UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES HELENA SCHUWENCK MARQUES DE SOUZA
CENTRO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
MOGI DAS CRUZES, SP 2019
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES HELENA SCHUWENCK MARQUES DE SOUZA - 11151100482
CENTRO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Trabalho de Conclusão de Curso I apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para Graduação.
Orientador Prof.º Ms. Martha Lúcia Cardoso Rosinha
MOGI DAS CRUZES, SP 2019
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES HELENA SCHUWENCK MARQUES DE SOUZA
CENTRO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Mogi das Cruzes como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Aprovado em .........................................................................................................
BANCA EXAMINADORA ___________________________________ Prof. Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)
___________________________________ Prof. Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)
Mogi das Cruzes, SP 2019
DEDICATĂ“RIA
Dedico este trabalho aos meus amigos e familiares por estarem sempre ao meu lado me apoiando e incentivando.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por estar ao meu lado, a professora orientadora Martha Lúcia que disponibilizou seu tempo para me auxiliar a desenvolver este trabalho e a todos os professores que contribuíram para eu conseguir chegar até aqui e me formar Arquiteta e Urbanista.
Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota. Madre Teresa de Calcutá
RESUMO Um Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos é um espaço projetado para atender crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade. Trata-se de um projeto que proporciona aos seus usuários o aprendizado e o desenvolvimento pessoal através das práticas de vivência coletiva e das experiências cotidianas. O objetivo do presente trabalho é criar um espaço que atenda às necessidades dos usuários e suas famílias, principalmente no contra-turno escolar, contribuindo para o desenvolvimento das capacidades e potencialidades e que incentive a socialização e a convivência comunitária, além de possibilitar a ampliação do repertório pessoal das crianças e adolescentes, favorecendo a troca de experiências entre eles e a aquisição de novos conhecimentos. O local escolhido para a implantação do projeto situa-se no distrito de Jundiapeba no município de Mogi das Cruzes, estado de São Paulo, pois, verificou-se uma carência de projetos sociais que atendam à essa demanda no distrito estudado, uma vez que trata-se de população de baixa renda e que, na maioria das vezes, não podem contar com um cuidador para seus filhos no período em que não estão na escola.
Palavras-chave: espaço de convivência, vulnerabilidade social, crianças e adolescentes.
SÍMBOLOS, ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas CadUnico – Cadastro Único para Programas Sociais CCA – Centro para Crianças e Adolescente CIE – Centro de Iniciação ao Esporte CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos COE – Código de Obras e Edificações ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação IT – Instrução Técnica LH – Linha do horizonte MR – Módulo de referência NBR – Norma Brasileira PCR – Pessoa em cadeira de rodas PMR – Pessoa com mobilidade reduzida PO – Pessoa obesa UBS – Unidade Básica de Saúde UMC – Universidade de Mogi das Cruzes
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Terreno Baldio Doado para a Implantação do JAMDS.................................31 Figura 02: Salas JAMDS.................................................................................................32 Figura 03: Circulação.....................................................................................................32 Figura 04: Sala de Atividade...........................................................................................33 Figura 05: Sala de Dança.................................................................................................33 Figura 06: Horta...............................................................................................................34 Figura 07: Acesso Principal.............................................................................................34 Figura 08: Planta Baixa...................................................................................................35 Figura 09: Planta dos Ambientes com Layout.................................................................36 Figura 10: Circulação, Acessos e Ambientes..................................................................36 Figura 11: Setorização.....................................................................................................37 Figura 12: Estudo de Volumetria.....................................................................................37 Figura 13: Volumetria – Em Planta.................................................................................38 Figura 14: Estudo de Massa.............................................................................................38 Figura 15: Corte...............................................................................................................38 Figura 16: Fachada Frontal..............................................................................................39 Figura 17: Sala de Leitura e Estudos...............................................................................41 Figura 18: Sala de Aula...................................................................................................42 Figura 19: Vista do Corredor e do Jardim.......................................................................42 Figura 20: Varanda..........................................................................................................43 Figura 21: Vista Térreo e Sala de Leitura........................................................................43
Figura 22: Vista Sala Multiuso e Sala de Aula................................................................44 Figura 23: Planta do Pavimento Térreo, Primeiro Pavimento e Corte – Escola do Bairro .........................................................................................................................................45 Figura 24: Planta - Acesso e Circulação..........................................................................46 Figura 25: Planta - Acesso e Circulação..........................................................................47 Figura 26: Circulação......................................................................................................49 Figura 27: Circulação......................................................................................................49 Figura 28: Sala de Aula...................................................................................................50 Figura 29: Sala de Atividades..........................................................................................50 Figura 30: Fachada..........................................................................................................51 Figura 31: Detalhes – Fachada........................................................................................51 Figura 32: Detalhes – Fachada........................................................................................52 Figura 33: Área Externa..................................................................................................52 Figura 34: Área Externa..................................................................................................53 Figura 35: Localização da Escola....................................................................................54 Figura 36: Pavimento Térreo..........................................................................................54 Figura 37: Primeiro Pavimento........................................................................................55 Figura 38: Pavimento Térreo – Acessos e Circulação Vertical.......................................55 Figura 39: Primeiro Pavimento – Circulação Vertical....................................................56 Figura 40: Pavimento Térreo – Setorização....................................................................56 Figura 41: Primeiro Pavimento – Setorização.................................................................57 Figura 42: Corte...............................................................................................................57 Figura 43: Comprovante de Comparecimento.................................................................60
Figura 44: Acesso a Associação......................................................................................61 Figura 45: Sala de Informática........................................................................................61 Figura 46: Refeitório.......................................................................................................61 Figura 47: Pátio Descoberto............................................................................................62 Figura 48: Pátio Coberto..................................................................................................62 Figura 49: Rampa de acesso............................................................................................62 Figura 50: Sala socioeducativa........................................................................................63 Figura 51: Sala de Música...............................................................................................63 Figura 52: Sala de Panificação........................................................................................63 Figura 53: Área Administrativa.......................................................................................64 Figura 54: Refeitório dos Funcionários...........................................................................64 Figura 55: Acesso para Área de Serviço.........................................................................64 Figura 56: Auditório........................................................................................................65 Figura 57: Comprovante de Comparecimento.................................................................66 Figura 58: Quadra............................................................................................................67 Figura 59: Sala Administrativa........................................................................................67 Figura 60: Cozinha..........................................................................................................67 Figura 61: Sala de música................................................................................................68 Figura 62: Biblioteca.......................................................................................................68 Figura 63: Horta...............................................................................................................68 Figura 64: Sanitário.........................................................................................................69 Figura 65: Área Externa..................................................................................................69 Figura 66: Sala de Materiais............................................................................................70
Figura 67: Comprovante de Comparecimento.................................................................71 Figura 68: Auditório........................................................................................................72 Figura 69: Hall de Descanso............................................................................................72 Figura 70: Sala de Música...............................................................................................73 Figura 71: Sala Socioeducativa.......................................................................................73 Figura 72: Sala Oficina de Artesanato.............................................................................73 Figura 73: Sala Socioeducativa.......................................................................................74 Figura 74: Biblioteca.......................................................................................................74 Figura 75: Cozinha..........................................................................................................74 Figura 76: Refeitório Crianças e Adolescentes...............................................................75 Figura 77: Jardim – Fundos.............................................................................................75 Figura 78: Comprovante de Comparecimento.................................................................77 Figura 79: Acesso ao Núcleo...........................................................................................77 Figura 80: Secretaria........................................................................................................77 Figura 81: Coordenação...................................................................................................78 Figura 82: Quadra Coberta..............................................................................................78 Figura 83: Oficina de Panificação...................................................................................78 Figura 84: Sala de Informática........................................................................................79 Figura 85: Biblioteca e Sala de Jogos..............................................................................79 Figura 86: Cozinha..........................................................................................................79 Figura 87: Refeitório.......................................................................................................80 Figura 88: Pátio...............................................................................................................80 Figura 89: Localização do Estado de São Paulo no Mapa do Brasil...............................81
Figura 90: Acessos a Mogi das Cruzes............................................................................83 Figura 91: Área de Intervenção.......................................................................................87 Figura 92: Percurso do sol e do vento.............................................................................88 Figura 93: Área de Intervenção.......................................................................................89 Figura 94: Localização das figuras 95 a 101...................................................................89 Figura 95: Avenida Benedito Rodrigues de Souza..........................................................90 Figura 96: Rua Manoel de Freitas Garcia........................................................................90 Figura 97: Rua Benedicto dos Santos..............................................................................90 Figura 98: Rua Dolores de Aquino..................................................................................91 Figura 99: Avenida Benedito Rodrigues de Souza com a Rua Dolores de Aquino........91 Figura 100: Rua Benedicto dos Santos com a Rua Manoel de Freitas Garcia................92 Figura 101: Rua Manoel de Freitas Garcia com a Avenida Benedito Rodrigues de Souza .........................................................................................................................................92 Figura 102: Levantamento – Uso e Ocupação do Solo...................................................93 Figura 103: Levantamento – Cheios e Vazios.................................................................94 Figura 104: Levantamento – Gabarito de Altura.............................................................95 Figura 105: Levantamento – Sistema Viário...................................................................96 Figura 106: Levantamento – Transporte Público............................................................97 Figura 107: Levantamento – Equipamento Urbano........................................................98 Figura 108: Levantamento – Mobiliário Urbano.............................................................99 Figura 109: Levantamento – Risco de Alagamento......................................................100 Figura 110: ZDU-2 / Zona de Dinamização Urbana 2..................................................101 Figura 111: Cimento Queimado....................................................................................104
Figura 112: Vidro/ Esquadria........................................................................................105 Figura 113: Horta...........................................................................................................105 Figura 114: Jardim de Mesas com Árvores...................................................................105 Figura 115: Jardim.........................................................................................................106 Figura 116: Jardim.........................................................................................................106 Figura 117: Jardim.........................................................................................................106 Figura 118: Elemento Vazado.......................................................................................107 Figura 119: Jardim Vertical...........................................................................................107 Figura 120: Pergolado...................................................................................................107 Figura 121: Pintura........................................................................................................108 Figura 122: Grafismo.....................................................................................................108 Figura 123: Organograma..............................................................................................110 Figura 124: Setorização.................................................................................................111 Figura 125: Fluxograma................................................................................................112 Figura 126: Áreas de transferência para bacia sanitária................................................117 Figura 127: Exemplos de transferência para bacia sanitária.........................................117 Fgirua 128: Bacia sanitária – Barras de apoio lateral e de fundo..................................119 Figura 129: Bacia sanitária – Exemplo de barra de apoio lateral com fixação na parede de fundo.........................................................................................................................119 Figura 130: Bacia sanitária com caixa acoplada...........................................................120 Figura 131: Boxe para bacia sanitária - Transferência lateral – Exemplo.....................121 Figura 132: Bancos para vestiários................................................................................122 Figura 133: Bebedouro — Exemplo..............................................................................125
Figura 134: Aproximação de porta frontal – Exemplo..................................................126 Figura 135: Aproximação de porta lateral – Exemplos.................................................126 Figura 136: Portas com revestimento e puxador horizontal – Exemplo........................127 Figura 137: Porta do tipo vaivém – Exemplo................................................................128 Figura 138: Vãos de portas de correr e sanfonadas.......................................................129 Figura 139: Abertura das portas no sentido de saída.....................................................130 Figura 140: Largura para deslocamento em linha reta..................................................131 Figura 141: Área para manobra sem deslocamento.......................................................132 Figura 142: Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento.....................132 Figura 143: Alcance manual frontal – Pessoa sentada..................................................133 Figura 144: Dimensionamento de rampas – Exemplo...................................................135 Figura 145: Inclinação transversal e largura de rampas – Exemplo..............................136 Figura 146: Patamares das rampas – Exemplo..............................................................137 Figura 147: Altura e largura do degrau.........................................................................138 Figura 148: Empunhadura de corrimão – Exemplo.......................................................139 Figura 149: Prolongamento do corrimão – Exemplos...................................................140 Figura 150: Altura dos corrimãos em rampas e escadas – Exemplos...........................140 Figura 151: Superfície de trabalho................................................................................142 Figura 152: Sinalização Horizontal de Vagas...............................................................143
LISTA DE QUADROS Quadro 01: Programa de Necessidades – Estudo 1.........................................................35 Quadro 02: Análise Swot – Estudo 1...............................................................................39 Quadro 03: Programa de Necessidades – Estudo 2.........................................................44 Quadro 04: Análise Swot – Estudo 2...............................................................................48 Quadro 05: Programa de Necessidades – Estudo 3.........................................................53 Quadro 06: Análise Swot – Estudo 3...............................................................................58 Quadro 07: Quadro Síntese – Análise Swot....................................................................58 Quadro 08: Programa Arquitetônico – Associação Missionária Catequista do Sagrado Coração............................................................................................................................60 Quadro 09: Programa Arquitetônico – Centro Educacional Jabuti.................................66 Quadro 10: Programa Arquitetônico - Instituto Amor Misericordioso - Nova União....71 Quadro 11: Programa Arquitetônico – Núcleo Aprendiz do Futuro...............................76 Quadro 12: Zona de Dinamização Urbana....................................................................101 Quadro 13: Programa de Necessidades.........................................................................109 Quadro 14: Agenciamento.............................................................................................110 Quadro 15: Dimensionamento de rampa.......................................................................135 Quadro 16: Vagas em estacionamento..........................................................................144 Quadro 17: Quantificação e Dimensionamento dos Estacionamentos e Acessos.........144
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO............................................................................................................21 2. OBJETIVO..................................................................................................................23 2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................................23 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.............................................................................23 3. JUSTIFICATIVA........................................................................................................24 4. PROBLEMÁTICA......................................................................................................25 5. TEMA..........................................................................................................................26 5.1 DEFINIÇÃO DO TEMA..............................................................................26 5.2 EVOLUÇAO HISTÓRICA...........................................................................28 6. ESTUDOS DE CASO.................................................................................................31 6.1 ESTUDO DE CASO 1 – JAMDS.................................................................31 6.1.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES – JAMDS...........................35 6.2 ESTUDO DE CASO 2 – ESCOLA DO BAIRRO........................................39 6.2.1 PROGRAMAS DE NECESSIDADES – ESCOLA DO BAIRRO..........................................................................................................................44 6.3 ESTUDO DE CASO 3 – ESCOLA MONTESSORIANA WAALSDROP..48 6.3.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES – ESCOLA MONTESSORIANAWAALSDROP..............................................................................53 6.3.2 ANÁLISE SWOT............................................................................58 6.4 TABELA SÍNTESE.......................................................................................58 7. VISITA TÉCNICA......................................................................................................59 7.1 VISITA 1 – ASSOCIAÇÃO MISSIONARIA CATEQUISTA DO SAGRADO CORAÇÃO.................................................................................................59 7.1.2 ANÁLISE CRÍTICA DA VISITA 1...............................................65 7.2 VISITA 2 – CENTRO EDUCACIONAL JABUTI.......................................65 7.2.1 ANÁLISE CRÍTICA DA VISITA 2...............................................70
7.3 VISITA 3 – CENTRO FAMILIAR MARIA MEDIANEI/ INSTITUTO AMOR MISERICORDIOSO - NOVA UNIÃO.............................................................70 7.3.1 ANÁLISE CRÍTICA DA VISITA 3...............................................75 7.4 VISITA 4 – NÚCLEO APRENDIZ DO FUTURO.......................................76 7.4.1 ANÁLISE CRÍTICA DA VISITA 4...............................................80 8. ÁREA DE INTERVENÇÃO.....................................................................................81 8.1 ÁNÁLISE DO TERRENO............................................................................86 8.1.1 TERRENO......................................................................................86 8.1.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO...........................................89 8.2 LEVANTAMENTOS....................................................................................93 8.2.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO....................................................93 8.2.2 CHEIOS E VAZIOS.......................................................................94 8.2.3 GABARITO DE ALTURA............................................................95 8.2.4 SISTEMA VIÁRIO........................................................................96 8.2.5 TRANSPORTE PÚBLICO............................................................97 8.2.6 EQUIPAMENTO URBANO.........................................................98 8.2.7 MOBILIÁRIO URBANO..............................................................99 8.2.8 RISCO DE ALAGAMENTO.......................................................100 8.3 LEGISLAÇÃO............................................................................................101 9. PERFIL DO USUÁRIO............................................................................................103 10. CONCEITO E PARTIDO.......................................................................................104 11. DIRETRIZES E PREMISSAS................................................................................113 11.1 DML...........................................................................................................113 11.2 DEPÓSITO DE MATERIAIS – SALA DE MATERIAIS.......................113 11.3 SALA DE INFORMÁTICA.....................................................................113 11.4 SALA DOS PROFESSORES....................................................................113
11.5 ÁREA DE RECREAÇÃO DESCOBERTA..............................................113 11.6 ÁREA DE SERVIÇO DESCOBERTA.....................................................114 11.7 SALAS DE AULA - SALA PARA OFICINAS.......................................114 11.8 SANITÁRIOS PARA ALUNOS E PROFESSORES...............................115 11.8.1 LOCALIZAÇÃO DAS BARRAS DE APOIO...........................118 11.8.2 ALTURA DE INSTALAÇÃO....................................................120 11.8.3 BOXE PARA BACIA SANITÁRIA ACESSÍVEL....................120 11.9 VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS.........................................................121 11.10 QUADRA POLIESPORTIVA................................................................122 11.11 PÁTIO COBERTO..................................................................................122 11.12 REFEITÓRIO..........................................................................................123 11.13 RECEPÇÃO E SECRETARIA - SALA COORDENAÇÃO..................123 11.14 COZINHA...............................................................................................123 11.15 DESPENSA.............................................................................................124 11.16 CORREDORES.......................................................................................124 11.17 BEBEDOURO.........................................................................................124 11.18 PORTAS..................................................................................................125 11.19 LARGURA DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA....................................129 11.19.1 LARGURAS MÍNIMAS A SEREM ADOTADAS.................130 11.20 DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS.......................130 11.21 DE ACORDO COM A NBR 9050:.........................................................131 11.21.1 ÁREA DE CIRCULAÇÃO......................................................131 11.21.2 ÁREA PARA MANOBRA DE CADEIRAS DE RODAS SEM DESLOCAMENTO...........................................................................................131
11.21.3 MANOBRA DE CADEIRAS DE RODAS COM DESLOCAMENTO...........................................................................................132 11.21.4 ÁREA DE TRANSFERÊNCIA................................................133 11.21.5 RAMPAS..................................................................................134 11.21.5.1 PATAMARES DAS RAMPAS.................................136 11.21.6
DEGRAUS
E
ESCADAS
FIXAS
EM
ROTAS
ACESSÍVEIS.....................................................................................................137 11.21.6.1
DIMENSIONAMENTO
DE
DEGRAUS
ISOLADOS............................................................................................138 11.21.7 CORRIMÃOS E GUARDA-CORPOS....................................138 11.21.7.1 CORRIMÃOS............................................................139 11.21.8 CIRCULAÇÃO INTERNA......................................................141 11.21.9 CIRCULAÇÃO EXTERNA.....................................................141 11.21.10 SUPERFÍCIE DE TRABALHO.............................................142 11.21.11 VAGAS PARA VEÍCULOS..................................................142 11.22 HORTA...................................................................................................145 12. ESTUDOS PRELIMINARES.....................................................................145 13 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................148 14 REFERENCIAS......................................................................................................149
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1. INTRODUÇÃO Um Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) é um espaço de convivência, que tem por objetivo atender os usuários a partir dos interesses e potencialidades de cada faixa etária. As intervenções são realizadas a partir de situações lúdicas, culturais e esportivas com a finalidade de integrar, socializar e obter proteção social. Devem atender com prioridade crianças e adolescentes que tenham vínculos familiares fragilizados, estejam em situação de trabalho infantil, sejam portadores de deficiência, famílias beneficiárias de Programas de Transferência de Renda (Bolsa Família, Renda Mínima, Renda Cidadão, Programa Ação Jovem e etc.) ou em situação de risco e vulnerabilidade social. Geralmente, a implantação de um CCA se dá em virtude da necessidade da população que reside no local, tendo como parâmetro famílias cadastradas em programas de transferência de renda, renda por domicílio entre outros dados registrados pelo CRAS. De acordo com o ECA, Art. 4º:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária
(p.19).
A partir dessa necessidade e da mobilização da comunidade, é escolhida uma Organização Não Governamental sem Fins Lucrativos, que possua um projeto que atenda essa demanda. O objetivo principal de um CCA é a assistência às crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, proporcionando-lhes acesso a educação, cultura, esporte, lazer, artesanato e iniciação profissional no contra turno da escola, tirando essas crianças das ruas, oferecendo segurança, auxiliando as famílias no cuidado dos indivíduos e abrindo um leque de novas oportunidades e possibilidades. O projeto tem por foco principal criar espaços amplos e acolhedores que despertem o interesse dos jovens e das crianças nas atividades propostas e que faça com que eles queiram ficar e se sintam bem e acolhidos no local para aprender um pouco mais a cada dia, principalmente no que se refere à preservação e manutenção de laços afetivos, fortalecimento de vínculos, autonomia, projetos de vida e protagonismo e, tendo em vista o que prevê o ECA em seu Art. 7º, que diz “A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que
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permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”. (p.20). O local escolhido para a implantação desse serviço foi o distrito de Jundiapeba, localizado no município de Mogi das Cruzes, essa escolha se deu por tratar-se de ser um distrito bastante populoso e com déficit de serviços especializados no atendimento às famílias carentes e, principalmente às crianças e adolescentes residentes no local que, podem vir a sofrer com situações de risco e vulnerabilidade social, tendo, muitas vezes, seu direito violado. Lima (1995) afirma que não há muitos espaços urbanos para que as crianças se desenvolvam e possam aprender a partir da vivência coletiva, da solidariedade e das regras sociais e esse desenvolvimento e aprendizado não se dão a partir do ensino formal, mas das experiências cotidianas, através dos processos lúdicos, das brincadeiras. Em decorrência dessa demanda, se faz necessário a construção de espaços em que as crianças e adolescentes possam ser assistidas, objetivando a redução de situações de vulnerabilidade, prevenção de riscos sociais, bem como a melhoria da qualidade de vida dos usuários e suas famílias e o aumento de acesso aos serviços da rede sociassistencial. (Tipificação Nacional de Serviços Sócioassistenciais, 2014).
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2. OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL Criar um espaço que contribua para a prevenção da ocorrência de situações de risco e vulnerabilidade, estimule o fortalecimento de vínculos, as trocas culturais e de vivências, o desenvolvimento de capacidades e potencialidades e que incentive a socialização e a convivência comunitária.
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Constituir um espaço que proporcione aos seus usuários e às suas famílias um local de acolhimento, contribuindo para a construção de conhecimentos, pautados em valores éticos e culturais que pensem no desenvolvimento integral das crianças e adolescentes, prevenindo a segregação e o isolamento. Entender a importância destes espaços para sociedade e identificar o público alvo e suas necessidades Projetar ambientes amplos, que receberão iluminação natural, aconchegantes, lúdicos, bem ventilados e acessíveis, onde os usuários se sintam acolhidos e seguros, proporcionando bem estar e facilitando a troca de experiências e aquisição de novos conhecimentos, propiciando vivências que viabilizem o desenvolvimento da autonomia e protagonismo social dos indivíduos.
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3. JUSTIFICATIVA A criação da Entidade Filantrópica para crianças e adolescentes de baixa renda foi escolhida pensando nas crianças e jovens que, muitas vezes, tem o seu direito violado (que estejam em situação de trabalho infantil, vulnerabilidade ou de risco). Nas famílias, que por vezes, não possuem condições de permanecer com os filhos ou que não podem contar com um adulto de confiança no período do contra turno da escola, pois trabalham fora e precisam garantir o sustento da família e não possuem recursos para contratar um profissional para auxiliar no cuidado com a casa e, principalmente com as crianças, que são os indivíduos mais vulneráveis do sistema familiar. De acordo com os dados do Visor de Informações para o Sistema Único de Assistência Social da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Mogi das Cruzes, a partir de dados relacionados ao CENSO/IBGE, no que se refere ao distrito de Jundiapeba, é possível saber que:
2.250 famílias do distrito vivem com ¼ a ½ salário mínimo por domicílio;
4.494 crianças foram alfabetizadas com idades entre 5 a 12 anos;
20.224 moradores têm entre 18 a 59 anos;
Em setembro de 2018, 18.370 pessoas eram cadastradas no programa CadUnico;
4.406 famílias vivem com R$85,00 por mês;
Em 2016, 1.934 mulheres viviam sozinhas com crianças/adolescentes e uma renda per capita de até R$82,00;
Em setembro de 2018, 4.235 famílias eram beneficiárias do Programa Bolsa Família;
Em março do ano 2018, 245 famílias eram beneficiárias do Programa Renda Cidadã;
Em 2017 foram atendidos pelo CRAS 105 casos de violações de direitos no distrito: 6 casos de abandono, 23 casos de negligência, 7 casos de situação de rua/ mendicância, 2 casos de trabalho infantil, 31 casos de violência física, 28 casos de violência psicológica e 8 casos de abuso sexual.
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4. PROBLEMÁTICA Como tirar crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social das ruas dando a elas uma nova chance? Como trazer os jovens que vivem em situação de trabalho e risco para a entidade sendo que a realidade financeira deles muitas vezes exige que eles comecem a trabalhar cedo para complementar à renda e outras vezes são aliciados para entrar no mundo das drogas e do roubo? A área em que o Centro será implantado está em uma cota mais baixa que o seu entorno, fazendo com que o local seja propício a alagamento. Como evitar as enchentes?
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5. TEMA O Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças e adolescentes é um espaço pensado e projetado para atender a crianças e adolescentes que vivem em situações de risco social e vulnerabilidade. Trata-se de um espaço para convivência, desenvolvimento de autonomia e protagonismo e da cidadania. Auxilia no aprendizado para a formação de jovens mais participativos e atuantes na sociedade. Tem por finalidade garantir o desenvolvimento pessoal, de habilidades e a socialização de crianças e adolescentes criando ambientes prazerosos que deem a oportunidade dos mesmos estarem em contato com atividades extracurriculares que despertem o interesse dos jovens em permanecer no ambiente e os tirem da situação de vulnerabilidade em que eles se encontram.
5.1 DEFINIÇÃO DO TEMA De modo geral, um edifício institucional é um espaço implantado no intuito de atender às demandas da população (desenvolvimento de pessoas, preparação para a cidadania e qualificação para o trabalho). Tendo isso em vista, define-se que estes espaços caracterizam-se por seus grandes fluxos de visitantes e que ofertam de ampla infraestrutura, relacionados a um interesse central. Um edifício destinado ao uso escolar insere-se nesta tipologia e, segundo Ornstein e Neto (1993, pg. 7) possuem grande repercussão social devido a um histórico de padronizações, formulações de diretrizes de projeto e da fiscalização de obras desta natureza. Ao formularem um procedimento para levantamento de campos e análises, contemplando informações iniciais sobre usuários representativos (alunos, professores e funcionários), configuração espacial e funcionalidade, os autores definem junto à F.D.E – Fundação Para o Desenvolvimento da Educação, os setores que compõem o programa arquitetônico das escolas: Pedagógico – inclui os ambientes destinados às aulas comuns e práticas. Administrativo/Direção – inclui os ambientes – secretaria, almoxarifado, sala do diretor, sala do coordenador/orientador e sala dos professores.
27 Vivência – inclui os ambientes – galpão, distribuição de merenda, cozinha, despensa da cozinha, centro cívico, assistência ao escolar, uso múltiplo, cantina, despensa da cantina, depósito – educação física e vestiário dos alunos. Serviços Gerais – inclui os ambientes – sanitários da administração, dos alunos, sanitários e vestiários de funcionários, depósito de material de limpeza e zeladoria. (ORNSTEIN; NETO, 1993, p. 15)
De acordo com a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2014), no que se refere ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, são especificadas as seguintes atribuições para cada faixa etária: DESCRIÇÃO ESPECÍFICA DO SERVIÇO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 6 A 15 ANOS: Tem por foco a constituição de espaço de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvimento do protagonismo e da autonomia das crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa faixa etária. As intervenções devem ser pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Inclui crianças e adolescentes com deficiência, retirados do trabalho infantil ou submetidos a outras violações, cujas atividades contribuem para re-significar vivências de isolamento e de violação de direitos, bem como propiciar experiências favorecedoras do desenvolvimento de sociabilidades e na prevenção de situações de risco social. DESCRIÇÃO ESPECÍFICA DO SERVIÇO PARA ADOLESCENTES E JOVENS DE 15 A 17 ANOS: Tem por foco o fortalecimento da convivência familiar e comunitária e contribui para o retorno ou permanência dos adolescentes e jovens na escola, por meio do desenvolvimento de atividades que estimulem a convivência social, a participação cidadã e uma formação geral para o mundo do trabalho. As atividades devem abordar as questões relevantes sobre a juventude, contribuindo para a construção de novos conhecimentos e formação de atitudes e valores que reflitam no desenvolvimento integral do jovem. As atividades também devem desenvolver habilidades gerais, tais como a capacidade comunicativa e a inclusão digital de modo a orientar o jovem para a escolha profissional, bem como realizar ações com foco na convivência social por meio da arte-cultura e esporte-lazer. As intervenções devem valorizar a pluralidade e a singularidade da condição juvenil e suas formas particulares de sociabilidade; sensibilizar para os desafios da realidade social, cultural, ambiental e política de seu meio social; criar oportunidades de acesso a direitos; estimular práticas associativas e as
28 diferentes formas de expressão dos interesses, posicionamentos e visões de mundo de jovens no espaço público.
Segundo o Royal Institute of British Architects (RIBA, 2016), a arquitetura escolar está diretamente relacionada à qualidade de ensino, uma vez que foi estimado no relatório “Better spaces for learning” um impacto positivo que incrementa em até 15% a produtividade do ensino e o aprendizado quando os espaços são melhores projetados. Portanto, a partir deste fundamento é compreendida a importância do projeto das escolas e define-se o pensamento inicial na hora de começarmos a esboçar os ambientes. Ao afirmar que o ambiente escolar pode influenciar a forma como as pessoas trabalham e aprendem dentro dele, Kowaltowski (2011) dá continuidade a este pensamento e também define que o projeto arquitetônico deve dialogar diretamente com o projeto pedagógico da escola. A autora também afirma a importância de pensar na comunidade ao qual o espaço irá atender, favorecendo a acessibilidade, a comunicação, as atividades e refletindo o clima social que o ambiente representa. O estímulo no processo de aprendizagem, promovido por um ambiente bem pensado e dimensionado, também é destacado por profissionais da área da educação:
Nessa escolha pesam fatores de ordem prática, como a distância, a amplitude e as condições do espaço físico, a segurança oferecida, pois o aluno deve dispor de conforto para que nada interfira na sua disposição de aprender. Além disso, espera-se que o ambiente seja estimulante, pois ele é um dos muitos meios que a escola deve recorrer para promover o desenvolvimento da atenção e explorar a curiosidade. (ARENA, 2003:10)
Para Lima (1995), um espaço de uso coletivo, quando projetados para crianças – com brinquedos – tendem a estimular a imaginação e a descoberta do mundo de maneira lúdica.
5.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), Art. 2º “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade” (p.18). A noção de direitos das crianças e adolescentes não existia até a Constituição Cidadã de 1988 e o surgimento do Estatuo da Criança e do Adolescente em 1990. Foi a partir
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dessas leis, que as crianças e adolescentes foram reconhecidos como cidadãos de direito, podendo gozar de um conjunto de direitos civis, sociais, econômicos e culturais de promoção e proteção (PEREZ E PASSONE, 2010). A definição de Direito, de acordo com o dicionário Priberam, é o “Conjunto de normas e princípios legais que regulam as relações dos indivíduos em sociedade”. De acordo com Rizzini e Pilotti (2009), surgem no Brasil, no século XX, os reformatórios e as casas de correção para crianças e adolescentes, que tinham a ideia de reeducação em detrimento à punição, para crianças e jovens que eram considerados indesejados para a sociedade. O processo de solicitação dos direitos das crianças e adolescentes, por parte dos movimentos sociais, conseguiu inscrever na Constituição Cidadã, a prioridade para esses indivíduos, protegendo-os de qualquer forma de abuso. Em 1990, com o surgimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990), essa defesa foi reafirmada, considerando o atendimento às crianças e adolescentes como parte integrante das políticas sociais (RIZZINI e PILOTTI, 2009). A partir da Resolução Nº 109 de 2009 surgiram os equipamentos que compreendem os Serviços de Proteção da Assistência Social, tais como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que é a porta de entrada para a Rede Socioassistencial e é responsável por executar os programas e projetos sociais desenvolvidos pelos Governos Federal, Estadual e Municipal. Instalado prioritariamente em áreas de maior vulnerabilidade, o CRAS é um local público de base territorial. Seu objetivo é prevenir a ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social nos territórios onde estão instalados, por meio do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, além da ampliação e garantia do acesso aos direitos de cidadania. É considerado um serviço de caráter preventivo. (BRASIL, 2014). E, foi a partir da mesma Resolução, que surgiram os centros de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças e adolescentes, que, junto com os demais equipamentos e serviços da rede socioassistencial, garantem o acesso às politicas públicas e de proteção integral às famílias (BRASIL, 2014). Segundo Nazario (2010, p. 121 apud RIZZINI e PILOTTI, 2009), já no século XXI, ainda que as crianças e adolescentes tenham seus direitos reconhecidos, não há garantias de que esses direitos estejam sendo traduzidos em práticas sociais de atendimento integral à esses indivíduos, tendo em vista que uma história de negligência não se anula com a publicação de uma Lei. No entanto, é capaz de fornecer subsídios para a
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mudança, o que justifica a persistência na luta pela implantação e implementação de políticas sociais que consigam retirar as crianças e os adolescentes de situações de vulnerabilidade e risco social, violência – incluindo a violência emocional, trabalho infantil, entre outras situações degradantes.
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6. ESTUDOS DE CASO 6.1 ESTUDO DE CASO 1 – JAMDS FICHA TÉCNICA
Nome: Projeto Social – JAMDS (Jurema Amor nas Mãos para Surdos e Deficientes). Arquitetura: João Duayer e Thiago Tavares Localização: Rio de Janeiro, Brasil Ano do projeto: 2016 Obra: Equipe Caldeirão Área: 1.430 m²
Conforme VADA (2018) o Projeto Social JAMDS (Jurema Amor nas Mãos para Surdos e Deficientes) já acontecia dentro da casa de Jurema, no bairro Paciência, subúrbio do Rio de Janeiro. Ela recebia 50 crianças e adolescentes com deficiência e ensinava Libras – Língua Brasileira de Sinais, aula de dança, jiu-jitsu, entre outras atividades. Foi com a doação de um terreno baldio (figura 23) que foi possível melhorar as condições e hoje se tornou um centro de referencia na região.
Figura 01: Terreno Baldio Doado para a Implantação do JAMDS
Fonte: Tavares Duayer – Projeto JAMDS, 2016.
Foram criados módulos com contêineres adaptados a necessidade do espaço. A locação deles cria um eixo de circulação que deixa o espaço fluido e ventilado. A cobertura central feita por um telhado de fibrocimento protege da chuva e do sol (VADA 2018).
32 Figura 02: Salas JAMDS
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018.
Um padrão geométrico colorido junto com o piso de madeira e a cobertura branca garante a unidade dos blocos. O terreno grande permitiu que fosse implantado além do programa básico, quadra de futebol, parquinho e horta na área externa (VADA 2018).
Figura 03: Circulação
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018.
Foi plantado grama por todo o terreno para amenizar o calor e permitir maior permeabilidade do solo. Foi um projeto de baixo impacto ambiental e baixa geração de
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lixo. Foram instalados painéis fotovoltaicos, produzindo cerca de 70% do consumo de eletricidade (VADA 2018).
Figura 04: Sala de Atividade
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018.
Figura 05: Sala de Dança
Fonte: Tavares Duayer – Projeto JAMDS, 2016.
34 Figura 06: Horta
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018.
Figura 07: Acesso Principal
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018.
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6.1.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES - JAMDS Quadro 1: Programa de Necessidades – Estudo 1 PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR
AMBIENTE
Sala de Aula ACADÊMICO Sala de Informática Auditório (Salão de Dança/ Jiu-Jitsu) Horta CONVIVÊNCIA Playground Campo de Futebol Diretoria ADMINISTRATIVO Sala da Psicóloga Cozinha/ Refeitório SERVIÇO Sanitário Depósito/Sanitário
QUANTIDADE 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
MOBILIÁRIO Lousa, Mesas com Cadeiras e Estante Mesas com Computadores, Cadeiras e Armário Brinquedos de Madeira Mesa com Cadeiras e Armário Mesa com Cadeiras e Armário Pia, Geladeira, Fogão e Armário/ Mesa com Cadeira Pia, Vaso e Chuveiro - / Pia, Vaso e Chuveiro
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 08: Planta Baixa
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018.
36 Figura 09: Planta dos Ambientes com Layout
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018.
Figura 10: Circulação, Acessos e Ambientes.
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018, adaptada pelo autor.
37 Figura 11: Setorização.
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018, adaptada pelo autor.
Figura 12: Estudo de Volumetria
Fonte: Autoria Própria, 2019.
38 Figura 13: Volumetria – Em Planta.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 14: Estudo de Massa
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 15: Corte
Fonte: Archdaily – JAMDS Projeto Social, 2018.
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6.1.2 ANÁLISE SWOT Quadro 2: Análise Swot – Estudo 1
ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS
ASPECTOS NEGATIVOS
Iluminação Ventilação Circulação/ Acessibilidade
Refeitório Pequeno Cozinha Pequena Explorar mais o Paisagismo
ASPECTOS AMEAÇAS
ASPECTOS OPORTUNIDADES
Quadra Descoberta Pouco Espaço Externo Coberto Isolamento Térmico e Acústico
Estacionamento Funcionário/ Visitante Vaga Abastecimento Bicicletário
Fonte: Autoria Própria
6.2 ESTUDO DE CASO 2 – ESCOLA DO BAIRRO
Arquitetos: Agrau Arquitetura Localização: Vila Mariana - São Paulo, Brasil Equipe: Gabriel Grinspum, Isabel Sperry, Tomas Faria, Gisela Porto, Carlos Arellano Início do projeto: 2016 Conclusão da obra: 2017 Área do terreno: 500 m² Área construída: 340 m² Materiais predominantes: Aço / Concreto / Vidro
Figura 16: Fachada Frontal
Fonte: Veja SP – Escola do Bairro, 2016.
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A Escola do Bairro é uma instituição que foi instalada no Bairro Vila Mariana e tinha como objetivo educar as crianças com experiências vividas dentro e fora das salas de aula. Para conseguir colocar isso em prática o escritório de arquitetura requalificou um antigo casarão: por um ato de respeito e valorização do que já existia ali e construiu um pavilhão anexo: para estimular o contato das crianças com o exterior utilizando elementos vazados, transparências, além de varandas e pátios cobertos e descobertos. O casarão, que era um sobrado precisou passar por adaptações como a construção de novas salas e sanitários, mas principalmente em sua estrutura para o seu novo uso como um edifício educacional. A fachada foi restaurada. Beirais, esquadrias, telhado de tijolos e sacada proporcionam as crianças um espaço em que elas se sintam confortáveis, na sua “segunda casa” (VADA, 2018; MATAZUKI, s.d.; WAJSKOP, 2016). Fazendo analise das plantas originais foi possível sabendo onde estavam as primeiras portas, janelas e paredes. Portas e janelas não mudaram de lugar, mas foram ampliadas para manter o contato dos alunos com o ambiente externo. Por conta disso, paredes e fechamentos foram dispensados, exceto quando realmente necessários, como na divisão das salas de atividades, áreas administrativas e áreas técnicas da escola. Quando em algum momento foi necessário demolir alguma parede, o arquiteto buscou manter rastro da sua existência, por exemplo, diferenciando o tipo de piso ou teto (VADA, 2018; MATAZUKI, s.d.; WAJSKOP, 2016). Por conta do clima tropical, quente e úmido foi necessário que buscassem referências na arquitetura brasileira rural, com seus elementos vazados, janelas amplas, portas de correr e varandas que criam uma transição entre o interior e o exterior, dessa maneira, a pouca natureza presente em um pequeno lote urbano do bairro pode ser vivenciada. Os espaços de convivência, de brincadeiras e de trabalho acontecem contornados por materiais que permitem integrar o aberto e o fechado, o dentro e o fora. Dessa maneira, foram pensadas bancadas molhadas com tanques em todos os espaços internos, assim as crianças podem ler pintar e desenhar nos espaços externos (VADA, 2018; MATAZUKI, s.d.; WAJSKOP, 2016).
41 Figura 17: Sala de Leitura e Estudos
Fonte: Archdaily – Escola do Bairro, 2018.
Conforme Matazuki (s.d.) um pequeno volume ao casarão foi preservado para abrigar as áreas molhadas: é uma torre cinza que brinca com aberturas geométricas de variados tamanhos, contrastando com a arquitetura clássica do casarão existente. Junto a esse volume surge uma marquise que se estende para o interior do lote, organizando os fluxos e definindo os espaços vazios. Para complementar o programa da escola, um pavilhão segue anexado aos outros elementos construtivos. No térreo, portas de correr de vidro reforçam a ideia de integração do projeto (VADA, 2018; MATAZUKI, s.d.; WAJSKOP, 2016). Os arquitetos protegeram o conjunto anexo com duas coberturas metálicas que determinam os espaços vazios cobertos. Como todas as edificações que compõem a Escola do Bairro alinham-se numa das margens do terreno, a outra parcela ocupa um extenso corredor. Com boa parte ao ar livre, esse espaço também ganha uma área coberta em função das estruturas do telhado (VADA, 2018; MATAZUKI, s.d.; WAJSKOP, 2016). O bairro foi escolhido pois faz parte da memoria afetiva da diretora já que a sua avó morou durante anos em um endereço que fica a aproximadamente 700 metros da escola. Também foi escolhido por sua área externa, por suas árvores e porque preserva na edificação existente que foi restaurada, a história das residências paulistanas dos anos 1940 e 1950. Ela acredita que a edificação faz parte da história então deve ser respeitada (VADA, 2018; MATAZUKI, s.d.; WAJSKOP, 2016).
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A escola está implantada em um terreno com o entorno tombado pelo patrimônio histórico (VADA, 2018; MATAZUKI, s.d.; WAJSKOP, 2016).
Figura 18: Sala de Aula
Fonte: Veja SP – Escola do Bairro, 2016.
Figura 19: Vista do Corredor e do Jardim
Fonte: Archdaily – Escola do Bairro, 2018.
43 Figura 20: Varanda
Fonte: Archdaily – Escola do Bairro, 2018.
Figura 21: Vista Térreo e Sala de Leitura
Fonte: Archdaily – Escola do Bairro, 2018.
44 Figura 22: Vista Sala Multiuso e Sala de Aula
Fonte: Archdaily – Escola do Bairro, 2018.
6.2.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES – ESCOLA DO BAIRRO
Quadro 3: Programa de Necessidades – Estudo 2 PROGRAMA DE NECESSIDADES SETOR
AMBIENTE
Sala Comum Sala Multiuso ACADÊMICO Sala para Leitura e Estudos Sanitário Refeitório Terraço Coberto CONVIVÊNCIA Terraço Descoberto Pátio Coberto Pátio Descoberto Recepção/ Secretaria ADMINISTRATIVO Direção/ Coordenação/ Sala dos Professores Sanitário Cozinha SERVIÇO Área de Serviço e Vestiário
QUANTIDADE
MOBILIÁRIO
4 2 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Mesas, Cadeira e Armário Mesas e Cadeiras Mesas e Cadeiras Pia e Bacia Sanitária Mesas e Cadeiras Bebedouro Briquedos e Bebedouro Mesa, Cadeira, Computador e Armário Mesa, Cadeira, Computador e Armário Pia e Bacia Sanitária Pia, Geladeira, Fogão e Armário Pia, Bacia Sanitária e Chuveiro
Fonte: Autoria Própria, 2019.
45 Figura 23: Planta do Pavimento Térreo, Primeiro Pavimento e Corte – Escola do Bairro.
Fonte: Archdaily – Escola do Bairro, 2018, adaptado pelo autor.
46 Figura 24: Planta - Acesso e Circulação
Fonte: Archdaily – Escola do Bairro, 2018, adaptado pelo autor.
47 Figura 25: Planta - Acesso e Circulação
Fonte: Archdaily – Escola do Bairro, 2018, adaptado pelo autor.
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6.2.2 ANÁLISE SWOT Quadro 4: Análise Swot – Estudo 2 ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS
ASPECTOS NEGATIVOS
Iluminação Natural Integração com o meio Restauro do Prédio Existente
Acesso único inclusive para abastecimento Pouca Área Externa Coberta Má Setorização
ASPECTOS AMEAÇAS
ASPECTOS OPORTUNIDADES
Circulação Vertical apenas por Elevador e Escada Sanitário do Terraço não possui janela Explorar o Paisagismo
Estacionamento para Funcionário Faixa de Desaceleração Vaga Temporária para embarque e desembarque
Fonte: Autoria Própria, 2019.
6.3 ESTUDO DE CASO 3 – ESCOLA MONTESSORIANA WAALSDORP
Nome: Escola Montessoriana Waalsdorp Arquitetura: Escritório De Zwarte Hond Localização: Haia, Holanda do Sul Ano do projeto: 2014 Obra: Bouwonderneming Stout B.V. Área: 2.480 m²
Conforme Pedrotti (2015), a Escola Montessoriana Wallsdorp esta localizada em um terreno triangular com mais duas escolas e uma creche. A escola conversa com o entorno de ruas estreiras e casas de tijolos de 1930. Sua fachada é construída com tijolos de proporções inusitadas que lembram o Material Dourado criado por Maria Montesori. As esquadrias são em aluminio anodizado, isto é, mais resistente à corrosão, ao calor e ao desgaste. A escola Montessoriana tem uma disposição arquitetonica diferente. As crianças são separadas por faixa etária, se dividindo em três unidades educacionais que contem suas próprias salas de aula e entradas (PEDROTTI, 2015). O grupo educacional de crianças mais novas fica no pavimento térreo, que também está localizada a área administrativa, as salas multiuso e a área comum, outro grupo de crianças de idade mediana e o grupo de crianças mais velhas estão localizados no primeiro pavimento, separados pela quadra de esportes (PEDROTTI, 2015).
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As áreas de circulação são como uma extensão da sala de aula, onde as criaças podem brincar e estudar nesse espaço que também é de convivência (PEDROTTI, 2015). Figura 26: Circulação
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015. Figura 27: Circulação
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015.
50 Figura 28: Sala de Aula
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015.
De acordo com Pedrotti (2015) as salas de aula, com pé direito de 3,40m, possuem um layout diferente, com mobiliários alternativos que motive a criança a buscar novos conhecimentos e a conviver com outras crianças. A escola também possui um ambiente onde são inseridas prateleiras, pia, tanque de lavar, vassouras e demais utensílios domésticos no tamanho das crianças que tem por objetivo trabalhar os movimentos, a coordenação motora e ensinar as atividades do dia a dia. Painéis de madeira foram projetados para incorporar estantes de livros, ganchos para pendurar casacos, estações de trabalho permanentes e armários.
Figura 29: Sala de Atividades
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015.
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As escolas montessorianas se desenvolvem a partir de um espaço central comum, formando uma área que liga todos os espaços do edifício. Na Waalsdorp este espaço central é o hall do pavimento térreo e a quadra no segundo pavimento (PEDROTTI, 2015). Foi instalado duto de ventilação de grande escala nos recessos entre salas de aula e a circulação, proporcionando ao edifício ar fresco de qualidade (PEDROTTI, 2015).
Figura 30: Fachada
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015.
Figura 31: Detalhes – Fachada
Fonte: Eh Smith – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2016.
52 Figura 32: Detalhes – Fachada
Fonte: Eh Smith – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2016. Figura 33: Área Externa
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015.
53 Figura 34: Área Externa
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015.
6.3.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES – ESCOLA MONTESSORIANA WAALSDROP
Quadro 5: Programa de Necessidades – Estudo 3
SETOR
PROGRAMA DE NECESSIDADES AMBIENTE QUANTIDADE
Sala Multiuso ACADÊMICO Sala de Aula Sanitário Refeitório CONVIVÊNCIA Quadra Vestiário Recepção/ Hall de Entrada ADMINISTRATIVO Administração Sanitário SERVIÇO Cozinha
3 12 7 1 1 2 1 1 1 1
Fonte: Autoria Própria, 2019.
MOBILIÁRIO
Bancada, Mesa, Cadeira e Prateleira Bacia Sanitária e Pia Mesas e Cadeiras Bacia Sanitária, Pia, Chuveiro, Banco e Armário Mesa e Bancada Mesas, Cadeiras e Computador Bacia Sanitária e Pia Pia, Fogão, Geladeira e Armário
54 Figura 35: Localização da Escola
Fonte: Google Maps – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2019
Figura 36: Pavimento Térreo
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015, adaptado pelo autor.
55 Figura 37: Primeiro Pavimento
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015, adaptado pelo autor.
Figura 38: Pavimento Térreo – Acessos e Circulação Vertical
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015, adaptado pelo autor.
56 Figura 39: Primeiro Pavimento – Circulação Vertical
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015, adaptado pelo autor.
Figura 40: Pavimento Térreo – Setorização
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015, adaptado pelo autor.
57 Figura 41: Primeiro Pavimento – Setorização
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015, adaptado pelo autor.
Figura 42: Corte
Fonte: ArchDaily – Escola Montessoriana Waalsdorp, 2015.
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6.3.2 ANÁLISE SWOT Quadro 6: Análise Swot – Estudo 3
ANÁLISE DE SWOT ASPECTOS POSITIVOS Espaço Amplo Transparência entre os ambientes Integração com o meio ASPECTOS AMEAÇAS Acessibilidade - Não Possui Rampa Ventilação Forçada nos corredores
ASPECTOS NEGATIVOS É utilizado dutos de ventilação ASPECTOS OPORTUNIDADES Estacionamento para Funcionário
Fonte: Autoria Própria, 2019.
6.4 TABELA SÍNTESE Tabela Síntese das Análises Swot feita nos três estudos de caso.
Quadro 7: Quadro Síntese – Análise Swot.
TABELA SÍNTESE DA ANÁLISE DE SWOT PROJETOS
PONTOS POSITIVOS
PONTOS NEGATIVOS
ASPECTOS AMEAÇAS
Iluminação
Refeitório Pequeno
Quadra Descoberta
Pouco Espaço Externo Coberto Isolamento Térmico e Circulação/ Acessibilidade Explorar mais o Paisagismo Acústico Acesso único inclusive para Circulação Vertical apenas Iluminação Natural abastecimento por Elevador e Escada PROJETO Sanitário do Terraço não ESCOLA DO Integração com o meio Pouca Área Externa Coberta possui janela BAIRRO Restauro do Prédio Má Setorização Explorar o Paisagismo Existente Acessibilidade - Não Possui PROJETO Espaço Amplo Rampa ESCOLA É utilizado dutos de Transparência entre os ventilação Ventilação Forçada nos MONTESSORIANA ambientes corredores WAALSDORP Integração com o meio Pouco Espaço Externo Iluminação Refeitório Pequeno Coberto Acesso único inclusive para Circulação Vertical apenas Ventilação abastecimento por Elevador e Escada
PROJETO - JAMDS
Ventilação
Cozinha Pequena
SÍNTESE
Circulação/ Acessibilidade Pouca Área Externa Coberta Integração com o meio
Má Setorização
Fonte: Autoria Própria, 2019.
ASPECTOS OPORTUNIDADES Estacionamento Funcionário/ Visitante Vaga Carga/ Descarga Bicicletário Estacionamento para Funcionário Faixa de Desaceleração Vaga para Criança Entrar/Sair do Carro Estacionamento para Funcionário Vaga Temporária para embarque e desembarque Vaga para Abastecimento
Explorar o Paisagismo
Estacionamento para Funcionário
Ventilação Forçada nos corredores
Bicicletário
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7. VISITA TÉCNICA 7.1 VISITA 1 - ASSOCIAÇÃO MISSIONÁRIA CATEQUISTA DO SAGRADO CORAÇÃO. A visita foi realizada no dia 06/03/2019 com o acompanhamento da Irmã Tereza, uma das seis irmãs que trabalham, mantém e coordenam o local. A associação está localizada na Rua Francisco Martins no bairro do Socorro no município de Mogi das Cruzes onde atende 110 crianças e adolescentes com idades entre 6 e 15 anos que residem no mesmo bairro e por vezes em bairros vizinhos como o Conjunto Toyama. A associação funciona somente no turno matutino com entrada as 07h00min e saída as 12h00min de segunda a sexta feira oferecendo café da manhã e almoço. As crianças são divididas entre seis oficinas, são elas: panificação, música, dança, arte, estética e informática. É possível que cada indivíduo escolha até três opções que são alternadas durante a semana. A intenção é fazer com que cada um permaneça no mínimo seis meses em cada oficina para que consiga vivenciar cada atividade e saber se realmente gostou ou não podendo trocar de oficina ou dar continuidade na mesma para desenvolver sua aptidão. O local é propriedade das Irmãs Ursulinas desde 1979 tendo também uma creche e um centro de acolhimento para mulheres. É amplo e vem sendo adaptado conforme as necessidades. Recentemente passou por uma reforma para atender a NBR 9050, foi feita a construção de rampas de acesso na área externa. Os acessos acontecem por rampas, escadas e elevadores. Futuramente as irmãs tem a intenção de construir uma quadra coberta e fechada por alambrado em uma área que fica no pátio e hoje em dia está sem uso.
60 Quadro 8: Programa Arquitetônico – Associação Missionária Catequista do Sagrado Coração
PROGRAMA ARQUITETÔNICO AMBIENTES Sala Socioeducativa Cozinha para Oficina de Panificação Sala para Oficina de Informática Sala para Oficina de Música Cozinha Refeitório Crianças/Adolescentes Refeitório Funcionários Pátio Coberto Pátio Descoberto Sanitário Crianças/Adolescentes Sanitário Funcionários Sala Administrativa
QUANTIDADE 3 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 2
Fonte: Autoria Própria
Figura 43: Comprovante de Comparecimento
Fonte: Thiago Mazzaro, 2019.
61 Figura 44: Acesso a Associação
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 45: Sala de Informática
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 46: Refeitório
Fonte: Autoria Própria, 2019.
62 Figura 47: Pรกtio Descoberto
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 48: Pรกtio Coberto
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 49: Rampa de acesso
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
63 Figura 50: Sala socioeducativa
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 51: Sala de Música
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 52: Sala de Panificação
Fonte: Autoria Própria, 2019.
64 Figura 53: Área Administrativa
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 54: Refeitório dos Funcionários
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 55: Acesso para Área de Serviço
Fonte: Autoria Própria, 2019.
65 Figura 56: Auditório
Fonte: Autoria Própria, 2019.
7.1.1 ANÁLISE CRÍTICA DA VISITA 1 O espaço é de propriedade das irmãs Ursulinas mas não foi construído para esse uso específico, portanto com o tempo passou por diversas reformas para que se tornasse o que é hoje. A associação está localizada em uma área central de muito movimento mas o acesso dos usuários se dá por uma via local de baixo fluxo de pedestres e veículos. O local é amplo e de maneira geral os ambientes recebem iluminação e ventilação natural, mas alguns espaços como o refeitório dos funcionários, a área administrativa e o pátio interno recebem baixa iluminação artificial e nenhuma iluminação natural, fazendo com que os ambientes se tornem pouco agradáveis. A circulação acontece por escadas, rampas e um elevador.
7.2 VISITA 2 – CENTRO EDUCACIONAL JABUTI A visita foi realizada no dia 07/03/2019 com o acompanhamento da Fátima, coordenadora do Projeto. A associação está localizada na Avenida Laurindo Pereira no distrito de Jundiapeba no município de Mogi das Cruzes onde atende ao todo 117 crianças e adolescentes com idades entre 6 e 17 anos que residem no bairro. A associação funciona em dois turnos: matutino com entrada as 07h30min e saída às 11h30min e diurno com entrada as 13h00min e saída às 16h30min de segunda a sexta feira oferecendo todas as refeições. As crianças são divididas por idade (6 a 10 anos, 14 a 13 anos e 14 a 17anos) e participam de três oficinas, são elas: música, horta e artes plásticas. O espaço é alugado, plano e foi adaptado para atender as necessidades deles.
66 Quadro 9: Programa Arquitetônico – Centro Educacional Jabuti
PROGRAMA ARQUITETÔNICO AMBIENTES Quadra de Futsal Descoberta Salão com Mesas de Jogos Biblioteca Horta Sala para Oficina de Artes Plásticas Sala para Oficina de Música Sala Socioeducativa Cozinha Refeitório Sanitário Sala Administrativa
QUANTIDADE 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1
Fonte: Autoria Própria
Figura 57: Comprovante de Comparecimento
Fonte: Thiago Mazzaro, 2019.
67 Figura 58: Quadra
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 59: Sala Administrativa
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 60: Cozinha
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
68 Figura 61: Sala de música
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 62: Biblioteca
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 63: Horta
Fonte: Autoria Própria, 2019.
69 Figura 64: Sanitรกrio
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 65: ร rea Externa
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
70 Figura 66: Sala de Materiais
Fonte: Autoria Própria, 2019.
7.2.1 ANÁLISE CRÍTICA DA VISITA 2 O Centro está localizado em uma via coletora próximo a importante Avenida Lourenço de Souza Franco que liga o distrito ao centro da cidade. De maneira geral todos os ambientes recebem ventilação e iluminação natural, exceto o único sanitário que o local possui para o uso das crianças/adolescentes e dos funcionários que além disso também não atende a norma NBR 9050 de Acessibilidade a Edificações e não é suficiente para a quantidade de usuários. As salas de oficina são pequenas, o refeitório possui somente uma mesa de dez lugares que também não é suficiente para a quantidade de usuários. A área comum coberta é pequena, o que inviabiliza qualquer atividade em dias chuvosos. A edificação é mal conservada além de possuir infiltração em diversos pontos.
7.3 VISITA 3 – CENTRO FAMILIAR MARIA MEDIANEI/ INSTITUTO AMOR MISERICORDIOSO - NOVA UNIÃO A visita foi realizada no dia 20/03/2019 com o acompanhamento da Irmã Tatiane, uma das irmãs que cuidam do espaço. O Instituto está localizado na Rua Joaquim de Mello Freire, número 1530, no bairro Vila Oliveira, município de Mogi das Cruzes onde atende ao todo 140 crianças e adolescentes com idades entre 6 e 17 anos que residem principalmente no bairro Vila Nova União mas também Conjunto Cocuera e Vila Natal.
71
O instituto funciona em dois turnos: matutino com entrada as 08h30min e saída às 11h30min e diurno com entrada às 13h30min e saída às 16h30min de segunda a sexta feira oferecendo café e almoço para quem fica no período da manhã e almoço e café para quem fica no período da tarde. As crianças são divididas por idade (6 a 7 anos, 8 a 9 anos, 10 a 12anos e 13 a 17 anos) podendo participar das oficinas de artesanato, pintura em tecido, culinária, violão e atividades na sala socioeducativa. O espaço é propriedade das irmãs e foi construído em 2010 para ser um Centro da Família, mas o projeto não foi aprovado pela prefeitura já que existia um projeto para abertura de um CRAS no bairro, foi ai que as irmãs optaram por oferecer um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes que funciona desde 2011. Os acessos internos acontecem somente por escada.
Quadro 10: Programa Arquitetônico - Instituto Amor Misericordioso - Nova União
PROGRAMA ARQUITETÔNICO AMBIENTES QUANTIDADE Sala Coordenação 1 Sanitário Funcionários 1 Refeitório Funcionários 1 Sanitário Crianças/ Adolescentes 2 Refeitório Crianças/ Adolescentes 1 Cozinha 1 Salão de Festas 1 Sala de Materiais 1 Hall de Descanso 1 Sala para Oficina de Música 1 Sala de Jogos 1 Sala da Psicóloga/Assistente Social 1 Sala Socioeducativa 2 Sala para Oficina de Artesanato 1 Sala para Oficina de Pintura em Tecido 1 Biblioteca 1 Coz. para Oficina de Culinária/ Experimental 1 Jardim com Árvores Frutíferas 1 Fonte: Autoria Própria, 2019.
72 Figura 67: Comprovante de Comparecimento
Fonte: Thiago Mazzaro, 2019.
Figura 68: Auditรณrio
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 69: Hall de Descanso
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
73 Figura 70: Sala de Música
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 71: Sala Socioeducativa
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 72: Sala Oficina de Artesanato
Fonte: Autoria Própria, 2019.
74 Figura 73: Sala Socioeducativa
Fonte: Thiago Mazzaro, 2019.
Figura 74: Biblioteca
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 75: Cozinha
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
75 Figura 76: Refeitório Crianças e Adolescentes
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 77: Jardim - Fundos
Fonte: Autoria Própria, 2019.
7.3.1 ANÁLISE CRÍTICA DA VISITA 3 O Instituto está localizado na Vila Nova União, bairro periférico de Mogi das Cruzes em uma via coletora de fluxo considerável já que é trajeto de transporte público e está no centro comercial do bairro. O local que recebe 70 crianças por turno possui ambientes amplos, acolhedores e aconchegantes, todos recebendo iluminação e ventilação natural, o mobiliário é simples mas atende a necessidade dos usuários. A edificação que é bem conservada conta ainda com um pomar na área externa. O ponto negativo é que a circulação vertical se dá somente por escadas.
76
7.4 VISITA 4 – NÚCLEO APRENDIZ DO FUTURO A visita foi realizada no dia 20/03/2019 com o acompanhamento da Ireniude que é responsável pelo financeiro da Instituição. O Instituto já existe a 26 anos e está localizado na Rua Desidério Jorge, número 676, no bairro da Vila Natal, município de Mogi das Cruzes onde atende ao todo 220 crianças e adolescentes com idades entre 7 e 17 anos que residem principalmente no bairro Vila Natal. O instituto funciona em dois turnos: matutino com entrada as 08h00min e saída às 11h45min e diurno com entrada às 12h30min e saída às 16h45min de segunda a sexta feira oferecendo café e almoço para quem fica no período da manhã e almoço e janta para quem fica no período da tarde. As crianças são divididas por idade (7 a 9 anos, 10 a 12 anos, 12 a 15anos e 15 a 17 anos) podendo participar das oficinas de informática, padaria, artesanato e atividades na sala socioeducativa.
Quadro 11: Programa Arquitetônico – Núcleo Aprendiz do Futuro
PROGRAMA ARQUITETÔNICO AMBIENTES QUANTIDADE Garagem coberta para carro da instituição 1 Secretaria 1 Sala Assistente Social 1 Sala Coordenação 1 Sala do Financeiro/RH 1 Sanitário Funcionários 1 Quadra 1 Horta 1 Almoxarifado 1 Cozinha para Oficina de Padaria 1 Sala para Oficina de Informática 1 Sala de Jogos/ Biblioteca 1 Sanitário Crianças/ Adolescentes 1 Sanitário PNE 1 Sala de Descanso/ Socioeducativa 1 Cozinha 1 Refeitório 1 Pátio 1 Fonte: Autoria Própria, 2019.
77 Figura 78: Comprovante de Comparecimento
Fonte: Thiago Mazzaro, 2019.
Figura 79: Acesso ao Núcleo
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 80: Secretaria
Fonte: Autoria Própria, 2019.
78 Figura 81: Coordenação
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 82: Quadra Coberta
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 83: Oficina de Panificação
Fonte: Autoria Própria, 2019.
79 Figura 84: Sala de Informรกtica
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 85: Biblioteca e Sala de Jogos
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 86: Cozinha
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
80 Figura 87: Refeitório
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 88: Pátio
Fonte: Autoria Própria, 2019.
7.4.1 ANÁLISE CRÍTICA DA VISITA 4 O Núcleo Aprendiz do Futuro está localizado em uma via coletora do bairro Vila Natal. O espaço é próprio, mas foi aproveitada a edificação que já existia no local fazendo adaptações para adequação do espaço. O acesso acontece por uma rampa fora das normas. De maneira geral os ambientes não possuem janela então são todos voltados para um pátio central descoberto, dessa forma a ventilação e a iluminação natural acontecem pela grande porta de entrada dos espaços. Um ponto negativo a ser destacado são
os
ambientes
que
apresentam
muita
infiltração.
81
8. ÁREA DE INTERVENÇÃO SÃO PAULO
São Paulo está localizado na Região Sudeste e tem por limites os estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, além do Oceano Atlântico a sudeste. É dividido em 645 municípios, sendo os principais: São Paulo, Guarulhos, São Bernardo do Campo, Campinas, Osasco, Santo André, Sorocaba, São Caetano, Araraquara,
Jundiaí,
São
José
dos
Campos, Sorocaba, Santos e Ribeirão
Preto, Piracicaba. Sua área total, segundo o IBGE é de 248.219,481 km² onde vivem aproximadamente 45.538.936 pessoas, totalizando uma densidade demográfica de 166,25 habitantes por quilômetro quadrado.
Figura 89: Localização do Estado de São Paulo no Mapa do Brasil
Fonte: IBGE – São Paulo, sem data.
O principal rio do estado de São Paulo é o Tietê, outros Rios importantes são: Rio Paraná, Paranapanema, Grande, Turvo, Piracicaba, do Peixe, Paraíba do Sul, Pardo, Jundiaí e Mogi-Guaçu.
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De acordo com o IBGE e o Seade, em 2017 o Estado de São Paulo representava 31,93% do Produto Interno Bruto brasileiro. O Estado de São Paulo concentra 36% da produção industrial brasileira, 12% da renda agrícola do País. A economia paulista é diversificada (maior produtor mundial de Laranja e Cana de Açúcar e destaca-se na produção de Carne Bovina, está entre os principais produtores de alimentos industriais do mundo, é sede de 41% das fábricas automotivas, 15º maior produtor de veículos do mundo) e fornece seus serviços, bens de consumo e insumos tanto para outras regiões do Brasil quanto para o exterior. Sua capital é o município de São Paulo. Por possuir infraestrutura, a cidade é considerada o Centro Financeiro do Brasil, abriga muitas empresas, inclusive multinacionais e também é sede da Bovespa, principal bolsa de valores.
MOGI DAS CRUZES
Mogi das Cruzes é um município do Estado de São Paulo que hoje tem 458 anos e segundo o IBGE, em 2018 estimou-se que a população era de 440.769 habitantes. Possui 721 km² de área territorial sendo que 287 km² são de área urbana, ou seja, 40% da área do município. A cidade está a cerca de 50 km da capital, por conta do fácil acesso a Grande São Paulo o local também é conhecido por ser uma “cidade dormitório” já que muitas pessoas moram no município e trabalham na capital. Mogi é formada pelos distritos de Biritiba-Ussu, Brás Cubas, César de Souza, Jundiapeba, Quatinga, Sabaúna e Taiaçupeba. A cidade está situada a uma altitude média de 780 metros e possui as seguintes coordenadas geográficas: Latitude 23 ° 31'22.01 "Sul e Longitude 46 ° 11'17.99" Oeste. A cidade faz divisa com Suzano, Itaquaquecetuba, Arujá, Santa Isabel, Guararema e Biritiba Mirim. Os acessos ao município se dão da seguinte forma: Rodovia Ayrton Senna (SP-70) e Rodovia Presidente Dutra (BR-116), por meio da Mogi-Dutra (SP-88) e Rodovia RioSantos (SP-55), por meio da Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98). Também temos a Estrada das Varinhas (SP-39), Mogi-Guararema (SP-66) e a Rodovia Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira (SP-102). De trem temos acesso à cidade pela Linha 11 Coral da CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - e possui quatro estações: Estação Jundiapeba, Estação Braz Cubas, Estação Mogi das Cruzes (com fácil acesso ao terminal de ônibus, “Terminal Central”) e Estação Estudante (com fácil acesso ao terminal de ônibus, “Terminal
83
Estudantes”, Terminal Rodoviário “Geraldo Scavone” e as duas grandes universidades do município, Universidade de Mogi das Cruzes e Centro Universitário Braz Cubas).
Figura 90: Acessos a Mogi das Cruzes
Fonte: Blog Vinícius Carvalho - Acessos Mogi das Cruzes, 2014.
JUNDIAPEBA Segundo Gomes, (2018) antigamente, Jundiapeba era conhecido como Jundiapahuba, que fazia referência à grande quantidade de capim melado que existia ali, chamado de Jundiá. Com a chegada dos freis do Carmo, o local foi batizado como Campos de Santo Ângelo.
84
No século XX, fortalecendo o crescimento e o desenvolvimento da cidade de Mogi das Cruzes, a empresa Central do Brasil inaugurou no dia 20 de junho de 1914, a Estação Ferroviária de Santo Ângelo, atual estação Ferroviária de Jundiapeba. Naquele mesmo dia foi inaugurada também a estação Braz Cubas, a quinta estação da cidade, pois em 1875 já havia sido inaugurada a Estação Mogi das Cruzes e em 1893 as estações Sabaúna e Cesar de Souza (GOMES, 2018). De acordo com Gomes, (2018), em julho de 1918, o Convento do Carmo cedeu parte de suas terras para a construção do então Sanatório Modelo, atualmente Hospital Arnaldo Pezzuti, mas a responsabilidade ficaria por conta da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Mais de 515 hectares de solo fértil nos arredores das dependências atraíram produtores de diferentes locais do país à procura de uma oportunidade para trabalhar com a agricultura familiar. Há relatos de famílias que moravam longe, tiveram algum ente diagnosticado com lepra que foi encaminhado para morar aqui no sanatório e as famílias vieram junto morar nas redondezas para que nos dias de visita o familiar não ficasse sozinho. Mas nordestinos do estado de Pernambuco tornaram-se os principais moradores do local que passou a ser conhecido como “Chácara dos Baianos”. Uma ordem vinda da capital pedia para que os moradores definissem outro nome para o bairro, pois existia uma cidade com o mesmo nome no estado do Rio Grande do Sul. A população do bairro se reuniu e “Jundiapeba” pelo bairro estar localizado entre os rios Jundiaí e Taiaçupeba, foi o nome escolhido. A troca foi oficializada em 30 de novembro de 1938, mas o nome só mudou perante a lei em 1944 (GOMES, 2018). Acredita-se que os primeiros agricultores a se instalar nas redondezas por volta de 1950 e 1960 tenham sido famílias japonesas, mas que as primeiras hortas tenham sido feitas por moradores do hospital, já que o cultivo de hortaliças era atividade terapêutica praticada por portadores de hanseníase no começo do século XX. Naquela época havia pouca concorrência, mas com o tempo chegaram mais famílias, com isso o surgimento de muitas chácaras, o que fez com que os donos das terras quisessem cobrar pelo uso das terras. Por essa questão a maioria das famílias descendentes de japoneses acabou deixando o local para adquirir terrar em locais mais baratos e com menos burocracia como o bairro Cocuera e o distrito de Taiaçupeba (GOMES, 2018). Ainda nas proximidades do sanatório, há indícios que em meados de 1960 quando uma família cavou um poço caipira para captação de água potável para consumo encontrou um material branco que depois de análise foi comprovado que era caulim, minério utilizado na indústria de papel, borracha, plásticos, pesticidas, entre outros. A família
85
que antes estava em busca da agricultura familiar passou a investir no minério que fora encontrado. A princípio ninguém acreditava no potencial do minério extraído ali, pois era de mais confiança caulins que vinham do estado de Minas Gerais, a mineradora Horii ofereceu mão de obra para os moradores do distrito de Jundiapeba e atualmente a empresa também extrai do local areia e saibro, também conhecida como terra batida (GOMES, 2018). Jundiapeba, ao longo dos anos sempre teve criações de novas moradias que trouxeram pessoas de áreas de risco e até mesmo de outros lugares de Mogi das Cruzes, em meados de 1990 o distrito recebeu a construção e três condomínios pelo CDHU – Programa da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – e de conjuntos residenciais, o que trouxe pessoas de outras cidades no século XXI. Em meados de 2013 a prefeitura entregou 8 novos conjuntos habitacionais do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. Em 2011 mais dois condomínios residenciais foram entregues: Jundiapeba VII e VIII, cada um com 140 apartamentos. No ano de 2012, foram entregues mais quatro condomínios. Jundiapeba III com 280 apartamentos; Jundiapeba IV com 380 aposentos; Jundiapeba V com 280 apartamentos e Jundiapeba VI com 280 novas moradias. E por fim, em 2009 foi entregue o Jundiapeba I, com 280 apartamentos. Ali residem são principalmente famílias que moravam na beira do rio Jundiaí e do Córrego dos Canudos, cidadãos da Chácara dos Baianos e moradores de áreas de risco como a Favela do Cisne, no Jardim Rodeio (GOMES, 2018). Conforme Gomes (2018), no dia 15 de junho de 2001, inaugurou-se em Jundiapeba um resort com 75 apartamentos e um restaurante, tudo administrado pela família Horii que era dona da área e também do estabelecimento. Em 2003 outra empresa assumi a administração do local que já contava com 171 apartamentos. Em 2008 o Grupo Horii Empreendimentos retorna a administração do local junto com uma empresa de consultoria hoteleira, tornando-se um dos maiores centros de convenções em Hotel no Brasil com capacidade para atender até 2.000 pessoas, em uma área de 1,2 milhão de metros quadrados e 416 apartamentos. Em 2014, ano em que o Brasil foi sede da 15º Copa do Mundo Fifa o distrito recebeu no hotel mais de 50 membros da delegação Belga durante toda a competição. Desde 2016 o espaço administrado por uma empresa francesa e é conhecido como Club Med Lake Paradise. Atualmente, Jundiapeba abriga cerca de 70 mil habitantes em um raio de 50 quilômetros quadrados. O distrito, formado pelos bairros de Jundiapeba, Vila Nova Jundiapeba, Conjunto Santo Ângelo, Santo Ângelo, Parque São Martinho, Parque Varinhas e Jardim
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Nove de Julho é o terceiro mais populoso do município, ficando atrás dos distritos Centro e Brás Cubas (GOMES, 2018). Ainda, de acordo com Gomes (2018) hoje o distrito conta com 30 escolas municipais e estaduais. Três Unidades Básicas de Saúde (UBS), uma Unidade Clínica Ambulatorial (UNICA), um Pronto Atendimento 24 horas, dois Centros de Referências de Assistência Social (CRAS) e o Hospital Dia, Unidade Ambulatorial Tipo II. Durante a década de 1960, especulou-se que a cidade de Mogi das Cruzes poderia receber o aeroporto internacional de São Paulo. O empreendimento seria construído no distrito de Jundiapeba. Porém, o município acabou não sendo escolhido por diferentes fatores. De acordo com estudo de viabilidade técnico- -econômica do principal aeroporto internacional do Brasil, em 1969, as desvantagens de se fazer o aeroporto no distrito mogiano ocorriam pela distância de 40 quilômetros da capital, seria necessário ser construída uma via de acesso das rodovias para o local. Além disso, a Vila de Jundiapeba teria de ser desapropriada para a construção do complexo aéreo (GOMES, 2018). Em março de 2018, o então prefeito de Mogi das Cruzes, assinou, junto com empresários a outorga da licença que autoriza a construção de um aeroporto particular no distrito de Jundiapeba, às margens da rodovia Engenheiro Cândido Rego Chaves (SP-39), a Estrada de Varinhas, em área próxima ao Club Med Lake Paradise. A proposta é receber pequenas aeronaves e jatos executivos, serviços de táxi-aéreo, operação de helicópteros e, com o passar do tempo, poderá até ser ampliado para receber aeronaves de médio porte. O equipamento, embora construído com recursos da iniciativa privada, será de uso público (GOMES, 2018).
8.1 ANÁLISE DO TERRENO 8.1.1 TERRENO O terreno está localizado no distrito de Jundiapeba e faz face com as ruas: Dolores de Aquino com 48,08 metros, Avenida Benedito Rodrigues de Souza com 98,89 metros, Manoel de Freiras Garcia com 97,52 metros e Benedicto dos Santos com 44,75 metros, possuindo então uma área total de aproximadamente 5.808 m² (fig xx).
87 Figura 91: Área de Intervenção
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Conforme pode ser observado na figura 04 o sol faz o percurso do leste para oeste e o vento do nordeste para o sudoeste.
88
Figura 92: Percurso do sol e do vento
Fonte: Autoria Própria, 2019.
A escolha do terreno foi realizada pensando principalmente no deslocamento dos usuários que saem do Centro de Apoio e vão para a escola e os que saem da escola e vão para o Centro de Apoio, partindo desse principio o terreno escolhido tem em seu entorno 6 escolas dentro de um raio de 300 metros, outra premissa importante utilizada na escolha do local de intervenção foi a área do terreno que é grande e comportará bem tudo que será implantado. A maior fragilidade é a propensão que a área possui de alagar já que ele se encontra em uma cota mais baixa que o seu entorno.
89 Figura 93: Área de Intervenção
Fonte: Google Maps – Jundiapeba, 2019, adaptado pelo autor.
8.1.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Figura 94: Localização das figuras 95 a 101
Fonte: Google Maps – Jundiapeba, 2019, adaptado pelo autor.
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Figura 95: Avenida Benedito Rodrigues de Souza
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 96: Rua Manoel de Freitas Garcia
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 97: Rua Benedicto dos Santos
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
91 Figura 98: Rua Dolores de Aquino
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 99: Avenida Benedito Rodrigues de Souza com a Rua Dolores de Aquino
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
92 Figura 100: Rua Benedicto dos Santos com a Rua Manoel de Freitas Garcia
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
Figura 101: Rua Manoel de Freitas Garcia com a Avenida Benedito Rodrigues de Souza
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
93
8.2 LEVANTAMENTOS 8.2.1 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Figura 102: Levantamento – Uso e Ocupação do Solo.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
94
8.2.2 CHEIOS E VAZIOS Figura 103: Levantamento – Cheios e Vazios.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
95
8.2.3 GABARITO DE ALTURA Figura 104: Levantamento – Gabarito de Altura.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
96
8.2.4 SISTEMA VIÁRIO Figura 105: Levantamento – Sistema Viário.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
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8.2.5 TRANSPORTE PÚBLICO Figura 106: Levantamento – Transporte Público.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
98
8.2.6 EQUIPAMENTO URBANO Figura 107: Levantamento – Equipamento Urbano.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
99
8.2.7 MOBILIÁRIO URBANO Figura 108: Levantamento – Mobiliário Urbano.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
100
8.2.8 RISCO DE ALAGAMENTO Figura 109: Levantamento – Risco de Alagamento.
Fonte: Autoria Própria, 2019.
101
8.3 LEGISLAÇÃO O terreno se enquadra na Zona de Dinamização Urbana categoria 2, demarcado em um preto na figura X.
Figura 110: ZDU-2 / Zona de Dinamização Urbana 2.
Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes – Secretaria de Planejamento Urbano, 2019, adaptado pelo autor.
Quadro 12: Zona de Dinamização Urbana
Fonte: Prefeitura de Mogi das Cruzes – Secretaria de Planejamento Urbano, 2019, adaptado pelo autor.
Perante o Zoneamento ZDU-2 (figura 22) onde o terreno se encontra, os Índices Urbanísticos (quadro 1) definem: Taxa de Ocupação de 50%; Coeficiente de Aproveitamento Básico 1 e Máximo 1,5, sem limites de Índice de Elevação, e Taxa de
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Permeabilidade de 20%. Há também critérios de implantação para posterior aprovação da prefeitura, os lotes que estão localizados no Meio de Quadra devem atender as seguintes os seguintes parâmetros: Recuo Posterior de 5,0 metros; Recuo Lateral de 1,5 metros e Recuo Frontal de 2,0 metros. Já plicando para lotes de esquina: Recuo Posterior de 5,0 metros; Recuo Lateral e Frontal de 2,0 metros cada. Aplicando os índices na área de intervenção, temos os seguintes parâmetros a serem seguidos:
Área aproximada do Terreno: 5.808 m²
Taxa de Ocupação: 2.904 m²
Coeficiente de Aproveitamento Básico: 5.808 m²
Número de Pavimentos de acordo com o CAb: 2 pavimentos
Coeficiente de Aproveitamento Máximo: 8.712 m²
Número de Pavimentos de acordo com o CAm: 3 pavimentos
Taxa de Permeabilidade: 1.161,6 m²
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9. PERFIL DO USUÁRIO Crianças e Adolescentes com idades entre 6 a 17 anos, principalmente moradores de Jundiapeba, que de alguma maneira tem o seu direito violado (situação de trabalho infantil, situação de vulnerabilidade ou risco), que vivenciam situações de fragilização de vínculos, pobreza, ou famílias que não conseguem ficar com os indivíduos no horário oposto ao da escola.
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10. CONCEITO E PARTIDO PALAVRAS CHAVES: Integração – Interação – Áreas Livres – Paisagismo. O projeto tem como conceito a integração com o entorno, fazendo com que as pessoas interajam com o ambiente em que estão inseridos. O objetivo é que o local tenha ênfase em ser convidativo para o público, formando uma área social onde seja possível usufruir de todo paisagismo abordado oferecendo a eles um ambiente harmonioso, aconchegante e agradável. Baseado no conceito que o projeto será desenvolvido, toma-se como partido arquitetônico:
Técnicas e Materiais Construtivos: Metálica, tijolos, ferro, cimento queimado (fig. 111), alvenaria estrutural, vidro (fig. 112);
Formas Arquitetônicas: Formas regulares e retilíneas.
Espaços Arquitetônicos: Ao valorizar a funcionalidade serão utilizados espaços abertos cobertos, fechados cobertos, abertos descobertos, horta (fig. 113) e jardins (fig. 114 a 117);
Elementos e Peças Arquitetônicas: Pilares, colunas, elementos vazados (fig. 118), janelas, portas, peitoris, jardim vertical (fig. 119) e pergolados (fig 120);
Cores: Cores dos materiais, pinturas (fig. 121) e grafismos com um forte colorido com cores quentes, lembrando a arte de rua e o Pop Art (fig. 122);
Figura 111: Cimento Queimado
Fonte: Mapa da Obra – Resinas Protegem o Cimento Queimado, 2013.
105 Figura 112: Vidro/ Esquadria
Fonte: Archdaily – Campus Sustentável da Peer School, 2017.
Figura 113: Horta
Fonte: Plantar Agropecuária – Dicas para se ter uma horta, s.d.
Figura 114: Jardim de Mesas com Árvores
Fonte: Archdaily – Jardim de Mesas com Árvores, 2019.
106 Figura 115: Jardim
Fonte: Archdaily – Jardim de Infância TTC, 2019.
Figura 116: Jardim
Fonte: Archdaily – Jardim de Infância TTC, 2019.
Figura 117: Jardim
Fonte: Archdaily – Jardim de Infância TTC, 2019.
107 Figura 118: Elemento Vazado
Fonte: Archdaily – Escola Várzea Paulista, 2012.
Figura 119: Jardim Vertical
Fonte: Coco Verde Reciclado – Jardim Vertical
Figura 120: Pergolado
Fonte: Gallery of Social – Cobrire, s.d.
108 Figura 121: Pintura
Fonte: Archdaily – Um Jardim de Infância não projetado, 2017.
Figura 122: Grafismo
Fonte: Mattawa Mum – Fall Tree Painting, 2011.
109
PROGRAMA DE NECESSIDADES, AGENCIAMENTO, ORGANOGRAMA, SETORIZAÇÃO E FLUXOGRAMA. Quadro 13: Programa de Necessidades
PROGRAMA DE NECESSIDADES
GERAL
SERVIÇO
ADMINISTRATIVO
CONVIVÊNCIA
ACADÊMICO
SETOR
QUAN POPULAÇÃO TIDADE
AMBIENTES
FUNÇÃO
SALA SOCIOEDUCACIONAL
Desenvolver rodas de conversa e debates
2
OFICINA - CULINÁRIA
Ter aulas de culinária
OFICINA - MÚSICA
AREAS ÁREAS MINIMAS ADOTADAS
MOBILIÁRIO
COND. AMBIENTAIS
15 + 1 Educador
Lousa e Cadeiras
Pé direito de 3,00 metros. Insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
20,00m²
20,00m²
1
15 + 1 Educador
Geladeira, Fogão, Pia e Armários
Pé direito de 3,00 metros. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total.
45,50m²
45,50m²
Ter aulas de música
1
15 + 1 Educador Lousa, Cadeira, Prateleiras e Instrumentos Musicais
Pé direito de 3,00 metros. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total. Isolamento acústico.
20,00m²
20,00m²
OFICINA - ARTES
Ter aulas de artes
1
15 + 1 Educador
Lousa, Mesas, Cadeiras e Armário Pequeno
Pé direito de 3,00 metros. Insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
20,00m²
20,00m²
OFICINA - INFORMÁTICA
Ter aulas de informática
1
15 + 1 Educador
Lousa, Mesas com Computadores e Cadeiras
Pé direito de 3,00 metros. Insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
51,84m²
51,84m²
OFICINA - HORTA
Cultivar ervas medicinais, temperos, legumes e hortaliças
1
15 + 1 Educador
-
Terreno plano. Boa luminosidade e voltada para o nascente. Disponibilidade de água para irrigação e sistema de drenagem, por exemplo, canaletas.
43,80m²
43,80m²
SANITÁRIO - ALUNOS
Higiene pessoal
1
120
Privada e Pia com Torneira
Pé direto de 2,50 metros. A insolação precisa atender 1/8 e ventilação 1/16 da área total.
49,00m²
68,00m²
BIBLIOTECA
Ler
1
15 + 1 Educador
Prateleiras, Tapete Emborrachado e Puffs
Pé direito de 3,00 metros. Insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
40,00m²
40,00m²
BRINQUEDOTECA
Brincar
1
15 + 1 Educador
Prateleiras, Armários, Tapete Emborrachado e Puffs
Pé direito de 3,00 metros. Insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
22,50m²
25,00m²
QUADRA POLIESPORTIVA
Desenvolver atividades esportivas
1
15 + 1 Educador
Trave de Futebol, Tabela de Basquete e Rede de Vôlei
Pé direito mínimo: 7,00m. Prever fechamentos laterais e/ou alambrados de proteção.
800m²
800m²
PÁTIO DESCOBERTO
Desenvolver atividades recreativas e de lazer
1
120
-
-
60m²
278m²
PÁTIO COBERTO
Desenvolver atividades recreativas e de lazer
1
120
-
Pé direito de 3,50 metros.
60m²
143m²
SALA DE DESCANSO
Descansar depois do almoço
1
15 + 1 Educador
Televisão, Tapete Emborrachado e Puff
Pé direito de 3,00 metros. Insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
31,50m²
45,00m²
REFEITÓRIO - ALUNOS
Realizar refeições
1
60
Mesas e Cadeiras
Pé direito de 3,50. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
71,00m²
71,28m²
SANITÁRIO - ALUNOS
Higiene pessoal
1
120
Privada e Pia com Torneira
Pé direto de 2,50 metros. A insolação precisa atender 1/8 e ventilação 1/16 da área total.
49,00m²
68,00m²
SALA PSICÓLOGO/ ASSISTENTE SOCIAL
Atender as crinças e suas respectivas famílias
1
1
Mesa, Cadeira, Sofá e Armário
Pé direito de 2,70m. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
9,70m²
9,72m²
SALA COORDENAÇÃO
Coordenar e administrar o local
1
3
Mesas com Computadores, Cadeiras e Armários
Pé direito de 2,70m. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
31,40m²
31,40m²
DEPÓSITO DE MATERIAIS
Guardar os materiais que serão utilizados nas atividades
1
1
Armários e Prateleiras
Pé direito de 2,70 metros. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total.
12,96m²
12,96m²
SANITÁRIO - FUNCIONÁRIOS
Higiene pessoal
1
18
Privada e Pia com Torneira
Pé direto de 2,50 metros. A insolação precisa atender 1/8 e ventilação 1/16 da área total.
12,00m²
13,50m²
REFEITÓRIO FUNCIONÁRIOS
Realizar refeições
1
10
Mesas e Cadeiras
Pé direito de 3,50. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total.
10,00m²
10,00m²
COZINHA
Preparar as refeições
1
2
Geladeira, Freezer, Fogão, Pia e Armários
Pé direito de 3,00 metros. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total.
28,35 m²
30,60m²
DESPENSA
Guardar Mantimentos
1
1
Armários
Pé direito de 2,70 metros. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total.
8,10m²
8,10m²
DML + TANQUE
Guardar os utensílios de limpeza
1
2
Armários e Tanque com Torneira
Pé direito mínimo: 2,70m. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total.
6,48m²
7,20m²
ESTACIONAMENTO
Guardar os carros
1
18 + 1 PNE
-
-
243,50m²
247,00m²
BICICLETÁRIO
Guardar as bicicletas
1
30
Suporte para Bicicleta
-
75m²
85m²
Fonte: Autoria Própria, 2019.
110 Quadro 14: Agenciamento
AGENCIAMENTO SETOR - ACADÊMICO
SETOR CONVIVÊNCIA
SETOR ADMINISTRATIVO
SALA SOCIOEDUCACIONAL
BIBLIOTECA
SALA PSICÓLOGO/ ASSISTENTE SOCIAL
REFEITÓRIO FUNCIONÁRIOS
ESTACIONAMENTO
OFICINA - CULINÁRIA
BRINQUEDOTECA
SALA COORDENAÇÃO
COZINHA
BICICLETÁRIO
OFICINA - MÚSICA
QUADRA POLIESPORTIVA
DEPÓSITO DE MATERIAIS
DESPENSA
OFICINA - ARTES
PÁTIO DESCOBERTO
SANITÁRIO - FUNCIONÁRIOS
DML + TANQUE
OFICINA - INFORMÁTICA
PÁTIO COBERTO
OFICINA - HORTA
SALA DE DESCANSO
SANITÁRIO - ALUNOS
REFEITÓRIO - ALUNOS SANITÁRIO - ALUNOS
Fonte: Autoria Própria, 2019.
Figura 123: Organograma
Fonte: Autoria Própria, 2019.
SETOR - SERVIÇO SETOR - GERAL
111
Figura 124: Setorização
Fonte: Autoria Própria, 2019
112 Figura 125: Fluxograma
Fonte: Autoria Prรณpria, 2019.
113
11. DIRETRIZES E PREMISSAS 11.1 DML De acordo com o FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação (2019) “é necessário ter pé direito mínimo: 2,70m. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total. O piso deverá ser antiderrapante, impermeável, de fácil higienização e resistente ao ataque de produtos químicos”.
11.2 DEPÓSITO DE MATERIAIS – SALA DE MATERIAIS De acordo com o FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação (2019) “o Depósito de Materiais deve ter pé direito mínimo: 2,70m. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total”.
11.3 SALA DE INFORMÁTICA De acordo com o FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação (2019) “a Sala de Informática deve ter controle de luz natural evitando incidência dos raios solares sobre os equipamentos e ofuscamento. O pé direito deve ter no mínimo: 3,00m. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total”.
11.4 SALA DOS PROFESSORES Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que a Sala de Professores seja dimensionada da seguinte forma: 0,10m² pelo total de alunos com no mínimo 8,00m² com um pé direito de 2,70m. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total”.
11.5 ÁREA DE RECREAÇÃO DESCOBERTA Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que a Área de Recreação seja dimensionada da seguinte forma: 0,50m² por aluno”.
114
De acordo com o artigo 113 do Código Sanitário de São Paulo (1978) “as áreas de recreação deverão ter comunicação com o logradouro público, que permita escoamento rápido dos alunos, em caso de emergência: para tal fim, as passagens não poderão ter largura total inferior a correspondente a 1 cm por aluno, nem vãos interiores a 2 metros”.
11.6 ÁREA DE SERVIÇO DESCOBERTA Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que a Área de Serviço seja dimensionada da seguinte forma: 10,00m². Os requisitos mínimos são: Deverá ser isolada fisicamente dos demais ambientes frequentados pelos alunos e pelo público, com abrigo para botijões de gás, abrigo para lixo e ponto de água para lavagem de piso”.
11.7 SALAS DE AULA - SALA PARA OFICINAS Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que a Sala de Aula seja dimensionada da seguinte forma: 1,20m² por aluno com um pé direito de 3,00m. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total”. Segundo o artigo 102 do Código Sanitário de São Paulo (1978) “a área das salas de aula corresponderá no mínimo a 1,00 m² por aluno lotado em carteira dupla e de 1,20 m², quando em carteira individual”. “Segundo o artigo 104 a área de ventilação natural das salas de aula deverá ser no mínimo igual à metade da superfície iluminante, a qual será igual ou superior a 1,5 da área do piso. Será obrigatória e iluminação natural unilateral esquerda, sendo admitida a iluminação zenital, quando prevenido o ofuscamento. A iluminação artificial, para que possa ser adotada em substituição à natural, deverá ser justificada e aceita pela autoridade sanitária e atender as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.”
115
Conforme a NBR 9050 (2004) “nas salas de aula, quando houver mesas individuais para alunos, pelo menos 1% do total de mesas, com no mínimo uma para cada duas salas de aula, deve ser acessível a P.C.R. Quando forem utilizadas cadeiras do tipo universitário (com prancheta acoplada), devem ser disponibilizadas mesas acessíveis a P.C.R. na proporção de pelo menos 1% do total de cadeiras, com no mínimo uma para cada duas salas. As lousas devem ser acessíveis e instaladas a uma altura inferior máxima de 0,90 m do piso. Deve ser garantida a área de aproximação lateral e manobra da cadeira de rodas”.
11.8 SANITÁRIOS PARA ALUNOS E PROFESSORES Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que O Sanitário Para Aluno tenha pé direto de 2,50m. Os requisitos mínimos são: 1 bacia, 1 lavatório, 1 chuveiro e 1 mictório para cada 25 alunos (separados por sexo). A insolação precisa atender 1/8 e ventilação 1/16 da área total”. De acordo com o artigo 107 do Código Sanitário de São Paulo (1978) as escolas deverão ter compartimentos sanitários, devidamente separados para uso de cada sexo. Esses compartimentos em cada pavimento deverão ser dotados de bacias sanitárias em número correspondente, no mínimo, a uma para cada 25 alunas; uma para cada 40 alunos; um mictório para cada 40 alunos; e um lavatório para cada 40 alunos ou alunas. As portas das celas em que estiverem situadas as bacias sanitárias deverão ser colocadas de forma a deixar vãos livres de 0,15 m de altura na parte inferior e de 0,30 m, no mínimo, na parte superior. As escolas deverão, também, ser previstas instalações sanitárias para professores que deverão atender para cada sexo, à proporção mínima de uma bacia sanitária para cada 10 salas de aula; e os lavatórios serão em número não inferior a um para cada 6 salas de aula. É obrigatória a existência de instalações sanitárias nas áreas de recreação, na proporção mínima de 1 bacia sanitária e 1 mictório para cada 200 alunos; uma bacia sanitária para cada 100 alunas e um lavatório para cada 200 alunos ou alunas. Quando for prevista a prática de esportes ou educação física, deverá
116
haver também chuveiros, na proporção de um para cada 100 alunos ou alunas e vestiários separados, com 5,00 m², para cada 100 alunos ou alunas, no mínimo.
De acordo com o FNDE – Fundo de Desenvolvimento da Escola (2006) “a Especificação de Serviços e Materiais diz que as divisórias dos boxes dos sanitários deverão ter altura máxima de 1,80m e serem elevadas a 0,15m do piso”. Ainda de acordo com o FNDE – Fundo de Desenvolvimento da Escola (2006) “a Especificação de Serviços e Materiais diz que o número de bacias sanitárias adequadas para portadores de necessidades especiais deverá no mínimo corresponder a 5% do total de bacias sanitárias da escola. Os sanitários deverão ser dotados de barras de apoio, ligados a uma rota acessível, e terem dimensões mínimas de 1,50 x 1,50m (NBR 9050/2004). A menor escola a receber intervenção de adequação deve ter pelo menos 01 (um) sanitário ligado aos ambientes da escola por uma rota acessível”. De acordo com o FNDE – Fundo de Desenvolvimento da Escola (2006), a Especificação de Serviços e Materiais diz que: Deverá ter 1 bacia sanitária e 1 papeleira para cada 40 alunos. Deverá ter 1 lavatório para cada 30 alunos. Recomendam-se 1 saboneteira para cada dois 2 lavatórios e 1 cabideiro para cada lavatório.
De acordo com a NBR 9050 (2004), no que se refere a sanitários e vestiários, é dito que: pelo menos 5% dos sanitários, com no mínimo um sanitário para cada sexo, de uso dos alunos, bem como os de uso de funcionários e professores, devem ser acessíveis. Recomenda-se, além disso, que pelo menos outros 10% sejam adaptáveis para acessibilidade. Devem localizar-se em rotas acessíveis, próximos à circulação principal, preferencialmente próximo ou integrados às demais instalações sanitária. Os sanitários e vestiários de uso comum ou uso público devem ter no mínimo 5% do total de cada peça instalada acessível, respeitada no mínimo uma de cada. Quando houver divisão por sexo, as peças devem ser consideradas separadamente para efeito de cálculo. Recomenda-se a instalação de uma bacia infantil para uso de crianças e de pessoas com baixa estatura.
117
Para instalação de bacias sanitárias devem ser previstas áreas de transferência lateral, perpendicular e diagonal, conforme figura 125. A figura 126 demonstra exemplos de transferência. Figura 126: Áreas de transferência para bacia sanitária
Fonte: NBR 9050, 2004.
Figura 127: Exemplos de transferência para bacia sanitária
118
Fonte: NBR 9050, 2004
11.8.1 LOCALIZAÇÃO DAS BARRAS DE APOIO De acordo com a NBR 9050 (2014) A localização das barras de apoio deve atender às seguintes condições: a) junto à bacia sanitária, na lateral e no fundo, devem ser colocadas barras horizontais para apoio e transferência, com comprimento mínimo de 0,80 m, a 0,75 m de altura do piso acabado (medidos pelos eixos de fixação). A distância entre o eixo da bacia e a face da barra lateral ao vaso deve ser de 0,40 m, estando esta posicionada a uma distância mínima de 0,50 m da borda frontal da bacia. A barra da parede do fundo deve estar a uma distância máxima de 0,11 m da sua face externa à parede e estenderse no mínimo 0,30 m além do eixo da bacia, em direção à parede lateral, conforme figura 128; b) na impossibilidade de instalação de barras nas paredes laterais, são admitidas barras laterais articuladas ou fixas (com fixação na parede de fundo), desde que sejam observados os parâmetros de segurança e dimensionamento estabelecidos conforme 7.2.4, e que estas e seus apoios não interfiram na área de giro e transferência. A distância entre esta barra e o eixo da bacia deve ser de 0,40 m, sendo que sua extremidade deve estar a uma distância mínima de 0,20 m da borda frontal da bacia, conforme figura 129;
119
c) no caso de bacias com caixa acoplada, deve-se garantir a instalação da barra na parede do fundo, de forma a se evitar que a caixa seja utilizada como apoio. A distância mínima entre a face inferior da barra e a tampa da caixa acoplada deve ser de 0,15 m, conforme figura 130.
Fgirua 128: Bacia sanitária – Barras de apoio lateral e de fundo
Fonte: NBR 9050, 2014
Figura 129: Bacia sanitária – Exemplo de barra de apoio lateral com fixação na parede de fundo
Fonte: NBR 9050, 2004
120 Figura 130: Bacia sanitária com caixa acoplada
Fonte: NBR 9050, 2004
11.8.2 ALTURA DE INSTALAÇÃO Conforme a NBR 9050 (2014) “as bacias sanitárias devem estar a uma altura entre 0,43 m e 0,45 m do piso acabado, medidas a partir da borda superior, sem o assento. Com o assento, esta altura deve ser de no máximo 0,46 m”.
11.8.3 BOXE PARA BACIA SANITÁRIA ACESSÍVEL De acordo com a NBR 9050 (2014 ) Os boxes para bacia sanitária devem garantir as áreas para transferência diagonal, lateral e perpendicular, bem como área de manobra para rotação de 180º, conforme figura 131. Quando houver mais de um boxe acessível, as bacias sanitárias, áreas de transferência e barras de apoio devem estar posicionadas de lados diferentes, contemplando todas as formas de transferência para a bacia.
121 Figura 131: Boxe para bacia sanitária - Transferência lateral – Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2014
11.9 VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que a Vestiário de Funcionários seja dimensionada da seguinte forma: 6,00m² cada com um pé direito de 2,50m. Os requisitos mínimos são: 1 bacia, 1 lavatório e 1 chuveiro para cada 20 empregados (separados por sexo) e deve conter armários para funcionários. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total”.
Conforme a NBR 9050 “os bancos devem ser providos de encosto, ter profundidade mínima de 0,45 m e ser instalados a uma altura de 0,46 m do piso acabado. Recomendase espaço inferior de 0,30 m livre de qualquer saliência ou obstáculo, para permitir eventual área de manobra, conforme figura 132. Deve ser reservado um espaço de 0,30 m atrás do banco para garantir a transferência lateral, conforme figura 132”. Os bancos devem estar dispostos de forma a garantir as áreas de manobra, transferência e circulação.
122 Figura 132: Bancos para vestiários
Fonte: NBR 9050, 2014
11.10 QUADRA POLIESPORTIVA De acordo com o CIE – Centro de Iniciação ao Esporte (2016) “uma Quadra Poliesportiva Oficial possui dimensões 20m x 40m reversível para duas quadras oficiais de basquete. A quadra permite o uso longitudinal e transversal”. Conforme o FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação (2019) “o pé direito mínimo deve ser de 7,00m e é necessário prever fechamentos laterais e/ou alambrados de proteção”.
11.11 PÁTIO COBERTO Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que o Pátio Coberto seja dimensionado da seguinte forma: 0,50m² por aluno com um pé direito de 3,50m. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total”
123
11.12 REFEITÓRIO Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que o Refeitório seja dimensionado da seguinte forma: 0,50m² por aluno com um pé direito de 3,50. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total”. De acordo com o FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação (2019) “é necessário que as paredes sejam de material liso, impermeável e resistente a frequentes lavagens e piso antiderrapante, impermeável, de fácil higienização e resistente a tráfego intenso”.
11.13 RECEPÇÃO E SECRETARIA - SALA COORDENAÇÃO Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que a Recepção e a Secretaria sejam dimensionadas da seguinte forma: 10,00m² com um pé direito de 2,70m. A insolação precisa atender 1/5 e ventilação 1/10 da área total”. De acordo com o artigo 110 do Código Sanitário de São Paulo (1978) “as áreas destinadas à administração e ao pessoal de serviço, deverão atender às prescrições para locais de trabalho, no que aplicáveis”.
11.14 COZINHA Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que a Cozinha seja dimensionada da seguinte forma: 0,25 m² por aluno da faixa etária para unidades até 100 crianças / a partir de 100 alunos acrescentar 0,05m² por aluno excedente de 100 com pé direito de 3,00m. Os requisitos mínimos são: conter ponto de água para lavagem de piso, ponto de água quente para lavagem utensílios, ponto de gás, telas milimétricas em todas as aberturas, pia para lavagem de utensílios e uma pia exclusiva para lavagem de mãos das manipuladoras de alimentos. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total’. De acordo com o FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação (2019) “é necessário que as paredes sejam de material liso, impermeável, de cor clara e resistente
124
a frequentes lavagens e piso antiderrapante, impermeável, de cor clara, fácil higienização e resistente ao ataque de produtos químicos”
11.15 DESPENSA Segundo o Código de Obras e Edificação de Mogi das Cruzes (2017) “é necessário que a Despensa seja dimensionada da seguinte forma: 20% da área de cozinha com um pé direito de 2,70m. A insolação precisa atender 1/10 e ventilação 1/20 da área total”.
11.16 CORREDORES De acordo com o artigo 105 do Código Sanitário de São Paulo (1978) os corredores não poderão ter larguras inferiores a: I - 1,50 m para servir a até 200 alunos; II - 1,50 m acrescidos de: a) 0,007 m (sete milímetros) por aluno, de 200 a 500; b) 0,005 m (cinco milímetros) por aluno, de 501 a 1,000; c) 0,003 m (três milímetros), por aluno excedente de 1.000.
11.17 BEBEDOURO De acordo com o artigo 108 do Código Sanitário de São Paulo (1978) é obrigatória a instalação de bebedouros de jato inclinado e guarda protetora na proporção mínima de 1 (um) para cada 200 alunos, vedada sua localização em instalações sanitárias, nos recreios, a proporção será 1(um) bebedouro para cada 100 alunos. De acordo com a NBR 9050 (2014), deve ser prevista a instalação de 50% de bebedouros acessíveis por pavimento, respeitando o mínimo de um, e eles devem estar localizados em rotas acessíveis.
125
A bica deve estar localizada no lado frontal do bebedouro, possuir altura de 0,90m e permitir a utilização por meio de copo, conforme figura 133. Os controles devem estar localizados na frente do bebedouro ou na lateral próximo à borda frontal. O bebedouro acessível deve possuir altura livre inferior de no mínimo 0,73 m do piso. Deve ser garantido um M.R. para a aproximação frontal ao bebedouro, podendo avançar sob o bebedouro até no máximo 0,50, conforme figura 159. O acionamento de bebedouros do tipo garrafão, filtros com célula fotoelétrica ou outros modelos, assim como o manuseio dos copos, devem estar posicionados na altura entre 0,80 m e 1,20 m do piso acabado, localizados de modo a permitir a aproximação lateral de uma P.C.R. Figura 133: Bebedouro — Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2004
11.18 PORTAS De acordo com o FNDE – Fundo de Desenvolvimento da Escola (2006) “a Especificação de Serviços e Materiais diz que nas salas de aula, pelo menos uma das portas deverá ter dimensão mínima de 0,80 x 2,10m para proporcionar acessibilidade ao portador de necessidades especiais e devem ser em madeira prensada, ferro, alumínio ou PVC. As portas dos sanitários para portadores de necessidades especiais deverão ser de 0,80 x 1,80m para os boxes com dimensões acima de 1,50 x 1,70m e de 1,00 x 1,80m
126
para os boxes com dimensões de 1,50 x 1,50m. Deverão ser assentadas a 0,15m acima do piso”. Conforme a NBR 9050 (2004), as figuras 134 e 135 exemplificam espaços necessários junto às portas, para sua transposição por P.C.R.
Figura 134: Aproximação de porta frontal – Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2004
Figura 135: Aproximação de porta lateral – Exemplos
Fonte: NBR 9050, 2004
127
Ainda de acordo com a NBR 9050 (2004), as portas devem ter condições de serem abertas com um único movimento e suas maçanetas devem ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m. Quando localizadas em rotas acessíveis, recomenda-se que as portas tenham na sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento resistente a impactos provocados por bengalas, muletas e cadeiras de rodas, até a altura de 0,40 m a partir do piso, conforme figura 94. As portas de sanitários, vestiários e quartos acessíveis em locais de hospedagem e de saúde devem ter um puxador horizontal, conforme a figura 94, associado à maçaneta. Deve estar localizado a uma distância de 10 cm da face onde se encontra a dobradiça e com comprimento igual à metade da largura da porta.
Figura 136: Portas com revestimento e puxador horizontal – Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2004
As portas do tipo vaivém devem ter visor com largura mínima de 0,20 m, tendo sua face inferior situada entre 0,40 m e 0,90 m do piso, e a face superior no mínimo a 1,50 m do
128
piso. O visor deve estar localizado entre o eixo vertical central da porta e o lado oposto às dobradiças da porta, conforme figura 137.
Figura 137: Porta do tipo vaivém – Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2004
Quando as portas forem providas de dispositivos de acionamento pelo usuário, estes devem estar instalados à altura entre 0,90 m e 1,10 m do piso acabado. Quando instalados no sentido de varredura da porta, os dispositivos devem distar entre 0,80 m e 1,00 m da área de abertura. Quando as portas forem acionadas por sensores ópticos, estes devem estar ajustados para detectar pessoas de baixa estatura, crianças e usuários de cadeiras de rodas. Deve também ser previsto dispositivo de segurança que impeça o fechamento da porta sobre a pessoa. Em portas de correr, recomenda-se a instalação de trilhos na sua parte superior. Os trilhos ou as guias inferiores devem estar nivelados com a superfície do piso, e eventuais frestas resultantes da guia inferior devem ter largura de no máximo 15 mm. O vão livre de 0,80 m, previsto em 0, deve ser garantido também no caso de portas de correr e sanfonadas, onde as maçanetas impedem seu recolhimento total, conforme figura 138.
129 Figura 138: VĂŁos de portas de correr e sanfonadas
Fonte: NBR 9050, 2004
Quando instaladas em locais de prĂĄtica de esportes, as portas devem ter vĂŁo livre mĂnimo de 1,00 m.
11.19 LARGURA DAS SAĂ?DAS DE EMERGĂŠNCIA De acordo com o Corpo de Bombeiros, em sua Instrução TĂŠcnica (2018), a largura das saĂdas deve ser dimensionada em função do nĂşmero de pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critĂŠrios: os acessos sĂŁo dimensionados em função dos pavimentos que sirvam Ă população; as escadas, rampas e descargas sĂŁo dimensionadas em função do pavimento de maior população, o qual determina as larguras mĂnimas para os lanços correspondentes aos demais pavimentos, considerandose o sentido da saĂda. A largura das saĂdas, isto ĂŠ, dos acessos, escadas, descargas, ĂŠ dada pela seguinte fĂłrmula: N=
đ?‘ƒ đ??ś
ďƒ˜ N = NĂşmero de unidades de passagem, arredondado para nĂşmero inteiro imediatamente superior. ďƒ˜ P = População. ďƒ˜ C = Capacidade da unidade de passagem. No cĂĄlculo da largura das saĂdas, deve ser atendida a metragem total calculada na somatĂłria das larguras, quando houver mais de uma saĂda, aceitando-se somente o que for mĂşltiplo de 0,55 (1 UP).
130
11.19.1 LARGURAS MÍNIMAS A SEREM ADOTADAS Conforme o Corpo de Bombeiros, em sua Instrução Técnica (2018), as larguras mínimas das saídas de emergência para acessos, escadas, rampas ou descargas, devem ser de 1,2 m, para as ocupações em geral. As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180º, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, não podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor que a metade (Figura 139), sempre mantendo uma largura mínima livre de 1,2 m para as ocupações em geral e de 1,65 m para as Divisões H-2 e H-3.
Figura 139: Abertura das portas no sentido de saída
Fonte: IT 11, 2018
11.20 DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS De acordo com o Corpo de Bombeiros, em sua Instrução Técnica (2018), as distâncias máximas a serem percorridas para atingir um local de relativa segurança (espaço livre exterior, área de refúgio, área compartimentada que tenha pelo menos uma saída direta para o espaço livre exterior, escada protegida ou à prova de fumaça e outros conforme conceito da IT 03), tendo em vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça, devem considerar: O acréscimo de risco quando a fuga é possível em apenas um sentido;
A redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos,
131
detectores ou controle de fumaça; A redução de risco pela facilidade de saídas em edificações térreas.
11.21 DE ACORDO COM A NBR 9050: 11.21.1 ÁREA DE CIRCULAÇÃO Largura para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeira de rodas. A figura 140 mostra dimensões referenciais para deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas.
Figura 140: Largura para deslocamento em linha reta
Fonte: NBR 9050, 2004
11.21.2 ÁREA PARA MANOBRA DE CADEIRAS DE RODAS SEM DESLOCAMENTO Conforme a NBR 9050 (2004), as medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, conforme a figura 141, são: a) para rotação de 90° = 1,20 m x 1,20 m; b) para rotação de 180° = 1,50 m x 1,20 m; c) para rotação de 360° = diâmetro de 1,50 m.
132 Figura 141: Área para manobra sem deslocamento
Fonte: NBR 9050, 2004
11.21.3 MANOBRA DE CADEIRAS DE RODAS COM DESLOCAMENTO A figura 142 exemplifica condições para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento.
Figura 142: Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento
Fonte: NBR 9050, 2004
133
11.21.4 ÁREA DE TRANSFERÊNCIA De acordo com a NBR 9050 (2004), a área de transferência deve ter no mínimo as dimensões do M.R.
Devem ser garantidas as condições de deslocamento e manobra para o posicionamento do M.R. junto ao local de transferência.
A altura do assento do local para o qual for feita a transferência deve ser semelhante à do assento da cadeira de rodas.
Nos locais de transferência, devem ser instaladas barras de apoio.
Para a realização da transferência, deve ser garantido um ângulo de alcance que permita a execução adequada das forças de tração e compressão.
Figura 143: Alcance manual frontal – Pessoa sentada
Fonte: NBR 9050, 2014
A3 = Altura do centro da mão com antebraço formando 90º com o tronco B3 = Altura do centro da mão estendida ao longo do eixo longitudinal do corpo
134
ďƒ˜ C3 = Altura mĂnima livre entre a coxa e a parte inferior de objetos e equipamentos ďƒ˜ D3 = Altura mĂnima livre para encaixe dos pĂŠs ďƒ˜ E3 = Altura do piso atĂŠ a parte superior da coxa ďƒ˜ F3 = Altura mĂnima livre para encaixe da cadeira de rodas sob o objeto ďƒ˜ G3 = Altura das superfĂcies de trabalho ou mesas P3 = Profundidade mĂnima necessĂĄria para encaixe dos pĂŠs ďƒ˜ H3 = Altura do centro da mĂŁo com braço estendido paralelo ao piso ďƒ˜ I 3 = Altura do centro da mĂŁo com o braço estendido, formando 30o com o piso = alcance mĂĄximo confortĂĄvel ďƒ˜ J3 = Altura do centro da mĂŁo com o braço estendido formando 60o com o piso = alcance mĂĄximo eventual ďƒ˜ L3 = Comprimento do braço na horizontal, do ombro ao centro da mĂŁo ďƒ˜ M3 = Comprimento do antebraço (do centro do cotovelo ao centro da mĂŁo) ďƒ˜ N3 = Profundidade da superfĂcie de trabalho necessĂĄria para aproximação total ďƒ˜ O3 = Profundidade da nĂĄdega Ă parte superior do joelho
11.21.5 RAMPAS De acordo com a NBR 9050 (2004), a inclinação das rampas, conforme figura 144, deve ser calculada segundo a seguinte equação: đ?‘–= onde: i ĂŠ a inclinação, em porcentagem; h ĂŠ a altura do desnĂvel; c ĂŠ o comprimento da projeção horizontal.
â„Ž đ?‘Ľ 100 đ?‘?
135 Figura 144: Dimensionamento de rampas – Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2004
As rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na tabela 5. Para inclinação entre 6,25% e 8,33% devem ser previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso.
Quadro 15: Dimensionamento de rampa
Fonte: NBR 9050, 2004
A inclinação transversal não pode exceder 2% em rampas internas e 3% em rampas externas.
136
A projeção dos corrimãos pode incidir dentro da largura mínima admissível da rampa em até 10 cm de cada lado, exceto nos casos previstos em 0. A largura das rampas (L) deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A largura livre mínima recomendável para as rampas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m, conforme figura 145. Quando não houver paredes laterais as rampas devem incorporar guias de balizamento com altura mínima de 0,05 m, instaladas ou construídas nos limites da largura da rampa e na projeção dos guarda-corpos, conforme figura 145.
Figura 145: Inclinação transversal e largura de rampas – Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2004
11.21.5.1 PATAMARES DAS RAMPAS De acordo com a NBR 9050 (2004), no início e no término da rampa devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal mínima recomendável de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m, além da área de circulação adjacente, conforme figura 146.
137 Figura 146: Patamares das rampas – Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2004
Entre os segmentos de rampa devem ser previstos patamares com dimensão longitudinal mínima de 1,20 m sendo recomendável 1,50 m. Os patamares situados em mudanças de direção devem ter dimensões iguais à largura da rampa. A inclinação transversal dos patamares não pode exceder 2% em rampas internas e 3% em rampas externas.
11.21.6 DEGRAUS E ESCADAS FIXAS EM ROTAS ACESSÍVEIS Conforme a NBR 9050 (2004), nas rotas acessíveis não devem ser utilizados degraus e escadas fixas com espelhos vazados. Quando for utilizado bocel ou espelho inclinado, a projeção da aresta pode avançar no máximo 1,5 cm sobre o piso abaixo, conforme figura 147.
138 Figura 147: Altura e largura do degrau
Fonte: NBR 9050, 2004
11.21.6.1 DIMENSIONAMENTO DE DEGRAUS ISOLADOS De acordo com a NBR 9050 (2004), a dimensão do espelho de degraus isolados deve ser inferior a 0,18 m e superior a 0,16 m. Devem ser evitados espelhos com dimensão entre 1,5 cm e 15 cm. Para degraus isolados recomenda-se que possuam espelho com altura entre 0,15 m e 0,18 m. A inclinação transversal não deve exceder 1%. A largura das escadas deve ser estabelecida de acordo com o fluxo de pessoas. A largura mínima recomendável para escadas fixas em rotas acessíveis é de 1,50 m, sendo o mínimo admissível 1,20 m. O primeiro e o último degraus de um lance de escada devem distar no mínimo 0,30 m da área de circulação adjacente e devem estar sinalizados.
12.21.7 CORRIMÃOS E GUARDA-CORPOS Conforme a NBR 9050 (2004), os corrimãos e guarda-corpos devem ser construídos com materiais rígidos, ser firmemente fixados às paredes, barras de suporte ou guardacorpos, oferecer condições seguras de utilização.
139
11.21.7.1 CORRIMÃOS Ainda de acordo com a NBR 9050 (2004), os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados dos degraus isolados, das escadas fixas e das rampas. Os corrimãos devem ter largura entre 3,0 cm e 4,5 cm, sem arestas vivas. Deve ser deixado um espaço livre de no mínimo 4,0 cm entre a parede e o corrimão. Devem permitir boa empunhadura e deslizamento, sendo preferencialmente de seção circular, conforme figura 148.
Figura 148: Empunhadura de corrimão – Exemplo
Fonte: NBR 9050, 2004
Quando embutidos na parede, os corrimãos devem estar afastados 4,0 cm da parede de fundo e 15,0 cm da face superior da reentrância. Os corrimãos laterais devem prolongar-se pelo menos 30 cm antes do início e após o término da rampa ou escada, sem interferir com áreas de circulação ou prejudicar a vazão. Em edificações existentes, onde for impraticável promover o prolongamento do corrimão no sentido do caminhamento, este pode ser feito ao longo da área de circulação ou fixado na parede adjacente, conforme figura 149.
140 Figura 149: Prolongamento do corrimão – Exemplos
Fonte: NBR 9050, 2004
As extremidades dos corrimãos devem ter acabamento recurvado, ser fixadas ou justapostas à parede ou piso, ou ainda ter desenho contínuo, sem protuberâncias, conforme a figura 150. Para degraus isolados e escadas, a altura dos corrimãos deve ser de 0,92 m do piso, medidos de sua geratriz superior. Para rampas e opcionalmente para escadas, os corrimãos laterais devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70 m do piso, medidos da geratriz superior.
Figura 150: Altura dos corrimãos em rampas e escadas – Exemplos
Fonte: NBR 9050, 2004
141
12.21.8 CIRCULAÇÃO INTERNA Conforme a NBR 9050 (2004), Os corredores devem ser dimensionados de acordo com o fluxo de pessoas, assegurando uma faixa livre de barreiras ou obstáculos, conforme 6.10.8. As larguras mínimas para corredores em edificações e equipamentos urbanos são: a) 0,90 m para corredores de uso comum com extensão até 4,00 m; b) 1,20 m para corredores de uso comum com extensão até 10,00 m; e 1,50 m para corredores com extensão superior a 10,00 m; c) 1,50 m para corredores de uso público; d) maior que 1,50 m para grandes fluxos de pessoas. Em edificações e equipamentos urbanos existentes onde a adequação dos corredores seja impraticável, devem ser implantados bolsões de retorno com dimensões que permitam a manobra completa de uma cadeira de rodas (180°), sendo no mínimo um bolsão a cada 15,00 m. Neste caso, a largura mínima de corredor em rota acessível deve ser de 0,90 m. Para transposição de obstáculos, objetos e elementos com no máximo 0,40 m de extensão, a largura mínima do corredor deve ser de 0,80 m. Acima de 0,40 m de extensão, a largura mínima deve ser de 0,90 m.
11.21.9 CIRCULAÇÃO EXTERNA De acordo com a NBR 9050 (2004) “A inclinação transversal de calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres não deve ser superior a 3%. Eventuais ajustes de soleira devem ser executados sempre dentro dos lotes”. “A inclinação longitudinal de calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres deve sempre acompanhar a inclinação das vias lindeiras. Recomenda-se que a inclinação longitudinal das áreas de circulação exclusivas de pedestres seja de no máximo 8,33%”.
142
11.21.10 SUPERFÍCIE DE TRABALHO Conforme a NBR 9050 (2004), as superfícies de trabalho necessitam de altura livre de no mínimo 0,73 m entre o piso e a sua parte inferior, e altura de 0,75 m a 0,85 m entre o piso e a sua superfície superior. A figura 151 apresenta no plano horizontal as áreas de alcance em superfícies de trabalho, conforme abaixo: a) A1 x A2 = 1,50 m x 0,50 m = alcance máximo para atividades eventuais; b) B1 x B2 = 1,00 m x 0,40 m = alcance para atividades sem necessidade de precisão; c) C1 x C2 = 0,35 m x 0,25 m = alcance para atividades por tempo prolongado.
Figura 151: Superfície de trabalho
Fonte: NBR 9050, 2004
11.21.11 VAGAS PARA VEÍCULOS De acordo com a NBR 9050 (2004), as vagas para estacionamento de veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência devem:
Ter sinalização horizontal conforme figura 152;
Contar com um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura, quando afastada da faixa de travessia de pedestres. Esse espaço pode ser compartilhado por duas vagas, no caso de estacionamento paralelo, ou perpendicular ao meio fio, não sendo recomendável o compartilhamento em estacionamentos oblíquos;
143
Ter sinalização vertical para vagas em via pública e para vagas fora da via pública;
Quando afastadas da faixa de travessia de pedestres, conter espaço adicional para circulação de cadeira de rodas e estar associadas à rampa de acesso à calçada;
Estar vinculadas a rota acessível que as interligue aos pólos de atração;
Estar localizadas de forma a evitar a circulação entre veículos.
Figura 152: Sinalização Horizontal de Vagas
Fonte: NBR 9050, 2004
144
Ainda conforme a NBR 9050 (2004): “Previsão de vagas: O número de vagas para estacionamento de veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência deve ser estabelecido conforme quadro 16” Quadro 16: Vagas em estacionamento
Fonte: NBR 9050, 2004
De acordo com o COE – Código de Obras e Edificações (2017), no que se refere a quantificação e dimensionamentos dos estacionamentos e acessos:
Quadro 17: Quantificação e Dimensionamento dos Estacionamentos e Acessos
Fonte: COE, 2017
145
11.22 HORTA Conforme o Manual para Escolas – Horta (2001), no que se refere à locação e ao canteiro da mesma: O local apropriado para o cultivo das hortaliças deverá ser:
Terreno plano;
Terra revolvida (“fofa”)
Boa luminosidade e voltada para o nascente;
Disponibilidade de água para irrigação e sistema de drenagem, por exemplo, canaletas;
Longe de sanitários e esgotos;
Isolado com pouco trânsito de pessoas e animais
Antes de iniciar a preparação dos canteiros, deve-se limpar o terreno:
Revira-se a terra a uns 15cm de profundidade.
Desmancham-se os torrões, retirando pedras e outros objetos, nivelando o terreno.
Demarcar os canteiros com a seguinte dimensão: 1,20m x 2 a 5m e espaçamento de um canteiro a outro de 50cm.
Caso o solo necessite de correção, podem ser utilizadas cal hidratada ou serragem.
Covas para o plantio:
As covas deverão ter a seguinte dimensão: 20x20cm ou 30x30cm de largura e 20 a 30cm de profundidade.
12. ESTUDOS PRELIMINARES
146
147
148
13. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através de pesquisas, análises, estudos e visitas técnicas foi possível compreender melhor o tema bem como a sua importância, problemática, relações com o usuário e as normas e leis vigentes como forma de validar no processo projetual todas as exigências e necessidades para a elaboração de um Centro De Convivência E Fortalecimento De Vínculos Para Crianças E Adolescentes de qualidade que atraia o público e tenha um importante papel na região.
149
14. REFERENCIAS ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SAO PAULO. Decreto, Codigo Sanitario de São Paulo. São Paulo, SP.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2004. 105 p.
BARBOSA, Tania Maria. Sao Paulo. Disponível em: <http://datasus.saude.gov.br/nucleos-regionais/tocantins/96-nucleos-regionais/saopaulo>. Acesso em: 22 mar. 2019.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos - SDH, 6ª Edição, p. 18-19, 2011.
BRASILIA. Luziele Maria de Souza Tapajós. Presidenta do Conselho Nacional de Assistência Social (Org.). Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. 2014. Disponível em: <https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/tipific acao.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2019.
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COMO Chegar: Descobrindo Mogi das Cruzes. Disponível em: <http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/mogi-das-cruzes/como-chegar>. Acesso em: 01 abr. 2019. CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CNAS (Brasil). Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009. [Aprova a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais]. Diário Oficial da União de 25 de novembro de 2009, Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, p. 9-14, 2012.
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