 2020
Esse ĂŠ um outro caso
ISO Agora que já ficaram claras As regras de
ISO para que o equipamento, através dos seus sensores, fique
funcionamento do diafragma Ih do obtu-
mais sensível que absorva uma maior quantidade de luz. Se
rador vamos entender como “a luz e seus
o profissional for realizar uma imagem em condições muito
desenhos” são fixados nas superfícies.
iluminadas, por exemplo sob a luz do Sol do meio-dia, muito
Para isso, nós vamos falar da sensibili-
provavelmente vai ser necessário que ele diminua o ISO con-
dade que esse sistema de fixação de luz
trolado no seu equipamento.
precisa ter nas mais diversas condições de iluminação de um objeto.
Quanto mais alto o valor do ISO, mais granulado será o resultado da sua imagem, porém com um resultado satisfatório
É chamado de ISO ou antigamente era
quanto à iluminação e definição da imagem. Sob uma luz de
chamado de asa a sensibilidade na qual
velas somos capazes de realizar uma fotografia de modo que
aplicamos em cada mecanismo de senso-
conseguimos iluminar um objeto combinando valores de ISO,
res. O ISO é controlado ou orientado os
abertura de diafragma e controle de velocidades.
57
equipamentos conforme a quantidade de luz o que temos para cada situação. Se o fotógrafo vai realizar uma imagem onde a condição de luz não é muito alta, é necessário aumentar a numeração do ISO MENOR
ISO MAIOR
Sob a mesma condição de luz ambiente
58
ISO 400
ISO 12.000
DIAGRAMA DE FUNCIONAMENTO DE UMA CÂMERA FOTOGRÁFICA
Para uma melhor compreensão sobre o caminho da luz dentro de uma câmera fotográfica reflex, câmeras que têm um espelho para projetar a imagem no visor para o fotógrafo, a sony disponibilizou um croqui do funcionamento desde o objeto até a chegada da luz no sensor. Ela passa pelos elementos opticos, reflete para o fotógrafo e no momento que ele diapara o equipamento acontece a mágica de abrir as cortinas de velocidade e em fração de segundo os sensores captam a luz e transpõem a mágica da imagem.
59 Diagrama criado pela Sony.
COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA 60
Jesse Chan
Toda fotografia realizada
ponente que faça parte de
tem um certo objetivo,
um passo a passo da mon-
seja ele catalogar um pro-
tagem de um equipamen-
duto, compor uma peça
to, posso fotografar esse
publicitária, ser um do-
equipamento montado com
cumento, ou até mesmo
fundo branco ou ambienta-
conquistar um patamar ar-
do como também posso fo-
tístico fazendo ou não um
tografar esse equipamento
sentido visual. Trabalhando
junto com o seu montador /
nessa linha quando nós tra-
criador para uma notícia de
zemos a fotografia para o
jornal ou até mesmo para
nosso dia a dia eu posso fo-
documentar a vitória em
tografar uma peça um com-
um concurso de robótica.
61
FOTOGRAFIA COM FUNDO BRANCO
A fotografia de fundo branco ela não tem tanto segredo para exibir o que realmente é necessário, a 62
fim do que realmente está sendo fotografado seja apenas para catalogar ou exibir algo que tenha só ele como foco principal.
FOTOGRAFIA PUBLICITÁRIA OU AMBIENTADA
Quando falamos da criação da imagem publicitária ou ambientada, nós falamos de uma criação por trás do elemento principal a ser fotografado. A exemplo do material abaixo, nós podemos colocar um brinquedo com o fundo ambientado onde a fotografia terá um ganho visual muito mais apelativo e atrativo. Podemos trabalhar com recursos de luzes ou criação / intervenção em cenários.
63
@thisisengineering @thisisengineering
64
FOTOGRAFIA DOCUMENTAL A fotografia documental
um objeto, uma pessoa
ou jornalĂstica ĂŠ realiza-
ou ambos. Esse tipo de fo-
da a fim de mostrar algo
tografia aceita uma dose
que seja fotografado de
de publicidade, fotografia
forma com que possamos
de retrato ou coletiva de
mostrar ou documentar
uma equipe de trabalho
CHRISTINA WOSINTECH
Outra questão também importante para a fotografia documental, principalmente quando envolvemos pessoas ou grupos de trabalho, é ficar atento aos ambientes. As fotografias podem boratório de trabalho, em uma sala de aula ou em qualquer outro lugar. Objetos indesejados podem aparecer na fotografia como uma tela de computador aberto com imagens ou mensagens não desejadas, extintores ou equipamentos de segurança no fundo da foto. Esse tipo de informação só aparece porque o fotógrafo não está atento ao que está compondo dentro do visor da câmera.
MARIUS CIOCIRLAM
acontecer em um ambiente como uma feira, la-
65
THIS IS ENGINEERING
DISRUPTIVO
66
Portanto, a dica é que observe melhor os elementos que aparecem na sua fotografia, em caso de feiras e eventos mantenha a composição bem fechada nas pessoas, em laboratórios de sala de aula observe THIS IS ENGINEERING
atentamente se há computadores ligados o que tem exibido na tela. o ideal é que estejam todos desligados e você que vai fotografar a cena observe o melhor ângulo com a melhor luz para que a sua fotografia seja cada vez melhor.
O TERÇO
Para que todo trabalho fotográfico aconteça de forma harmônica e profissional, é necessário nós termos conhecimento de
67
uma regra básica, de composição, em fotografia chamada regra dos terços.
A regra dos terços, falando de uma forma mais simplificada, é a de visão da cena em 9 quadrados iguais em que os assuntos principais devem estar posicionados nas extremidades do quadrado que fica no centro da tela. Esse recurso é facilmente encontrado em câmeras digitais modernas como também nos aparelhos celulares.
68 Laura Kleffmann
A regra dos terços se aplica à qualquer assunto. @rafaelhabermann
@rafaelhabermann
69
@rafaelhabermann
@rafaelhabermann
zoom
70
PLANOS FOTOGRÁFICOS
1 2 3
Plano Geral é o plano onde o fotografado, seja ele um objeto ou uma pessoa ou até mesmo um grupo, mostra o objeto como um todo e o local onde está o assunto fotogra-
fotografia é feito na altura dos ombros também muito usados em fotografias documentais onde conseguem capturar uma ex-
fado. São os planos mais abertos onde o fotógrafo não usa
pressão, sendo assim uma fotografia x pressa muito mais perso-
recursos de zoom.
nalidade i muito usado em retratos fotográficos.
Plano Americano é o plano fotográfico onde é mostrado ¾ do plano geral. Quando estamos fotografando pessoas ou grupos, para memorizar esse tipo de plano, cortamos
6
Close é o nome dado para esse enquadramento onde conseguimos captar uma fotografia com o enquadramento bem fechado, principalmente no rosto de pessoas. Esse tipo de enquadramen-
a imagem mais ou menos na altura do joelho das pessoas
to normalmente preenche a tela toda com um rosto onde nós
onde você nem mostra todo o local e faz um corte através
não conseguimos capturar nada e nem saber qual é o plano de
do zoom no assunto fotografado.
fundo.
Plano Médio é o plano onde vamos fechando um pouco mais o enquadramento fotográfico e como exemplo quando fotografamos pessoas fazemos um corte na linha da cintura evidenciando bastante o rosto junto ao corpo .
4
5
Primeiro Plano é o tipo de enquadramento onde é o corte da
7
Big Close ou Plano Detalhe é o nome dado a este enquadramento onde os fotógrafos utilizam do zoom quase que total das câmeras de lentes que são capazes de capturar detalhes dos assuntos fotográficos bem como de objetos pequenos através do uso dos recursos de macro muito poderosos tanto em fotografia
Plano Fechado é o enquadramento fotográfico em que fazemos o corte na linha do busto é muito usado em fotografias de mídia social, colunas de jornal, como também nas fotografias de perfil muito usadas em biografias.
de gente além da possibilidade de capturar realçar texturas.
71
Alan Kirvan
72
RESOLUÇÃO X TAMANHO
É comum que resolução e tamanho de imagem sejam fatores que suscitam curiosidade e dúvida. Designers gráficos, fotógrafos e pessoas envolvidas com artes gráficas em geral confundir-se sobre esse assunto, de certa forma, confuso.
VOCÊ SABE QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS ENTRE ESTES DOIS TERMOS?
Podemos de uma forma bem simplificada adotar o raciocínio de que tamanho de imagem, em tempos digitais, é a capacidade que o seu equipamento tem em gerar uma imagem com um tamanho físico ou digital em uma escala horizontal e vertical como, por exemplo, uma câmera de 12 megapixels pode lhe entregar uma imagem de alta qualidade no tamanho de 1 m por 80 cm e uma câmera de 20 megapixels pode me entregar uma imagem não tá morrendo de 4 m por 3 m em alta resolução.
UM CELULAR COM 32 MEGAPIXELS
74
OU
Muitos profissionais se confundem com a relação entre megapixel com qualidade de imagem. O megapixel refere-se ao tamanho da imagem e a qualidade refere-se a quantidade de entrada de luz que o seu aparelho tem a capacidade de captar jogá-la para o sensor.
UMA CÂMERA COM 12MEGAPIXELS?
As objetivas de câmeras começam em 56mm e podem chegar até 420mm de raio Cameras frontais tem em média 2mm de diâmetro.
Quando
fotografamos
duran-
suas objetivas, muito maiores
te o dia, assim tanto os celula-
que as dos celulares, conseguem
res quanto as câmeras têm uma
captar muito mais luz e jogar
qualidade de imagem muito se-
para os seus sensores comparado
melhantes devido ao fato da
há uma câmera de celular quem
fonte de luz ser intensa. O que
suas objetivas vão ter no máximo
realmente acontece é que se o
5 mm de abertura. Se comparar-
celular tem uma quantidade de
mos na questão de qualidade as
megapixel maior do que a câme-
câmeras de 12 megapixels terão
ra consequentemente podemos
imagens menores que as dos celu-
imprimir a imagem do celular em
lares em tamanho de impressão,
um tamanho maior. O problema
porém com muito mais qualidade
acontece em baixas intensidades
devido ao fato de ter maior en-
de luz. Uma câmera através das
trada de luz.
Câmeras traseiras no máximo 3mm na sua maioria
75
PPI - Pixels per Inch - monitores e telas
Quando falamos sobre resolução x tamanho de imagem, falamos também de uma unidade de medida digital denominado pixel, e no caso das imagens para uma linguagem impressa utiliza uma escala de medida classifi76
cada por pontos (dots) extremamente pequenos que são chamados de pixel. Já a resolução, podemos dizer que se trata do elemento que mede a chamada definição da imagem. A definição ou resolução varia dentre as seguintes situações e nomenclaturas: DPI - Dots per Inch materiais impressos
PPI
72 DPI Largura do arquivo digital: 1920 pixels Altura do arquivo digital: 1080 pixels Largura da imagem na impressão: 67,73 cm Altura da imagem na impressão: 38,10 cm 150 DPI Largura do arquivo digital: 1920 pixels Altura do arquivo digital: 1080 pixels
DPI
Largura da imagem na impressão: 32,51 cm Altura da imagem na impressão: 18,29 cm 77 300 DPI Largura do arquivo digital: 1920 pixels Altura do arquivo digital: 1080 pixels Largura da imagem na impressão: 16,26 cm Altura da imagem na impressão: 9,14 cm 720 DPI Largura do arquivo digital: 1920 pixels Altura do arquivo digital: 1080 pixels Largura da imagem na impressão: 6,77 cm Altura da imagem na impressão: 3,81 cm
FORMATOS DE ARQUIVOS
Pense que uma pessoa poderá utilizar uma mesma imagem para impressão e para publicar na internet ou até mesmo exibi-la em um monitor. Como fazer para que a fotografia fique boa o suficiente para apresentação em tela e em materiais impressos? Quais são as configurações adequadas? A resposta é simples: as câmeras digitais e aparelhos celulares foram projetadas para ser um meio digital. Portanto, a maioria desses aparelhos são construídas em torno da ideia de que o resultado vai ser uma imagem para a web ou exibição em tela. Recentemente, as câmeras digitais e os aparelhos celulares foram adaptadas para produzir imagens com maior e melhor qualidade para impressão. A maioria dos equipamentos vão trabalhar com formatos de imagem denominados JPEG, PNG entre outros (compactados) ou TIFF (não compactados). Imagens criadas através de arquivos compactados perdem qualidade e não resolução.
79
O formato do arquivo de imagem também é importante quando falamos a respeito de resolução e tamanho de imagem. O mais famoso e utilizado, por exemplo, é o JPEG ou PNG, formatos que compac80
tam os arquivos. Um arquivo em formato JPEG ou PNG, muito comum e usual em câmeras compactas e aparelhos celulares, podem ser gerados com baixa ou alta resolução (para internet ou para impressão).
Para arquivos que exi-
riais impressos utiliza-
PNG entre outros. Por
gem o máximo em qua-
dos em grandes amplia-
ser uma linguagem vol-
lidade de imagem e
ções. Uma informação
tada para impressão,
resolução, o ideal é sal-
de suma importância é
esses arquivos por ser
vá-lo no formato TIFF,
que os arquivos em TIFF
carregadas na internet
formato esse superior
são astronomicamente
tornam-se inviáveis de-
e que não compacta o
mais pesados que os
vido ao seu tamanho
arquivo. Um formato
arquivos compactados
em kilo bytes .
adequado para mate-
como
exemplo
JPG,
81
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARTHES, ROLAND. A Câmara Clara: nota sobre a fotografia (trad.: Julio Castañon Guimarães). Rio de Janeiro: Nova Fronteira.1984. WEB MANUAL OSRAM. Disponível em: <https://hosting.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/ManualOsram.pdf>. Acesso em: 10 de mai. de 2020. SIL. Disponível em: <https://www.sil.si.edu>. Acesso em: 10 de mai. de 2020. TUTORIAL LIGHT FOR BLOGGERS. Disponível em: <https://www.tipsfromatypicalmomblog.com/2014/02/diy-tutorial-light-box-for-bloggers.html>. Acesso em 10 de mai. de 2020. ILUSTRAÇÕES DZOMM. Disponível em: <https://www.dzoom.org.es/el-retrato-fotografico-tipos-de-plano>. Acesso em: 10 de mai. de 2020. HOS GALLERIES. Disponível em: <https://hos.ou.edu/galleries/17thCentury/Fludd/1617-detail/Fludd-1617det-t1-049-image>. Acesso em: 10 de mai. de 2020. MANUAL CONSTRUÇÃO DA CAIXA DE LUZ. Disponível em:< https://www.dzoom.org.es/4-interesantes-tutoriales-para-hacer-tu-propia-caja-de-luz>. Acesso em: 10 de mai. de 2020. PETA PIXEL – EXPOSURE EQUIVALENCE. Disponível em: <https://petapixel.com/2018/12/26/the-basics-of-equivalent-exposure-in-photography>. Acesso em: 10 de mai. de 2020. PUBLICDOMAINREVIEW. Disponível em: <https://publicdomainreview.org/essay/robert-fludd-and-his-images-of-the-divine> Acesso em: 10 de mai. de 2020.
83
Apaixonado por fotografia, Rafael Habermann é publicitário formado em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda e especialista em Design de Produção e Tecnologia. Na bagagem de fotógrafo profissional, traz quatro anos como fotógrafo do Acampamento “Reppublica Lago” (Leme, SP), além de inúmeros trabalhos de fotografia publicitária. Em 2011, a convite do Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira (“Esquadrilha da Fumaça”), Rafael viajou com a equipe de pilotos para fotografar o “Circuito Sul 2011”. Além disso, Rafael acumula mais de 15 anos como docente no Curso Técnico em Comunicação Visual e Fotografia no Centro Paula Souza, em Leme/SP, ministrando as disciplinas de Fotografia e Edição de Imagens Digitais e é recém integrado ao corpo docente na Fatec de Araras à frente da disciplina de Design Digital.
84
2020