Hebraica dez15

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dezembro de 2015

| Rร VEILLON 2016

| Revista Hebraica

ANO LVI

| Nยบ 646 | DEZEMBRO 2015 | K ISLEV / T EVET 5776


HEBRAICA

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palavra do presidente

As luzes que iluminam a Hebraica

Gramado e Canela VIAGEM A

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Março 2016 INSCRIÇÕES ATÉ 10 DEZ 2015

Estamos comemorando Chanuká, a festa das luzes. Chanuká foi instituído por Judas Macabeu e seus irmãos para celebrar a recuperação de Jerusalém e do Templo, e logo ordenou que o Templo fosse limpo, que um novo altar fosse construído no lugar daquele que fora profanado e fossem feitos novos objetos sagrados. Quando o fogo foi devidamente renovado sobre o altar e as lâmpadas dos candelabros acesas, a dedicação do altar foi celebrada por oito dias entre sacrifícios e músicas comemorando a vitória do pequenino exército judeu. Esse foi o primeiro milagre. O segundo milagre é ainda mais sobrenatural e deu origem à festa de Chanuká. Após a purificação da Cidade Santa e da Casa de Deus, constatou-se que havia apenas um jarrinho de azeite puro no Templo e o selo intacto do Cohen Gadol (sumo sacerdote) para que as luzes da menorá fossem acesas. Isso duraria apenas um dia, mas milagrosamente durou oito dias. A Judéia permaneceu independente até a chegada do domínio romano em 63 antes da Era Comum. A festa é realizada no dia 25 de Kislev (normalmente em dezembro), data em que o Templo foi reedificado. É uma festa marcada pelo clima familiar e grande alegria. Encontramos os fragmentos históricos de Chanuká nos livros deuterocanônicos de I e II Macabeus e em escritos talmúdicos. O mandamento principal de Chanuká hoje é o acendimento da chanukiá (candelabro de nove braços). Os oito braços lembram o milagre dos oito dias em que a menorá ficou acesa com o azeite que, normalmente, duraria somente um dia. O outro braço, chamado de shamash (“servente”) é um braço auxiliar para o acendimento das outras velas. Segundo a tradição, somente ele (o shamash) pode ser usado para, se for o caso, iluminar a casa ou para outro fim, sendo que as outras velas só podem servir para cumprir o mandamento. A cada noite uma nova vela é acrescentada até que se completem as nove. Outras tradições como brincar com o sevivon (“pião”) em que em cada lado dele estão escritas as iniciais da frase nes gadol hayá sham (“um grande milagre aconteceu lá – em Israel”) são válidas, e para quem está em Israel a última palavra da frase é pó (“aqui”). Também há o costume de servir alimentos como sonho com geleia (sufganiot) e panquecas de batata (latkes). Este ano vamos comemorar essa festa na Hebraica em grande estilo: dia 13 de dezembro teremos um mega Chanuká no meio do Festival Carmel, as danças e as luzes vão se complementar numa festa gigante para nossos queridos sócios e para a coletividade. Certamente será com certeza um final de semana com nosso clube mais uma vez lotado e cumprindo o seu papel. Ainda para fechar o ano teremos uma festa linda de Réveillon dia 31 para fechar com chave de ouro esse nosso primeiro ano (passou rápido), um ano que estamos fechando com boas notícias: nos últimos meses o número dos sócios está crescendo, o clube realiza muitas atividades com participação maciça dos nossos sócios, a notícia da fusão das escolas Alef e I. L. Peretz ( que vamos trabalhar com muito cuidado e planejar da melhor forma possível para nossos associados), realizamos as eleições para o Conselho que foi uma verdadeira aula de democracia e fechamos o ano financeiramente equilibrados. Portanto quero desejar a todos que as velas de Chanuká iluminem nosso caminho com muita saúde e paz . Chag Sameach Shalom Avi Gelberg

ESTE ANO VAMOS COMEMORAR ESSA FESTA NA HEBRAICA EM GRANDE ESTILO: DIA 13 DE DEZEMBRO TEREMOS UM MEGA CHANUKÁ NO MEIO DO FESTIVAL CARMEL, AS DANÇAS E AS LUZES VÃO SE COMPLEMENTAR NUMA FESTA GIGANTE PARA NOSSOS QUERIDOS SÓCIOS E PARA A COLETIVIDADE


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sumário

HEBRAICA

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fotos e fatos Os destaques do mês na Hebraica e na comunidade

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juventude

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jovens sem fronteiras “A Ponte” promoveu encontros, debates e muito ativismo social

40

fotos e fatos As cenas que marcaram o mês de novembro

45

esportes

46

38 6

carta da redação

8

7 dias na hebraica Acompanhe a programação de dezembro

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férias Já está na hora de programar o verão da garotada

15

cultural + social

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capa / réveillon Música na Hebraica e Macabíada no Chile. As boasvindas a 2016

20

teatro As Benevolentes debate as relações entre alta cultura e nazismo

22

história A diretoria da Hebraica foi ver de perto o Museu Judaico

24

curtas Os momentos mais intensos da vida sociocultural da Hebraica

26

comunidade Os eventos mais significativos da cidade

polo aquático Bom resultado no brasileiro abre caminhos para modalidade

48

judô Balanço do Torneio Hirosi Minakawa e os novos faixapretas

50

projeto ukemi A arte de saber cair e levantar para idosos

52

curtas Os destaques da Hebraica em várias modalidades

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magazine

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tecnologia Como o Instituto Volcani aumentou a produção de leite em Israel

60

12 notícias As notícias mais quentes do universo israelense

64

terrorismo As histórias de duas testemunhas brasileiras no resgate de Entebe

68

costumes & tradições A teoria da relatividade, segundo a tradição judaica

70

a palavra De língua franca a língua morta o triste fim do aramaico

72

viagem Uma incursão fascinante pela Rota da Seda

86 76

leituras A quantas anda o mercado das ideias?

78

educação Hospital Albert Einstein abre faculdade de medicina

85

diretoria

86

eleições do conselho Um cobertura completa e a lista de novos conselheiros

88

concessões A nova opção de kashrut entre os restaurantes da Hebraica

106

conselho Instituição comemora renovação nos quadros

80

ensaio As várias faces do terrorismo no Oriente Médio

82

curta cultural Dicas para o leitor ficar mais antenado

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carta da redação

Leitura para todos É provável que ao se deparar com a imagem de capa desta edição surgir o comentário: – Acho que já vi isso em algum lugar. De fato, trata-se de uma das versões do cartaz que será espalhado pelo clube informando e convidando os associados para o Réveillon que será realizado na Esplanada da Sede Social, e a ideia do Departamento de Comunicação foi acompanhar a identidade visual do evento. E a leitura desta edição vai provar, mais uma vez, que a Hebraica é o centro comunitário escolhido e definido por várias entidades da comunidade como o local ideal para realizar principalmente os eventos que dizem respeito aos interesses, preocupações e unidade dos objetivos comunitários. No “Magazine”, uma reportagem acerca do Instituto Volcani, um importante centro de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia agrícola do mundo que tem, entre seus feitos, como conta o correspondente Ariel Finguerman, literalmente tirar leite de pedra. No mesmo “Magazine”, o jornalista João Gonzales, pesquisador de fatos relativos à aviação, relata a história pelos dois brasileiros que estavam no avião sequestrado para Entebe e, na sua busca, acabou encontrando um dos soldados que participaram no resgate, hoje vivendo no Brasil. Ainda no “Magazine”, um ensaio trata do terror e do terrorismo e nosso publisher Flávio Bitelman escreve da viagem por um trecho da lendária e milenar Rota da Seda, a bordo de um fantástico e confortável trem. Boa leitura Chag Chanuká Sameach Bernardo Lerer Diretor de Redação

ANO LVI | Nº 646 | DEZEMBRO 2015 | KISLEV/TEVET 5776

DIRETOR-FUNDADOR SAUL SHNAIDER (Z’l) PUBLISHER FLAVIO MENDES BITELMAN DIRETOR DE REDAÇÃO BERNARDO LERER EDITOR-ASSISTENTE JULIO NOBRE

SECRETÁRIA DE REDAÇÃO MAGALI BOGUCHWAL REPORTAGEM TANIA PLAPLER TARANDACH TRADUÇÃO ELLEN CORDEIRO DE REZENDE FOTOGRAFIA CLAUDIA MIFANO (COLABORAÇÃO) FLÁVIO M. SANTOS

DIREÇÃO DE ARTE JOSÉ VALTER LOPES DESIGNER GRÁFICO HÉLEN MESSIAS LOPES

ALEX SANDRO M. LOPES

EDITORA DUVALE RUA JERICÓ, 255, 9º - CONJ. 95

E-MAIL DUVALE@TERRA.COM.BR CEP: 05435-040

- SÃO PAULO - SP

DIRETOR PAULO SOARES DO VALLE ADMINISTRAÇÃO CARMELA SORRENTINO ARTE PUBLICITÁRIA RODRIGO SOARES DO VALLE

DEPTO. COMERCIAL SÔNIA LÉA SHNAIDER PRODUÇÃO PREVAL PRODUÇÕES

IMPRESSÃO E ACABAMENTO GRASS INDÚSTRIA GRÁFICA PUBLICIDADE TEL./FAX: 3814.4629

3815.9159

E-MAIL DUVALE@TERRA.COM.BR JORNALISTA RESPONSÁVEL BERNARDO LERER MTB 7700

OS CONCEITOS EMITIDOS NOS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE

calendário judaico ::

INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES, NÃO RE-

PRESENTADO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DE DIRETORIA DA HEBRAICA OU DE SEUS ASSOCIADOS.

DEZEMBRO 2015 Kislev/ Tevet 5776

JANEIRO 2016 Tevet/ Shvat 5776

A HEBRAICA É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DA ASSOCIAÇÃO

dom seg ter qua qui sex sáb

dom seg ter qua qui sex sáb

EX-PRESIDENTES LEON FEFFER (Z’l) - 1953 - 1959 | ISAAC FISCHER

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“A HEBRAICA” DE 1.000, PABX: 3818.8800

BRASILEIRA

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Primeira vela de Chanuká Oitava vela de Chanuká

Tu B’Shvat

SÃO PAULO RUA HUNGRIA,

(Z’l) - 1960 - 1963 | MAURÍCIO GRINBERG (Z’l) - 1964 - 1967 | JACOB KAUFFMAN (Z’l) - 1968 - 1969 | NAUM ROTENBERG 1970 - 1972 | 1976 - 1978 | BEIREL ZUKERMAN - 1973 1975 | HENRIQUE BOBROW (Z’l) - 1979 - 1981 | MARCOS ARBAITMAN - 1982 - 1984 | 1988 - 1990 | 1994 - 1996 | IRION JAKOBOWICZ (Z’l) - 1985 - 1987 | JACK LEON TERPINS 1991 - 1993 | SAMSÃO WOILER - 1997 - 1999 | HÉLIO BOBROW - 2000 - 2002 | ARTHUR ROTENBERG - 2003 - 2005 | 2009 - 2011 | PETER T. G. WEISS - 2006 - 2008 | ABRAMO DOUEK 2012-2014 | PRESIDENTE AVI GELBERG

VEJA NA PÁGINA 106 O CALENDÁRIO ANUAL 5776

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3814.4629 / 3815.9159 DUVALE@TERRA.COM.BR


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férias | por Magali Boguchwal

A COLÔNIA DE FÉRIAS MANTÉM PARCERIA COM O ATELIÊ HEBRAICA, QUE DESENVOLVE PROPOSTAS COM TRABALHOS MANUAIS QUE AGRADAM MENINOS E MENINAS

Vem chegando o verão… COM A CHEGADA DO VERÃO, PAIS E MÃES COMEÇAM A PENSAR EM COMO APROVEITAR AS HORAS DE ÓCIO DA GAROTADA. A HEBRAICA OFERECE UMA PROGRAMAÇÃO COMPLETA PARA TODOS OS GOSTOS E IDADES Escola de Esportes De 11 a 22 de janeiro, exceto finais de semana, crianças de 3 a 12 anos se divertem no clube das 8h30 às 17 horas em gincanas, oficina de artes, cinema e atividades aquáticas sempre sob a supervisão da equipe de professores da Escola de Esportes. Para as crianças de 3 a 6 anos há dois passeios previstos, um para o novo Parque da Mônica, no dia 14 e outro para o Parque Bichomania no dia 21. A turma de 7 a 12 anos vai para o Wet’n Wild no dia 13 e visita a Kidzania, no Shopping Eldorado, no dia 20. Inscrições abertas no Departamento Geral de Esportes, fone 3818-8912. Loucos por futebol De 19 a 22 de janeiro, a Escola de Esportes promove o Soccer Camp, uma experiência especial para crianças de 7 a 12 anos, na qual todas as horas passadas no Hotel Fazenda Santa Mônica, em Louvei-

ra, são ocupadas com as diferentes variações esportivas que envolvem bola e gol. Do futebol de campo ao pebolim e polo aquático uma verdadeira imersão no esporte sempre sob a supervisão dos professores da Escola de Esportes. Mais informações e inscrições no Departamento Geral de Esportes, fone 38188911. Centro Juvenil Hebraikeinu Crianças de 2 a 8 anos adoram a Colônia de Férias do Centro Juvenil Hebraikeinu, que em janeiro de 2016 será no período de 4 a 15 (exceto sábado e domingo) das 9 às 17 horas. Pais com crianças na faixa dos 2 anos podem optar por inscrever os filhos apenas no período de 9 às 13 horas. Mais informações e inscrições no Hebraikeinu, gone 3818-8867. Machané Kaitz (acampamento de verão) Coordenadores e madrichim do He-

braikeinu têm sido questionados sobre a Machané Kaitz, que acontecerá entre 16 e 23 de janeiro do próximo ano. As perguntas vão do tema à equipe de monitores designada para cada faixa etária. O mistério permanecerá até a hora do embarque para o Sítio Ranieri, em São Lourenço da Serra. Até lá, o que se pode fazer é inscrever as crianças e jovens de 7 a 17 anos e torcer para que o tempo passe voando. Mais informações e inscrições no Hebraikeinu, gone 3818-8867. Ateliê Hebraica O Ateliê oferece atividades de 18 a 22 de janeiro das 14 às 17 horas para crianças a partir de 2 anos. A cada dia, materiais e técnicas diferentes inspiram os pequenos a criarem objetos que unem arte e diversão. Informações e inscrições, fone 3818-8864, Espaço Bebê De 12 a 29 de janeiro, o Espaço Bebê promoverá oficinas para gestantes e para bebês até 2 anos. Mais detalhes, fone 3818-8711.


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capa | rèveillon | por Magali Boguchwal

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Música e esporte no romper do novo ano ENQUANTO UMA PARCELA DOS SÓCIOS

COMEMORA A CHEGADA DE 2016 COM UMA

GRANDE FESTA NA ESPLANADA, ATLETAS E FAMILIARES DEFENDEM AS CORES DO BRASIL NOS JOGOS MACABEUS PAN-AMERICANOS DO CHILE

oucas vezes, os sócios puderam festejar a chegada de um novo ano em volta da piscina. Somente nos anos 1990, em 2004 e agora, quando a vice-presidência Social e Cultural integrará a Esplanada e o parque aquático dando aos convidados um amplo lounge onde circular, saborear uma bebida ou simplesmente conversar longe da música. As mesas e a pista de danças ficarão na Esplanada, assim como a área destinada às crianças, facilidade que não existe em outros eventos de final do ano. “Vamos retirar, temporariamente, as grades que separam a Esplanada das piscinas e instalar uma rampa de acesso ao parque aquático. Isso agradará às famílias que gostam de “virar” o ano dançando e também aos sócios que preferem passar os primeiros minutos do novo ano só trocando ideias com os amigos em um lugar bonito”, comenta a vice-presidente Cultural e Social Mônica Tabacnik Hutzler. Ela acredita que a equipe de profissionais que trabalham com ela chegou a um meio termo entre a excessiva formalidade dos réveillons realizados no clube até 2010 e a fórmula despojada que movimentou a Praça Carmel nos últimos dois anos. “A Esplanada é um lugar charmoso, que possibilita inúmeras propostas para a decoração. Ali, a Banda Sun 7 vai divertir o público com uma seleção de músicas bem ao gosto de todas as faixas etárias e os quitutes escolhidos a partir do extenso cardápio do buffê Now MKT/N1 Soluções em Eventos vão repor as energias. De resto, a alegria fica por conta da boa companhia, do champanhe e dos fogos de artifício”, antecipa a vice-presidente. Além de música, ambientação e gastronomia, o Réveillon da Hebraica oferecerá uma área infantil, com brinquedos, atividades e monitores, de modo a que os adultos possam aproveitar a festa e, ao mesmo tempo, ter a família toda partilhando da chegada de mais um ano. A venda de convites para o Réveillon 2016 na Hebraica está na fase final, pois houve grande procura assim que os primeiros anúncios foram veiculados. “Sempre que estou em São Paulo nesta época, passo o Réveillon na Hebraica e este ano não será diferente. Eu, minha esposa e mais quatro amigos já garantimos nossa participação, como fazemos há cinquenta anos. O clube organiza uma bela festa, com todos os elementos para garantir diversão e horas agradáveis em boa companhia. É um ótimo jeito de começar o ano”, afirma Jayme Morgensztern, uma das centenas de sócios que vão prestigiar o Réveillon do clube. Réveillon 2016 Local: Esplanada e piscina – Data: 31/12 – Reservas: Central de Atendimento, fone 3818-8888/8889

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OS SÓCIOS VERÃO A EXPLOSÃO DOS FOGOS DE ARTIFÍCIO A PARTIR DA ESPLANADA


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capa | rèveillon

Réveillon macabeu no Chile... P

ara três centenas de sócios será impossível estar no Réveillon na Hebraica. Eles optaram pela participação como atletas ou torcedores nos XIII Jogos Macabeus Pan-Americanos que serão realizados em Santiago, no Chile. O torneio começa dia 27 e vai até 5 de janeiro de 2016. O Brasil estará representado em modalidades tradicionais como futsal (open e júnior), basquete (master, sub16), vôlei de praia, vôlei (open masculino e feminino e júnior) futebol (sub-18 e sub-16, +35, open, +45 e feminino). Nos esportes individuais haverá brasileiros nas quadras de tênis, piscinas e nos aparelhos de ginástica artística. Os Jogos Macabeus Pan-Americanos estão logo abaixo da Macabíada Mundial no esquema geral de eventos do movimento macabeu. Entre os 3.200 atletas esperados pela Confederação Latino Americana Macabi, parceira do Macabi Chile no evento deste ano, haverá israelenses, ingleses, canadenses, uruguaios, paraguaios, peruanos, cubanos, costa-riquenhos, venezuelanos e outros tantos representantes das comunidades judaicas. “A recente alta do valor do dólar no país desestimulou algumas famílias e algumas equipes não puderam se inscrever por falta do número mínimo de adversários”, é a explicação de Fábio Fischman, diretor do Macabi Brasil para o tamanho da delegação brasileira que embarca para Santiago. A expectativa em relação aos XIII Jogos Macabeus Pan-Americanos é

alta em razão da promessa dos dirigentes do Macabi Chile de organizar um evento ainda melhor do que o X Pan-Americano, que permanece na memória dos macabeus mais antigos como um dos melhores eventos desse tipo na história do movimento. “Os Jogos realizados naquele país em 2003 e os que o Brasil sediou, em 2011, tornaram-se parâmetros para os futuros eventos. Além dos esportes, o país-sede deve providenciar a infraestrutura de alimentação, transporte, lazer e até opões de turismo para as delegações do exterior”, descreve Fischman. No calendário do movimento macabeu, eventos como a Macabiada Mundial, os Jogos Europeus e os Pan-Americanos têm o mesmo peso que os congêneres olímpicos. Todos os participantes querem se sobressair, especialmente os atletas do país-sede. “Em novembro, a comunidade judaica do Chile participou como convidada dos XXI Jogos Macabeus Veteranos, realizados em Córdoba, na Argentina. O convite feito ao Brasil já é tradicional, mas os times de futebol + 45 e + 35 do chilenos fizeram da sua estreia uma preparação para o Pan”, informou Fábio. Os Jogos Veteranos tiveram a participação de 1.250 atletas, em sua maioria argentinos. “Trata-se de um torneio anual geralmente realizado em uma cidade litorânea, que reúne atletas da capital. Este, ano, em Córdoba, a maioria das equipes foi de comunidades do interior do país”, explicou Fischman.

A delegação brasileira foi composta por um time futebol e três equipes de tenistas, das quais duas voltaram campeãs. “Pela primeira vez, ficamos em primeiro lugar em duas chaves, depois de enfrentarmos tenistas de clubes tradicionais no esporte, como o Hacoaj de Buenos Aires, o Venado, o Barkojba e o Córdoba”, esses mantidos pela comunidade local, comemorou o diretor de tênis da Hebraica São Paulo, Fausto Brígido, já de volta às quadras da Hebraica. As competições esportivas dos próximos Jogos Macabeus Pan-Americanos serão realizadas no Estádio Israelita Macabi e em outros equipamentos municipais. Na agenda social estão previstas festas na piscina, sessões de dança folclórica, a confraternização de ano novo e grandiosas cerimônias de abertura e encerramento. “Os Jogos Macabeus Pan-Americanos estimulam a integração entre as comunidades e, como a Macabíada Mundial, ao logo do evento os atletas trocam uniformes, broches e flâmulas e os guardam como troféus. Além disso, é sempre emocionante desfilar com as cores do seu país na cerimônia de abertura de um evento macabeu”, resume Fischman, que deve entrar em campo com a camisa do Brasil no Pan do Chile. De malas prontas As atletas de vôlei da categoria infantil já têm programa para o Réveillon 2016: vão defender o Brasil em Santiago. Para isso, desde o início do semestre treinam intensamente e o coordenador da modalidade, Marcelo Dias, inscreveu-as no Torneio do Sindi-Clube para corrigir as falhas táticas e melhorar o condicionamento físico das jogadoras a cada partida. Para reforçar o time no Pan, as paulistas Clara M. Bialski, Rafaella Spatz, Nina M. Chaves, Letícia Stefaneli, Marcela P. Kalili, Nicole Salfatis Sadka, Priscila Hirscheimer, Júlia C. A. Medeiros contarão com a as ajuda das mineiras Letícia Barreto Geigner e Giovanna H. Abbes Scheinbein.

DELEGAÇÃO AUSTRALIANA NO DESFILE DE ABERTURA DO XII PAN-AMERICANO DE 2011, NO CREDICARD HALL

Dois troféus O tênis foi o esporte de maior destaque dos brasileiros nos XXI Jogos Macabeus Veteranos realizados em novembro em Córdoba, na Argentina. O time de futebol + 48 chegou às semifinais, enquanto duas entre as três equipes de tenistas venceram as chaves A e B. “Na chave A, a equipe formada por Isac Kremer, José Altona, Marcos Chusyd, Fausto Brígido, Isaque Rubin e Jacob Gridman e na chave B, Paulo Gordon, Moisés Tabah, Gerson Herszkowicz, Orlando Caetano, Andres Natezon e Izo Perlman superaram a rivalidade entre argentinos e brasileiros e tiveram o apoio da delegação para conquistar os títulos de campeãs. Depois do torneio, todos os atletas

se divertiram em atividades de lazer e excursões pela região”, relata Fauto Brígido, diretor de tênis na Hebraica. “O êxito da viagem a Córdoba se deve, também à atuação dos dirigentes da Confederação Brasileira Macabi, Sami Sztokfisz, Dório Feldman e Fábio Fischman, além dos coordenadores da equipe de tênis, Rose Moscovici e Sérgio Rymer”, completou o Brígido.


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cultural + social > teatro

“As Benevolentes”, no Arthur Rubinstein ULYSSES CRUZ É UM DOS DIRETORES MAIS CONHECIDOS DO TEATRO BRASILEIRO, DIRIGIU OBRAS DE SHAKESPEARE. AGORA ESTÁ NAS SUAS MÃOS AS BENEVOLENTES, QUE SERÁ ENCENADA POR THIAGO FRAGOSO PARA A ADAPTAÇÃO DE VALDEREZ CARDOSO GOMES NO TEATRO ARTHUR RUBINSTEIN

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hiago Fragoso, o bom moço Vinicius na novela “Babilônia”, da TV Globo, interpreta o personagem principal. Atuou em papeis diversos como o de Pery Ribeiro na minissérie “Dalva e Herivelto: uma canção de amor”; Foi Márcio Hayalla no remake de “O Astro” e o papel polêmico de Niko, em “Amor à Vida”. Volta com tudo para o palco na montagem dirigida por Ulysses Cruz. O texto é intercalado com projeções. Caetano Vilela assina a iluminação. A peça é baseada no romance do mesmo nome, do escritor judeu Jonathan Lit-

tell, lançado em 2006, best-seller na Europa e mais de setecentos mil exemplares vendidos na França, vencedor do Prêmio Goncourt e do Grande Prêmio da Academia Francesa. Na Alemanha, oitenta mil de uma tiragem de 120.000 estavam vendidos antes de chegarem às livrarias. O jornal Le Monde comparou-o a Guerra e Paz, de Tolstói. O personagem Maximilien Aue é um alemão de origem francesa e doutor em Direito. Recrutado para a SS, executa judeus, luta nas batalhas do front de Stalingrado e ajuda na organização dos cam-

pos de concentração até a derrocada final da Alemanha em 1944 e a tomada de Berlim pelos aliados. Aue é um intelectual altamente culto, aceita o papel de carrasco com frieza e distanciamento, escapa e passa a viver com nova identidade. Na velhice, sem qualquer sinal de arrependimento, resolve contar sua história. Cruz optou por montar somente o primeiro capítulo do romance, o “Toccata”. Jonathan Littell Filho do escritor de romances de espionagem Robert Littell, Jonathan é judeu, nascido em Nova York em 1967. Aos três anos, foi para a França e voltou aos Estados Unidos para a graduação em Letras na Universidade de Yale. Traduziu obras clássicas e contemporâneas do francês para o inglês. Militante da organização internacional Ação Contra a Fome, de 1994 a 2001, atuou na Bósnia, Congo, Serra Leoa, Ruanda, Afeganistão, Rússia e Tchetchênia onde foi emboscado por guerrilheiros e ficou ferido. Em 2007, recebeu a cidadania francesa por “ações meritórias que contribuíram para a glória da França”. Vive em Barcelona, Espanha.

“As Benevolentes” – Teatro Arthur Rubinstein – De 8 de janeiro a 28 de fevereiro de 2016 Sexta-feira às 21h30, sábado às 21h e domingo às 18h. Ingressos à venda na Central de Atendimento


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cultural + social > história

APRESENTAÇÃO DO RESTAURO E CONSTRUÇÃO DO MUSEU RECEBIDA COM ENTUSIASMO

A Hebraica vai ao Museu Judaico de São Paulo COMO A HEBRAICA É A PRIMEIRA INSTITUIÇÃO DA COMUNIDADE A PARTICIPAR DA CONSULTA DO PLANO MUSEOLÓGICO, SUA DIRETORIA E CONSELHEIROS VISITARAM AS OBRAS DO MUSEU JUDAICO DE SÃO PAULO

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presidente do Museu Judaico, Sérgio Simon, fez um breve relato do atual estágio das obras de restauro do antigo Templo Beth El, desde a avenida Nove de Julho até a rua Martinho Prado, e relatou as parcerias com seus congêneres, os museus de Jerusalém, Berlim, Nova York, Washington e outros para realizar exposições temporárias. Roberta Sundfeld, diretora do Museu, apresentou os planos museológico e expográfico, em desenvolvimento pela Expomus, empresa autora de vários projetos culturais nacionais e internacionais, e pelo escritório de Felipe Tassara e Daniela Thomas, para implantação a partir do final da obra. Depois de percorrer os quatro andares, o presidente da Hebraica Avi Gel-

berg, entusiasmado propôs somar o clube ao museu sugerindo, por exemplo, “palestras e exposições no clube antes da abertura do Museu para os sócios tomarem conhecimento desse maravilhoso trabalho que vocês desenvolvem aqui. E reforço como é importante o foco no público jovem de modo a que descubra suas origens”. A assessora da Presidência da Hebraica Mariza de Aizenstein, também membro do Conselho Jovem do Museu, ressaltou que a visita “possibilitou mostrar a um número maior de pessoas a importância deste patrimônio, reflexo do papel da comunidade na história da cidade e do Brasil”. O vice-presidente de Esportes, Fábio Topczewski, sugeriu “ligar a genealogia à rede de museus interna-

cionais, ampliando assim a conectividade”. O secretário estadual de Desenvolvimento Social e conselheiro do clube Floriano Pesaro dispôs-se a promover parcerias que resultem em maior contato com o Governo do Estado. O antigo e o novo se complementam Localizado na rua Martinho Prado esquina com Avanhandava, chegando à Avenida 9 de Julho, o MJSP faz parte do movimento de revitalização do centro de São Paulo e um entorno ligado à arte, próximo de marcos da vida cultural, a Biblioteca Mário de Andrade, teatros, etc. E será referência para a sociedade brasileira, segundo o presidente do Conselho, o ex-ministro Celso Lafer: “Pela qualidade da concepção, essa instituição preencherá uma lacuna na museologia brasileira, assegurando a memória da presença judaica em nosso país”.


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Direito das pessoas deficientes A oficina “Uma Vida Igual para Todos no Compasso do Cordel” passou por nove capitais e chega à Hebraica dia 16, das 9 às 13 horas. É uma iniciativa dos ministérios das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência para difundir a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, incorporada à legislação brasileira em 2009 e que pretende, por meio de arte, poesia e música, multiplicar formadores de opinião para combater o preconceito. A oficina terá palestra e a apresentação do tema em forma de literatura de cordel, cujo nome vem do tipo de poemas populares, orais e impressos em folhetos, expostos em cordas. O grupo Chaverim participará do encontro, cuja entrada é gratuita e a inscrição, antecipada, pelo e-mail cordelsp@libris.com.br

Bate-papo com Nannete “Estive frente à frente com a morte muitas vezes. Numa delas, um oficial apontou uma arma para mim e minha reação foi mostrar indiferença, pois estava desnutrida, pesando cerca de trinta quilos e ainda com muitas dúvidas sobre tudo o que acontecia. Hoje, estou aqui e acho que minha indiferença tirou o prazer dele em me matar”, disse Nannete Konig, 85 anos, no Teatro Arthur Rubinstein às dezenas de pessoas que foram conhecer seu livro Eu Sobrevivi ao Holocausto. O evento foi realizado pela Hebraica e Conib com mediação de José Luiz Goldfarb.

Professor de criação literária da Academia Internacional de Cinema, Evandro Affonso Ferreira recebeu o Prêmio Jabuti de melhor romance com o livro O Mendigo que Sabia de Cor os Adágios de Erasmo de Rotterdam. Ex-dono de sebo, o autor gosta de indicar bons livros que poucos conhecem. Para ele, a oficina literária é produtiva “quando podemos bater obstinados na tecla do incentivo à leitura”. Ferreira participou do encontro Aonde Vamos?, realizado pela Biblioteca, e foi aplaudido por quem leu ou ficou curioso em conhecer sua obra.

Arte inclusiva emociona “Uma tarde de domingo emocionante”, disseram os espectadores do espetáculo de dança, no Teatro Arthur Rubinstein, que marcou os vinte anos de existência do grupo Chaverim. O fio condutor do evento “Encontros” foi a inclusão e reuniu diversidade, criatividade e o talento dos participantes. O coreógrafo Gingi (Alberto Worcman) reuniu alunos dos colégios Alef, I. L. Peretz e Renascença, da Adere, da Associação de Balé de Cegos, dos idosos da Unibes, do grupo de capoeira da Associação de Assistência à Criança Deficiente (Aacd), do Movimentarte, do Chaverim, de dança árabe. Foi no mesmo palco que recebeu o Carmel da Hebraica e o internacionalmente premiado Ballet Stagium. A Orquestra de Violões do Lar das Crianças da CIP e o Coral da Hebraica, com a participação de Gabriel Sznelwar, completaram o espetáculo de diferentes unidos pela arte.

Prêmio Jabuti na Hebraica

Coral da Hebraica na Unibes A Unibes realizou na sede da rua Rodolfo Miranda, um encontro de corais, durante o qual o Gil Hazahav da Hebraica, regido por Paulina Spiewak, apresentou-se com os corais Encanta, da Congregação Monte Sinai, Sameach, da Congregação Israelita Paulista (CIP), Tradição, do Instituto Cultural Israelita Brasileiro (Icib), e os coralistas do Centro de Convivência e Infantil da Unibes.

Baile 60 para os 60 Este foi o nome da tarde animada por Luís Loy e Banda no Espaço Adolpho Bloch. Com apoio da Federação Israelita do Estado de São Paulo e Unibes, a Hebraica recebeu os grupos de terceira idade da comunidade para uma tarde dançante. Monitores e instrutores de dança acompanharam quem ia para a pista.

Direito brasileiro e direito talmúdico

cultural + social > curtas

A Câmara de Arbitragem e Mediação Integrada do Brasil (Camib) é a primeira no gênero a integrar o direito brasileiro e o código de direito talmúdico. Para exemplificar a convivência da experiência milenar judaica com a realidade civil brasileira, o ex-ministro do STF, Francisco Rezek, e o juiz rabínico Ehud Kvin, com mediação da advogada Beyla Fellous, debateram na Hebraica o tema “Arbitragem Transnacional: Alguns Aspectos Polêmicos”. A Camib atua nas áreas de herança, comercial, imobiliária, para casais e divórcio por meio de sentença arbitral ou mediação. A mediação, processo pelo qual se busca a solução de litígio com acordo consensual, foi apresentada por Rezek e Kvin e mostraram a validade das leis talmúdicas, da Mishná e do Shulchan Aruch reconhecidas formalmente pelo Estado brasileiro. (T. P. T.)

Arte e beneficência Artistas e arquitetos unidos pelas causas sociais e ambientais instalaram, no Salão Marc Chagall, a Green Art Show – Artes, Arquitetura e Design Sustentável, com curadoria de Alícia Cunto e Vera Simões. A bilheteria dos três dias foi destinada aos projetos Chaverim, Soroptimist e Ternura. Os artistas Bia Doria, Adina Worcman e Marcelo Neves doaram três obras ao grupo Chaverim, e cuja venda vai reverter em beneficio das suas atividades.

Theatro Municipal na Galeria A Galeria de Arte do clube recebeu uma mostra histórica representada pela série de painéis que contam como nasceu o Theatro Municipal de São Paulo, símbolo da aspiração cosmopolita da cidade no início do século 20. Os investimentos dos então chamados barões do café possibilitaram ao arquiteto Ramos de Azevedo idealizar a construção iniciada em 1903 e, em 1911, inaugurar a casa de espetáculos influenciada pela Ópera de Paris e considerada ousada para a época. Cenário da Semana de 22, pelo Theatro Municipal passaram importantes nomes da vida artística de todo mundo.


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coluna comunidade

Chevra Kadisha em novo endereço

A Associação Cemitério Israelita de São Paulo – Chevra Kadisha mudou-se para a rua Pedroso de Morais, 457, 5º. andar, cj. 501, em Pinheiros, fone 3329-7070. O custo operacional será menor e a localização, melhor. O antigo local, à rua Prates, no Bom Retiro, sede da instituição por sessenta anos, vai ser alugada.

HEBRAICA

por Tania Plapler Tarandach | imprensa@taran.com.br

Jornalistas reúnem 800 ouvintes

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erca de oitocentas pessoas assistiram aos jornalistas Henrique Cymerman e Ariel Palacios falar a respeito das crises no Oriente Médio e dos desafios para os judeus na América Latina. Eles foram convidados pelo Fundo Comunitário, Confederação Israelita do Brasil (Conib), Federação Israelita (Fisesp) e Hebraica. O encontro foi mediado por Ricardo Berkiensztat. Henrique Cymerman é um brilhante jornalista: foi o primeiro a entrevistar o papa Francisco, hoje seu amigo, na residência papal e o último a entrevistar o ministro Itzhak Rabin, 24 horas antes do seu assassinato. Sobre o movimento BDS: “O objetivo desse movimento não é lutar contra a ocupação na Cisjordânia, mas acabar com Israel. É ilegítimo, porque põe em dúvida a existência de um Estado legítimo, o que afasta a paz. Mesmo que Netaniahu não estivesse no governo ou não houvesse a ocupação na Cisjordânia, haveria BDS”. A cobertura dos conflitos na mídia: “A mídia brasileira comete os mesmos pecados que a europeia, só alguns anos

atrasada. Há uma tendência à superficialidade, ao uso de estereótipos, à luta do bem contra o mal. E isso vai demorar a mudar. Os correspondentes em Israel são mal preparados, confusos. Brasileiros de bom nível cultural são vítimas de ignorância, como certo cantor...” Nascido em Buenos Aires e criado no Brasil, Ariel Palacios é correspondente na Argentina de O Estado de S. Paulo e da Globo News. Falou acerca da investigação dos atentados à embaixada de Israel, à Amia e a morte do promotor Alberto Nisman, “com provas e testemunhas que já desapareceram”. Para Palacios, “há uma queda drástica do jornalismo no país, uma tendência colossal ao simplismo, como a comparação entre o PT e os Kirchner”.

Honra ao Mérito para Lottenberg

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o receber o “Colar de Honra ao Mérito Legislativo de São Paulo”, o presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Cláudio Lottenberg, falou da sua origem judaica e lembrou os pais, Cecília e Marcos Lottenberg (z’l). “Em nome da minha comunidade, da minha família e dos valores em que acredito, agradeço esta homenagem. Ela vem em um momento muito importante da minha vida e no contexto internacional. Fomos surpreendidos, nestes dias, com um episódio dos mais tristes. O que ocorreu na França acontece diariamente em Israel, um polo democrático, de incorporação tecnológica e referência mundial em apropriação de conhecimento. E é em nome de Israel que também trabalhamos, pois hoje o antissemitismo vem maquiado de anti-israelismo.” A iniciativa foi dos deputados Fernando Capez, presidente da Assembleia, e do delegado Olim, que discursou: “Em meus 23 anos na polícia, sentia uma alegria imensa cada vez que conseguia libertar um refém do cativeiro e entregá-lo com vida para a família. Eu tinha a sensação de que estava salvando vidas, e

é exatamente o que o dr. Cláudio faz todos os dias à frente deste grande hospital”. Presentes ao ato: os ex-governadores Alberto Goldman e Antônio Fleury Filho, o secretário do Desenvolvimento Social Floriano Pesaro, o ex-embaixador Celso Lafer, a diretora do Instituto Lula, Clara Ant, o apresentador João Doria, o presidente da Academia de Medicina, José Roberto Baratella, do Conselho Regional de Medicina, Bráulio Lima Filho, e a liderança comunitária. Coube a Cláudio Goldman cantar os hinos de Israel e do Brasil e a canção Yerushalaim Shel Zahav (“Jerusalém de Ouro”).

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COLUNA 1 A Associação Comercial e Industrial de Santo André e a Linotipo Digital lançaram o livro Moshe Baruch – uma Vida Singular, livro de Márcio Scansani. uma trajetória que superou três guerras. O experiente jornalista Carlos Brickmann aderiu ao blog. Chumbogordo.com. br é o endereço para conhecer os bastidores da política e muito mais. “Elevação Espiritual Pode Causar Depressão?” foi o tema tratado pelo rabino Shalom Ber Gourarie na sede de Na’amat Pioneiras São Paulo, encerrando o curso “Quem Sou Eu? A Visão da Cabalá”.

∂ Aprimorar o hebraico é a atual meta de Cláudio Goldman com as aulas on line da professora israelense Yona Gur.

“Uma experiência única”, definiu Daniela Heinemann após o Shabat na casa de Cláudia e Samuel Segal. a convite do Jewish IN. O Departamento Aviv, da Wizo, realizou o debate “Para Entender a Crise”, com Alexandre Schwartsman. Docente da Escola de Comunicações e Artes da USP e membro da Accademia Internazionale della Cerami di Ginevra, Norma Grinberg ganhou as páginas da La ceramica in Italia e nel mondo e na revista Ceramica da Espanha. Dinah Feldman narrou histórias durante a 9ª. Semana Ticket Cultura, evento realizado na Praça Victor Civita, Biblioteca de São Paulo e Biblioteca Parque Villa-Lobos. Fernando Brodeschi, do Comitê Escoteiro Mundial e vice-presidente para a América Latina do Fórum Internacional de Escoteiros Judeus, visitou o Avanhandava, único grupo escoteiro de denominação religiosa judaica da Região Escoteira de São Paulo.

∂ Grande público atendeu ao convite da Editora Humanitas e Livraria Cultura/ Iguatemi, para ouvir a história da família Eliaschewitz contada por Katia Lohn e que está no livro O Fio Invisível da Felicidade, escrito por Eugênio Benito Junior. Ruth Tarasantchi é a autora da elogiada capa.

∂ Na Câmara Municipal, a diretora de teatro Leslie Marko recebeu o prêmio Destaque Migrantes LatinoAmericanos em São Paulo por seu ativismo pelos Direitos Humanos, em que o teatro é o fio condutor na educação para a diversidade e o respeito ao outro.

De Israel, Argentina e de outros países, vieram todos presenciar o “sim” dito por Yamila Cabuli e Michel Grinbergas. A alegria dos jovens contagiou o ambiente. Trazer uma nova discussão para as organizações da sociedade civil, proposta de Michel Freller, Marcos Kisil e Célia Cruz nos Encontros Temáticos Neats-Núcleo de Estudos Avançados do Terceiro Setor da PUC.

Diplomata israelense no iFHC Especialista em política do Oriente Médio, e nas relações árabe-israelense e Estados Unidos/Israel, o diplomata e historiador Itamar Rabinovich foi ao Instituto Fernando Henrique Cardoso falar sobre ‘’Israel Frente a Conflitos Internos e Desafios Geopolíticos’’ a partir da Primeira Guerra Mundial. À mesa, FHC e o ex-embaixador Celso Lafer. Rabinovich foi embaixador de Israel em Washington e principal negociador com a Síria, de 1992 a 1996. É professor emérito de História do Oriente Médio na Universidade de Tel Aviv, professor da Universidade de Nova York, autor do livro Waging Peace: Israel and the Arabs, 1948-2003 e está escrevendo a biografia de Itzhak Rabin.

Na’amat tem nova direção

Em sua Taichá, no Pátio Higienópolis, Mônica Rennó e Mariana Schvartsman reúnem tudo para fazer do chá experiência inesquecível.

Durante o XX Kinus Artzi da Na’amat, com a presença de representantes de todos os centros nacionais, foi eleito e empossado o staff da organização para os próximos dois anos. Clarice S. Jozsef será a presidente de Na’amat Brasil a partir de janeiro de 2016, e a seção São Paulo será presidida por Leonor Szymonowicz. Myrian Mau Roth foi homenageada como presidente de Honra da entidade em nível nacional.

Participando do 2º. Festival Internacional de TV de São Paulo-Telas, na Faap: André Mifano, do canal GNT, no debate Gastronomia e TV; Esse Viver Ninguém me Tira, filme de Caco Ciocler, codireção de Alessandra Paiva.

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cultural + social > comunidade+coluna1

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Mitzvah Day faz a diferença

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m dia em que a comunidade se une para doar tempo e esforços no apoio a entidades beneficentes por meio da ação é a proposta do Mitzvah Day, realizado desde 2013 na Escola Beith Yaacov. Participaram dessa missão, alinhada a organizações em outros países além do

Fortuna fez programa especial na Rádio Cultura FM, 103.3 para comemorar o número 100 de “Todos os Cantos”, que ela dirige.

Reino Unido, onde foi concebida: Israel Shelanu (Fundo Comunitário), Wizo, Projeto Felicidade, Unibes, Hatzalá, Consulado Geral de Israel, Ten Yad, Lar das Crianças da CIP, Aldeia das Crianças SOS e Tucca – Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer.

Fundação Arymax completa 25 anos

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fundação Arymax comemorou 25 anos com um evento no Hotel Tivolli Mofarrej. A fundação apoia mais de 250 organizações, projetos em diferentes áreas e, mais recentemente, “canalizou seus esforços para formar uma rede de jovens líderes em suas vocações e desenvolver iniciativas de alto impacto social”, segundo a diretora executiva da entidade, Ruth Goldberg. O vice-presidente do Conselho da Fundação, Daniel Feffer, falou da expansão das ações da Arymax também para além da comunidade judaica. Junto com os Amigos Brasileiros da Universidade Hebraica de Jerusalém (UHJ), a Arymax convidou o professor emérito da UHJ, Hillel Schmid, que tratou das “Tendências do Investimento Social Privado e a Comunidade Judaica”, afirmando que “as instituições filantrópicas devem trabalhar além dos projetos comuns e pensar fora da caixa, para elaborar projetos visionários que atraiam cada vez mais doadores”. Nos dias seguintes, o professor cumpriu agenda extracomunitária ao participar de evento da Liga Solidária e do 4º. Fórum Brasileiro de Filantropos, organizado pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, mais a Charities Aid Foundation.

∂ São Paulo fica sem as delícias criadas pelo chef Arnon Grunkraut, de malas prontas para sua aliá. Israel ganha as delícias. “Faça uma Boa Escolha”, título da campanha da gelateria italiana Le Botteghe di Leonardo em parceria com a AmigoHAmigos Einstein da Oncologia e Hematologia. No Dia Nacional de Combate ao Câncer.

Continua a maratona de Márcio Pitliuk. Dessa vez, ele discorreu no Centro Cultural Israelita Knesset Israel a respeito de cem anos de emigração judaica do Leste Europeu. Em parceria com o Departamento de História da Arte da Unifesp, a antropóloga social Ilana Goldstein falou na Fundação Ema Klabin a respeito de “Outros Olhares: Processos Artísticos Pensados a Partir das Ciências Sociais”. Convidados pelo Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp, Ana Moser, Cristiane Arcangeli e Elie Horn contaram suas experiências no Congresso CJE Superação pelo Conhecimento.

Formado pelos joalheiros Ana Passos, Cláudia Kopelman, Eliane Roemer, Elka Freller e José Terra e Yone Pañella, o Atelier Dezoito levou suas joias exclusivas para a exposição Emoticon Heart, no Rio de Janeiro. Vencedor das competições de Clairmont e François Shapira, o violinista israelense Roy Shiloah veio ao Brasil para uma turnê pelo interior paulista apresentando “A Música Romântica de Brahms e Tchaikovsky” e acompanhado por Horácio Schaefer à viola e Roberto Ring ao violoncelo. Nossas Novas Palavras, é o livro com 42 textos de alunos do Ensino Fundamental II e Médio do Colégio I. L. Peretz Promovendo a rota Turquia/Israel, o Ministério do Turismo de Israel,

com Renata Cohen e Cléo Ickowicz, esteve presente no workshop da Turkish Airlines. Voluntários do Einstein e de AmigoH reuniram três mil pessoas para assistir, Roberto Carlos no palco do Espaço das Américas. Nota dez para Telma Sobolh e Ida Sztamfater. Assíduo na Sinagoga do clube, Wolfgang Fleischmann reuniu amigos em sessão de autógrafos. Em parceria com a jornalista Magali B. Roitman, lançou o livro Memórias de um Imigrante. Em Santo André, por indicação do presidente da Casa, Ronaldo de Castro, uma sessão solene na Câmara Municipal homenageou o assessor econômico do Consulado Geral de Israel em São Paulo, Allan Berkiensztat.

6º. Kleztival feito com garra

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esmo com pouca verba, Nicole e Edy Borger levaram adiante e concretizaram a sexta edição do Kleztival-Festival Internacional de Música Judaica apresentando-se em vários locais. Participaram Frank London, entusiasta da versão brasileira do festival, e músicos do Brasil, Argentina, Canadá e Estados Unidos. As pesquisas de Nicole em vários países sugerem novos focos, e o deste ano foi a tendência globalizada, fundindo temas tradicionais com harmonias, ritmos e instrumentações diversas, em um resultado aprovado pelo público. Além de estações do metrô, os músicos apresentaram-se no Sesc (Pompeia, Santana e Santos), na Fundação Ema Klabin, CIP, livrarias Cultura e da Vila, Espaço K, Faculdade Cantareira, USP, Circulo Macabi e a Hebraica, em São Paulo. No Rio de Janeiro, no Midrash Centro Cultural e Colégio Eliézer-Max.

Eu me amarro em Israel

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você? Israel precisa do meu, do seu, do apoio de todos nós, daí a campanha “Eu me amarro em Israel”. Sempre existe um motivo para se amarrar em Israel: arte, culinária, história, religião, tecnologia... A campanha começou no Keren Hayessod em Paris – Fil Bleu – e a diretora voluntária de marketing do Fundo Comunitário, Renée Kalmus, trouxe a ideia, aos voluntários e profissionais daqui. A Fox Comunicação é a agência responsável pela adaptação da campanha, acompanhada por Renata Chame, gerente de Marketing do FC.

Entre em www.fundocomunitario.org. br e se amarre também. Amarre o fio azul no seu pulso, tire uma foto e envie para o facebook/instagram com a hashtag #eumeamarroemisrael. Em Iom Haatzmaut 5776, será enviada ao Museu da Diáspora, em Tel Aviv. “Antes de tudo, somos judeus, estamos apoiando o povo de Israel”, disse, o presidente do FC, Cláudio Bobrow na abertura da campanha.

Lembrando Itzhak Rabin

Wizo Mundial completa 95 anos

parceria da Fisesp com Conib, Agência Judaica, CIP, Conselho Juvenil Judaico Sionista e as sinagogas Shalom e Beth El resultou em um ato de recordação ao ministro Itzhak Rabin (z’l). Participaram rabinos, shlichim e madrichim que cantaram Shir La Shalom, a mesma música entoada momentos antes de o ministro ser assassinado em praça pública em Tel Aviv. À frente, Revital Poleg, da Agência Judaica, Dario Teitelbaum, do Hashomer Hatzair, e o rabino Chovav, do Bnei Akiva, e a mediação do diretor da Conib, Sérgio Napchan, que destacou a “importância para a democracia, os israelenses e o povo judeu recordar os vinte anos da morte desse grande líder”.

presidente da Wizo Mundial, Rivka Lazovsky, foi recepcionada pelas chaverot de São Paulo em ritmo de festa. A sede, decorada em azul e branco, recebeu Fernando Lottenberg e Ricardo Berkiensztat, da Conib e Fisesp, e representantes de outras organizações. “Não importa onde vivamos, temos judaísmo no nosso coração, este é o destino que nos une”, disse Rivka, explicando que nasceu e foi criada dentro da Wizo, “está no meu DNA, não deixei um dia de ser voluntária desde os 16 anos, quando entrei na Organização”. Ao lado de Iza Mansur e Nava Politi, Rivka entregou o Diploma de Ouro da Wizo Mundial a Sulamita Tabacof, emocionada e surpresa com a homenagem. Shila Hara também recebeu o diploma e agradeceu, em nome do grupo Sílvia Hodara. >>

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cultural + social > comunidade Foto Eliana Assumpção

Mesmo no Brasil há um aumento da xenofobia com relação a haitianos, sírios, bolivianos. O papel da comunidade judaica, da Conib, é a construção de pontes para o diálogo”. A sala esteve lotada também para ouvir os outros palestrantes. A jornalista Eliane Cantanhêde e o cientista político Carlos Melo, professor do Insper, falaram de “Brasil. E Agora?”, abordando aspectos da economia, política e da situação dos refugiados. O secretário da Conib Rony Vainzof tratou de “Ética, Judaísmo e Redes Sociais”, valendo-se de trechos do Talmud e de filósofos, que os valores judaicos podem orientar o comportamento em algo tão atual como as redes sociais.

Convenção renovadora

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Confederação Israelita do Brasil (Conib) escolheu a Hebraica para receber representantes de quatorze federações e associações estaduais reunidos durante dois dias em sua 46ª. Convenção Anual. Pela primeira vez, foram convidados representantes da juventude e shlichim de movimentos juvenis, de acordo com o princípio “le dor vador”, a continuidade comunitária. Participaram o embaixador Reda Mansour, o cônsul Yoel Barnea, o cônsul-honorário de Israel no Rio de Janeiro Osias Wurman, o presidente do Congresso Judaico Latino-Americano Jack Terpins, o secretário de Estado do Desenvolvimento Social Floriano Pesaro. Convidado pelo dirigente da Conib Fernando Lottenberg, o presidente da Hebraica, Avi Gelberg, deu as boas-vindas aos convencionais e falou de sua satisfação em tê-los na “casa da comunidade”. Além dos assuntos da vida comunitária de cada representação, a Conib reuniu nomes destacados em diferentes setores, dando oportunidade à troca de opiniões e interação. O tema “Oriente Médio: Qual a Saída?”, com o jornalis-

ta Gustavo Chacra e o cientista político Guilherme Casarões, professor da FGV e ESPM, prendeu a atenção dos ouvintes, aumentada com os acontecimentos em Paris na noite anterior. Guga comparou França/Estados Unidos que podem motivar ataques: “Nos EUA, há mais liberdade religiosa e maior integração, também de muçulmanos que não se explodem. O choque com muçulmanos é específico da França. Aí há problemas para adaptar os imigrantes muçulmanos e também tem antissemitismo, que vem da direita e dos próprios muçulmanos”. Quanto ao Oriente Médio, há “um aspecto deixado meio de lado no Ocidente, é o wahhabismo saudita, ideologia fundamentalista que o país exporta e da qual se abastecem os radicais sunitas – EI, Boko Haram, Al-Qaeda. E já chegou ao Brasil”, alertou. Para Casarões, “a religião pode redesenhar os mapas e trazer irracionalidade à geopolítica, dificultando previsões sobre o futuro, importante para Israel”. E completou: “As lideranças de Israel e da Autoridade Palestina têm de se reinventar. Em Israel, falta vontade política e a AP é fraca perante a proliferação de radicais.

O jovem egípcio Haisam Hassanein veio de Israel. Ele cursa o mestrado em estudos do Oriente Médio na Universidade de Tel Aviv e foi escolhido o orador de sua turma. Com relação aos árabes-israelenses, foi taxativo: “Eles vivem melhor que qualquer grupo minoritário no mundo árabe”. Quanto a Israel, definiu como “uma democracia extraordinária para o Oriente Médio. Os judeus e as minorias coexistem, ainda que com percepções negativas mútuas. As crianças de cidades mistas, como Haifa, crescem com mais abertura em relação ao outro”. No sábado à noite, no Espaço Adolpho Bloch, os convencionais homenagearam o ministro do Superior Tribunal Federal Luiz Fux, primeiro judeu da corte. Fux destacou seu aprendizado da importância do trabalho comunitário: “Meu pai trabalhou no Lar dos Velhos e minha mãe, no Lar das Crianças”. E explicou que os valores judaicos estão presentes em seu trabalho diário: “O judaísmo é exigente com a postura humana, e o povo exige do juiz a mesma coisa. Ao colocar os tefilim, eles me fazem lembrar como deve atuar um juiz: um na cabeça, a razão; o outro apontado para o coração, a paixão”.


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1. Aplausos para Samuel Belk e seu Hebraica Meio-Dia só de música ídiche; 2. Allan Berkiensztat, Marcelo Schapô e Bernardo Rojz homenageados pela Câmara de Vereadores de Santo André; 3, 4 e 10. Kleztival aqui e ali: na Esplanada, no Teatro Arthur Rubinstein, no Metrô e muito mais; 5 e 7. Roberto Carlos cantou para três mil pessoas em prol do Einstein em Paraisópolis e AmigoH; 6. Hebraica leva três gerações em passeio ao Zoológico; 8 e 9. Sérgio Simon

1. e 3. O agradecimento de Cláudio Lottenberg e os abraços dos amigos na Assembleia Legislativa; 2, 4, 5, 6 e 7. Conib reúne Jack Terpins e o ministro Luiz Fux; Nancy Starobinas e Fernando Lottenberg receberam o secretário Floriano Pesaro e Celso Lafer; Ana Schwartzman e Ruth Goldberg; cônsul Yoel Barnea e embaixador Reda Mansour; Suzana e Osias Wurman, Ricardo Berkiensztat e Jack Terpins; 8. Praça Carmel: maestrina Sima Halpern acompanha Regis Karlik; 9. Empreendedoras de sucesso, Lina Wurzmann e Tamara Perlman conduziram a PARTE, feira de arte contemporânea; 10. Abrindo a Feira da Comunidade, equipe Na’amat Pioneiras e Hebraica

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e Fábio Topczewski; Rami Moscovic, Mariza de Ai-

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zenstein, Simon e Avi Gelberg na visita ao Museu Judaico de São Paulo

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1. Cleo Ickowicz e Ovadia Saadia conferiram o lançamento de A Vida é uma Festa, livro de Amaury Jr.; 2. Em noite da Go Where Luxo, Lígia Kogos; 3 e 4. Nos 25 anos da Arymax, Gilberto Meiches, Cláudio Bobrow e Eduardo Wurzmann; Jayme Blay, o anfitrião David Feffer e Marcos Lederman; 5. Regis recebeu Michel Freidenson e Marcelo Ghelfi na Praça Carmel; 6 e 7. Ana Iosif e Gaby Milevsky mais todos os amigos que brindaram a união de Yamila Cabuli e Michel Grinbergas; 8. Magali B. Roitman copilou as Memórias de um Imigrante, a vida de Wolfgang Fleischmann; 9. Tarde de autógrafos na Casa Guilherme de Almeida: o autor israelense Ronny Someck e Moacir Amâncio, o tradutor de Carta a Fernando Pessoa

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juventude > jovens sem fronteiras

Poesia que rima com cidadania A PARCERIA DE JOVENS SEM FRONTEIRAS (JSF) COM ARIMAX RESULTOU NO FESTIVAL SOCIAL “A PONTE”, QUE REALIZOU DEBATES, PERFORMANCES E LEITURAS DE POEMAS A RESPEITO DE ATIVISMO SOCIAL, EMPREENDEDORISMO E VALORES HUMANOS

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s palavras cultura, música, grafite, educação e soluções foram muito repetidas durante o festival social “A Ponte” promovido pelo Jovens Sem Fronteiras junto com a Fundação Arymax, mantida pela família Feffer, cujo patriarca foi o primeiro presidente da Hebraica. Os escritores Sérgio Vaz e Ferréz abriram o evento, falando para uma plateia que juntou assistentes e coordenadores de projetos sociais, profissionais do terceiro setor e jovens empreendedores ligados ao projeto Jovens Talentos da Arymax. “Iniciativas como esse encontro são muito importantes, mas vocês verão outra realidade quando ‘A Ponte’ for realizada em uma comunidade de periferia”, disse Ferréz, após contar sua trajetória

desde a infância desassistida até se tornar poeta profissional. “Hoje, quando me convidam para falar a uma classe de adolescentes com poucos recursos, eu recomendo a leitura e o estudo como forma de obter melhores postos de trabalho e assim melhorar a qualidade de vida”, continuou Ferréz. O programa do festival social prosseguiu em três locais do clube. No Espaço Adolpho Bloch coordenadores e dirigentes de ONG’s se revezaram em palestras curtas e conversas informais com o público. Thiago Vinícius, do Banco Sampaio, Ana Martins, da Organização não Governamental ColaboraMundo e Semayat Oliveira do grupo “Nós Mulheres da Periferia” foram muito questionados pelos jovens da plateia.

Um grupo de grafiteiros traduziu em imagens as ideias e exemplos citados nos debates. Pronto, os painéis foram exibidos no encerramento como uma síntese do festival. Nos debates, os participantes descobriam dificuldades em comum e trocaram preciosas informações a respeito de como superá-las. “Cinquenta minutos é muito pouco tempo para enumerar a burocracia que trava muitas iniciativas culturais e sociais”, disse Alexandra Gama, da Ong Baobá. Na prática, a teoria é outra Para além de teoria, o festival social “A Ponte” ofereceu exemplos práticos de iniciativas bem-sucedidas. Durante o evento as mulheres da comunidade do Capão Redondo forneceram as refeições e o Coletivo Galochas apresentou em forma de teatro uma representação das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores braçais no Brasil. Alguns temas foram tratados por meio da exibição de documentários e oficinas práticas, como a apresentada por dois adolescentes do projeto Jovens Talentos que criaram uma kombi que circula por comunidades carentes oferecendo a oportunidade de adultos manipularem brinquedos e se expressarem por intermédio deles. “É incrível como um adulto relaxa e se expressa quando em contato com brin-

quedos como uma corda de pular ou um algo com que brincou na infância. É o que acontece quando estacionamos a kombi e expomos os jogos num local da periferia”, relatou uma das idealizadoras do projeto, Marina Perlman. Ruth Goldberg, da Arimax, disse que “para nós, da Arimax, foi uma grande satisfação apoiar o festival ‘A Ponte’ do Jovens sem Fronteiras da Hebraica. Os nossos desejos e as nossas inquietações são muito similares. Por esta razão, todas as iniciativas bem estruturadas, com o forte propósito de criar espaços de reflexão e diálogo entre convergentes e divergentes receberão o nosso apoio. Queremos estimular a escuta apreciativa e construir um mundo melhor para todos. E isto foi o que mais assistimos naquele inesquecível fim de semana da Hebraica”. E no domingo, depois do encerramento oficial que reuniu todos no Espaço Adopho Bloch, palestrantes e ouvintes foram para A Casa, onde passaram várias horas ao microfone. Poemas inéditos e publicados, canções e até convites para conhecer seu local de trabalho ou a região da cidade onde mora. “A próxima edição de ‘A Ponte’ deveria ser no Capão Redondo, e vocês veriam como é possível organizar um encontro produtivo lá, onde as coisas realmente acontecem”, propôs Bruno Capão, em nome da sua comunidade. (M. B.)

PALESTRAS, OFICINAS E APRESENTAÇÕES FIZERAM PARTE DA PROGRAMAÇÃO DE “A PONTE” FESTIVAL SOCIAL


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1. e 2. Aula aberta de música da Escola Maternal e Infantil com os pais do Maternal 1; 3. Aprendizado de ciências no Museu Catavento; 4 e 5. Atividades com os pais na Expoliterarte; 6. Alunos da Escola Maternal em contato com a natureza na fazendinha

6. 5. 4. 1. Vinte uma jovens brilharam na cerimônia de maioridade religiosa; 2. O trabalho de Tânia Frenkiel, Joyce Szlak e Simone Benzinsky na preparação das alunas do curso de bat-mitzvá foi elogiado por muitas mães, que enviaram mensagens de agradecimento pela dedicação da equipe; 3. A bênção dos pais foi um dos momentos mais emocionantes da cerimônia; 4. O ritual das velas da havdalá separa o Shabat do início da semana que se inicia; 5. Durante o ano, as alunas desenvolveram ações relativas ao tema Am Israel Arevim Ze Laze (“O povo de Israel é responsável um pelo outro”); 6. Joyce Szlak tranquiliza as alunas minutos antes do início da cerimônia

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4. 1, 2, 3 e 5. As cinco sessões da peça Grupo Questão Conta Capitães da Areia lotaram e na última os jurados da Maratona Cultural da Acesc elogiaram o trabalho dos adolescentes; 4. Roberto Borenstein apresentou seu espetáculo Coquetel de Cenas para o júri da Acesc na área livre junto ao Espaço Adolpho Bloch; 6. Grupo Musical Trillili se apresentou no Teatro Anne Frank como parte do Festival

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Taiguarinha & Hebraica

6. 5.

1. Abertura de “A Ponte” Festival Social com Sérgio Vaz e Ferréz; 2. Coletivo de Galochas se apresentou na Esplanada; 3. Oficina da Kombi dos Jogos despertou lembranças nos participantes do festival; 4. O egípcio Hassan Hassanein contou, em palestra, sua experiência como aluno de doutorado no Espaço Adolpho Bloch; 5. Hebraica Business Forum traz empreendedores para trocar informações com sócios toda primeira quinta-feira do mês; 6. Alunos da vigésima turma do curso de líderes Meidá se emocionaram na cerimônia de formatura realizada no Centro de Juventude

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juventude > fotos e fatos 1.

1. Curso de maquiagem foi o segundo even-

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to especial do Projeto Meu Momento, promovido pelo Departamento de Danças; 2 e 3. Alunos dos Centro de Música Naomi Shemer apresentaram dois shows como encerramento das aulas de 2015; 4, 5 e 6. Dançarinas do grupo Ofakim comemoraram o trigésimo aniversário do grupo com um desfile de modas grife Santa Rainha

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es por tes


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esportes > polo aquático

Nova geração de craques O SEGUNDO LUGAR NO CAMPEONATO BRASILEIRO DE POLO AQUÁTICO SUB-13 MISTO ABRE CAMINHO PARA UMA NOVA GERAÇÃO

DE ATLETAS E MANTÉM A TRADIÇÃO DO CLUBE NA MODALIDADE

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I Campeonato Brasileiro de Polo Aquático sub-13 reuniu na piscina do clube equipes e torcidas da Hebraica, da Associação Bauruense de Desportes Aquáticos (Abda) e dos cariocas Tijuca Tênis Clube, Fluminense e Botafogo. O torneio foi realizado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (Cbda) e teve todo aparato técnico, a saber placar eletrônico, sistema de som e

árbitros profissionais. Os técnicos da Hebraica Daniel Cercols e Adriano Silva comemoram o título e o quarto lugar no Campeonato Paulista, cujo quadrangular final foi disputado na semana seguinte. “A evolução dos garotos desde a excursão à Espanha, em janeiro, tem sido incrível. Eles se dedicam muito e têm o apoio das famílias, o que é fundamental para alcançar esses re-

sultados em tão pouco tempo”, afirmou Adriano, que coordena a modalidade. As partidas finais do Paulista foram jogadas ainda sob o impacto do segundo lugar no campeonato brasileiro, na piscina do Sesi. “Os meninos venciam até os últimos minutos, quando um jogador do Paineiras fez um gol e garantiu o bronze para o adversário”, conta Carlos Finkelstein, pai de atleta e um dos três diretores do polo aquático. Para os atletas do sub-13, a inclusão na agenda competitiva de um torneio nacional colabora com o esforço para a fidelização à modalidade. Os jogadores do Tijuca e do Fluminense realizaram sua primeira competição fora do estado. Além dos técnicos, a torcida dos times cariocas incluiu muitos pais que os acompanharam e até uma avó, cujo entusiasmo a destacava entre os integrantes da comitiva.

Pais, mães e amigos do time de polo da Hebraica fizeram plantão na arquibancada, animando a torcida com bumbos e gritos de guerra. Um dos atletas que jogou no sub-19 conclamou os colegas a “darem uma força” para o sub-13, o que aumentou o coro a favor do clube nas partidas finais. O campeonato brasileiro começou numa quinta-feira à noite, com jogos sexta, sábado e a final domingo de manhã. “É a primeira vez que jogamos aqui na Hebraica e ficamos impressionados com a infraestrutura e a forma amigável que nos receberam. Certamente esperamos voltar no próximo ano”, afirmou Felipe Ferreira, técnico do Tijuca, time do artilheiro do campeonato,. “Os garotos do Abda, de Bauru, são melhores, seguem uma rotina de treinos bem mais puxada e conquistaram tanto o brasileiro quanto o paulista. O fato de os garotos da Hebraica se classificarem em segundo no brasileiro só aumenta o valor do esforço deles”, afirmou Adriano, que agora participa da articulação de um torneio pela Acesc.

AULA ABERTA DE POLO AQUÁTICO TEVE PARTICIPAÇÃO DE GAROTOS QUE ESTUDAM EM COLÉGIOS DA COMUNIDADE JUDAICA

EM 2015, A EQUIPE SUB-13 DO CLUBE CONSEGUIU BONS RESULTADOS NOS TORNEIOS PAULISTA E BRASILEIRO

ALEGRIA E UNIÃO NO MOMENTO DE RECEBER O TROFÉU DO VICE-CAMPEÃO DO I TORNEIO BRASILEIRO SUB-13

Mais atletas Ao se referir ao brasileiro sub-13, a página da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos mencionou o surgimento de novos talentos no polo aquático que vêm sendo revelados pelo trabalho desenvolvido pela Abda. Na Hebraica, a equipe técnica mantém uma escolinha de polo ligada aos programas da Escola de Esportes e percorre as escolas da comunidade para divulgar a modalidade e despertar o desejo em garotos que, de outra forma, não se encaminhariam para o polo aquático. Em outubro, alunos do Renascença e do Beit Yaacov participaram de aulas abertas junto com garotos que já praticam o polo. Além dos exercícios e atividades lúdicas, conheceram os atletas de categoria mais avançadas que iniciaram a carreira no clube. “Nosso time é quase todo formado por sócios, que além dos benefícios da prática esportiva, formam amizades e crescem nesse ambiente de disputa saudável que os ajudará a enfrentar problemas futuros”, completa Adriano.(M. B.)


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esportes > judô

Esporte e solidariedade CERCA DE 1.300 ATLETAS SE ENFRENTARAM NOS TATAMES INSTALADOS NA QUADRA DO CENTRO CÍVICO NA DISPUTA DA XIX COPA INTERESTADUAL DE JUDÔ. DELEGAÇÕES DE SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO, MINAS GERAIS, TOCANTINS, PARANÁ, MATO GROSSO DO SUL E ESPÍRITO SANTO ESCALARAM SEUS MELHORES ATLETAS

ALÉM DE INSCREVER OS MELHORES ATLETAS, OS CLUBES TAMBÉM DOARAM ALIMENTOS PARA ENTIDADES BENEFICENTES

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eguindo uma tradição do evento, a Hebraica abriu a décima nona edição da Copa Interestadual Hirosi Minakawa, com exibição dos alunos do pré-judô da Escola de Esportes. Em seguida, se iniciaram os combates entre as cinquenta entidades participantes das faixas etárias menores até as os veteranos. Para organizar o evento, Miriam e Edison Minakawa e jovens senseis (professores) e judocas da Hebraica contaram com a colaboração voluntária de árbitros e mesários e profissionais de outras áreas que se desdobraram para que o torneio atingisse as expectativas dos participantes. Desde a sua criação, a Copa Hirosi Minakawa se pauta pela pontualidade e respeito às tradições do judô e ao regulamento estipulado para o evento. Outra característica do torneio é o seu caráter beneficente, que mobiliza as comunidades ligadas aos clubes e academias na arrecadação de alimentos para serem divididos entre oito entidades envolvidas com trabalho social. Este ano, o volume arrecadado foi 4.637 quilos e a entidade que recebeu o troféu solidariedade este ano foi a Associação Nipo Brasileira da Vila Carrão, que reuniu 540 quilos de alimentos não perecíveis. Além da preocupação em ajudar outras instituições beneficentes, os judocas do clube encontraram mais duas fontes de arrecadação para a modalidade: a barraca de lanches no alto de uma das arquibancadas do Centro Cívico e a venda de camisetas do evento. Nos momentos finais, quando as últimas medalhas eram entregues aos judocas veteranos, os responsáveis das equipes de fora de São Paulo questionavam sobre a data da vigésima edição para começar os preparativos para quem sabe no próximo ano, levar o troféu Solidariedade.

Quatro judocas graduados Oscar Astrom, Alex Olímpio e Madson Gonçalves Oliveira exibem respeitosamente as suas faixas pretas, obtidas após rigoroso exame de graduação na Federação Paulista de Judô. Além deles, outro judoca faixa preta também se submeteu a exame e subiu um grau na hierarquia de conhecimentos do judô: Guilherme Minakawa entrou para o seleto grupo dos judocas do segundo dan. “É mais um degrau na minha formação como professor. Sinto que evoluí muito a partir dos cursos que realizei na preparação para o exame”, afirma Guilherme. “Na Hebraica, todos ajudam quando é necessário, mas para dar aulas, é indispensável ser faixa preta. Este ano, meu papel era de auxiliar nas aulas dos pequenos e depois de algumas semanas na atividade, descobri que gosto de ensinar. Por enquanto, a preferência vai para os treinos e competições, mas é muito bom ver as crianças se desenvolver e absorver os conceitos que transmitimos durante as aulas”, comentou. Já Astrom vê a faixa preta recém-conquistada como uma lembrança da sua trajetória de vida. “Cada pedacinho dela tem um pouco do meu suor e do trabalho que fiz para

chegar até ela”, comenta o jovem. “Eu comecei a lutar um pouco depois que meus amigos. Tinha 13 ou 14 anos e decidi acompanhar minha irmã, que já praticava judô na Unibes. Hoje tenho 18 anos, estou na faculdade e meu melhor amigo e vizinho, o Alex, está sempre comigo nas aulas, nos treinos e na classe. Então o judô já me deu muito, inclusive esta faixa aqui”, contou ao apontar o amigo, também recentemente graduado. “Quero ser um exemplo para eles e mostrar o quanto é importante começar e terminar algo. Agora que obtive a faixa preta, vou poder me dedicar a aquilo de que também gosto, que é interagir com os pequenos e continuar aqui na Hebraica, que, depois de tantos anos, já é minha segunda casa”, diz Alex. Aos 16 anos, Madson Gonçalves Oliveira partilha com Guilherme a preferência pelo judô competitivo. “A faixa preta faz de mim um exemplo para os mais novos, claro. Gosto de pensar que a lição mais importante que tenho a dar é a noção de todos podem chegar mais longe do que imaginam. É só olhar para mim e ver que vou longe”, brinca o judoca. (M. B)


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esportes > projeto ukemi

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Habilidades básicas A GRADE DE CURSOS LIVRES DO DEPARTAMENTO GERAL DE ESPORTES FOI AMPLIADA COM A CRIAÇÃO DO PROJETO UKEMI, DE TÉCNICAS E EXERCÍCIOS PARA

AJUDAR A PREVENIR QUEDAS OU MINIMIZAR OS FERIMENTOS, SE OCORREREM

or sugestão da sócia Lúcia Akerman, o Departamento Geral de Esportes propôs ao sensei Edison Minakawa o desafio de criar um curso de técnicas para prevenir quedas, especialmente entre pessoas acima dos 60 anos. “O pedido partiu do vice-presidente de esportes, Fábio Topczewski e do presidente Avi Gelberg. Depois de conversar com a Lúcia, concluíram que a Hebraica poderia prestar um serviço para a faixa de sócios com idade mais avançada e ajudá-los a evitar as quedas e as consequências dela, como imobilizações e interrupção de atividades”, explicou Edison. “Pesquisei o assunto e batizei o projeto de ukemi, que significa ‘cair e levantar’, em japonês. Reservei um horário para essas aulas e a Lúcia foi minha primeira aluna. Aos poucos, ela incorpora à sua rotina os movimentos e posturas para fortalecer os músculos e melhorar o nível de atenção e concentração”, completou. Para Lúcia, a criação do Projeto Ukemi atende a uma reivindicação antiga. “Há três anos, luto por um curso como esse no clube. Na época, constatei que muitas amigas e conhecidas caíam e se machucavam muito, e talvez houvesse um jeito de evitar essas quedas. A atual diretoria ouviu minha demanda e como levar o projeto adiante. Espero que o curso desperte o interesse dos sócios e, em breve, lote esta Sala de Judô de alunos”, afirma a aluna. (M. B.) As aulas do Projeto Ukemi são às terças e quintas, às 20h30, na Sala de Judô. Mais informações e inscrições no Departamento Geral de Esportes ou pelo telefone 3818-8912

SENSEI EDISON PESQUISOU MOVIMENTOS E EXERCÍCIOS PARA MELHORAR O EQUILÍBRIO E A CONCENTRAÇÃO DOS SÓCIOS DE TERCEIRA IDADE


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Xadrez iniciante

A Hebraica foi sede da VI Copa Futuro de Tênis Feminino da qual participaram 26 atletas de sete clubes e academias de São Paulo. Os destaques da equipe de sete atletas da Hebraica, foram Luíza Goldman (categoria 13 a 15 anos), que ficou em primeiro lugar e Carolina Galpern Wasserstein (10 a 12), que terminou o torneio em segundo lugar.

O colégio Santa Cruz realizou o I Torneio de Xadrez Interescolar Aberto, com 170 inscritos de 24 instituições, entre escolas e clubes esportivos. A Hebraica participou com cinco sócios enxadristas (Eduardo V. de Lacerda, Leo Lederman, Felipe Saruê, Rafael Kremer e Rafael Lintz), todos estreantes, e dez crianças que recebem aulas semanais na Hebraica por meio da parceria com a Unibes. Os xarás se destacaram em suas respectivas categorias: Kremer totalizou 3,5 pontos e ficou com a oitava colocação entre 35 atletas da categoria sub-12. Lintz somou 4 pontos em 5, terminando entre terceiro e oitavo lugar entre os 48 da categoria sub-8. Entre os alunos da Unibes, Jefferson Pereira foi o nono na categoria sub-12.

A terceira edição do Interkids, amistoso para tenistas entre 5 e 9 anos, aproximou os pequenos tenistas da Hebraica dos seus colegas do Monte Líbano e do Corinthians num evento com 52 crianças e 96 jogos capazes de antecipar o potencial esportivo da próxima geração de esportistas da modalidade.

Torneio estadual

A equipe sub-12/13 da Hebraica venceu a Copa Acesc 2015 de Futebol de Campo ao derrotar o time do Esporte Clube Pinheiros por 2 a 1, gols de André Rays e Felipe Blasbalg. Na semifinal, os garotos do São Paulo FC perderam graças ao gol de Oscar Teiman no último minuto da prorrogação. ∂

Handebol universitário

Ouro no Master A Hebraica venceu Campeonato Paulista de Natação Master na categoria até vinte nadadores. O evento foi realizado no parque aquático do Esporte Clube Pinheiros e os dezoito atletas obtiveram oito medalhas de ouro, nove de prata e nove de bronze.

Ginástica de trampolim O técnico de ginástica de trampolim, Fábio Ferreira Zuin, foi convidado para comentar as provas dessa modalidade durante a Olimpíada Rio 2016 pela ESPN Brasil. A incumbência reflete os resultados do trabalho de Zuin na Hebraica, onde os atletas que orienta conquistaram títulos paulista e brasileiro e participaram dos mundiais 2010 e 2014.

Campeões da Acesc

Circuito Lúdico Personagens, cenários e slogans dos principais programas infantis da tevê enfeitaram a quadra do Centro Cívico em mais um Circuito Lúdico. Desta vez o tema foi “No Mundo da TV”, evento da Escola de Esportes que juntou pais e filhos em brincadeiras e desafios que exigiram esforço físico e trabalho em grupo. Além de se divertirem juntas, as famílias foram informadas a respeito das inscrições para 2016 e as opções da escola para as férias de janeiro.

Dez atletas da Hebraica - três nadadoras e sete nadadores – participaram, em Santos, na sede da Unisanta, do Campeonato Paulista Júnior e Senior de Verão, com 43 clubes. A Hebraica terminou em décimo primeiro lugar na contagem geral de pontos, em nono na categoria junior e em décimo segundo na Júnior 2.

Atletas de 10 a 16 anos do Estado de São Paulo participaram do I Hebraica Aberto de Tênis e deu visibilidade aos campeões Bruno Rosenblit (Cat. 14MP2), Theo Szprynger e para o vice Daniel Coronho (Cat. 10ME2). Com bom desempenho, Oscar Teiman (Cat. 12ME1). Sean Naiman (Cat. 16MP1) e Beni Kracochansky (Cat. 14 MP2) chegaram até as partidas semifinais.

Torneios de verão

Clínica internacional

Gabe Jamillo, o técnico americano de tênis que treinou os campeões Maria Sharapova, Mônica Selles e André Agassi, ministrou uma clínica para atletas da Hebraica e, junto com um grupo de professores do Club Med Academies, transmitiram noções teóricas, fizeram demonstrações práticas e, depois, reuniram-se com pais interessados em acelerar a carreira esportiva dos filhos enviando-os para uma temporada de treinamentos com Gabe.

III Interkids

Tênis feminino

esportes > curtas

Os tradicionais Jogos Universitários Brasileiros (JUB’s) movimentaram a cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Os atletas da Hebraica, Felipe Carbone, Ettore Reis, Guilherme Leonel e Wagner Tenório, orientados pelo técnico Álvaro Herdeiro, integraram a equipe da Unip, representaram o Estado de São Paulo e conquistaram o título dessa modalidade. Segundo Herdeiro, “três ex-atletas da Hebraica se entrosaram com os nossos quatro, o que ajudou muito nas cinco vitórias que nos levaram ao título. O JUB’s é o ápice da carreira dos jogadores de handebol no país. Dali, o passo seguinte é buscar uma convocação para a seleção brasileira universitária, que disputará o mundial universitário em 2016, na Espanha”, afirmou o técnico, já em São Paulo.

Futebol de salão A Hebraica classificou-se na série ouro em todas as categorias da primeira fase do Campeonato Paulista Interclubes de Futsal que terminou em outubro. No fechamento desta edição disputava as semifinais com chance conquistar o troféu geral da competição. A equipe sub-9 terminou em primeiro lugar entre oito equipes e disputou a semifinal contra o Clube Sete de Setembro. O sub-11 antevia a possibilidade de se tornar tetracampeão se vencesse o Clube Esportivo da Penha e o adversário da final. Já o sub-13 conseguiu espetacular recuperação no segundo semestre e chegou à semifinal contra o Alphaville Tênis Clube. Na semifinal, a associação dos Oficiais da Polícia Militar (Aopm) era o adversário do time sub-15 (resultados na próxima edição).

Triangular de basquete A Hebraica ganhou mais um título de campeã porque venceu o Torneio Acesc de Basquete e enfrentando as equipes do Clube Athlético Paulistano e Alphavile Tênis Clube.

Agenda O Fit Center divulgou a agenda de treinos especiais de final de ano. No dia 9, das 7 às 8h30, e dia 11, das 8 às 9h30, haverá aulas de dança do ventre. Dia 10 a professora Thaís comandará um supertreino das 8 às 9 horas, e das 9 às 10 horas na Pista de Atletismo. Dia 13, haverá maratona de step das 10h35 às 12 horas no Fit Center. Dia 13, das 10h15 às 11h45, os alunos de bike class participarão de uma aula especial ambientada nos anos 1980. (M. B.)


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magazine > tecnologia | por Ariel Finguerman, no Instituto Volcani

Tirando leite de pedra O CORRESPONDENTE DA REVISTA HEBRAICA VISITOU O INSTITUTO

TECNOLÓGICO QUE FEZ DAS SUAS VACAS AS MAIORES PRODUTORAS DE LEITE DO MUNDO, COM DOZE TONELADAS INDIVIDUAIS POR ANO

NAAMA ROSENBERG MOSTRA UMA DAS CAMPEÃS DE PRODUÇÃO DE LEITE

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egundo recente reportagem da agência de notícias Reuters, a mais respeitada do mundo, “as vacas leiteiras israelenses são as mais produtivas do mundo”. Como foi possível a um país semi-árido desbancar os Alpes, com seu clima montanhoso, como líder mundial no setor? A resposta é o Instituto Volcani, o maior centro de tecnologia agrícola israelense. Localizado perto de Tel Aviv, o Volcani parece um campus de universidade. Diversos edifícios, cada um especializado numa área da agricultura e pecuária, estão espalhados por uma grande área, onde Israel investe 4,3% do seu PIB em pesquisas, mais que o dobro da média dos países desenvolvidos. “A maior parte de nossos avanços tecnológicos saem do Volcani”, diz a porta-voz do instituto, Naama Rosenberg, à revista Hebraica. O êxito de Israel na produção leiteira é impressionante. Quando o país foi fundado, cada vaca produzia quatro toneladas de leite por ano. Hoje, produz doze toneladas, um recorde mundial. Nos EUA, dez toneladas. Um dos fundamentos deste sucesso está no desenvolvimento de uma raça de vacas própria, resultado do cruzamento de animais holandeses com locais. Hoje, existem 120.000 vacas leiteiras no país, quase todas inseminadas por apenas cinco touros. Outra razão do sucesso israelense nesta área está no fato de que o Instituto Volcani pode ter lucro, mesmo sendo estatal. “Não atuamos apenas pelo lucro, pois temos metas de interesse público. Mas a pecuária é um negócio como outro qualquer num mercado aberto mundial, e competimos com outras empresas, mesmo israelenses”, diz a porta-voz. E em matéria de competição internacional, Israel lidera. No mercado mundial de leite, em torno de 850 milhões de dólares anuais, a parte de Israel é de 110 milhões. Uma firma israelense, a Afimilk, está construindo no Vietnã um estábulo de duzentos milhões de dólares, que, pronto, vai produzir a metade do leite do país. Segundo a ONU, até 2050 o consumo de leite no mundo deverá cres-

BARAK SALTI

cer 50%. Não foi por outra razão, aliás, que, no início do ano, a gigante chinesa Bright Food pagou 1,1 bilhão de dólares pela Tnuva, maior empresa de produção de leite de Israel. No jantar, refeição à base de leite A relação de amor entre o israelense e o laticínio faz parte da cultura judaica. “Nós gostamos de leite, e isto vem também pela kashrut”, explica a porta-voz. Com a proibição religiosa de misturar carne com laticínios, o israelense se acostumou a ter refeições completas baseadas em leite. Além disso, culturalmente, não se come carne no jantar, com preferência para refeições leves. O sucesso das vacas leiteiras de Israel é a felicidade. “Você quer ter uma vaca produtiva? Então, deixe-a contente, esta é a Lei da Vaca Feliz”, explica a porta-voz Naama, enquanto acompanha a reportagem da Hebraica num passeio pelo refet (estábulo) experimental do Instituto Volcani. O desafio aqui é como fazer felizes animais com origem nos frios e montanhosos Alpes, transportados para um país de baixa altitude e quente. A solução foi banhar as vacas cinco vezes ao dia, antes de tirar o leite. A adaptação foi tão exitosa que, atualmente, um dos mais produtivos estábulos de Israel está no kibutz Yotvata, no deserto do Negev, perto de Eilat. No estábulo do Volcani, cada uma das 170 vacas recebeu um GPS, que monitora onde gostam de passear. Os dados são todos reunidos e analisados no computador. O mesmo sensor também permite a cada animal se alimentar unicamente em sua exata manjedoura, aberta automaticamente quando se aproxima. Assim há um controle rigoroso da alimentação e do peso. “O refet é a rainha do império pecuário israelense”, conclui a porta-voz. Até há pouco tempo, o leite produzido no estábulo era analisado à base de coleta e enviada a laboratórios que demoravam >>

TEM FORMAÇÃO EM ECONOMIA


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magazine > tecnologia

VISTA DO INSTITUTO VOLCANI

>> dois dias para emitir resultados. Hoje isto mudou radicalmente e o leite é analisado em tempo real, assim que é coletado, de modo a se poder detectar imediatamente inflamações nos animais, por exemplo. Mas o cuidado na seleção vai além dos animais. Os funcionários que trabalham com as vacas também são muito preparados. Como Barak Salti, a quem conheci no refet, coberto com longas botas de borracha para protegê-lo do esterco e a roupa encharcada da água de banho das vacas. Salti é economista e vive na vizinha Rishon Le-Tzion. Aqui no estábulo, é o responsável pelo contato diário com os animais. Salti aponta para um enorme ventilador, no centro do estábulo, uma das mais recentes tecnologias instaladas aqui. “No passado nós acionávamos o ventilador, mas agora um controle automático ligado a um sensor da temperatura ambiente faz isso. Se hoje fez mais calor, o ventilador vai girar mais rapidamente, para tornar o ambiente mais agradável às vacas”, explica. O leite produzido pelas 170 vacas do estábulo é recolhido três vezes ao dia e após as devidas medições, é vendido comercialmente para sustentar os custos fixos do refet. Este cuidado com as contas do cotidiano não ofusca o objetivo maior, no futuro. “Nosso próximo passo será desenvolver tecnologia para separar cada vaca de acordo com o teor de gordura específico do leite que sai de seu corpo. Assim seremos capazes de classificá-las de acordo com a porcentagem que iremos exibir na caixinha ao consumidor”, diz a porta-voz Naama.

De olho nos chineses e palestinos O Instituto Volcani foi a primeira instituição científica criada na então Palestina sob domínio inglês. Seu fundador, Yitzhak Volcani, colocou em prática a visão do líder sionista Chaim Weizmann, segundo a qual desenvolver a agricultura no país era uma necessidade vital. Hoje, a estatal atua no mercado internacional, especialmente na China, e em países europeus como a Alemanha. Em razão da explosão no consumo de leite e derivados por chineses e indianos, o consumo mundial neste setor subiu 32% desde o ano 2000. O Volcani também promove parcerias com palestinos e jordanianos, especialmente no ensino de tecnologia na colheita de azeitonas por exemplo. É uma operação discreta para não fazer estardalhaço na mídia árabe anti-israelense. Recentemente o instituto recebeu uma delegação de vinte palestinos que foram aprender como preservar as azeitonas após a colheita.

Com a proibição religiosa de misturar carne com laticínios, o israelense se acostumou a ter refeições completas baseadas em leite. Além disso, culturalmente, não se come carne no jantar, com preferência para refeições leves


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por Ariel Finguerman | ariel_finguerman@yahoo.com

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Foi batido o recorde do contrato de aluguel mais caro na história de Israel. Um milionário russo, que mora apenas parte do tempo no Estado judeu, vai pagar U$ 45 mil mensais por um apartamento na Torre Remez, à rua Arlozoroff, Tel Aviv. O apê tem 320 metros quadrados, seis suítes para a família e mais uma para visitantes, com entrada própria. O negócio foi intermediado pelo departamento imobiliário da Sotheby’s. Não houve desconto no contrato de seis meses entre o milionário, anônimo, e o proprietário, israelense que vive na Europa e enriqueceu no setor imobiliário.

Avi Capone Eles chegam sem bater na porta, servem-se gratuitamente dos produtos na prateleira e espalham terror entre os comerciantes. Reportagem do jornal Haaretz calculou em 500 milhões de dólares o total de pedágio que os mafiosos israelenses cobram mensalmente, a título de “proteção”, principalmente das pequenas empresas, Os principais alvos são salões de beleza, minimercados e casas noturnas, calculados em “milhares” em todo o país, extorquidos em cerca de seiscentos dólares cada. Isto sem falar nas empresas de construção civil, “visitadas” por “seguranças” que exigem milhares de dólares para o material simplesmente não desaparecer.

Muita coragem Acaba de chegar a Israel os serviços de internet da gigante chinesa de móveis, Chinabuy. Por meio de simples cliques, é possível encomendar sofás, camas e salas completas. Em 45 dias úteis, segundo o site, os móveis estarão na porta do consumidor israelense, com garantia de um ano. Detalhe: até desempacotá-lo não dá para saber realmente a qualidade do produto. Por isso, os produtos podem ser devolvidos em até quatorze dias, sem custo. Uma cama de casal custa R$ 2.500,00 e um sofá de couro, R$ 4.100,00. Sei não, mas pelo que conheço do chinês e do israelense, vai sair farpa para tudo que é lado.

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Quem diria Israel ficou em 16º lugar na lista dos países que mais torram seus orçamentos em armamentos. Mas, surpresa, o Estado judeu ficou atrás do Brasil, o 12º na lista do instituto norte-americano IHS. Disparados, os EUA lideram com U$ 569 bilhões, bem à frente da China, segunda colocada, U$ 190 bilhões. Israel gasta U$ 15 bilhões, mais que Espanha e Holanda. Nenhum país árabe do Oriente Médio gasta tanto quanto nós aqui – os Emirados Árabes estão em 17º lugar e o Iraque, em 25º. Mas a muçulmana Turquia “ganhou” porque gasta U$ 300 milhões a mais.

Cérebros de ouro Se tudo der certo, este ano a indústria hightech de Israel baterá novo recorde, atraindo U$ 4,4 bilhões de investimentos. Ainda no terceiro trimestre deste ano, a arrecadação das start-ups locais foi maior que 2014 inteiro. O crescimento do setor é admirável: há seis anos os investimentos nas empresas de tecnologia israelenses foram de “apenas” U$ 1,1 bilhão. Analistas dizem que nos próximos anos o Estado judeu pode crescer ainda bem mais, num mercado gigantesco em que somente as empresas Uber e Airbnb levantaram U$ 50 bilhões de investimentos.

PIB em meio a facadas Mesmo em plena “guerra de facadas” com os palestinos, o governo anunciou que, este ano, a economia do Estado judeu vai crescer 2,5% do PIB. Mas não pensem que o pessoal daqui ficou contente. O resultado é visto com desconfiança, como “o segundo ano consecutivo com crescimento menor que 3%”. Em 2014, o aumento do PIB foi de “apenas” 2,6%. A expectativa do Banco Central, em Jerusalém, é de que, em 2016, o crescimento atinja 3,7%. O otimismo devese ao impacto do uso crescente do gás natural descoberto ao largo de Haifa e ao contínuo investimento externo.

Venceremos A mais recente onda de terror não conseguiu parar a robusta economia de Israel, que manteve a nota de crédito A1, reafirmada pela agência Moody’s. Apesar de alertar para algum “ferimento” futuro no crédito internacional como consequência das facadas árabes, a Moody’s elogiou a estabilidade do país: “O crescimento econômico israelense na última década ultrapassou o da maioria das economias industriais mais avançadas do mundo, apoiada num competitivo setor de exportação high-tech, gasto substancial em pesquisa e em mão-de-obra bem qualificada”.

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Para muito poucos

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Asfalto quente Muito mais gente morre nas estradas de Israel vítimas de acidentes do que de atentados terroristas. De janeiro a outubro, foram 319 mortes. Em 2013, 296. Apesar da tristeza de amigos e familiares, este número está nos padrões da Oecd, o grupinho dos países desenvolvidos do mundo, de que Israel faz parte. Segundo o relatório da Oecd, desde 2000, o número de vítimas fatais nas estradas de Israel caiu 39%. A melhoria das estradas israelenses também respondeu pela queda histórica nas mortes – em 1974, morreram 704 israelenses em acidentes. Tudo indica que o governo poderá cumprir a meta de chegar a 2020 com, no máximo, 240 vítimas anuais.

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Para esquecer O jornal Yedioth Achronot deu uma boa dica para enfrentar a crise de violência no país – um drinque nos vários cocktailbars abertos recentemente pelo país. Os melhores, claro, estão em Tel Aviv. No topo da lista, o Bar 223 (Alameda Dizengoff, 223), cujo barman é o melhor do país e segundo colocado num campeonato mundial, em Cape Town, neste ano. Depois, o Bar Imperial (Rua Ha-Yarkon, 66), decorado como nos tempos do império britânico e na 17ª colocação entre os melhores do gênero em todo mundo. Já em Jerusalém, o point é o Gatsby Ha-Gadol (Rua Hilel, 18), decorado com a nostalgia dos EUA nos anos 20 e 30, e o melhor bar da capital.

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Reforma das facadas

Mesmo sob meus mais vigorosos protestos, minha mulher decidiu mandar reformar na nossa varanda. O começo da obra coincidiu com o início da onda de terror que assola Israel, incluindo um ataque a faca na cidade onde moramos, Raanana, perpetrado por um árabe-israelense que trabalhava no hospital local. Logo no primeiro dia de trabalho, junto com o mestre-de-obras judeu israelense que contratamos, chegaram dois trabalhadores árabes. Perguntei ao mestre a respeito da identidade dos dois: “um é árabe-israelense, o outro, palestino”. Convidei-o para um cafezinho, para esclarecer as coisas. Mesmo vivendo há quinze anos no país não sabia que judeus não gostam de trabalhar na construção civil, porque é um trabalho pesado e sob sol inclemente e salário baixo. Por isso, as grandes construtoras do país importam trabalhadores especializados da China e Turquia para suas obras. Já nos serviços de reforma e pequenas construções Israel afora, prestam serviço os palestinos e árabes-israelenses. E são bons artífices. O palestino que trabalha na minha casa tem permissão emitida pelo Shin Bet para entrar diariamente no país, vindo da Cisjordânia. A condição é que tenha ficha limpa e filhos, para pensar duas vezes antes de fazer sujeira por aqui. Confesso, passamos um período tenso, com pensamentos malucos. Mas foi um banho de realidade e a confirmação: os dois povos aqui vivem juntos e qualquer proposta de acordo precisa considerar isto.


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Menina de ouro

Com a supermodelo Bar Rafaeli como garota-propaganda, a fabricante de óculos de sol israelense Carolina Lemke prepara-se para conquistar o mundo. Ou, pelo menos a rua Oxford, capital do consumo em Londres, onde a empresa irá abrir duas lojas. A ideia veio após o sucesso estrondoso da filial na Alameda Rambla, em Barcelona, em que as vendas chegaram a U$ 250 mil por mês no verão. A empresa existe há apenas dois anos, mas conquistou Israel ao misturar design arrojado com preços módicos, em mais de sessenta lojas espalhadas pelo país. A espertinha Bar Rafaeli vai inaugurar pessoalmente as lojas londrinas, e tem 5% do negócio.

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Caetano e Roger Waters Leio o texto de duas páginas de Caetano Veloso no caderno cultural da Folha, a “Ilustríssima”, do início de novembro, com direito à chamada na primeira página do jornal, com as reflexões do cantor a respeito de recente visita a Israel. Como sabem, o show dele e Gilberto Gil foi marcado pelas constantes pressões para aderir ao movimento de boicote cultural contra Israel, e cancelá-lo, o que corajosamente, diga-se, não o fez. O texto revela que, talvez a contragosto, Caetano pesquisou acerca do tema palestinoisraelense. No entanto, o final do artigo é deprimente: “Gosto de Israel fisicamente, Tel Aviv é um lugar meu, de que tenho saudade, quase como tenho da Bahia, Mas acho que nunca mais voltarei lá”. A atenção mundial que Caetano e Gil provocaram, e especialmente nos jornais brasileiros, não estava nos planos da dupla. A maioria dos artistas circula em um meio liberal-esquerdista e poucos conseguem resistir ao senso comum que o domina. E, neste meio, especialmente na Europa e no Terceiro Mundo, a imagem de Israel está bem arranhada. O melhor, provavelmente pensa Caetano, é não entrar de novo numa “fria” destas. De todo modo, escreveu um “acho” no texto, para, sabiamente, deixar a porta aberta. Somando tudo, ponto para Roger Waters, que comanda o movimento de boicote a Israel no mundo pop. Pouco importam as contradições deste movimento de boicote: o Waters critica Israel é o mesmo que não exclui das suas turnês mundiais a Rússia e a Turquia, países com ficha suja quando se trata de direitos humanos; os liberais israelenses, que mais gostam deste tipo de show por aqui, são naturalmente a favor dos palestinos, enquanto que os direitistas, seus opostos, desconhecem quem seja Caetano; o movimento de boicote juntou no mesmo balaio radicais stalinistas e islamistas. Eu, pessoalmente, sentirei a falta de Caetano por aqui. E de Roger Waters no meu ipod – o meu encanto com Pink Floyd se tornou apenas nostalgia da adolescência. Afinal, não dá mais para curtir este som numa boa.


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magazine > terrorismo | por João Paulo Moralez

Os brasileiros do sequestro em Entebe UM JORNALISTA BRASILEIRO SAI EM BUSCA DE UM RABINO E UM ANTIGO MILITAR DAS FORÇAS DE DEFESA DE ISRAEL ENVOLVIDOS NUMA OUSADA OPERAÇÃO DE RESGATE, NA QUAL MORREU YONATHAN, IRMÃO DO PREMIÊ BINIAMIM NETANIAHU

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m 4 de julho de 1976, enquanto os Estados Unidos comemoravam mais um Dia da Independência, no Aeroporto Internacional de Entebe, em Kampala (Uganda), o governo israelense executava ousada operação militar: transportou até aquele aeroporto, desde algum ponto de Israel, mais de cem comandos das Forças Especiais do Tzahal para resgatar 105 reféns judeus (a maioria israelenses) em poder de terroristas muçulmanos da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e retornar em segurança para Tel Aviv . Ao pesquisar para escrever o que foi esta Operação Thunderbolt para a revista Asas, dedicada à preservação e divulgação da memória aeronáutica, descobri que havia dois brasileiros entre os reféns: Jacques Stern e seu amigo de 16 anos, Raphael Shammah. Estudaram juntos durante um ano em um seminário rabínico (yeshivá). Shammah virou rabino e, para encontrá-lo, liguei para todas as instituições judaicas de São Paulo em busca de alguma informação. O soldado Na Conib, para onde telefonei, se não conheciam o rabino, sabiam da existência de um antigo soldado de Israel que participou do resgate, judeu nascido na Argentina e que, dias antes, dera uma palestra a respeito do assunto. A pessoa colocou-se à minha disposição para ajudar, e nada mais. Não esperei o retorno da Conib e em um dos telefonemas o interlocutor respondeu: “Posso lhe afirmar que essa pessoa está aqui. Sei da sua solicitação, fui informado do que deseja. Sim, ele deu a palestra, mas não sei se vai conceder a entrevista”. Em seguida, pediu que eu anotasse meu nome, RG, CPF, telefone e endereço, deixasse exemplares da revista na redação da C&R que a edita, alguém passaria lá para apanhá-las e sugeriu aguardar instruções. De fato, dias depois uma pessoa foi à redação conheceu as instalações, tomou café, sorriu para todos, foi ao banheiro e retirou as revistas. Um telefonema, sexta, às 20h30, confirmou a entrevista e as orientações de como seria realizada vieram na quarta seguinte, 5 de fevereiro de 2014, mas a entrevista ocorreu dia 10. Eu deveria estar às 19h30 na padaria Colmeia, Nove de Julho com a alameda Lorena, sozinho, sem

câmera nem gravador. Às 20 horas chegaram duas pessoas. Chamaram um taxi e sentamos os três no banco traseiro, eu entre eles. Rodamos alguns minutos até outra padaria, a Benjamim Abraão, na Padre João Manuel com José Maria Lisboa. Fora do carro me revistaram. Subimos para o mezzanino do estabelecimento e lá, enfim, conheci a quem tanto procurava. Um homem baixo, cabelos e bigode brancos – uma figura que destoava do herói alto e forte que imaginava. Com ele estava a pessoa que fora à redação apanhar as revistas e a quem dei o nome de Joseph, que pouco falou, mas foi sempre prestativo e simpático. Os dois que foram me apanhar sentaram-se à mesa do lado, atentos. O veterano soldado deu respostas esclarecedoras e em pontos obscuros das pesquisas. Por exemplo, ele foi um dos poucos militares israelenses feridos no episódio ao ser atingido por um tiro na perna, sem gravidade, quase no final da operação. “Eu adentrei ao local e nós conseguimos neutralizar os terroristas sem que eles revidassem. No entanto, Yonathan (Netaniahu, irmão primeiro ministro Bibi Netaniahu) foi mortalmente ferido por um tiro disparado por um soldado de Uganda. Ele caiu, mas a ação continuou normalmente. Até isso estava previsto e as ações não podiam ser interrompidas. Além de mim, outros quatro foram feridos, um gravemente e que ficou tetraplégico. A maior dificuldade da missão foi ver Yoni (apelido de Yonathan) caído, levantar a cabeça e prosseguir na missão. Além de um grande comandante nós perdemos um amigo”. O rabino Depois de infrutíferas tentativas por telefone, consegui enfim o e-mail do rabino Shammah, mandei mensagem e pedi uma entrevista. Ele demorou a responder, pois estava em Israel. Shammah é diretor da Yeshivá Or Yisrael College em Cotia (SP). É muito ocupado, mas atencioso. Entrevistei-o por te-

OS MILITARES ENVOLVIDOS NO RESGATE, COMO ESSE PILOTO, TIVERAM APOTEÓTICA RECEPÇÃO EM TEL AVIV

lefone com o objetivo de obter mais informações e detalhes do comportamento dos terroristas, do trajeto até Entebe, das condições do local em que foram colocados, a personalidade dos terroristas e outros detalhes. Mas o resultado foi melhor ainda do que eu esperava. Shammah: “Eu estava muito assustado, os terroristas espalharam bombas nas portas e corredores do avião e ameaçaram explodir tudo. Mas aos poucos me acalmei”. Shammah faz importante revelação: “Quando a primeira lista para libertação de reféns estava sendo elaborada com cinquenta nomes, eu e Stern decidimos falar com um dos sequestradores. Era terça-feira, 29 de junho, eles avisaram a intenção de libertar algumas pessoas. Quando um dos sete terroristas começou a fazer uma lista, nós fomos falar com ele, para incluir os nossos nomes. Em inglês, ele perguntou de onde éramos e descobrimos que ele morou no Brasil. Começamos a falar em português, ele comentou que torcia para o Corinthians, e eu, apesar de preferir o Santos, inventei que também era corintiano e queria voltar logo para o Brasil assistir ao jogo, no domingo. Nós acabamos não sendo chamados nesta lista, mas na quinta-feira (31) outras cem pessoas seriam libertadas. Novamente fomos conversar com ele, alegando que éramos brasileiros e que nada tínhamos a ver com aquilo tudo. Ele anotou e, de fato, fui o 100º passageiro a ser chamado. Aí o Jacques levantou-se e fomos juntos, pois combinamos que os dois iriam juntos mesmo que somente um fosse chamado. No final conseguimos sair e a lista ficou com 101 passageiros”. O sequestro, como foi Em 27 de junho de 1976 o voo 139 da Air France, em um Airbus A300B4-2C, decolou de Tel Aviv com 228 passageiros, destino a Paris e escala na Grécia onde embarcaram mais passageiros, entre eles quatro terroristas da FPLP, dois palestinos e dois

alemães. Agora, havia 246 passageiros e os doze tripulantes. Os terroristas eram os árabes Fayez Absul-Rahim Jaber, Jayel Naji al-Arjam, e o casal Wilfried Böse e Brigite Kulhmann. O sequestro começou em seguida à decolagem, às 12h20 daquele domingo. Böse assumiu o controle do avião e mandou desviá-lo para Bengasi na Líbia, onde foi reabastecido sob um sol escaldante e todos a bordo. Decolou às 21h50 rumo ao Aeroporto de Entebe, seu destino final. Ainda em Bengasi, uma mulher fingiu estar grávida, simulou um aborto espontâneo se autoflagelando e foi retirada da aeronave. Às 3h50 de 28 de junho, o avião pousou em Entebe, cercado por duzentos soldados de Uganda e os reféns conduzidos para o saguão do antigo terminal, um local sujo, abandonado, abafado e nos seus duzentos metros quadrados não cabiam todos os passageiros com um mínimo de conforto. A comida servida estava estragada e muitos reféns tiveram diarreias e vômitos. O líder era um ex-oficial do exército do Líbano, Fouad Awad, e o comandante da FPLP, Wadia Haddad, supervisionava o sequestro desde um posto avançado em Mogadício, na Somália. No dia 29, os sequestradores usaram a Rádio Uganda para anunciar uma lista de exigências: a libertação de 53 terroristas >>

Em 27 de junho de 1976 o voo 139 da Air France, em um Airbus A300B4-2C, decolou de Tel Aviv com 228 passageiros, destino a Paris e escala na Grécia onde embarcaram mais passageiros, entre eles quatro terroristas da FPLP, dois palestinos e dois alemães


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magazine > terrorismo

YONATHAN NETANIAHU, IRMÃO DO ATUAL PREMIÊ

BIBI, MORREU EM AÇÃO NO AEROPORTO

>> ESTE MERCEDES É CÓPIA DAQUELE DE IDI AMIN, E FOI EMPREGADO NO RESGATE

presos em Israel, na antiga Alemanha Ocidental, no Quênia, França e Suíça, a remoção deles até Entebe e o pagamento de cinco milhões de dólares pela evolução do avião da Air France. Embora historicamente Israel não negocie com terroristas, o primeiro-ministro Itzhak Rabin estava inclinado a atender às demandas em razão da grande quantidade de pessoas envolvidas. Enquanto os políticos buscavam meios diplomáticos para resolver a crise, as Forças de Defesa de Israel delinearam as bases de uma operação de resgate. Batizada de “Thunderbolt”, consistia em três grupos de Forças Especiais: o Sayeret Matkal, liderado por Yoni e responsável pelo resgate dos reféns no antigo terminal de passageiros; a brigada de paraquedistas Sayeret Tzanchanim tomaria o novo terminal, a torre de controle e o depósito de combustível e a brigada de infantaria Golani protegeria os C-130 na pista e os reféns

no trajeto do terminal às aeronaves. A Força Aérea de Israel (FAI) preparou quatro C-130, um dos quais de reserva, em caso de emergência. E dois Boeing 707 pintados como se fossem da empresa El Al, mas configurados como hospital avançado e plataforma de controle e comando, com sensores e sistemas eletrônicos instalados a bordo. A ousada ação israelense incluía cuidados típicos de filmes de ação. “Idi Amin usava em seus deslocamentos um Mercedes Benz preto escoltado por dois jipes, mais alguns soldados que caminhavam a pé, formando o comboio. Dessa forma, para os membros do Sayeret Matkal se deslocarem sem serem percebidos até o antigo terminal, foi adquirido um Mercedes Benz D220 Lang, automático, a diesel, igual ao modelo usado pelo próprio Idi Amin”, conta o veterano. Nos três C-130 também foram embarcados os jipes Land Rover de escolta, modelo M38A1C, uma pick-up Peugeot 404, o tal Mercedes Benz, bombas de combustível para as aeronaves reabastecer em solo e uma equipe médica. O gabinete de ministros de Israel reuniu-se às 9 horas de 3 de julho, decidiu apoiar a operação e às 13h20 os C-130 decolaram do Aeroporto de Lod rumo à Base Aérea de Ofir (antiga Base Aérea de Sharm el-Sheikh), no sul da Península do Sinai, conquistada na Guerra dos Seis Dias. Enquanto as aeronaves eram reabastecidas, os membros do Sayeret Matkal trocavam os uniformes por aqueles usados pelos paraquedistas de Uganda, e que Israel tinha em estoque porque produzia o fardamento das forças armadas daquele país. Esse detalhe confundiu ainda mais os soldados de Uganda. “Usamos as submetralhadoras Uzi e todo o equipamento padrão do Matkal. Apenas o fardamento era diferente”, relembra. O Quênia autorizou o pouso do B-707 configurado como hospital, que tocou o solo de Nairóbi às 23h30. Quase no mesmo horário, o segundo jato, com o major-general Yekutiel “Kuti” Adam, comandante supremo da Thunderbolt, e o major-general Benny Peled, comandante da FAI, orbitava sobre o Lago Vitória. Os três C-130 pousaram no primeiro minuto do dia 4. Em 45 segundos, os seis terroristas e alguns soldados ugandenses estavam mortos. Em apenas quatro minutos as forças especiais das FDI tinham o aeroporto e os reféns sob o seu comando que foram embarcados protegidos pelos dezesseis Golani. Com os 105 reféns a bordo e os dois mortos durante a troca de tiros, o Hercules decolou para Nairóbi. Para evitar que sete MiG-21 e quatro MIG-17 da Força Aérea de Uganda estacionados no aeroporto decolassem em perseguição aos C-130, os soldados os destruíram em solo. A estada no Quênia foi rápida, apenas o tempo do reabastecimento das aeronaves. Às 3h04, o C-130 com os reféns decolou seguido pelas aeronaves restantes. Em Tel Aviv, os reféns foram recebidos por uma multidão, os soldados, como heróis, os feridos, encaminhados para os hospitais e a operação não era mais Thunderbolt, mas Yoni, em homenagem a Yonathan.


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magazine > costumes e tradições | por Joel Faintuch

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Relatividade judaica Foto Acervo Arquivo Histórico Judaico Brasileiro

RELATIVIDADE NÃO É UMA EXPRESSÃO ISRAELITA. NINGUÉM NO SHTETL SABIA DO QUE SE TRATAVA. PELO MENOS NÃO ERA ATÉ HÁ UM SÉCULO, QUANDO ALBERT EINSTEIN ELABOROU A TEORIA DA RELATIVIDADE QUE LHE DARIA O PRÊMIO NOBEL DE FÍSICA, EM 1922

O PLETZL, GRANDE CENTRO DE FOFOCAS, DESAPARECEU JUNTO COM AS PESSOAS DA FOTO

a verdade, as teorias de Einstein são tudo, menos relativas. Solidamente construídas sobre equações e fórmulas matemáticas precisas, ainda que teóricas e comprovadas somente décadas depois, traçam diferentes e complexas interrelações entre matéria, energia, tempo e espaço. Debruçam-se também sobre a lei da gravidade ou lei da atração dos corpos, um dos pilares da física e da astronomia menos intuitivos e de mais desafi ante comprovação. Relativas mesmo somente as conversas no pletzl, a então famosa esquina da rua da Graça com as ruas Ribeiro de Lima e Correia de Melo, no velho Bom Retiro, onde meia centena de comerciantes se juntava diariamente, a partir das 16 horas. Faziam negócios, atualizavam o noticiário, combinavam e rompiam sociedades, e ocasionalmente até casamentos eram arranjados. Como sabido, no ambiente comercial e social interessa os fins e alcançar o sucesso. Pelo menos entre as pessoas sérias existia naturalmente muita ética e honestidade, embora um pouco de jogo de cintura e alguns truques e artimanhas, faziam parte das regras. Conta-se de um shadchan, um casamenteiro do velho shtetl, que procurava acertar as núpcias entre sua sobrinha, e o filho de um rico cidadão. Após o primeiro encontro, que tradicionalmente nada tinha de pessoal, pois os jovens apenas se observavam de uma distância segura, acompanhados de terceiros, os dois velhos se reuniram para discutir questões técnicas e familiares. – Sua sobrinha é completamente surda, queixou-se o pai do rapaz. – Uma grande vantagem, argumentou o shadchan. Ela não dará ouvidos a fofocas nem maledicências. – E ela repuxa uma perna também. – Qual o problema? Ela só vai gastar um pé do sapato, e o outro estará sempre novo. A relatividade gerava mais atrito na Gemará, onde tradicionalmente duas facções se digladiavam, Beit Hi-

lel e Beit Shamai (casas de Hilel e de Shamai). Estes dois sábios foram contemporâneos e viveram no século I antes da Era Comum, ainda que suas escolas e respectivos discípulos tenham durado quase quatrocentos anos. Nas formulações das leis, Beit Shamai era sempre mais rigorosa, impondo grandes exigências, em contraposição à flexibilidade de Beit Hilel. Exemplo clássico destas divergências é o caso do não judeu que procurou Hilel “Hazaken” (o antigo, fundador do Beit Hilel), para se converter. Só que ele desejava aprender toda a Torá, no tempo em que conseguisse se manter equilibrado sobre um pé apenas. Hilel respondeu: “Não faça para o próximo o que não deseja que lhe façam”. E o converteu. Antes o mesmo indivíduo procurara a Shamai, que se recusou a atender sua exigência e o expulsou (Gemará, Tratado Shabat, capítulo 31). Nas regras de divórcio, Hilel também sempre procurava facilitar a vida da mulher comprometida, possibilitando uma nova ketubá (contrato de casamento), mesmo quando apenas se acreditava que o antigo marido houvesse falecido em outro país. Shamai só permitia novo enlace se a viuvez estivesse 100% corroborada independentemente do local onde tal pudesse haver sucedido (Gemará Ievamot capítulo 15). De um total de quase trezentos litígios, a Gemará deu razão a Beit Hillel; apenas em quatro eventualidades prevaleceu a visão mais rígida de Beit Shamai. Tratava-se de relatividade de altíssimo nível, em que ambas as partes manifestavam integridade moral e espiritual. A ponto de rabi Itzchak Luria, ou “Ari Hakadosh” (o santo Ari, venerando sábio de Safed, Israel 1534 – 1572), considerado o pai da moderna Cabalá, defender que tanto Beit Hilel como Beit Shamai estavam corretos. Como assim? As divergências dependeriam do local, época e de outras circunstâncias e variáveis relativas ao julgamento, que fariam optar por uma ou outra vertente. Na Gemará Tratado Pessachim, capítulo 9, é analisada a mitzvá de bedikat chametz (mandamento de remover todo pão e alimento fermentado da casa), antes de Pessach. Na antevéspera da festa, à noite, quando a casa já está quase toda higienizada, é regra distribuir pequenos pedaços de pão pelos cômodos. Com uma vela e recipiente descartável, ou saco de papel, o dono da casa vasculha todas as dependências, recolhendo os fragmentos que, no dia seguinte, será incinerado, simbolizando a limpeza definitiva do domicílio. A doninha em hebraico chama-se chulda. É um pequeno animal com pelo bonito, da mesma família do vison, utilizado em alguns países para fabricar casacos de pele. Consta que nos tempos do Talmud aparentemente convivia bem com as pessoas, e até entrava nas residências. A Gemará formula a seguinte hipótese: em uma casa cujo proprietário já executou o bedikat chametz, entra uma doninha carregando um fragmento de pão e o abandona em local já limpo. Nos dias de hoje

isso poderia acontecer com cachorro ou gato. Mas, no tratado é chulda. É uma situação claramente incômoda que se deve evitar. Se o dono descobrir em tempo hábil, convém realizar nova e meticulosa arrumação do local. E se a festa já tiver começado, a solução talvez seja um empregado não judeu e conhecedor dos costumes limpar sozinho. Se não, o ambiente será isolado e interditado até o final de Pessach. O texto sagrado aproveita para se debruçar sobre esta questão pouco relevante. – O animal sabia o que estava fazendo? Teria colocado o pão justamente em um local kasherizado, onde já se realizou bedikat chametz? Nas palavras talmúdicas , “Vechi chulda neviá hi?“ (seria a chulda uma profetiza?) Trata-se de exemplo de relatividade e ambiguidade, até da sagrada Gemará. Efetivamente houve uma profetiza israelita denominada Chulda, citada no Livro dos Reis II (Malachim B, capítulo 22). Que, logicamente, nunca arrastou pão escondido na véspera de Pessach. Será que a utilização do animal chulda foi mesmo um gracejo, um jogo de palavras? Dois amigos judeus que nunca se interessaram por qualquer questão religiosa, e que fugiam de tudo que lembrasse liturgia ou sinagoga, foram passar as férias na Escócia e incluíram Loch Ness, maior lago escocês e habitat da lendária figura do monstro do lago. Alugaram uma lancha e começaram a passear pelas redondezas. De repente, e sem motivo aparente, as águas se agitaram e a embarcação virou. O lago estava gelado, e apesar do colete salva-vidas os dois começaram a gritar e a se debater, enquanto tentavam desesperadamente atingir a margem. Finalmente em terra firme, um deles viu o outro de cabeça coberta e recitando em voz alta Shemá Israel, a oração dos momentos de grande aflição. – Até dois minutos atrás não sabia que você era tão devoto, disse ele. – Até dois minutos atrás eu não acreditava no monstro de Loch Ness, rebateu o outro.

Nas regras de divórcio, Hilel também sempre procurava facilitar a vida da mulher comprometida, possibilitando uma nova ketubá (contrato de casamento), mesmo quando apenas se acreditava que o antigo marido houvesse falecido em outro país



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magazine > viagem | texto Flávio Bitelman | fotos Tim Starke Foto Michel Gordon

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SINAGOGA PRINCIPAL DE

BUKHARA, UZBEQUISTÃO

Uma turnê por culturas e civilizações ESTA É UMA VIAGEM ÚNICA, E DEVE SER

INCLUÍDA ENTRE AS NECESSÁRIAS ANTES

DE MORRER: QUATORZE DIAS DE TREM

PASSANDO PELO TRECHO DA ÁSIA CENTRAL DA LEGENDÁRIA ROTA DA SEDA

roteiro começa em Almaty, passa por Tashkent, Samarkand, Shahrisabz, Khiva, Bukhara, Mary e termina em Ashgabat, cruzando o Cazaquistão, Uzbequistão e Turcomenistão. Trata-se, portanto, de uma verdadeira aula de geografia, história, cultura, conhecimento, informação e geopolítica, em que cidades e monumentos, muitos incluídos como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, contam histórias das quais nunca se vai esquecer. A Rota da Seda surgiu como um trajeto viável e possível ainda antes da era cristã, para escoar a produção chinesa daquele “tecido brilhante, de toque suave e maravilhoso” que encantava a elite europeia, disposta a pagar fortunas por essa relíquia. A rota tinha cerca de seis mil quilômetros, viveu momentos de decadência até o século 6 da Era Comum, quando ressurgiu e viveu vários séculos de esplendor. Pela Rota da Seda, passaram comerciantes, peregrinos, adeptos de religiões variadas, nômades, soldados e mascates, que disseminaram culturas, religiões e conhecimento, e foi referência para guerras de conquista e expansão de impérios. O começo do fim da Rota ocorreu quando Vasco da Gama descobriu o caminho para as Índias no final do século 15. E depois com os incentivos do Marquês de Pombal para cultivar o bicho da seda, em Portugal. A fábrica que instalou em Lisboa abastecia a Europa de seda. Os judeus se estabeleceram em praticamente todas as cidades e vilarejos, atuando como comerciantes e mercadores. Eles gozavam de certa tolerância de cristãos e muçulmanos mantendo-se equidistantes das lutas entre os dois grupos que, por onde passavam, disputavam a hegemonia religiosa sobre populações distantes e em territórios gigantescos com dificuldade de comunicação por falarem várias línguas e diferentes dialetos. Os judeus, ao contrário, além de dominarem a língua de onde se encontravam, tinham o hebraico em comum, o que facilitava tudo. Principalmente a prosperida>> de e a sobrevivência.

MADRASSA DE BARAK CHAN, TASHKENT, UZBEQUISTÃO


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magazine > viagem

INTERIOR DO VAGÃO RESTAURANTE DO ORIENT SILK ROAD EXPRESS MURALHA PROTEGENDO A CIDADE DE KHIVA, UZBEQUISTÃO

PÁTIO DA MESQUITA DE KALON, EM BUKHARA ESTÁTUA DE AMIR TEMUR, SUL DE SAMARKAND

VISTA DA MESQUITA DE KALON, OESTE DE TADJIQUISTÃO, CAPAZ DE RECEBER DEZ MIL FIÉIS BAZAR DE BUKHARA

DANÇA DE BOAS-VINDAS, EM BUKHARA MERCADO EM UZBEQUISTÃO

OS TAPETES LEVAM ENTRE UM E DOIS ANOS PARA SEREM CONFECCIONADOS

A CÚPULA DOURADA DA MADRASSA DE TILYA-KHORI, EM REGISTAN

FESTIVAL DE LUZES EM REGISTAN, NO CORAÇÃO DE SAMARKAND, UZBEQUISTÃO

INTERIOR DA MESQUITA DE DJUMA, UZBEQUISTÃO, E SUAS DUZENTAS COLUNAS DE MADEIRA

Mais informações, www.auroraeco.com.br; www.fuiviagens.com.br; www.socaltur.com.br/viagens/rota-da-seda e www.bestdestinations.com.br


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leituras magazine

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por Bernardo Lerer

A Origem do Estado Islâmico Patrick Cockburn | Autonomia Literária | 206 pp. | R$ 40,00

Todos os dias os meios de comunicação noticiam as peripécias sanguinárias e destrutivas do EI – Estado Islâmico, em português – e conhecido lá fora como Isis ou Isil (Islamic State on Iraq and Levant), mas nunca se deram ao trabalho de contar suas origens. O EI é mais uma peça do jogo de xadrez do Oriente Médio. Seus principais financiadores são os Estados do Golfo, a Arábia Saudita entre eles, a maioria aliada do ocidente. Esse livro conta tudo e, surpresa, Israel não é citado para o bem ou para o mal embora quase tudo se passa nas bordas da fronteira com a Síria.

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O Homem que Amava os Cachorros Leonardo Padura | Boitempo Editorial | 589 pp. | R$ 49,00

Este livro é a prova do que separa um grande escritor do resto. É ficção e não é ficção, mas trata de um fato real: Ramón Mercader cumpriu pena pelo assassinato de Leon Trotski, na Cidade do México, e se refugia em Cuba. Padura reconstitui a vida de Mercader, que nunca falou da tarefa dada por Stalin, os preparativos do assassinato e a repercussão mundial. São três histórias que se entrecruzam em vários cenários: a União Soviética, Turquia, Espanha, França, México e Cuba. É impossível para de ler. Obra-prima.

Os Homens que não Amavam as Mulheres Stieg Larsson | Companhia das Letras | 523 pp. | R$ 33,00

Este é o primeiro livro da trilogia conhecida como “Millenium”, que é o nome da editora de Mikael Blomkvist contratado, a cada volume, para investigar e esclarecer casos policiais com a ajuda Lisbeth Salander, uma hacker genial que odeia a sociedade. Este livro, assim como os outros dois, é um dos mais comentados romances policiais dos últimos anos, pois trata de vários assuntos que se entrelaçam como a internet e a privacidade, o ódio contra as minorias, a responsabilidade do jornalismo econômico com a ciranda financeira, etc. Uma obra-prima já na quinta edição.

No Campo da Honra Isaac Babel | Editora 34 | 255 pp. | R$ 46,00

O professor e tradutor do russo Boris Schnaiderman resume o que foi o sentido da obra de Isaac Babel, “essencialmente um homem de duas culturas. Criado num meio de judeus russos, impregnou-se da vida judaica tradicional, mas, ao mesmo tempo, viveu intensamente o momento histórico da Rússia no início do século 20. Carregado tanto de vivências judaicas como de elementos culturais russos, particularmente a literatura, soube expressar com intensidade, com violência até, o embate entre eles”. Acusado pelo stalinismo de atividades antissoviéticas e espionagem, foi condenado e fuzilado em janeiro de 1940.

O Reino Esquecido Israel Finkelstein | Paulus | 226 pp. | R$ 35,00

O autor é professor de arqueologia da Universidade de Tel Aviv e escreveu várias obras que explicam a importância das descobertas arqueológicas para melhor entender a história do povo israelita e sua ancestralidade, no caso no chamado Reino do Norte em que se vale também dos textos do Antigo Oriente Próximo e bíblicos. Ele descreve a arqueologia daquela região do reino desde a Idade do Bronze Tardio (1350 antes da Era Comum) até a queda do reino, em 720 antes da Era Comum.

A Mente Organizada

O Diário de Rywka

Daniel J. Levitin | Objetiva | 557 pp. | R$ 41,60

Rywka Lipszyc | Companhia das Letras | 200 pp. | R$ 34,90

A pergunta é se a velha e boa organização ainda seja, no mundo atual, o segredo para sobreviver em meio a essa quantidade brutal de informações. O autor dedica capítulos à organização das coisas, das casas, do mundo social, do tempo, das informações para tomar decisões difíceis, etc. Não é um livro de auto-ajuda, mas revela o que as recentes descobertas do cérebro e os métodos que se podem aplicar no cotidiano para ter a sensação de controlar a nossa vida.

Em janeiro de 1945, uma médica russa que acompanhava as tropas do Exército Vermelho na libertação do campo de Auschwitz encontrou, perto dos crematórios, um diário que se descobriu ter sido escrito por Rywka desde quando, aos 14 anos, com a família, foi confinada não Gueto de Lodz, até ser deportada para o campo de concentração. O documento conta o cotidiano da vida-morte no Gueto e a luta pela comida que transformava, segundo ela, os homens em animais. Ela confessa ter escrito para suportar a dor e a perda dos pais e da família.

Novelas Exemplares Miguel de Cervantes | Cosacnaify | 538 pp. | R$ 79,90

Essa primorosa edição revela que Cervantes vai muito além de Dom Quixote e nas várias Novelas o autor exagera a beleza e a sagacidade de várias mulheres e, em algum ponto, diz que os poetas, ao escreverem como sempre exageraram a beleza das heroínas e deixaram os fatos um pouco mais extraordinários. Ele nos deixa em dúvida se devemos acreditar no que escreveu, pois ele também exagerou; ou que, sim, devemos acreditar porque é a versão real dos fatos ou que, apesar das cores vivas e dos tons suspeitos, na essência a verdade está ali. Uma obra-prima, enfim.

Os Americanos Hedra | 607 pp. | R$ 79.90

Luís Dolhnikoff organizou mais uma coletânea de contos, desta vez de autores norte-americanos, de modo a que o leitor tenha uma visão completa da produção literária deles. É uma seleção primorosa e, nela, textos que contribuíram para o mundo conhecer e reconhecer o país. Nathaniel Hawthorne traça um retrato profundo da América puritana, Edgard Allan Poe inventa as histórias policiais e de suspense, Herman Melville, autor de Moby Dick, a vida no mar, Mark Twain e as relações sociais no sul, etc. Vale muito a pena.

Sempre em Movimento – Oliver Sacks, uma Vida

O Livro dos Valores Judaicos

Companhia das Letras | 353 pp. | R$ 59,90

Rabino Joseph Telushkin | Virgiliae | 550 pp. | R$ 85,50

É a magnífica autobiografia deste notável cientista que, um dia, ouviu de um professor: “Sacks vai longe, se não for longe demais”. Mas ele foi além. Nasceu em Londres, onde se formou neurologista em 1960 e depois de contar à mãe que era homossexual, ouviu que isso era uma “abominação” e mudou-se para a Califórnia, viciou-se em drogas, percorreu os EUA de moto e fixou-se em Nova York, onde, como pesquisador, sentiu o relacionamento com os pacientes mudar a sua vida.

Com prefácio do rabino Michel Schlesinger, trata-se, como diz o subtítulo, de “Um Guia Diário para uma Vida Ética”. Com base na Bíblia, no Talmud e nos muitos textos judaicos clássicos, o autor dividiu o ano em 52 semanas e 365 dias, dedicando um tema a cada dia e tocando em temas que nos dizem respeito do ponto de vista a ética judaica tentando aproximar o leitor, independentemente da religião, das normas de comportamento. Ele trata, por exemplo, de a santidade do riso e se a ética judaica permite a um judeu ter loja de armas.


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magazine > educação | por Bernardo Lerer

ASSIM DEVERÁ SER A FACULDADE DO EINSTEIN, QUANDO PRONTA

Agora, o Einstein também é faculdade de medicina MAIS DE DEZ MIL PESSOAS SE INSCREVERAM PARA DISPUTAR AS CINQUENTA VAGAS DA PRIMEIRA

TURMA DA FACULDADE DE MEDICINA DO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, O QUE CORRESPONDE A POUCO MAIS DE 210 POR VAGA

O

vestibular foi realizado no começo deste mês. Em janeiro, os 250 mais bem colocados passam para a segunda fase, que vai bem além da comprovação do conhecimento, e consiste de entrevistas, dinâmica de grupo e liderança, de modo a que os escolhidos, ao concluir o curso, sejam profissionais da medicina, “e cidadãos comprometidos com princípios éticos, de perfil humanista e que vejam a medicina de modo amplo e integrado”, diz o presidente do Einstein, Cláudio Lottenberg ( foto). Em dezembro do próximo ano, Cláudio terá passado quinze dos seus 56 anos como presidente do hospital e certamente será eleito para a presidência do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente que administra o complexo hospitalar de vários edifícios no Morumbi, e onde atualmente trabalham 11.500 funcionários, 7.400 médicos cadastrados e realizou mais de três mil transplantes desde 2002. Embora a criação de uma faculdade de medicina não esteja mencionada na ata constitutiva do hospital, assinada por 102 pessoas em 1955, na residência do urologista Manoel Tabacow Hidal, no apartamento térreo do número 899, da rua Augusta, a ideia de uma faculdade sempre

povoou a cabeça dos dirigentes e dos médicos, convencidos de que seria inevitável, em algum momento, erguer uma escola de medicina. O Hospital Albert Einstein seguiria a tradição dos maiores hospitais norte-americanos os quais, depois de consolidados, criaram suas escolas e que, ao longo do tempo, se tornaram tão ou mais notáveis que as instituições que as fundaram. A faculdade do Einstein foi pela mesma trilha e viveu aquele momento que os responsáveis pelo hospital consideraram adequado. De fato, segundo Lottenberg, “ter nossa própria faculdade traduz o amadurecimento da instituição. Não queríamos uma escola só para dizer que ‘o Einstein’ tem uma faculdade’. Ela será de acordo com os princípios que sempre nortearam o nosso hospital”. Isso também explica porque os professores serão os próprios médicos De todo modo, uma faculdade é o que o presidente do Einstein considera uma “etapa obrigatória no ciclo do hospital e ela não terá caráter mercantil, ou seja, não visa ao lucro nem a figurar na coluna de dividendos de algum balanço contábil. É uma contribuição à sociedade e faz parte de um processo que significa sempre se reinventar e de se impor desafios que se renovam a cada momento, como, aliás, tem sido desde a fundação do hospital”. No fundo, e em certa medida, o Einstein ter sua própria faculdade de medicina repete uma das ideias da constituição do hospital, no agora já longínquo 4 de junho de 1955, na casa de Hidal: devolver ao Brasil, na forma de uma instituição de saúde, a acolhida que o país proporcionou aos judeus, desde os primeiros anos do século passado e principalmente no entre guerras, fugindo à perseguição. Nessa linha, a constituição de uma faculdade de medicina completa o ciclo próprio de um hospital de primeira linha e capaz de formar profissionais com o mesmo espírito e os princípios que nortearam a sua fundação.

Prédio próprio em 2019 Por enquanto, as aulas dos cinquenta alunos aprovados para o primeiro semestre de 2016 serão ministradas no mesmo local onde funciona a Escola de Enfermagem do hospital, à avenida Francisco Morato, e são realizados os cursos de pós-graduação. A sede definitiva da faculdade será um edifício de cerca de cinquenta mil metros quadrados, integrado ao complexo do Morumbi, na avenida Padre Lebret, bem ao lado do hospital, e cujo projeto arquitetônico já foi concluído. A obra deverá começar no último quadrimestre de 2016, deverá estar pronta em 2019 e terá o custo estimado, com todos os equipamentos, em R$ 400 milhões. A mensalidade, de R$ 5.900,00, foi calculada apenas para cobrir as despesas. O modelo pedagógico será o mesmo adotado pelas faculdades americanas e isso explica a consultoria da Universidade Harvard: a interação ente aulas práticas e teóricas conhecendo um órgão, as principais doenças que o acometem, diagnosticá-las e o que fazer na prática, a discussão de casos e desde o início aproximar o aluno do paciente para lhe mostrar o que o espera, depois de formado.

O Einstein ter sua própria faculdade de medicina repete uma das ideias da constituição do hospital, no agora já longínquo 4 de junho de 1955: devolver ao Brasil, na forma de uma instituição de saúde, a acolhida que o país proporcionou aos judeus, desde os primeiros anos do século passado


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magazine > ensaio | por Naomi Chazan*

Terror, terrorismo, terroristas e o papel de Israel O TERRORISMO É A MAIS ABOMINÁVEL DAS FERRAMENTAS POLÍTICAS: É UM ATO INTENCIONAL DE VIOLÊNCIA DIRIGIDA PRINCIPALMENTE CONTRA CIVIS INOCENTES, A FIM DE CRIAR MEDO INTENSO E SEMEAR O CAOS

GENERALIZADO DE MODO A PROMOVER OBJETIVOS POLÍTICOS ESPECÍFICOS

O

uso do terrorismo é vil: é impiedoso, indiscriminado, cruel, desumano. Qualquer ato de terrorismo e em qualquer lugar é irracional. A ampla condenação da mais recente onda do terrorismo é mais do que justificada; a confusão frequente destas ações com seus motivos – o que confunde causa e efeito – não é. Autoridades israelenses, muitas vezes apoiadas pelos meios de comunicação, contribuíram para essa confusão. Imediatamente após os terríveis acontecimentos em Paris em 13 de novembro, o primeiro-ministro Netaniahu declarou: “Em Israel, como na França, terrorismo é terrorismo e a força por trás disso é o Islã radical e seu desejo de destruir suas vítimas”. O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, ecoou esses pensamentos: “O mundo inteiro agora entende o que nós experimentamos em Israel e Jerusalém – o terrorismo assassino motivado pelo mesmo ódio e uma missão de morte contra inocentes no Ocidente”. O ministro da Segurança Pública, Gilad Erdan, deu a essas comparações contexto operacional e avançou um pouco mais: “O Estado de Israel deve servir de exemplo e liderar a luta contra o Islã extremista, cujos mensageiros massacram pessoas inocentes em Paris, Nova York, Madri e Israel”. E mais: “O Hamas e o Estado Islâmico compartilham uma plataforma ideológica que leva a ataques em todo o mundo e a uma onda de terrorismo neste país.” Comparações enganosas Traçar uma linha reta entre os acontecimentos na Europa e aqueles perto de casa é o pior desserviço público. Não só é uma distorção conceitual, mas, no esforço para demonstrar que Israel e o Ocidente estão no mesmo barco, sugere que as soluções para o terrorismo são idênticas. Embora politicamente conveniente para quem detém o poder no momento, insistir em tais paralelos é irresponsável. Presume falsamente que a incitação dos atos contemporâneos de terrorismo têm os mesmos motivos, são realizados pelos mesmos autores, produzem os mesmos resultados e podem ser erradicada pelos mesmos meios. Tudo falso e enganador. Existem tantas definições de terrorismo quanto os exemplos de suas manifestações nefastas. Todos parecem conter diversas linhas comuns. A intenção de quem pratica atos de terrorismo é precisamente isso: incutir terror (pânico) como maneira de fazer uma declaração política contra a ordem existente. O terrorismo é trabalho principalmente de grupos clandestinos ou de indivíduos

em sua maioria ligados a agentes não-oficiais envolvidos em conflitos assimétricos, locais, nacionais ou, cada vez mais, transnacionais – ainda que se saiba do envolvimento de estados em tais atos. A marca do terrorismo é a violência – tanto a real como a potencial. Suas atividades são planejadas para provocar repercussões psicológicas que vão além das vítimas ou alvos imediatos. No mundo contemporâneo, os terroristas contam com os meios de comunicação para ampliar e multiplicar o seu impacto, dando assim às suas atividades uma qualidade teatral. O terrorismo é uma ferramenta política acima de tudo e uma tática concebida para alcançar um objetivo determinado. Como método, distingue-se do terror (termo que denota medo intenso, intimidação, ou horror) no que não é abstrato. Por definição, o terrorismo é concreto, focado e específico. Ele vem em muitas formas e brota de muitas fontes diferentes. Objetivos diversos Esta a razão pela qual os objetivos do terrorismo hoje são tão diversos. Os ataques em Paris por defensores do Estado Islâmico foram feitos para atacar os símbolos físicos da cultura ocidental em seu próprio terreno e, ao mesmo tempo, alertar os tomadores de decisões políticas franceses contra a agressão militar contínua em fortalezas do grupo no Oriente Médio. Isto está muito longe dos atos e principalmente individuais de terrorismo que acontecem agora em Israel e na Cisjordânia – destinados principalmente (protestos oficiais à parte) contra anos de ocupação e repressão israelense – ou, na mesma linha, de ondas sucessivas de fogo

A MAIORIA ESMAGADORA DOS PALESTINOS DESPREZA O ESTADO ISLÂMICO

de barragem originário de Gaza, que, sob a égide do Hamas, procuram desestabilizar Israel. Portanto, também os autores variam. Eles vêm de todas as partes do mundo e de todas as religiões. Cada cultura com sua marca peculiar. Certamente, os atos mais ultrajantes de terrorismo nos últimos anos – mas definitivamente não todos – são obra de um punhado de extremistas islâmicos. Mas seria um erro terrível presumir que eles são farinha do mesmo saco. O Estado Islâmico não é o Hizbollah, a Al-Qaeda não é o Hamas, e o Jabhat Al-Nusra na Síria não é o mesmo que o Al-Mourabitoun, autor da recente a carnificina no Mali. Alguns dos grupos mais fanáticos são formados de sunitas, em vez de muçulmanos xiitas. E, por isso, também falharam as tentativas de generalizar as características de terroristas individuais nos quesitos educação, situação profissional, estado mental e devoção religiosa. Esses estão vinculados ao tempo e ao lugar e devem ser tratados caso a caso. A recusa em diferenciar os atributos particulares de cada ato de terrorismo torna ainda mais difícil lidar com as complexidades do fenômeno. Durante anos, as respostas oficiais têm-se centrado sobre o próximo e o imediato: na prevenção e, sempre que possível, na retribuição pelo uso de força física. Aumento das medidas de segurança, vigilância montada e uma série de medidas de precaução são, às vezes, capazes de conter o terrorismo e muitas vezes à custa de restringir as liberdades individuais e alimentar o pânico maciço, exatamente o objetivo dos terroristas. Ataques contra células terroristas e fortalezas podem ter êxito, pelo menos temporariamente, ao enfraquecer esses combatentes. Mas se a história nos ensina alguma coisa a este respeito, nenhuma das principais fontes do terrorismo foi erradicada definitivamente por meios militares. Não há fim sem soluções políticas Eliminar as raízes de atos específicos de terrorismo requer, acima de tudo, soluções políticas, assim como a resposta para a maioria dos problemas políticos está em apresentar alternati-

vas políticas viáveis. Assim, os interessados em deter o alcance do Estado Islâmico deveriam começar a reconstruir as estruturas do Estado na região, porque é o colapso do sistema do estado pós-colonial que resultou no vácuo político que permitiu a ascensão dos grupos fanáticos agressivos. Em Israel, evitar a acomodação política com os palestinos só levará a mais violência. Em algumas regiões da África, governos fracos convidam o terrorismo em curso, como bem sabem os nigerianos sujeitos às incursões de Boko Haram. E a estabilização política do Líbano pode percorrer um longo caminho para diminuir as atividades das células terroristas que se reproduzem em seu terreno montanhoso. Por vezes esses processos são complicados e demorados, mas devem ser postos em movimento para mudar alguma coisa no longo prazo. Como o terrorismo surge quando a política convencional falha, o renascimento das opções políticas viáveis é, de longe, a melhor resposta para a proliferação de seus males. Israel nada ganha ao pôr todos os atos de terrorismo juntos na mesma cesta. Se insistir nisso permite ao governo colocar o país na companhia de estados europeus sob ataque, também sugere que a sua própria luta contra o terrorismo pode vir a ser tratada da mesma forma. Nada mais longe da verdade, no entanto. Não é o Estado Islâmico que apunhala israelenses em Hebron ou em Kiryat Gat e, além de tudo, a esmagadora maioria dos palestinos despreza o Estado Islâmico e o que representa. Nenhuma manipulação política deveria adiar o que é agora necessário. Israel deve rápida e eficientemente lidar com o seu próprio terrorismo ao chegar a um acordo com os palestinos e deixar que o Ocidente lide com os terroristas por meio dos seus próprios meios políticos. Essa é, em última análise, a única maneira de anular o terror do terrorismo. * Ex-presidente da Knesset, Naomi Chazan é reitora da Escola de Governo e Sociedade da Faculdade Acadêmica de Tel-Aviv-Jafa

O Estado Islâmico não é o Hizbollah, a Al-Qaeda não é o Hamas, e o Jabhat AlNusra na Síria não é o mesmo que o AlMourabitoun, autor da recente a carnificina no Mali. Alguns dos grupos mais fanáticos são formados de sunitas, em vez de muçulmanos xiitas


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magazine > curta cultura | por Bernardo Lerer

Arqueologia da música do Holocausto

Este DVD é uma obra-prima Uma das primeiras providências da família Ophuls (foto), poucos anos depois de deixar a Alemanha, em 1933, com a ascensão do nazismo, foi tirar o trema que encimava o “U”, e caracterizava o nome como bem germânico. O pai, Max fez isso em 1938, na França, para onde inicialmente fugiram. O filho, Marcel, em 1950, nos Estados Unidos, destino final deles. Antes, quando os alemães invadiram a França escaparam para Vichy e, de lá, atravessaram os Pirineus e alcançaram a Espanha. Marcel estudou cinema em Hollywood e quando a família retornou para a França, ainda nos anos 1950, onde trabalhou com diretores como Anatole Litvak e John Huston, ele já estava decidido a seguir a carreira de documentarista e, nessa condição, conquistou prêmios e um Oscar. Os documentários mais conhecidos são Hotel Terminus: a Vida e os Tempos de Klaus Barbie, preso na Bolívia e conhecido como “O Carrasco de Lyon”, e A Miséria e a Piedade, que trata do comportamento dos franceses durante a ocupação nazista, na região de Vichy, e, portanto, dos colaboracionistas e dos resistentes. Originalmente lançado em 1969, chega em versão brasileira pelo Instituto Moreira Salles (R$ 42,00), é longo, com quase quatro horas de duração, muitas imagens de arquivo e verdadeira obra-prima. O filme é dividido em duas partes: em “O Colapso”, é o depoimento do antigo primeiro ministro Pierre Mendés-France, judeu; e em “A Escolha”, 29 entrevistas, uma delas com um antigo oficial alemão das forças de ocupação e com um ferrenho colaboracionista que integrou os exércitos nazistas na investida do leste europeu. Hoje aos 93 anos, Marcel Ophuls é ainda considerado um dos mais notáveis e corajosos documentaristas também autor de Memory of Justice, a respeito da guerra no Vietnã, no qual compara os americanos no sudeste asiático aos alemães durante a Segunda Guerra.

Em um pequeno apartamento térreo, debruçado sobre o Adrático, em Barletta, quase no “salto “ da bota italiana e conhecida pela estátua do Colosso de Barletta, do tempo do Império Romano, ouve-se, desde 1991, durante várias horas por dia o som de um piano executando peças anônimas ou de autores desconhecidos. Elas foram encontradas por Francesco Lotoro (foto abaixo), que, desde então, entregou-se à tarefa de resgatar milhares de canções, sinfonias e óperas escritas em campos de trabalho, de concentração e de prisioneiros de guerra nazistas, antes e durante a Segunda Guerra. “Na história da música na Europa falta mostrar que o horror do Holocausto não conseguiu destruir a criatividade artística”, diz Lotoro que visitou todos os países ocupados, pesquisou em velhas livrarias, bibliotecas públicas e antiquários e entrevistou sobreviventes. Assim, juntou pelo menos quatro mil peças na forma de partituras originais e cópias escritas principalmente por judeus, mas também por não judeus, ciganos e até soldados americanos capturados pelos japoneses. À falta de papel apropriado, muitas peças foram escritas nos espaços em branco de jornais, papel higiênico, restos de embrulho, etc. Para Lotoro, quando alguém era preso ou deportado, nascia uma música como resposta automática à detenção. “Queriam deixar um testamento. Ele tomou a forma de música”, afirma ele esgueirando-se entre os poucos móveis e as muitas partituras que transcreveu a partir de originais dos presos nos campos. Como a peça para nove instrumentos de Rudolf Karel, escrita em Terezienstadt, em folha de papel higiênico que as autoridades nazistas lhe forneciam, porque sofria de disenteria. Lotoro juntou o conteúdo dos pedaços de papel higiênico e passou para a pauta musical.

O espião que inspirou James Bond era judeu Spectre, o mais recente filme da série James Bond, já rendeu mais de US$ 110 milhões, e Ian Fleming, o criador do personagem, inspirou-se em Sidney Reilly (foto), um super-espião britânico executado numa floresta nos arredores de Moscou em novembro de 1925. A trajetória de Sidney é povoada de mistérios e desencontros que ele mesmo teria fomentado para criar confusão e diminuir a imagem de herói. A biografia dele foi escrita por Robin Bruce Lockhart, cujo pai, R. H. Bruce Lockhart, foi seu colega no serviço secreto britânico. Sidney nasceu Salomon (ou Shlomo) Rosenblum em março de 1873, em Kherson, na Ucrânia, então Russia czarista, filho de Polina Rosenblum, mas não do marido dela, Grigory e, sim, de um primo dele, Michail, médico de Odessa. As circunstâncias de sua partida da Rússia são obscuras, mas é seguro que chegou à Inglaterra em 1895 vindo do Brasil, onde resgatou agentes da inteligência britânica capturados por indígenas. Aportou na Inglaterra com muito dinheiro supostamente tomado de dois políticos anarquistas que assassinou em Paris. Na Inglaterra, Rosenblum abriu a empresa Ozone Preparations Company, que desenvolvia medicamentos. Nessa condição conheceu o reverendo Hugh Thomas, 65 anos, e a mulher Margaret Callaghan, 24 anos. Hugh sofria da doença de Bright, que

ataca o fígado, e esperava curar com um dos remédios descobertos por Salomon. Mas morreu em circunstâncias misteriosas e, a pedido da mulher, enterrado sem autópsia. Quatro meses depois, e recheada das oitocentas mil libras de herança, casou-se com Salomon, que logo mudou de nome para Sidney e começou a trabalhar na Seção Especial da Scotland Yard, antecessora do agora famoso MI6. Com nova identidade, viajou a serviço de Sua Majestade para a Rússia, em 1899, a fim de descobrir quanto de petróleo havia no Cáucaso. Com as informações, negociou com persas otomanos licenças para perfurar. Em 1909, na Alemanha, roubou projetos de armamentos que se tornariam importantes na Primeira Guerra, anos depois. Em 1918, depois da guerra e da Revolução Bolchevique foi à Rússia organizar atividades antirrevolucionárias e um atentado contra Lenin que deu errado porque outro grupo tentava a mesma coisa. Julgado e condenado a morte fugiu da já União Soviética. Em 1925, foi atraído para um encontro com supostos contrarrevolucionários na fronteira com a Finlândia, na verdade agentes do serviço secreto soviético. Depois de meses de interrogatório, Stalin mandou fuzilá-lo. Este, ao contrário de James Bond, morreu.

Super-heróis à israelense

energizado pelos poderes do leite. Mas, para os jovens israelenses dos anos 1950 que liam os gibis norte-americanos, isso era pouco: os filhos da primeira geração do novo Estado queriam algo mais rico, complexo e que capturasse o fantástico sentido de destino de que eram agentes. Surge Pinchas Sadeh autor de uma história em torno do reator nuclear de Dimona, hoje o menos secreto segredo militar, mas em 1960 apenas um rumor. Imaginando o que a capacidade nuclear poderia fazer por Israel, vale-se de Kafka e inventa a série “A Profética Descoberta do dr. Joseph K” em que um vazamento do reator produz formigas gigantes que a ingestão de sua carne pode curar o câncer. Dr. K usa seu conhecimento e descoberta para forçar Estados Unidos e a então União Soviética a acabar com a Guerra Fria e levar os estados árabes a assinar a paz com Israel.

Dois dos mais conhecidos super-heróis de histórias em quadrinhos – Super-Homem e Capitão Marvel – são criações de judeus, respectivamente Joe Shuster e Jerry Siegel e Stan Lee, e se tornaram uma espécie de patrimônio cultural dos Estados Unidos, servindo aos mais diversos propósitos. No entanto, apesar de várias tentativas, Israel não produziu seus super-heróis. Em 1978, o cartunista Uri Fink, hoje um celebrado artista de histórias em quadrinhos, inventou o Sabraman (foto) e seu inimigo é o dr. Mengele, o médico de Auschwitz. Mas o primeiro surgiu em 1936, doze anos antes do advento do Estado, chamava-se Uri-Muri, vestia short e o boné kova tembel, como os kibutzniks da época. Foi criado pelo desenhista Aryeh Navon, com textos da poetisa Leah Goldberg e era publicado em um popular jornal socialista de então. Numa coletividade na iminência de, a qualquer momento, se tornar uma nação soberana e independente, os poderes de Uri-Muri, entre outros, visavam descobrir melhores técnicas de produção de leite ou de arar os campos. Assim, surgiram os heróis Gidi Gezer, também colono em um kibutz, forte como Popeye, mas alimentado a base de cenouras. Ou Yoav Ben-Chalav (chalav é leite, em hebraico)


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Lista dos eleitos Colocação

NO MEIO DO DIA, OS ELEITORES FAZIAM FILA, ENQUANTO ESPERAVAM SUA HORA DE SENTAR EM FRENTE À TELA DO MICRO E ESCOLHER OS CANDIDATOS DA SUA PREFERÊNCIA

C Conselheiros da nova geração

MUITOS PAIS APROVEITAM AS ELEIÇÕES PARA TRANSMITIR AOS FILHOS NOÇÕES SOBRE DEMOCRACIA

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diretoria > eleições do conselho

diretoria > eleições do conselho

andidatos utilizaram a internet na campanha para a eleição do Conselho Deliberativo e conseguiram mobilizar um número de eleitores superior às eleições anteriores. Para 65 dos 100 eleitos, será a estreia na atividade comunitária. Andréia Eberhardt Birsztein foi primeira colocada na eleição realizada no início de novembro. Ela e outros 187 ativistas com o apoio de familiares e amigos trabalharam para divulgar a importância do comparecimento dos sócios às urnas, usando redes sociais, distribuindo folhetos e tratando do tema nas conversas rotineiras. O resultado foi que 1.508 sócios titulares compareceram diante dos computadores instalados no Salão Marc Chagall para escolher 100 candidatos e preencher metade das cadeiras do Conselho Deliberativo até 2019. “Sou voluntária na Unibes, colaboro em algumas áreas da Escola Alef e faço parte do grupo que ajuda a vice-presidente Social e Cultural da Hebraica, Monica Hutzler. Terei muito orgulho em ser conselheira da Hebraica”, afirmou Andreia campeã de votos ao ouvir seu nome entre os cinco mais votados. Naquele domingo, parte da movimentação no clube se deveu às eleições. Faixas, cartazes, quiosques com distribuição de pipocas e candidatos uniformizados abordando os sócios em busca de votos. Além de duas chapas, alguns grupos se organizaram a partir dos departamentos a que estão mais ligados. Ativistas mais relacionados com o judô, natação e juventude, por exemplo, prometiam trabalhar em favor dessas áreas. “Defendo maior planejamento financeiro e também a implantação da esgrima como modalidade esportiva no clube”, afirmou Jairo Pekelman, o 27º mais votado. “A eleição transcorreu tranquilamente e o número de eleitores que compareceu foi maior que nas últimas eleições”, comentou o presidente do Conselho Deliberativo, Mauro Zaitz. Agora é arregaçar as mangas e ajudar os novos conselheiros a bem compreender seu papel na estrutura organizacional do clube e estimulá-los a participar das Comissões Permanentes”, completou.

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Candidato

ANDREA EBERHARDT BIRSZTEIN SANDRO ASSAYAG PATRICIA LISBONA FUCHS SILVIA L. S. TABACOW HIDAL RICARDO BERKIENSZTAT HELENA ZUKERMAN DIANA ROTH JOSÉ LUIZ GOLDFARB SAMI SZTOKFISZ (AGULHA) YVES MIFANO MARIO RUHMAN MICHEL ISAAC HARARI LUCIANA NATENZON JOANA SERVOS TABACOW HIDAL DÉCIO BLUCHER ROSITA KLAR BLAU ALEXANDRE OSTROWIECKI (NANI) ARTHUR LIBERMAN (ARTHUR JUDÔ) STEFANIE STERN JAIRO ZYLBERSTAJN CARLOS EDUARDO ALTONA (CADU) GISELLE LEVY RAFAEL HOLZHACKER PAULO BRONSTEIN CLAUDIO GORA MICHELE PIKMAN JAIRO PEKELMAN ANITA RAPOPORT SIMÃO AUGUSTO LOTTENBERG ANDRE GRUNEBAUM GILBERTO LERNER JOSÉ RICARDO M. GIANCONI RUBENS KRAUSZ CARLOS EDUARDO FINKELSTEIN BENI WAISWOL (BENI JUDÔ) JEFFREY A. VINEYARD LUIZ FLÁVIO LOBEL DANIEL MINERBO ABRAMINO ALBERTO SCHINAZI TALY GUERCHON HERSCOVICI EVA ZIMERMAN SABRINA CUKIER BLAJ MARCELO SCHAPOCHNIK ELIE FISS KAREN DIDIO SASSON ALBERTO RACHMAN (GIBA TÊNIS) BRUNO JOSÉ SZLAK BERNARDO BLAY WAGON NISSIM LEVI LUCIA FELMANAS AKERMAN

Gestão 2015 / 2019 Votos

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Colocação

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

Candidato

ALAN BOUSSO EDUARDO LEN ARTUR HOLENDER MARCIA MELSOHN ANITA GOTLIB NISENBAUM ALEX LEDERMAN SILVIO RACHMANN EDUARDO ZYLBERSTAJN CRISTINA HERSZKOWICZ LÉO MAMID EDUARDO BLUCHER (EDU JUDÔ) ELIE KONDI HAMADANI (GUINDI) SERGIO ROSENBERG ELCIO NEUSTEIN LIONEL SLOSBERGAS MARCELO ARIEL ROSENHEK EDUARDO DE AIZENSTEIN RENATO KUTNIKAS WEISS AARON BERNARDO SONDERMANN IARA MARCIA DE AIZENSTEIN TAMARA BERENHOLC FLÁVIA ALTMAN CHARATZ ARYEH SHEERY (SHEERY) SERGIO GARBATI GROSS HENRIQUE JOSEF SERGIO ALTIT DANY LEDERMAN MIRIAM SILVIA SCHUARTZ DEBORA REICHHARDT STRAUSS DANIEL MILTZMAN (DANI DO JUDÔ) MARCELA WAKSMAN EJNISMAN ROBERTO MOYSÉS DUTKIEWCZ (ROBY JUDÔ) ANDRÉ TCHERNOBILSKY MOACYR LUIZ LARGMAN SERGIO TRAJMAN (PANGARÉ) ALBERTO TAFLA CHARLES TARANTO ISABEL RIBEIRO DE ALMEIDA COHN ALZIRA MIZRAHI GOLDBERG (MORÁ) IZO PERLMANN (PANGARÉ) EDUARDO BAUMEL MARCELO JOSÉ DAVIDOVICI RUI GELEHRTER LOPES MOISES WAINTRAUB (MOISHE) FABIO EZRA SETTON ISRAEL V. LEVIN (NEVINHA) SERGIO SCHREIER THOMAS MOSCOVITZ ABRAM TOPCZEWSKI FERNANDO FLEIDER

Votos

455 455 447 444 441 440 440 436 432 429 424 420 420 419 417 415 412 407 403 398 396 395 393 389 389 388 383 381 379 375 373 367 364 362 359 357 357 353 351 349 344 343 339 339 338 337 337 335 334 333


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diretoria > concessões

D

epois de um breve intervalo, as opções gastronômicas no clube voltam a incluir um restaurante especializado em comida kasher. Desde o início do mês, o Red Restaurante Kasher da Hebraica atende aos sócios e público externo no salão no saguão da Sede Social. “Nossa missão na Hebraica é oferecer o melhor da gastronomia kasher com toque moderno nos pratos e no serviço”, anunciam Daniel Cohen e David Deutsch, gestores do Red Gastronomia, cuja operação, em breve, será toda concentrada no clube. “Temos uma grande identificação com a Hebraica. Quando um cliente do bufê pede sugestões de locais para realizar eventos indicamos a Hebraica, e o resultado é sempre impecável no seu conjunto”, explica a dupla de empresários. O Red Gastronomia existe há onze anos e nos últimos seis os dois rapazes trabalham afinados em busca da melhor equipe, de uma administração enxuta e da constante atualização do car-

Comida kasher com grife RED RESTAURANTE KASHER DA HEBRAICA JÁ ATENDE AOS SÓCIOS

OFERECENDO O MELHOR DA CULINÁRIA EM UMA PROPOSTA CONTEMPORÂNEA PARA CONQUISTAR A TODOS E PROVAR QUE COMIDA KASHER PODE SER SABOROSA dápio. “Fazemos viagens anuais de pesquisa para detectar tendências, novos produtos e opções para incorporar ao nosso bufê. Isso explica porque implantamos no restaurante uma técnica inovadora de cocção que dá à carne kasher, mais difícil de lidar, a maciez e a textura só encontrada em locais especializados neste produto. Agora, com o Red Restaurante iremos aos Estados Unidos, onde funcionam os melhores bistrôs e delicatessen kasher, aprimorar

DAVID DEUTSCH E DANIEL COHEN ESPERAM O ASSOCIADO NO RED

ainda mais o que já começa com grife e qualidade”, planejam. Felizes com a nova empreitada, Daniel e David supervisionaram todos os detalhes do novo restaurante e acreditam estar preparados para agradar ao público já adepto da culinária kasher e também àqueles que a consideram antiquada e restrita. “Estamos aqui para provar que a comida kasher pode ser saborosa, moderna e até divertida”, declaram os novos concessionários do clube. (M. B.)


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HEBRAICA

Diretoria Executiva

Gestão 2015/2017

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IMOBILIZADO

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HEBRAICA

vitrine > informe publicitário PASSAPORTE EUROPEU PARA SEFARADIM

ACUPUNTURA

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Lei portuguesa beneficia judeus sefaraditas Recentemente o governo de Portugal promulgou lei que concede nacionalidade europeia a descendentes de judeus expulsos de Portugal e Espanha no século XV. Não é necessário provar origem portuguesa; basta ser judeu sefaradita ou ter um avô ou avó se-

faradita. O beneficiado poderá residir e/ou trabalhar em qualquer um dos 28 países da União Europeia. Fones (11) 3661-4399 | 983-131-118 Site www.sefaradim.com.br CARDIOLOGIA

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mente os sintomas. A Clínica Wellness acolhe cada paciente, oferecendo atendimento humanizado através de uma abordagem terapêutica exclusiva.

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Vale a pena alimentar os ciúmes? Apesar de pouco apreciado, o ciúme é uma das emoções humanas mais comuns, sobretudo nos relacionamentos amorosos. Se mal administrado, ele possui o condão de ameaçar a estabilidade de qualquer relação, já que desencadeia sentimentos outros tais como: descon-

fiança, medo e inveja. Uma reflexão psicoterapêutica leva o indivíduo à indagação: vale a pena deixar o ciúme permear nossas vidas?

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Família  Cível Trabalhista  Consumidor

ma e Papai Noel. Nos finais de semana, feriados e mês de férias a programação tem a presença de personagens como a Bruxa, Branca de Neve e o Fantasma Rua Arandi, 270 | Fone (12) 3663-2596 Site www.guiacampos.com/florestaencantada

Dra. Dayane Messias Lopes Dr. Eduardo Durante Rua

Tels: (11) 99944-7331 98018-0377 98507-6427 email: dayanelopes.adv@gmail.com | edurua@uol.com.br


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indicador profissional COLOPROCTOLOGIA

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indicador profissional DERMATOLOGIA

DERMATOLOGIA

ENDOCRINOLOGIA

GINECOLOGIA

FISIOTERAPIA

HARMONIZAÇÃO INTERIOR

NEUROCIRURGIA

DERMATOLOGIA

MANIPULAÇÃO

ESTÉTICA

NEUROLOGIA

GINECOLOGIA

NEUROPEDIATRIA


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HEBRAICA

indicador profissional NEUROPSICOLOGIA

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indicador profissional ORTODONTIA

ODONTOLOGIA

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

/ IDOSOS

OTORRINOLARINGOLOGIA

PSICOLOGIA

ODONTOLOGIA

PSICANÁLISE

OFTALMOLOGISTA

PSICOLOGIA


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HEBRAICA

indicador profissional PSICOLOGIA

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indicador profissional PSICOLOGIA

PSICOTERAPIA

RESIDENCIAL

RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA

TERAPIA

PSIQUIATRIA

PSICOTERAPIA

TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

TERAPIAS ALTERNATIVAS


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compras e serviรงos

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compras e serviรงos


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compras e servi莽os

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HEBRAICA

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roteiro gastron么mico


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