Dá que pensar... culpa rima com perfeição "As mães "a sério" sentem-se menos culpadas, menos ansiosas porque não estão a tentar ser perfeitas de acordo com os padrões de outras pessoas" (C.Greenberg e B. Avidgor) “Ser mãe a sério” de acordo com a definição das autoras não é nada fácil! Muitas vezes sentimos pressão de todos os lados (quase parece que vamos rebentar que nem um balão com excesso de ar/pressão!) – exigem-nos que sejamos perfeitas: - lancheiras sempre prontas a tempo e horas, com lanches e almoços saudáveis - mochilas da escola sempre preparadas, com todo o material que é necessário (incluindo material de actividades extra-curriculares, natação e afins) - chegar sempre a horas à escola - não gritar - ter toda a paciência do mundo - mesmo ao fim de um dia de trabalho extenuante, ter uma cara alegre, estar “de bem com a vida” - apoiar a realização dos trabalhos de casa sem nos exaltarmos - inventar mil e uma estratégias para que o final do dia (banhos, jantares, hora de deitar, regulação de saídas nocturnas) corram maravilhosamente, sem birras, gritos, choros ou ranger de dentes Mas será que isto é possível? Como nos deixamos prender nesta lista de exigências? Quem a criou? Existem dias em que não é possível cumprir nenhum destes requisitos. E isso faz-nos sentir mal, as piores mães do mundo! Os dias negros fazem parte da vida das mães e dos pais. Mas queremos ser pais perfeitos? Que mensagem passamos aos nossos filhos? Que lugar damos ao erro? Que papel tem o erro e a possibilidade de começar de novo na nossa vida? Para muitas mães e muitos pais, sair deste ciclo vicioso da perfeição – de-listas-extensas-detarefas-que-têm-que-ser-cumpridas – só é possível quando questionam estas verdades absolutas, quando decidem que só vão melhorar o seu desempenho numa tarefa de cada vez. Aceitar a nossa imperfeição é o primeiro passo para nos libertarmos da culpa. O segundo é escolher aquela tarefa em que queremos melhorar por NÓS, porque é mesmo importante para nós, para a nossa felicidade e vida familiar (e não porque a mãe, a sogra, a irmã, a amiga, a vizinha, o professor ou o pediatra disse). Como é? Já escolheu por onde vai começar? Autoria: Family Coaching