2019 Trends
Zeitgeist Nos encontramos diante de uma nova era, iluminada, na qual a aprendizagem e o lazer se unem dando origem a um novo ambiente, belo e sustentável, o novo luxo do futuro. Escolas em todo o mundo seguem uma tendência hedonista: Estudar já não será uma tarefa árdua e se tornará a maneira mais incrível de passar nosso tempo. Consideramos nosso tempo precioso demais para ser gasto sem que seja no que mais nos trás felicidade. Usaremos este precioso tempo, garantido pela evolução tecnológica, para criação de objetos únicos com nossas mãos, humanas e únicas. Não Apenas escolas mas também empresas, perceberão que a chave para obter maiores benefícios a longo prazo será a inclusão de áreas de lazer, que darão tempo para que seus funcionarios relaxem e trabalhem com prazer. As criações contarão histórias, o que são e como foram feitas, sendo frutos de um trabalho tranquilo e suntuoso. A história de cada produto torna-se a que lhe pertence e a enriquece. Nós compraremos menos, mas o que comprarmos será mais significativo para nós. Tudo isso leva a uma nova consideração do design clássico, onde a tradição e a sobriedade se inspiraram nas lendárias Grandes Bibliotecas de todos os tempos, buscam inspiração no Modernismo e Funcionalismo do século XX. A abordagem desse estilo clássico será menos ortodoxa e um pouco mais boêmia, esta combinação de modos rebeldes e românticos terá resultados únicos e interpretações surreais. Nesta tendência vemos as formas geométricas puras e imperfeitas que se aproximam das pinturas de Sonia Delaunay e Edouard Benedictus. As coleções de outono 2017 de Peter Pilotto e Dries van Notten também representam bem a estética. As estampas florais Art-Deco simples de linhas imperfeitas e combinação de cores. O design floral texturizado criado com técnicas manuais trás a harmonia onde os traços imperfeitos criam a sensação de perfeição. Geométricos também são bem-vindos desde que a elegância do traço manual possa ser sentida. A imperfeição é a chave para essa tendência.
Peter Pilotto
Art-Deco
Sonia Delaunay
Zeitgeist
Edouard Benedictus
Stella Jean
Dries van Notten
Zeitgeist
Techskin Até 2019, a tecnologia estará ainda mais enraizada em nossas vidas. A realidade virtual ocupará uma parte cada vez maior e mais importante no nosso dia a dia, não só no trabalho mas também no lazer e nas comunicações. Nós a usaremos para pesquisar dentro de nós mesmos e, em alguns casos, para fins não tão benignos. Além disso, esta tecnologia se tornará mais tangível e se instalará no nosso cotidiano: usaremos máscaras ou maquiagens virtuais para desfocar nossa identidade, próteses para melhorar nosso desempenho físico e a moda será personalizada. Será necessário que o design use todos os seus recursos para nos surpreender. Será cada vez mais fácil maquiar nossa identidade real como ja acontece com os filtros do SnapChat. As próteses para fins de lazer entrarão no mercado: o MediaLab DuoSkin do MIT é uma pulseira de metal que se assemelha a uma jóia, mas nos permite nos comunicar com o wiresly; Outro exemplo pode ser encontrado entre artistas que usam a realidade aumentada como um meio de comunicação com seus fãs, como Jaloo com suas máscaras, ou Björk em sua última turnê digital. O estilo nesta tendência é tecnológico e decadente, com o glamour de contrastes complexos e com uma inclinação para o lado obscuro da tecnologia. A busca é transformar o objeto ou a pessoa dando-lhe outra pele ou jogando um jogo de luzes e sombras para mudar sua aparência. O espírito de integração com o projeto que guiou o trabalho de Athos Bulcão inspira a necessidade de vincular nossos projetos ao corpo humano e à tecnologia que eles podem hospedar, os gráficos que exaltam a arquitetura servem de inspiração para a parte reticulada desta tendência. Padrões de shibori mais complexos nos fazem pensar em impressões de pele animal meio alienígenas, como vimos nas passarelas de Outono 2017 de muitos designers como Custo Barcelona e Maison Margiela. A obra de Amy Genser composta por Papel laminado nos dá uma ideia de cores para esta tendência, também podemos nos inspirar na arte de Karen Margolis e Xochi Solís na qual nenhuma superfície é plana. A aquarela de Lou Jordan aponta o caminho para os jogos de luz e sombra que apoiarão a tecnologia e a evolução do nosso futuro.
Karen Margolis
xochi solis
Techskin
Athos BulcĂŁo
Custo Barcelona
Amy Genser
Maison Margiela
Lou jordan
Techskin
Conexão Máquinas não têm intuição, nós temos. Em um futuro em que a tecnologia se tornará cada vez mais importante, essa tendência nos leva ao caminho do instinto humano vinculado à natureza. A sobrevivência das espécies depende de como vamos nos relacionar com o planeta a partir de agora. É por isso que o consumo em massa está em declínio e as pessoas em breve estarão colocando seu dinheiro em emoções ao invés de objetos. No futuro, os projetos que tornem possível a vida no planeta destacarão as marcas mais importantes. A sustentabilidade será um tema cada vez mais presente em nosso dia a dia. Materiais sustentáveis, reciclagem e slowfashion estão no topo dos temas mais buscados quenao assunto é moda consiente. Os projetos que se apoiam no marketing da sustentabilidade ganham cada vez mais espaço na mídia e criam esta relação de afetividade com o consumidor que espera isso, um público cada dia mais crescente. Existe este desejo de nos reconectar com a natureza, nos rodeamos de materiais que nos abracem como se estivessemos na calmaria do útero materno novamente. Uma relação saudável com a natureza nos tras paz, assim como uma coberta de algodão em um dia frio, caminhar sobre o piso de madeira ou mergulhar no mar. A natureza sempre foi uma grande inspiração mas hoje mais do que nunca nos voltamos a ela, perseguimos um sentimento de sensualidade selvagem explorando este vínculo com a terra, nos apropriando para preservá-la. O desejo aqui é comunicar tudo o que é bom sobre a natureza mais profunda do ser humano, como lidamos com nossos instintos e crenças. De onde viemos, no que acreditamos. Vamos explorar esta ligação esotérica e física que temos com a terra através das rochas e minerais, sentir a energia, nos reconectar. Aqui o ponto de partida foram os trabalhos de alguns artistas / designers que traduzem muito bem esta ligação através do resultado estético de suas obras que assemelham-se a objetos orgânicos criados pela natureza, mais especificamente as rochas. Entre eles, James Shaw, que utiliza uma técnica criada por ele. Com uma pistola de jato em spray lança fibras de papel reciclado, água e tinta para obter suas texturas. O material seca assim que lançado de encontro com o objeto, o resultado final se assemelha a uma forma orgânica inacabada ou em constante formação. Laura Moriarty compara seus processos em seu estúdio com os processos da Terra. As formas, cores, texturas e padrões de suas pinturas escultóricas resultam de forças semelhantes às que moldam e remodelam a Terra: aquecimento e resfriamento, erosão, subdução, fricção, enrolamento, intempérie e deslizamento. As camadas de cor formam os estratos de uma metodologia em que o imediatismo da mão pode traduzir uma sensação de tempo profundo. O Amoia Studio em seu projeto mineralidade teve como ponto de partida a relação do homem com a Natureza, mais especificamente, pedras e cristais e suas propriedades esotéricas.
ConexĂŁo
1- Rocha | 2- Rainbow Mountains | 3- Tessa koot | 4- Laura Moriarty | 5- Samoia Studio | 6- Chen Chen and Kai Williams
Conexão
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Pós graduação em design de estamparia Pesquisa de tendências Professora: Ana Paula Lima Aluna: Hanna Inaiáh Picerno Guerra de Andrade