O trabalho explora a escrita no verso das fotografias — um gênero propriamente familiar — e a montagem do álbum de fotografias — uma dentre muitas formas de arquivamento doméstico. Propõe discussões conceituais sobre os limites da captura fotográfica, sua influência sobre a memória e, sobretudo, a remontagem da infância sob a ótica renovada do presente e da maturidade. Indo além, propõe possibilidades sobre o que foi e o que poderia ter sido, reforçando vínculos lacunares entre escrita e imagem. A identidade se dissolve em experiência, o sujeito é constantemente reatualizado. Técnica e materiais: 40 fólios manuscritos em caneta esferográfica azul sobre verso de papel fotográfico da Kodak, agrupados em álbum de fotos da Kodak. Dimensões: 16 x 11,2 x 1,2 cm.