José Henrique do Prado Fay
Expandindo fronteiras
Depois de inaugurar as primeiras unidades externas no ano passado, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz investe em um novo prédio que acrescentará certa de 29.500m² ao complexo hospitalar
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CARTA AO LEITOR
Primeira edição
HealthArq O
Grupo Mídia, que há quatro anos, publica a HealthCare Brazil, uma revista bimestral focada em gestão hospitalar, tem o prazer de apresentar a 1ª edição da revista HealthArq, uma publicação especial, direcionada exclusivamente aos setores de construção civil, arquitetura e decoração, que atuam junto ao segmento hospitalar. A iniciativa de lançar uma revista para esta área se deve ao seu grande crescimento, motivado pelo ótimo momento por que passam hospitais, clínicas e laboratórios, os quais não param de expandir suas estruturas com o objetivo continuo de agregarem valor aos seus serviços, através de novos equipamentos, procedimentos e novas tecnologia, cada vez mais de ponta, além de se preocuparem com questões de sustentabilidade e humanização. É neste panorama que damos boas-vindas à HealthArq através de artigos propostos por arquitetos especializados em 4
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arquitetura hospitalar, cases de sucesso de projetos premiados, matérias que envolvem sustentabilidade, flexibilidade, criatividade e que abordam questões como Plano Diretor. Nesta edição, a matéria de capa traz informações completas sobre o plano de expansão do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, que há cerca de quatro anos vivencia o crescimento de seu complexo hospitalar, assim como a inauguração de unidades externas. A revista traz também a coluna escrita pelo médico e arquiteto Dr. Domingos Fiorentini, que estará presente em todas as edições, sempre explanando sobre projetos inovadores e assuntos de interesse do setor. Nesta edição, o arquiteto fala sobre o projeto do Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro, de Uberlândia, um hospital público de alto padrão. Que todos tenham uma ótima leitura! Equipe HealthArq
DIRETOR PRESIDENTE Edmilson Caparelli diretoria@grupomidia.com DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Novais marcelonovais@grupomidia.com ADMINSTRATIVO E FINANCEIRO Lúcia Caparelli financeiro@grupomidia.com
DIRETOR Edmilson Caparelli EDITORA Mariana Nakane mariana@grupomidia.com REDAÇÃO Francisco Silva francisco.silva@grupomidia.com DEPARTAMENTO DE ARTE criação: Erica Alves Diagramação: Mariana Siquinelli DEPARTAMENTO COMERCIAL Giovana Teixeira giovana@grupomidia.com OPERAÇÕES Departamento Jurídico juridico@grupomidia.com Pesquisa - Global Pesquisa Suporte e Atendimento on-line suporte@grupomidia.com ATENDIMENTO AO LEITOR Grupo Mídia Rua Antonio Manoel Moquenco Pardal, 1027 Ribeirânea - Ribeirão Preto - SP (16) 3629.3010 Cep: 14096-290
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CAPA HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ
José Henrique do Prado Fay
Expandindo fronteiras
Depois de inaugurar as primeiras unidades externas no ano passado, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz investe em um novo prédio que acrescentará certa de 29.500m² ao complexto hospitalar
Há cerca de quatro anos o Hospital Alemão Oswaldo Cruz vem passando por um complexo e completo plano de expansão
FOTO CAPA JOSÉ HENRIQUE DO PRADO FAY DIVULGAÇÃO
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Dr. Domingos Fiorentini, médico e arquiteto, fala sobre a elaboração do projeto do Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro, de Uberlândia
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
ARQ COLUNA
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SUSTENTABILIDADE
Escritório da Boehringer-Ingelheim obtém certificação Leed, graças a projeto que visa a responsabilidade socioambiental
NESTA EDIÇÃO N.01 - SETEMBRO - 2011
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Projeto reúne flexibilidade, sustentabilidade e humanização em nova edificação planejada em área adjacente ao Hospital Salvatoriano Divino Salvador, na cidade de Videira (SC)
CRESCER E PENSAR NO FUTURO
PROJETO
PLANO DIRETOR
Elaborar um Plano Diretor define quais serão as ações de investimento e crescimento do hospital, para que ele mantenha sua funcionalidade
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Studio Domo Arquitetura mostra que é possível inovar e utilizar novos materiais sem perder a qualidade do empreendimento ao encabeçar o projeto de construção do Hospital Baía Sul
HOSPITAL SINOBRASILEIRO
CRIATIVIDADE
EXPANSÃO
Diante de novas instalações, Hospital de Osasco está preparado para realizar cirurgias de alta complexidade HEALTHARQ
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ARQ Coluna
Hospital Público de Alto Padrão
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POR DR. DOMINGOS FIORENTINI*
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projeto do Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro nasceu a partir do pedido do prefeito de Uberlândia Odelmo Leão, que através do secretário Municipal de Saúde de Uberlândia, solicitou a elaboração do projeto de um Hospital que deveria quebrar o paradigma de que Hospital Público tem que ser de má qualidade, mau aspecto, arquitetura precária e barata. A ideia, tanto do prefeito quanto do seu secretário de saúde, era a de que a cidade de Uberlândia deveria ter não somente um bom Hospital, mas que este, fosse humanizado, racional, econômico e de custo operacional enxuto. Iniciamos os trabalhos, juntamente com toda equipe da Secretaria da Saúde e Secretaria de Obras, para a escolha do local e elaboração do Programa de Necessidades, que resultou num Plano Diretor para 20 anos ou mais.
A filosofia dos projetos objetivava assim, um Projeto Inovador que propiciasse a redução de desperdícios e ociosidades, tais como: consumo de energia, consumo de água, recursos humanos, etc. Entendíamos que, o custo da construção deste Hospital, seria maior do que os convencionais, porém, haveria redução importante no custo operacional, o que justificaria em curto, médio e longo prazos, maior investimento inicial, o que frequentemente conflita com os objetivos das Instituições Públicas, que buscam redução no custo da construção, de má qualidade, que resulta num custo operacional e de manutenção elevados. Este custo operacional mais baixo principia pelo partido arquitetônico do Hospital, absolutamente horizontal, o que representa uma redução substancial no consumo de energia, pois não é necessário lutar HEALTHARQ
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ARQ Coluna
contra a força da gravidade, transportando verticalmente, equipamentos, suprimentos, pacientes, visitantes e funcionários. Até a água potável apresenta uma redução de custo operacional, pois não precisa ser recalcada, visto que, a pressão manométrica da rede pública, é suficiente para levar água aos reservatórios elevados que por gravidade atenderão todo o Hospital. A concepção estrutural previu a utilização de elementos pré-fabricados em concreto com o obje10
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tivo de reduzir o tempo de execução. Além de horizontal, a estrutura física do Hospital está setorizada junto a três eixos de circulação, (sistema triaxial): 1 - Eixo Público: onde o público circula livremente, não sendo necessário crachás ou identificação prévia, pois este naturalmente, não adentra as áreas restritas, através da circulação do público o usuário externo pode circular de uma extremidade a outra do Hospital, isto é,
da Internação ao Serviço Diagnóstico, sem cruzar com circulações internas, reduzindo assim, o custo de controle de acesso, com seguranças, catracas, etc; 2 - Eixo Interno: destinado exclusivamente aos funcionários, médicos, enfermeiros e pacientes conduzidos em macas, camas ou cadeiras de rodas. O acesso a essa circulação interna, só é permitido aos portadores de crachás operacionais, com identificação magnética ou código de barras; 3 - Eixo Industrial: abriga
CONSTRUÇÕES
Sabiazinho - Uberlândia/MG
Faculdade Católica - Uberlândi / MG
Construindo com qualidade Viaduto João Naves - Uberlândia/MG
Restauração da Casa da Cultura - Romaria / MG
Restauração da Prefeitura Municipal - Romaria / MG
Painéis Premoldados - Fachada Center Shopping - Uberlândia / MG
Fábrica Itambé - Uberlândia / MG
Hospital Municipal - Uberlândia / MG
Hospital Municipal - Uberlândia / MG
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ARQ Coluna
todos os serviços de apoio que podem apresentar desconforto ao pessoal interno e público, tais como: cozinha, lavanderias, vestiários, centrais de energia, oficinas, entre outros, podendo produzir ruídos, odores desagradáveis, além do necessário trânsito de carrinhos de suprimentos. As expansões futuras do Hospital podem acontecer através de espaços livres entre os diversos serviços, inicialmente destinados aos jardins externos, além da possibilidade de verti12
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calização, com acréscimo de novos pavimentos sobre o existente e com a instalação de escadas e elevadores externamente colocados ao longo das circulações. Quanto às tecnologias sustentáveis, o Hospital reduz 50% do consumo de água potável através da reutilização de esgoto com menor carga biológica para reutilização como água motriz, alimentando bacias sanitárias, mictórios e expurgos, após filtragem sumária e coloração dessa água para que fique marcado
como água não potável. Desta maneira, não só há economia de 50% da água potável, como também se produz a metade do volume de esgoto, normalmente produzido por Hospitais semelhantes. O ar-condicionado dotado de sistema de recuperação de calor garante ao Hospital, suprimento de água quente, dispensando a necessidade do uso de caldeiras e aquecedores. A complementação térmica para água virá da utilização de Placas Solares. O Hospital é todo protegido termicamente, de ma-
neira que a carga é reduzida com elementos sombreadores externos que reduzem a necessidade de ar-condicionado, além de todos os ambientes possuírem a possibilidade de ventilação e iluminação natural. O uso do porão técnico, somado ao uso de espaços técnicos sobre áreas críticas, cria condições adequadas para abrigar os equipamentos de ar-condicionado, tubulações, dutos e sua devida manutenção, criando assim, tremenda flexibilidade para transformações futuras do Hospital. Os materiais utilizados na obra são de primeira qualidade, tanto, os revestimentos vinílicos, de piso, de forro, como os porcelanatos,
tintas, revestimentos melamínicos e outros acabamentos internos e externos, propiciando maior durabilidade, com menor necessidade de manutenção. O maior diferencial desse projeto é que ele foi desenhado para ser um Hospital Econômico, muito humanizado pela utilização de luz natural, ventilação natural, jardins internos e externos e uma ambientação, que em nada lembra os tradicionais Hospitais Públicos. A UTI, por exemplo, apresenta os pacientes alocados em boxes individualizados, com condionamento e isolamento acústico, de fazer inveja aos Hospitais Privados. Todos esses aspectos
fazem valer ao que vem se apregoando: este é o melhor Hospital Público do país. Somando-se a esses aspectos arquitetônicos e de engenharia, temos a ressaltar, um sistema operacional inovador, como central de suprimentos entre as salas de cirurgia que não só aumenta a capacidade de controle destes, assim como elimina a necessidade das circulantes do corredor, aumentando a velocidade no atendimento às salas e potencializando Recursos Humanos. Todas essas inovações vêm sendo habilmente implantadas e operadas por uma equipe altamente especializada em Gestão de Hospitais, através de
uma gestão público-privada, habilmente realizada pela empresa SPDM- Associação Paulista de Desenvolvimento da Medicina, cujo mentor é o Dr. Nacime Salomão Mansur, que nos tem dado grande segurança de que as inovações e concepções implantadas sejam realmente obedecidas, quando do funcionamento. Esta equipe, inclusive agregada à equipe de Planejamento e Construção, antes do término da obra, contribuiu muito para que não houvesse ‘refazimentos’ e que o Programa de Necessidades fosse revisado, atendendo ao máximo possível as necessidades operacionais implantadas.
* Domingos Fiorentini é formado em Medicina e em Arquitetura e Urbanismo, titular da Fiorentini Arquitetura, empresa com 40 anos de atuação no mercado, pioneira no desenvolvimento de projetos e soluções em arquitetura estratégica e administração hospitalar. Já participou de mais de 500 projetos de estabelecimentos assistenciais de saúde, realizados no Brasil, Chile, Paraguai, Portugal, Angola, entre outros países. HEALTHARQ
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ARQ Empresa
Economia Hospitalar
Implantação de sistemas operacionais econômicos permite a redução no custo mensal operacional do Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro
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uando o Hospital e Maternidade Dr. Odelmo Leão Carneiro foi projetado, a principal ideia era que o hospital deveria ser humanizado, racional, econômico e com baixo custo operacional como exposto na coluna de Domingos Fiorentini. Foi neste panorama que a EAPEC Engenheiros Associados foi contratada para desenvolver o projeto das instalações elétricas, hidráulicas, gases medicinais e sistemas especiais. “O diferencial projetado para o Hospital de Uberlândia, diz respeito à busca pela economia na utilização mês a mês da edificação, em seu consumo de água fria, quente e energia elétrica”, diz o engenheiro e sócio-diretor da EAPEC Engenheiros Associados, 14
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Carlos Hernandes. Dessa forma, o sistema de água quente foi projetado para reutilizar o calor rejeitado pelo sistema de ar condicionado que através de trocadores de calor, possibilitam a elevação da temperatura da água, trabalhando em conjunto com um sistema de placas solares. Já o sistema de água fria utiliza o conceito de reúso de águas servidas de pontos de consumo em que não haja despejo de efluentes contaminados, e que são destinadas para as descargas das bacias sanitárias. Com o projeto de drenagem das águas pluviais, o Hospital pode, a qualquer momento, instalar uma caixa de coleta (tipo piscina) e se beneficiar desta água para a
irrigação e lavagem de pisos externos. “Nosso principal desafio foi convencer o poder público sobre a implantação destes diferenciais citados, que traduzem de forma satisfatória os benefícios incorporados ao custo mensal do Hospital em relação à manutenção e ao consumo. Para esta emprei-
tada pudemos contar com o conhecimento técnico do Arquiteto Domingos Fiorentini, que abraça as causas sustentáveis e que proporcionou através da criação de um Porão Técnico, a facilidade da execução e manutenção das principais redes de distribuição sendo estas executadas neste espaço”, afirma Hernandes.
CORPORAÇÃO MODELO Em função do conhecimento técnico do sócio diretor, o engenheiro Carlos Hernandes, desde a sua criação, em 1995, a EAPEC Engenheiros Associados focou seus primeiros trabalhos na área médico-hospitalar. No início, a EAPEC atuava apenas com reformas internas de Hospitais, mas com o passar do
tempo e o reconhecimento do mercado, passou a fornecer aos clientes produtos completos da conceituação até os projetos executivos de novas unidades e complexos de saúde condizentes com suas necessidades técnicas e operacionais. “É constante a nossa atualização dentro das novas alternativas e conceitos
Hospitalares, para que possamos suprir todas as necessidades dos nossos clientes, seja em qualquer nível de complexidade. Elaborar projetos condizentes para o cliente em relação a custos e suas necessidades técnicas, acredito ser um dos nossos grandes diferenciais”, conclui Hernandes.
O engenheiro sócio-diretor da EAPEC Engenheiros Associados, Carlos Hernandes.
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CASE Hospital São Luiz
Hospital e Maternidade São Luiz Separação entre maternidade e área médico-cirúrgica resulta em rica solução espacial, leveza estrutural, arquitetura contemporânea e sustentável 16
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eparar a área de maternidade da área médico-cirúrgica. Foi a partir dessa necessidade que originou-se o projeto do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco, desenvolvido pela Zanettini Arquitetura. Com estrutura de concreto, intercalada com estrutura metálica, o resultado traz uma rica solução espacial, em uma área construída de 43.816m², com um grande vazio separando dois
blocos, que se unem por passarelas e criam uma praça central com jardins visíveis dos espaços de estar de cada pavimento. A volumetria resultante e a fluência dos espaços internos são valorizadas pela iluminação e ventilação naturais, conjunto que garante ecoeficiência no consumo de energia. São 254 leitos, sendo 180 apartamentos, seis suítes na maternidade e uma no hospital, 36 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI),
37 leitos de UTI neonatal, oito leitos de UTI infantil e seis leitos de semi-intensiva neonatal. Os centros cirúrgico e obstétrico têm 27 salas, nove destinadas à maternidade. Além de reunir o que há de mais avançado em tecnologia hospitalar, o Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco conta com equipes multidisciplinares treinadas para atender os mais complexos procedimentos clínicos, cirúrgicos e de diagnose.
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CASE Hospital São Luiz
O PARTIDO Marco arquitetônico da região, construído no bairro do Tatuapé, São Paulo, o projeto apresenta implantação e setorização estrategicamente pensadas para garantir os acessos diferenciados e a organização dos fluxos de pessoas. Com uma massa total de 10 pavimentos que ocupa toda a área de uma quadra, a construção traz o térreo no nível da Rua Francisco Marengo, seis pavimentos superiores, um pavimento abaixo do térreo que aproveita o caimento da rua lateral longitudinal, onde se situa o setor de pacientes externos – pronto socorro, pronto atendimen-
INTERNAÇÃO OBSTÉTRICA E CIRÚRGICA
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to, consultórios, setor de diagnóstico e tratamento com laboratórios e equipamentos de imagem de última geração – além de mais dois subsolos de serviços e estacionamentos. A construção inovadora estabeleceu dois blocos independentes, porém unidos por passarelas, para as áreas de maternidade e hospital, a partir do quarto andar. Acima da última passarela, no sétimo pavimento, a estrutura metálica do heliponto faz o coroamento do prédio. A divisão em duas alas criou um grande vazio central, permitindo a implantação de um jardim com
CENTRO OBSTÉTRICO CIRÚRGICO
espelho d’água no quarto pavimento. Abaixo deste vazio, a massa do edifício se une longitudinalmente, abrigando no centro todos os serviços de apoio comuns às duas alas, tais como: o térreo com recepções, estar, lojas, capela ecumênica, auditório e restaurante; logo acima o mezanino da administração; no pavimento seguinte, a UTI neonatal sob o bloco da maternidade e a UTI médico-cirúrgica sob o bloco de internação, entre outros. Com essa solução foi possível otimizar o uso dos equipamentos e o trabalho das equipes médica e de enfermagem.
LEVEZA ESTRUTURAL Para dar leveza estética à acentuada volumetria horizontal, o prédio ganhou um escalonamento até o 3º pavimento nas duas extremidades, ampliando sucessivamente os pésdireitos que terminam apoiados nos blocos de escadas externas. O grande desafio estrutural foi
vencido, garantindo assim enormes vãos, além da construção de um amplo atrium externo coberto, que contempla de um lado, a entrada da maternidade e do lado oposto, o espaço aberto que circunda o auditório e a extensão externa coberta do restaurante.
Os volumes, que cobrem uma área de 1.296 metros quadrados, exigiram rigorosos cálculos estruturais. O pé-direito de cada lance de escalonamento é de 3,60 metros. A extensão dos quatro balanços transversais atinge 15 metros, com 22 metros de comprimento longitudinal. HEALTHARQ
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CASE Hospital São Luiz
Contemporaneidade e Sustentabilidade Construções hospitalares exigem um planejamento minucioso para execução de projetos arquitetônicos. O objetivo é buscar uma arquitetura de qualidade para oferecer excelência e conforto ao usuário final. “Um hospital não pode ser pensado apenas para sua inauguração. É um edifício que deve durar 40 anos ou mais, com bom desempenho, além de instalações flexíveis que possibilitem as constantes mudanças em função das novas necessidades de atendimento e novas tecnologias”, explica o arquiteto Siegbert Zanettini. Assim como o Hospital e Maternidade São Luiz
Anália Franco, o hospital contemporâneo deve refletir a arquitetura de nossa época, uma obra do século XXI que atenda aos requisitos de sustentabilidade, integrada ao meio e projetada para atender às futuras evoluções. A ecoeficiência deve estar presente em soluções que economizem energia, não poluam o meio ambiente, minimizem a geração de resíduos, evitem desperdícios de materiais e atendam às normas de acessibilidade e de segurança do local. O Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco incorpora os conceitos de sustentabilidade e ecoefici-
ência ao privilegiar iluminação e ventilação naturais em todos os ambientes projetados, com exceção dos centros cirúrgico e obstétrico. Em qualquer ponto vê-se o exterior e vislumbram-se paisagens próximas e distantes. Varandas, passarelas e panos de vidro garantem leveza estrutural e transparência. Circundado de luz natural voltada para áreas ajardinadas internas e em todo jardim do contorno externo do edifício na quadra, espaços amplos, circulações claras e de tratamento cromático equilibrado e repousante, transmitem uma
agradável sensação de bem-estar. Foram utilizados conceitos da hotelaria para criar ambientes mais aconchegantes, seguros e ideais para o cuidado da saúde humana. Importantes características espaciais, propriedades de sustentabilidade e ecoeficiência, além de avanços tecnológicos fazem desta obra uma referência de qualidade na arquitetura contemporânea de hospitais.
Por este projeto o Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco é vencedor do Prêmio Destaque Saúde Projeto Predial no V Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa.
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FICHA TÉCNICA Nome da obra: Hospital e Maternidade São Luiz End: Rua Francisco Marengo,1312 Cidade: São Paulo Data do Projeto: Jul/2003 à Dez/2003 Obra: Jul/2003 à 2007 Área Terreno: 7.950,00m² Área Total Construída: 43.816,55m² N° Pavimentos: 7 N° Subsolos : 3 N° Leitos: 254(int.=192/uti(adulto+inf.=62) N° Vagas: 380 N° Salas de Cirurgia: 18 N° Salas de Parto: 11 EQUIPE TÉCNICA Arquiteto responsável: Siegbert Zanettini Arquiteta coordenadora: Barbara K. Monteiro Arquiteta : Vanessa de O. Soares Ludescher Projetista : Elson Matos Cerqueira PROJETOS COMPLEMENTARES Capela: Cláudia Costa (arquiteta) e Jorgeny C. Gonçaves Engenheiros Associados Fundações: Portella Alarcon Estrutura de concreto: CEC – Companhia de Engenharia Civil Instalações: MHA Engenharia Estrutura metálica: Edatec / Carlos Freire Escritório técnico Acústica: Alexandre Sresnewsky
Paisagismo: Marta Gavião Esquadrias: Itefal Construtora : Porte Construtora Ltda FORNECEDORES (especificados no projeto) Impermeabilização : Viapol - Torodin Revestimento Externo : Fulget Revestimentos Divisórias: Abatex Engenharia em Divisórias Gesso Acartonado : Placo do Brasil Revestimentos Cerâmicos : Portobello Piso Vinílico : Forbo Linoleum Ltda Piso Elevado : Tate do Brasil Piso Auto Nivelante : Lisonda :Pisos Esportivos Flexíveis Granitos : Imarf Carpetes : Santa Mônica Carpetes e Tapetes Ltda Bate Macas / Cantoneiras : Inpro Corporation Pinturas : Tintas Suvinil Bancadas : Corian - Dupont do Brasil Esquadrias: Belmetal Produtos e Soluções em Alumínio Ferragens : Dorma Sistemas de Segurança para Portas Ltda Louças : Deca Elevadores : Atlas Schindler DESCRIÇÃO SUMÁRIA Projeto Executivo – Arquitetura, contendo especificações e detalhes básicos. Projeto Executivo: 61 folhas A0 - Peças Gráficas + 55 folhas A3 Caderno de Detalhes Realizada Compatibilização dos projetos complementares e Assistência Técnica à Obra
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CAPA Hospital Alem達o Oswaldo Cruz
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Hospital Oswaldo Cruz Há cerca de quatro anos o Hospital Alemão Oswaldo Cruz vem passando por um complexo e completo plano de expansão
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igurando entre os três melhores hospitais da cidade de São Paulo e entre as seis instituições filantrópicas de excelência do país, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz vem, desde meados de 1998, passando por um completo e complexo plano de expansão, que almeja suprir, de maneira cada vez melhor, todas as necessidades de seus pacientes, investindo em tecnologia, mas sempre pensando e respeitando a estrutura original do prédio tombado, construído em 1927. Para José Henrique do Prado Fay, Superintendente Executivo do Oswaldo Cruz, a expansão do hos-
pital e a construção das novas unidades refletem a preocupação da instituição quanto à aproximação do paciente e em melhor atendê-lo, estendendo a qualidade dos serviços a outros pontos da cidade de São Paulo, estando de acordo com três pilares: oferecer novos apartamentos de internação, ampliar o Centro Cirúrgico e a UTI. Em entrevista para a HealthArq, Fay falou sobre todos os projetos que já foram postos em prática ou que estão em andamento pelo plano de expansão, e explica quais objetivos a instituição pretende alcançar com todos esses investimentos. HEALTHARQ
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CAPA Hospital Alemão Oswaldo Cruz
HealthArq: Desde que iniciou o processo de expansão, em 1998, o que já foi feito no hospital? José Henrique do Prado Fay: Desde que iniciamos este processo, já inauguramos o Bloco B, que conta com 104 leitos de internação, além de UTI e Centro Cirúrgico. Isso em 2002. Atualmente seguem em andamento as obras de um novo prédio que acrescentará cerca de 29.500 m² ao complexo hospitalar no bairro Paraíso. Além disso, por meio de seu planejamento estratégico, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz definiu suas cinco áreas de referência Digestivas, Osteomusculares, Oncológicas, Circulatórias e Atenção ao Idoso - e consolidou Centros de Excelência com especialização aliada ao investimento constante em capacitação técnica e em tecnologia 24
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de ponta. Inauguramos o Centro de Envelhecimento Saudável, o Instituto da Próstata, o Centro de Excelência em Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o Centro de Diabetes, o Centro de Hipertensão, dentre outras iniciativas que estão sendo planejadas. Já em 2010, foram inauguradas as primeiras unidades externas do Hospital: a Unidade Ambulatorial de Sustentabilidade Social, na Mooca, que atende gratuitamente pacientes encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e abriga os projetos realizados em parceria com o Ministério da Saúde; o CIAMA – Instituto da Mama, também no bairro do Paraíso, especializado na saúde da mulher; e o Centro de Especialidades no Campo Belo, com serviços como Day Clinic, Check-up e estrutura para
procedimentos cirúrgicos menos invasivos, de baixa complexidade. HealthArq: Como será estruturado fisicamente este novo prédio que acrescentará cerca de 29.500 m² ao complexo hospitalar no bairro Paraíso? José Henrique do Prado Fay: A construção do novo edifício hospitalar foi iniciada em 2009 e terá 25 pavimentos e contará com Centro Cirúrgico de alta tecnologia desenvolvida especificamente para salas cirúrgicas. Ao todo, o número de leitos, incluindo os da UTI, aumentará de 270 para aproximadamente 350. A conclusão das obras está prevista para o primeiro semestre de 2012. HealthArq: Além de contar com Centro Cirúrgico, Internação e UTI, o que mais fará parte des-
se novo prédio? José Henrique do Prado Fay: O novo prédio terá ainda anfiteatro, pavimentos para o setor administrativo e estacionamentos para funcionários, pacientes e visitantes. O empreendimento foi planejado para contar com áreas de interligação com as instalações atuais por meio de passarelas de comunicação e as demais dependências do Hospital serão integradas através de passagens subterrâneas. HealthArq: Estão ainda entre as obras de expansão a reformulação total do Centro de Diagnóstico
por Imagem, ampliação da recepção, nova clínica médica, nova hemodiálise, nova ortopedia e novo restaurante, correto? O que de mais relevante as novas estruturas destes setores terão? José Henrique do Prado Fay: Para o Centro de Diagnósticos por Imagens (CDI) foram adquiridos equipamentos médicos modernos e a Ortopedia e a Hemodiálise ganharão novos espaços ainda em 2011. Já a reinauguração do Salão de Chá aconteceu em janeiro: com um ambiente revitalizado e mais amplo. O serviço recebeu a bandeira do parceiro
Noah. Até o final do ano, novos Centros também devem ser inaugurados. HealthArq: O hospital tem preocupações com questões de sustentabilidade diante de seus projetos de construção? José Henrique do Prado Fay: Sim. Todas as nossas metas de expansão são baseadas no conceito de crescimento sustentável. O novo prédio terá o conceito de greenbuilding – “prédio verde” -, incluindo o uso de energia solar, reuso de água, equipamentos de baixo consumo e otimização da iluminação natural.
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CAPA Hospital Alemão Oswaldo Cruz
HealthArq: No total, quanto o hospital irá investir neste processo? Com recursos oriundos de que natureza? José Henrique do Prado Fay: Os investimentos no novo prédio somam R$ 200 milhões, incluindo espaço físico e equipamentos. Em 2010, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz investiu aproximadamente R$ 84 milhões em modernização e aperfeiçoamento de sua infraestrutura, um valor 242% maior do que o ano anterior. HealthArq: Além dos investimentos em estrutura física, o hospital tem planos de investir em equipamentos, novas tecnologias? O que vem sendo feito? José Henrique do Pra26
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do Fay: O Hospital segue a linha de vanguarda e está atento para oferecer a melhor tecnologia disponível no mercado. Com a atualização tecnológica, os pacientes podem contar com cuidado integral: procedimentos menos invasivos, diagnóstico mais exato e recuperação mais rápida e menos dolorosa. No final de 2008, houve a aquisição do robô Da Vinci S HD, primeiro da América Latina com visualização 3D em alta definição. Já em 2010, foi adquirido um pacote de equipamentos de última geração para o Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) e para a Cardiologia, entre eles PET-CT, SPECT-CT, Tomografia 128 e Artis Zeego, que trazem benefícios especialmente
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CAPA Hospital Alemão Oswaldo Cruz
às áreas oncológica e cardiológica. Destacamos também a modernização do sistema de gestão do Hospital: a implantação do Sistema Integrado de Gestão do Hospital Alemão (SIGHA), que trouxe mais agilidade e segurança para os processos internos. Durante todo o ano passado, o Hospital dedicou-se à adaptação do sistema às suas necessidades, assim como ao treinamento de seus colaboradores.
HealthArq: Que políticas o hospital usa para se manter atualizado quanto às evoluções que ocorrem constantemente no campo da saúde, no qual novos procedimentos e equipamentos surgem a todo instante? José Henrique do Prado Fay: Contamos com uma equipe de Novos Negócios, que está sempre atualizada em relação às novidades do mercado e
tecnologias, mas o principal é que adotamos uma política agressiva de desenvolvimento humano. Acreditamos no conceito “Quem é bem cuidado cuida melhor”. Cada profissional de saúde precisa estar bem preparado e satisfeito em seu ambiente de trabalho e, por isso, oferecemos oportunidade de crescimento pessoal e profissional de suas equipes.
José Henrique do Prado Fay, Superintendente Executivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
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CAPA Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Expansão visa humanização do atendimento Entre todos os projetos em andamento no Hospital Oswaldo Cruz, o maior deles é a construção do novo edifício de internação e serviços, conhecido internamente como Bloco E. A MHA Engenharia, parceira de longa data do hospital, acompanha cada passo desse processo, que visa melhorar e humanizar o atendimento aos pacientes, cada vez mais 30
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ercado por jardins e mais de 350 árvores de diversas espécies, o Hospital Oswaldo Cruz, instalado próximo à Avenida Paulista passa por adequações e ampliações constantes, que visam o crescimento da instituição e a melhoria de sua qualidade, garantindo assim, o acesso aos melhores tratamentos e equipamentos, já que a evolução no setor médi-
co-hospitalar é sempre muito veloz. Dessa forma, o Hospital passou por sua primeira reforma no final da década de 70, com a construção do centro cirúrgico, em uma área de 4.400 m² e quatro andares e, desde 1989, conta com o auxílio da MHA Engenharia para projetar e gerenciar suas obras. Com isso, a empresa está plenamente envolvida no
processo de expansão iniciado em 1998. Atualmente, a MHA é responsável, por exemplo, pela reformulação total do Centro de Diagnóstico por Imagens, ampliação da recepção, nova clínica médica, nova hemodiálise e nova ortopedia. Também
está envolvido no maior dos projetos do Hospital até o momento: a construção do novo edifício, conhecido internamente como bloco E. O trabalho da MHA consiste no gerenciamento e fiscalização das obras, o que im-
plica na realização de concorrências, planejamento, controle físico-financeiro, aprovações e liberações de mediações mensais, além do acompanhamento da compra de materiais e equipamentos e do suporte aos profissionais projetistas.
A CONSTRUÇÃO DO BLOCO E
Layout flexível Um hospital precisa de constante atualização tecnológica na área de instalações e layout interno bastante flexível para que os equipamentos possam ser reposicionados. Por isso, o projeto estrutural usa lajes moldadas in loco com armações e o mínimo possível de vigas. Além disso, os apartamentos de internação terão duas colunas ao lado dos leitos para conexão das instalações. Isso garante que o quarto possa servir para outros tipos de ocupações no futuro, além de facilitar a manutenção. O pavimento mecânico, localizado acima do centro cirúrgico, tem o piso protegido contra infiltrações por meio de muretas e rufos instalados junto à passagem dos dutos e eletrodutos do sistema de ar-condicionado.
Hidráulica: reuso e tratamento Com uma reserva de 460 mil litros de água, o sistema de hidráulica é dividido em duas zonas de pressão. A baixa vai do terceiro subsolo ao sétimo pavimento e atende vestiários, restaurantes e lanchonete; a alta vai do sétimo ao último pavimento e atende os apartamentos de internação. A central de aquecimento fica na cobertura. Para atender à certificação LEED, o projeto prevê a alimentação das bacias sanitárias com água de reuso através de rede independente. Essa rede será abastecida através do tratamento da água de chuva. Os gases medicinais, sistema de extrema segurança, terão válvulas seccionadoras instaladas em cada pavimento da área de internação. Por fim, o esgoto é dividido em doméstico, crítico (lavatórios cirúrgicos e UTI) e detritos das copas.
Instalações elétricas seguras Com potência de 2009 KW dividida em duas subestações, o bloco terá distribuição em baixa tensão com barramento blindado. A subestação principal ficará no subsolo e a secundária, que alimenta a central de ar-condicionado, na cobertura. Para garantir a segurança do abastecimento, o sistema de emergência está conectado à usina central, que atende o hospital como um todo. Mas o prédio também terá dois grupos geradores próprios com potência de 450 KVA cada, localizados em local com isolamento acústico e atenuadores de ruído no subsolo.
Comunicação por fibra ótica O sistema de telemática é formado por uma rede de fibra óptica e pares metálicos. Cada estação de trabalho terá dois ou três pontos de cabeamento estruturado. A MHA projetou ainda um sistema completo que permite a comunicação direta do paciente com a enfermagem. Em casos de emergência, é possível que os enfermeiros localizem a chamada por meio de um identificador no painel. Fonte box: Jornal Interno MHA HEALTHARQ
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CAPA Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Luminosidade e conforto na Unidade Campo Belo
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perando em dois pavimentos, muito bem divididos em 1600 m², na Avenida Vereador José Diniz, em São Paulo, o Centro de Especialidades do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a primeira unidade externa inaugurada pelo Hospital, projetada pela arquiteta Teresa Gouveia, é um espaço moderno e confortável que prima pela luminosidade natural, abundante em todos os ambientes. O conceito de humanização também é visível em cada detalhe do projeto, que conta com diversos consultórios, centro de reabilitação 32
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cardiopulmonar e o centro cirúrgico - Day Clinic, além de um espaço destinado ao tratamento de doenças relacionadas ao equilíbrio. Equipado com materiais de ponta, o local é um dos mais modernos do país. A equipe da Design On, empresa que atua na fabricação e montagem de divisórias piso-teto de alto padrão, participou efetivamente do projeto, sendo escolhida pelo escritório de Teresa Gouveia na implantação de uma solução diferente para o Centro Médico, mas com a preocupação de atender todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto aos revestimentos adotados. “Assim, superadas as exigências, os requisitos estéticos e acústicos passaram a ser priorizados. Desenvolvemos então divisórias de fácil remanejamento, que permitem a aplicação de cor e que têm isolamento acústico. Tudo baseado em um protótipo planejado pela arquiteta Teresa. Nossa participação foi colocar em prática um projeto bastante arrojado”,
revela Oswaldo Ferreira, diretor da Design On. Dessa maneira, o Centro de Especialidades conta com frentes em divisórias paginadas, com a parte inferior cega em fórmica e a parte superior em vidro duplo instalado no sistema pele de vidro, com película tipo jateada. “Esse modelo facilita a entrada de luz, sem permitir a visualização do que acontece internamente. Nas partes cegas existe um revestimento interno em lã de rocha, que contribui para a eficiência da performance acústica”, explica Ferreira. Já para a instalação do bate-macas foi criada uma paginação exclusiva com reforço e altura exata para que não ocorram danos ao restante da divisória em caso de pancadas. “Esse modelo também permite a substituição em caso de necessidade de alteração ou reparo. Em alguns pontos essa fórmica foi substituída por vidro na parte inferior. As portas são todas maciças com encabeçamento no topo e revestidas em fórmica”, conclui o diretor da Design On.
A engenharia por trás da obra
A
lém da arquitetura arrojada e moderna, o Centro de Especialidades do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, no Campo Belo também contou com o que há de melhor e mais eficiente em termos de engenharia. Em tempo recorde as obras de engenharia foram entregues. Em uma semana a construção foi posta em prática e, em quatro meses, a obra estava pronta. A responsabilidade de
tal proeza foi da empresa atuante na construção civil há 17 anos, Nexus Engenharia, que executou 100% da construção da Unidade. “Foi um prazo muito curto de obras em que foi necessária a superação de toda a equipe envolvida, o que ocorreu com muita competência”, explica Mauricio Valente da Silva, Engenheiro Civil e Mecânico, sócio-proprietário da Nexus, ao lado do Engenheiro Civil e Sanitário, Dagoberto Bertachini.
SOBRE A NEXUS ENGENHARIA A Nexus Engenharia atua na área da construção civil industrial, comercial, residencial e de obras públicas. Trabalha com a engenharia de instalação industrial e comercial como instalações de equipamentos para postos de abastecimento e serviços (tanques, bombas e equipamentos), para os quais também realiza adequações CETESB (total e parcial). Ainda faz instalações elétricas e hidraulicas em residências, comércios e indústria. Monta estruturas metálicas e eletromecânicas, faz manutenção preventiva e corretiva e gerencia e executa projetos de construção. A Nexus atua direta-
mente com a indústria de distribuição de petróleo, indústria de cosméticos, postos de abastecimento, empresas de transporte, agência bancárias, escritórios, escolas, faculdades e universidades, franquias de alimentação e serviços, entre outros. No segmento da saúde executa todo o tipo de obras e serviços na área hospitalar e de laboratórios. Formada por engenheiros, técnicos, encarregados e especialistas nas mais diversas áreas da construção civil, a Nexus atende todas as necessidades de seus clientes, garantindo uma obra de alto nível e eficiência, levando segurança e conforto aos futuros usuários. HEALTHARQ
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Teresa Gouveia - Arquitetura e Interiores Projeto Corporativo para HAOC, Unidade Campo Belo, SP www.teresagouveia.com.br Foto: Orlando Curto Junior
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bbec
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
A concretiz
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zação de um sonho E
m 1996, a cardiologista pediátrica Dra. Rosa Celia Pimentel Barbosa, movida pelo grito de socorro de famílias carentes, que chegavam ao seu consultório carregando crianças doentes sem conseguir atendimento médico especializado na rede pública hospitalar, fundou o Pro Criança Cardíaca, uma Instituição médica com a missão de atender crianças carentes com foco na cirurgia cardíaca e procedimentos invasivos que necessitam de alta tecnologia hospitalar. No começo, as crianças eram atendidas gratuitamente entre uma consulta paga e outra na clínica particular da cardiologista, na qual era realizado
o atendimento ambulatorial com avaliação clínica e exames cardiológicos especializados. Com o intuito de incluir a criança cardíaca nos procedimentos invasivos e cirurgias cardíacas, a Instituição firmou um convênio com o Hospital Pro Cardíaco, referência em atendimento cardiológico no Rio de Janeiro, na qual a unidade pediátrica havia sido criada e chefiada pela Dra. Rosa Celia. Em seu início, o projeto pretendia atender um número limitado de crianças carentes, contudo, a demanda crescia em proporção direta com a desativação de unidades pediátricas da rede pública hospitalar para este tipo de atendimen-
to especializado. Com isso, o projeto teve um aumento significativo de famílias atendidas, passando a necessitar de uma estrutura maior e mais complexa. Foi então que, em 2006, corajosamente Dra. Rosa Celia deu início ao processo de construção do Hospital Pro Criança Cardíaca, na cidade do Rio de Janeiro. Passados mais de cinco anos, o Hospital Pro Criança Cardíaca está prestes a ser inaugurado. Em entrevista para a HealthArq, Dra. Rosa Celia Pimental Barbosa, falou sobre a emoção de ver um sonho solidário como este, se transformar em realidade. HealthArq: O sonho da
construção do hospital surgiu em 2006 e agora, passados seis anos, a inauguração está prevista ainda para o segundo semestre deste ano. O que se passa na cabeça da senhora numa hora dessas? Dra. Rosa Celia Pimentel Barbosa: O Sonho da construção do Hospital começou em 2006, mas o início da construção se deu em 2009. Construir o Hospital Pro Criança era a única certeza da continuidade e sustentabilidade do projeto Pro Criança Cardíaca, cuidando do pequeno carente com o coração doente, iniciado em1996. HealthArq: Problemas devem ter surgidos durante o caminho para HEALTHARQ
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chegar à conclusão de uma obra tão grandiosa como esta. De onde a doutora tirou forças para chegar até aqui? Dra. Rosa: Não raro, quando os problemas se agigantam, peço a Deus que ilumine o meu caminho. Ainda falta muito para que possamos abrir as portas do Hospital Pro Criança. Até lá, a motivação tem que ser muito forte e intensa. HealthArq: A partir de agora, qual a motivação para continuar? Dra. Rosa: O que me motiva a continuar é ver o Hospital subindo majestosamente e lembrar que quando o sonho começou não tínhamos as menores condições de começar 38
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um projeto tão grandioso, isto é, não tínhamos onde construir e nem dinheiro para adquirir um local para a construção do nosso Hospital. Hoje, já falamos em inauguração. E a certeza de que, chamado ou não chamado, Deus está presente. HealthArq: A obra está orçada em 53 milhões. De onde vieram os recursos para arrecadar toda essa quantia? Dra. Rosa: O Hospital Pro Criança é uma construção do Bem. Os recursos vêm dos empresários, da realização de eventos que levantam verba para a Instituição, do apoio da imprensa e de artistas. Temos também o apoio dos governos Federal, Estadual e Municipal.
HealthArq: Quais suas expectativas quanto à inauguração do Hospital? Dra. Rosa: O nosso desejo é inaugurar o Hospital ainda em 2011. Para que este prazo seja cumprido ainda precisamos alavancar recursos para o término da construção e a compra dos equipamentos. HealthArq: Em termos de estrutura física, o hospital foi projetado pensando em obter quais resultados? Dra. Rosa: O Hospital foi projetado para garantir o atendimento à criança cardíaca carente e para ser autossustentável, através do atendimento de crianças com cobertura financeira.
SOLIDARIEDADE QUE ERGUE PAREDES Como citado por Dra. Rosa Celia, o hospital precisou de muitas mãos solidárias para virar de fato uma realidade. Assim, muitas empresas privadas, artistas e governo estão por trás desta grande obra do bem. É o caso da Carioca Christiani-Nielsen Engenharia, empresa que atua há mais de 64 anos no segmento de Construção Pesada e que apoia através de ajuda financeira a construção do Hospital. De acordo com Mario Lobo, Gerente de Relações
Institucionais da Carioca Engenharia, por tradição a empresa sempre exercitou a responsabilidade social empresarial em relação aos seus colaboradores, comunidades do entorno de seus empreendimentos e no apoio a entidades não governamentais que desenvolvam projetos sociais relevantes. “Por isso, contribuímos há alguns anos com o Pro Criança Cardíaca, cujo trabalho é excepcional”. Além de contar com a ajuda de empresas como
a Carioca, para ser posta em prática a construção do Hospital, o auxílio do arquiteto João Pedro Backheuser, coordenador do projeto, também foi imprescindível. Segue um breve bate-papo com o arquiteto sobre o projeto do hospital, que está instalado numa área total de aproximadamente 8.500 m². HealthArq: Como os espaços do hospital estão divididos? João Pedro Backheuser: Da seguinte maneira: no 2º
RESPONSABILIDADE SOCIAL
à administração poderá, se for o caso, ser transformada em área de quartos. O projeto está preparado para uma eventual expansão para terrenos vizinhos.
Subsolo o estacionamento; no 1º Subsolo está o almoxarifado e o SAME; no térreo a recepção e o atendimento de emergência; no 1º Pavimento a farmácia e sala-de-estar; no 2º Pavimento o centro cirúrgico e a CTI; no 3º, 4º e 5º Pavimentos estão os quartos; ainda no 5º Pavimento, fica a administração e brinquedoteca; os equipamentos técnicos ficam no telhado e no jirau. HealthArq: Por se tratar de um hospital infantil, como foi projetada a sua arquitetura interior? Backheuser: O Hospital foi todo projetado considerando-se a especificidade do seu uso. Materiais de acabamentos, mobiliário, 40
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sinalização gráfica, cores, entre outras definições do projeto tiveram como intenção proporcionar um ambiente lúdico e de interesse para crianças e adolescentes, mantendo, ao mesmo tempo, a seriedade e sobriedade inerentes a um hospital. Foi projetada uma brinquedoteca, com solário, destinada unicamente a pacientes internados. HealthArq: O projeto inicial apresenta possibilidades de futuras intervenções para expandir a estrutura do hospital? Backheuser: Alguns quartos que inicialmente serão simples poderão ser transformados em quartos duplos e a área destinada
HealthArq: Quais detalhes do projeto fazem com que ele se torne eficiente? Backheuser: A fachada com maior exposição à insolação recebeu proteção especial, os materiais especificados seguem normas de sustentabilidade e os equipamentos utilizados são todos de maior eficiência com relação a gastos e consumos. Todo o sistema de controle do hospital é centralizado e computadorizado, o que garantirá uma gestão segura e eficiente do empreendimento. HealthArq: O que ainda falta fazer para concluir as obras do hospital? Backheuser: A obra está na fase de acabamentos. Grande parte das instalações elétricas, hidráulicas e especiais está terminada e após a conclusão da parte civil faltará apenas equipar o hospital e iniciar os atendimentos.
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POR TRÁS DA CONSTRUÇÃO Sob a orientação de João Pedro Backheuser, a ideia da construção do hospital precisava então ter cara e sair do papel. Foi assim que o arquiteto convidou a RAF Arquitetura para criar o projeto. Dessa forma, em conjunto com a Classe A Engenharia a RAF Arquitetura deu o pontapé inicial para erguer o Hospital Pro Criança Cardíaca. Conforme o arquiteto sócio-fundador da RAF Arquitetura, Anibal Sabrosa, todo o projeto do Hospital Pro Criança foi elaborado levando em consideração o seu principal cliente, as crianças. “Procuramos projetar espaços diferenciados para a criança e o usuário, com espaços lúdicos nas recepções, áreas externas ajardinadas, um terraço descoberto para lazer, estão entremeados a um complexo arranjo de fluxos, equipamentos e salas 42
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de cirurgia”, afirma Anibal. Para chegar a esse resultado, a parceria realizada com a Classe A Engenharia foi fundamental. “Essa união proporcionou a perfeita escolha das técnicas construtivas para a implantação do prédio. Com isso, foi produzido um intenso estudo sobre novas tecnologias e metodologia construtiva”, garante Anibal. O projeto buscou garantir boa iluminação e ventilação dos ambientes, proporcionando ainda a melhor visibilidade em relação ao bairro de Botafogo, conhecido pela grande concentração de escolas e hospitais. “O prédio está situado em terreno estreito e profundo, o que permitiu que pudéssemos ter dois acessos ao nível térreo (frente e fundos) e uma grande área ventilada em toda a extensão da construção. A imagem do
prédio deveria ser, a pedido da Dra. Rosa Celia, uma construção lúdica, segura e confortável. Conseguimos além dessas características, conceber um prédio de linhas arquitetônicas contemporâneas, com o uso de materiais diferenciados e de alta performance”, descreve Anibal. A partir desta estrutura, o atendimento do Hospital Pro Criança será destinado às patologias de alta complexidade, no entanto, 30% da sua capacidade será destinada ao tratamento de crianças cardíacas carentes. Considerado um projeto inovador de gestão, através do atendimento de pacientes particulares e com planos de saúde, o hospital garantirá a sustentabilidade financeira de sua própria estrutura, podendo assim, atender aos mais carentes, os quais não podem custear todo o tratamento.
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Empreendimento
Gestão e realização
Em cooperação com
Apoio HEALTHARQ
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SUSTENTABILIDADE
Referência em Sustentabilidade 44
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esde o ano de 2008, o Grupo Fleury Medicina e Saúde opera um completo centro de medicina diagnóstica, seu primeiro endereço totalmente planejado e edificado com base em conceitos de conforto e sustentabilidade. Trata-se da Unidade Fleury Rochaverá-Morumbi, em São Paulo, cujo projeto foi desenvolvido pelo escri-
tório ACR Arquitetura e Planejamento, especialista no segmento de saúde, principalmente no que diz respeito a centros diagnóstico, clínicas médicas e odontológicas, consultórios e hospitais em diversas especialidades Além da Unidade Fleury Rochaverá-Morumbi, o escritório ACR já projetou quase 90% das edificações do Grupo Fleury,
sendo assim, conhecedora de todos os processos e necessidades da rede, podendo oferecer qualidade com respostas rápidas aos desafios da grande expansão em que o grupo se encontra nos últimos anos, acompanhando o dinamismo da área da saúde, que se inova constantemente. A Unidade Rochaverá-Morumbi do Grupo Fleury recebeu certifica-
ção LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), categoria OURO pelo USGBC. Por isso, a Revista HealthArq convidou os arquitetos Antonio Carlos Rodrigues e Rafael Tozo, diretores do escritório ACR Arquitetura e Planejamento para descreverem o projeto sustentável, uma referência para centros de diagnóstico de todo o Brasil. HEALTHARQ
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SUSTENTABILIDADE
ECONOMIA DE ENERGIA O projeto localizou a grande maioria de ambientes de longa permanência próximo às janelas para otimizar o uso da iluminação natural e oferecer melhor qualidade de vida aos usuários
INOVAÇÕES SUSTENTÁVEIS De acordo com os arquitetos, em comparação com uma unidade convencional, diversas inovações foram introduzidas no projeto da Unidade Morumbi. Isso porque, o centro de diagnósticos foi construído para ter um alto desempenho ambiental prevendo a redução do consumo de energia e os custos operacionais de manutenção; diminuição do uso de recursos ambientais não renováveis; melhora da qualidade do 46
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ar interno do edifício e melhora da qualidade de vida e a saúde de seus usuários. Para tanto, utilizou-se, por exemplo, luminárias de máxima eficiência energética, abrindo mão de luminárias de usos decorativos que desperdiçam muita luz. O que foi um dos maiores desafios, pois a meta de economia energética foi extremamente exigente. Assim, o projeto localizou a grande maioria de ambientes de longa
permanência próximo às janelas para otimizar o uso da iluminação natural e oferecer melhor qualidade de vida aos usuários. Além disso, o edifício possui vidros de bom desempenho térmico e bom coeficiente de transparência, em que as persianas especificadas ajudam a refletir o calor solar, permitindo boa visibilidade do exterior. Também foram especificados no projeto, vasos sanitários que economizam água. Na caixa
DESEMPENHO TÉRMICO O edifício possui vidros de bom desemponho térmico e bom coeficiente de transparência, em que as persianas especificadas ajudam a refletir o calor solar, permitindo boa visibilidade do exterior
acoplada existem dois botões de acionamento, um botão com três litros de água para líquidos e outro com seis litros para dejetos sólidos. O projeto ainda contou com o cuidado na seleção de materiais regionais que não excedessem a distância de 800 km de São Paulo, para poupar energia e o combustível de transporte. Também especificou materiais recicláveis e de rápida renovação, além de madeira certificada. Outra premissa para a certificação do projeto é a reutilização máxima de recursos como, por exemplo, o aproveitamento de luminárias já instaladas pela construtora, evitando trocas desnecessárias e desperdício. Em resumo, o usuário HEALTHARQ
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SUSTENTABILIDADE
FICHA TÉCNICA Fleury medicina e saúde Unidade Morumbi Local: Rochaverá Corporate Towers, São Paulo, SP Projeto de arquitetura: ACR ARQUITETURA E PLANEJAMENTO – arquitetos Antonio Carlos Rodrigues e Rafael Tozo Projeto de instalações: Grau engenharia Luminotécnica: ACR ARQUITETURA E PLANEJAMENTO Luminárias: Omega Light Piso: Fademac Persianas: Luxaflex Área de intervenção: 1.800 m² Ano: 2008
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do centro de diagnósticos sente a melhoria da qualidade de ambiente sutilmente, pois não foram utilizados materiais voláteis, sendo que o projeto deu ênfase à iluminação natural, os ambientes são integrados, criando permeabilidade visual onde possível, sem comprometer a privacidade do cliente. “Ainda foram destinados locais de destaque para a coleta seletiva de lixo e o sistema de ar-condicionado é dos mais eficientes e saudáveis”, finalizam os arquitetos Antonio Carlos Rodrigues e Rafael Tozo .
SOBRE A UNIDADE ROCHAVERÁ - MORUMBI Com dois mil metros quadrados de área construída, o local oferece inúmeros testes laboratoriais, provas funcionais, raios X, mamografia, ultra-sonografia, colposcopia, densitometria óssea, endoscopia e colonoscopia, assim como diversos exames de Medicina Fetal, Cardiologia, Oftalmologia e Otorrinolaringologia. Além disso, por estar situado numa região de alta concentração de empresas, realiza serviços de check-up.
HUNTINGTON Clínica de reprodução humana
Centro cirúrgico
Estabelecido em São Paulo desde 1998, ACR desenvolve projetos nos segmentos de saúde, corporativo e residencial. Conta com uma equipe de arquitetos e técnicos diversos coordenada pelos arquitetos Antonio Carlos Rodrigues e Rafael Tozo, capacitada a oferecer serviços de consultoria e projeto. A experiência acumulada na elaboração de soluções arquitetônicas voltadas à área da saúde permitiu conferir a este segmento uma atenção especial, destacando-se os grandes empreendimentos de hospitais, centros diagnósticos e clinicas de reprodução humana, sempre oferecendo soluções compatíveis com os desafios encontrados. A elaboração de projetos de arquitetura voltados à área da saúde demanda conhecimento interdisciplinar e uma abrangente visão do negócio, sempre de forma sinérgica com diretores e gestores de hospitais. A visão de trabalho do escritório vai além da simples elaboração do projeto e execução da obra. ACR oferece um serviço completo, assessorando o cliente desde a escolha do imóvel ou terreno, da definição dos pré requisitos, formatação programas, estudo de viabilidade e custos. A partir daí desenvolve projetos de arquitetura, desenho de mobiliário, projeto de iluminação, sinalização visual e coordena todos os projetos complementares. Alem disso fiscaliza e acompanha a obra, o orçamento, decoração de interiores e os processos de aprovação e licenciamento do empreendimento. Sustentabilidade ACR arquitetura procura sempre trabalhar seus projetos de maneira sustentável. Garantimos isso ao considerar em nossos projetos os novos conceitos de economia de energia e de recursos naturais, como o reuso de água, o emprego de energia solar, de materiais reciclados ou recicláveis, especificando materiais “verdes” e de baixo impacto ambiental. Com larga experiência em projetos certificados, projetou em 2008 uma unidade do Fleury Medicina e Saúde que hoje é categoria OURO segundo o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design).
Sala de exame
UTI Hosp. Das Clínicas - SP
Posto de Enfermagem UTI
ACR ARQUITETURA E PLANEJAMENTO Rua Bagé, 296 - Vila Mariana | São Paulo
11 5572 9924 www.acr.arq.br
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Laboratório
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Responsabilidade socioambiental Escritório da Boehringer-Ingelheim obtém a certificação Leed, graças ao projeto elaborado pela MW Arquitetura, que visa a responsabilidade socioambiental 50
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uando a direção da Boehringer-Ingelheim no Brasil tomou a decisão de alterar o endereço da sede para o complexo Rochaverá Corporate Towers, os executivos entenderam que era a hora de uma mudança radical. Mais do que mudar de um bairro para outro, na cidade de São Paulo, o plano era alterar a forma de trabalho, criar um ambiente moderno, intimista e ecologicamente correto. Toda essa reestruturação foi planejada para obter a certificação Green Building Leed na categoria Gold, criado pela ONG americana U.S. Green Building Council, reconhecido como o mais importante certificado para atestar a qualidade
ambiental de prédios comerciais, residenciais e escritórios, sem perder de vista a funcionalidade e plasticidade do espaço. “Trata-se de um projeto único no país. A execução da obra foi toda delineada para cumprir todas as exigências do Leed e transformar o ambiente de trabalho em um espaço ecologicamente correto. Tivemos essa preocupação até mesmo durante a obra, já que implantamos na execução do projeto um rigoroso controle de descarte dos materiais e utilizamos tintas com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, que são prejudiciais para a saúde”, relata a diretora da MW Arquitetura, Moema Wertheimer,
responsável pelo projeto. No total, são quase 50 metros quadrados de jardins instalados e mais de 1,5 mil vasos com plantas selecionadas para “sequestrar” o CO2 e contribuir com a melhora da qualidade do ar do escritório, fatores que colaboram para reduzir o consumo do ar-condicionado. Seguindo o conceito de Green Cleaning – limpar com finalidade de preservar a saúde das pessoas sem agredir o meio ambiente –, a empresa começou a utilizar materiais de limpeza à base de água, biodegradáveis e naturais, e alguns não utilizam sequer água para a aplicação. No escritório, os funcionários também não encontram copos, pratos
PROJETO ÚNICO NO PAÍS No total, são quase 50 metros quadrados de jardins instalados e mais de 1,5 mil vasos com plantas selecionadas para “sequestrar” o CO2 e contribuir com a melhora da qualidade do ar do escritório, fatores que colaboram para reduzir o consumo do ar-condicionado HEALTHARQ
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SUSTENTABILIDADE e talheres descartáveis, e sim, louças, talheres de metal, copos de vidro e xícaras, reduzindo desta forma a quantidade de resíduos, disponibilizando ainda a coleta seletiva de descartes.
“Para aproveitar a iluminação natural e economizar energia, as luzes acendem-se automaticamente e o ar-condicionado tem controle individual de temperatura que interrompe o funcionamento
quando as áreas estiverem vazias. Para o uso consciente de papel, o funcionário tem que levantar da sua mesa e aproximar o seu crachá da impressora para que a cópia seja liberada”, exemplifica Moema.
MATERIAS RECICLADOS Os materiais construtivos utilizados na obra, tais como cadeiras, carpete, mobiliário corporativo, marcenaria, entre outros, foram escolhidos com base na sua composição, dando prioridade aos que possuíssem conteúdo reciclado – mais de 20% –, que fosse processado próximo ao local da obra e emitissem baixos níveis de COV
DIFERENCIAIS SUSTENTÁVEIS A divisão de obras corporativas da Lock Engenharia e do renomado escritório Moema Wertheimer Arquitetura, teve o desafio de projetar e construir a nova sede do laboratório alemão Boehringer-Ingelheim, que ocupa um andar e meio de uma das duas torres do complexo Rochaverá Corporate Towers, no Brooklin, em São Paulo. “O diferencial do projeto é a integração dos conceitos 52
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em todas as áreas, serviços e atuação, com foco em soluções inovadoras que garantam a sustentabilidade do negócio com responsabilidade socioambiental, mobilidade e bem-estar profissional. Entre as novidades estão medidas como a utilização de materiais com conteúdo reciclado – cadeiras, carpete, pisos, metais –, madeira certificada e materiais reutilizados – paredes de drywall, pisos
e forros. Um bom exemplo são os mais de 2000 metros quadrados de carpete, desenvolvido com fios reciclados e madeira certificada.”, descreve Moema. Para alcançar esse diferencial e obter a certificação Leed, a Lock Engenharia e MW Arquitetura tiveram que cumprir várias exigências dentro do projeto, como o conforto do usuário, utilização adequada da água, depósito de
recicláveis, qualidade do ar, paisagismo e outras ações. A começar pela escolha do local, que deve ter grande disponibilidade de serviços e transporte público variado em seu entorno. A gestão dos resíduos durante a obra foi outro ponto importante. “Uma gestão eficiente de resíduos foi realizada durante a obra. O resultado significou que 95% dos resíduos gerados foram destinados para triagem e reciclagem”,
CARPETES Foram utilizados mais de 2 mil metros quadrados de carpete, desenvolvido com fios reciclados
expõe Moema. Os materiais construtivos utilizados na obra, tais como cadeiras, carpete, mobiliário corporativo, marcenaria, entre outros, foram escolhidos com base na sua composição, dando prioridade aos que possuíssem conteúdo reciclado – mais de 20% –, que fosse processado próximo ao local da obra e emitissem baixos níveis de COV (compostos voláteis orgânicos). Houve uma grande preocupação na construção do escritório para que toda a água fosse utilizada corretamente. Por isso,
todos os sanitários possuem dispositivos economizadores de água, com bacias com caixa acoplada e sistema de descarga com duplo acionamento de 3 e 6 litros, mictórios com baixa vazão e fechamento automático, lavatórios com arejadores e sensores de presença e torneiras gerais com restritores de vazão. Todo o projeto foi desenvolvido para promover o conforto do usuário. “O diferencial deste escritório é a preocupação com o bem-estar dos ocupantes e funcionários. A área colaborativa conta com área de
convivência, coffee, livraria, business games e sala para massagem, além de um berçário que servirá de apoio para a creche prevista no Rochaverá. Além dos espaços disponibilizados, a Boehringer-Ingelheim implantou um programa de home-office: diariamente 20% dos funcionários não estarão no escritório. Este programa, além do aumento na qualidade de vida dos funcionários, também possui um benefício ambiental, pois minimiza a emissão de CO2, resultante do deslocamento diário”, finaliza Moema.
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SUSTENTABILIDADE
EMPRESA SUSTENTÁVEL A Moema Wertheimer Arquitetura está no mercado desde 1990, na elaboração de projetos de arquitetura, design de interiores, reformas e consultorias em planejamentos de espaços corporativo, comerciais e residenciais. Através de parceiros, oferece desde o projeto inicial, como a implantação completa do espaço projetado. A elaboração de projetos técnicos e bem de-
talhados, embasados em critérios de funcionalidade, flexibilidade, tecnologia e sustentabilidade, tornou-se o principal objetivo da empresa para superar novos desafios com a qualidade características de seus projetos arquitetônicos. Projetar espaços que aliem bem-estar e produtividade com alta qualidade, também são metas da MW Arquitetura. “Os nossos projetos oferecem quali-
dade de vida, bem-estar e estimula o profissional a conceber novas ideias e soluções eficientes. As empresas mais modernas do mundo já adotam sistemas parecidos e têm obtido retornos de produtividade, qualidade e criatividade bem interessantes e competitivos. A Boehringer-Ingelheim valoriza muito este tipo de atitude e nós, da MW Arquitetura, ajudamos a conceber esse projeto.”, conclui Moema.
A diretora da MW Arquitetura, Moema Wertheimer, responsável pelo projeto do Escritório da Boehringer-Ingelheim.
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FLEXIBILIDADE
Espaços flexíveis
Em 2010, a Piratininga Arquitetos realizou com sucesso, o projeto para expansão da Central Técnica Administrativa do Grupo Fleury, o que se concretizou com baixos riscos operacionais, já que o projeto inicial de 2001 já previa espaços plenamente flexíveis 56
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om o título “ Projeto Horizonte” e um design inovador, a empresa Piratininga Arquitetos Associados desenvolveu o projeto de Arquitetura para a concretização do empreendimento do Grupo Fleury, Unidade Técnico Administrativa da cidade de São Paulo em 2001 e sua expansão em 2010. O projeto teve como objetivo a implantação e a respectiva ampliação do programa de automação de processos de análises clínicas. Para alcançar as condições de excelência do mercado internacional para este tipo de serviço,
a Piratininga Arquitetos realizou um levantamento detalhado sobre o empreendimento que, somado aos objetivos estratégicos da empresa, possibilitou a compreensão do seu funcionamento, nas questões relativas a fluxos operacionais, condições específicas de uso e manutenção, evolução dos processos de trabalho e dos quadros de pessoal. Conforme a arquiteta Renata Semin, autora do projeto junto dos arquitetos Eduardo Martins de Mello e José Armênio de Brito Cruz, a obra levou dois anos para ser concluída, processo no qual a Piratininga Arquitetos Associados participou
continuadamente. “Verificadas as condições do terreno, com forte declividade, muitas árvores e vizinho ao Aeroporto de Congonhas, definimos na etapa de estudo preliminar a implantação do edifício, com blocos distintos para cada uma das atividades – educação, administração e central técnica. Na sequência, o projeto de Arquitetura interagiu com projetos de Engenharia (fundações, estrutura, instalações, climatização) e de Paisagismo, além de contar com consultorias especializadas de impermeabilização, acústica, conforto ambiental e esquadrias”, descreve Renata.
IMPLANTAÇÃO DO TERRENO Verificadas as condições do terreno, com forte declividade, muitas árvores e vizinho ao Aeroporto de Congonhas, foi definida na etapa de estudo preliminar à implantação do edifício, os blocos distintos para cada uma das atividades
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FLEXIBILIDADE
ESTRUTURA Com isso, foram criados espaços e instalações potencialmente flexíveis, dispostas em grandes lajes para receber com agilidade todo e qualquer esquema operacional, divididos em três ambientes: centro de educação/administrativo: salas de aula, de treinamento, biblioteca e auditório para 200 lugares, escritórios administrativos; central técnica: laboratórios (automação, semi-automação, manual) e câmaras refrigeradas; e serviços: restaurante, lanchonete, almoxarifado, vestiários, ambulatório, casas de 58
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máquinas (climatização, eletricidade e hidráulica). Renata afirma que o grande diferencial deste projeto está na racionalidade e no maior potencial de utilização de suas instalações, “o que viabilizou não só a implantação do projeto em 2001, mas também a flexibilidade e mobilidade da ocupação para a duplicação da área técnica, expansão concluída em 2010”. Além disso, o ambiente possui iluminação natural controlada, resultante das aberturas voltadas para a orientação Norte. Os pátios internos, além de
Foram criados espaços e instalações potencialmente flexíveis, dispostas em grandes lajes para receber com agilidade todo e qualquer esquema operacional, divididos em três ambientes: centro de educação/administrativo: salas de aula, de treinamento, biblioteca e auditório
serem fonte de iluminação natural, criam ambientes especiais para fruição. E as lajes ajardinadas, que receberam árvores transplantadas do terreno e novas, atuam como decisiva barreira térmica e acústica, constituindo áreas de descanso para os colaboradores.
EMPRESA PIONEIRA A Piratininga Arquitetos Associados, desde 1984, realiza planos urbanos, projetos urbanísticos e de edificações, planos diretores corporativos e projetos de ocupação empresarial. Participa junto ao cliente, da viabilização dos projetos desde a fase inicial da definição do programa até sua implantação. Além dos sócios João Paulo Tavares Beugger, José Armenio de Brito Cruz, Marcos Alfredo Mendes Aldrighi e Renata Semin, a equipe é constituída por 25 profissionais
organizados em núcleos de projeto, o que permite a cada profissional um comprometimento do início à conclusão dos projetos. Esta equipe interage com uma rede de profissionais e consultores que atendem todas as disciplinas demandadas. “Nossa experiência e conhecimento são transformados em espaços e instalações de qualidade, com atributos espaciais que proporcionam conforto aos usuários, clareza dos percursos, valorização da percepção sensorial, racionalidade
das instalações, além da inserção do edifício no seu contexto ambiental”, afirma Renata. Todo esse know-how rendeu à Piratininga vários prêmios como o da IV Bienal Internacional de Arquitetura (restauro da Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da USP), o IAB-SP em 2002 (reforma da sede da Associação de Advogados de São Paulo), o ABCEM-2006 (projeto da Biblioteca do campus II da PUC) e em 2010 (restauro e modernização da Biblioteca Mário de Andrade em São Paulo).
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PROJETO
Centro Clínico e Diagnóstico
Divino Salvador
Projeto reúne flexibilidade, sustentabilidade e humanização em nova edificação planejada em área adjacente ao Hospital Salvatoriano Divino Salvador, instalado na cidade de Videira (SC) há mais de 50 anos 60
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LOBBY O lobby do Centro Clínico foi idealizado como um local de boas-vindas para os pacientes, acompanhantes e a comunidade em geral, dispondo de ambientes de apoio e suporte além dos serviços médicos. Foram projetados Áreas de Estar com jardins, Restaurante, Lojas, Auditório e uma pequena Biblioteca
P
rojetado pelos arquitetos Ivana Lucy Szczuk, Patrícia Biasi Cavalcanti e Artur Brandalise Neto, o novo Centro Clínico e Diagnóstico Divino Salvador surge para dar suporte aos trabalhos realizados pelo Hospital Salvatoriano Divino Salvador. Com uma proposta inovadora, os arquitetos unem ao projeto do edifício de saúde uma série de espaços de convivência humanizados, a fim de criar um conjunto arquitetônico que proporcione aos pacientes, familiares e funcionários uma experiência positiva. “A preocupação com as pessoas que
vivenciarão a edificação cotidianamente se refletiu na concepção da fachada até os detalhes de interiores”, revela a arquiteta Ivana Lucy Szczuk, profissional com mais de 10 anos de experiência na área e titular do SZ ARQUITETURA. Localizado em Florianópolis (SC), o escritório é especializado em arquitetura para empreendimentos de saúde, residenciais e corporativos. O edifício do Centro Clínico comportará espaços com serviços complementares ao Hospital Salvatoriano Divino Salvador como: Clínica de Hemodiálise; Hospital-Dia Cirúrgico com Centro Cirúrgico
Ambulatorial e Internação de Curta Duração; Laboratório de Análises Clínicas e de Anatomia Patológica; Clínica de Fisioterapia; e Consultórios para diferentes especialidades médicas. Tudo isso, numa área construída de 10.704,66 m² distribuída em doze pavimentos, sendo quatro deles destinados exclusivamente a consultórios médicos e cinco destinados a estacionamentos. No Pavimento Inferior, Térreo e Primeiro Pavimento estarão localizadas todas as demais clínicas e laboratórios, além de áreas com restaurante, lojas, auditório e áreas administrativas. HEALTHARQ
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PROJETO
FACHADA Uma imagem contemporânea e marcante foi idealizada para a edificação, harmonizando a identidade da instituição a uma imagem que fosse acolhedora para os futuros usuários. Optou-se por
RESTAURANTE O restaurante foi projetado no pavimento térreo com um terraço para uma das ruas laterais, conformando um volume destacado da edificação e gerando um local de contemplação visual para a paisagem da cidade
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materiais de acabamento sóbrios e que pudessem ser percebidos com maior familiaridade como o tijolo e o vidro. “Em função da elevada declividade do terreno, optou-se por uma volumetria compacta e verticalizada, de forma que o edifício favorecesse a visualização do seu entorno através dos grandes panos de vidro, e se constituísse em um elemento de marcação da paisagem, destacando a sua importância para a cidade de Videira”, revela a arquiteta Patrícia Biasi Cavalcanti. As fachadas foram projetadas com desenho diferenciado para fazer o controle da insolação solar. “Com panos de vidro nas fachadas sul e
parte da fachada norte, e instalação de máscara/ brise nas demais fachadas, foi possível obter o aproveitando máximo da luz natural sem prejudicar o conforto térmico”, explica a arquitetura Ivana Lucy Szczuk. Além desses itens, o projeto também apresenta a preocupação em criar uma edificação sustentável, concretizado com soluções que maximizaram a utilização dos recursos naturais. Foram previstos ainda a captação e reaproveitamento da água das chuvas, assim como o uso racional da água com a instalação de vasos sanitários com acionamento independente, torneiras automáticas e controle de vazão.
ÁTRIOS O projeto prevê dois átrios e zenitais que se iniciam no térreo e o conectam visualmente aos demais pavimentos, além de ampliar os ambientes e introduzir luz natural no centro da edificação. Os átrios servem ainda para pontuar importantes áreas coletivas do edifício como a recepção e o hall dos elevadores
FLEXIBILIDADE A flexibilidade dos espaços, importante no segmento hospitalar que necessita de expansões e atualizações dos ambientes constantemente, foi prevista com a modulação e racionalização do projeto e sistema construtivo. “Assim, optamos por uma edificação com planta livre, divisórias internas em dry wall e modulação das esquadrias externas, favorecendo futuras alterações de layout”, explica a arquiteta Patrícia Biasi Cavalcanti, especialista da área com doutorado em arquitetura hospitalar.
ACESSOS Para os arquitetos responsáveis, alguns dos desafios do projeto transformaram-se em soluções. O desnível de vinte metros proporcionou a criação de cinco pavimentos de garagem e a separação do fluxo de veículos e pedestres. A entrada principal e de pedestres foi prevista no mesmo nível do Hospital proporcionando a
conexão direta com este. O acesso de veículos ao estacionamento foi projetado com entrada independente proporcionando assim uma diminuição do fluxo de veículos no Hospital, que também fará uso deste serviço. O acesso à Hemodiálise também é independente, localizado no Pavimento Inferior, dando mais conforto aos pacientes. HEALTHARQ
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PROJETO HEMODIÁLISE Para a humanização do ambiente foram projetadas: divisórias fixas e retráteis que permitiram ao paciente regular o grau de privacidade desejado; controle individual sobre níveis de iluminação, programação de televisão e som através de fones de ouvido individuais; criado-mudo para o paciente guardar e apoiar objetos pessoais, revisteiros e acesso wireless à internet.
FICHA TÉCNICA Obra: Centro Clínico e de Diagnóstico Divino Salvador Área 10.704,66 m² Local: Videira | SC Ano: 2008 a 2011 Status: projeto em andamento Projeto Arquitetônico: Arq. Ivana Lucy Szczuk Arq. Patrícia Biasi Cavalcanti Arq. Artur Brandalise Neto Projeto Interiores | Acabamentos | Compatibilização: Arq. Ivana Lucy Szczuk Arq. Patrícia Biasi Cavalcanti Arq. Juliana Milbratz Créditos Ivana Lucy Szczuk se formou pela UFSC em 1999, titular do escritório SZ ARQUITETURA. Patrícia Biasi Cavalcanti se formou pela UFSC em 2000, desenvolveu doutorado na temática de arquitetura hospitalar pelo PROARQ/UFRJ em 2011, é professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UDESC e consultora em arquitetura hospitalar. Artur Brandalise Neto se formou pela UFSC em 1999, titular do escritório BRANDALISE. Juliana Milbratz se formou pela UFSC em 2009, ano que passa a integrar a equipe do escritório SZ ARQUITETURA. 64
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HUMANIZAÇÃO Complementando o projeto arquitetônico, as arquitetas Ivana e Patrícia, da SZ ARQUITETURA, desenvolveram também o projeto de interiores. A preocupação com a humanização dos espaços foi constante e se refletiu em algumas das decisões projetuais como: a criação de jardins, locais de estar, instalação de obras de arte no lobby e hall dos consultórios e a preocupação de integrar ambientes internos e externos, explorando ao máximo os visuais para o exterior e o aproveitamento da iluminação e ventilação natural em locais
de longa permanência. “A escolha de materiais e cores aconchegantes também proporcionam ambientes visualmente interessantes e amigáveis, favorecendo uma experiência visual e emocional positiva aos usuários”. “Além dos aspectos mais relacionados à imagem da edificação, a sua concepção como um todo buscou tirar partido das tendências da área de arquitetura hospitalar, de modo a alcançar a humanização. Por exemplo, a Unidade de Hemodiálise foi pensada com boxes individuais de tratamento que deem suporte à
privacidade e ao conforto dos pacientes, bem como permitam a realização de algumas atividades de distração positiva”, explica a arquiteta Patrícia. Outro exemplo é o próprio lobby, no qual se buscou concentrar diversos ambientes de apoio como o restaurante, as lojas e o auditório, de forma a dar as boas-vindas aos usuários do edifício. Também se optou por pontuar o lobby com um átrio que conecta todos os pavimentos, de forma a integrá-los visualmente, melhorando a orientabilidade e estimulando sua utilização.
ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL Diante das exigências de acessibilidade foram incorporados princípios de Desenho Universal, proporcionando não apenas o acesso físico de cadeirantes
aos ambientes, mas também aspectos como boa orientabilidade, legibilidade e estimulação sensorial. Fatores garantidos através de uma planta de fácil memo-
rização e circulação, bom sistema de comunicação visual e de um ambiente rico visualmente através de texturas, volumetrias, vegetação, entre outros.
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fotos: Philippe Arruda
CRIATIVIDADE
Quebrando paradigmas da construção 66
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Studio Domo Arquitetura mostra que é possível inovar e utilizar novos materiais sem perder a qualidade do empreendimento ao encabeçar o projeto de construção do Hospital Baía Sul
LEITOS DE INTERNAÇÃO Materiais não convencionais foram utilizados nos acabamentos, não perdendo a relação com o que preconiza a Vigilância Sanitária. As cores fogem às tradicionalmente usadas em hospitais, o que busca dar conforto e bem -estar ao paciente e corpo clÍnico. Para isso há ainda a relação com espaço exterior através de terraços. Dessa forma, o espaço físico atua como componente da recuperação do paciente
O
projeto arquitetônico moderno e arrojado que deu vida ao Hospital Baía Sul, um empreendimento de 30 milhões, localizado em Florianópolis, foi projetado pela Studio Domo Arquitetura e Design, que buscou adequar e ampliar as estruturas já existentes no Complexo Baía Sul Medical Center, com a finalidade de atender a instalação de Hospital Geral com foco em cirurgias eletivas de média
e alta complexidade. Na implantação do projeto, a Studio Domo buscou quebrar os paradigmas para este tipo de empreendimento. O emprego de novos materiais e tecnologias não convencionais tornou a construção mais econômica e sustentável. “O conceito do hospital é baseado em inovações tecnológicas, conforto e hospitalidade. Para tanto, em todas as etapas do projeto foram propostas HEALTHARQ
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CRIATIVIDADE soluções diferentes das convencionais”, relata o arquiteto e coordenador da obra, Eduardo Augusto Leandro. A estrutura metálica proporcionou leveza e agilidade, sendo projetada com medidas que facilitaram seu transporte e execução da obra. As lajes que conformaram os novos pavimentos foram executadas em steel deck, compostas por
telhas de aço galvanizado e camada de concreto, facilitando a compatibilização com áreas existentes e a redução de gastos e desperdícios de materiais. As vedações externas em steel framing e pele de vidro fecham o edifício com beleza e conexão com a natureza. As paredes internas foram erguidas em dry wall, tecnologia que acarretou na redução
da sobrecarga, além de fornecer flexibilidade de layout, tão importante ao ambiente hospitalar. “Nos acabamentos escolhidos buscou-se soluções com foco na hospitalidade do ambiente. O espaço físico atua como componente da recuperação do paciente. Assim, as suas soluções influenciam diretamente o paciente, o corpo clínico e o funcional”, finaliza Eduardo.
O uso de materiais não convencionais nos acabamentos buscou soluções com foco na hospitalidade. As cores, trazidas de soluções de hotelaria, fogem ao tradicional proporcionando conforto e bem-estar. Com isso, o espaço físico atua como componente da recuperação do paciente
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fotos: Philippe Arruda
ATENDIMENTO AO PACIENTE
PARTIDO DO PROJETO O projeto do Hospital Baía Sul foi desenvolvido em aproximadamente 10 meses e continuou sendo aperfeiçoado durante todo o período da obra. A obra foi iniciada em dezembro de 2008 e inaugurada em novembro de 2010. O HBS é um empreendimento de 30 milhões com foco em procedimentos de alta complexidade.
Com projeto e administração da Studio Domo, o novo hospital integra o complexo de saúde também com concepção da Studio em funcionamento há cinco anos. Ao todo, o complexo formado pelos dois hospitais oferece nove salas cirúrgicas de média e alta complexidade e 95 leitos, sendo 15 deles de UTI.
UTI Houve a utilização de materiais não convencionais nos acabamentos. A relação entre espaço interno e externo através de esquadrias fixas abertas para terraços, cria componentes que ajudam na recuperação do paciente
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CRIATIVIDADE foto: Philippe Arruda
SOBRE O HOSPITAL
FICHA TÉCNICA Hospital Baía Sul Rua Menino Deus nº 63 Florianópolis SC Área de Intervenção: 6.000,00m² Equipe: Diretor Geral – Roberto Simon
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Guilherme Simon – arquiteto Márcia Zancanaro – arquiteta Márcia Faraco – arquiteta Joana Amin – arquiteta Daniela Stoll – arquiteta Flavia Wendhausen – arquiteta Mariana Grunschy – arquiteta Eduardo A. Leandro – arquiteto e coordenador da obra
O Hospital Baía Sul, em Florianópolis, está localizado no bloco B do complexo de saúde Baía Sul Medical Center, que abriga profissionais de destacada qualificação técnica, mais de cem clínicas de diferentes especialidades, centro de diagnóstico por imagem, laboratório de análises clínicas, além do Baía Sul Hospital Dia, especializado em cirurgias de média e baixa complexidade. É um projeto, cuja estrutura física do complexo médico-hospitalar, integrada por meio de elevadores, rampas e passarela, permite que o paciente tenha, em um
mesmo local, acesso rápido a diferentes serviços como exames complementares necessários no pronto-atendimento ou pós-cirúrgico. O hospital contribui para a melhoria da qualidade no atendimento médico-hospitalar na Grande Florianópolis. “Além de reunir uma série de serviços no mesmo local, possui dois diferenciais muito importantes: um centro cirúrgico para procedimentos de alta complexidade e a oferta de leitos de terapia intensiva, segmento em que há uma grande carência na região”, afirma o Diretor Executivo do novo hospital, Newton Rocha Quadros Cairo.
SISTEMAS
Suporte à vida Sofisticado sistema de gases medicinais do Hospital Baía Sul foi projetado com a tecnologia e segurança da RP Serviços
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sistema de gases medicinais, assim como os demais sistemas complementares de uma unidade hospitalar, seja elétrica, hidráulica, de conforto térmico, entre outros, devem ser práticos, confiáveis e com o melhor custo benefício possível, sem comprometer a segurança do hospital e dos pacientes. Com base nisso, da interação com o corpo técnico do hospital e seguindo as premissas das normas brasileiras, foi concebido o projeto de instalação da rede de gases com o perfil de utilização do Hospital Baía Sul. Para desenvolver tal projeto, a RP Serviços elaborou um eficiente sistema de distribuição dentro do hospital. “As aplicações dos gases nos hospitais são cada vez mais específicas e o número de pontos de consumo é grande. Pensamos nisso tudo, sem desprezar a funcionalidade do sistema que vai garantir as possíveis manutenções no futuro sem comprometer a atividade
do hospital”, afirma o projetista responsável Ronaldo de Araújo Pereira, sócio da RP Serviços. Os gases utilizados no hospital são: o oxigênio líquido, que é convertido em gás antes da sua utilização; o óxido nitroso ou gás anestésico, como também é conhecido; o ar comprimido que é tratado, filtrado e desumidificado para fins medicinais; e o vácuo clínico, que recebe a desodorização antes do descarte. “A nova central de oxigênio líquido (criogênico) vai garantir, com muito mais tranquilidade, o fornecimento ininterrupto deste gás tão importante nos processos hospitalares, com uma economia considerável no custo por metro cúbico. As demais centrais também foram redimensionadas e substituídas para atender a nova situação. As tubulações receberam um tratamento de limpeza e descontaminação para garantir a pureza e qualidade na condução dos fluídos até
os postos de utilização. Na reavaliação das redes de distribuição, houve substituição e ampliação em alguns trechos para atender a nova demanda”, explica Ronaldo Pereira.
PIONEIRISMO A RP Serviços, especializada em projetos de sistema de gases, está no mercado há 12 anos em parceria com o seleto grupo de empresas que produzem e comercializam gases no Brasil e no exterior. Empresas como White Martins, Linde, AP e Air Liquide contratam a RP
Serviços para projetar as instalações que viabilizam a aplicação dos gases para seus clientes. “Neste momento, estamos em um processo de repaginação da nossa imagem e vamos aproveitar a oportunidade para lançarmos a nova marca, a Inteligás Projetos e Consultoria. Continuaremos no mesmo segmento, mas buscando trabalhar diretamente com clientes finais e não somente através de empresas de engenharia e arquitetura como tem ocorrido”, conclui Ronaldo Pereira. HEALTHARQ
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ARQ Destaque
Projeto Premiado Plástica arquitetônica diferenciada leva projeto do Hospital Central de Emergência de São Luís a ser premiado na categoria Saúde Projeto Predial, no VII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, o mais importante prêmio do setor na América Latina 72
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Av. Vale do Pimenta, Qd 01, nº 05 Pq. Atlântico, Olho d´água CEP 65066-160 Fone: (98) 3248.2720 E-mail: dbarquitetura@elo.com.br www.domingosbritoarquitetura.com.br São Luís/MA
HOSPITAL CENTRAL DE EMERGÊNCIA SÃO LUÍS - MA
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ÁREA CONSTRUÍDA: 23.870,48 m² TOTAL DE LEITOS: 200
lanejado para ser um dos maiores e mais modernos empreendimentos da rede pública do país e de nível internacional, o projeto do Hospital venceu a categoria Saúde, do VII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, realizado durante a Bienal de Arquitetura de São Paulo, em abril do ano passado. Projetado para dispor de 200 leitos, divididos em dois pavimentos, a construção do Hospital Central de Emergência foi viabilizada depois que estudos realizados em 2009 pela Secretaria Municipal da Saúde de São Luís, perceberam o colapso no atendimento e nas estruturas físicas dos E.A.S (Estabelecimentos Assistenciais de Saúde), demonstrando assim, a necessidade da urgência na elaboração do projeto de um hospital de emergência com alto nível tecnológico. O Hospital terá uma área construída de 23.870 metros quadrados. De acordo com Domingos Brito, no pavimento térreo estarão
o acesso geral de entrada, as Unidades de Urgência e Emergência, assim como o Diagnóstico e Centro Cirúrgico. Já o pavimento superior agregará as Unidades de Internação e três UTIs, sendo uma de Queimados. Aproveitando o desnível natural do terreno, as unidades de Apoio Técnico e Logístico (coxinha, farmácia e lavanderia), Administração e Auditório ficarão no pavimento inferior. “Além disso, um dos grandes diferenciais inovadores do projeto é a concepção do Parque da Saúde, uma área de preservação ambiental, com muita área verde e um setor específico para programas de saúde preventiva, que se localizará bem no meio do hospital”, explica o arquiteto. “Este é um projeto auto-sustentável e ambientalmente correto, ou seja, leva às bandeiras de um Hospital Verde, através da utilização de tecnologias de aproveitamento de energia solar e reaproveitamento de água”, acrescenta Domingos Brito. HEALTHARQ
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PLANO DIRETOR
Plano Diretor, crescer e pensar no futuro Elaborar um Plano Diretor define quais serão as ações de investimento e crescimento do hospital, para que ele mantenha sua funcionalidade
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uando se fala em arquitetura, as pessoas logo pensam que se trata apenas de elaborar algum projeto e executá-lo, no entanto, sua função vai além. Hoje, quando se fala em projetar ou reformar algum hospital, logo se pensa em ordenar e organizar o novo espaço, pensando na sua funcionalidade para que possa crescer de maneira organizada nos próximos anos. Para isto, a elaboração de um Plano Diretor é extremamente importante, o que significa definir como o hospital vai crescer, de maneira organizada, nos próximos anos. Percebe -se a importância do Plano Diretor quando um hospital antigo é analisado. Levando-se em conta que na época em que foi construído, mesmo que encima de um bom projeto, não existia a definição de Plano Diretor, possivelmente seu crescimento foi sendo realizado de forma desorganizada, fazendo ele perder sua funcionalidade. “Como o hospital é uma
edificação extremamente complexa, a elaboração do Plano Diretor significa evitar que um paciente, que vai fazer um simples exame ou visitar um amigo, acabe passando por vários lugares dentro do hospital, vendo coisas que não deveria e se aproximando de setores de apoio. Isto acaba por gerar situações de conflito e mesmo de risco”, afirma a arquiteta Mariluz Gomez Esteves, diretora executiva da Pró-Saúde Profissionais Associados. O Plano Diretor não se aplica somente à construção de novas unidades hospitalares, mas principalmente na reorganização dos hospitais antigos, nos quais através de reformas e ampliações pode-se buscar resolver a funcionalidade perdida. Para a arquiteta Mariluz, o principal pedido dos hospitais hoje, quando buscam um novo projeto, é “como crescer de maneira organizada, dentro da conformidade legal, sem prejudicar o funcionamento da organização hospitalar”.
“O que acontece com os hospitais antigos é que eles estão tão defasados que não conseguem atender o conjunto dos requisitos legais para funcionamento tais como normas do Corpo de Bombeiros, das prefeituras, da vigilância sanitária, do meio ambiente entre outras. Aí é que está o desafio dos arquitetos que precisam iniciar uma obra nessas condições, buscando atender todas as conformidades”, revela a arquiteta. Quando a Pró-Saúde elabora um Plano Diretor, pensa-se na geração de espaços flexíveis, de grandes áreas, que podem ser os pavimentos de um bloco que aceitem qualquer unidade ou serviço, dependendo da dinâmica do hospital. “Pelo Plano Diretor, você define um zoneamento, dando uma ideia do que o lugar pode ser. Por exemplo, se um local foi planejado para receber a área de paciente interno, ele pode se tornar uma pediatria, uma unidade adulto, ou de repente pode vir a ser um centro cirúrgico ou UTI”, diz Mariluz. HEALTHARQ
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PLANO DIRETOR
HOSPITAL SANTA RITA De acordo com a arquiteta Mariluz foi um grande desafio montar tal Plano Diretor, tendo em vista que o Hospital Santa Rita possui uma estrutura construída ao longo de mais de 40 anos
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UM EXEMPLO DE PLANO DIRETOR APLICADO À REFORMULAÇÃO Recentemente, a PróSaúde esteve à frente da elaboração do Plano Diretor de Obras do Hospital Santa Rita de Cássia, localizado em Vitória, ES, que prevê a sua expansão gradativa. A expectativa para os próximos dez anos é dobrar a área construída do hospital. De acordo com a arquiteta Mariluz foi um grande desafio montar tal Plano Diretor, tendo em vista que o Hospital Santa Rita de Cássia possui uma estrutura construída ao longo de mais de 40 anos. Por isso, um estudo minucioso foi necessário para chegar aos vários projetos que estão incluídos no plano de expansão do hospital. Entre os inúmeros projetos está prevista, por exemplo, a criação do Complexo SUS, que me-
lhorará as instalações de atendimento e internação dos pacientes do SUS e será composto de três edificações: Ambulatório Ylza Bianco ( já concluído), Prédio de Apoio e Administrativo e Prédio de Internação. A arquitetura do complexo prevê a otimização e o reaproveitamento dos recursos hídricos e da captação solar, demonstrando sua preocupação em se adequar aos modelos atuais e ser sustentável. A portaria de controle de acesso também passará por reformulações, sendo recuada para dentro do terreno e serão implantados dois elevadores e uma passarela para horizontalizar o acesso dos pacientes à radioterapia, quimioterapia, hemodiálise e ao pronto-socorro.
Em uma segunda etapa dessas obras, será construída a recepção central e estacionamento, com a criação de 450 novas vagas. Por fim, será construído um prédio de 11 andares, que será ocupado com serviços ambulatoriais e assistenciais. Além disso, já foram entregues 32 novos leitos para o setor de internação, cuja edificação ainda ganhou 19 novas vagas de garagem e instalações para o setor de Tecnologia da Informação e para o Núcleo de Engenharia Clínica. Ainda faz parte do projeto a construção de um edifício de três andares em que funcionarão os serviços de Hemodiálise e sua área administrativa e almoxarifado da AFECC – Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer.
PROJETO DE EXPANSÃO Entre os inúmeros projetos está prevista, por exemplo, a criação do Complexo SUS, que melhorará as instalações de atendimento e internação dos pacientes do SUS e será composto de três edificações: Ambulatório Ylza Bianco ( já concluído), Prédio de Apoio e Administrativo e Prédio de Internação. A portaria de controle de acesso também passará por reformulações, sendo recuada para dentro do terreno
Acesso Principal, 3ª Etapa Portaria, Estacionamento e Bloco 19
Complexo SUS
ARQUITETURA PLANEJAMENTO CONSULTORIA
PROFISSIONAIS HEALTHARQ
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PLANO DIRETOR
PROJETOS PRÓ-SAÚDE Na sequência: Hospital Unimed Regional Sul Goiás (Itumbiára), Maternidade Carmela Dutra (Florianópolis) e Hospital Universitário Walter Cantídio (Fortaleza)
SOBRE A PRÓ-SAÚDE Com mais de 15 anos de atuação, a Pró-Saúde Profissionais Associados é uma central de relacionamento pela qual passam inúmeros projetos que envolvem soluções para questões físicas e administrativas de hospitais e estabelecimentos de saúde. Através de uma filosofia de integração, a Pró-Saúde atua em uma ampla gama de serviços, oferecendo aos estabelecimentos serviços de arquitetura, planejamento e consultoria. Para oferecer um serviço diferenciado, a Pró-Saúde busca nos estudantes de arquitetura, seus futuros colaboradores. “Hoje, nós temos um grave problema com a qualidade dos cursos de arquitetura. 78
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Por isso, nosso escritório em Londrina mantém, em média, 12 estagiários, selecionados duas vezes por ano. Eles passam três anos conosco e, no futuro, podem ser incorporados pelo escritório, funciona como uma escola mesmo. Todos os meus sócios foram formados pelo escritório”, afirma Mariluz. Além de formar seus profissionais, a Pró-Saúde mantém escritórios e profissionais associados em todo o país. Os sócios principais são: Ana Carolina Potier Mendes e Carlos Eduardo Marchesi que residem em Londrina e atendem o Paraná, São Paulo, Santa Catarina e os estados do Norte e Nordestes; Ana Lúcia Bagatin que reside em Lon-
Hospital do Coração (Londrina ) e Instituto do Rim (Londrina)
drina e atende o Paraná, Goiás e Espírito Santo e Mariluz Gomez Esteves que reside em Ribeirão Preto e coordena o trabalho dos profissionais e associados da Pró-Saúde onde estiverem. “Atuamos em todo território nacional, porém, o nosso maior volume de clientes concentra-se no Paraná, onde o escritório começou e cresceu. É um estado muito interessante, já que produz muita legislação e iniciou muito cedo o processo de modernização dos hospitais. Na atualidade nossa atuação cresce no Nordeste e Centro-Oeste, porque muitas empresas se espelham no trabalho que é realizado nos hospitais do Paraná”, conclui Mariluz.
Pró-Saúde Profissionais Associados Rua Juiz de Fora, 100 CEP 86062-680 Fone/Fax (43) 3328.0218 prosaude@prosaude.arq.br
Londrina/PR www.prosaude.arq.br HEALTHARQ
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ENGENHARIA
Mudanรงas no decorrer da obra 80
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odo projeto de arquitetura quando posto em prática pode sofrer alterações. No segmento hospitalar essas mudanças são quase inevitáveis, tendo em vista que, o surgimento de novas ideias, novas tecnologias, novos procedimentos e modificações estratégicas de prestação de serviços acontecem no decorrer das obras, sejam elas relativas a uma clínica, um laboratório, um hospital, enfim. O grande desafio está em como arquitetos e engenheiros lidam com esses contratempos de forma inteligente e sem prolongar muito o prazo de entrega da obra. A Vega Construtora, empresa atuante na construção civil há quase três décadas, sabe bem como enfrentar esse desafio. Desde maio de 2009, a empresa conduz as obras do Hospital Unimed Regional Sul Goiás, sob o regime de empreitada
global, para construir, inicialmente aproximadamente 5.000 m² em 24 meses. Porém, durante a execução da obra houve a incorporação de várias tecnologias e adequação de diversos ambientes, bem como o acréscimo de mais um pavimento de internação. Segundo o engenheiro civil Renato de Sousa Correia, essas modificações fizeram com que o prazo de entrega do hospital fosse prorrogado para dezembro de 2011, sendo que, o grande desafio da obra foi conciliar as demandas do cliente para a implementação de modificações no projeto inicial com o prazo da obra, bem como a otimização da mão-de-obra já disponibilizada no local. Além disso, no meio do caminho, a Vega também foi contratada para realizar toda a pavimentação externa da obra, totalizando uma área de cerca de 10.000 m². “Contudo,
apesar de todas as mudanças de projeto que foram ocorrendo, através de nossa organização, planejamento, sistema de gestão, plano de ataque da obra, equipamentos modernos e corpo técnico qualificado, 90% das obras já foram executadas, o que deve antecipar sua entrega para outubro”, revela Correia. O hospital, orçado em 14 milhões de reais, será o mais moderno da região Centro-Oeste, dotado de quatro salas de cirurgia, ala de pronto atendimento e emergência, tomografia computadorizada, raio-x, endoscopia e internação. “Tudo executado em três níveis aproveitando a condição topográfica do terreno e sendo atendido por dois elevadores tipo maca. Todos os ambientes são climatizados e a fachada é moderna em pele de vidro e litocerâmica”, conclui o engenheiro. HEALTHARQ
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ENGENHARIA
SOBRE A VEGA CONSTRUTORA Fundada em setembro de 1986, a empresa goiana Vega Construtora, dirigida pelos engenheiros civis Renato de Sousa Correia e José Gonçalves Vieira Filho, constrói edifícios residenciais, postos de gasolina, edifícios comerciais, clubes, concessionárias de veículos e hospitais, com mais de 2.500 unidades entregues. Está bem consolidada no mercado de Brasília e entorno, Goiânia e cidades num raio de até 200 km. A expectativa é começar a operar no interior do estado de São Paulo em 2012. O ponto forte da Vega consolida-se através do sistema de gestão moderno com métodos de governança corporativa comparada às maiores empresas do 82
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segmento. É certificada pelo ISO 9001 e pelo PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat), nível A, desde 2003. Outro diferencial está na gestão das pessoas em que a equipe de líderes participa ativamente da gestão da empresa, com foco contínuo em atender o cliente, assegurar a segurança dos trabalhadores, garantir a sustentabilidade do meio ambiente e da empresa. Dessa forma, a Vega conta com a atuação de mais de 15 engenheiros civis, um engenheiro eletricista e um engenheiro mecânico, alguns com especialização em segurança do trabalho e conservação ambiental. A equipe de produção supera 600 colaboradores.
Renato Correia, engenheiro civil responsável pela Diretoria da Vega Construtora da Região de Goiânia. Também é Diretor Adjunto da Comissão de Materiais e Tecnologia do Sinduscon Goiás (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Goiás) e conselheiro executivo da ADEMI –GO (Associação das empresas de incorporação do estado de Goiás)
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ENGENHARIA
Novo Into exigiu reformulação completa 84
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novo Into, que deverá ser inaugurado ainda em 2011, funcionará no prédio do antigo “Jornal do Brasil”, na zona portuária do Rio de Janeiro. Ao chegar para o serviço, em 2008, os técnicos da Delta encontraram uma edificação saqueada, com apenas a alvenaria aproveitável, mas em péssimo estado de conservação. A obra também requereu um conhecimento especial por parte da construtora, que teve que adaptar um edifício destinado a uma
empresa jornalística às exigências de um hospital de ponta, dos mais modernos da América Latina. Quatro prédios anexos foram construídos, além de duas torres, um imóvel para serviços gerais e um edifício-garagem. No prédio principal, de nove pavimentos mais a cobertura, ficará parte do setor de atendimento, equipamentos complexos de radiologia, UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), centros cirúrgicos, enfermarias e salas especiais de filtragem, entre outras unidades. O engenheiro Bruno Paraíso, gerente de produção da obra no Tribunal de
Justiça e um dos profissionais da Delta Engenharia que primeiro atuaram no Novo Into, afirma que praticamente um novo complexo de prédios surgiu no terreno onde funcionou o “Jornal do Brasil”. “O prédio estava sucateado e saqueado. O Into é uma nova edificação, remodelada, adaptada e transformada para que o local funcione como um hospital. Até nas fundações tivemos que atuar, com um reforço estrutural pesado”, conta ele. As obras do hospital estão orçadas em cerca de R$ 200 milhões. Ela gerou no pico 1.100 empregos
diretos e 1.000 indiretos. A transferência da sede atual do instituto, no centro, ocorrerá aos poucos. Ao final dela, o número de consultórios passará de 14 para 60; haverá 255 leitos de internação e 48 de terapia intensiva e pós-operatório; as salas cirúrgicas serão 21; as cirurgias anuais passarão de 6.000 para 19 mil; os atendimentos ambulatoriais, de 102 mil para 305 mil por ano.
CONSTRUÇÃO O engenheiro Bruno Paraíso, gerente de produção da obra no Tribunal de Justiça e um dos profissionais da Delta Engenharia que primeiro atuaram no Novo Into, afirma que praticamente um novo complexo de prédios surgiu no terreno onde funcionou o “Jornal do Brasil”
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ENGENHARIA
Voando para salvar vidas
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cada dia, o trânsito nas grandes cidades do Brasil se torna mais caótico, graças ao aumento de carros em circulação. Por isso, quando um acidente acontece, um atendimento pré-hospitalar com rapidez e qualidade, é primordial para salvar vidas e evitar a ocorrência de sequelas para o vitimado. Pensando em oferecer um serviço ágil aos seus clientes, o grupo Amil buscou no Escritório Técnico Carlos Freire, a parceria para a construção dos seus Helipontos. “Construímos o primeiro Heliponto da Amil em São Paulo no ano de 1994 na Unidade de Resgate Alphaville e, desde então, 86
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estamos trabalhado juntos”, afirma o Engenheiro Carlos Freire de Andrade Lopes, fundador do Escritório Técnico Carlos Freire. Além da Unidade de Resgate Alphaville, o escritório é responsável pela construção da maior parte dos Helipontos da Amil, os mais recentes são Hospital Vitória (SP), Hospital Paulistano (SP) e Unidade Avançada de Resgate na Região Oceânica de Niterói (RJ). O grande desafio encontrado na área, tanto na construção de Helipontos ou mesmo em atividades de adaptação estrutural, é a busca da qualidade máxima na execução dos serviços, porém, garantindo os prazos
estipulados. “Nossos Helipontos têm um alto grau de precisão em sua fabricação, principalmente pelo uso de modelagem 3D no projeto e a aplicação na fabricação de equipamentos CNC (Controle Numérico por Computador). Dentro de nosso padrão de qualidade, todas as obras recebem galvanização a fogo e tem montagem 100% aparafusadas. A aplicação destas tecnologias em prazos apertados é um grande desafio”, relata o Engenheiro Carlos Freire. Os Helipontos construídos pelo Escritório Técnico Carlos Freire possuem vários diferenciais projetados para o grupo Amil. A começar pela captação e separação das águas pluviais do Heliponto, visando evitar a
contaminação no prédio do Hospital pelo vazamento de combustível, obrigatório para obter-se a Certificação ISO 14.000, a utilização do software Tekla Structures, que a empresa adquiriu em 2020, para projetar a modelagem em 3D e a fabricação da estrutura – cortes e furações – em CNC e posterior aplicação de pintura em poliuretano na cor desejada. O trabalho do Escritório Técnico Carlos Freire vai além da construção de Helipontos, “nosso trabalho junto ao grupo AMIL envolve também a obtenção das licenças de funcionamento dos Helipontos (ANAC e Prefeituras), assim como suas renovações”, conclui o Engenheiro Carlos Freire.
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“... Atuamos na área de Engenharia Estrutural desde 1981; com o passar dos anos passamos a nos dedicar também a atividades complementares como Projeto e Construção de Helipontos e Engenharia Ambiental Urbana. Em 2011 ao completarmos 30 anos de trabalho, nos orgulhamos de nossa parceria com a AMIL. Em 1994 construímos o Primeiro Heliponto da AMIL em São Paulo (AMIL RESGATE ALPHAVILLE) e desde então não deixamos de trabalhar juntos.
A Amizade foi relevante nestes 17 anos de trabalho, mas o Profissionalismo, a Qualidade, a Confiabilidade e a Transparência foram os verdadeiros ingredientes para o sucesso de nossa parceria com o Departamento de Engenharia da AMIL. ”...
Engº Carlos Freire de Andrade Lopes Diretor Técnico
Engenharia de Estruturas Metálicas e de Concreto Armado Engenharia e Construção de Helipontos Legalização Ambiental de Helipontos junto às Prefeituras Municipais Legalização de Helipontos junto a ANAC e ao Ministério da Aeronáutica Fabricação e Montagem de Estruturas Metálicas HEALTHARQ
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EXPANSテグ
Sino-brasileiro inaugura novas instalaテァテオes Hospital de Osasco estテ。 totalmente equipado e preparado para realizar cirurgias de alta complexidade 90
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O
s moradores de Osasco não precisam mais se locomover até a região central de São Paulo para receber um atendimento qualificado em consultas, exames e cirurgias de alta complexidade. Após nove anos atuando como um centro de excelência, o Hospital e Maternidade Sino-Brasileiro inaugura mais um prédio com acomodações de padrão superior ao oferecido na região e apresenta inovações nos tratamentos, finalizando a primeira etapa de seu projeto de expansão, que teve investimento aproximado
de 30 milhões de reais. Entre as modificações estão a adição de mais 70 leitos e a adoção de 200 equipamentos de alta tecnologia, tais como radiologia intervencionista, unidade de terapia intensiva especializada em doenças cardíacas (unidade coronariana), unidade de terapia intensiva infantil e adulto contando com apartamentos individuais e dispositivos como fluxo laminar que visam minimizar ao máximo as possibilidades de infecção hospitalar. O novo Pronto Socorro contará com uma área de mais de 1200 metros
quadrados divididos em dois andares, que proporcionarão um melhor fluxo e agilidade no atendimento. Este aumento de área aproveitável possibilita a ampliação do corpo clínico do setor de emergência e o atendimento da demanda crescente de clientes. Os novos apartamentos contarão com o que há de mais moderno em camas hospitalares, televisores (com TV a cabo), ar-condicionado e mobiliário hospitalar. A hotelaria é uma das principais preocupações da moderna gestão hospitalar e foi priorizada nesta expansão.
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EXPANSÃO Houve desde a formatação dos projetos iniciais à preocupação com o meio ambiente. Assim como no primeiro prédio, existem diversas ações sustentáveis como: reaproveitamento da água da chuva, ar-condicionado ecológico, máxima utilização de iluminação natural, entre outras, mostrando o alinhamento deste grupo com os anseios globais de preservação.
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Também como ato contínuo desta inauguração, apresentamos a ampliação de alguns setores como o centro cirúrgico e as Unidades de Terapia Intensiva, a criação da Unidade Coronariana e do Pronto-Socorro Cardiológico 24 horas e, a reabertura do serviço de hemodinâmica. Alguns números interessantes que demonstram a grandiosidade do investimento realizado:
Nº de leitos atuais Expansão
Número de leitos 80
150
UTI Adulto
20
10
Unidade Coronariana 0
10
UTI Neonatal
6
12
UTI Infantil
0
6
Salas cirúrgicas
5
9
Área Construída
6 000 m²
12 000 m²
ANFITEATRO Preocupados com a educação continuada de médicos e corpo de enfermagem, foi construído um anfiteatro que abrigará até 100 pessoas com toda tecnologia disponível de multimídia para que possam ser realizadas palestras, simpósios e cursos com máximo conforto
Preocupados com a educação continuada de médicos e corpo de enfermagem, foi construído um anfiteatro que abrigará até 100 pessoas com toda tecnologia disponível de multimídia para que possam ser realizadas palestras, simpósios e cursos com máximo conforto. O Centro de Estudos também ganhou uma biblioteca multimídia, onde os médicos e corpo de enfermagem poderão realizar suas pesquisas e estudos em lugar apropriado com a melhor tecnologia disponível. Todo o prédio contará com um moderno sistema de acesso restrito por crachás eletrônicos, que garantirá a segurança e a privacidade necessária à médicos e pacientes, pois somente pessoal autorizado terá acesso aos diversos setores do hospital.
O Sino-Brasileiro tem como objetivo associar alta tecnologia com atendimento humanizado. Os clientes tiveram esta percepção e por isso alcançaram nos últimos anos um crescimento exponencial. Em 2010, o hospital atendeu cerca de 200 mil pacientes. Só no setor de emergência são aproximadamente 15 mil por mês, demonstrando a necessidade de ampliação e a vocação do Hospital para a alta complexidade, traduzindo-se em um crescimento acima de 8% ao ano no volume de atendimento, considerando-se casos eletivos e de urgência. Este crescimento explica a necessidade deste investimento em infraestrutura, pois se sentia que havia uma demanda reprimida por atendimento pela instituição. Mas o projeto de expanHEALTHARQ
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EXPANSÃO
são não acaba por aqui. O Hospital Sino-Brasileiro iniciará a reforma do prédio atual, para melhorar ainda mais os serviços oferecidos pela instituição e aumentar a complexidade destes atendimentos com o advento da radiologia intervencionista e do Centro de Oncologia, que são os próximos projetos. Também aumentará o número de colaboradores com a geração de mais 150 postos de trabalho, além da contratação de médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais da área da saúde. Com tanto entusiasmo e comprometimento, está comprovado que a equipe do Hospital e Maternidade Sino-Brasileiro está no caminho certo e espera que o crescimento seja 94
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permanente para que toda a comunidade continue se valendo destes avanços. O Sino-Brasileiro surgiu na intenção de retribuir o carinho que alguns imigrantes chineses, que se formaram médicos nas melhores escolas de medicina do Brasil, receberam ao chegar ao País. Eles resolveram aumentar os serviços de seu Centro de Diagnóstico por Imagem, Tomomed, e construíram um prédio exclusivamente para a atividade hospitalar em 2002. Desde então, a missão do seu corpo diretivo e funcionários é oferecer serviços de qualidade através da ética, humanização, educação continuada, inovação tecnológica, visando a melhoria da saúde e qualidade de vida.
CRESCIMENTO A expansão do Hospital e Maternidade Sino-Brasileiro, prevê, além do crescimento estrutural, o aumento consequente do número de colaboradores com a geração de 150 novos postos de trabalho, além da contratação de médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais da área da saúde
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