Icterícia no recém-nascido O termo Icterícia refere-se à coloração amarelada da pele e das mucosas. Deve-se à existência de um pigmento, a bilirrubina, que, se estiver aumentada dá essa coloração aos tecidos. Esse pigmento resulta da degradação dos glóbulos vermelhos e de alguma imaturidade que o Recém Nascido tem para lidar com esse aumento. No período neonatal, na maioria das vezes, corresponde à chamada icterícia fisiológica e surge entre o segundo e o terceiro dias de vida. Normalmente irá desaparecendo ao longo da primeira semana de vida sem qualquer prejuízo para o recém-nascido. Factores que a podem agravar são a existência de hematomas ao nascer e a desidratação. O aleitamento materno pode prolongar a duração da icterícia fisiológica, sem aumentar a sua gravidade. A gravidade da icterícia fisiológica depende dos níveis de bilirrubina atingidos (já que ela pode ser tóxica para o Sistema Nervoso Central) e, em caso de valores elevados, sobretudo se o RN é prematuro, poderá ser necessária a fototerapia. É um tratamento que, pela exposição à luz, a bilirrubina se transforma numa forma que já não tem essa toxicidade. Apenas cerca de 5% dos recém-nascido necessitam de fototerapia por esse motivo. Se surge imediatamente ao nascer ou após a primeira semana de vida pode ter um significado mais grave e o bebé será, por isso, investigado. A causa mais frequente da icterícia precoce é a incompatibilidade Rh (grupo de sangue) entre a mãe e o bebé, situação cujo risco é identificado durante a gravidez e para a qual são tomadas medidas que podem impedir a doença no recém-nascido. Em situações de maior gravidade o recém-nascido será vigiado e tratado e só terá alta quando a icterícia já não representar qualquer risco para o bébé. Fonte: Up to Lisbon Kids | Autoria: Dra. Filomena Pereira - Pediatra