Hebraica nov 16

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ANO LVII

| N º 657 | NOVEMBRO 2016 | CHESHVAN 5777

36º Festival Carmel - 360º

VEM AÍ

RÉVEILLON


HEBRAICA

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palavra do presidente

O teatro dos absurdos Mal acabamos de vencer os primeiros dias do ano judaico e já nos deparamos com pronunciamentos absurdos no Brasil, e fora. Aqui, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) emitiu nota acerca da morte de Shimon Peres falando coisas sem pé nem cabeça a respeito de um dos maiores estadistas mundiais, pessoa que dedicou a vida toda pela paz e foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz. O PSOL chamou Peres de genocida, numa demonstração clara do baixo nível e da ignorância dos políticos que compõem esse partido. E fez isso ao mesmo tempo em que chefes de governo e de Estado e lideranças mundiais acorreram a Jerusalém para acompanhar o sepultamento do líder israelense. Entre eles, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abas, que até pediu autorização do governo para participar da cerimônia fúnebre. Enquanto isso, um bando de ignorantes, em vez de uma atitude pelo menos respeitosa, se revelam em uma manifestação que envergonha a nós brasileiros. Dias depois, foi apresentada nova sessão desse teatro de absurdos e festival de ignorância, desta vez no palco da Unesco, em Genebra, onde foi aprovada proposta de resolução árabe negando o elo do povo judeu com o Monte do Templo. Neste caso, o premier israelense Bibi Netaniahu deu rápida e adequada resposta: convidou os membros da Unesco para viajarem a Roma e examinarem atentamente o Arco de Tito, construído pelo imperador Domiciano em homenagem ao irmão Tito e suas vitórias bélicas, entre elas o cerco a Jerusalém e o saque ao Templo, que destruiu. No Arco vê-se uma menorá esculpida em baixo relevo, que, aliás, serviu de modelo para o emblema do Estado de Israel, depois da independência, em 1948. Além do Muro das Lamentações, o pessoal da Unesco também poderia aproveitar a estada e visitar as escavações do que restou do Templo. E o atual governo do Brasil, que se imaginava ter uma visão mais equilibrada das coisas, nos decepcionou votando a favor desta resolução. Será que para o nosso governo os interesses econômicos estão acima da história e dos direitos dos povos? Nosso papel é repudiar veementemente essas declarações e essas atitudes. Não podemos nos calar diante de atitudes assim, que podem legitimar ou criar condições para atos e ações que, digamos, coloquem em risco os direitos das minorias, por exemplo. O que me conforta é a tomada de posição das entidades de representação política, como a Fisesp e a Conib, e parlamentares como Floriano Pesaro e o vereador eleito Daniel Anenberg, entre outros. Mas isso é pouco. Cada um de nós deve colaborar manifestando-se em todos os lugares, e onde for possível, lembrando a todos quem somos, de onde viemos, para onde vamos, o que queremos, nossa história e nossa tradição, de modo a impedir novas sessões desse teatro de absurdos. Shalom

Avi Gelberg

NOSSO PAPEL É REPUDIAR VEEMENTEMENTE ESSAS DECLARAÇÕES E ESSAS ATITUDES.

NÃO PODEMOS NOS CALAR DIANTE DE ATITUDES ASSIM, QUE PODEM LEGITIMAR OU CRIAR CONDIÇÕES PARA ATOS E AÇÕES QUE, DIGAMOS, COLOQUEM EM RISCO OS DIREITOS DAS MINORIAS


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sumário

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carta da redação

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7 dias na hebraica Acompanhe toda a programação de novembro

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capa / festival carmel Os preparativos já estão a caminho para mais um Festival Carmel

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galeria Miriam Schreier e Nineta Rabner expõem doze obras em “Diálogos Possíveis”

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show Cantora Claudya rende tributo a Barbra Streisand

24

curtas Os melhores momentos da vida social e cultural da Hebraica

26

comunidade Os eventos comunitários mais significativos da cidade

32

fotos e fatos Os destaques do mês na Hebraica e na comunidade

cinema e literatura O encontro de Alice no País das Maravilhas com a obra de Jacques Fux

JUDÔ DE ALTO NÍVEL E MUITA SOLIDARIEDADE MARCARAM A 20ª COPA PROF. HIROSI MINAKAWA

38

ballet Pequenas dançarinas encenam Copélia, clássico de E. T. A. Hoffmann

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12

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conhecimento “Science on Tap” traz o presidente do Instituto Weizmann, de Israel

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agenda Na pauta, encerramento dos cursos de teatro e do Centro de Música

42

fotos e fatos Os momentos mais marcantes do último mês

AS HARKADOT SERÃO ALGUMAS DAS ATRAÇÕES DO FESTIVAL CARMEL 360º

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hebraica recebe Com a Olimpíada das Escolas de Esportes e o Torneio Minakawa, a Hebraica abre as portas para outras entidades

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fit center A história do sócio que perdeu mais de vinte quilos na academia

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46

tênis de mesa Nova estruturação estimula a participação de sócios de todas as idades

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vôlei A equipe de 14 a 16 anos faz bonito no Campeonato SindiClubes

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curtas As últimas da ginástica, xadrez, futsal, natação e judô

58

64

12 notícias As notícias mais quentes do universo israelense

67

a palavra A diferença entre “genocídio” e “assassinato em massa”

leituras A quantas anda o mercado das ideias?

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música Cinco dicas imperdíveis para relaxar e curtir em casa

78

ensaio Uma reflexão sobre o papel das próximas eleições sobre os judeus americanos

viagem Um passeio pelas quatorze ilhas que compõem a cidade de Estocolmo

62

72

história A importância que Portugal teve para os judeus na Segunda Guerra

80

curta cultura Dicas para o leitor ficar ainda mais antenado

96

lista Saiba quem é quem no Executivo da Hebraica

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68

fotos e fatos Os momentos mais marcantes do último mês

holocausto A história da mais jovem sobrevivente da Shoá

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SPA HAMSA ESTÁ DE PORTAS ABERTAS


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carta da redação

Continuidade por gerações Há alguns anos encontrei colegas de minha geração em um evento do Sindicato dos Jornalistas. Foi a ocasião para colocar nossas agendas em ordem no sentido de saber onde cada um estava e o que fazia profissionalmente. Eles ficaram ao mesmo tempo surpresos e curiosos quando lhes disse que, entre outras atividades, junto com um punhado de colegas, fazia a revista da Hebraica. – A mesma onde o Marcão trabalhava?, perguntou um deles. – Sim, a mesma. Aliás, eu indiquei o Marcão, ainda em 1990. Nós nos referíamos a Marcos Faerman, gaúcho, gremista, grande judeu à moda dele, ativista político e fantástico jornalista, um dos melhores da segunda metade do século passado, vencedor de vários prêmios jornalísticos importantes. Morreu prematuramente antes de o século virar a esquina – E o que o clube acha disso?, perguntou outro colega. – A Hebraica dá muita importância e valoriza esse tipo de produção intelectual. A revista é quase contemporânea do clube, que tem mais de sessenta anos, e é publicada ininterruptamente desde então. Tornouse uma espécie de patrimônio cultural pois, além das coisas do clube, divulga o amplo e vasto universo judaico – história, memória, costumes, tradições – e, mais importante do que tudo, aquilo que o judaísmo chama, em tradução livre, de “continuidade por gerações”. E esta edição da revista da Hebraica é mais um exemplo disso. Boa leitura Bernardo Lerer – Diretor de Redação

ANO LVII | Nº 657 | NOVEMBRO 2016 | CHESHVAN

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DIRETOR-FUNDADOR SAUL SHNAIDER (Z’l) PUBLISHER FLAVIO MENDES BITELMAN DIRETOR DE REDAÇÃO BERNARDO LERER EDITOR-ASSISTENTE JULIO NOBRE

SECRETÁRIA DE REDAÇÃO MAGALI BOGUCHWAL REPORTAGEM TANIA PLAPLER TARANDACH TRADUÇÃO ELLEN CORDEIRO DE REZENDE

CORRESPONDENTES ARIEL FINGUERMAN, ISRAEL FOTOGRAFIA FLÁVIO M. SANTOS GUSTAVO WALDMAN

GERCHMANN (COLABORAÇÃO) CAPA DIVULGAÇÃO

DIREÇÃO DE ARTE JOSÉ VALTER LOPES DESIGNER GRÁFICO HÉLEN MESSIAS LOPES

ALEX SANDRO M. LOPES

EDITORA DUVALE RUA JERICÓ, 255, 9º - CONJ. 95

E-MAIL DUVALE@TERRA.COM.BR CEP: 05435-040

- SÃO PAULO - SP

DIRETOR PAULO SOARES DO VALLE ADMINISTRAÇÃO CARMELA SORRENTINO ARTE PUBLICITÁRIA RODRIGO SOARES DO VALLE

DEPTO. COMERCIAL SÔNIA LÉA SHNAIDER PRODUÇÃO PREVAL PRODUÇÕES

IMPRESSÃO E ACABAMENTO GRASS INDÚSTRIA GRÁFICA PUBLICIDADE TEL./FAX: 3814.4629

3815.9159

E-MAIL DUVALE@TERRA.COM.BR JORNALISTA RESPONSÁVEL BERNARDO LERER MTB 7700

calendário judaico ::

OS CONCEITOS EMITIDOS NOS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE

NOVEMBRO 2016 Cheshvan 5777

DEZEMBRO 2016 Kislev 5777

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Primeira vela de Chanuká

INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES, NÃO RE-

PRESENTADO, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DE DIRETORIA DA HEBRAICA OU DE SEUS ASSOCIADOS.

A HEBRAICA É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DA ASSOCIAÇÃO

“A HEBRAICA” DE 1.000, PABX: 3818.8800

BRASILEIRA

SÃO PAULO RUA HUNGRIA,

EX-PRESIDENTES LEON FEFFER (Z’l) - 1953 - 1959 | ISAAC FISCHER

(Z’l) - 1960 - 1963 | MAURÍCIO GRINBERG (Z’l) - 1964 - 1967 | JACOB KAUFFMAN (Z’l) - 1968 - 1969 | NAUM ROTENBERG 1970 - 1972 | 1976 - 1978 | BEIREL ZUKERMAN - 1973 1975 | HENRIQUE BOBROW (Z’l) - 1979 - 1981 | MARCOS ARBAITMAN - 1982 - 1984 | 1988 - 1990 | 1994 - 1996 | IRION JAKOBOWICZ (Z’l) - 1985 - 1987 | JACK LEON TERPINS 1991 - 1993 | SAMSÃO WOILER - 1997 - 1999 | HÉLIO BOBROW - 2000 - 2002 | ARTHUR ROTENBERG - 2003 - 2005 | 2009 - 2011 | PETER T. G. WEISS - 2006 - 2008 | ABRAMO DOUEK 2012-2014 | PRESIDENTE AVI GELBERG

VEJA NA PÁGINA 98 O CALENDÁRIO ANUAL

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capa | festival carmel 360o | por Magali Boguchwal

Quando a dança diz tudo A

A 36ª EDIÇÃO DO FESTIVAL CARMEL FOI CONCEBIDA COMO

UM CÍRCULO. DIAS 9, 10 E 11 DE DEZEMBRO COREÓGRAFOS, PROFESSORES E

DANÇARINOS FARÃO UM GIRO DE

360º ABRANGENDO COM SUA ARTE

TODOS OS ASPECTOS DA VIDA

Amor na dança A cerimônia e a comemoração de casamento de Eduardo Bousso e Adriana Zucker será em novembro. Em meio aos preparativos, eles acrescentaram uma hora adicional as quatro de ensaios que os dançarinos do grupo Carmel fazem aos domingos. Obviamente, não pode faltar dança folclórica na festa de casamento de um integrante ou ex-integrante do Carmel. A coreografia criada especialmente para a ocasião terá a participação de alguns ex-dançarinos amigos dos noivos. E a apresentação do grupo na festa não é surpresa para os noivos porque “eles também vão dançar”, explica a coreógrafa do Carmel, Paloma Gedankien. A exemplo de muitos dos amigos dos grupos Carmel e Hakotzrim, Dudi e Adriana dançam desde pequenos. “Antes deles, vários outros casais se formaram a partir da convivên-

cia que tinham no Carmel ou Hakotzrim, inclusive o meu. Hoje minha filha dança no Parparim e a vida segue” conta Nathalia Benadiba, ex-dançarina e ex-coreógrafa do Carmel. “Independentemente de se dedicarem a outras profissões, a dança faz parte do dia-a-dia desse pessoal. Há épocas em que o calendário do grupo fica repleto de aniversários, noivados e tem até alguns brit-milá”. “Estamos sempre juntos até fora dos ensaios. Na semana passada, não houve ensaio, porque fomos saltar de paraquedas”, conta Raphael Elefant. “Depois do casamento do Dudi, o foco estará no Festival Carmel”, promete. Michele Elkabetz vai festejar o casamento da amiga e também dez anos como integrante do Carmel. “São 21 anos desde que comecei a dançar. E gosto tanto que, além dos ensaios, faço aulas de jazz para aperfeiçoar o alongamento e a postura. Minha professora é a Ariane, a mesma profissional encarregada da

preparação física dos dançarinos do Carmel”, comenta. Além das coreografias que apresentará no Festival Carmel 360º, ela faz parte do grupo que cuida das harkadot no evento. “É uma atividade que adoro, porque não me limito a ensinar danças. Ajuda muito a entender as coreografias, porque enquanto as pessoas dançam, é possível ver a fluidez dos passos. Do repertório do grupo Carmel, Michele prefere “Libeinu” e “Sodot”. “Tenho um xodó por ‘Sodot’ porque executo um solo em que saio do cesto e danço”, afirma ela. “Se tiver de escolher um ritmo para dançar, vou optar pela hora”, conclui. Para Michele, a dança tem muito a ver com sua personalidade atual. “Ela ensina responsabilidade, colaboração, melhora a noção que temos do corpo. Isso é educação. Olha o que um hobby pode fazer em nosso benefício, sem contar o exercício físico”, conclui ela.

história do Festival Carmel sempre foi ligada à alegria. Quem desembarca em São Paulo, vindo de Israel, Argentina, das cidades de Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e também os paulistanos inscritos no evento, imagina dois dias frenéticos com novos e antigos amigos e tendo como trilha sonora as músicas que unem gerações de judeus de todos os cantos do planeta. O Festival Carmel 360º terá tudo isso, e também uma homenagem a Shimon Peres (z’l) falecido em setembro último. Ele dará o nome e será o tema do show da noite de sábado. “A ideia é representar por meio das coreografias momentos da vida dele e somar mais uma homenagem às muitas que ele certamente merece”, comenta a diretora artística do festival, Nathalia Benadiba. Mas antes desse momento solene, a programação do Festival Carmel 360º terá muito da amplidão sugerida pelo tema escolhido para este ano. “Um bom exemplo será o show de talentos que dará aos coreógrafos iniciantes a oportunidade de mostrar seu trabalho. Muitos dos coreógrafos que hoje atuam nas escolas e clubes estrearam no Festival Carmel”, conta Nathalia. Um das mudanças da 36ª edição será o show de danças massivas, na noite de sexta-feira, no Centro Cívico, para dançarinos e também aberto ao público. O Kabalat Shabat de boas vindas será no Espaço Adolpho Bloch. “A organização inclui um desafio adicional aos grupos escalados para se apresentar no show especial ‘Maagal’, que será realizado logo após a abertura. Montaremos um palco circular de modo a que as danças, todas massivas, deverão prestigiar todo o público ao redor. No caso de palcos tradicionais, em geral o público está em frente e os dançarinos se movimentam quase sempre voltados para ele”, antecipa Nathalia, que coordena o Centro de Danças e, no Carmel, acumula a direção artística. “O diretor geral é o Gaby Milevsky, sem o qual muito do que se vê no Festival não existiria”, completa ela. A novidade será seguida de uma tradição no Carmel, a harkadá (dança de roda) regada a sorvete. “Nos festivais de dança, tudo acaba em harkadá, não importa qual o cardá>>


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capa | festival carmel 360o >> pio”, brinca Nathalia. Para este ano, foi convidado o markid (professor de dança) Sagi Azran, que iniciou carreira em Israel e hoje é um dos mais festejados profissionais na comunidade judaica de Los Angeles. “Ele tem muito sucesso entre os jovens e muita gente viaja só para participar de um seminário de danças com ele”, destaca Nathalia. Azran vai ensinar novas danças nas harkadot e na Maratona 360 Minutos, mas ainda antes do Festival ele dará uma pré-harkadá na quinta à noite e ministrará um workshop durante o dia, sexta-feira. “Para muitos dançarinos, o segundo final de semana de dezembro será muito longo”, observa Nathalia.

O primeiro festival Enquanto Michele Elkabetz é uma veterana do Festival Carmel, Ariane Rossetti, que trabalha com o grupo Carmel na área de técnica de dança, acompanhara o primeiro de sua carreira, em dezembro “Estou muito ansiosa. Trabalho com os dançarinos do grupo desde o início do ano e já os acompanhei em dois shows, o ‘Milim’ e o ‘No Ar’. São muito batalhadores e cheios de potencial. Foi enorme a evolução que tiveram entre o show das lehakot (‘Milim’), em junho, e o ‘No Ar’, em agosto. Quero vê-los no palco, durante o Carmeo 360º”, avaliou. Ariane tem vinte anos como bailarina e coreógrafa de ballet clássico, jazz e conheceu recentemente a dança folclórica. “É um bailado muito vivo, feliz, alegre e tecnicamente difícil”, descreve. “Ele traz elementos de todas as outras danças. Admiro as coreografias, os desenhos que os bailarinos formam no palco. Até a escolha de músicas é acertada. Não vejo a hora de conhecer esse festival do qual já ouvi falar tanto”, conclui. OS ENSAIOS ESTÃO A TODO VAPOR

Gente de Israel Além de Azran, o Festival Carmel 360º contará com a participação da lahakat Machol Midbar, da cidade de Maalê Edumim, em Israel. “É bom ver o trabalho que os grupos desenvolvem. Esse intercâmbio é uma das características do Festival Carmel desde a primeira edição”, enfatiza Nathalia, que estreou no Carmel em 1990. Dança e integração têm sido as marcas registradas do Festival e, a cada ano, os organizadores oferecem novas propostas na programação. O Boteco Carmel foi uma que ganhou a simpatia dos dançarinos. “Este ano, no final da tarde, teremos música com um grupo que faz sucesso com sertanejo universitário. Além dessa atração, teremos um workshop de capoeira, tipo de luta que faz muito sucesso entre os convidados do exterior e, por que não dizer, entre os brasileiros também”, pondera. Os ingressos para os shows de sábado e domingo à noite já estão à venda. Nathalia guarda segredo a respeito do show de encerramento do Festival Carmel 360º. “Temos muitas surpresas, mas até chegarmos a ele, haverá vários shows, inclusive o infanto-escolar, e espero que os dançarinos e os sócios aproveitem cada minuto com tanto entusiasmo como nós, da organização, já na fase final de preparação. Afinal, o tempo voa em 360º!”, diz Benadiba.

PARA APRESENTAR

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DE QUALIDADE PROFISSIONAL

Judeus em Uganda O grupo Kalanit receberá aplausos quando apresentar a coreografia a respeito dos judeus da comunidade Abaiudaia, que vive em Uganda, na África. Uma das coreógrafas do grupo, Carolina Zyman, soube da existência da comunidade remota dos Abaiudaia (“Filhos de Judá”) por meio do trabalho que realiza no movimento juvenil da Comunidade Shalom. “Uma amiga viajou para a África e lá foi colocada em contato com essa comunidade. Quando ela voltou à Comunidade Shalom estreitou os laços com os Abaiudaias e chegamos a receber uma jovem ugandense para participar de uma machané da Shalom. Então conversei com as outras coreógrafas, a Adriana Zucker e a Luana Mann, e propusemos a montagem de uma coreografia contando a história desses judeus. A Nathalia, do Centro de Danças, concordou e seguimos em frente com o projeto”, contou Carolina. Formada em psicologia e também em dança pelo Meidá Rikud (curso mantido durante alguns anos pelo curso de líderes Meidá), Carol afirma gostar das danças diretamente ligadas às etnias. “As danças etíope, iemenita, marroquina são fortes e trazem muitos traços da nossa cultura e eu me identifico muito com elas.” As três coreógrafas transmitem às dançarinas de 11 e 12 anos do Kalanit todas as informações que têm acerca dos

costumes dos Abaiudaias e aos poucos o grupo se adapta à música e aos movimentos da dança. “A dança é uma linguagem universal. Em diferentes comunidades, nós judeus vivemos experiências semelhantes o que é muito bonito e é um tipo de manifestação artística que reproduz muito a cultura. Se pensarmos durante quantos anos marroquinos e iemenitas preservaram as danças que hoje reproduzimos perceberemos a riqueza do povo judeu e apreciaremos ainda mais essa cultura que nos envolve quando estamos no Festival”, finaliza Carol.



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cultural + social > galeria

Entrem, conversem com os quadros DOZE OBRAS DE MIRIAM SCHREIER E NINETTA RABNER COMPÕEM A EXPOSIÇÃO “DIÁLOGOS POSSÍVEIS” NA GALERIA DE ARTE, COM VERNISSAGE DIA 26, DAS 12 ÀS 15 HORAS

D

uas artistas, Miriam Nigri Schreier “motivada por uma necessidade interior”, e Ninetta Salfatis Rabner, porque o trabalho está “associado ao seu projeto de vida”, ocupam a Galeria de Arte a partir do dia 26 deste mês com doze obras. Paulistana, Miriam estuda arte desde os 13 anos – artesanato, tapeçaria, cerâmica, bijuterias – até chegar à pintura. Teve vários mestres e, de 1996 a 2008, sentiu-se “em casa” no ateliê de Sérgio Fingermann. Em 1986, expôs pela primeira vez na Hebraica e, desde então participou de mostras na França, Estados Unidos, Hungria, Suíça, entre outros países. Ninetta nasceu na Grécia e chegou ao Brasil com 6 anos de idade. Ao rabiscar, desenhar e pintar percebeu, desde cedo, que essa era a sua vocação, pois, por meio da arte, expressava as memórias e vivências do passado que não conseguia verbalizar como estrangeira. Formou-se em artes plásticas na Faap. Participa de grupos de estudo orientados por Sérgio Fingermann e Sílvia Mecozzi, e um currículo de mostras individuais e coletivas, como no Carrousel du Louvre e no Salão de Outono, na França, onde recebeu medalha de prata. “Vejo-me diante de uma tela, ainda em branco, iniciando a expressão de meus

sentimentos e, mesmo tendo a sensação plena do que estou fazendo, o final é sempre a linguagem da cor”, assim Miriam define o processo criativo. Ela mexe com as cores e as infinitas combinações e a alma se torna pura emoção. “Minha arte acontece, semelhante à construção de um edifício, mas de forma plenamente intuitiva, sem nenhum traço ou desenho prévios.” A natureza, ruínas, raízes estão presentes nas telas de Ninetta. “O olhar que trago nas narrativas não é nostálgico. A

memória serve como referência fundamental para o envolvimento entre minhas origens e meu mundo atual”, isto é, o tema serve de pretexto para a reflexão e o envolvimento. As telas trazem símbolos, apagamentos e elementos de desconstrução, a eterna busca da origem, “um processo sem fim, uma tentativa de explicar o inexplicável”, define a artista. Para o diretor da Galeria e curador Olívio Guedes, “elas escrevem em suas obras o mundo simbólico... o observador se representa em suas obras”. (T. P. T.)

MIRIAM NIGRI SCHREIER (NO ALTO) E NINETTA SALFATIS RABNER EXPÕEM SEUS SENTIMENTOS, SUA ARTE


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cultural + social > cinema e literatura

Alice é meshugá? O QUE TÊM EM COMUM O CLÁSSICO ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS E MESHUGÁ? RESPOSTA EM “ENCONTRO DIVERTIDO” DE CINEMA E LITERATURA DIA 13, ÀS 16H30. CLUBE DA LEITURA E DEPARTAMENTO DE CINEMA VÃO REALIZAR UMA PARCERIA COM NOVIDADES PARA 2017

AS MARAVILHAS DO MUNDO DE ALICE E A MESHUGÁ DE JACQUES FUX NA TELA E AO VIVO

Novidades unem leitores e cinéfilos O Clube de Leitura e o Cinema trabalham em parceria, pensando na programação de 2017. A partir de fevereiro e ao longo do ano, os sócios podem aguardar novidades, como a exibição de grandes filmes inspirados e adaptados de obras literárias, num ciclo especial. “O encontro de Alice e Fux é apenas uma amostra do que estamos planejando”, diz a diretora de cinema Sylvia Lohn, mais a experiência positiva de Vivian Schlesinger no Clube de Leitura. Já neste mês, a programação de cinema será destaque no novo painel à entrada do Teatro Arthur Rubinstein e, em breve, os frequentadores do cinema receberão flyers com as sinopses dos filmes em cartaz no clube. Por enquanto, anote a programação de novembro: Dia 9, quarta-feira, Francofonia, produção de 2015 reunindo França, Alemanha e Holanda; dia 12, sábado, O Bebê de Bridget Jones, de 2016, produção do Reino Unido/Irlanda/França e EUA; dia 23, quarta-feira, Sete Homens e um Destino, filme norte-americano de 2016. A pré-estreia do mês será dia 16, com o filme japonês Depois da Tempestade. Todas as sessões começam às 20h30, no Teatro Arthur Rubinstein. (T. P. T.)

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m encontro cujo objetivo é brincar com a lógica do nonsense da personagem de Lewis Carroll e os mitos acerca da loucura judaica em dose dupla: primeiro, a exibição do clássico Alice no País das Maravilhas (Disney, 1955), com debate acerca das brincadeiras do livro homônimo e, em seguida, o lançamento de Meshugá: Romance sobre a Loucura, de Jacques Fux, editado pela José Olympio. “Ao caminharmos pelas veredas da loucura da Alice chegaremos ao cerne do problema de Meshugá, termo hebraico para designar loucura. Quem são os loucos, afinal”, pergunta Fux ao relatar que “o evento é voltado para crianças, jovens e adultos – e também para malucos e sãos” Quais as razões para um livro supostamente “infantil” chamar a atenção dos leitores nos últimos 150 anos? Essa pergunta é a linha condutora da conversa em seguida à projeção do filme e que “deseja despertar o interesse de todos pelo mundo das letras, dos números e dos paradoxos de Carroll”, explica Fux. Na segunda parte do evento, a motivação do debate é o lançamento do recente livro de Fux, matemático com mestrado em ciência da computação, doutor em literatura comparada, doutor em língua, literatura e civilização francesas pela Universidade de Lille 3, e professor visitante na Universidade Harvard (2012-2014). Meshugá reinventa a vida e a obra de várias personalidades como a filósofa Sarah Kofman e o cineasta Woody Allen, tentando desvendar os mistérios da insanidade, do auto-ódio e do erotismo. Narrativas e ensaios ficcionais dialogam com dados históricos e científicos sobre a literatura judaica. Segundo a escritora e jornalista Cíntia Moscovich, “essa obra é o exercício de evisceração da alma, Jacques Fux oferece um resumo sincero, elegante e potente da doidice ancestral, aquela que fundou e que continua alimentando não só a loucura de toda a humanidade, mas também, e felizmente, o humor que alivia e a arte que redime”.


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Claudya Sings Barbra UMA DAS VOZES MARCANTES DA MÚSICA POPULAR

BRASILEIRA HOMENAGEIA UMA DAS

MAIORES CANTORAS DA

ATUALIDADE: BARBRA STREISAND

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ia 19, às 21h, o Teatro Anne Frank recebe Claudya, conhecida pelo sucesso na interpretação de Evita nos palcos brasileiros nos anos 1980. Dessa vez, a cantora presta tributo a Barbra Streisand, num show exclusivo, intimista, dirigido pelo produtor musical Manoel Barenbein, “que produziu meu primeiro disco e dirigiu um show meu no Teatro Arthur Rubinstein, há alguns anos, com o Zimbo Trio”, lembra a cantora. Para Barenbein, responsável por produzir Caetano Veloso e Chico Buarque, “esse show promete ser um marco na carreira da cantora, além de inaugurar um novo momento em seus projetos como intérprete, compositora e musicista”. No programa, Claudya interpretará canções que fizeram o sucesso de Bar-

CLAUDYA SE PREPARA PARA FAZER UM SHOW MEMORÁVEL NO TEATRO ARTHUR RUBINSTEIN

bra, como Somewhere, People, Cry me a River e a célebre Papa Can You Hear Me, consagrada no filme Yentl com o Oscar de Melhor Canção Original. E por que escolher Barbra Streisand? Para Claudya, “ela foi minha professora, uma grande paixão. Eu ouvia repetidamente os discos dela quando jovem para tentar alcançar suas notas, fiquei fã da sonoridade da sua voz. Decidi aprender com ela e comecei a cantar junto, pois acredito que assim se aprende. Percebi que, diferentemente das cantoras brasileiras da época, a voz dela não vibrava e senti que essa forma de cantar era moderna e, ao mesmo tempo, difícil. Agora realizo um sonho antigo de interpretar músicas do seu repertório e, melhor, volto a cantar nesse clube”. Claudya será acompanhada por um

quarteto – piano, baixo, bateria e guitarra -- formado por músicos de sua banda. “Quero surpreender os fãs de Barbra e fazer um show memorável”, conta Claudya na visita ao palco da Hebraica e seus olhos brilham. Em sua carreira, cantou em turnês pelos Estados Unidos e Europa, e foi aclamada como a mais impactante Evita de todos os tempos. Paralelo ao show, prepara o lançamento oficial de seu CD Autoral – Para Sempre Amanhecer –, que inclui canções criadas com o pianista Tiago Mineiro. Show “Claudya Sings Barbra” Local: Teatro Anne Frank Data: 19 de novembro, sábado, às 21h Ingressos: Central de Atendimento


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Torneio de Tranca

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3º. Torneio de Tranca mostrou integração com a presença de sócios dos clubes Alto de Pinheiros, Homs, Paulistano e Sírio Libanês, em noite que juntou o prazer de jogar cartas à alegria de receber prêmios cobiçados. Os apoiadores GA.MA Italy, líder mundial em vendas de equipamentos de beleza com serviços exclusivos de beleza, Hotel Frontenac de Campos do Jordão, Spa Sorocaba, WStudio Cabeleireiros e SPA Hamsa da Hebraica ofereceram prêmios, sorteados entre os participantes do torneio. As duplas Americo Hermann (Hebraica) e Antonio Andrade (Clube Homs), Fabio Svartmann e Fernando Wahba, Ida Svartman e Genny Epelman, Gedalia Romesz e Jaime Piermkarz, todos representando a Hebraica, foram os ganhadores da noitada.

Emoção do palco para a plateia A Cabala em vários níveis

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Médicos sob a batuta musical

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Concerto da Orquestra Filarmônica dos Médicos do Hospital Israelita Albert Einstein lotou o Teatro Arthur Rubinstein. O programa, que teve peças de Rachmaninoff, Ernesto Lecuona, Mozart e seleção de O Violinista no Telhado, agradou o público que saiu feliz com o resultado da apresentação. A Orquestra existe há 27 anos, sempre regida pelo maestro Nasari Campos. Compositor, orquestrador, arranjador e autor de artigos e obras musicais, o maestro é querido pela dedicação e envolvimento com os músicos, quase todos em jornada dupla entre as artes médicas e o gosto pelas partituras.

professor e coach espiritual Marcelo Steinberg dá seguimento ao curso de Cabala em diferentes níveis. Em continuação ao Nível 1, aquele do conceito de Tikun (Correção) a ser feito em vida, o Nível 2 foca “Desvendando o seu Tikun”, em sete aulas, às terças às 20h30, descritas como um passo para uma vida de crescimento, equilíbrio e harmonia. Para os mais “adiantados”, Steinberg dará o Nível 4: “Árvore da Vida/O Pensamento da Criação”. Também às terças, mas às 19 horas, para por meio de nomes e letras entender a criação de um mundo de oportunidades e crescimento. Tudo na Sala Plenária.

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rês horas de pura emoção, assim foi o show “Encontros”, no Teatro Arthur Rubinstein. Os dançarinos do anfitrião grupo Chaverim, reuniram diversas manifestações artísticas em que diferenças, arte e ousadia constituem modelos do que é possível fazer quando o viver está acima

de tudo. Cadeiras de rodas, bengalas, gestos comedidos, passos desencontrados fizeram o encontro das diferenças, tendo como foco a capacidade, não a limitação. O programa juntou a capoeira da Aacd, a ginástica da Associação Paradesportiva JR, a dança dos cadeirantes do Studio Las, da Contento, do Movimentarte, os dançarinos da terceira idade da Unibes, o Coral da Adere, a dança árabe, os grupos de dança Car-

mel da Hebraica, do Colégio I. L. Peretz, Renascença e Escola Alef. Pintores com boca e pés mostraram sua arte, com a apresentação do chef Guga Rocha, da ONG Chefs Especiais, que atua na inclusão de pessoas com síndrome de Down por intermédio da gastronomia. O grande final foi a apresentação da Orquestra de Violões da CIP e Coral da Hebraica, quase duzentos artistas no palco e o público em pé cantando Gracias a La Vida.

Feliz Idade: agenda diversificada Em novembro, a programação da Feliz Idade começa com atividade no Espaço Gourmet, quinta-feira, dia 10. Sábado, 12, a tarde será dedicada “Em Memória de Itzhak Rabin”, com Celso Zilbovicius; “Fome Emocional”, algo diferente, o tema de Gisela Campiglia, dia 17 e, dia 19, Fátima Almeida, do Clips Instituto do Pensamento, mostra as “Mãos que Falam”. O psicoterapeuta Leo Fraiman vai explicar como “Utilizar Bem o Nosso Cérebro, para uma Vida Saudável”, dia 24; e o mês finaliza com a exibição de “Conduzindo Miss Daisy”, dia 26. De olho em dezembro, o primeiro encontro do mês será dia 8, com Marcelo Steinberg, coach espiritual e professor de Cabala, com o tema “Chanuká – Criando Milagres”. Sempre as 14h30, na Plenária.

Muita luz para o novo ano 2017

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Departamento Social prepara a entrada do ano de 2017 cuidando de todos os detalhes para uma festa completa. “Luzes” foi o nome escolhido para o ano novo ser muito feliz. Já está decidido que a decoração terá luzes especiais; a banda Feelings, muito bem recebida pelos sócios festeiros, prepara seleção musical para todos os gostos; as mesas serão reservadas, daí a necessidade de adquirir logo os convites, para escolher o lugar e reunir os amigos. Na próxima edição, conheceremos mais para fazer dessa noite a primeira de muitas outras alegres durante todo 2017. (T. P. T.)


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coluna comunidade

Gartner fala para alunos adultos

Júlio Gartner continua seu caminho de mostrar, através do filme de sua vida, o que foi a barbárie nazista. Dessa vez, 150 alunos de uma unidade de Ensino para Jovens Adultos (EJA), programa do Governo do Estado de São Paulo, com classes noturnas na Escola Beit Yaacov, assistiram ao filme Sobrevivi ao Holocausto, seguido de palestra do personagem e do diretor Márcio Pitliuk.

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COLUNA 1

Lembrando Shimon Peres

Artista visual e professor da FAU-USP, Sílvio Dworecki é um dos três brasileiros participantes do G20, na China, com a pintura Mariana Nunca Mais, que denuncia a recente catástrofe ambiental em Minas Gerais.

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cônsul de Israel Dori Goren, o secretário Floriano Pesaro, os presidentes Fernando Lottenberg da Conib, Bruno Laskowsky da Fisesp, Avi Gelberg da Hebraica, Cláudio Bobrow do Fundo Comunitário, e Cláudio Lottenberg do Hospital Israelita Albert Einstein, ocuparam a tribuna no palco do Teatro Anne Frank durante a homenagem ao co-fundador do Partido Trabalhista, primeiro-ministro e presidente de Israel Shimon Peres (z’l). Em cada fala, um aspecto foi destacado: o visionário, o moderador, o construtor da indústria de defesa israelense, o criador do Centro para a Paz, algumas das facetas do Prêmio Nobel da Paz, recebido com Itzhak Rabin e Yasser Arafat em 1994. Conduzida por Mona Dorf, a cerimônia contou com o chazan Avi Bursztein, da CIP, entoando a prece Avinu Malkeinu e a leitura de um poema, por Revital Poleg (foto), diretora da Agência Judaica, ex-integrante da equipe de Peres.

Iehudit foi o nome hebraico escolhido por Silvia (Gafanowicz) e Ulisses Lua Moraes para a Anne Sophie, que gostou do som durante as rezas na Sinagoga do clube.

Conib traz Sharansky

Acadêmicos internacionais em livro Rosalie Helena de Souza Pereira venceu o Prêmio Jabuti de Ciências Humanas com Averróis: A Arte de Governar (Editora Perspectiva, 2012). Autora de vários livros importantes no âmbito da filosofia, especialmente da filosofia árabe – seu O Islã Clássico: Itinerários de uma Cultura (Perspectiva, 2007) tornou-se a principal referência na área –, ela trabalhou por mais de cinco anos na elaboração e organização de Na Senda da Razão: Filosofia e Ciência no Medievo Judaico. A obra reúne 27 artigos de 22 autores, dos principais centros acadêmicos na Espanha, França, Itália, Israel, Estados Unidos e Brasil, voltados ao pensamento filosófico e científico desenvolvido nas comunidades judaicas entre os séculos IX e XV.

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por Tania Plapler Tarandach | imprensa@taran.com.br

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m novembro, a Conib reúne as federadas de quatorze Estados brasileiros em sua 47ª. Convenção na Hebraica. Este ano, o convidado especial é Nathan Sharansky, o símbolo da dissidência soviética. Ativista pelos direitos humanos na ex-União Soviética, ficou confinado, durante quatro anos, na Sibéria, período em

que fez greve de fome por 37 vezes. Venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov pois, durante a prisão, jogava partidas com ele mesmo. Ao ser libertado por Mikhail Gorbachev, graças à pressão internacional, partiu de pronto para Israel e passou a atuar na libertação dos judeus soviéticos e em recebê-los na nova pátria. Foi ministro de Assuntos da Diáspora e, desde 2009, ocupa a presidência da Agência Judaica. Sharansky será homenageado durante o jantar da Convenção, evento que tem o apoio da Agência Judaica e da Hebraica. O convite está aberto, o valor e a forma de pagamento serão divulgados em breve.

Maurício Schuartz pilotou a cozinha da Confraria House of Food com o cardápio do “Chefs de Rua”, série apresentada nos Emirados Árabes Unidos, Malásia e Tailândia com histórias e curiosidades do mercado de street food no Brasil. O segundo volume de Psicanálise de Transtornos Alimentares foi organizado por Cybelle Weinberg e reúne artigos escritos por especialistas em distúrbios alimentares do Ceppan (Clínica de Estudos e Pesquisas em Psicanálise da Anorexia e Bulimia) com o selo da Primavera Editorial.

Nova rota Brasil-Israel Masterclasses, conversas e concertos de música de câmara compõem o projeto “Brahms – O Grande Romântico”, em andamento no Espaço Promon até o final do ano. O pianista israelense Roman Rabinovich apresentou sonatas para violino e piano com a holandesa Liza Ferschtman. Roberto Ring, violoncelo, e Horácio Schaefer, viola, estão entre os brasileiros na programação.

“Impacto do Benefício Fiscal na Precificação das Debêntures de Infraestrutura”, é o título da tese de mestrado defendida por Fayga Czerniakowski Delbem, na economia da Eesp/FGV. O criminalista Fábio Tofic Simantob assume a presidência do Instituto de Defesa do Direito de Defesa propondo-se a mostrar para a sociedade que cumprir regras é tão importante quanto combater o crime.

∂ Léo Shehtman e Alan Araújo receberam para jantar na Casa Cor paulistana para apresentar o projeto One Thousand Museum, edifício residencial da premiada arquiteta iraquiana Zaha Hadid, falecida em março último na Flórida. Márcia Rubin está de volta à TV Globo, como diretora de movimento e coreografia na nova série “Nada Será Como Antes”.

∂ Como uma préestreia para o 7º Kleztival-Festival Internacional de Música Judaica, Nicole Borger fez a apresentação de Música do MundoRaízes/Roots na Fundação Ema Klabin, integrandose ao Daniel Pearl’s World Music Days, projeto em memória do jornalista norte-americano judeu assassinado por radicais no Paquistão.

A Divine Academie francesa selecionou trinta artistas brasileiros para uma exposição no Carrousel du Louvre. Andree Guittcis é o único designer de jóias presente no livro lançado durante jantar de gala em Paris e que terá lançamento no Brasil em 2017. Após quatro décadas criando jóias, Antonio Bernardo aceitou o convite de Isaac J. Elehep, da Mozak Engenharia, para conceber a fachada e portaria de um lançamento imobiliário da empresa no Leblon. Adriana Blay Levisky, vice-presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) seção São Paulo, foi palestrante no Fórum Prêmio Health ARQ, no Espaço Apas. A Escola de Comunicações e Artes ECA/USP celebrou os cinquenta anos de história homenageando personalidades marcantes de sua trajetória em evento no Teatro Paulo Autran do Sesc Pinheiros. Entre elas, o teatrólogo e crítico Jacó Guinsburg, da Editora Perspectiva.

Moradores do Nordeste brasileiro chegam mais rápido a Israel com os vôos saindo de Salvador, Fortaleza e Recife. A nova rota é uma parceria da empresa alemã Condor e a israelense El Al, com escala em Frankfurt. Além de encurtar o trecho nacional, há uma economia na passagem, cuja tarifa válida até 30 de junho de 2017 é de US$ 1,029.

Convite aos Campana Os irmãos Campana – Humberto e Fernando – têm suas obras admiradas em vários países, inclusive Israel. Assim, não causou espanto quando o Museu de Israel (Jerusalém) encomendou à dupla, que incorpora a ideia de transformação e reinvenção à sua obra, a criação de um kit com objetos para datas judaicas específicas, como Shabat e chagim (festas). Acompanhado por Ian Diesendruck, coordenador do Instituto Campana, Fernando Campana visitou o acervo do Museu Judaico de São Paulo, para “se inspirar” na tradição e na cultura, através da variedade de peças ali acondicionadas, prontas para compor a expografia deste que será o maior museu judaico da América Latina.

B’nai B’rith faz a Tarde da Alegria Localizado na Zona Sul de São Paulo, o Centro de Educação Infantil (CEI) Jardim Macedônia atende 162 crianças de um ano e meio a 3 anos e 11 meses, que tiveram uma Tarde da Alegria, proporcionada pela B’nai B’rith de São Paulo. Unindo ensino e brincadeiras, a entidade levou o palhaço Osaskito para entreter as crianças, professores e funcionários.


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cultural + social > comunidade+coluna1

COLUNA 1

Projeto arquitetônico premiado Simoni W. Saidon e Mário Martins assinam o projeto arquitetônico realizado pela Botti Rubin Arquitetura para o restauro e construção do Museu Judaico de São Paulo, no antigo prédio do Templo Beth-El. Esse trabalho acaba de receber o XIII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa, na categoria Projeto Centro de Convenções, Centros Culturais e Museus. Ao lado dos arquitetos, Roberta Sundfeld, diretora do MJSP, na noite realizada pela Flex Eventos, no Tivoli Hotel.

Israel nas telas do CCBB Em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o Consulado de Israel em São Paulo realizou a mostra “O Cinema Israelense dos Anos 2000”. Os filmes retrataram diferentes aspectos da sociedade israelense: conflitos políticos, dramas pessoais, o multiculturalismo étnico fruto da imigração, do Holocausto e da religião. O filme A Banda, de Eran Kolirin, mostrado no Festival de Cinema Judaico da Hebraica, foi seguido de um debate reunindo Fares Saeb e Donny Correia.

Einstein no “Outubro Rosa” O Hospital Israelita Albert Einstein promoveu, durante o “Outubro Rosa”, um encontro entre profissionais de nutrição e pacientes da oncologia para a produção de vários pratos cor-de-rosa. A oficina de nutrição, no Centro de Oncologia e Hematologia do hospital, focou na elaboração de pratos saudáveis, na cor rosa, para a prevenção do câncer com alternativas nutritivas e saborosas para os pacientes em tratamento.

No Hotel Tivoli Mofarrej, a cerimonialista Simone Wassermann promoveu a segunda edição do “Recicla Noivas”. Um evento dedicado a mostrar como planejar o grande dia. Em grandioso desfile na ELLE Fashion Preview, evento da revista ELLE do grupo Abril, Oskar Metsavaht mostrou uma seleção de looks da linha Osklen Praia, extensão da coleção de verão da etiqueta. “Quando Percebi Era uma Aurora” é uma viagem visual contemporânea e consistente reunida em 28 imagens fotográficas impressas em jato de tinta sobre papel de algodão de Feco Hamburger. Para serem vistas, até 17 de dezembro, na Janaina Torres Galeria. A Accor contratou a Len Comunicação e Branding (Eduardo Len) para desenvolver o projeto de validação e criação de experiências da marca para sua bandeira Grand Mercure.

Manifestação brasileira em Tel Aviv Sérgio Kahn falou de “Sorriso Gengival: Aspectos Biológicos e Prática Clínica” e Mário Groisman abordou o tema “Implantes Adjacentes – Como Minimizar Problemas em Áreas Estéticas”. Foi durante o Encontro Internacional da Academia Brasileira de Osseointegração, realizado no Anhembi, com o tema central “Regeneração – o que Realmente Sabemos?” Esgotaram-se rapidamente as inscrições para o curso “Plano de Negócios para Empreendedores Inovadores”, uma realização do Departamento de Geração de Renda da Na’amat Pioneiras SP em parceria com o Senac-SP. Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal, Thomaz Srougi, fundador da Dr. Consulta, e Daniel Lindenberg, fundador e CEO da Dr. Vem, estavam entre os palestrantes convidados para o Summit Saúde Brasil 2016, realizado pelo Estadão e Associação Brasileira de Medicina (AMB).

São 26 trabalhos tridimensionais ocupando as áreas internas e externas do MuBE – Museu da Escultura, que compõem a Coletiva Transparência e Reflexo. Entre os artistas participantes, estão Jac Leirner, Lúcia Koch, Lea Van Stenn e Raquel Kogan. Clarice Chwartzman agradou quando esteve no Espaço Gourmet da Hebraica. Agora, mostra seus truques de churrasqueira na Academia da Carne Friboi, com um curso exclusivo da arte de manejar as grelhas. No Instituto Italiano di Cultura de São Paulo, André Ristum falou a respeito de sua relação com o cinema italiano e a influência deste no filme Meu País, primeiro longa de ficção do cineasta. Lançado recentemente, A Voz do Silêncio é o terceiro trabalho ficcional de Ristum. É de Sérgio Fingermann e

Olívia Ardui a organização do ciclo de conversas “Que Cena É Essa?” no Espaço Contraponto com convidados de diversas áreas, procurando entender temas da produção cultural contemporânea. Como parte do projeto “Flores em Vida”, que homenageia a velha guarda do samba paulistano, Samuel Iavelberg criou a exposição fotográfica “A Generosa da Vila Santa Catarina”, homenagem a Tia Nerosa, fundadora do Samba da Laje na Ação Educativa. “Por uma Crítica Identitária, Encontros e Desencontros do Pensamento Crítico em Arte na Bienal LatinoAmericana de 1978” foi o título da conferência de abertura do VI Fórum Arte e Cultura da América Latina. Jacob Klintowitz, participante ativo do Conselho de Arte e Cultura daquela Bienal, desenvolveu o tema.

Da carreira de sucesso no mundo corporativo, Andrea Goldschmidt partiu para mudar de vida nos últimos três anos. O resultado pode ser visto na primeira exposição de fotos “Festas Populares Brasileiras”, no Octavio Café. Com a diversidade de cores e formas das comemorações tradicionais pelo país. A Casa das Rosas homenageou o escritor e professor Boris Schnaiderman, morto há poucos meses. Nelson Ascher, coordenador do evento, traçou a trajetória da grande contribuição de Schnaiderman na tradução da literatura russa no Brasil, como Dostoiévski e Tolstói, além das parcerias com Haroldo de Campos.

∂ O presidente da Comissão de Ética da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde e diretor regional de

Compliance-América Latina e Caribe (Divisão da Novartis), Felipe Kietzmann falou sobre “Perspectivas e Tendências do Compliance na Saúde” durante o Fórum Healthcare Business, realizado no Sofitel Jequitimar. Brinquedos e utilidades domésticas foram cobiçados durante a feira beneficente realizada pelo Ten Yad, com renda destinada aos programas de segurança alimentar e inclusão social.

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erto de duzentos brasileiros residentes em Israel, entre evangélicos e turistas levando cartazes, foram para a porta da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, para se manifestar contra a decisão do país na polêmica votação na Unesco sobre o status dos lugares santos de Jerusalém.

Grupo de Yom Haatzmaut se reúne

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pós a avaliação no final dos festejos realizados pelo Grupo de Yom Haatzmaut em maio deste ano, ficou acertada uma primeira reunião ainda em 2016 visando a preparação para o próximo evento. E ela aconteceu na Hebraica, com a adesão de representantes das en-

tidades judaicas paulistanas. Mesmo com mais de seis meses de antecedência, foi possível elaborar uma agenda com diferentes ideias e outras mais concretas. A comunidade pode aguardar por uma comemoração à altura do 69º. aniversário do Estado de Israel em 2017.

Shil da Lapa faz 75 anos

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m pleno Iom Kipur, a Sinagoga da Lapa completou 75 anos e seu presidente, Isaac Liberman, na mesma data comemorou 80 anos. No final de Neilá, 335 pessoas lotavam a sinagoga e quase 50 crianças iam de um lado para o outro entre pais e avós. Situada fora do perímetro central, nesse “shil” os serviços são organizados por voluntários, já na terceira geração dos fundadores, seguindo “le dor va dor”, a continuidade do judaísmo.

Cientistas do Weizmann em São Paulo ∂ Na UMA, seu espaço de moda, Raquel Davidowicz tem a companhia de Roberta Sudbrack (foto) e seu bar de cachorro quente, SudDog, com a etiqueta da chef em plena Vila Madalena. No youtube do “Viajo logo existo” (www.youtube.com/ vleoficial) podem ser vistos os vídeos de Rachel e Leo Spencer realizados em Pyongyang, capital da Coreia do Norte.

A

s neurocientistas Michal Schwartz e Orly Reiner vieram a São Paulo, fruto da colaboração científica entre o Instituto Weizmann de Ciências, USP e Hospital Israelita Albert Einstein.

Michal é pioneira mundial em demonstrar a importância do sistema imune na proteção e manutenção do cérebro; Orly leciona no Departamento de Genética Molecular do Weizmann.

AGENDA 7/11 – Assembleia Legislativa, Auditório Franco Montoro. Premiação do Concurso de Pintura e Desenho BrasilIsrael: Turismo, Cultura e Lazer. Realização Wizo SP, entrada franca 17 e 18/11 – VI Conferência REthink Business, a Sociedade Empreendedora. Realização, Unibes Cultural 23/11 a 2/12 – Shopping D&D/WTCSP. Inauguração da exposição “Women and Their Olive Trees”. Inédita no Brasil, reúne trabalhos de mulheres israelenses

muçulmanas, judias e drusas trabalhando em torno do tema “A Árvore da Oliveira”. Entrada gratuita 18 a 28/12 – Espanha e Portugal com o rabino Gourarie. Reservas, fone 3082-3507 ou saragourarie@gmail.com 28/12/2016 a 2/1/2017 – Réveillon no Hotel Glória, em Caxambu. Ceia, música ao vivo, queima de fogos. Realização da Loja David Ben Gurion da B’nai B’rith. Informações, secretar9asp@bnai-brith.org.br


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cultural + social > comunidade

PERSONAGEM

Judeu craque de futebol D

a várzea, no Bom Retiro, para o Palmeiras e São Paulo, com uma “passada” pela advocacia, assim viveu o craque Waldemar. Tudo começou quando o menino nascido em Telenesti, na Bessarábia, hoje República da Moldávia, chegou ao Brasil em 1924, com 6 anos de idade falando apenas o ídiche, o idioma de casa. Como toda família imigrante judia da época, fugida após a Primeira Guerra Mundial, os Zaclis moraram no Bom Retiro. E ali estava a várzea, onde a pelada era a diversão dos meninos. Se não era na várzea, era atrás da igreja Dom Bosco. Já adolescente, ele sabia as rezas em latim, perdia os livros da escola e assim a vida continuava, até que um dia o pai insistiu: “Faça uma experiência, estude durante três meses”. Assim foi e Waldemar recuperou o ritmo escolar. Porém, a bola falava mais alto e o garotão passou pelo Centenário e Macabi, onde sentiu o antissemitismo, muitas vezes provocado pelo time ad-

ZACLIS: UMA VIDA ENTRE A ADVOCACIA E O FUTEBOL

versário quando descobria que jogava com judeus. Zaclis, o zagueiro durão, se revoltava e não levava desaforo para casa. O ano 1938 foi marcante na vida do futebolista. Barros, professor conhecido no bairro, levou o zagueiro para o São Paulo Futebol Club, cujo contrato de jogador profissional de football lhe conferia o ordenado mensal de Cr$ 800,00, “sem que possa alegar qualquer motivo de impedimento, obrigando-se ainda a prestar o seu concurso à Federação Paulista de Futebol e à Confederação Brasileira de Desportos. Logo, recebeu apelidos: era o “Judeu” ou “Polaco”, forma carinhosa de tratar o jovem. Na inauguração do então Estádio Charles Muller (hoje Paulo Machado de Carvalho), o Pacaembu, Zaclis estava lá; no jogo de estreia do centroavante Leônidas da Silva, o Diamante Negro, em maio de 1942, diante de setenta mil torcedores, Zaclis estava lá. No ano seguinte, o tricolor foi campeão e

Zaclis estava lá. Muitos foram os episódios que ficaram na história são paulina e contados anos afora dos feitos de Waldemar, o craque judeu. Em 1944, deixou o São Paulo, jogou alguns meses no Comercial e no Palestra Itália, hoje Palmeiras, para pendurar as chuteiras. A vida não se resumia ao futebol, a bola era parte de sua vida. A outra era a Faculdade de Direito no Largo de São Francisco, onde fora o segundo colocado no exame de admissão e se formou em 1945. A paixão antiga o levou a defender a Associação Atlética Acadêmica XI de Agosto, uma das mais vitoriosas do Brasil. Como aprendiz (nome dado ao estagiário), Zaclis chegava a dormir na casa de seu mestre quando fazia pesquisas para as causas defendidas na banca. Gofredo da Silva Telles Jr., Miguel Reale, Canuto Mendes de Almeida foram professores da sua turma. Suas demandas forenses eram escritas em português correto, estilo convincente, contribuindo para alterar os rumos da jurisprudência, principalmente no Direito das Coisas e na Lei das Locações. Esportista continuou, foi campeão de ping-pong algumas vezes e reunia os amigos da advocacia em seu sítio, Waldinha, em Itapecerica da Serra, para as “peladas” disputadas por advogados e juízes que, nos fins de semana, deixavam de lado os tratamentos protocolares. A paixão pelo esporte teve rivais ao correr dos anos: Ida, a primeira namorada, a quem dedicava poemas, e os filhos Lionel, Roberto e Doris, seguidores de sua vida acadêmica nas Arcadas do Largo São Francisco. Hoje, os mais novos, fãs do futebol, ouvem as histórias do bisavô Waldemar, o craque da família. “Existem milhares e milhares de brasileiros que amaram e amam o Brasil como meu pai... posso assegurar, sem receio de erro, que dificilmente se encontrará alguém que o tenha amado mais do que meu pai o amou”, definiu Lionel em um relato escrito para “Migalhas”, orgão do Centro Acadêmico Xi de Agosto.


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Flávio Mello / Gustavo Gerchman

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Flávio Mello / Gustavo Gerchman

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1. e 2. Clube de Leitura e Aonde Vamos? com o holandês Amon Grunberg e o carioca Flávio Izhaki, convidados por Vivien Schlesinger; 3 e 4. A emoção

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1, 2, 3 e 4. A Feliz Idade recebeu Fábio Hamaoui, In-

de Encontros: grupo de berimbau da AACD e as crianças curiosas com o

grid Solomon, Breno Lerner e Maurício Mindrisz;

pintor de boca; 5. Presença de Eli e Evelise Hamoui, Ovadia Saadia em jan-

5. Clara Mirocznik recebeu o grupo Chai Carmel,

tar beneficente no A Bela Sintra; 6. A menina Nicolle Vieira Ribeiro desen-

da Wizo, para um chá em casa; 6. Grupo Silvia Ho-

hou, Martha Medeiros e Marcelo Rosenbaum também os lenços vendi-

dara, na sucá, em torno do aniversário de Jackie

dos pela Scarf Me. Ida Sztamfater e AmigoH, no Einstein, no lançamento;

Naftal; 7 e 8. A quinta geração dos Zaclis: Eduar-

7. Regis convidou Sabrina Shalom, Cláudio Goldmann, Sima Halpern,

do Zaclis Rabinovitz, Tamara Zaclis Rabinovitz,

Leon Halegua e o Coro da Hebraica num Show do Meio-Dia

Camila Zaclis Bronstein, Felipe Zaclis Bronstein e

6.

Gustavo Zaclis Rabinovitz; a recordação do bisavô

7.

Waldemar Zaclis, o craque do São Paulo

7.

8.


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HEBRAICA

35

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cultural + social > fotos e fatos 1.

Gustavo Gerchman

2.

1.

3. 3.

2.

Flávio Mello / Gustavo Gerchman

4.

4.

1, 2, 3 e 4. Manhã “Entre Amigas” no Espaço Gourmet. Tiago Tamborini falou sobre “O Jo-

6.

vem do Século XXI”. Mais uma realização de

5.

sucesso com a chancela HeadTalks, encerrando o ano; 5. Paulo e Maurício Kus, mais Austin Roberts, em noite beneficente; 6 e 7. Pioneiras

6.

vai à sucá do Centro Novo Horizonte: Clarice Jo-

1, 5, 6 e 7. Na Sinagoga, todos os frequenta-

szef, morá Pessy Gansburg e Leonor Szymonowicz; na Sede, Pérola Branca Berezowsky (Passo Fundo, RS), Leia Hecht (São Paulo) e Sara Wul-

dores tiveram um papel ativo nos serviços de

6.

Rosh Hashaná e Iom Kipur; 2, 3 e 4. Chazan Ger-

7.

son Herszkowicz e o coral Zemer sob a regência

kan (Israel) relembraram as Grandes Festas na

da maestrina Sima Halpern realizaram um ser-

infância; 8 e 9. “Saída Cultural” levou amantes

viço emocionante; 8. Coral Litúrgico já é pre-

da arte à Unibes Cultural e ao Masp;

sença obrigatória nos serviços religiosos do Teatro Arthur Rubinstein

5. 8.

9.

7.

8.


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cultural + social > fotos e fatos 1.

3.

Flávio Mello

2.

4.

5.

1. Chazan Esteban Abolsky fez sua estreia nos serviços religiosos do clube junto ao baal korê (Leitor da Torá) Fábio Grabarz; 2. Chazan David Kullock acompanha o desenvolvimento da Sinagoga há 22 anos; 3. Participação do Coral da Unibes na última etapa do serviço de Iom Kipur; 4 e 5. Governador Geraldo Alckmin e o prefeito eleito João Dória visitaram o clube em Iom Kipur para cumprimentar a comunidade pelo novo ano judaico


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HEBRAICA

juventude > ballet

Dança e criatividade AS ALUNAS DE BALLET DO CENTRO DE DANÇAS APRESENTARÃO, COPÉLIA – A MENINA DOS OLHOS DE ESMALTE , BALLET COREOGRAFADO POR ARTHUR SAINT LEON, COMO ESPETÁCULO DE ENCERRAMENTO DO TRABALHO EM 2016, INSPIRADO NA OBRA DO ESCRITOR PRUSSIANO E. T. A. HOFFMANN (1776-1822)

O ESPETÁCULO DE 2015 FOI MUITO ELOGIADO

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juventude > conhecimento

O

ballet Copélia é coreografado por Arthur Saint-Léon para a música composta por Léo Delibes, com libretto composto por Charles-Louis-Étienne Nuitter. Nenhum dos três imaginou a peça interpretada por crianças, mas é o que ocorrerá no dia 27 de novembro, no Teatro Arthur Rubinstein. No palco, as alunas de Ballet do Centro de Danças vão contar a história do fabricante de brinquedos que constrói uma boneca imitando gente. “As crianças participam de todo o processo de montagem do espetáculo e essa experiência faz parte da filosofia do curso. Desde os 3 anos, elas têm o senso crítico estimulado, assim como a consciência corporal e autonomia dos movimentos. Isso permite que, ao dançarem, elas criem ao invés de apenas seguirem nossas instruções”, explica Martina Sarantopoulos que, juntamente com Lia Mandelsberg, se encarrega das várias turmas de alunas de ballet clássico. A exemplo de todas as mestras que ensinaram ballet nos últimos quinze anos desde a implantação do curso no Centro de Danças, Martina e Lia trabalham sob a supervisão de Zélia Monteiro, a primeira a ensinar ballet na Hebraica. Martina e Lia também completaram a formação no Centro de Estudos do Ballet (CEB). “Nossa metodologia envolve as técnicas desenvolvidas por Klauss Viana para o ballet clássico e consciência corporal. Eu e a Lia realizamos uma pesquisa que mostra a ligação do ballet com arte-educação, o que estabelece uma ligação afetiva das alunas com a dança. A maioria delas, até a idade dos 12 anos, também pratica dança folclórica no clube”, comenta Martina. Os espetáculos de ballet do Centro de Danças são conhecidos pela qualidade artística não só na interpretação das alunas, mas no cenário e no figurino. “As bailarinas sentem que são as estrelas e, de fato, são mesmo”, conclui a professora. (M. B.)

“SCIENCE ON TAP” TRAZ A OPORTUNIDADE PARA OS JOVENS DISCUTIREM CIÊNCIAS

Science on Tap está de volta A PRIMEIRA EDIÇÃO DO EVENTO “THE BAR – SCIENCE ON TAP” FOI UM SUCESSO. DIA 8 DE DEZEMBRO, ESTE JÁ CONSAGRADO PROJETO INOVADOR, EM ISRAEL, TRARÁ AO BRASIL, PRESIDENTE DO INSTITUTO WEIZMANN DE CIÊNCIAS, DANIEL ZAJFMAN, QUE FALARÁ NO BAR DA ESPLANADA A RESPEITO DE “COMO MUDAR O MUNDO? PESQUISA GUIADA PELA CURIOSIDADE”

D

outor em física atômica com mais de cem trabalhos publicados e várias patentes registradas, com interesses da física atômica à astrofísica molecular, Daniel Zajfman lidera também este projeto pelo qual renomados cientistas “invadem” bares para levar, de modo descontraído e acessível, a ciência aos jovens. Assim, a Associação de Amigos do Instituto Weizmann do Brasil em parceria com A Hebraica organizam o próximo evento acompanhado de boa música. Quanta liberdade os cientistas devem ter para provocar a próxima revolução científica? Até onde eles podem se arriscar? Podemos adivinhar o futuro que a ciência nos proverá? O presidente de um dos institutos científicos mais importantes do mundo virá à Hebraica para desafiar o público a achar a resposta. (M. B.)


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juventude > agenda

Música de Qualidade

C

inco produções teatrais marcam o encerramento das atividades de 2017 dos cursos de teatro e do chug de teatro do Centro Juvenil Hebraikeinu no palco do Teatro Anne Frank. Dia 26, 15 horas, a peça As Mil e Uma Noites será encenada pelos chanichim dos Hebraikeinus I e II, sob a direção de Ozani Violin Na agenda de espetáculos encenados pelos alunos do Departamento de Teatro o primeiro a ser apresentado será o da turma de 11 e 12 anos, também dia 26, 19 horas. A peça se baseia na história de Alice no País das Maravilhas, de

Lewis Carrol, mas o título da montagem ainda estava indefinido no fechamento desta edição. Dia 3 de dezembro, duas produções dirigidas por Ozani Violin terão como elenco os alunos de 9 a 11 e de 12 a 15 anos respectivamente nos horários de 16 e 19 horas. Os pequenos apresentarão a peça Uma por Todas, Todas por Uma e os pré-adolescentes encenarão InDisciplinados . Dia 4, mais duas montagens teatrais: Matilda, às 15 horas pela turma de 8 a 11 anos e O Livro Encantado, pela turma de 7 a 9 anos, às 19 horas, ambas sob direção de Luciana Strul.

Final de ano

O

Hebraica Adventure ainda tem vagas para o Family, entre dias 22 a 25 de dezembro no Rancho Silvestre. O local tem infraestrutura para o lazer de crianças e adultos a um preço convidativo. Na programação estão previstas rodadas de open poker, torneios de boliche, contação de histórias e caçada ao pokemon na imensa propriedade do rancho. Reservas e mais informações no Hebraica Adventure, fone 38188822. (M. B.)

Teatro dos Cinco

Fãs de música podem se unir aos familiares dos alunos do Centro de Música Naomi Shemer (z’l) e aproveitar os dois espetáculos (11 e 15 horas) de encerramento do ano letivo da escola, a serem realizados no Teatro Anne Frank. Serão cerca de cinquenta alunos executando os mais variados instrumentos, inclusive canto, em números solo, duplas, trios ou conjuntos, sempre com acompanhamento dos professores da escola. Os espetáculos de final de ano já são uma tradição do Centro de Música e a seleção musical de cada show vai dos clássicos ao pop e MPB. A entrada é franca, mas recomenda-se chegar com antecedência para garantir lugar.


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juventude > fotos e fatos Gustavo Gerchman

1.

2.

3.

4.

5.

Flávio Mello / Gustavo Gerchman

1. Oficina de Arte promovida pelo Ateliê Hebraica é uma das atrações mensais oferecidas pela vice-presi-

Sucesso total na

dência de Juventude; 2. Monitores

Festa Junta, que

do Hebraikeinu colaboraram com a

teve a participação

montagem das trezentas cestas de

de 350 jovens e

alimentos de Rosh Hashaná doadas

que recriou na

a famílias assistidas pela Unibes; 3.

Esplanada a alegria

O ator João Signorelli participou do

e a descontração dos

evento “Ética Inspiradora”, promovi-

anos 70, conhecidos

do na Casa, pelo grupo Jovens sem

pelo movimento

Fronteiras em parceria com o Núcleo

Flower Power. Muita

Pluri de Desenvolvimento Pessoal e

música, espaços para

Profissional, com apoio do Merkaz; 4.

os participantes

Já nos ensaios do I Fashion Kids He-

conversarem

braica, era possível antever o suces-

tranquilamente

so do evento promovido como encer-

e especialmente

ramento da programação do Mês da

a parceria entre

Criança; 5. A harkadá infantil foi um

movimentos jovens

dos itens dentro da programação do

das entidades

Mês da Criança que mobilizou mui-

comunitárias

tos sócios mirins


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juventude > fotos e fatos Gustavo Gerchman

2.

1.

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Flávio Mello / Gustavo Gerchman

1. Às vésperas da festa de Sucot, o Ateliê Hebraica organizou uma oficina para confecção de enfeites para a Sucá; 2. Atividades do Hebraikeinu cada vez mais interessantes e cativantes; 3. Em todos os domingos de outubro, os infláveis foram montados como parte da programação do Mês da Criança; 4. Nas Grandes Festas, a Juventude ficou encarregada das atividades infantis, enquanto os adultos oravam nas sinagogas; 5. Alegria e diversão durante o show musical da morá Lucila

O torneio Fifa e Just Dance, promovido pelo Hebraica Adventure, ofereceram dois dias de pura diversão para crianças de 6 a 13 anos, narração profissional e prêmios para muitas partidas simultâneas

4.

5.


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esportes > hebraica recebe

HOMENAGEM DA HEBRAICA AO ATIVISTA SAMMY SZTOKFISZ, QUE RECEBEU UMA PLACA DAS MÃOS DOS NETOS

COMO ANFITRIÃ DA OLIMPÍADA, A ESCOLA DE ESPORTES FOI A ÚLTIMA A DESFILAR NA QUADRA DO CENTRO CÍVICO

Competições saudáveis em ano olímpico A 35ª OLIMPÍADA DAS ESCOLAS DE ESPORTES

MARCOU POSITIVAMENTE O CALENDÁRIO DA ESCOLA

DE ESPORTES QUE, SEMANAS APÓS A RIO 2016, CONVIDOU A CAPITÃ DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE

POLO AQUÁTICO, MARINA ZABLITH, A NADADORA

DAYNARA DE PAULA E O MEDALHISTA ARTHUR NORY, MEDALHA DE BRONZE NOS JOGOS OLÍMPICOS DO RIO PARA, JUNTO COM ATLETAS DO CLUBE, ACENDEREM A TOCHA NO CENTRO CÍVICO

A

abertura oficial da 35ª Olimpíada das Escolas de Esportes reuniu as delegações de 34 entidades entre escolas e clubes esportivos num evento que permitiu aos alunos de 3 a 15 anos experimentarem, em menor escala, algumas das emoções vividas pelos atletas dos países que disputaram a Rio 2016. Cada quesito da cerimônia remeteu à grande abertura dos Jogos no Rio, desde o desfile pela quadra diante de uma grande plateia, entrada da bandeira da Hebraica e do juramento do atleta até a entrada triunfal bandeira olímpica, levada por quatro profissionais que atuam como professores e técnicos no clube e que foram volun-

tários nos jogos, acompanhando de perto o maior evento do esporte mundial. Na mensagem aos presentes, o vice-presidente de Esportes, Fábio Topczewski, também se inspirou na Rio 2016. “Nós, aqui na Hebraica, acreditamos que o verdadeiro espírito olímpico tem a ver com o respeito à diversidade e com nossa capacidade de enxergar o outro, entender suas motivações, aplaudir seu sucesso e respeitar sua dor”, afirmou, ao saudar os 1.300 atletas. Na ocasião, agradeceu e homenageou os professores de educação física “sem os quais nada do que vimos e veremos ao longo destes dois dias seria possível”, completou Topczewski. Os olhos das crianças se arregalaram com o anúncio da presença dos atletas olímpicos Marina Zablith, capitã da seleção brasileira de polo aquático, da nadadora Daynara de Paula e do ginasta Arthur Nory, medalha de bronze no Rio.

Eles se revezaram ao levar a tocha olímpica até à pira e em seguida manifestaram, no microfone, a satisfação em ver tantas crianças iniciando a trajetória que os levou ao estrelato olímpico. Também posaram para fotos primeiro com os pais dos alunos nas arquibancadas e depois com as crianças na quadra. Outro grande momento da cerimônia de abertura foi o show dos Ginasloucos, com acrobacias que resultavam em cestas e enterradas que desafiavam a física e à lógica do jogo de basquete. Terminada a apresentação, começou efetivamente o final de semana esportivo com jogos e provas esportivas em todas as instalações do clube. >>

A PRESENÇA DOS ATLETAS OLÍMPICOS E DOS

GINASLOUCOS TORNOU INESQUECÍVEL A CERIMÔNIA DE ABERTURA DA

35ª OLIMPÍADA DAS ESCOLAS DE ESPORTES


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esportes > judô

A vigésima edição Algumas semanas depois da Olimpíada das Escolas de Esportes, o Centro Cívico foi sede da vigésima edição da Copa Interestadual de Judô “Prof. Hirosi Minakawa” que mobilizou atletas de cinquenta agremiações de Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, num total de 1.460 atletas representando academias, clubes e projetos sociais atuantes em capitais e no interior dos respectivos Estados. A arrecadação de alimentos, já tradicional no evento, passou das cinco toneladas divididos entre as dez entidades beneficentes. A Associação Nipo Brasileira de Judô de Vila Carrão reuniu 570 quilos, a maior doação do evento, merecendo, por isso, o Troféu de Campeão de Solidariedade, seguido por outras sete entidades também entre as maiores doadoras.

O característico alto nível técnico do evento é o que motiva as equipes de fora do estado a empreender longas viagens para disputar os troféus na Hebraica. Este ano, a Equipe São João Tênis Clube/Apajá levou o troféu de Campeão Geral, como ocorreu nas duas edições anteriores. (M. B.)


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esportes > fit center

O poder da vontade PARA ELIMINAR 25 QUILOS, DAVID ROJTMAN LANÇOU MÃO DOS EQUIPAMENTOS, AULAS DISPONÍVEIS NO FIT CENTER E CONTOU COM O AUXÍLIO DOS PROFESSORES

DAVID ROJTMAN QUER MAIS SÓCIOS PRATICANDO CORRIDA

Errata No artigo “Novos Desafios para Amadores”, publicado no número de outubro da revista Hebraica, onde se lê “não se trata de somente de dar voltas na pista, mas de toda uma preparação dos músculos”, leia-se “não se trata apenas de dar voltas na pista, mas de preparar o alunos para obter todos os benefícios da atividade”.

D

avid Rojtman é modelo ideal para ilustrar campanhas de transformações tipo “eu era assim, agora estou assim”. Ele perdeu, nos últimos dois anos, 25 quilos e se tornou um fã incondicional do Fit Center. “Quando me propus a esse esforço de perda de peso, utilizei todos os equipamentos disponíveis no Fit Center. Aliás contei com toda a infraestrutura do clube para chegar ao resultado atual, incluindo a piscina e sessões de fisioterapia, oferecidas a partir da parceria entre o clube e as faculdades FMU. Até hoje, sou visto utilizando as bicicletas ergométricas, os aparelhos para fortalecimento dos músculos e frequento as aulas de spinning (bicicleta) do Fit”, declara. Ele pratica corrida há um ano, além da academia e mais recentemente integra o grupo de caminhada e corrida da Hebraica, hoje com cerca de 25 colegas. “Eu sugeri a inclusão das aulas de corrida no Fit e, durante algum tempo, fui o único aluno. Então, a ideia seduziu outras alunas, que, como eu, comparecem todas as manhãs, alongam juntos e depois caminham e correm utilizando a pista de atletismo. Agora é hora dos rapazes aceitarem esse desafio”, convida. Até hoje, ele já participou de cinquenta provas de corrida, das muitas promovidas na cidade de São Paulo, que o ajudam a avaliar sua condição física e estabelecer metas para seu treinamento. “Agora que tenho a companhia de outros sócios nas provas de corrida, a atividade ficou ainda mais interessante em função da integração e do clima de festa que se estabelece depois do término de cada prova”, estima o atleta. (M. B.)


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esportes > tênis de mesa

AUMENTA A ADESÃO AO EVENTO PARA ESTABELECIMENTO DO RANKING PROMOVIDO MENSALMENTE PELA MODALIDADE

Sob nova coordenação COM AS MESAS INSTALADAS

EM NOVO LOCAL E A

COORDENAÇÃO

TÉCNICA DO EX-TREINADOR DA

SELEÇÃO BRASILEIRA

MARCOS YAMADA,

O TÊNIS DE MESA CRESCE EM

NÚMERO DE PRATICANTES

O

diretor do Departamento de Tênis de Mesa, Gerson Caner, comemora algumas novidades na modalidade. “Desde 2011, quando formamos às pressas uma equipe para disputar os Jogos Macabeus Pan-Americanos e em seguida, quando retomamos a prática do tênis como atividade esportiva, treinávamos nas ‘gaiolas’ que ficam acima das arquibancadas do Centro Cívico, junto ao Fit Center. Recentemente, ganhamos um novo local nas quadras externas. Todas as terças e quintas, dias de aulas e nos finais de semana, as mesas são montadas e muito mais gente se aproxima para assistir às partidas”, comenta Caner, que acompanhou o processo de crescimento da modalidade na Hebraica. Além do novo local, ele atribui à nova comissão técnica o aumento no número de alunos, tanto adultos quanto crianças. “Nosso coordenador técnico, Marcos Yamada, é um dos profissionais com mais tradição na área. Já treinou a seleção brasileira e dirigiu equipes de nove paí-

ses. Ele implantou sua metodologia de ensino e treinamento, montou um calendário de treinos e designou um técnico, Emerson, que ministra as aulas. Mensalmente, Yamada vem ao clube e dá uma aula e traça, comigo, a estratégia da modalidade”, descreve Caner. Na opinião dele, as mudanças estimularam o aumento do número de alunos e melhoraram os resultados obtidos em torneios externos. “Recentemente, a sócia Célia Fischman ficou em quarto lugar na Liga Nipo Brasileira, o torneio mais importante do Estado de São Paulo. Além disso, temos cada vez mais participantes inscritos nos nossos rankings mensais”, destaca. Ao mencionar os resultados recentes, Caner olha o futuro. “O número de crianças que treinam com o Emerson tem crescido e é comum as disputas entre pais e filhos ou avós e netos. Aliás, o tênis de mesa é uma das poucas modalidades que possibilita essa interação familiar e entre gerações o que, no fundo, é um dos valores cultivados no esporte e na Hebraica”, avalia. (M. B.)


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esportes > vôlei

BOM DESEMPENHO DAS ATLETAS CONTRA A EQUIPE DO CORINTHIANS

Palmas para as meninas do infantil EQUIPE DAS GAROTAS DE 15 ANOS ESTÁ EM SEXTO LUGAR NO

CAMPEONATO DO SINDI-CLUBES DE VÔLEI E

ATÉ OUTUBRO TOTALIZAVA SETE VITÓRIAS SOB

O COMANDO DO TÉCNICO PILON

A

equipe feminina infantil desponta com grandes possibilidades dentro do trabalho de base feito pela Hebraica no vôlei. Partida a partida, elas avançam em direção à classificação entre as dezesseis equipes inscritas no Campeonato Sindi-Clubes. Sob comando do técnico Pilon, Clara Isa, Nina Letícia, Júlia, Renata, Rafaela, Yasmin, Aninha, Júlia B. e Lara somaram sete vitórias e apenas duas derrotas no torneio. “Estou muito satisfeito com o desempenho das meninas e da comissão técnica”, afirmou o coordenador Marcelo Dias. A técnica Angela Guimarães treina o pré-feminino, também disputando o Sin-

di-Clubes em sua categoria e também o pré-masculino que ficou em teeciro lugar em um torneio amistoso. Já para a categoria mirim feminino, que também disputa o Campeonato Sindi-Clubes, é esperado um resultado positivo uma vez terminada a fase classificatória. Dirigida pelo experiente técnico professor Adilson vem fazendo jogos importantes no Campeonato Sindi-clube, fase de classificação. No infantil masculino, a equipe do técnico Marcelo Dias, disputou até o momento quaryo jogos no Torneio Pré-Olímipco e acumulando duas vitórias e duas derrotas. (M. B.)


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esportes > curtas

Saltos estaduais

Torneio de Xadrez

A

A

Hebraica inscreveu doze dos setenta atletas que disputaram o Campeonato Estadual de Ginástica de Trampolim na Associação Atlética Banco do Brasil, em Campinas. Trata-se do maior evento paulista da modalidade e também serviu como preparação para o Torneio Nacional e Campeonato Brasileiro previsto para ter se realizado em Contagem, no final do mês passado. Além dos atletas da Hebraica, também participaram equipes representando as prefeituras de Indaiatuba e Campinas. A equipe feminina pré-infantil sagrou-se campeã nos aparelhos trampolim e duplo-mini. E os atletas do adulto confirmaram o favoritismo, com destaque para Jorge Solitrenic, agora heptacampeão paulista, sem derrotas nas provas de trampolim e duplo mini nos últimos anos.

Hebraica participou do V Torneio de Xadrez Stance Dual como um dos dois clubes convidados entre doze escolas. O desempenho dos quatro enxadristas do clube resultou na classificação em terceiro lugar no placar geral. A escola anfitriã Stance Dual conquistou o campeonato e os alunos do Colégio Catamarã ficaram em segundo lugar. Na categoria sub-8, Beny Papescu foi campeão e Vítor Rotenberg, vice. O próximo compromisso dos pequenos enxadristas será o Campeonato Paulista Escolar de Xadrez, previsto para o dia 12 de novembro, na Hebraica.

∂ ∂

Copa Acesc de Futsal

Torneio em São José

A

equipe sub-9 de futsal conquistou a Copa Acesc 2016, realizada no Clube Ipê, que, juntamente com o Helvetia e o São Paulo Athletic Club (Spac) formaram um quadrangular bastante disputado. No primeiro jogo, a Hebraica venceu o Helvetia por 6 x 2, e os garotos ainda comemoram a emocionante vitória sobre o Ipê por 5 x 4, conquistada nos segundos finais do segundo tempo.

A luta dos campeões

A

Hebraica disputou o Torneio por Equipe Interclube “Beneméritos do Judô no Brasil”, no Ginásio de Esportes Celso Daniel representado pelas classes sub-13 masculino e sub-15 masculino e feminino. O evento reuniu setenta equipes e os atletas do clube chegaram à final graças à participação de sócios, militantes judocas do projeto social e do

Lar das Crianças da Cip. Para a maioria dos judocas do sub13 foi a estreia em torneio nesse nível. Sauel Bar Balinger, 11 anos, venceu as lutas nas quais estava inscrito e colaborou para que a equipe ficasse com o vice-campeonato. Já na equipe sub-15 o esforço de todos os integrantes com o incentivo do capitão Vítor Kusniec deu ao clube o título de campeão da classe, com vitórias no feminino e no masculino.

Trinta e dois atletas do petiz e infantil de natação foram a São José dos Campos disputar o Torneio Regional Troféu Ahed Said Amin, do qual participaram treze outras agremiações e se classificaram em terceiro lugar somando 287 pontos no placar geral. A Associação Esportiva São José ficou com o título de campeã e o Clube Atlético Juventus com o de vice. No entanto, os nadadores da Hebraica obtiveram o maior número de medalhas de ouro (dezesseis), prata (seis) e bronze (oito). Entre os integrantes da equipe, estavam alguns atletas do infantil que disputaram, dias antes, o Troféu José Finkel. Aliás, na edição anterior da Hebraica, a notícia a respeito deste torneio errou ao informar, na página 56, que o torneio era Maria Lenk, e não Troféu José Finkel, que é o correto. (M. B.)


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esportes > fotos e fatos 1.

Flávio Mello

2.

1.

Flávio Mello / Gustavo Gerchman

2.

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3.

4.

4.

5. 5.

1. O técnico Fernando Vanzella ministrou uma oficina em duas etapas, uma teórica e outra prática, para os integrantes da equipe master de natação marcando o 25º aniversário do grupo; 2. Enxadristas mirins do clube se destacaram no Torneio Interescolar, a convite da Escola Stance Dual; 3 Sob a direção do técnico Pilon, as jogadoras de vôlei do infantil enfrentaram a equipe do Corinthians; 4. Este é Amorim, técnico de handebol das equipes femininas do clube; 5. A equipe femini-

1. e 2. Doze nadadores representaram a Hebraica no Campeonato Paulista Master de Natação, disputado no Esporte Clube Pinheiros, e foram homenageados pelos 25 anos da equipe. O quinto lugar entre 21 equipes alegrou os atletas; 3. Com mediação da jornalista Beth Carneiro, da Rádio Bradesco, Adriano Silva, Dante De Rose, Marcelo De Carvalho, Edison Minakawa e Murilo Santos participaram de um talk show olímpico, narrando suas experiências durante a Olimpíada Rio 2015; 4. O Fit Center mobilizou um grande número de sócias para uma aula aberta de ginástica funcional; 5. As atletas Carolina Wasserstein e Luíza Goldmann venceram a dupla do Esporte Clube Pinheiros por 3 x 2 na final do Campeonato Paulista Interclubes, conquistando o título na categoria pré-feminino infantil (PFI)

na de futebol society enfrentou as atletas do Clube Sírio na quadra da modalidade


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esportes > fotos e fatos Gustavo Gerchman

Durante um dia inteiro, delegações de vários estados e também do interior de São Paulo participaram da 20ª Copa Interestadual Prof. Hirosi Minakawa, evento que apresentou alto nível técnico e estimulou as agremiações a arrecadarem cinco toneladas de alimentos para distribuição entre dez entidades beneficentes.


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magazine > holocausto | por Ariel Finguerman, em Tel Aviv

Com a palavra, a mais jovem sobrevivente de Auschwitz

E N T R EV I STA

ENTREVISTA COM A PSICOTERAPEUTA EVA UMLAUF, 73 ANOS, CONSIDERADA A MAIS JOVEM SOBREVIVENTE DE AUSCHWITZ. PARA ELA, “O QUE ACONTECEU PODE ACONTECER NOVAMENTE”

ALEMANHA RECENTEMENTE. É O QUE PENSA A PSICOTERAPEUTA EVA UMLAUF, CONSIDERADA A MAIS JOVEM SOBREVIVENTE DA SHOÁ. EIS A ENTREVISTA AO CORRESPONDENTE ARIEL FINGUERMAN A PARTIR DE MUNIQUE, ONDE VIVE

A CHANCELER ALEMÃ ANGELA MERKEL FOI DE FORMA SUBCONSCIENTE INFLUENCIADA PELO HOLOCAUSTO AO

PERMITIR QUE MILHÕES DE REFUGIADOS ENTRASSEM NA

A

psicoterapeuta especializada no tratamento de crianças Eva Umlauf é considerada a mais jovem sobrevivente de Auschwitz. Aos 73 anos, vive em Munique, como ela diz, “entre vítimas e perpetradores”. Agora, fi nalmente, colocou as memórias por escrito, no livro Die Nummer auf Deinem Unterarm ist Blau wie Deine Augen (“O Número no teu Antebraço é Azul como teus Olhos”). Publicado na Alemanha, o livro ainda é inédito em português ou inglês, no qual ela conta suas experiências e as da família na Shoá, e reflexões a respeito da vida, o que inclui a criação de três filhos judeus na Alemanha. Eva nasceu em um campo de trabalhos forçados em dezembro de 1942, na então Tchecoslováquia. Tinha menos de 2 anos de idade quando chegou em Auschwitz, em 1944, e quando o braço esquerdo foi tatuado com o número A-26959, e usando uma agulha, foi tão doloroso que a menina desmaiou. A mãe, 21 anos, já viúva, também foi tatuada, com número sequencial terminando em 8. Se tivessem chegado dois dias antes, teriam sido enviadas imediatamente à câmara de gás e assassinadas, como aconteceu com dezoito mil mães e crianças trazidas 48 horas antes de Theresienstadt. O transporte que trouxe a família foi o primeiro em que ninguém foi assassinado na chegada a Auschwitz. A explicação mais provável foi a aproximação dos soviéticos, o que deixou os nazistas em pânico. Quando Auschwitz foi libertado em janeiro de 1945, a família estava tão doente que resolveram ficar ali mesmo. A mãe chegou no campo grávida, e um médico judeu de Praga que a atendeu disse que morreria em breve, junto com o feto. Mas, milagre, a mãe resistiu e deu a luz à irmã Nora, em abril de 1945, ainda em Auschwitz. Finalmente, a mãe viúva, Eva de dois anos e o bebê de seis semanas deixaram o campo. Também levaram um menino de quatro anos que estava sozinho, até ser localizado algum tempo depois pelos pais. Voltaram para a mesma cidade tcheca onde viviam antes da guerra, num quarto conseguido pela Cruz Vermelha. Começaram a busca por possíveis parentes sobreviventes. Tudo em vão. Além do pai, Eva perdeu a avó, dois bisavôs e três

Israel e Alemanha

Hebraica – Por que a sra. demorou tanto para publicar um livro de memórias sobre Auschwitz? Eva Umlauf – É a primeira vez na vida que tenho tempo para lidar com esta história, e também de pesquisá-la. Somente agora descobri tudo o que aconteceu com minha família, por exemplo, que o meu pai sobreviveu à Marcha da Morte de Auschwitz [longa caminhada forçada dos sobreviventes dos campos], mas morreu pouco depois da libertação.

FOTO RECENTE DE EVA UMLAUF LEVADA AINDA CRIANÇA PARA CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO

tios. Ela diz que a memória mais antiga da infância é estar andando pela pequena cidade, observada por vizinhos que diziam: “Que milagre você ainda estar viva!” A mãe esforçou-se para dar vida normal às duas filhas. Somente na velhice, e o senso de dever cumprido, sucumbiu à depressão, em meio a tantas memórias pesadas do passado. Para Eva não foi coincidência que ela e a irmã se formaram em medicina, devido a “um senso primal de ajudar pessoas e salvar vidas”. Casou-se com um judeu polonês, mas com a repressão comunista à Primavera de Praga de 1968, resolveram viver, como definiram, na Taterland (“Terra dos Perpetradores”). Apesar de se sentir hoje em segurança na Alemanha, ela costuma citar uma frase do escritor Primo Levi, também sobrevivente: “O que aconteceu pode acontecer novamente”.

Como psicoterapeuta, a sra. fala de traumas do Holocausto, que se não tratados pelos pais, acabam passando para os filhos. Como evitou isto na própria família? Eva – Nunca tentei negar nenhum dos traumas por que eu passei. Meus filhos sempre souberam das razões do número tatuado que carrego em meu braço. Também sempre souberam do que aconteceu com os avós na Shoá. Mas precisaram crescer para poderem realmente entender. Fico emocionada com o apoio deles agora com a publicação do livro. A família se juntou ainda mais. A sra. tratou de sobreviventes do Holocausto por toda a vida profissional. Qual o sofrimento mais comum destas pessoas? E como a sra. os tratava? Eva – Como minha especialidade são crianças, não lidei com os próprios sobreviventes. Claro, conheci muitos deles, incluindo minha mãe. Sofriam especialmente com as memórias da difícil sobrevivência nos campos, e tinham muita dificuldade em expressar o que passaram, algo impossível para eles. A maior parte deles nunca teve tratamento terapêutico, simplesmente porque não lhes ocorria a necessidade disso. Considere que aqui, na Alemanha, quase não havia terapeutas judeus. Aqui em Israel há um grande debate a respeito dos milhares de israelenses que decidem morar na Alemanha, especialmente em Berlim. Como é para um judeu morar hoje na Alemanha?

Eva – Nas grandes cidades alemãs, não há problema em viver uma vida judaica. É verdade que as instituições da comunidade precisam de proteção e vigilância, mas quanto a isto, não é muito diferente de Israel. A sra. é identificada como a mais jovem sobrevivente de Auschwitz. Qual será o impacto do desaparecimento da geração dos sobreviventes do Holocausto? Eva – Não sabemos ainda o que isto significará. Certamente modificará a cultura da memória. Será então importante preparar as novas gerações para enfrentar o antissemitismo, racismo e ódio. Portanto, precisarão estudar a história. A Alemanha, hoje, é o único país do Ocidente disposto a aceitar milhões de refugiados sírios e afegãos. Isto é sinal que aprenderam as lições do Holocausto? Ou trata-se de uma reação exagerada à Shoá, que está levando na realidade os alemães a cometerem um erro? Eva – Acho que, de forma subconsciente, o Holocausto teve um papel quando a chanceler Merkel deixou os refugiados entrarem. Eu não chamaria isto de “reação exagerada” ao Holocausto. Se foi um erro ou não, somente saberemos daqui a vinte anos. Como ser humano, sofro junto com as pessoas que morreram afogadas no Mediterrâneo e que fugiram porque tiveram as casas foram bombardeadas na Síria. Vejo o desespero.

Nas grandes cidades alemãs, não há problema em viver uma vida judaica. É verdade que as instituições da comunidade precisam de proteção e vigilância, mas quanto a isto, não é muito diferente de Israel


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por Ariel Finguerman | ariel_finguerman@yahoo.com ∂

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Pipi seguro Os clientes do sofisticado restaurante Harry Cipriani, na Quinta Avenida de Manhattan, ficaram surpresos ao constatar quarenta guarda-costas vigiando o local. Não era para menos, o premiê Bibi Netaniahu resolveu jantar ali com a esposa Sara, durante a viagem para discursar na Assembleia da ONU. A muvuca aumentou ainda mais quando Bibi se levantou para ir ao banheiro, no andar de baixo. Vinte seguranças o acompanharam e fizeram um barreira humana armada, para ninguém mais nem pensar em usar o recinto. A imprensa israelense ainda notou que, além de não ser kasher, o restaurante italiano cobra “mais de vinte dólares por um copo de vinho”.

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12 notícias de Israel

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Masterchef sabra

Muita gente ainda acha que comida de israelense é somente salada de pepino, shwarma, falafel e shakshuka. Mas para surpresa de alguns, oito chefs locais conseguiram colocar os seus restaurantes na exclusiva lista dos 207 melhores do mundo da sofisticada revista Condé Nast Traveler. Alguns estão no exterior, como o chef Eyal Shani, que colocou seu restaurante Miznon entre os vinte franceses destacados pela revista. As cinco casas apontadas pela publicação em Israel estão entre as doze melhores da África e Oriente Médio. Anotem: Tzfon Abraxas (Tel Aviv), Machneyuda (Jerusalém), Arcadia (Jerusalém), Muscat (Mitzpe Hayamim) e El Babor (Umm el Fahm).

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Diplomacia a gás

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Prezado Criador

Israel assinou com os jordanianos um contrato de venda de gás natural que irá mudar o mapa geopolítico da região. Nos próximos quinze anos, o Estado judeu venderá um total de dez bilhões de dólares do produto, que virá da plataforma Leviathan, na costa israelense, e passará por gasodutos instalados ao sul do Mar Morto e ao norte perto de Bet Shean. Com isto, pretende-se matar três coelhos com uma só cajadada: estreitar os laços com o vizinho árabe, financiar a prospecção de mais gás natural nas águas israelenses e ainda estimular um contrato semelhante com o Egito.

O serviço dos Correios de Israel tem um departamento especial na seção de Achados e Perdidos para receber centenas de cartas, ao longo do ano, endereçadas a “Deus”, “Muro das Lamentações”, “Pai que está no Céu” e outros semelhantes. Vêm de dezenas de países do mundo, escritas por judeus e cristãos, com pedidos ao Criador. Duas vezes ao ano – no Natal e nos Iamim Noraim – estas cartas são levadas ao Kotel. Na véspera do Rosh Hashaná deste ano, o diretor dos Correios, Danny Goldstein, foi pessoalmente entregar ao rabino do Muro, Shmuel Rabinowitz, cartas vindas da Holanda, França, China, Rússia, Cazaquistão, Inglaterra, entre outros. Todas foram colocadas nas frestas entre as milenares pedras.

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Voando alto Israel está apertando o passo para a construção de um novo aeroporto internacional, em Timna, no deserto do Negev, a poucos quilômetros ao norte de Eilat. O encerramento das obras está prometido para o próximo Pessach, bem ao lado da fronteira jordaniana, num projeto de U$ 460 milhões. Esta é mais uma obra do super-ministro dos Transportes, Israel Katz, talvez o político mais eficiente e competente do momento no Estado judeu. Katz, ao mesmo tempo, comanda a expansão da linha de trem em todo o país e o complicado alargamento da estrada Tel Aviv-Jerusalém. Fiquem de olho no rapaz nas próximas eleições.

Êta nóis Esta história acontecida em Israel começou como muitas outras no nosso mundo: pais se separando, o filho ainda bebê vai morar com a mãe, esta conhece um novo companheiro que, por sua vez, estabelece relação padrasto-enteado. Mas aí a coisa se complicou: depois de oito anos juntos, o casal se separou e a mãe voltou a morar com o primeiro ex, que viveu fora de Israel durante todo este tempo. O que ninguém esperava é que o padrasto entrasse na Justiça para lutar pelo direito de visitar o enteado. Segundo ele, os dois criaram uma relação de pai-efilho que não queriam que fosse desfeita. Em primeira instância, o juiz deu ganho de causa aos pais biológicos. Mas o padrasto recorreu e esta novela da vida real continua seguindo.

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Vestibular cabeça Uma boa notícia para os estudantes israelenses que se preparam para o vestibular do ano que vem, chamado por aqui de bagrut: Na prova de história, poderão trazer livros e cadernos para consulta na hora do exame. A novidade é resultado de uma reviravolta educacional no país, que quer acabar com a decoreba sem sentido e treinar os jovens para a reflexão. As perguntas na prova de história serão mais de análise e menos de fatos. Quarenta escolas foram escolhidas como teste, até que as centenas em todo o país adotem a nova medida.

Aperto hoteleiro O preço de moradia em Tel Aviv chegou a níveis japoneses, então nada mais natural que buscar em Tóquio inspiração para dar um jeitinho na situação. Daqui a um ano, será inaugurada no porto de Tel Aviv uma hospedaria inspirada nos micro-apartamentos existentes na capital do Japão. O albergue chique, que se chamará Tel Aviv Port Hostel, oferecerá apartamentos minúsculos por diária de U$ 24, montados num hangar de dois mil metros quadrados. Mas para quem quiser desembolsar um pouco mais, o complexo oferecerá também cinema, espetáculos, aluguel de bicicleta e computadores. O custo do projeto é cinco milhões de dólares.

Mamãe sensual A top model e furacão empresarial israelense, Bar Rafaeli, mostrou para o mundo que continua em plena forma, apenas um mês depois de dar a luz a primeira filha – “primeira”, porque ela já anunciou que pretende formar nos próximos anos uma “grande família judaica”. Ela apareceu desfilando uma sensual lingerie no desfile de uma marca fashion de Israel. Aos 31 anos, casada no ano passado com um empresário local, depois de ter vivido uma agitada vida de namoros em Hollywood, a poderosa Bar Rafaeli disse estar pronta para continuar a carreira ao lado da vida de mamãe. “Estou feliz e emocionada de voltar ao trabalho”, disse.


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Shalom, Obama

Adeus a Shimon Peres Um dos primeiros choques culturais que tive ao chegar a Israel há dezesseis anos foi quando assisti pela TV local um programa de entrevistas políticas que existe por aqui, “Política”, uma espécie de “Roda Viva” no estilo Oriente Médio. O choque foi ver como o convidado daquela noite, Shimon Peres, era esmigalhado pelos jornalistas e outros convidados. “Shimon”, era como ele era chamado, sem nenhuma reverência. Levou ainda um tempinho para eu entender duas coisas sobre este país: não existe aqui reverência formal nem aos grandes heróis da história local e que já naquela época, início dos anos 2000, Peres era uma “carta fora do baralho” (para usar uma expressão da ex-presidenta do Brasil). Nos últimos dezesseis anos, por conta dos efeitos da Segunda Intifada (2000-2005), Israel se tornou um país conservador do ponto-de-vista político, desconfiado dos árabes e políticos como Peres foram colocados no escanteio. Me lembro claramente de críticas afiadas dirigidas contra ele e de seu “velório” político decretado bem antes do falecimento no mês passado. Mas nos últimos anos, a classe política daqui percebeu que uma pessoa como Peres, com o impacto internacional que ele tinha, daria um ótimo presidente, uma amável vitrine dirigida ao exterior, exibindo uma imagem bem diferente da realidade amarga do Oriente Médio. Nos últimos anos, Peres entrou no rol dos políticos internacionais muito mais amados fora do que dentro de seus países, um grupo seleto que inclui gente como Gorbachev, FHC e outros. Este foi o período que eu acompanhei mais de perto de sua carreira, curto, se comparado ao que fez em nobres setenta anos de política por este país. Descanse em paz.

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Este final deste ano nos despedimos de outro grande líder de nossa época, o primeiro presidente negro dos EUA e, até onde me lembro, de qualquer país do mundo ocidental. Qualquer pesquisa de opinião entre os israelenses mostra que a maior parte da população deste país desaprova a gestão Barack Obama. Eu me coloco, confortavelmente, entre a minoria que o avalia como um bom presidente. Obama deixou claro, desde o início, sua preferência em lidar com os conflitos ao redor do globo pela diplomacia. Muita gente aqui não gostou quando ele recusou uma solução armada para lidar com o programa nuclear iraniano. Acabou chegando a um acordo que, se não perfeito, pelo menos acalmou todas as partes e prorrogou por mais alguns anos um iminente conflito armado. Guerras só sabemos quando se iniciam, nunca quando acabarão. Antes da Primeira Guerra Mundial, os europeus calculavam um conflito continental duraria apenas algumas semanas, mas acabou levando quatro anos e sete milhões de vidas, contando apenas os civis. Obama também teve a decência de perceber que esta sua visão diplomática é recusada pelas atuais lideranças israelense e palestina. Então tirou seu time de campo e foi cuidar de outros assuntos, como a abertura de um novo e positivo diálogo com Cuba. Além disso, se tornou um exemplo de vida para milhões de jovens negros ao redor do mundo (apesar de Obama ser na realidade um mulato), que agora podem sonhar em chegar lá. Um grande cara, na minha modesta opinião.

Orçamento alegre Agora é oficial: pela primeira vez na história deste país, o orçamento oficial do governo destinará verba para a comunidade gay israelense. Serão dez milhões de shekalim (cerca do mesmo valor em reais), a partir do ano que vem. Metade da grana será destinada a programas de esclarecimento nas escolas, para promover a tolerância entre os jovens. O restante será distribuído para ONG’s de apoio aos homossexuais, programas universitários e compensações a pessoas que acabaram expulsas de seus locais de residência ao “sair do armário”. O orçamento também prevê um adicional a ser transferido ao hospital Tel Hashomer, especializado em cirurgias de mudança de sexo.

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magazine > a palavra | por Philologos

Assassinato em massa e genocídio são a mesma coisa? POR QUE AO UTILIZARMOS À EXAUSTÃO UMA PALAVRA FORA DO SEU CONTEXTO, ELA É ESVAZIADA DE CONTEÚDO E SIGNIFICADO? ENTENDA AS DIFERENÇAS ENTRE ESSE DOIS TERMOS QUE SÃO USADOS INDISTINTAMENTE

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á escrevi a respeito da expressão “neonazista” para nominar os vândalos anti-árabes entre os colonos de Israel, explicando porque considerava essa expressão não apropriada, pois como os nazistas representaram, com razão, o máximo da odiosa monstruosidade da conduta humana, tornou-se comum invocá-los na condenação de todas as formas de fanatismo violento. Embora compreensível, este não é um uso sábio da linguagem. Os nazistas não eram simplesmente malfeitores xenófobos, e se tivessem sido apenas isso, mesmo maltratados, milhões de judeus teriam sobrevivido à Segunda Guerra. Usar a palavra “nazista” como termo geral de denúncia é esvaziá-lo de todo o seu conteúdo. O mesmo vale para “genocídio”, palavra que era usada sem muita exatidão e começo a achar que a expressão deva ser aposentada da língua por completo. E isso surge a partir da informação de que pesquisadores da Faculdade de Dartmouth tentam quantificar estatisticamente os riscos de “genocídio” no mundo de hoje de modo a prevenir e se antecipar por intervenção externa, a quando e onde poderá ocorrer o próximo (genocídio). Será que os pesquisadores poderiam realmente ter previsto com um ano de antecedência e 95% de certeza, como afirmam ter feito, que aconteceria o genocídio de Ruanda de 1994? Se assim for, haveria motivo de tristeza, pois o gráfico da pesquisa mostrou que, nos restantes meses de 2014, havia 30% de chance de acontecer algo semelhante no Iraque, 50% na Birmânia (Mianmar) e 90% no Sudão do Sul. Somando fica a certeza de quase 100% segundo a qual o mundo testemunharia outro genocídio antes do fim daquele ano. Mas alto lá! Acompanha o gráfico uma legenda segundo a qual se “probabilidades estimadas de assassinato em massa antes de 1º de janeiro de 2015” – e, mais adiante, no artigo, “assassinato em massa” é definido como “um episódio de violência em que pelo menos mil civis não-combatentes de um determinado grupo são intencionalmente mortos em um período de um ano ou menos”. Além disso, a equipe de Dartmouth, ao que parece, equipara “genocídio” a “assassinato em massa”, ou seja, define o genocídio como qualquer evento ou série de eventos em

que mil ou mais não-combatentes de um grupo distinto são deliberadamente mortos. Isso, e não um massacre como o de Ruanda (no qual entre meio milhão e 1 milhão de membros da tribo tutsi foram assassinados por seus rivais hutus), é o que dizem os números de probabilidade para o Iraque, Mianmar e Sudão do Sul. Ufa, podemos soltar um suspiro de alívio. Não que assassinar mil inocentes seja pouco. Mas se isso é tudo o que é preciso para um genocídio, o mundo testemunhou dezenas, talvez centenas, de “genocídios” só no século passado. Chamar apenas alguns dos casos mais espetaculares, em que muitas, muitas vezes mil civis desarmados morreram de “genocídio”, segundo a definição Dartmouth, foi perpetrado em diferentes populações da Europa durante a Primeira Guerra; com pró e contra bolcheviques na Guerra Civil Russa de 1917-1921; com os judeus na Ucrânia e na Galícia nos mesmos anos; ucranianos na campanha antigulag de Stalin de 1930; as vítimas de expurgos de Stalin e campos de trabalho; em ambos os lados da Guerra Civil Espanhola de 1936-39; com os chineses pelo exército japonês nos anos 1930 e 1940; os civis alemães por ataques aéreos dos Aliados na Segunda Guerra; os muçulmanos e hindus na divisão da Índia em 1948; comunistas indonésios e simpatizantes após o golpe de Suharto, de 1965; os chineses por Mao Tsé-tung durante a Revolução Cultural; os vietnamitas pelo exército dos Estados Unidos; os norte-coreanos por seu governo; os curdos pelos turcos e iraquianos; iraquianos por Saddam Hussein; bósnios, sérvios e croatas por uns aos outros; os sírios por parte do regime Assad, etc, etc. E essa lista omite dezenas e dezenas de atrocidades “genocidas” em menor escala. Os pesquisadores de Dartmouth não são os únicos culpados por esvaziar de todo o significado o termo “genocídio” – introduzido após o Holocausto para significar uma tentativa, como a dos nazistas, de exterminar a totalidade de outro povo. Pelo contrário, a palavra tem sido tanto, e cada vez mais, utilizada indiscriminadamente nos últimos anos, que o mundo nem piscou quando Israel foi acusado de genocídio pela morte acidental de vinte civis palestinos em um ataque a um campo de refugiados infestado de terroristas em Jenin, em 2002. Genocídios reais certamente aconteceram nos tempos modernos: o extermínio de população indígena pelos brancos na América, o extermínio dos armênios na Turquia, o extermínio nazista de judeus europeus, o extermínio dos tutsis pelos hutus. Mas quando tudo é genocídio, nada é. É hora de levar a palavra de volta aos dicionários e deixá-la ficar lá. “Extermínio” vai funcionar muito bem, obrigado.


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magazine > viagem | Texto e fotos Flávio Bitelman

A Veneza do Norte

PARA MUITOS BRASILEIROS, ESTOCOLMO ERA UMA

CIDADE QUE SÓ PASSOU A SER CONHECIDA A PARTIR DE 1958, ANO EM QUE O BRASIL FOI CAMPEÃO

DO MUNDO DE FUTEBOL. ATÉ ENTÃO, ESTOCOLMO ERA APENAS UMA REGIÃO REMOTA DO NORTE

DA EUROPA, UM DOS BERÇOS DE BÁRBAROS QUE ATENDIAM PELO NOME DE VIKINGS E ONDE, NO INVERNO, O DIA DURA SEIS HORAS

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stocolmo, capital da Suécia e principal polo cultural, político, econômico e dos meios de comunicação, é uma cidade que se espalha por quatorze ilhas do Báltico e, por isso, é chamada de “Veneza do Norte”, abriga algumas das principais universidades europeias, a Academia Militar Karlsberg, a mais antiga da Europa, e é sede do Prêmio Nobel. É também uma cidade em contínua transformação, cujos dirigentes não hesitaram em por abaixo quarteirões inteiros do distrito histórico de Klara e trocá-los por construções modernistas e do movimento arquitetônico conhecido como funcionalista. Da mesma forma, vai construir mais e mais edifícios que se interligarão por passarela suspensas para abrigar uma população de quase 2,5 milhões de pessoas em 2024, quase o dobro da atual. Nesta cidade vivem atualmente cerca de oito mil judeus de um total de vinte mil espalhados pelo país, não necessariamente descendentes diretos dos primeiros que chegaram no século 16, pelo Báltico, de várias regiões da Europa, sempre fugindo. Mas a vida desses judeus foi pontuada por toda sorte de dificuldades, proibições e restrições que só diminuíram – e lentamente – a partir de 1850 quando começaram a chegar escapando às perseguições na Rússia e Polônia. A autonomia total ocorreu somente depois da Primeira Guerra e durante a Segunda Guerra foi uma espécie de santuário para onde fugiram do nazismo milhares de judeus da Noruega e da Dinamarca. A Suécia era um >> país neutro, que acolhia a todos.


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magazine > viagem

GRANDE SINAGOGA DE ESTOCOLMO, UM CAFÉ, OS CANAIS DA CIDADE E UMA TÍPICA RUELA, HERANÇA DE SÉCULOS


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magazine > história | por Rui Gelehrter da Costa Lopes

Uma história dos judeus de Portugal PORTUGAL DESEMPENHOU UM IMPORTANTE PAPEL NA SOBREVIVÊNCIA DE MILHARES DE JUDEUS, DURANTE A SEGUNDA GUERRA, GRAÇAS À ATITUDE DO DIPLOMATA ARISTIDES DE SOUZA MENDES. PUBLICAMOS, A SEGUIR, O

RELATO DE UMA DAS FAMÍLIAS QUE VIVERAM ESSA EXPERIÊNCIA

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O CASARIO DA ANTIGA VILA DOS JUDEUS DA CIDADE DE BELMONTE E A SINAGOGA, AO FUNDO

uando meu avô Ruwin Gelehrter chegou a Lisboa foi recebido por exilados que saíram da Alemanha e Rússia pouco antes da guerra e se fi xaram em Portugal. Alguns exilados moravam em Lisboa, outros no Porto, cidade industrial no norte de Portugal, todos de bom nível cultural e que, de certo modo, tinham alguma influência no dia-a-dia dessas cidades. Minha mãe Fanny mencionava-os sempre, principalmente o dr. Schwartz e os tios Llova e Moisés Liberman. Schwartz foi o primeiro a identificar os judeus marranos em Belmonte, lugarejo próximo de Covilhã, região de estâncias hidrominerais para onde acorriam as famílias de judeus em viagens de lazer. Schwartz percebeu que alguns aldeões preservavam o shabat sem, no entanto, saberem do seu significado religioso, até porque, aos domingos, frequentavam as igrejas. Hoje, vários marranos já estão entrosados com a comunidade judaica e vão à sinagoga recentemente construída. Foi o Tio Llova quem providenciou o visto de entrada do avô Ruwin e suas filhas em Portugal. Até 1936, somente podia sair da Alemanha quem tivesse visto de entrada em outros países. O avô Ruwin, da. Fanny, então com 11 anos, e tia Noemi (irmã quatro anos mais velha do que Fanny), acabaram se fixando na cidade do Porto. Ruwin exercia ilegalmente a profissão de dentista em Portugal, muito perigoso na Europa de então, mas em evidente melhor situ-

FOTO DE ARISTIDES SOUZA MENDES POUCO ANTES DA GUERRA

ação que os imigrantes desempregados mantidos com a ajuda dos já residentes em Portugal. Era uma vida difícil, mas menos precária do que a dos outros judeus que fugiram da França pela fronteira na Espanha, cruzando o País Basco. Consta que foram cerca de trinta mil os vistos de entrada emitidos somente pelo diplomata Aristides de Sousa Mendes, em Bordeaux. Os imigrantes viajavam de trem a partir da fronteira da Espanha com a França ou em Bordeaux, na França, e cruzavam a Espanha direto até Portugal. O destino final era quase sempre Lisboa ou Porto e, por estas cidades, esperavam alcançar as Américas. Antônio Pedro Moncada de Sousa Mendes, o Topé, é meu amigo de infância e me contou que seu avô Sousa Mendes recebeu uma carta do presidente António de Oliveira Salazar por meio da qual proibia a emissão de vistos de entrada em Portugal para judeus e ciganos e ficou uma semana insone, em conflito com a consciência, a respeito de que atitude tomar. Mesmo ciente das consequências concluiu que não seria uma atitude “cristã” (sic) deixar milhares de pessoas que fugiam do governo do marechal Pétain sem opção de saída. Assim, assinou os vistos de entrada para milhares de judeus. As filas eram grandes e ele carimbava os papéis em praça pública. Após um curto tempo foi levado prisioneiro de carro por dois agentes da Pide (Polícia Interna de Defesa do Estado) para Portugal. E de dentro do carro jogava pela janela vistos carimbados e assinados em branco. Era por volta de 1940, bem no começo da guerra. Apesar da ajuda do Joint (organização judaica de auxílio aos

imigrantes judeus durante a guerra) o dinheiro era pouco para os imigrantes em Portugal e a comida, escassa. Mas em Lisboa e no Porto se distribuía sopa uma vez por semana a necessitados em geral. Minha mãe determinava que a sopa tinha que durar a semana toda. Ela conta que, em Lisboa, antes mesmo de ser expulso do cargo de embaixador, Sousa Mendes foi obrigado a frequentar os locais de distribuição de comida gratuita. Muitos adoeciam do intestino porque a sopa era mal preparada, ruim e porque era impossível conservá-la em boas condições mais que cinco dias no clima mediterrâneo. Os imigrantes judeus também frequentavam as filas das sopas. Meu avô Ruwin alugou um apartamento no Porto e que, apesar de pequeno, era ponto de encontro diário de imigrantes onde se alimentavam. Minha mãe dormia num espaço pequeno, espécie de armário, a irmã na sala que durante o dia virava consultório, e Ruwin num quarto. Acolher imigrantes era comum naquela época. Meu pai foi um deles. Este apartamento ficava num local estratégico: perto da Praça da Batalha, no centro do Porto, e próximo da estação ferroviária. O Correio, era próxima e para lá acorriam os imigrantes que Sousa Mendes salvou na esperança de saber notícias dos familiares que ficaram e não conseguiram sair da perseguição de Hitler e seus colaboradores, como o marechal Pétain, na França. Era também onde recebiam cartas com os vistos de entrada para outros países, principalmente os Estados Unidos. O ato de heroísmo do embaixador Sousa Mendes felizmente é sempre lembrado e o governo português agora reconhece o embaixador como mais um herói da Segunda Guerra. Para perpetuar ainda mais tal feito, Topé idealizou a Fundação Aristides de Sousa Mendes de modo a preservar para sempre a memória do embaixador, seu avô. A casa de Aristides em Cabanas de Viriato foi reconstruída pela Fundação com a ajuda de voluntários de todo mundo, inclusive de Israel, e com pouquíssimos recursos financeiros.

Aristides de Souza Mendes foi levado prisioneiro de carro por dois agentes da Pide (Polícia Interna de Defesa do Estado) para Portugal. E de dentro do carro jogava pela janela vistos carimbados e assinados em branco


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por Bernardo Lerer

1965 – O Ano mais Revolucionário da Música Andrew Grant Jackson | LeYa | 382 pp. | R$ 54,90

O Ofício Alheio Primo Levi | Editora Unesp | 289 pp. | R$ 58,00

Quem conhece as obras de Primo Levi e principalmente aquelas que contam o dia-a-dia de Auschwitz em É Isso um Homem?, A Trégua e Os Afogados e os Sobreviventes, vai se surpreender com esta coletânea de poderosos e elegantes ensaios que revelam um escritor caloroso e bem-humorado, virtudes realçadas por nada menos que Italo Calvino. Levi era químico de profissão, mas entrou para a história como escritor, transitando, assim, facilmente de um ofício a outro.

O Menino do Alto da Montanha

Por alguma razão que somente os historiadores e, claro, as personagens desse período concordam em que meados dos anos 1960, ou mais precisamente, 1965, é o ano que merece o título de mais revolucionário da música pela feliz coincidência de terem surgido – e se consagrado – grupos como The Beatles, os Rolling Stones e (I Can’t Get no Satisfaction), The Who com o clássico My Generation, Bob Dylan lançando Like a Rolling Stone, depois Bobby Maguire e Simon & Garfunkel.

Os Fatos – A Autobiografia de um Romancista Philip Roth | Companhia as Letras | 206 pp. | R$ 44,90

O consagrado escritor traça sua autobiografia a partir de cinco episódios de vida: a infância em Nova Jersey, de 1930 a 1940; a formação universitária em uma escola tradicional; o envolvimento com a pessoa mais ríspida que conheceu e, por acaso, a garota dos seus sonhos; a trombada com a comunidade judaica em razão do romance de estreia Adeus, Columbus e a descoberta, nos anos 1960, de um lado do seu talento que o levou a escrever O Complexo de Portnoy.

Guerra Ian Morris | LeYa | 558 pp. | R$ 69,90

Boyne escreveu o premiado O Menino do Pijama Listrado, que foi levado ao cinema e esse, se os produtores tiverem juízo, também merece virar filme. É uma pequena obra-prima que se lê de uma sentada só e conta a história de um menino órfão adotado pela governanta que cuida da casa de Hitler nos Alpes, entra para a juventude hitlerista e o ditador se afeiçoa a ele. Muito bom.

Com o subtítulo “O Horror da Guerra e seu Legado para a Humanidade”, o autor conta a terrível e emocionante história de quinze mil anos de conflitos e, além das batalhas e de sua brutalidade, ele mostra o que estes embates provocaram no mundo e o que fizeram por ele. A pesquisa dele revela que na Idade da Pedra, uma em cada cinco pessoas morreria violentamente, contra uma para cem no século 20, apesar de duas guerras, o Holocausto e as bombas atômicas. Isso porque as guerras levaram à criação de sociedade maiores e mais complexas.

Para Além do Diário de Anne Frank

A Radiografia do Golpe

LeYa | 190 pp. | R$ 27,90

Jessé Souza | LeYa | 142 pp. | R$ 34,90

À pergunta que todos se fazem de como teria sido o dia-a-dia do esconderijo e de todos os seus habitantes, a instituição conhecida como Casa de Anne Frank produziu este livro no qual esclarece estas dúvidas e mostra quem são as outras personagens que acompanharam Anne quando esteve escondida. E uma amiga, citada no livro, diz que ela “era uma menina um pouco ríspida, mas amigável. Todos gostavam dela. Ela tinha muita energia”.

O autor é professor da Universidade Federal Fluminense e lançou este livro assim que o impeachment de Dilma foi votado e aprovado no Senado e ele faz uma análise de como se construiu o que classifica como farsa do golpe “legal” desde as manifestações de junho de 2013 de modo a construir uma “base popular” para o golpe. Ele coloca a desigualdade x moralidade, ou, Lula x Moro, concluindo que a direita ganha um discurso e um líder que pode chamar de seu. Nas conclusões, trata das ameaças e oportunidades à democracia. Um livro necessário.

A Guerra não Tem Rosto de Mulher

Petrobrás

Svetlana Aleksiévitch | Companhia as Letras | 390 pp. | R$ 49,90

Roberta Paduan | Objetiva | 391 pp. | R$ 54,90

Svetlana ganhou o Nobel de Literatura de 2015 e se trata da história impressionante, pouco conhecida e contada pelas próprias personagens: as incríveis soldadas soviéticas que lutaram com bravura e violência, mas sem perder a ternura, durante a Segunda Guerra. Um depoimento: “Passei três anos na guerra...e não me senti mulher. Meu organismo perdeu a vida. Eu não menstruava, não sentia desejo feminino. E era bonita... Quando meu futuro marido me pediu em casamento, isso já em Berlim, ao lado do Reichstag, eu queria chorar”.

Não, a jornalista autora do livro não conta a grandiosa história da Petrobrás com a criação do monopólio estatal do petróleo por Getúlio Vargas, mas usa a força da marca para falar de “uma história de orgulho e vergonha”, aliás, seu subtítulo, e que trata dos casos de corrupção na empresa a cuja história ela concede o beneplácito de que desde a redemocratização a Petrobrás foi alvo de rapina. Mas, segundo ela, nos governos do PT o desvio de verbas foi superlativo.

John Boyne | Seguinte | 22 pp. | R$ 39,90

Quando as Pombas Desapareceram Sofi Oksanen | Record | 346 pp. | R$ 54,90

Tesouro Direto

A finlandesa Sofi é um fenômeno de vendas nos países escandinavos, vencedora de dois prêmios importantes da Finlândia e, neste livro trata do drama da Estônia, que exemplifica outros países do leste europeu em 1941, espremidos entre a ocupação soviética e a “esperança” com a chegada das tropas nazistas. O fio condutor é o triângulo formado por dois primos e a mulher de um deles, que se equilibram entre a independência da Estônia e a libertação de qualquer poderoso.

Marcos Silvestre | Faro Editorial | 188 pp. | R$ 34,90

Com o subtítulo “A Nova Poupança”, o autor, que já escreveu O Plano da Virada, fala a respeito do não tão novo Tesouro Direto, uma nova forma de investimento em títulos públicos, tão acessíveis quanto a poupança, mas rendem muito mais, são igualmente seguros, muito mais práticos para se aplicar e resgatar e, para isso, basta aprender o caminho que ele ensina por meio de simulações.


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músicas magazine

por Bernardo Lerer

Anna & Ines Walachowski Reference Gold | 147,90

As duas irmãs polonesas começaram a tocar piano aos 6 e 4 anos, respectivamente, e logo foram matriculadas no conservatório de Wroclaw, onde só estudam alunos talentosos, lá também se distinguiram e foram estudar na academia de Salzburgo e, depois na escola superior de música de Hannover, cujo diretor, Alfons Kontarsky, logo percebeu o potencial delas para interpretar concertos para piano a quatro mãos.

The Mahler Experience Warner Classic | R$ 50,90

Estes dois cd’s são apresentados como “mais de duas horas de música monumental e inspiradora”, e de fato o é, pois os produtores conseguiram colocar em quinze faixas o melhor e o mais representativo da obra do genial compositor nascido em 1860, na Boêmia, atual República Tcheca, e morto em 1911, em Viena, antiga capital do Império Austro Húngaro.

Basso Bailando Rick Stotijn | Channel Classics / 145,90

Rick tinha 8 anos quando se encantou pelo contrabaixo e, portanto, mal chegava, digamos, aos pés do grande instrumento. Neste cd, ele executa duas peças arranjadas para contrabaixo, As Quatro Estações Porteñas, de Astor Piazzola, e As Sete Canções Populares Espanholas, de Manuel de Falla, e a obra original para o instrumento, de Nino Rota.

Hugo Weisgall Naxos | R$ 39,90

Weisgall (1912-1997) é mais um compositor cuja obra é produzida pela gravadora Naxos, escolhida pelo Milken Archive of American Jewish Music, criado pela família Milken, que é uma das maiores instituições filantrópicas dos Estados Unidos, e responsável pela pesquisa, catalogação, preservação e reprodução da música judaica produzida nas Américas, de que é exemplo este cd com T’kiatot: Rituals for Rosh Hashaná, uma das faixas.

Al Di Meola CBS | R$ 61,90

Nascido nos Estados Unidos, em 1954, de pais italianos, Di Meola tinha 17 anos quando o matricularam na prestigiada Berklee College of Music, de Boston, uma das importantes escolas de música do pais, onde se destacou como guitarrista, e três anos depois, em 1974, começou a se apresentar e não parou mais. Nesse período foi quatro vezes escolhido melhor guitarrista de jazz pela revista Guitar Player.

Os cd’s acima estão à venda na Livraria Cultura ou pela internet www.livrariacultura.com.br. Pesquisem as promoções. Sempre as há e valem a pena


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magazine > ensaio | por Tullo Vigevani *

Paradoxos da comunidade judaica nas eleições dos EUA ACOMPANHAR O PROCESSO ELEITORAL NORTE-AMERICANO DE 2016 É UMA BOA OPORTUNIDADE PARA RESPONDER A PERGUNTAS E REPASSAR ALGUNS PROBLEMAS DE SIGNIFICADO ATUAL E, SOBRETUDO, FUTURO PARA OS ESTADOS UNIDOS, O MUNDO, E PARA O MAIOR E MAIS PODEROSO ISHUV DO MUNDO, ASSIM COMO PARA OS JUDEUS EM GERAL

B

uscamos respostas e retomamos problemas de modo a diferenciar o que se mantém na tradicional posição do judaísmo no país e o que surge como novidade, mudança, que não sugere nenhuma conclusão e aponta para paradoxos como, por exemplo, republicanos radicalmente a favor de Israel de Netaniahu e o voto judeu continua democrata. A juventude se afasta do conservadorismo cultural. Segundo The Jewish Week, apesar da crescente sustentação

A RELAÇÃO OBAMA X BIBI NETANYAHU TEM RELATIVA IMPORTÂNCIA NA ELEIÇÃO AMERICANA

republicana a Israel, que vem crescendo nos últimos cinquenta anos, também quanto à política em relação aos territórios palestinos e apesar dos dados, por exemplo do Pew Research Center, segundo os quais 75% de seus eleitores apoiam essa atitude, a comunidade judaica continua muito mais vinculada ao lado democrata. Considere-se que entre os eleitores democratas, o apoio às políticas de Israel é de 43%. De acordo com uma pesquisa que considera uma base de dados ampla, compreendendo 250 instituições, apesar de crescer o número de judeus que se consideram independentes, atualmente 54% se dizem democratas, 14% republicanos e 32% sem identificação partidária. A tradição do voto judaico pelos democratas surge e começa a se consolidar nos anos 1920, sendo, portanto, fortemente enraizada. Dos que se consideram judeus 70% mantêm-se fiéis a esta tradição. Obama recebeu 78% dos votos do ishuv, em 2008, e 69% em 2012. De acordo com estudo da Fundação Ruderman, existe uma conexão que passa pelo liberalismo, pela ideologia e pela identidade cultural. Diante da importância analítica que a arrecadação financeira tem para as campanhas, vale citar que metade das contribuições para democratas origina-se na comunidade, enquanto apenas um quarto das republicanas tem a mesma origem. Nestas eleições de 2016, Clinton teria 61% dos votos judeus e Trump 19%, segundo a Global Jewish Advocacy. Estes votos podem ser decisivos em swing states, como Pensilvânia e Flórida.

Segundo Gil Troy, “mais do que nunca eles (os judeus) abraçam o liberalismo, especialmente neste ano, temerosos de alguns grupos religiosos, dos ‘trumpistas’ e do Tea Party. Definem seu liberalismo pelas ideias de liberdade, libertação e autonomia”. Claro que isso não exclui apoio incondicional ao candidato republicano em alguns setores. Segundo o Haaretz, haveria entre alguns ortodoxos a “disposição de esquecer os pecados de Trump, mas não os de Hillary”. Vemos que a opção partidária, apesar de suposições feitas ao longo da administração Obama, quando a estreita relação dos republicanos no Congresso com as escolhas do governo de Israel, como a atitude em relação ao acordo com o Irã, poderiam sugerir mudanças importantes, estas não se concretizaram. No entanto, há sinais ainda tênues de mudanças de prioridades em outras questões, mas potencialmente significativos. Pesquisa do American Jewish Commitee (AJC) de agosto 2016 na comunidade, revela que algumas prioridades coincidem com as da população em geral. O que sugeriria, como análises desenvolvidas nos anos 1990 e 2000 sinalizavam, mostrar a população judaica mais ancorada nos valores “normais” de toda a sociedade, provavelmente menos particularista. Frente à pergunta de qual seria o fator mais importante para o voto, a maior opção foi a relativa à economia e emprego, alcançando 29%. Terrorismo e segurança nacional 16% e política externa 10%. Dados não muito diferentes dos que surgem nas pesquisas feitas para o total de eleitores. No tocante às relações com Israel, 57% consideraram Clinton melhor que Trump, que alcançou 22%. Resultado parecido em relação ao Irã, não necessariamente esperado. Cinquenta e oito por cento da comunidade consideram Clinton mais capacitada a lidar com este país, e apenas 19% entre os judeus acham Trump mais preparado. Os republicanos, inclusive o candidato, fizeram deste tema um cavalo de batalha ao longo do segundo mandato Obama, com ataques diretos à candidata Clinton. De todo modo, a percepção da opinião pública norte-americana em geral a respeito do comportamento dos partidos e dos candidatos a presidente em 2016 no tocante a Israel, pode ser interpretada como coerente. Isto é, apesar da ação dos congressistas republicanos que, para combater Obama atacaram duramente sua estratégia para a questão do Irã, acabou prevalecendo um fator considerado da maior importância na análise política: a memória histórica. Desde Truman, os democratas defenderam a integridade de Israel. Esta memória é também importante para explicar a percepção da sociedade ampla. Pesquisa de opinião da Brookings Institution a respeito da expectativa de como seria a ajuda militar a Israel, quando comparada com a aprovada pela administração Obama em 2016, mostra que a maioria considera que Clinton seguiria os termos já decididos e a maioria opinou que Trump ofereceria menos. Vimos até aqui alguns flashes sobre como se movem os judeus norte-americanos no processo eleitoral de 2016. Vejamos outros que nos podem ajudar a pensar cenários e a detectar

eventuais paradoxos. Michael Laitman afirma que não se podem fechar os olhos às divisões existentes e aos diferentes posicionamentos dentro do judaísmo norte-americano que, segundo ele, comprometeriam a solidariedade a Israel. Um dado, segundo ele sinalizador do novo contexto, é que J Street hoje é a organização judaica que goza de maior simpatia entre os judeus jovens, abaixo de 35 anos. As informações e as interpretações sugerem haver razões para pensar em mudanças substantivas a médio prazo. Por um lado, indicadores de identidade surgem sempre robustos. Por exemplo, a preocupação pelo antissemitismo, mesmo nos Estados Unidos: segundo os dados da pesquisa AJC 73% estão preocupados. Na mesma direção, 79% declaram ser importante sua identidade judaica, 21% não o consideram. Do mesmo modo, 73% declaram-se preocupados pelas questões de Israel. Nisso haveria um distanciamento da preocupação maior indicada por Laitman, o da existência de um profunda barreira entre os judeus norte-americanos e Israel (veja ensaio 2, nas páginas seguintes). Por outro lado, examinando outros dados dessas mesmas pesquisas, depreendem-se tendências no judaísmo norte-americano, que mostram claramente crescente introjeção de valores locais ou universais. Por exemplo, igualdade racial, de gênero, separação da religião do Estado, direitos dos palestinos, valores que caminham em sentido democrático, ao menos do liberalismo, do american way of life, ou mesmo de valores universais. Mas certamente tensionam valores considerados importantes em determinadas concepções do judaísmo. Alguns desses valores e novas orientações acabaram sendo uma barreira às posições republicanas, ampliando a rejeição a Trump, considerado demasiadamente dependente do fundamentalismo evangélico e católico e contrário às minorias, mexicanos e latinos, muçulmanos, asiáticos, etc. * Professor de ciência política da Unesp

A tradição do voto judaico pelos democratas surge e começa a se consolidar nos anos 1920. Dos que se consideram judeus 70% mantêm-se fiéis a esta tradição. Obama recebeu 78% dos votos do ishuv, em 2008, e 69% em 2012. De acordo com estudo da Fundação Ruderman, existe uma conexão que passa pelo liberalismo, pela ideologia e pela identidade cultural


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magazine > curta cultura | por Bernardo Lerer

O Nobel Bob Dylan

Em 2008, ele ganhou uma menção especial do Prêmio Pulitzer pelo “profundo impacto na música popular e cultura americana, marcado por composições líricas de extraordinário poder poético”. Quatro anos depois, uma foto mostra o presidente Barack Obama condecorando-o com a Medalha Presidencial à Liberdade, a que fazia por merecer, aliás, pelo papel que teve nos anos 1960, quando suas composições foram transformadas em uma espécie de hinos das lutas pelos direitos civis e contra a guerra no Vietnã. Suas canções soavam como um diálogo com as mais altas autoridades, às quais, parece, os outros pobres mortais não têm acesso, e nem são ouvidos. Houve gente que cochichou a possibilidade de, um dia, ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. Já nas suas primeiras apresentações, no início dos anos 1960, chamava a atenção pela maneira como dedilhava a guitarra, tirava sons de uma harmônica de boca ou do piano, ele compunha novas e belas músicas mais rapidamente do que podia lembrar delas. Por isso, tentava escrevê-las todas. Em cinquenta anos de carreira vendeu mais de cem milhões de cópias. Quando tinha pouco a fazer pintava e desenhava, e assim juntou seis livros que foram publicados e vendidos. Robert Allen Zimmerman, nascido numa obscura cidade do estado de Minnesota, assumiu o nome de Bob Dylan, em alusão ao poeta galês Dylan Thomas, nasceu judeu, fez bar-mitzvá, teve uma relação conflituosa com o seu judaísmo, converteu-se ao cristianismo, voltou atrás cheio de dúvidas, e hoje não sabe exatamente o que é, mas tem dirigido boas palavras a Israel. Cautelosamente, no entanto, para não melindrar os fãs que apoiam um Estado Palestino.

Para melhor conhecer o Holocausto

Saudades da minha terra

Raul Hilberg (1926-2007) nasceu na Áustria, de onde saiu no começo de 1939, passou quatro meses em Cuba e instalou-se nos Estados Unidos, no dia em que a Polônia foi invadida. Se então pressentiu que os judeus seriam as vítimas eleitas pelo nazismo, teve certeza disso em 1942, aos primeiros rumores da Solução Final. Telefonou para o eminente rabino Stephen Wise e pediu providências. Entrou para o Exército e, como falava alemão, foi enviado para as regiões já controladas da Alemanha conquistadas pelos Aliados. Na sede do partido (nazista) em Munique onde funcionavam os escritórios de maiorais como Himmler, Göring, Hess, Frank e outros, encontrou parte da biblioteca de Hitler encaixotada. Ele somou isso à provocação de um professor judeu alemão de que as piores atrocidades foram praticadas durante a ocupação napoleônica da Espanha, para pesquisar a aniquilação a aniquilação dos judeus europeus. Escreveu uma tese de mais de novecentas páginas a respeito cuja publicação foi vetada, dependendo do gosto, por ser contra os judeus ou contra os alemães. E, naqueles tempos de Guerra Fria, os Estados Unidos não queriam melindrar os alemães, bem no centro da disputa americano-soviética. O Instituto Yad Vashem não se interessou, a editora da universidade Princeton vetou por orientação de Hannah Arendt e o livro, agora com mais de 1.200 páginas, foi publicado por uma pequena editora de Chicago e, depois, já consagrado com o título de A Destruição dos Judeus Europeus, reeditado por outras. Agora existe em português pela Editora Manole, em dois volumes (R$ 306,00). O livro trata de por que e como os judeus quase foram destruídos. Mostra como funcionou a administração nazista do extermínio, os trens, as estações, os comboios, etc. Um monumento à compreensão do Holocausto.

Ele ainda era Salomão Iacher quando foi para Israel como mais um voluntário entre os milhares do mundo todo e as centenas do Brasil que, naqueles dias de junho de 1967 da Guerra dos Seis Dias, temeram pelo Estado de Israel e foram para lá pelos meios possíveis. Instalou-se em Bror Chail como outros brasileiros e depois de uma temporada voltou para o Brasil. Aqui, o grupo de Salomão reunia-se aos sábados à tarde na Vila Mariana, e assim conheceu Sylvia Gerchfeld, que viria a ser mãe dos filhos dele. Casaram, o primeiro filho nasceu no Brasil e os outros dois em Israel. Já cidadão israelense, Salomão virou Salo, e Iacher, muito eu-

Flávio Gikovate (z’l) Ouvida quase todas as noites na rádio CBN como o astro de “No Divã com Gikovate”, a voz dele era calma como convém a um psicoterapeuta e as pessoas pareciam se sentir mesmo numa sessão em que ele atendia a todos, para falar de todos os assuntos, mas principalmente de vida sexual, relacionamentos, etc. Era um figuraço, como se diz. Flávio Gikovate morreu, aos 73 anos, em meados de outubro de um devastador câncer no pâncreas que o

ropeu, Yakir. De uma forma ou de outra, ele deu duro, estudou análise de sistemas e aplicou seus conhecimentos na administração do kibutz Dovrat, região de Afula, norte de Israel, onde se fabricavam diamantes industrias e ferramentaria. Salo gosta de kibutz, parece ter uma ligação atávica com essa instituição tipicamente israelense. Nos últimos anos passa parte do dia sentado ao computador vasculhando a internet em busca de assuntos ligados a Israel e ao judaísmo que possam interessar aos muitos amigos que deixou no Brasil e para os quais envia seus achados. Como resultado acaba de lançar, em forma de brochura, Crônicas Incubadas, uma “coletânea de artigos e contos metafóricos”, com comentários políticos e reflexões a respeito dos conflitos de Israel nos últimos vinte anos. Estes textos estão colocados na brochura de forma aleatória, sem preocupação cronológica nem temática. Acho mesmo que o autor os selecionou talvez por representar, cada um, uma fase de sua produção literária e o modo como ela se envolve com as coisas e os eventos de Israel. Mas a brochura é mais do que isso: no final tem um bem fornido glossário de palavras e expressões em ídiche e uma espécie de árvore genealógica da família, em cujos ramos se penduram os Smaletz, Vaidergoren, Boieras, Chait de Capetown (África do Sul), e outros.

deixou internado no Hospital Albert Einstein. Flávio juntou milhares de admiradores que lhe mandavam cartas esperançosos de que suas dúvidas fossem lidas e respondidas no rádio e auditório, escreveu livros, teve vários programas de rádio e tevê e atuou como ele mesmo na novela “Passione”, na qual cuida de um jovem abusado sexualmente na infância. Nos anos 2000 fez várias palestras na Hebraica. No entanto, convém registrar que o fato de não se fechar em um consultório, dedicar-se ao interesse coletivo e democratizar seus conhecimentos e palavras de conforto aos que o procuravam tem antecedentes familiares. O tio, médico, Moisés Gikovate, foi um dedicado voluntário da Hebraica cuja biblioteca criou e da qual foi primeiro diretor. O pai, Febus, também médico, foi importante dirigente de partidos de esquerda, esteve preso na Ilha Grande durante a ditadura Vargas, sendo mencionado por Graciliano Ramos em Memórias do Cárcere, por ser quadro dirigente do Partido Socialista Revolucionário (seção brasileira da Quarta Internacional, trotskista) integrado por figuras como Florestan Fernandes, Patrícia Galvão (Pagu), Hermínio Sachetta, e outros. Com a redemocratização, em 1945, junta-se aos membros da chamada Esquerda Democrática e, em 1947, funda o Partido Socialista Brasileiro, do qual fazem parte Fúlvio Abramo, Mário Pedrosa, Aristides Lobo, João da Costa Pimenta e outros. Estas pessoas frequentavam a casa de Flávio Gikovate, ainda uma criança, mas às quais sempre se manteve ligado. Sorte dele.


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vitrine > informe publicitário ENXAQUECA E TOXINA BOTULÍNICA

A revolução na melhora da sua dor A toxina botulínica é considerada a primeira escolha para o tratamento dos pacientes com dor de cabeça por mais de quinze dias no mês por pelo menos três meses. A medicação bloqueia algumas reações neuroquímicas nas terminações nervosas que iniciam a cascata inflamatória que desencadeiam a dor da en-

xaqueca. Este tratamento exige pequenas injeções em áreas na cabeça, face, occipital e ombros, com total de 31 pontos e efeito analgésico de três meses. Dra. Aline Turbino N.M.da Costa / CRM 128847 INACC Instituto Avançado do Crânio e Coluna Rua Alvorada, 48, 9° andar | Fone 3842-3922

CIDADE DO LIVRO

Projeto altamente educativo na formação de leitores A Cidade do Livro é um espaço cenográfico tematizado para crianças. O diferencial é que este projeto é altamente educativo e ajuda a formar desde cedo o hábito da leitura. Nos vários ambientes distribuídos por uma área de dois mil metros quadrados, os

visitantes aprendem a importância dos livros e abordam temas como saúde, ambiente, pluralidade cultural, ética e cidadania. O agendamento só pode ser realizado por uma instituição de ensino. Informações, 5627-6500

VIA CASTELLI

É hora de cardápio primavera no jantar O Via Castelli está com cardápio de primavera para o jantar, com três pratos ao valor de R$ 46,90, incluindo couvert e buffet de saladas. A pedida também inclui polpettone com fetuccine à napolitana, alcatra grelhada na brasa, acompanha risoto à primavera e pescada gre-

lhada com molho de ervas, acompanha arroz com amêndoas e salsinha. Rua Martinico Prado, 341, Higienópolis Fone 3662-2999 E-mail restviacastelli@uol.com.br Site www.viacastelli.com.br

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Faça do seu um evento inesquecível Com charme e criatividade, D. Filipa – especializada na locação de materiais para festas e ambientações – busca as melhores opções de artigos, proporcionando aos convidados uma atmosfera sofisticada e aconchegante, seja um jantar romântico, um

encontro temático ou uma festa para dezenas de convidados. D. Filipa Rua Wisard, 540 - Vila Madalena Fone 3031-2999 Site www.dfilipa.com.br

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Massas com mil e um sabores Na hora da fome dá vontade de gritar: “Socorro!”. É neste momento que entra em ação a S.O.S. Pizzas. Basta pegar o telefone e fazer o pedido. Entre as mais pedidas estão a margherita e portuguesa. A S.O.S. Pizzas tem sabores para todos os gostos e atende de se-

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indicador profissional ADVOCACIA

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indicador profissional ADVOCACIA

CARDIOLOGIA

ALERGIA/IMUNOLOGIA

CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

CIRURGIA PLÁSTICA

CIRURGIA TORÁCICA

CLÍNICA

CLÍNICA/ DOENÇAS HEPÁTICAS

ANGIOLOGIA

CIRURGIA GERAL

AUDITORIA/CONTABILIDADE

CLÍNICA

CIRURGIA PLÁSTICA

COLOPROCTOLOGIA

DERMATOLOGIA


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HEBRAICA

indicador profissional ENGENHARIA

GINECOLOGIA

NEUROLOGIA

FISIOTERAPIA

MANIPULAÇÃO

NEUROPSICOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ORTOPEDIA

NEUROLOGIA

ORTOPEDIA

PSICANALISTA

ODONTOLOGIA

GINECOLOGIA

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indicador profissional

PILATES


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indicador profissional PSICANALISTA

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indicador profissional PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

RESIDENCIAL

UROLOGIA

PSICOTERAPIA

A D VO C AC I A

Família  Cível Trabalhista  Consumidor

Dra. Dayane Messias Lopes Dr. Eduardo Durante Rua

Tels: (11) 99944-7331 98018-0377 98507-6427 email: dayanelopes.adv@gmail.com | edurua@uol.com.br

PSIQUIATRIA

PSICOLOGIA

compras e serviços

ROLFING


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compras e serviรงos

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compras e serviรงos


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roteiro gastronômico

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roteiro gastronômico


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diretoria > spa hamsa

Bem-estar A em todos níveis INAUGURADO RECENTEMENTE, O SPA HAMSA JÁ CONQUISTOU NÚMERO SIGNIFICATIVO DE CLIENTES ENTRE OS

SÓCIOS, ESPECIALMENTE OS QUE JÁ

PRATICAM UMA ATIVIDADE FÍSICA

NA RECEPÇÃO, OS CLIENTES ENCONTRAM TRANQUILIDADE E EFICIÊNCIA

o saírem da quadra de tênis ou depois de gastar energias na musculação ou aeróbica, muitos sócios vão ao Spa Hamsa para uma massagem relaxante ou sessão de shiatsu aos cuidados das suas massoterapeutas. Segundo a diretora Milene Carvalho, a adesão dos atletas surpreendeu positivamente e mostrou um potencial a mais para o seu empreendimento. “São pessoas que se autovalorizam e procuram potencializar os benefícios oferecidos pelo esporte, ao buscarem o equilíbrio emocional. Com isso, mostram espírito jovem e alto nível de conscientização”, comentou, diante de pilhas de envelopes com os prontuários dos clientes. “Periodicamente, verifico cada envelope, o que permite conhecer bem o nosso público. A princípio, não esperava uma procura tão intensa por parte dos esportistas”, acrescenta. Milene aponta a área de tratamentos estéticos e de limpeza de pele, cuja procura tem aumentado. “A divulgação boca-a-boca feita pelos clientes é fundamental. Uma sócia elogia a limpeza de pele para outra, que decide experimentar e

aí ela olha a relação de outros tratamentos experimenta, gosta e elogia para outra amiga”, descreve Milene. Segundo ela, a qualificação técnica das profissionais encarregadas dos tratamentos e a opção por produtos cujas marcas oferecem resultados garantidos são aspectos que têm atraído novas clientes a cada dia. Uma das estrelas entre os tratamentos estéticos é utilizado para Iluminar o rosto. “Indicamos o tratamento Power C (vitamina C) e, para renovar a pele do rosto o Dermapeel; tratamentos aplicados por nossas esteticistas, que utilizam a Skeyndor, marca espanhola de cosmética científica. Cada sessão custa R$ 148,00 preço muito acessível, comparado ao praticado no mercado”, garante a diretora. Para alegria de Milene, alguns horários da agenda do Spa estão lotados e ela pretende agregar mais uma profissional para ampliar a capacidade de atendimento. “A fase das entrevistas está quase terminando pois quero ter no time o melhor em estética e massagem”, comenta Milene. “Eu acho que é preciso oferecer aos sócios os melhores e mais avançados equipamentos, mas manipulados por pessoas treinadas e hábeis em lidar com eles ”, diz a diretora do Hamsa. Ela se refere ao aparelho Heccus, recomendado para eliminar gordura localizada, celulite e flacidez. “Em geral, esses tratamentos são combinados com sessões de massagens modeladoras e oferecem bons resultados em algumas aplicações”, explica. No final da entrevista, anuncia para breve duas novidades. “Para sócias ou sócios interessados em reduzir medidas, estamos implantando o Power Detox (baseado na técnica Miracle Touch), sucesso no mundo da estética, que consiste em milagrosa massagem que define curvas, com resultados já na primeira aplicação. Nosso preço será bem competitivo, de R$ 168,00 por sessão. Também adquirimos o Spectra, equipamento de última geração que utiliza a radiofrequência para eliminar

MILENE CUIDA DOS PRONTUÁRIOS E CONHECE AS CARACTERÍSTICAS DE CADA CLIENTE PARA OFERECER TRATAMENTOS EFICAZES

flacidez, celulite, fibroses, gordura localizada. No rosto, atua na solução de problemas relativos ao envelhecimento facial, ou seja, da flacidez da pele no rosto e no pescoço. Após algumas sessões, há uma melhora visível nos contornos do rosto. Esse tratamento custa R$ 138,00 por sessão, para um plano de oito sessões”. Segundo ela, deve-se considerar importante que, além desse benefício, “não surgem cortes, lesões superficiais ou edemas e o tratamento não requer o necessidade de afastamento do trabalho ou das atividades esportivas”, conclui. (M. B.)

Hamsa Spa

Tratamentos de estética e relaxamento (massagem) para o público masculino e feminino Terça a sábado, das 9 às 20h, Domingos e feriados, das 10 às 15h Informações, fones 3031-1609 e 3818-8735 Página Facebook com novidades e sugestões de tratamentos: https://www.facebook.com/ Hamsa-SPA-unid-HebraicaSP-1388926064466904/


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diretoria

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98 HEBRAICA

| NOV | 2016

conselho deliberativo

CALENDÁRIO JUDAICO ANUAL 2016 NOVEMBRO 5

SÁBADO

DEZEMBRO 24 31

Questões gerais

SÁBADO SÁBADO

2017

Passado o mês de outubro, cujo calendário foi marcado pelas festas judaicas e para alguns um período mais longo de descanso. É sempre bom recarregar as baterias emocionais e visitar Israel, onde se tem uma ideia concreta dos desafios enfrentados pelos judeus também no país que consideramos pertencer a todos os judeus. Ali, se absorve, da melhor forma possível, a energia não só a que provém do sol, mas principalmente a que emana do nosso povo, que não se deixa abater nunca e cada dia se apruma, se fortalece e se une em defesa de nossos princípios éticos e morais e de pertinência. Quem permaneceu no Brasil, acompanha com um aperto no coração, as notícias sobre a votação na Unesco negando Jerusalém como cidade símbolo do judaísmo e, consequentemente, como capital de Israel, especialmente quando o Brasil se posicionou favoravelmente a essa posição. Temas como esse ganham importância e quase se equiparam às questões debatidas nas reuniões do Conselho, uma vez que não há como se sentir seguro decidindo os próximos caminhos do clube, se o centro da vida judaica, que é Israel, tem aspectos importantes de sua vida contestados. Eis porque é necessário apoiar as iniciativas que as as entidades e setores da comunidade promovem aqui e em Israel para enfatizar a gravidade da situação e em especial, evidenciar o descontentamento dos judeus brasileiros em relação a essa reviravolta na política internacional do pais. Em todo o caso, a união da comunidade é sempre a solução e momentos como os que se viu na homenagem ao premiê Shimon Peres (z’l) realizada no Teatro Anne Frank e que contaram com a presença e apoio do Conselho Deliberativo são uma das chaves para vencermos essas dificuldades e podermos, com tranquilidade nos debruçar sobre os temas cotidianos do clube. Mauro Zaitz, Presidente do Conselho de Administração

JANEIRO 27

FEVEREIRO 11

MARÇO 9 12 13

ABRIL 10 * 11 * 12 * 17 * 18 24

21 DE NOVEMBRO APROVAÇÃO PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA 2017 12 DE DEZEMBRO APRECIAÇÃO RELATÓRIO ANUAL DA DIRETORIA

Mesa do Conselho PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE VICE-PRESIDENTE 1O SECRETÁRIO 20 SECRETÁRIO ASSESSORES

MAURO ZAITZ FÁBIO AJBESZYC SÍLVIA L. S. TABACOW HIDAL AIRTON SISTER VANESSA KOGAN ROSENBAUM ABRAMINO A. SCHINAZI CÉLIA BURD EUGEN ATIAS JAIRO HABER JAVIER SMEJOFF SAPIRO JEFFREY A. VINEYARD

6ª FEIRA

DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO (ONU)

SÁBADO

TU B’SHVAT

5ª FEIRA JEJUM DE ESTER DOMINGO PURIM 2ª FEIRA SHUSHAN PURIM 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 2ª FEIRA 3ª FEIRA 2ª FEIRA

EREV PESSACH- 1º SEDER PESSACH- 2º SEDER PESSACH-2º DIA PESSACH- 7º DIA PESSACH- 8º DIA IZKOR IOM HASHOÁ- DIA DO HOLOCAUSTO

1

2ª FEIRA

2

3ª FEIRA

14 24 30 *31

DOMINGO 4ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA

IOM HAZIKARON - DIA DE LEMBRANÇA DOS CAÍDOS NAS GUERRAS DE ISRAEL IOM HAATZMAUT - DIA DA INDEPENDÊNCIA DO ESTADO DE ISRAEL - 69 ANOS LAG BAÔMER IOM IERUSHALAIM VÉSPERA DE SHAVUOT 1º DIA DE SHAVUOT

MAIO

JUNHO *1

JULHO 11 31

5ª FEIRA

2º DIA DE SHAVUOT - IZKOR

3ª FEIRA 2ª FEIRA

JEJUM DE 17 DE TAMUZ INÍCIO DO JEJUM DE TISHÁ BE AV

3ª FEIRA

AO ANOITECER

AGOSTO 1

2ª FEIRA

FIM DO JEJUM DE TISHÁ BE AV AO ANOITECER TU BE AV

4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA 6ª FEIRA SÁBADO

VÉSPERA DE ROSH HASHANÁ 1º DIA DE ROSH HASHANÁ 2º DIA DE ROSH HASHANÁ VÉSPERA DE IOM KIPUR IOM KIPUR

4 *5 *6 11

4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA 4ª FEIRA

* 12 * 13

5ª FEIRA 6ª FEIRA

VÉSPERA DE SUCOT 1º DIA DE SUCOT 2º DIA DE SUCOT VÉSPERA DE HOSHANÁ RABÁ 7º DIA DE SUCOT SHMINI ATZERET- IZKOR SIMCHAT TORÁ

7

Reuniões Ordinárias do Conselho em 2016

DIA EM MEMÓRIA DE ITZHAK RABIN AO ANOITECER, 1ª VELA DE CHANUKÁ AO ANOITECER, 8ª VELA DE CHANUKÁ

SETEMBRO ** ** ** ** **

20 21 22 29 30

OUTUBRO

* NÃO HÁ AULA NAS ESCOLAS JUDAICAS ** O CLUBE INTERROMPE SUAS ATIVIDADES, FUNCIONAM APENAS OS SERVIÇOS RELIGIOSOS



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