Ree
Devarim 11:26 – 16:17
Nesta porção da Torá, Moisés diz aos israelitas que se eles adorarem ídolos, eles serão punidos. Moisés explica as leis da kashrut e detalha as três festas de peregrinação: Pessach, Shavuot e Sucot.
Anúncio do novo mês Neste shabat anunciamos o mês de Elul que começa terça e quarta feira. Elulé o sexto mês do calendário. É chamado do mês do "retorno" ou do " perdão". Após meses que relatam distorções e erros do povo, Elul representa a correção, a nova oportunidade. As letras de Elul são as iniciais da frase do Cântico dos Cânticos: "Eu sou para meu noivo e meu noivo é para mim". Nelas está contido o desejo de retorno, reencontro e entrega próprios deste mês de preparativos para o lom Kipur. Elul é um mês de preparativos para a mudança de estação que se aproxima. O outono desponta e é hora de reflexão. Junto com o verão, a colheita do ano se encerra e é hora de retrospectiva e avaliação. A passagem do tempo ganha ritmo nas folhas que caem e ganha força uma humildade reveladora. SENTIDO: Ação. Relacionado ao mês de mudança de atitudes e de teshuvá (retorno). FESTA: Início das Selichot. MITSVÁ: Toque de shofar todos os dias, com exceção do shabat.
Shabat na sinagoga de A Hebraica Prédica: Sylvia Lohn Chazan: David Kullock Musicista: Beto Borger Baalei Koré: Rony e Daniel Grabarz
CJנEWם
Ano XV nº 665
3 de Agosto de 2013 Shabat Ree
27 de Av de 5773 Shabat Mevarchim Elul
São as atitudes que mudam a personalidade ou é a personalidade que muda as atitudes Sabemos que Torá poucas vezes revela de maneira explícita o porquê de seus preceitos. Embora as pessoas, historicamente, tenham procurado dar variadas explicações, são muito poucos os casos em que a Torá realmente justifica de alguma maneira os mandamentos nela contidos. Uma das poucas exceções a essa falta de explicações se encontra na parashá desta semana, Reê. E, diga-se de passagem, o motivo dado para o mandamento em questão é, no mínimo, um tanto curioso: ְ שּׂר ֵאת ָכּל ְ שּׂר ָ שׁנָה ָ שּׂ ֶדה ָ ה ַ היֹּצֵא ַ �תּבוּאַת ז ַ ְר ֶע ֵ תּ ַע ֵ ַע שׁנָה ְ תּ ְ שׁכֵּן ֶ מּקוֹם ֲא ֶ תּ ִל ְפנֵי | הי ֱא ָ ְירשׁ� וְיִצ ִ �ְשׂר ְדּגָנ ַ מ ְע ַ שׁם ָ שׁמוֹ ַ חר ְל ַ שׁר י ִ ְב ָ �קי� ַבּ ָ וְאָ ַכ ְל �ה ֶר ֶ ְ ְ ְ ְ ֶ ֱ ֶ ְ ְ ְ ְ ָ וּבכ ֹר ֹת בּקר� וצ ֹאנ� למַ עַ ן תִּ למַ ד לי ִראָה את הי א�קי� ָכּל הַ יָּמִ ים “Separarás o dízimo de toda a colheita de cereais que o campo produz, ano após ano. E comerás em frente ao Eterno teu D’us, no lugar que Ele escolher para fazer seu nome habitar, o dízimo de teus grãos, teu mosto e teu óleo, e os primogênitos do teu gado e do teu rebanho, para que aprendas a temer ao Eterno teu D’us todos os dias.” (Devarim 14:2223) Esse versículo, contido na parashá desta semana, Reê, explica o motivo de se cumprir a mitzvá conhecida como maasser sheni, que obriga as pessoas em Eretz Israel a separarem 1/10 de sua produção agrícola e levarem-na para comer somente no Templo de Jerusalém, em clima de festa. A Torá explica que a razão para isso, ao contrário do que poderíamos imaginar, é aprendermos, através do cumprimento desse preceito, a temer a D’us. Essa ideia desse motivo, a princípio, soa bastante esquisita, porque, geralmente, achamos que o que acontece é exatamente o contrário: é justamente porque tememos a D’us que nós cumprimos Seus mandamentos, e não cumprimos Seus mandamentos para então passar a temê-Lo. Nós achamos isso esquisito, entretanto, porque temos uma concepção de que o caráter e as crenças das pessoas são estáticos; imaginamos que uma pessoa simplesmente é de determinado jeito e
acredita em determinadas coisas e que suas ações são um reflexo do seu caráter. Assim, pensamos que, até que a pessoa tome uma decisão profunda e radical de mudar o seu próprio caráter, continuará sendo do mesmo jeito e tendo os mesmos tipos de atitude. A Torá, entretanto, parece se contrapor a isso. Quando vemos que a razão para um mandamento prático (como os dízimos agrícolas, por exemplo) é justamente promover em quem o cumpre uma mudança de caráter (aprender a temer a D’us, no caso), e não o contrário, vemos que a Torá acredita que a prática pode mudar nossas crenças. Obviamente, para o caráter de uma pessoa se transformar, é necessário que haja uma reflexão profunda e uma mudança interna, mas, talvez se ficarmos à espera de que essa mudança apareça do nada, ela nunca venha. É através de ações práticas que podemos plantar as sementes mais efetivas para mudarmos nossas personalidades e para aprimorarmos nosso caráter; e o que os mandamentos da Torá fazem, fundamentalmente, é nos dar as bases e as orientações práticas para promovermos essas transformações, tanto em nós mesmos como no mundo à nossa volta.
David Rosenberg Krausz
Shabat Shalom Umevorach
Cultura Judaica News Texto: Mauricio Mindrisz e David Rosenberg Krausz Ilustrações: Rubem Castro Cultura Judaica News (CJנEW )םé de responsabilidade do Depto. de Cultura Judaica de A Hebraica.
Horários Kabalat Shabat: 6ª f. 19h30 Schacharit: Sab 10 hs Mincha, Maariv e Havdalá: sab 17h30 Todos os serviços são acompanhados de um kidush