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Índice 10------
Fato em foco Matéria de capa
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Dois anos após a morte do líder da AI
20----
O parto normal em extinção no Brasil
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O Mundo
28---
Rapper alemão é identificado
30---
Artista israelense é presa por defecar em
33----
Artista israelense é presa por defecar em
40----
Como Veneza foi construída
52---
Palestinos alestinos entram em confronto
57-----
62----
Esporte
70-----
Evangelho" perdido perdido diz que Jesus se casou.
71---
Catalunha assina decreto que
73---
Grupo armado invade hospital
75---
Alberto Youssef volta a depor à
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Brasil é referência no combate “Nenhum dado factual poderia explicar a queda da miséria”
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quipe Fundado em 12/09/2012. Fundador Diretor Editor Responsável: José Heitor da Costa Presidente: Jaldete Vieira Garcia. Vice-presidente: presidente: José Heitor da Costa. Consultor jurídico: Robson Costa Diretor Executivo: Sandoval Freire Diretor Administrativo: Guilherme Arruda Diretor Comercial: João Carlos Junior Diretor de Contatos Publicitários: Publicitário Teixeira Campos Diretora de Publicidade: Carmem Lúcia Diretora de Assuntos Culturais: Ana Cristina Diretora de Projetos Gráficos e Web Designers: Bianca Rojas Diretor e Editor de Esportes: João Costa Diretor de Assuntos Internacionais: Gilmar Freitas Correspondentes internacionais: Beto Ribeiro. Rotieh Atsoc. Afonso Arruda. Penélope Mirta.. Cecília Freitas. Laura Ortega. Sergio Saad. Jean Marie Repórteres: Afonso Aquino. Pinheiro Junior. Rodrigues Taú. Wanda Lacerda. Klaus Veber Colunista colaborador: Chakra Amor. Consultores: Moda / Beleza: Carmem Lúcia. Gastronomia nacional e internacional: Sochiro Ochida Conselho Administrativo Presidente: Jaldete Vieira Garcia. Vice-Presidente: Vice Presidente: José Heitor da Costa. Diretor Administrativo: Guilherme Arruda
Email: jhcmidiadigital@gmail.com Cel: 55/011. 98178.5433 <A revista não se responsabiliza por conceitos e opiniões emitidas por entrevistados e colaboradores, assim como pelo conteúdo de informes e anúncios publicitários.> public
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Editorial Mais uma edição concluída quadragésima sétima da Revista jhcMídiaDigital. No turbilhão do mundo da noticia, noticia, destacamos três matérias. Nesta semana, uma divulgação anual do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que o número de miseráveis, em queda na última década graças a políticas como o programa Bolsa Família, parou de cair. O Brasil é referência mundial em combate ao trabalho escravo, apesar de diversos problemas e desafios a enfrentar. A declaração foi feita pelo coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Luiz Machado Depois de mais de seis anos sendo informados sobre as atividades Criminais transnacionais documentos mostram que criminosos estrangeiros abriram canais para o envio de armas a grupo brasileiro. Segundo relatório da PF, “a concentração de tais detentos vem auxiliando na aglutinação de indivíduos com interesses comuns, além de viabilizar o contato de traficantes de origem árabe com grupos” como a facção “com marcante presença nos estabelecimentos prisionais do estado de São Paulo”. O documento diz ainda que os contatos internacionais dos traficantes libaneses “têm atendido aos interesses” da facção brasileira, “que, por seu turno, viabiliza uma situação favorável aos estrangeiros dentro do sistema prisional, além de assegurar algum lucro com negociações mesmo enquanto estão presos”. Criminalidade Transnacional, Organizações Terrorista freqüentemente se valem do crime para se financiar.
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Em Foco Polícia Federal aponta elo entre PCC e Hezbollah na tríplice fronteira Atuação de grupos ligados ao terrorismo internacional na tríplice fronteira, fato que os EUA sempre apontaram, começa a aparecer em relatórios
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Rotieh Atsoc / jhcMídiaDigital
Documentos mostram que criminosos estrangeiros abriram canais para o envio de armas a grupo brasileiro Em troca, os criminosos brasileiros prometiam dar proteção a presos da quadrilha libanesa já detidos no Brasil. A notícia da associação criminosa surgiu de informante da PF. A veracidade acabou sendo confirmada pela área de inteligência, que monitorou não só os suspeitos sob investigação, como também os integrantes da facção brasileira que comandavam ações
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mesmo detidos em presídios federais e estaduais em São Paulo e Paraná. Segundo relatório da PF, “a concentração de tais detentos vem auxiliando na aglutinação de indivíduos com interesses comuns, além de viabilizar o contato de traficantes de origem árabe com grupos” como a facção “com marcante presença nos estabelecimentos prisionais do estado de São Paulo”. O documento diz ainda que os contatos internacionais dos traficantes libaneses “têm atendido aos interesses” da facção brasileira, “que, por seu turno, viabiliza uma situação favorável aos estrangeiros dentro do sistema prisional, além de assegurar algum lucro com negociações mesmo enquanto estão presos”. A partir de investigações e conversas com informantes que atuam na região da Tríplice Fronteira, o setor de inteligência da PF se convenceu de que os traficantes libaneses não só abriram canais para a organização criminosa obter armas no exterior, como teriam tido participação na venda de explosivos supostamente roubados pela facção brasileira. Foi identificada a participação dos traficantes libaneses na negociação de C4, um tipo de explosivo plástico que fora roubado no Paraguai. “Os libaneses em atividade criminosa, apesar de terem no tráfico de cocaína seu principal foco de atividades, também atuariam no tráfico de armas para grupos criminosos de São Paulo, sendo que, recentemente, também teriam intermediado uma negociação de explosivos (aparentemente C4, sendo também sabido que um carregamento de tal material foi subtraído no Paraguai e vem sendo vendido a preços bem baixos)”, diz o relatório.
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A área de inteligência da PF registrou ainda a troca de favores entre os dois grupos. Se os libaneses ajudavam no contrabando internacional de armas, a organização brasileira se encarregava de proteger os estrangeiros que já foram detidos no país. Diz documento da PF que “vários libaneses estariam estreitando suas relações” com a facção brasileira há cerca de três anos, “sendo qualificado como forte o vínculo com a referida organização criminosa, sendo constantes seus contatos”. “Sabe-se, entretanto, que a ligação de libaneses estaria beneficiando mais a organização criminosa (brasileira), com poucos benefícios para os estrangeiros, embora tal situação venha sendo aceita por conveniências dentro do sistema prisional”, diz um documento da PF, produzido em 2009. As informações sobre os vínculos entre as duas quadrilhas foram compiladas depois que o governo americano passou a apontar em seus relatórios anuais de combate ao narcotráfico a participação de libaneses da Tríplice Fronteira ligados ao comércio ilegal de drogas e ao financiamento de ações terroristas. Em 2006, relatório do Departamento do Tesouro americano chegou a listar nove pessoas acusadas de ajudar a enviar recursos para o Hezbollah. Além dos nomes, o relatório apontava que a Galeria Pagé, em Ciudad del Leste, no Paraguai, vizinha da cidade brasileira de Foz do Iguaçu, era o bunker dos agentes que davam suporte financeiro ao Hezbollah. Na época, o governo brasileiro emitiu nota negando haver prova de que terroristas atuassem na região do Sul do país. Nos anos seguintes, o DEA, a agência americana de combate às drogas, reiterou a acusação.
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Em 2008, dois anos após o primeiro relatório do Tesouro dos EUA, os serviços de inteligência da PF já estavam apontados para a região. O acesso à parte do acervo produzido que lista prisões de libaneses, identifica remessas de drogas e confirma a perigosa associação dos libaneses com a facção criminosa de brasileiros. O trabalho de monitoramento incluiu ainda missões para vigiar estrangeiros de origem libanesa que circulavam pelas cidades de Foz, Ciudad del Leste e Porto Iguazu, na Argentina. Os documentos reúnem desde listas de nomes e períodos de hospedagens em hotéis até registros de um suposto risco de atentado terrorista no Brasil. No dia 28 de agosto de 2008, relatório de inteligência assegura que recebeu informe de “fonte não comprovada” de que um estrangeiro “integrante de uma organização terrorista” estaria viajando para Brasília para executar plano de assassinato. Há ainda a descrição de ações na Ponte da Amizade, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Em fevereiro de 2008, por exemplo, policiais pararam um veículo em que estavam o libanês Mostapha Hamdan e o sírio naturalizado paraguaio Farouk Sadek Abdou. Esse último, pouco antes de ser abordado tentou destruir um papel onde havia 17 números de telefones. Em abril do mesmo ano, mais uma vez a área de inteligência disparou alerta. Desta vez, sobre atuação da facção criminosa brasileira no Paraná. Havia suspeita de que armas contrabandeadas do Paraguai seriam usadas no resgate do preso Leandro Antonio, conhecido como Chacal. As autoridades locais foram alertadas, e a PF se encarregou de distribuir fotos e nomes dos possíveis envolvidos na operação.
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O comerciante Farouk Abdul Hay Omairi anda pelas ruas de Foz do Iguaçu (PR) sem ser notado. Parece ser apenas mais um morador de origem árabe. Seguidor de costumes muçulmanos, sua mulher usa véu. Os filhos estão sempre por perto. E quase todos tentam ajudarr o pai a remontar seu negócio, uma agência de viagens. A empresa ia bem até junho de 2006. Foi quando veio a público comunicado do Departamento de Tesouro dos Estados Unidos sobre a rede de financiamento do Hezbollah na
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Tríplice Fronteira. Nove nomes foram listados. Farouk Omairi estava entre eles. Segundo o texto, o libanês, que tinha 61 anos e vivia no Brasil, era ligado ao tráfico internacional de drogas. Farouk seria ainda mais perigoso: foi apontado como o principal membro do Hezbollah na região. Uma espécie de coordenador da comunidade. Farouk era a "figura-chave" para obtenção de documentos falsos, tanto no Brasil como no Paraguai, que eram usados nas requisições de naturalização nos dois países. Naquele mesmo 2006, a Polícia Federal abriu inquérito no Brasil. Mas o caso era apenas envolvimento com narcotráfico. No ano seguinte, o libanês, que fala francês e árabe fluentemente, foi preso por ordem judicial. Era a Operação Camelo, da PF. O filho Kaled Omairi também foi detido. Outro filho, Ahmad, menor de 21 anos, fugiu. Os três da família Omairi foram condenados por associação para o tráfico internacional. Farouk pegou 12 anos de prisão, e foi parar, ao lado de Kaled, no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande. Na época, estava no mesmo presídio o traficante Fernandinho Beira-Mar. O envolvimento de Farouk com o financiamento do terrorismo chegou a ser citado no processo, mas não se transformou numa acusação formal. Mesmo assim, o setor de inteligência da PF tratou de monitorar a vida do libanês. Os policiais se mantinham informados sobre quem visitava Farouk na cadeia federal, quando e quantas vezes. Relatório de inteligência lista encontros dele com advogados e parentes em Campo Grande. Hora e duração das conversas foram registradas e repassadas para a área de inteligência da PF. Oficialmente tratado apenas como um traficante que cumpria pena, Farouk teve direito a passar para o regime semiaberto e,
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em 2012, ganhou as ruas no regime aberto, sendo obrigado a se apresentar regularmente à Justiça. Recentemente, seus advogados pediram autorização para que ele possa cruzar a Ponte da Amizade e ir ao Paraguai. A alegação é que Farouk precisa tocar os negócios de turismo, o que não poderia ser feito sem idas ao país vizinho. O advogado Oswaldo Loureiro de Mello Júnior diz que Farouk prefere não falar sobre as acusações. - Isso é propaganda negativa para ele. Seria levantar a poeira que está assentando, e ele quer recuperar a empresa - diz o advogado. - Aquela história foi um inferno na vida dele. Mello Júnior sustenta que o cliente sempre negou qualquer ligação com o Hezbollah, nem teve coragem de se aproximar de outros presos na cadeia: - Ele pode até ser um criminoso (por conta da condenação por tráfico), mas não é um vagabundo. Usa camisa Lacoste, frequenta restaurantes, fala outras línguas, é um homem comum que não ia se meter com preso de facção. O advogado ainda alega que Farouk só foi denunciado porque uma mulher com quem manteve relacionamento o delatou às autoridades. A agência de viagens do libanês foi usada para emitir passagens internacionais para pessoas que, mais tarde, foram presas por envolvimento com narcotráfico. No processo, ele é citado como sendo responsável pela montagem de esquema de envio de "mulas", pessoas contratadas para levar drogas à Europa e à Jordânia. Mello Júnior sustenta que o cliente emitiu passagens, mas sempre negou ter ligação com remessa de cocaína ao exterior. O filho Ahmad Omairi até hoje é considerado foragido da Justiça, e a defesa ainda conta que o crime dele pode prescrever porque, na época dos crimes, tinha menos de 21 anos. - Ahmad está em outro país - diz o advogado.
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Dois anos após a morte do líder da AI Qaeda é Revelada a identidade do militar que matou Bin Laden
unidade de elite que matou Bin Laden Gilmar Freitas Diretor área Internacional / jhcMídiaDigital
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Conheça o homem que matou o ex-líder da Al Qaeda, em maio de 2011.
Chama-se Rob O'Neill, tem 38 anos, e entrou em mais de 400 missões a serviço das forças norte-americanas. Em 16 anos de carreira como membro da Seal Team Six (Equipe Número Seis dos SEAL), mereceu 52 condecorações. Foi este o homem que disparou fatalmente sobre Osama bin Laden na operação de 2 de maio de 2011 no complexo residencial do líder terrorista Abbottabad, no Paquistão. O'Neill recebeu os parabéns diretamente do Presidente norte-americano, Barack Obama, e é um dos mais respeitados membros da força de elite. Da sua carreira fazem parte outras duas missões que se transformaram em filmes de Holywood: Além do "Zero Dark Thirty", sobre a morte de Bin Laden, "Captain Phillips" (o assalto a um navio sequestrado por piratas somali) e "Lone Survivor" (o resgate de outro SEAL, Marcus Luttrell, sobrevivente de uma missão fracassada para capturar um líder talibã no Afeganistão).
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Rob O'Neill só agora concordou em assumir publicamente o feito, numa entrevista à Fox que será emitida no final deste mês nos EUA
A Defesa dos EUA recusou-se a confirmar que o soldado que aparece no documentário de Fox News é aquele que matou bin Laden líder da Al-Qaeda.
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O parto normal em extinção no Brasil Ministério da Saúde prepara ação para reduzir em 10% os partos cirúrgicos e alerta: há uma epidemia de cesarianas antecipadas sem necessidade no país Pâmela Oliveira e Cecília Ritto jhcMídiaDigital
“O acompanhamento de um parto normal é complicado, principalmente nas grandes cidades, onde a vida do médico é corrida e ele tem vários empregos. Uma cesariana leva uma ou duas horas. Um parto normal pode demorar mais de seis horas, e a remuneração feita pelos planos de saúde é muito próxima. Isso passou a ser uma comodidade”, admite Desiré Callegari, do Conselho Federal de Medicina Desde fins do século XIX, quando a medicina conseguiu finalmente difundir as técnicas de anestesia e os procedimentos para evitar infecções, realizar os partos por meio de um procedimento cirúrgico é uma opção ao alcance das mulheres em grande parte do planeta. Descoberta quase por acidente, quando em 1500 um castrador de porcos suíço conseguiu autorização para abrir a barriga da mulher, que reclamava de fortes dores, as cesarianas progressivamente tornaram os partos mais seguros e menos sofridos, principalmente quando há risco para gestantes e bebês. No ranking da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil
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aparece em segunda colocação entre os países com mais cesarianas em relação ao total de nascimentos. De 2000 a 2010, dos novos brasileiros que vieram ao mundo, 43,8% foram partos por cesariana, deixando o país atrás apenas do Chipre, que teve 50,9%.
O Ministério da Saúde passou a ver com preocupação esse índice, que ultrapassa em muito os 15% considerados adequados pela OMS.
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A concentração maior se dá na rede privada, que atualmente faz 80% dos partos por cesariana. Na rede pública, os partos por cirurgia são 40%. “Há uma epidemia de cesarianas no Brasil”, afirma Dário Pasche, diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), do Ministério da Saúde. Para ele, há um misto de comodismo e questões de mercado por parte dos médicos, que acabam evitando o parto normal. Estados Unidos, França e Argentina tiveram, entre os anos de 2000 a 2010, taxas de 31,8%, 20,2% e 22,7% de cesarianas, respectivamente. Nos próximos meses, o Ministério da Saúde vai lançar um conjunto de ações para estimular os partos normais e evitar o que chama de cesarianas desnecessárias ou antecipadas na
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rede pública e conveniada ao SUS – aqueles hospitais particulares onde as internações são pagas pela saúde pública. Uma resolução que aguarda a assinatura do ministro Alexandre Padilha estabelece meta de redução de 10% em cada unidade da rede pública. Outra medida nesse sentido é um edital de pesquisa internacional, cuja criação está sendo auxiliada pela Fundação Bill e Melinda Gates. O objetivo do estudo é encontrar caminhos para reduzir os casos de partos cirúrgicos desnecessários – algo que passa tanto pelas políticas de saúde pública quanto pela transformação da cultura entre as gestantes. “A cesariana salva vidas. É uma técnica que fez a humanidade prosperar. Mas quando se abusa desse recurso, criamos um outro problema”, avalia Pasche. O risco, como explica, não está na cesariana isoladamente, mas no efeito que tem a opção em massa por esse tipo de parto. Com os agendamentos, a tendência é de se encurtar a gravidez. E o índice de nascimentos prematuros também é alto no Brasil, de 10%, quando o aceitável internacionalmente é de 3%. “A quantidade de bebês que nasce prematuramente no Brasil tem aumentado assustadoramente. Reduzir esse número é um dos maiores desafios no campo da saúde da criança”, diz Pasche. Os primeiros dias de vida recebem, no momento, atenção especial do ministério. Entre 2000 e 2010, o país derrubou a mortalidade infantil (de idades entre 29 dias e 1 ano), indo de 26,6 para 16,2 casos por mil nascidos vivos. Mas o Brasil não teve o mesmo êxito na redução da mortalidade neonatal, que está diretamente ligada à proporção de nascimentos prematuros e de cesarianas antecipadas. Pela OMS são considerados prematuros bebês que nascem antes de 37 semanas completas – o natural são até 42. Passou a ser usual o agendamento já a partir da 37ª semana - o que aproxima o parto da prematuridade. Responsável pelo setor de medicina fetal do Instituto Fernandes Figueira, ligado à Fiocruz e dedicado à saúde da mulher e da criança, Paulo Nassar vê na antecipação dos partos um risco para a saúde dos bebês. “A ultrassonografia tem margem de erro de uma semana. Uma mãe que agende a cesariana para a 37ª semana pode, na verdade, estar abreviando o nascimento para a 36ª”, alerta.
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Nascer antes do tempo traz riscos principalmente para o sistema respiratório. Os pulmões do bebê se formam quando ocorre o estouro da bolsa, que representa o “sinal verde” do corpo para o nascimento. “Quando a mulher entra em trabalho de parto, há uma série de substâncias que amadurecem vários órgãos, principalmente o pulmão”, explica Nassar. Incapazes de respirar sozinhos, os recém-nascidos são afastados de suas mães e mantidos em UTIs neonatais. Por ano, cerca de 15 milhões de crianças no mundo são prematuras. Ou seja, mais de um a cada 10 bebês nasce antes da marca das 37 semanas – o que representa a principal causa da morte de recém-nascidos. A estimativa é de que um milhão de prematuros morram anualmente de complicações. As primeiras cirurgias abdominais No século XVI, a mulher que não conseguia dar à luz através de parto normal era submetida a uma cirurgia no abdômen de alto risco, numa tentativa de se retirar o bebê com vida - mesmo que isso implicasse na morte da mãe. Duzentos antes, em 1280, a Igreja havia tornado obrigatória a prática da cesariana em gestantes mortas para que os bebês pudessem ser batizados. Mães e médicos – Dois fatores são decisivos para que as cesarianas sejam cada vez mais a forma de nascer dos brasileiros. Um deles vem das próprias gestantes. Uma pesquisa da Agência Nacional de Saúde Suplementar feita nos consultórios médicos mostrou que 70% das gestantes têm, inicialmente, vontade de dar à luz pelo parto normal. No último trimestre, só 30% se mantêm com o propósito de esperar as contrações e enfrentar o processo natural. “Alguma coisa acontece durante o pré-natal e faz com que as mulheres mudem de ideia. Temos observado também que, muitas vezes, essas indicações de cesariana são feitas no primeiro trimestre de gravidez, quando a mulher não tem nenhuma indicação para cesariana”, afirma Karla Coelho, gerente de regulação assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “A comodidade do médico não é a única explicação. Muitas mulheres querem tecnologia, querem chegar e ter o bebê sem ficar horas em trabalho de parto. E, claro, também têm medo de sentir dor”, diz. O segundo fator vem dos médicos. “O acompanhamento de um parto normal é complicado, principalmente nas grandes
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cidades, onde a vida do médico é corrida e ele tem vários empregos. Uma cesariana leva uma ou duas horas. Um parto normal pode demorar mais de seis horas, e a remuneração feita pelos planos de saúde é muito próxima. Isso passou a ser uma comodidade”, admite Desiré Callegari, primeiro secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em busca de um médico Encontrar um médico disponível para realizar um parto normal, disposto a ser tirado de casa a qualquer hora para acompanhar o procedimento, vem se tornando algo mais difícil a cada ano. Moradora de São Paulo, Liliane Meira, de 34 anos, descobriu que estava grávida pela segunda vez há quatro anos. Percorreu dez médicos, recebeu dez respostas negativas. Parte deles alegava que Liliane tinha feito uma cesariana cinco anos antes da segunda gestação e, por isso, seria preciso usar o mesmo método no próximo parto. Outros três médicos argumentaram que a cesárea era mais segura e que trabalhavam exclusivamente com essa opção. “Falaram das probabilidades da falta de oxigenação e da fragilidade do parto normal”, relata Liliane, que já tinha passado por uma cesárea de gêmeos complicada, com inflamação e abertura dos pontos. Pela internet, Liliane encontrou uma equipe de médicos que fazia o que é chamado de parto humanizado – uma maneira de dar à luz com a menor intervenção médica possível, mas que leva em conta os recursos disponíveis em uma unidade hospitalar. “No dia em que a bolsa estourou, fiquei 20 horas no hospital em trabalho de parto para ter meu bebê da maneira mais natural possível, sem anestesias e intervenções que acelerassem o processo de contração”, conta Liliane. A experiência a empurrou para uma nova carreira: a de doula – profissional encarregada de acalmar a gestante, fazer massagens e orientar a respiração durante o trabalho de parto.
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O Mundo / Teerã, Irã. Uma manifestação para marcar o aniversário da tomada da embaixada dos Estados Unidos por manifestantes estudantis que desencadeou uma crise de reféns há 35 anos. Foto: Atta Kenare / AFP / Getty Images
Pesquisa revela que saliva do carrapato pode curar câncer. Pesquisadores do Instituto Butantan testarão em humanos uma substância de combate ao câncer desenvolvida a partir de uma molécula extraída da saliva do carrapato e que já foi experimentada com sucesso em animais, informaram fontes oficiais nesta quinta-feira. Os responsáveis pelo estudo apenas esperam a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a primeira fase de experimentos em humanos, informou o centro de pesquisa biomédica. A substância com potencial anticancerígeno foi extraída da saliva do carrapato-estrela ("Amblyomma cajennense") e até agora se mostrou eficaz para combater
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tumores cancerígenos, especialmente de pâncreas, rim e melanoma (câncer de pele).
Os experimentos realizados nos últimos dez anos pelos pesquisadores do Instituto Butantan mostraram que o produto é capaz de destruir totalmente os tumores sem causar dano nas células sãs. Os estudos mostraram que a molécula é rapidamente eliminada por animais saudáveis, mas que demora para ser expulsa por animais com câncer.
"Quando analisamos as proteínas que induzem à morte do tumor combatido concluímos que as células são acionadas pela molécula com a qual estamos trabalhando. Estamos muito confiantes por isso", explicou Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora do Laboratório de bioquímica e biofísica do Butantan e coordenadora do projeto.
A pesquisadora admitiu que os estudos com animais foram bemsucedidos, mas em condições totalmente controladas. Os experimentos com humanos ainda são uma incógnita. "Com animais eu sei quando induzi o câncer e quando comecei a tratá-lo. Isso não é possível para um paciente. É preciso testar em pacientes em uma fase diferente da doença para ver se a molécula funciona", afirmou. De acordo com a pesquisadora, "ainda não é possível dizer" se será alcançado "um resultado melhor em humanos apenas usando a molécula". Ela explicou que, inicialmente, o Butantan começou a investigar a possibilidade de desenvolver anticoagulantes com a saliva do carrapato, já que o animal consegue impedir que o sangue dos animais dos quais é parasita se coagule. Os estudos permitiram identificar que uma das moléculas da saliva do carrapato tinha a capacidade de atuar contra a proliferação de células tumorais. A molécula identificada já foi patenteada no Brasil e no exterior pelo Butantan.
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Rapper alemão é identificado em vídeo de decapitação do EI Filho de uma alemã e um ganês, Denis Cuspert se converteu ao islã e é garoto-propaganda do grupo radical, na tentativa de atrair mais adeptos entre simpatizantes na Alemanha De acordo com autoridades alemãs, Denis Cuspert faz parte do núcleo central do Estado Islâmico Foto: Deutsche Welle / Reprodução
O rapper berlinense Denis Cuspert, conhecido como Deso Dogg, foi identificado como um dos jihadistas em vídeo feito pelo grupo radical "Estado Islâmico" (EI). Não está claro, porém, se ele está envolvido nas mortes mostradas no filme. No entanto,
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ele é visto segurando uma cabeça e afirmando em alemão que as vítimas haviam lutado contra o EI e, por isso, receberam a pena de morte. Cuspert, 39 anos, filho de uma alemã e de um ganês, cresceu no bairro de Kreuzberg em Berlim. Em 2002, ele iniciou sua carreira de rapper.
A discriminação era um tema central de suas músicas. Segundo a revista alemã Der Spiegel, Cuspert, depois de passar algum tempo na prisão por diversos delitos, se converteu ao islã e, em 2010, se juntou ao movimento salafista.
Em abril, o rapper, que agora se chama Abu Talha al-Amani, prestou juramento de fidelidade pessoalmente ao chefe do EI, Abu Bakr al-Baghdadi. Agora seu papel é, aparentemente, o de garoto-propaganda dos jihadistas, tentando mobilizar salafistas nos países de língua alemã para integrar o grupo radical islâmico.
Embora as imagens tenham sido filmadas por integrantes do EI, elas foram divulgadas por ativistas sírios da província de Dair as-Saur, que denunciam crimes de guerra. A autenticidade das imagens ainda precisa ser confirmada, mas elas parecem contradizer informações de que Cuspert havia sido morto na Síria. Segundo as autoridades alemãs, Cuspert não só continua vivo, como faz parte do núcleo central do EI.
No vídeo, outro homem explica em árabe que as vítimas – uma assassinada com um tiro e outra decapitada – eram membros da tribo síria al-Sheitaat, um grupo de cerca de 70 mil sunitas que está lutando contra os terroristas desde julho. Em agosto, cerca de 700 integrantes da tribo foram massacrados pelo EI.
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Artista israelense é presa por defecar em bandeira nacional Imagens são acompanhadas de música do compositor Frederic Chopin
Natali Cohen Vaxberg foi detida devido ao vídeo
Foto: Vimeo / Reprodução Uma artista israelense que publicou na internet um vídeo de si mesma defecando na bandeira do Estado judaico foi posta em prisão domiciliar, informou a polícia nesta segunda-feira.
Natali Cohen Vaxberg, que ganhou notoriedade depois de façanhas similares, foi detida para interrogatório no domingo e mantida presa em sua casa em Tel Aviv até quarta-feira por desmoralizar o símbolo nacional, contou um porta-voz da polícia à AFP. A polícia ainda está decidindo se irá apresentar denúncia.
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O vídeo de Cohen Vazberg, intitulado "Shit instead of blood" ("Merda ao invés de sangue", em tradução livre), mostra a artista de cócoras em um banheiro defecando em diversas bandeiras de países do Oriente Médio, da Europa, Ásia e América, incluindo as de Israel e da Palestina. Postado em meados de julho, as imagens são acompanhadas de música do compositor Frederic Chopin. Vídeo mostra a artista de cócoras em um banheiro defecando em diversas bandeiras Foto: Vimeo / Reprodução
Descrita pela mídia local como alguém de visão de extremaesquerda, no começo de 2014 ela causou polêmica em outro vídeo gravado no Museu do Holocausto, em Jerusalém.
Na gravação, ela fez um discurso falando como se fosse o próprio Holocausto e dizendo que foi "a melhor coisa" que poderia ter acontecido aos judeus, pois permitiu a criação de Israel e a perseguição aos palestinos.
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Pense nisso. Você também é responsável.
“The Order of The Thinking Heads”
Justiça
Amor
Caridade
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México confirma massacre de estudantes por policiais e traficantes Detalhes da execução foram confessados por bandidos que também admitiram a participação de policiais aliciados
O procurador-geral do México, Jesus Murillo, anunciou na madrugada deste sábado que os 43 estudantes desaparecidos desde setembro foram mortos por uma gangue de traficantes. A informação, foi obtida no depoimento três supostos integrantes da Guerreiros Unidos detidos pela polícia na cidade de Iguala, no sul do país.
Reprodução/BBC
Quarenta e três estudantes estão desaparecidos desde setembro, após participarem de protesto. Em entrevista coletiva em Cidade do México, a capital do país, Murillo disse ainda que os bandidos admitiram a participação de policiais aliciados pelo
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tráfico na operação. Os estudantes teriam sido entregues à gangue pela própria polícia, depois de serem presos em 26 de setembro durante um protesto em Iguala, no Estado de Guerrero. Murillo forneceu detalhes estarrecedores sobre o caso. Pelo menos 15 estudantes já teriam sido mortos pela polícia enquanto outros foram mortos a tiros pelos traficantes antes de os corpos serem queimados. O procurador-geral também exibiu os vídeos com a confissão dos integrantes da gangue. Leia também: México prende ex-prefeito e sua mulher pelo desaparecimento de 43 estudantes Murillo afirmou ainda que a identificação dos corpos será um processo longo, já que os traficantes queimaram os corpos por mais de 12 horas antes de atirar seus restos mortais num rio em sacos plásticos. Os estudantes continuarão considerados oficialmente desparecidos até a conclusão dos exames de DNA. Os danos foram tão grandes que será preciso enviar amostras para experts na Áustria. Conluio Nas últimas semanas, diversas covas clandestinas foram encontradas em Iguala, mas até o anúncio deste sábado não havia uma relação direta com o caso dos estudantes.
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Ex-prefeito de Iguala, José Luis Abarca, e a mulher, Maria de los Angeles Pineda Villa, falam com representantes do governo estadual em Chilpancingo, México (8/05) Provenientes da Escola Normal Rural Raul Isidro Burgos, em Ayotzinapa, no Estado de Guerrero - conhecida entre militantes de esquerda como uma espécie de "celeiro de guerrilheiros" por conta de sua orientação socialista -, o grupo tinha ido às ruas de Iguala pedir verbas e transporte para participar de manifestações na Cidade do México para marcar o aniversário do Massacre de Tlatelolco, em 1968, quando entre 200 e 300 estudantes foram mortos pela polícia durante um protesto. Depois de enfrentamentos com as forças se seguranças, foram vistos pela última vez sendo colocados em veículos policiais. Desde então, o caso ganhou repercussão internacional, com governos e entidades pedindo uma investigação rigorosa ao presidente mexicano, Enrique Peña Neto. O presidente despachou a Polícia Federal para assumir a segurança de
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Iguala. Houve vários protestos no México, incluindo novos violentos enfrentamentos em Iguala. O caso provocou a renúncia do governador Angel Aguirra, no último dia 23. Mas a situação mais complicada é a do prefeito licenciado de Iguala, José Luís Albarca. Policiais de Iguala afirmaram que o prefeito deu ordens para a violenta repressão ao protesto dos estudantes para que eles não interrompessem um comício que sua esposa, Maria Piñeda, faria na cidade no mesmo dia. Piñeda, segundo informações da mídia mexicana, preparava-se para lançar candidatura à prefeitura nas eleições do ano que vem. Albarca pedira licença do cargo em 30 de setembro e fugiu com a mulher em 22 de outubro quando um mandado de prisão foi expedido contra ambos. O casal estava foragido até a última terça-feira, quando foi preso em Cidade do México. No total, mais de 70 pessoas, a maior parte deles policiais, foram presas em conexão com o desparecimento. Falando na sexta-feira, o presidente mexicano novamente prometeu "levar todos os responsáveis à Justiça".
Depois de sete anos de guerra contra o tráfico de drogas, mexicanos acreditavam que já tinham visto de tudo. Mas não. De vez em quando, aparecem histórias dramáticas que nunca deixam de surpreender e, nos casos mais extremos, incluem até sacrifício humano.
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Reprodução/BBC
Imagens ligadas a religiões como Santa Muerte são bastante populares entre membros de carteis A última foi revelada em março, quando foi noticiado que o grupo Os Cavaleiros Templários extraía órgãos de suas vítimas como ritual de iniciação de seus novos integrantes. Autoridades reconheceram que estão investigando os depoimentos de pessoas que afirmam ter participado de cerimônias lideradas pelo falecido Nazario Moreno, conhecido como El Chayo ou El Más Loco, fundador do cartel. Os rituais seriam convocados durante a noite em um lugar seguro. Eles eram chamados de "jantar", disse o comissário para a Segurança e Desenvolvimento de Michoacán, Alfredo Castillo. Mas estavam longe de ser um encontro normal. "Como um processo de iniciação, utilizavam órgãos, neste caso, o coração, onde as pessoas eram obrigadas a comer", disse Castillo à MVS Notícias.
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Moren morreu em 9 de março, durante um confronto com fuzileiros navais. Anos antes, em novembro de 2010, ele havia sido declarado morto pelo governo do ex-presidente Felipe Calderón. Cerimônias cruéis Os Templários, no entanto, não são os únicos a fazer cerimônias cruéis para testar seus novos membros, ou como uma maneira de subir na organização. Em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR) e à antiga Secretaria de Segurança Pública, um ex-membro da Familia Michoacana, antecessora dos Templários, afirmou que os candidatos a ingressar no grupo tiveram que desmembrar os corpos de seus adversários. Em Tamaulipas, os Zetas sequestravam passageiros de ônibus que circulavam no município de San Fernando e, em alguns casos, obrigavam-nos a lutar entre si até a morte usando marretas. Os sobreviventes eram recrutados como pistoleiros. Em Morelos, o treinamento da organização dos irmãos Beltran Leyva para os membros adolescentes consistia em atingir com uma tábua de madeira uma pessoa nua e pendurada pelos pés. Capazes de tudo O que pretendem os cartéis com tanta crueldade na iniciação de novos recrutas? É uma maneira de testar os candidatos, disse à BBC David Pavón-Cuéllar, pesquisador da Universidad Michoacana de San Nicolás de Hidalgo. "Tenta-se detectar fraquezas ou considerações sobre o sujeito que poderão impedi-lo de realizar um trabalho futuro como um assassino", disse ele. Os cartéis costumam usar métodos de convencimento que são semelhantes às aplicadas nas Forças Armadas e pela polícia, disse Pavon-Cuellar. Pretende-se criar uma sensação de força
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entre os novos recrutas, juntamente com um sentimento de unidade. Um elemento importante nos rituais é criar um novo indivíduo, disse o especialista. "Trata-se de deixar para trás todos os limites ou escrúpulos que podem chegar a impedir o trabalho dentro dos cartéis". "A iniciação tem sempre um caráter de purificação ou libertação do que havia antes. É iniciada uma nova perspectiva, uma nova lei, uma nova escala de valores". O objetivo desta transformação é clara: "Eles buscam gerar seres capazes de tudo que você precisa", disse Pavon-Cuellar .
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Como Veneza foi construída?
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Tudo começou com a ocupação de ilhotas no nordeste da Itália. Para lá fugiram habitantes da região do Vêneto, temendo as hordas de bárbaros que tomaram conta da Europa a partir do século 5. As ilhas fizeram parte do Império Bizantino até o início do século 9, quando Veneza tornou-se tornou se independente. Logo, todas as áreas de terra firme das ilhas foram ocupadas e a cidade precisava crescer. A saída foi então avançar sobre as águas que separavam as ilhas. Para isso, os venezianos desenvolveram um sistema para aterrar aterrar as áreas alagadas anexas às porções de terra e assim foram estreitando a distância entre as ilhas, delineando canais e ganhando espaço para abrigar povoamentos maiores. Graças à localização privilegiada - no meio da rota entre o Oriente e o Ocidente -, excelentes navegadores e poderio militar, a cidade tornou-se tornou um próspero centro mercantil e naval a partir do século 11.
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Essa condição só foi abalada quando os portugueses descobriram uma rota alternativa para o Oriente, circundando a África. Em 1797, com sua força militar já abalada, a cidade foi conquistada por Napoleão e, em seguida, passou a integrar o território austríaco. Só em 1866 foi incorporada à Itália. Caminho das águasVeneza transformou água em solo e agora
luta contra a revanche das marés ATÉ O SÉCULO 7: DESVIRGINANDO AS ILHAS No meio de uma lagoa de água salgada com saída para o mar Adriático, 65 pequenas ilhas serviram de base para a formação da cidade atual. Os primeiros habitantes viviam basicamente da pesca e da extração de sal - fundamental para a conservação da carne dos peixes e um valioso produto de troca. As primeiras localidades densamente povoadas na lagoa não fazem parte do atual centro histórico de Veneza. As ilhas que correspondem hoje aos bairros de San Polo e San Marco - os principais da cidade atualmente - só bombaram em um período posterior a esse primeiro povoamento A PARTIR DO SÉCULO 9: PEDRA SOBRE PEDRA A população aumentava e novos espaços tinham que ser criados para construções. A solução foi expandir as porções de terra firme e até criar novas ilhas por meio de aterramento. Essa estratégia de ocupação encurtou a distância entre algumas ilhas, formando canais e possibilitando o surgimento de construções maiores. Veneza só começou a ser construída pra valer em 810, quando Rialto virou o centro administrativo da cidade. Veja abaixo o passo a passo de como eram feitos os aterros: 1. Os novos limites foram traçados a partir de pilares de madeira. Eles tinham de 3 a 4,5 metros de comprimento e eram fincados no caranto, camada subterrânea de argila compactada. Os milhares de pilares enterrados e submersos até hoje ficam completamente sob a água. Sem contato com o ar atmosférico, eles não apodrecem
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2. Tábuas de madeira colocadas em cima dos pilares serviam de apoio para blocos de pedras calcárias, extraídas de Ístria (atual território da Croácia). O fundamento de pedra barrava a passagem da água, possibilitando o posterior depósito de terra extraída do fundo da lagoa - entre essa barragem e a ilha 3. Quando a terra chegava ao topo da barragem (pouco acima da água), paredes de tijolos eram erguidas, estabelecendo os novos limites da ilha. Dessa forma, surgiram canais estreitos entre as ilhas e passarelas foram construídas para conectar uma a outra. Mesmo assim, os barcos continuavam a ser o principal meio de locomoção HOJE: PATRIMÔNIO EM RISCO O centro histórico de Veneza ocupa hoje uma área de aproximadamente 7,6 km2 e é formado por 117 ilhas muito próximas, recortadas por 150 canais. Devido aos crescentes custos de moradia, inundações freqüentes e envelhecimento da população, o número de moradores caiu pela metade nos últimos 40 anos - são 62 mil, atualmente. Se continuar nesse ritmo, especialistas estimam que até 2030 Veneza seja uma cidade ocupada exclusivamente por turistas - 50 mil visitam a cidade diariamente • Veneza tem 409 pontes. A do Rialto, inaugurada em 1591, foi a primeira a transpor o canale grande, que cruza a cidade inteira, e atinge até 106 metros entre uma margem e outra. Atualmente, é proibido construir novas pontes e edificações no centro histórico, para preservar a antiga estrutura da cidade • Embora hoje seja possível cruzar a cidade a pé - carros, bicicletas, skates e afins são proibidos -, os venezianos ainda dependem muito das embarcações como meio de transporte. Além das tradicionais gôndolas, circulam pelos canais barcos particulares a motor ou a remo e o vaporetto, uma espécie de ônibus aquático. Maré alta inunda a cidade de Veneza, na Itália. • Enchentes são comuns na cidade, principalmente nos últimos cem anos, em que a cidade afundou quase 23 centímetros: 7,5
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cm em função da elevação do nível das águas e mais de 15 cm em razão da compressão natural do solo somada à exploração de poços artesianos. Quando a maré sobe mais de 80 cm, locais mais baixos, como a praça San Marco, alagam
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Palestinos entram em confronto com tropas israelenses por local sagrado 5jhcMídiaDigital /Em Jerusalém e Gaza
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Manifestantes palestinos entraram em confronto com forças de segurança israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia ocupada nesta sexta-feira (7), nos confrontos mais recentes em uma onda de violência nos últimos dias pelo acesso ao local mais sagrado de Jerusalém. No posto de travessia de Qalandia, que separa Ramallah de Jerusalém, tropas dispararam balas de borracha enquanto centenas de manifestantes marchavam, alguns lançando pedras e bombas caseiras.
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Em Jerusalém Oriental, a polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que acendiam fogos de artifício e queimavam pneus, o que causou uma enorme fumaça preta no campo de refugiados de Shoafat. A raiva dos palestinos, que ainda estão indignados com a guerra de Israel contra o movimento Hamas na Faixa de Gaza em julho e agosto, tem se concentrado nas duas últimas semanas no local mais sagrado de Jerusalém, conhecido pelos muçulmanos como Nobre Santuário e pelos judeus como Monte do Templo. Durante décadas Israel manteve uma proibição a preces de judeus no local, que abriga o Domo da Rocha e a mesquita AlAqsa, do século 8. No passado, o local abrigou importantes templos judeus. Nas últimas semanas, no entanto, houve um ganho de força nos protestos palestinos contra judeus nacionalistas de ultradireita que buscam ter acesso para orar lá. As forças de segurança israelenses têm entrado em confronto no complexo com muçulmanos insatisfeitos com o que dizem ser um ataque à mesquita, que é administrada por autoridades islâmicas. Na semana passada, Israel fechou totalmente o acesso ao local pela primeira vez em mais de uma década, depois que um palestino atirou com uma arma de fogo contra um ultranacionalista israelense. Depois disso, motoristas palestinos atropelaram pedestres israelenses na cidade, matando quatro pessoas.
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Investigadores observam um avião de passageiros da Air Canada após um pouso de emergência em Edmonton, no Canadá. O voo saiu de Calgary, estava a caminho de Grande Prairie e transportava 71 passageiros. Alguns passageiros relataram que um dos pneus do avião explodiu na decolagem .Jason Franson/The Canadian Press/AP
Um raio matou três pessoas na tarde desta sextafeira (7), na região do estádio da Portuguesa, na região central de São Paulo, durante a forte chuva que caiu sobre a capital. Reprodução/Band
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Manifestantes seguram bandeiras catalãs durante uma passeata pela independência em Barcelona. O governo regional da Catalunha encena uma votação simbólica sobre a separação da região da Espanha, depois que o Tribunal Constitucional suspendeu seus planos de realizar um referendo oficial. Gustau Nacarino/Reuters
Pedestres caminham ao lado da instalação 'Lichtgrenze' (Muro de Luz), que marca o antigo curso do Muro de Berlim. A instalação é uma homenagem aos 25 anos da queda do Muro de Berlim, que dividiu a capital alemã entre dois países, a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, por quase três décadas.
Steffi Loos/AP
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Trem superlotado passa por ponte a caminho do Estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia, nesta quinta-feira (6) - a imagem foi divulgada nesta sexta. Os passageiros têm como destino o festival hindu Kartik Purnima, onde pretendem dar um mergulho no rio Ganges . Stringer/Xinhua
Australianos ustralianos de Sydney passam pelo Obelisco do Hyde Park, monumento que qu foi coberto nesta sexta-feira sexta (7) por uma 'camisinha' rosa de 18 metros de comprimento para promover a prevenção contra o vírus da Aids. No preservativo gigante, lê-se a mensagem ensagem 'mais exames + tratamento precoce + permanecer seguro: fim do HIV.
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Dan Himbrechts/Efe brechts/Efe HIV' H
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Regina Flores consultora ra da jhcMídiaDigital
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Gisele Bündchen foi a grande atração do segundo dia da SPFW Kindle inShare
SPFW - Gisele Bündchen desfila pela Colcci (Foto: AG.News)
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Como não podia deixar de ser, o furacão Gisele Bündchen foi o grande destaque no segundo dia da São Paulo Fashion Week, nesta terça-feira (4). A top das tops foi a estrela do desfile da Colcci e fez duas entradas na passarela da marca, abrindo e fechando a apresentação - com direito a gritinhos da plateia cada vez que dava seus pivôs. O primeiro look, um vestido com uma lã bem fininha e detalhes em couro, foi usado com bota de cano alto.
SPFW - Gisele com o segundo look que usou no desfile (Foto: AG.News)
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Já o segundo modelito, era total jeans, com calça, camisão e jaqueta. Desta vez, Gisele fez um bate-volta e retorna na manhã desta quarta-feira (5) para os Estados Unidos. Antes do desfile, foi exibido no telão ao fundo da passarela um vídeo com depoimento da top pelos 20 anos da São Paulo Fashion Week. "Fico feliz por ter começado nesse evento e ter o mesmo tempo de carreira que a SPFW, que faz parte da criação da cultura de moda no Brasil", disse Gisele.
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Esporte
João Costa Editor de Esportes jhcMídiaDigital
Marc Márquez passa Rossi no fim e fatura o bicampeonato da MotoGP Piloto espanhol, da Honda, ultrapassa italiano da Yamaha no fim, chega em segundo no Japão e fatura o bi da MotoGP. Jorge Lorenzo vence em Motegi SporTV.comMotegi, Japão
Marc Márquez é bicampeão da MotoGP (Foto: Divulgação)
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Campeão em sua temporada de estreia, no ano passado, Marc Márquez precisava vencer o GP do Japão, válido pela 15ª etapa de 2014, ou terminar na frente de seus concorrentes diretos, Valentino Rossi(Yamaha) e Dani Pedrosa (Honda), para levantar a taça mais uma vez. O duelo que valeu o título foi entre o jovem prodígio da Honda e a lenda da MotoGP. Nas voltas finais,
Máquez ultrapassou o multicampeão da Yamaha, assumiu o segundo lugar e não largou mais, garantindo o bicampeonato com três etapas de antecedência. Jorge Lorenzo, da Yamaha, foi o vencedor em Motegi. Mas o dia foi mesmo do Formiga Atômica, que celebrou a conquista na casa da Honda e se tornou o mais jovem a faturar dois títulos consecutivos, aos 21 anos, superando a marca de Mike Hailwood.
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Márquez chegou a cair para sétimo A corrida começou com Rossi tomando a pole position do compatriota Andrea Dovizioso (Ducati) logo na largada. Enquanto isso, Márquez, que tradicionalmente não parte bem, caiu de quarto para sétimo, vendo as chances de assegurar a taça. Ainda na primeira volta, o jovem espanhol pulou para quinto, logo à frente do companheiro Pedrosa. Na quinta volta, Lorenzo pressionou Rossi e assumiu a primeira colocação. Restava a Márquez escalar o pelotão para conquistar o bicampeonato. O espanhol deixou para trás as Ducati de Andrea Iannone e de Dovizioso e pulou para terceiro. Em poucas voltas, colou no italiano. Na 16ª das 24 voltas, o Formiga Atômica deu o bote em cima de Rossi. Enquanto Lorenzo cruzava a linha de chegada em primeiro, Márquez se manteve na frente do italiano até o fim e conquistou o título do mundial da MotoGP pela segunda vez. Aí foi só fazer a festa diante da torcida japonesa, fanática pela equipe Honda.
Jorge Lorenzo vence o GP do Japão de MotoGP em Motegi (Foto: Divulgação) •
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Marc Márquez comemora o bicampeonato da MotoGP
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Em dia de pódio de Massa, Rosberg segura Hamilton e vence GP do Brasil Britânico se aproxima, mas não consegue ultrapassar alemão parceiro de Mercedes. Brasileiro sofre punição, erra boxes, mas consegue garantir terceiro lugar em casa Felipe Siqueira e Túlio Moreira São Paulo
Uma máxima do futebol diz que "treino é treino, jogo é jogo". Então, liderar os três treinos livres e conquistar a pole position de nada teria valido se Nico Rosberg deixasse escapar a vitória no GP do Brasil. Mas o alemão soube driblar o desgaste excessivo de pneus, ocasionado pelas altas temperaturas na
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pista, e segurou o companheiro Lewis Hamilton, segundo colocado, para triunfar em Interlagos e se manter forte na briga pelo título mundial. Felipe Massa imprimiu um ritmo forte, que compensou dois vacilos que custaram tempo. Mesmo tendo sofrido uma punição por exceder a velocidade no pit lane e depois errar os boxes da Williams em outra parada (indo parar nos boxes da McLaren), o brasileiro terminou em 3º e garantiu o seu segundo pódio nesta temporada e o quinto na carreira correndo em casa.
Nico Rosberg, Lewis Hamilton e Felipe Massa no pódio do GP do Brasil (Foto: AFP) •
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Veja a classificação do Mundial de pilotos e construtores
Com a quinta vitória no ano, Rosberg se mantém vivo na briga pelo campeonato, que desde antes do GP do Brasil só poderia ser decidido na etapa de encerramento, em Abu Dhabi, no dia 23 deste mês, quando pontos em dobro estarão em jogo. A distância do alemão para o líder Hamilton caiu de 24 para 17 pontos. Desta forma, o inglês garantirá a taça mesmo se terminar novamente em segundo lugar. Para ser campeão, Nico precisa vencer na próxima corrida e torcer para o companheiro chegar no máximo em terceiro.
Ebola "tira" Marrocos da Copa Africana de Nações Campeonato não será realizada no país e o Marrocos foi desclassificado do torneio, informou a CFA
Marrocos está com medo de uma possível disseminação do vírus Ebola / jhcMídiaDigital
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Reuters A Copa Africana de Nações de 2015 não vai mais ser realizada no Marrocos e o país foi desclassificado do torneio, informou a Confederação Africana de Futebol (CFA) em comunicado divulgado nesta terça-feira. A decisão do comitê executivo da CFA, tomada durante reunião no Cairo, veio em seguida a uma solicitação do Marrocos para que o torneio fosse adiado por causa dos temores sobre uma possível disseminação do vírus Ebola. A entidade disse que o torneio está confirmado e que recebeu várias ofertas de outros países interessados em sediar a competição, marcada para ser realizada entre 17 de janeiro e 8 de fevereiro.
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Evangelho" perdido diz que Jesus se casou. Maria Madalena teria sido mulher de Jesus, segundo manuscrito traduzido. Foto: The Mirror UK / Reprodução
Manuscrito de mil anos conta que Maria Madalena teria sido a mulher do Messias. Jesus não morreu solteiro. Pelo menos é o que afirma um novo “Evangelho” escrito há mil anos em aramaico e traduzido recentemente por dois estudiosos, Barrie Wilsion e Simcha Jacobovici, que conta que o Messias teria se casado com Maria Madalena e tido dois filhos. As informações são do The Mirror UK.
Os detalhes do novo livro, descoberto na Biblioteca Britânica, serão revelados em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Mas, segundo os especialistas, o manuscrito afirma que Jesus se casou com Maria Madalena, que aparece em todos os outros Evangelhos da Bíblia, especialmente em momentos importantes da vida de Cristo, como em sua ressurreição.
Ela teria tido dois filhos com ele. E, ao que tudo indica, o novo “Evangelho” cita o nome dos supostos descendentes. Em alguns livros, como em Lucas, Maria Madalena é descrita como “pecadora”, sendo associada à prostituição.
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Catalunha assina decreto que prevê plebiscito sobre independência Bandeiras catalãs - as Esteladas - pontuam multidão em celebração do Dia Nacional catalão, em 11/9 (Foto: AFP) Laura Ortega / jhcMídiaDigital
O presidente da comunidade autônoma da Catalunha, Artur Mas, assinou neste sábado o decreto que estabelece a consulta sobre
autodeterminação soberana – um plebiscito sobre a independência catalã –, no dia 9 de novembro. A cerimônia no Palau de la Generalitat, em Barcelona, foi acompanhada com atenção pelos moradores da província "Queremos votar. Queremos decidir. E agora temos o marco adequado para fazê-lo", disse Mas após a assinatura do documento. "A Catalunha quer falar, quer ser ouvida, quer votar." O governo espanhol, que não reconhece o plebiscito, já indicou que deve questionar judicialmente a medida e que vai "fazer o que for possível" para impedir a realização da consulta. O repórter da BBC Tom Burridge, em Madri, disse que a dúvida é quão longe Madri pode ir para alcançar esse objetivo.
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Os separatistas catalães se sentem encorajados pelo plebiscito de independência da Escócia que, apesar de resultar na permanência do país no Reino Unido, permitiu aos escoceses escolher seu próprio destino nas urnas.
Artur Mas, presidente catalão, deposita voto na urna de Barcelona, neste domingo (9) (Foto: Paul Hanna/Reuters)
Analistas têm apontado para os efeitos da votação britânica no renascimento de nacionalismos e regionalismos europeus, em especial na Catalunha, em Flandres (Bélgica) e no País Basco. Neste sábado, o grupo separatista basco ETA emitiu uma declaração apontando que existe "uma aliança cada vez mais ampla" a favor de que a região, no norte da Espanha, também decida a sua permanência no país ou independência nas urnas. Leia também: Vitória nacionalista em eleição reacende aspirações separatistas bascas Na carta, divulgada pelo jornal local Gara, o ETA diz que existe um "contexto histórico favorável para acelerar nosso processo" estabelecido com os precedentes do plebiscito na Escócia e a discussão sobre consulta semelhante na Catalunha. Para o grupo, a decisão pode se dar pela via "democrática". A declaração coincide com a celebração do Gudari Eguna (Dia do Soldado), que lembra a morte de vários militantes nas mãos do regime de Francisco Franco, em 1975.
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Grupo armado invade hospital de Niterói e resgata traficante Segundo a polícia, traficante seria conhecido como 'Bebezão'. Durante resgate, pacientes e funcionários foram trancados no CTI. Gabriel BarreiraDo G1 Rio ]jhcM[idiaDigital
Grupo invade hospital de Niterói e resgata traficante (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Um preso, internado sob custódia no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, foi resgatado por 15 homens armados na madrugada desta segunda-feira (10). Segundo a polícia, Johnny Luís da Silva, conhecido como ‘Bebezão’, é apontado como o chefe do tráfico do Morro da Pedreira, em Costa Barros, no Subúrbio do Rio. As informações são do 12º BPM (Niterói).
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Os criminosos teriam entrado no local por volta das 3h, pouco depois de roubar um carro em São Gonçalo, como informou a GloboNews. O veículo era de um subtenente da polícia, que acabou sendo morto na ação. A mulher do militar também levou um tiro e está no hospital.
Ainda segundo a corporação, durante o resgate, pacientes e funcionários da unidade hospitalar foram trancados no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) para facilitar a fuga. Funcionários disseram que houve muito pânico e desespero quando os criminosos entraram armados com pistolas e fuzis no local. Bebezão foi atingido por um tiro na perna durante um confronto com militares após uma tentativa de roubo de cargas que aconteceu na Pavuna em outubro deste ano. A ação da madrugada desta segunda pode ter sido registrada por câmeras de segurança que ficam no local. Em frente ao hospital há uma câmera e no interior da unidade há outra filmando a área da cantina, que fica no setor da emergência.
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Alberto Youssef volta a depor à Justiça Federal após ser hospitalizado Este foi o primeiro depoimento desde que doleiro recebeu alta, em outubro. Outros três réus também participam de audiência nesta segunda (10). FACEBOOK
Alberto Youssef voltou a depor nesta segunda-feira (Foto: Joedson Alves/Estadão Conteúdo)
O doleiro Alberto Youssef prestou mais um depoimento à Justiça Federal em Curitiba nesta segunda-feira (10). Esta foi a primeira vez que Youssef depôs à Justiça depois de ter recebido alta da UTI coronariana na qual foi hospitalizado ao passar mal na carceragem da Polícia Federal (PF), onde está preso desde março. Ele foi o primeiro de quatro réus de processo originado da Operação Lava Jato a depor. A audiência ocorre a portas fechadas desde o início da tarde, e não há previsão de término. Também devem depor nesta tarde Carlos Habib Chater, Ediel Viana da Silva, e Carlos Alberto Pereira da Costa. Os quatro respondem neste processo por lavagem ou ocultação de bens oriundos de corrupção, e por crimes praticados contra a Administração.
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Youssef é acusado de chefiar um esquema de desvio e lavagem de dinheiro, estimado em R$ 10 bilhões, desvendado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ele e os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) entraram em um acordo de delação premiada. Com isso doleiro se comprometeu a dizer tudo o que sabe sobre o esquema de lavagem de dinheiro que chefiava, em troca de reduções nas penas que podem ser imputadas.
Alberto Youssef, foi internado no dia 25 de outubro no hospital Santa Cruz, em Curitiba, após passar mal na carceragem. Ele ficou internado na UTI coronariana e recebeu alta no dia 29 de outubro, sendo reencaminhado para a carceragem da PF, onde está preso desde março deste ano. Os agentes da PF informaram que ele teve uma forte queda de pressão arterial, causada pelo "uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica". Segundo a polícia, esta foi a terceira vez que Youssef precisou de atendimento médico desde que foi preso. O problema de saúde dispensou o doleiro de comparecer à CPI mista da Petrobrás no Congresso Nacional. A presença dele chegou a ser autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos originados a partir da Operação Lava Jato, porém, após a defesa pedir dispensa sob o argumento de que ele ficaria calado e se recusaria a responder perguntas dos parlamentares, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI mista, decidiu cancelar o depoimento.
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Operação Lava Jato A operação Lava Jato foi deflagrada no dia 17 de março de 2014 em vários estados brasileiros e no Distrito Federal. A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que pode ter movimentado cerca de R$ 10 bilhões, segundo a PF. De acordo com as investigações, a organização criminosa era liderada pelo doleiro Alberto Youssef. Ele e os procuradores do MPF entraram em um acordo de delação premiada. Com isso, ele se comprometeu a dizer tudo o que sabe sobre o esquema de lavagem de dinheiro que chefiava, em troca de reduções nas penas que podem ser imputadas. O documento que pede a absolvição do doleiro no caso do tráfico de drogas não cita o acordo de delação. O acordo de delação premiada será homologado pela Justiça se, depois da fase dos depoimentos, ficar comprovada a veracidade das informações que Youssef fornecer. O acordo foi assinado um dia após a defesa revelar que o doleiro tinha essa pretensão.
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Brasil é referência no combate ao trabalho escravo, diz a OIT Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas
Referência no combate ao trabalho escravo, o Brasil necessita ter políticas públicas para que os trabalhadores resgatados não retornem à escravidão, diz a OIT. Marcello Casal Jr/Agência Brasil / jhcMídiaDigital
O Brasil é referência mundial em combate ao trabalho escravo, apesar de diversos problemas e desafios a enfrentar. A declaração foi feita pelo coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Luiz Machado, no 3º Encontro das Comissões Estaduais para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetraes), hoje (10), na capital paulista. “Nós temos mecanismos que não encontramos em nenhum outro lugar no mundo como os grupos especiais de fiscalização que atendem a todo o território”.
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Ele destacou, também, o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, do governo federal, com diversas ações, algumas cumpridas, outras em andamento e outras precisando ser aceleradas. “Como a prevenção e assistência à vítima porque precisamos romper o ciclo vicioso da escravidão. O trabalhador apesar de ser resgatado continua vulnerável e muitos voltam para a escravidão”. Segundo Machado, no Brasil os mais vulneráveis são homens adultos, pobres de regiões com baixo índice de desenvolvimento, em busca da trabalho em outros estados ou mesmo aliciados. Entretanto, no mundo, as mulheres e crianças são mais escravizadas. “É um crime dinâmico e em outros lugares do mundo está envolvido com tráfico de pessoas e exploração sexual”.
Estado com o maior PIB brasileiro, São Paulo tem a maior parte dos trabalhadores em regime escravo na área ruralArquivo/Agência Brasil
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A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de São Paulo, Juliana Felicidade Armede, informou que em São Paulo, a maioria dos trabalhadores escravizados está na área rural. “Existem estados no Brasil muito ricos, mas empobrecidos em políticas públicas. Em muitos locais as pessoas não tendo acesso a esses benefícios não se inserem no mercado de trabalho e quando se inserem acabam ficando em situação de escravidão”. Outra realidade á a questão imigratória que tem ocorrido a partir da crise econômica internacional de 2008. São Paulo e outros estados do Brasil foram pontos de convergência importante, além de brasileiros que passaram anos fora do país e estão voltando. “Quando eu estou desconectado da realidade nacional e sem acesso a essas políticas públicas também estou vulnerável”. No meio urbano o principal foco de trabalho escravo está na construção civil e na indústria têxtil. Já no rural está ligado tanto com a pequena produção quanto com a grande. “Dentro desses dois universos há uma diversidade de problemas. Isso ainda acontece porque temos um perfil de produção que não garante isonomia às pessoas. Há sempre um grupo mais explorado e um que explora. Não conseguimos evoluir do ponto de vista de estruturas econômicas capazes de acompanhar os problemas sociais”.
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Deputado paraguaio propõe que Parlasul Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Ativistas fazem ato público na Esplanada dos Ministérios em defesa da regulamentação do uso da maconha no Brasil. Valter Campanato/Agência Brasil / jhcMídiaDigital
Membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul), o deputado paraguaio Ricardo Canese propôs aos demais parlamentares a abertura de um amplo debate sobre a eventual legalização da maconha e de outras drogas pelos países membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela). A proposta de Canese é discutir não apenas a produção, distribuição, comercialização e o consumo das substâncias, mas também aspectos ligados à educação e à saúde. Para o parlamentar, é necessário coragem para discutir o assunto abertamente. “Porque não só o narcotráfico, mas, obviamente, a narcopolítica, corrompem a sociedade, criando poderes ocultos que dificultam o funcionamento efetivo das instituições democráticas.
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Por isso, creio ser imprescindível e urgente abrir um debate com toda a sociedade”, disse Canese, segundaje (10), durante a 32ª Sessão Ordinária do Parlasul. O evento ocorre em Montevidéu, no Uruguai. Embora destaque como importante a experiência do Uruguai – que em 2013 aprovou a liberação regulada do plantio e da venda de maconha, Canese defendeu que soluções para o problema do tráfico de drogas e da violência só irão funcionar se discutidas e implementadas regionalmente. “As drogas não conhecem fronteiras e não podemos seguir de olhos fechados para esse fato. No Paraguai, onde 17 jornalistas e incontáveis cidadãos foram mortos ao longo dos últimos 25 anos, operam os maiores cartéis do Brasil, tais como o Primeiro Comando da Capital [PCC] e o Comando Vermelho [CV]. Temos o caso dramático do México, onde 43 estudantes estão desaparecidos, possivelmente assassinados. A saída, portanto, tem que ser regional. A decisão isolada de um país terá pouca transcendência”, afirmou Canese à assessoria de imprensa do Parlamento. “Não estou assumindo nenhuma posição antes de termos informações. É através da troca de ideias, de opiniões, que vamos poder chegar a um consenso sobre a melhor solução. O importante é o debate e eu entendo que o Parlasul é o foro adequado [para a discussão regional]”, concluiu Canese. Durante a sessão de hoje, os parlamentares vão discutir e votar assuntos como o orçamento de 2015, os convênios entre o Parlasul e a Organização Latino-americana de Energia (Olade) e com a Corte Penal Internacional. Além disso, uma sessão extraordinária vai abordar a situação das Ilhas Malvinas.
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Três astronautas regressam a Terra com aterragem no Cazaquistão Três astronautas da Estação Espacial Internacional - um russo, um norte-americano e um alemão - regressaram a Terra esta segunda-feira depois de terem passado quase seis meses no espaço, confirmou a agência espacial russa Roskosmos.
SHAMIL ZHUMATOV/REUTERS
Dímitri jarolasv / jhcMídiaDigital Equipa de terra da Estação Espacial ajuda o astronauta Alexander Gerst a sair da cápsula
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"A aterragem decorreu conforme previsto", no nordeste da cidade de Arkalyk, no centro do Cazaquistão, indicou um comunicado da Roskosmos. O russo Maxime Souraïev, o norte-americano Reid Wiseman e o alemão Alexander Gerst, partiram da Terra a 29 de maio, e aterraram à hora prevista (3.59 horas em Lisboa) nas estepes do Cazaquistão, a bordo da nave Soyouz TMA-13M. "Durante a estada no espaço, os membros da equipa percorreram mais de 70 milhões de quilómetros", escreveu a agência espacial norte-americana Nasa.
A Estação Espacial Internacional é um projeto de mais de cem mil milhões de dólares em que participam 16 países. Uma equipa de seis astronautas ocupa em permanência a estrutura com rotações até seis meses.
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Quatro mortos e 180 infetados por legionella causam pânico na população O medo é que o surto não pare. E o pânico começa a tomar conta dos hospitais e da população. Ninguém consegue explicar a origem do surto de legionella, que já causou quatro mortes e 180 infetados. Mário Costa / jhcMídiaDigital
SARA MATOS / GLOBAL IMAGENS
Funcionários do SMAS de Vila Franca de Xira recolhem amostra de água para análise Reservatórios e condutores de água, sistemas de ar condicionado de espaços comerciais, de hotéis, de empresas e até de casas, fontes de ornamentação, tudo está sendo analisado ao pormenor no conselho de Vila Franca de Xira. A
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população espera angustiada por resultados, mas a origem do surto pode até nunca vir a ser determinada. Em declarações à agência Lusa, O diretor do Laboratório de Microbiologia da Universidade de Coimbra, Milton Costa, disse esta segunda-feira que as atuais condições atmosféricas, com temperaturas amenas e alguma humidade atmosférica, facilitam a propagação da bactéria legionella Milton Costa realçou que "a humidade atmosférica deixa sobreviver as gotículas" com bactérias, libertadas "sobretudo pelas torres de ar condicionado", arrefecidas a água. "Com estas temperaturas e com a humidade que está", verificam-se condições "muito mais propícias à disseminação da bactéria", adiantou. Com mais humidade atmosférica e temperaturas que poderão rondar os 17 graus centígrados, "as gotículas não secam e sobrevivem mais tempo". A aspiração das gotículas contaminadas "é a única maneira de contrair esta doença", explicou Milton Costa, que preside, desde agosto, à Comissão Internacional de Sistemática de Procariotas, organismo responsável pela descrição e classificação de bactérias, com sede no Reino Unido. "Não temos de nos preocupar muito em encontrar legionellas em água fria, abaixo dos 17 graus", esclareceu. Estas bactérias "sempre existiram" na natureza. "Mas criámos condições para o seu desenvolvimento com a nossa maneira de viver", disse o investigador, destacando o "ar condicionado com arrefecimento a água" e as caldeiras de distribuição de água quente por grandes edifícios, tubagens diversas e chuveiros de duche, entre outros sistemas. Ao início da noite de domingo, havia 180 casos notificados, dos quais 160 confirmados laboratorialmente. A bactéria, que provoca pneumonia grave, já matou quatro pessoas, com idades entre os 59 anos e os 81 anos.
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Outras 26 estavam nos cuidados intensivos. O quinto óbito, que chegou a ser admitido pelo diretor-geral da Saúde a meio da tarde de domingo, não foi confirmado. Nas freguesias de Vialonga, Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa há pânico e revolta. É ali que vive a maioria das pessoas infectadas. Não se fala de outra coisa, a palavra legionella entrou-lhes pela casa dentro há quatro dias e não há meio de sair. Há ruas com mais de uma dezena de moradores infectados. A maioria está internada no Hospital de Vila Franca de Xira, mas a afluência àquela unidade de saúde tem sido tanta que foi necessário transferir mais de três dezenas de doentes para os hospitais centrais da Grande Lisboa. É preciso criar espaços para que Vila Franca de Xira possa continuar a receber doentes, explicou o ministro da Saúde, admitindo que nos próximos dias vão surgir novos casos. "Estamos perante uma situação anormal", reconheceu Paulo Macedo, depois de horas reunido com peritos e responsáveis das áreas da Saúde e do Ambiente. O ministro classificou o surto como "de grande dimensão em termos europeus e mundiais" e remeteu para hoje novo balanço. Sem resultados à vista, as autoridades apressaram-se a tomar medidas de prevenção na zona afetada.Domingo, voltou a ser reforçada a quantidade de cloro na rede de distribuição de água para tentar eliminar as bactérias, foram desativadas fontes de ornamentação e solicitadas novas colheitas para análise em novos pontos de fornecimento de água e de torres de refrigeração, esclareceu a DGS em comunicado.
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TEREZA CAMPELLO | MINISTRA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL
“Nenhum dado factual poderia explicar a queda da miséria”
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Para ministra de Desenvolvimento Social os dados do Ipea, que apresentam um aumento no número dos extremamente pobres, estão dentro de uma margem de erro Pela primeira vez em uma década, a miséria no Brasil para de cair TALITA BEDINELLI São Paulo
Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social / MARCELLO CASAL JR. (AGÊNCIA BRASIL)
Nesta semana, uma divulgação anual do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que o número de miseráveis, em queda na última década graças a políticas como o programa Bolsa Família, parou de cair. A pesquisa feita com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), uma divulgação do IBGE, apontou que entre os anos de 2012 e 2013 o número de pessoas extremamente
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pobres passou de 10,08 milhões para 10,45 milhões, uma alta de 3,67%. A divulgação desses números foi permeada de polêmicas. A direção do Ipea foi acusada de adiar a publicação, programada para sair às vésperas do segundo turno, quando a presidenta Dilma Rousseff buscava se reeleger. A decisão, que de acordo com o instituto objetivava respeitar a lei eleitoral, fez com que o diretor de estudos e políticas sociais, Herton Araújo, pedisse demissão do órgão. Depois de o Ipea divulgar os dados sem alarde em seu site no último dia 30, a imprensa nacional afirmou que o Governo de Rousseff pediu para que o IBGE revisasse parte dos dados da pesquisa. O fato foi negado pelo IBGE e pela ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, em entrevista ao EL PAÍS.
A direção do Ipea foi acusada de adiar a publicação, programada para sair às vésperas do segundo turno Ela também afirmou que os dados do IBGE foram publicados no site do órgão em setembro e que acredita que não houve uma modificação na tendência de queda da miséria, já que os dados, diz, estão dentro da margem de erro. Todos os indicadores da Pnad, pesquisa amostral feita anualmente em 144.000 dos 57 milhões de domicílios do país, apresentam coeficientes de variação (a margem e erro a que ela se refere), que mudam de acordo com a quantidade da amostra. Segundo o IBGE, entretanto, quem pode afirmar qual o coeficiente dos dados usados na pesquisa é o Ipea que, procurado na tarde da última sexta-feira, não respondeu aos questionamentos da reportagem. Para fazer o cálculo, o instituto considera o número de pessoas que vivem sem renda suficiente para comprar uma cesta básica de alimentos, valor que varia a cada região. Existem diversas pesquisas sobre a miséria no país, cada uma com uma metodologia. Para a FAO, órgão da ONU para alimentação e agricultura, que considera extremamente pobres os que vivem com menos de um dólar por dia, passam fome 3,4 milhões de pessoas no país, por exemplo. Com base nesse dado, o país saiu do grupo dos países em que a fome ainda é uma ameaça neste
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ano. Leia abaixo os principais trechos da entrevista com a ministra sobre o tema. Pergunta: Como o Ministério analisa o fato de a pobreza ter parado de cair? Resposta: Cada economista, estatístico, tem um critério diferente sobre o que é extrema pobreza e pobreza. Tem órgão que olha mais para a questão da alimentação, outro olha mais o acesso a bens, etc. No Brasil, existem umas 15 linhas de pesquisa reconhecidas e todas elas são válidas. A do Ipea é uma linha delas. O que nós vemos é que em qualquer uma dessas linhas diferentes, a extrema pobreza teve uma variação dentro da margem de erro. Houve uma tendência de queda permanente da pobreza e da extrema pobreza ao longo dos últimos 12 anos e, agora, independentemente de qualquer critério que se use, houve uma taxa de variação um pouco diferente da tendência, mas dentro da margem de erro. P: Mas, de qualquer forma, a redução parou. Por quê? R: Acreditamos que houve uma taxa de flutuação dentro da amostra do IBGE, que não é idêntica todo ano. Acho que a tendência, na verdade, é a miséria ter caído. A Pnad foi para campo em setembro, questionando qual havia sido a renda da pessoa no mês anterior. Entre agosto de 2012 e agosto de 2013, um mês antes da pesquisa, o valor médio do benefício do Bolsa Família para os extremamente pobres aumentou 28%, o que mostra que a inflação não comeu o valor do Bolsa Família. O desemprego também continuou caindo, principalmente entre os mais pobres. E o salário mínimo teve um aumento acima da inflação. Por que, então, teria aumentado o número de extremamente pobres? Você poderia dizer que aumentou o número de pessoas fora do Bolsa Família. Mas isso não aconteceu porque a gente fez busca ativa. Nenhum dado factual poderia explicar essa queda. Para saber se houve mesmo essa variação é preciso continuar a ver a tendência. Esse dado é um ponto na curva. Em 2011, por exemplo, houve um aumento da taxa de trabalho infantil entre crianças de 11 a 13 anos. No ano seguinte, a mesma taxa caiu em mais de 30%.
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P: Isso significa que as pesquisas não estão sendo bem feitas? R: Não tem a ver com o fato de a pesquisa estar sendo bem feita ou não. É uma flutuação estatística da amostra. Por isso tem que olhar a tendência. Não dá para pegar um ponto da curva e tirar consequências calamitosas. Também há o fato de que as taxas vão começar a cair em uma velocidade menor. A extrema pobreza era altíssima e vem caindo. É óbvio que a tendência agora é que a queda seja menor. Estamos com uma taxa de pobreza entre 3% e 4%, que é muito baixa. É muito complexo a gente fazer uma avaliação com taxas que vão começar a ser aproximar de valores onde a amostra é pouco expressiva. P: É verdade que o IPEA foi proibido de divulgar os dados na véspera da eleição? R: Não. O que o Ipea decidiu fazer foi não publicar nenhum de seus estudos nesse período, nada saiu por uma decisão do jurídico deles. Isso é assunto do Ipea. O Governo não pode ser acusado de estar escondendo dados porque os microdados da Pnad, sobre todos os assuntos, estavam disponíveis desde 18 de setembro. Ninguém precisa do Ipea para fazer essas contas. Qualquer pesquisador, cientista ou jornalista, poderia ter tido acesso a essas informações. Alguns pesquisadores inclusive fizeram seus estudos e eles foram publicados. O Iets [Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade] fez e o jornal O Globo publicou os dados. Se o Governo tivesse que fazer algum pedido, teria que ser o de não ter publicado os microdados. Mas eles estavam lá desde antes do primeiro turno. No ano passado, esse dado do Ipea saiu em novembro. Esse ano saiu em 30 de outubro. Não dá para dizer que o dado foi retido neste ano. Também não é correto dizer que o Ipea divulgou os dados na surdina. O Ipea, se você olhar ao longo dos anos anteriores, sempre colocou os dados no site sem nenhuma coletiva ou publicação. P: E vocês pediram ao IBGE que fizesse revisão nos dados sobre as pessoas que têm renda zero?
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R: Não, não pedimos. Nós pedimos algumas informações porque temos vários estudos sendo feitos na nossa secretaria de avaliação e monitoramento para tentar atuar sobre aqueles que são os que de fato mais precisam. Não estamos pedindo para o IBGE corrigir nada. O que percebemos é que houve um aumento de pessoas que se declararam com renda zero. A pergunta que a Pnad faz para o entrevistado é quanto a pessoa recebeu no mês passado. Então, um jornalista freelancer ou um advogado, por exemplo, se tiver tirado férias no mês anterior vai declarar que não teve nenhuma renda. Existem pessoas que declaram renda zero, mas têm curso superior, máquina de lavar, carro... Todos os anos a gente olha esses dados de renda zero porque eles têm impactado muito a extrema pobreza, já que o número de extremamente pobres está cada vez menor. A taxa de extremamente pobres foi de 4% neste ano e 1,3% desse total é composto pelos de renda zero. Ano passado era 1%, cresceu 30%. Isso chamou a atenção. Quando olhamos esse número, identificamos que dessas 2,4 milhões de pessoas que declararam renda zero, 1,7 milhão não tem o perfil de extremamente pobres. Não tem nenhuma incoerência ou inconsistência na coleta dos dados. Tem inconsistência no fato dessa pessoa ser computada como alguém extremamente pobre. Mas isso aconteceu todos os anos... P: E isso já foi questionado junto aos institutos de pesquisa? R: Na última terça-feira houve uma oficina com os professores e pessoas de institutos de pesquisa nacional e internacional, trazidos pelo MDS para discutir essa questão, entre outras. Questionamos se não está na hora de dar um tratamento a isso. Não significa que a Pnad vai mudar a metodologia, porque a pessoa teve renda zero mesmo. O que não posso é computar essa pessoa como extremamente pobre. Esse é um alerta que o MDS está dando para quem está tirando consequências calamitosas sobre a política de extrema pobreza no Brasil. Não estamos propondo ao IBGE corrigir nada. Mas tem várias coisas que têm que ser analisadas. P: Mas além da análise da pesquisa, não existe também uma questão importante do trabalho do Ministério nos municípios
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que contribui com esse dado captado pela Pnad? Visitei um município que fazia busca ativa [programa que procura os possíveis beneficiários do Bolsa Família que ainda estão fora do benefício], trabalho direcionado justamente para a parcela mais pobre e excluída, que não tinha carro para chegar em áreas mais afastadas, por exemplo. Tem muito assistente social nesses municípios menores com pouca capacitação... R: Pela primeira vez na história estamos fazendo capacitação em massa dos assistentes sociais. Nós repassamos dinheiro para os municípios para que eles possam adquirir veículos. É claro que tudo isso a gente tem que aprimorar ainda. Ainda temos que trabalhar, e trabalhar muito. O nosso trabalho está muito longe de terminar. Mas isso não poderia explicar o aumento da miséria. Isso poderia explicar o que ainda falta diminuir. Porque para explicar a diminuição, teria que ter gente saindo do Bolsa Família. Antes não tinha busca ativa, começamos a fazer e a pobreza aumenta? Não faz sentido! Temos que melhorar aquele município que é muito fraco, que é distante, que não tem computador, que tem gente da área de assistência social que é muito frágil. Temos que melhorar muito. Mas se olharmos nesses quatro anos o que melhorou, é uma coisa impressionante.
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Radcliffe é contaminado e fica em estado grave Ator gravava no Canadá quando tomou água da torneira com componente químico e correu risco de morte
Daniel Radcliffe deu entrevista a uma publicação estrangeira e explicou o caso /
Diário SP Online / jhcMídiaDigital
O ator inglês Daniel Radcliffe teve sua vida posta em risco durante filmagens no Canadá. Ele ficou em estado grave após beber água contaminada por um componente químico, de acordo com a revista Daily Mail. O célebre intérprete de Harry Potter está recuperado e concedeu entrevista a uma publicação estrangeira. “No Canadá faz muito frio e como medida de precaução, para evitar que a água vire gelo dentro das tubulações, eles adicionam um anticongelante. Eu não sabia, tomei água de uma torneira e fiquei gravemente doente”, explicou. Apesar de todos os companheiros de gravação saberem da presença deste componente químico na água, ninguém avisou o ator sobre o risco. Entretanto, ele não os culpa e, sem ressentimentos, afirma que foi apenas um acidente.
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THE BEST SOUND >
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Brasília: famílias ocupam prédio público e cobram benefício Manifestação é contra o atraso do pagamento do auxílio aluguel; participam do protesto famílias das regiões de Ceilândia, Planaltina e Brazlândia
Reuters / jhcMídiaDigital /Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
Famílias beneficiárias do auxílio aluguel pago pelo governo do Distrito Federal (GDF) ocuparam a sede da Secretaria de Fazenda, na região central de Brasília, na manhã desta terçafeira. Segundo Edson Silva, um dos dirigentes do Movimento dos
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Trabalhadores Sem Teto (MTST), organização responsável pela manifestação, o ato é um protesto contra o atraso no pagamento do auxílio nos dois últimos meses.
“O benefício para ajudar as famílias do MTST que não tem casa não foi pago nem em outubro, nem em novembro. Há famílias sendo despejadas por falta de condições de pagar o aluguel. Há, inclusive, casos de proprietários retendo as coisas dessas pessoas despejadas”, explicou Silva à Agência Brasil. Cada família beneficiária recebe, segundo o militante, R$ 600 mensais. De acordo com Silva, cerca de 1 mil famílias de regiões administrativas como Ceilândia, Planaltina e Brazilândia, entre outras, estão sendo prejudicadas pelo atraso e participam da ocupação.
“Queremos que o governo pague imediatamente os auxílios atrasados e que continue pagando o auxílio aluguel até que as prometidas casas populares sejam entregues. Vamos permanecer aqui até resolvermos esse problema. Trouxemos barracas e alimentos e estamos preparados para dormir aqui se for preciso”, acrescentou Silva.
Além de exigirem o pagamento do auxílio, o MTST também critica a ameaça de descontinuidade de serviços sociais prestados pelo GDF. Embora o Executivo da capital federal não confirme, sinais de desequilíbrio nas contas públicas preocupam a população.
Hoje, a Secretaria de Cultura confirmou que, este ano, não haverá a tradicional festa de fim de ano na Esplanada dos Ministérios
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Nacional acional e internacional: Sochiro Ochida
Restaurante Panela da Cecília Rua Dona Veridiana, 14 - Santa Cecília São Paulo – SP (11) 2614-7510 2614
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Beef Bourguinon a la Hassan Criado pelo chef Floyd Cardoz, o prato é uma das estrelas do filme “A 100 Passos de um Sonho”
Assim como o nome, a receita não é das mais fáceis e rápidas, mas o resultado final vai valer a pena...
O Beef Bourguinon a la Hassan foi elaborado pelo chef Floyd Cardoz e está entre as receitas do filme “A 100 Passos de um Sonho”.
Dica: Este cozido é mais saboroso no dia seguinte.
Rende de 6 a 8 porções.
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Ingredientes Você vai precisar de: Óleo de canola: 4 colheres de sopa Costelas de boi desossadas e sem gordura: 1 kg, cortadas em pedaços de 4 x 4 cm Sal: a gosto Pimenta: a gosto Farinha de trigo: ¾ de xícara Bacon defumado : 170 g Manteiga: 2 colheres de sopa Cravo: 4 unidades amarrados em um fio Louro: 2 folhas Cebola: 18 unidades pequenas (tipo pérola) descascadas e 2 unidades picadas Cenoura: 18 unidades pequenas, descascadas e cortadas ao meio se maiores do que 5 cm (caso contrário use inteiras) Nabo: 18 unidades pequenas, descascadas e cortadas ao meio Cogumelos chanterelles, aparados e cortados ao meio: 225 g Alho: 1 dente de alho, com cravos separados, descascados e picados Sopa de raiz fresca de gengibre picada: 1½ colher Cominho (recentemente moído): 1 colher de sopa Sementes de mostarda marrom moídas: 1 colher de sopa Massa de tomate: 2 colheres de sopa Pimenta-do-reino (moída): 1/2 colher de chá Pimenta Aleppo: ½ colher de sopa Vinho tinto Burgundy: 1 garrafa de 750 ml Caldo de carne: 1 litro Tomilho: 4 ramos Açúcar mascavo: 2 colheres de sopa Para enfeitar: Salsinha: ¼ xícara Cerefólio: ¼ xícara
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Modo de preparo
Pré-aqueça o forno a 163 ºC. 2 Tempere a carne com sal e pimenta e passe uma camada ligeira de farinha; mantenha em temperatura ambiente por 30 minutos. Reserve a farinha extra. 3 Coloque uma panela grande de ensopado em fogo moderado e acrescente o bacon e o óleo de canola. Cozinhe até que a gordura derreta. Retire o bacon. 4 Na mesma panela, toste as costelas até que estejam levemente coradas. Cuidado para não queimar a panela. 5 Retire a carne e acrescente as cebolas pérolas, cozinhe por 2 a 3 minutos. Retire as cebolas e reserve. 6 Repita o processo com as cenouras e os nabos. 7 Acrescente os cogumelos chanterelles e refogue por 1 minuto, retire e reserve. 8 Acrescente a manteiga à sobra do óleo e acrescente os cravos, louros e cozinhe por 1 minuto. Acrescente a cebola picada, o alho e o gengibre e cozinhe por 4 a 5 minutos. 9
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Acrescente os condimentos moídos e cozinhe por mais 2 minutos. Junte o restante da farinha e a massa de tomate e deixe cozinhar por 2 minutos. 10 Deglace com vinho até levantar fervura, acrescente o caldo de carne e deixe ferver. 11 Coloque o bacon e as costelas na panela. Deixe ferver e diminua o fogo. Acrescente o tomilho. Tempere. 12 Coloque a panela no forno e cozinhe por aproximadamente de 2 a 2 horas e meia. 13 Acrescente as cenouras, os nabos e as cebolas pérolas. Cozinhe por mais 30 minutos. 14 Tire do forno, acrescente o açúcar e retire o cravo, a salsa e as folhas de louro. Acrescente os cogumelos. Tempere novamente com sal. 15 Agora o cozido não deve estar tão picante e um pouco espesso. 16 Decore com salsa e cerefóli. Bom apetite.
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Cupcake do Mickey Mouse: receita fácil e encantadora Você não precisa apelar para a pasta americana para ter mibolos do personagem mais famoso da Disney. Esta opção é prática e vai deixar a mesa superfofa.
O tema do aniversário do seu filho é Mickey Mouse, mas você não domina a técnica da pasta americana para enfeitar os cupcakes que quer servir
. Veja como fazer: Ingredientes / Você vai precisar de: Manteiga sem sal: 1 xícara (chá) Açúcar de confeiteiro peneirado: 3 xícaras (chá) Extrato de baunilha: 2 colheres (chá) Xarope de milho: 2 colheres (sopa)
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Leite: 1 colher (sopa) Bolinho de chocolate: 12 unidades Bolacha de chocolate recheada: nos tamanhos normal e míni Modo de preparo 1 Na batedeira, misture a manteiga até ficar cremosa. Adicione o açúcar de confeiteiro, o extrato de baunilha, o xarope de milho e o leite e bata até ficar homogêneo. Reserve. 2 Coloque os bolinhos de chocolate em formas de papel. Dica: se você não quiser comprar os cupcakes prontos, pode fazer sua receita preferida. Cubra os minibolos com o creme reservado. 3 Separe os biscoitos pela metade, sendo que uma das partes ficará com o recheio – no total, você vai precisar de 6 biscoitos do tamanho normal e 12 minibiscoitos para decorar uma dúzia de cupcakes. 4 Pressione uma metade do biscoito regular no centro do cupcake (com o lado sem recheio virado para a frente) até a metade do bolinho, criando o topo da cabeça do rato. 5 Para as orelhas, encaixe 2 metades de minibiscoitos (também com a parte sem recheio virada para frente) logo atrás do biscoito maior, em ambos os lados da cabeça. Desta vez, pressione as bolachinhas na cobertura apenas o suficiente para mantê-las no lugar. Use o restante das metades de biscoitos para decorar os demais cupcakes.
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