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Anos 70 e 80: O Operário se agiganta
Já se passaram mais de quatro décadas desde que o futebol do Operário encantou o Brasil. Até os dias atuais, aquele esquadrão que terminou em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de 1977, permanece vivo na memória dos torcedores - sejam eles alvinegros ou rivais. Mas essa linda história nos Brasileiros teve um início: exatamente em 1974. A edição nº 200 da Revista Placar, de 18 de janeiro daquele ano, conta como o Galo foi convidado a participar do Brasileiro - indicado pela Federação Mato-Grossense, ao lado do Comercial. A reportagem destacava que o clube era o time de maior torcida de Campo Grande e contava com melhor infraestrutura. Descreve ainda a força do elenco alvinegro: “Conseguiu Zé Ito, do Guarani, Sidnei, do Corinthians, Natálio, do Colorado, os paulistas Mario, Carlos Alberto, Maurício, Pio e outros. O time armado por Diede Lameiro passou por uma dura prova, ao vencer a Seleção da União Soviética por 2 a 0. (...) O clube está bem, com suas finanças em dia e com um elenco equilibrado, cuja folha de pagamentos não chega a assustar”. A partida contra a URSS ocorrera em 1973, em excursão à Europa.
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Tricampeão mato-grossense em 1976, 1977 e 1978, o clube seguiu com sua hegemonia estadual quando Mato Grosso do Sul foi criado. No Campeonato Brasileiro de 1977, dirigido por Carlos Castilho, realizou uma das melhores campanhas de um clube do Centro-Oeste na história do Brasileiro: terceiro lugar geral.
Tendo como destaque o goleiro Manga, que disputara a Copa do Mundo de 1966, o time despachou Coritiba, Fluminense, Santa Cruz, Remo e Palmeiras, chegando à semifinal contra o São Paulo. O jogo de ida aconteceu no Morumbi, em São Paulo, onde foi derrotado pelo tricolor paulista na presença de 103.092 torcedores, batendo o recorde de público em jogos do São Paulo em campeonatos brasileiros, que persistiu por muitos anos. O jogo manteve-se com o placar de 0 a 0 até os 32 minutos do 2º tempo, quando Serginho Chulapa abriu o placar. Nos minutos finais, tomamos mais dois gols.
No jogo da volta no Morenão, o Galo venceu por 1 a 0, mas foi eliminado no saldo de gols. O gol da vitória foi marcado por Tadeu Santos. Em 1979 e em 1981, o Operário foi respectivamente quinto e sétimo colocado no Brasileirão.
Em 1981, montou novamente um grande elenco, possuía um meio de campo formado por Garcia, Arturzinho e Pastoril, sendo considerado até hoje um dos melhores times já montados pelo então “Galo da Bandeirantes”, sagrando-se tricampeão estadual.