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Música de qualidade!
Revista
KeyboardBrasil
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ANO 4 :: 2017 :: nº 49 ::
:: Seu canal de comunicação com a boa música!
LUCIANO L E Ã E S
O BLUES E A SONORIDADE DE NEW ORLEANS CORREM EM SUAS VEIAS
TRIO PAINEIRAS:
Um trabalho de refinamento e bom gosto
PROFISSIONALISMO:
Estética e organização do tecladista
ECOMÚSICA RIO:
Piano, projeções e sons da natureza com Fábio Caramuru
DICA TÉCNICA:
Fantasma da Ópera






NOVIDADE!!
Saiba quem são nossos novos colaboradores!!

Matéria de Capa
Foto: Doni Maciel

LUCIANOL E Ã E S
O BLUES E A
SONORIDADE DE NEW ORLEANS CORREM EM SUAS VEIAS
10 / Revista Keyboard Brasil




QUEM OUVE LUCIANO LEÃES,
POSSUIDOR DE UM ALTÍSSIMO
NÍVEL DE PERFORMANCE QUE
O ALÇOU A PALCOS COMO O
JAZZ & HERITAGE FESTIVAL
DE NEW ORLEANS, E QUE
ESTÁ ENTRE OS PRINCIPAIS
PIANISTAS DE BLUES DO PAÍS,
NÃO
IMAGINA
QUE
SUA
RELAÇÃO COM O PIANO SEJA
QUASE
LÚDICA.
GAROTO
PRODÍGIO, APRENDEU A TIRAR
SONS
DE
OUVIDO.
SEU
PRIMEIRO
ÁLBUM
SOLO,
TOTALMENTE
AUTORAL,
INTITULADO
“THE
POWER
O F
L O V E ”
A R R A N C O U
EXCELENTES
ELOGIOS
DA
CRÍTICA
ESPECIALIZADA
E
DE MÚSICOS RENOMADOS.
E S T E
M Ê S ,
N O S S A
CONVERSA
É
COM
ESSE
MESTRE!
*Por Heloísa Godoy
Revista Keyboard Brasil / 11









Vitrine
Blues
livro
Workshop de Jeff Gardner
* Redação
“Jeff Gardner, pianista que domina totalmente o assunto Blues como poucos, conseguiu organizar em menos de cem páginas um estilo tão vasto, que ultrapassa suas próprias fronteiras, indo se juntar a várias outras culturas e manifestações musicais do mundo musical de hoje em dia. Sua explanação é precisa e concisa, permitindo que professores possam orientar seus alunos, ou que estes, com um básico conhecimento de música possam por si só se aprofundar no aprendizado do Blues, sejam eles pianistas, instrumentistas de cordas, sopros ou qualquer outro. Como pianista, grande admirador e adepto desse estilo musical tão vasto, posso dizer que terei também muito a aprender com o livro “Blues Workshop” o que, de certa maneira, me fascina. Parabéns, portanto, ao Jeff Gardner por ter dedicado parte do seu tempo nessa tarefa que, sei muito bem, é difícil, mas de uma importância sem limites para a didática musical. ” - Antonio Adolfo.
“Blues workshop é um livro que coloca ao alcance de todos nós as sutilezas do Blues. Jeff Gardner, com sua clareza de exposição, exemplos super objetivos e musicalidade ímpar, foi a pessoa certa para nos entregar “de bandeja” as ferramentas necessárias para começarmos a entender e sentir este estilo que pode ser ao mesmo tempo simples e complexo. Obrigado Jeff! Já era hora de nós, brasileiros, termos acesso a uma informação tão importante.” - Nelson Faria.
34 / Revista Keyboard Brasil




Papo de tecladista
E S T É T I C A E ORGANIZAÇÃO DO TECLADISTA
PROFISSIONALISMO,
OBSERVÂNCIACONSTANTE SOBRE O QUE ESTAMOSOFERECENDO E MENTE ABERTA FRENTEA O S E R V I Ç O Q U E E S TA M O SAPRESENTANDO. ESSA É A MINHA DICADO MÊS!
* Por Bruno de Freitas
36 / Revista Keyboard Brasil

Fotos: Arquivo pessoal
A
música é uma das mais belas Artes. Faz história junto à nossa. Na linha do tempo artístico e humano, a discussão

entre a estética relativa é uma constante. Relativaporque estamos considerando o belo e funcional, por vezes não tão belo. Aí vem à tona a questão som versus ruído, uma vez que naturalmente se aprende na escola regular que o ruído faz mal, ou pode fazer mal, e o som é algo natural e regular, que nos acalenta e faz música.
Entretanto, sabemos que som e ruído caminham juntos no mundo da música, principalmente quando os pratos, as caixas e a percussão como um todo começaram a aparecer nas obras eruditas. O cume disso tudo, arriscamos aqui citar, foi a primeira metade do século XX, no qual o Dodecafonismo e a Música Experimental ganharam força com compositores e discípulos mundo afora, e um dos resultados é a grande Música Eletrônica que temos hoje. Incrível não é?
Mas, em meio a essa discussão toda, voltamos a discutir a estética. Como na coluna anterior “O Tecladista, O Mundo Digital e a Produção Musical”, edição nº 44, mencionamos os leds nos painéis dos teclados, a estética, a boniteza, o belo, a organização e o equilíbrio também visual acompanham nós tecladistas. Por isso não poderia deixar passar esse tema tão relevante no mundo artístico musical.
Agora, algo que sempre chama a atenção em meio aos “bailes da vida”, bandas de colegas, fotos postadas nas redes sociais, dos colegas tecladistas, nota-se que alguns poucos tem o cuidado mínimo com a estética do setup, apresentação do material de trabalho, a organização que vai desde a posição dos teclados, mixers, caminho do cabeamento e a área que delimita o setup do tecladista e muito mais. Pois bem, sabemos que nem todos os palcos país afora dão suporte para uma organização saudável do
Revista Keyboard Brasil / 37







Novidade
Espaço Gospel
A NOVA SEÇÃO DA REVISTA KEYBOARD BRASIL
A PARTIR DO PRÓXIMO MÊS, A REVISTA KEYBOARD BRASIL APRESENTARÁ UM ESPAÇO DESTINADO À MÚSICA GOSPEL COM A SEÇÃO CAPITANEADA PELO COLABORADOR RAFAEL SANIT, JUNTAMENTE COM NOSSOS NOVOS COLABORADORES, OS MÚSICOS EVARISTO FERNANDES E ZECA QUINTANILHA.
*Por Heloísa Godoy
42 / Revista Keyboard Brasil


Desde os primórdios, a música que fala sobre Deus sempre existiu na tradição dos hebreus (prova disto, é o livro do Salmos do antigo testamento onde encontramos canções do Rei Daví). A partir de Jesus, a música gospel passou a conter mensagens do evangelho.
Do inglês, a palavra gospel significa "evangelho", ou seja, gênero musical composto e produzido para expressar a crença cristã. O estilo contém mensagens bíblicas, de forma direta e/ou indiretamente para louvar, adorar ou dar graças a Deus, Cristo ou ao Espírito Santo.

Englobando diferentes estilos, a música gospel – em ascendência no mercado há alguns anos – vem passando por diversas transformações bastante significativas. O estilo vem ganhando diversas vertentes e apostando alto no diálogo com o funk, rap, reggae e até mesmo com a música eletrônica e o metal.
Porém, voltando um pouco no tempo, o gospel em sua forma original era geralmente interpretado por um solista, acompanhado de um coro e um pequeno conjunto instrumental. Grandes intérpretes da música norte-americana começaram assim, como cantores de
Gospel nas igrejas. É o caso de BessieSmith e Aretha Franklin, além de RayCharles.
Se há um nome que traz à mente a música dos tempos bíblicos, é o de Davi, um homem notável que viveu há cerca de 3.000 anos atrás.
Após a Segunda Guerra Mundial,desta fonte – o gospel –, bebeu o Rock dosanos 50, desde Bill Haley e seus Cometas,passando por Jerry Lee Lewis, até mesmo
Elvis Presley nos idos da década de1960.
Comercialmente e naforma que tem, atualmente,a música cristãestourou nos EstadosUnidos a partir dos anos70. Grandes espetáculospassaram a ser organizadospor todo o país.H o j e o p r ê m i o
G R A M M Y ,considerado o Oscar damúsica, inclui a categoriaGospel, além damúsica cristã parapremiar seus talentoscom o Prêmio DoveAwards.
No Brasil, ainda noSéculo XIX, durante oauge do movimento dosrevivalistas Moody, Spurgeon, Torreyentre outros, surgiram os Hinos Evangelísticos(Gospel Hymns) e as composiçõesde vários autores chegaram ao Brasil paraos cultos evangélicos. Obras de PhilipPaul Bliss; James McGranaham; Ira DavidSankey; George Stebbins; Fanny Crosby etantos outros mais.
Revista Keyboard Brasil / 43
Dica Técnica
O FANTASMA DA ÓPERA
A DICA TÉCNICA DESSE MÊS É A VERSÃO MAIS POPULAR DAS ÓPERAS CONTEMPORÂNEAS. BONITA E EXTREMAMENTE EXECUTADA POR ORQUESTRAS ATUAIS, POSSUINDO TAMBÉM VÁRIAS INTERPRETAÇÕES POR BANDAS DE ROCK GÓTICO. ESTOU FALANDO DO FANTASMA DA ÓPERA! BONS ESTUDOS!!
* Por Amyr Cantusio Jr.
O





Fantasma da Ópera (no original em francês LeFantôme de l'Opéra) é um romance francês de ficção gótica, escritopor Gaston Leroux. Foi publicado pela
primeira vez em 1909. Várias adaptações para teatro e cinema foram feitas, porém, seu auge foi atingido ao ser adaptada para o teatro musical por Andrew Lloyd Webber, Charles Hart e Richard Stilgoe, primeiro no West End, em Londres em 1986, e depois na Broadway, Nova York em 1988, com o mesmo elenco principal: Sarah Brightman (Christine) e Michael Crawford (The Ghost).
O espetáculo bateu o recorde de permanência na Broadway (superando Cats), e continua nos palcos até hoje desde a estreia em 1986. É o musical mais visto
de sempre, por mais 100 milhões de pessoas, e também a produção de entretenimento com mais sucesso, rendendo 5 bilhões de dólares.
Esta é a versão mais popular das óperas contemporâneas, bonita e extremamente executada por orquestras atuais, entre várias interpretações de bandas de Rock Gótico como Nightwish, After Forever, etc... Aqui é facilitada em Am-Fm.
O tema principal é o mais popular das óperas atuais do mundo e muito fácil de tocar. São estudos de Terças Menores nos intervalos de tônica/mediante. Só você seguir com calma a partitura (que ainda contém as cifras) e cantarolar!!
Bom divertimento!!
48 / Revista Keyboard Brasil



Sobre os sons
‘
Existe algo mais gratificante e recompensador para um artista do que reunir suas grandes paixões em um único projeto? Esse é meu estado de espírito ao estar completamente envolvido com o projeto de toda uma vida: o EcoMúsica.
‘
– Fábio Caramuru
50 / Revista Keyboard Brasil





F Á B I O
CARAMURU
LANÇA PROJETO
Eco Música Rio
PROJETO ECOMÚSICA RIO UNE PIANO, PROJEÇÕES E SONS DA NATUREZA EM CONCERTOS COM A TEMÁTICA DA PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. AS APRESENTAÇÕES NO RIO SERÃO GRATUITAS E CONTARÃO COM A PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DO CORO DE ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL MAURICIO AZEDO, DO CAJU.
* Redação
Revista Keyboard Brasil / 51


A vista do meu ponto
PIANO, O REI DOSINSTRUMENTOS- PARTE FINAL
PIANO, PIANO, PIANO! SEMPRE, PIANO! ESTE UNIVERSO É FASCINANTE, NÃO É? NESTAS TRÊS EDIÇÕES, PROCUREI APONTAR AS CURIOSIDADES MAIS RELEVANTES, AS QUE MAIS CHAMAM A ATENÇÃO NA ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO MAIS COMPLEXO DE TODOS. SEGUIMOS ENTÃO EM SUA PARTE FINAL.
* Por Luiz Carlos Rigo Uhlik
56 / Revista Keyboard Brasil

V

Instrumentos. Mas, antes de começarmoscom o Piano vamos falar das Teclas:você já se perguntou, alguma vez, como éque surgiram as teclas do Piano? Sim!Exatamente! Como é que surgiu a ideia dese utilizar o teclado com a estrutura e oformato que temos hoje?
A origem do nome tecla tem suagênese na palavra latina "clavis". Issomesmo, chave. O primeiro indício deteclado para tocar música foi registradopelo Hydraulis Organ, na Grécia, muitoantes de Cristo. Tinha, somente, as 7 notase eram executados na base da porrada,mesmo.
O s p r i m e i r o s ó r g ã o s , q u efuncionavam, ou por meio de água, ou porar, como os órgãos de tubo tradicionais,eram batidos, não tocados com os dedoscomo hoje. Ampliando as oitavas,usavam-se outras cores para as 7 teclas. Sóna Renascença é que surgiram osprimeiros teclados como conhecemoshoje.
amos
O ápice acontece quando osacidentes foram inseridos no tecladoexatamente como observamos os dedosdas mãos (cinco dedos, cinco acidentes). Ogênio que inventou isso passoudespercebido nos glossários da música.
Agora, vamos continuar com maiscuriosidades sobre o piano:
aumentar o nossopotencial de curiosidades sobre o P i a n o , o R e i d o s
* Em 1900, a Aeolian Company patenteia aPianola, um Piano Pneumático.* Veja que interessante: em 1904 os
fabricantes de pianos resolveram fazer uma grande fogueira de Square Pianos, que já estavam em desuso devido ao sucesso dos Uprights e Baby Grands. Esta imensa fogueira aconteceu em Atlantic City. * 180 mil pessoas, nos Estados Unidos, tinham piano em casa, em 1919. * A Kawai inicia as atividades na produção de pianos em 1927, na mesma cidade da Yamaha, Hamamatsu. * Com a Grande Depressão de 1929, a história da fabricação de pianos começa a sofrer um declínio impressionante. Tanto que o mercado não se recuperou até hoje! * Em 1930, o grande parceiro da Yamaha, Koichi Kawai, deixa a Yamaha e passa a se dedicar, exclusivamente, à sua empresa. * A Segunda Grande Guerra sinaliza mais um grave declínio nos negócios envolvendo a fabricação de pianos. * 1955 marca o início da atuação dos fabricantes chineses no mundo. A Guangzhou-Pearl River Company estabelece a sua planta industrial e passa a trabalhar no modelo OEM (Original Equipment Manufacturer). Aliás, a empresa Brasileira que produz o Piano Fritz Dobbert utiliza este tipo de negócio com a Pearl River. * Em 1958, os “Tigres Asiáticos” firmam os seus negócios pelo mundo com a Samick, na Coreia, a Shanghai Piano Co., em Xangai, e a Beijing Piano Co., em Pequim. * Um ano antes do meu nascimento, em 1960, começa a história de um dos mais fantásticos Pianos Elétricos do mundo. Harold Rhodes desenvolve o seu piano elétrico com o nome Fender-Rhodes.
Revista Keyboard Brasil / 57

Crítica Musical
Foto: Cyntia C.
R E F I N A M E N T O E B O M G O S T O N O P R I M E I R O T R A B A L H O D O
TRIO PAINEIRAS
60 / Revista Keyboard Brasil

TRÊS MÚSICOS BASTANTE ATUANTES NO CENÁRIO DA MÚSICA SINFÔNICA E DE CÂMARA SÃO DESTAQUES ESSE MÊS. BATISTA JUNIOR (CLARINETE/ CLARONE), MARCO CATTO (VIOLINO /VIOLA) E MARINA SPOLADORE (PIANO) FORMAM O TRIO PAINEIRAS E APRESENTAM SEU ÁLBUM DE ESTREIA.
* Por Sergio Ferraz






empre fico realmente satisfeito quando me deparo com artistas brasileiros em álbuns de estreia mostrando o que tem Sde melhor na produção musical brasileira.
É o caso do Trio Paineiras formado na cidade do Rio de Janeiro por Marina Spoladore (piano), Batista Junior (clarinete/ clarone) e Marco Catto (violino/viola) o trio mostra seu refinamento técnico e bom gosto na escolha de um repertório contemporâneo erudito.
O CD com o título “Trio Paineiras interpreta Compositores de Hoje” (A Casa Discos), reúne novas obras para formação mista: violino/viola, clarinete/clarone e piano.
No repertório, a obra “Asas”, escrita por Rami Levin em dois movimentos, abre o disco explorando as chamadas de dois
Revista Keyboard Brasil / 61



Experiências
Foto: Arquivo pessoal
MEU AMIGO,
O PIANO!
FALAR DO PIANO, PARA MIM, É FALAR DE TODA UMA HISTÓRIA DE VIDA QUE COMEÇOU HÁ MUITOS ANOS E QUE ME ACOMPANHA ATÉ HOJE. GRATIDÃO É MEU SENTIMENTO ETERNO.
* Por Hamilton de Oliveira
76 / Revista Keyboard Brasil

uando o conheci, vinte e quatro anos atrás, não imaginava que me traria tantas alegrias no

Qdecorrer da minha carreira profissional.
São 88 teclas, que formam um dos mais belos instrumentos já inventados pelo homem, o piano!
Meu primeiro contato com esse instrumento se deu de uma maneira pouco usual, uma bicicleta em troca de um tecladinho de 2 oitavas e meia, o Casio SA-20. Assim começa minha história...
Com 18 anos de idade, sem nunca ter tocado um instrumento musical, me lembro de ter brincado com as teclas do Casio, e logo surgiu uma melodia, o tema das Olimpíadas. Em pouco tempo já estava matriculado em uma escolinha de música perto da casa dos meus pais, onde eu aprendi a ler as notas musicais e dividir os tempos do compasso.
Já não bastavam 2 oitavas e meia para os estudos, portanto, alguns meses depois, comprei um teclado maior para continuar na escola, o Yamaha PSS-140, com suas 3 oitavas.
Com os estudos indo de vento em popa, comecei a tocar em quermesses e nas celebrações da igreja do bairro, até que, em uma viagem ao Paraguai, trouxe o tão sonhado Yamaha PSR-300. Agora sim, feliz da vida com um teclado de 5 oitavas e com sensibilidade nas
teclas, não demorou muito para começar a acompanhar algumas duplas sertanejas e a fazer shows pela cidade.
Nessa época, os estudos avançavam e, com a ajuda de um professor particular e muita dedicação, consegui passar no Conservatório de Tatuí, no curso de MPB/Jazz. Alguns anos mais tarde, eu já estava tocando em outras bandas, que tocavam repertórios que iam desde boleros clássicos, mpb e jazz, até os hits atuais da década de 90, dessa vez acompanhado pelo Casio CZ- 1000, o Yamaha DX-7 e o Roland D-50.
Das bandas de baile para a TV, dos cruzeiros para os shows com artistas mundo afora, o piano e os teclados sempre estiveram ao meu lado. Foi através deles que descobri as escalas tonais e modais, os intervalos diversos, o campo harmônico, as diversas melodias e os mais belos acordes.
Nesse tempo todo já tive o prazer de tocar nos lendários Yamaha DX7, Korg M1, Ensoniq TS-12, e nos clássicos Roland XP-50, Roland U-20, Fantom G, Korg T3,Yamaha motif, SY-77, Kurzweil k2600, Casio CZ-1000, Nord Stage, entre outros.
Minha gratidão eterna a esse instrumento, que já foi tocado por Mozart, Chopin, Tom Jobim, Hermeto Paschoal, Chick Corea, e outras constelações da música mundial.
Até breve.
* Hamilton de Oliveira estudou MPB/Jazz no Conservatório de Tatuí. Formou-se em Licenciatura em Música pela UNISO e Pós-graduou-se pelo SENAC em Docência no Ensino Superior. É maestro, tecladista, pianista, acordeonista, arranjador, produtor musical, professor e colaborador da Revista Keyboard Brasil.
Revista Keyboard Brasil / 77




Enfoque
VILLA-LOBOS, ELBA RAMALHO, JOYCE, ZECA PAGODINHO E O U T R A S “ F E R A S ” NUM CD PERFEITO
CONHEÇA O PROJETO PARA EDUCAÇÃOMUSICAL INFANTIL “BRASIL DE TUHU” DOQUARTETO RADAMÉS GNATTALI
** Por Maestro Osvaldo Colarusso
80 / Revista Keyboard Brasil

Q u a r t e t o R a d a m é s
Gnattali, especialmente através de sua fundadora, a Ovenezuelana Carla Rincón, vem colaborando
de forma decisiva para a divulgação da música brasileira. Além de uma agenda bastante intensa já são feitos notáveis do conjunto as primorosas gravações em CD e DVD que o grupo realizou, sobretudo as gravações integrais dos Quartetos de cordas de Villa-Lobos, Ricardo Tacuchian e Radamés Gnattali.
No âmbito das atividades didáticas do grupo, destaca-se o projeto para educação musical infantil que tem o nome de “Brasil de Tuhu”. Lembrando, “Tuhu” era o apelido de infância de Heitor Villa-Lobos, nosso maior compositor, e através de oficinas desenvolvidas pelo quarteto em diversas regiões do país, uma musicalização acessível e brilhante se utiliza do “Guia prático”, monumental coleção de melodias folclóricas infantis compiladas por Villa-Lobos na década de 1930. Foi a partir daí que se pensou na gravação de um CD que, decididamente, rompe as barreiras entre a música clássica e a música popular.





Junto ao Quarteto Radamés Gnattali atuam músicos, instrumentistas e cantores, famosos e excepcionais. Vale a pena citar que estes artistas, alguns deles muito conhecidos, participaram deste projeto apenas por um engajamento idealístico, nada mais. O CD apresenta 14 canções que Villa-Lobos coletou em seu “Guia Prático” em belíssimos arranjos de Leandro Braga.
(1) Projeto ‘‘Brasil de Tuhu’’. (2) Quarteto Radamés Gna ali: Carla Rincón, primeiro violino. Fernando Thebaldi, viola. Hugo Pilger, violoncelo. Andréia Carizzi, segundo violino. (3) Elba Ramalho.
Revista Keyboard Brasil / 81