Disgrafia e Disortografia

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Manual Educativo para Professores

Disgrafia & Disortografia

Curitiba 2014


Hellen Christina Gonçalves Pedagogia – Magistério da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental Turma 2013 – Polo Paranaguá EDP039 – Biologia Educacional Professora Dra. Marta Pinheiro


Sumário Introdução ........................................................................................................................................... 4 Como funciona o nosso cérebro? ............................................................................................................ 5 Disgrafia, o que é? .............................................................................................................................. 7 E há tratamento? ........................................................................................................................... 9 E a Disortografia, o que é? ................................................................................................................. 11 E como se caracteriza a disortografia? ......................................................................................... 12 Há tratamento? ............................................................................................................................ 12 Disgrafia X Disortografia ................................................................................................................. 13 Trabalho Multidisciplinar ................................................................................................................. 14 Considerações Finais............................................................................................................................ 15 Dicas de Leitura................................................................................................................................. 16 Sites e Endereços Úteis ...................................................................................................................... 23 Referencias .......................................................................................................................................... 19 Agora é só se divertir!......................................................................................................................... 27


Introdução O presente manual visa apresentar aos professores diferenças entre Disgrafia e Disortografia com o intuito de apresentar as características e como identificar os sinais destes transtornos de aprendizagens em seus alunos e como proceder quando identificadas. A área da educação nem sempre está cercada somente por sucessos e aprovações. Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são rotulados pela própria família, professores e colegas. É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo. As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado. A Disgrafia normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras, consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto. Já, a Disortografia é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como consequência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.


Como funciona o nosso cérebro? O cérebro é um sistema ultraorganizado e supercomplexo. Existem milhares de interconexões entre as diferentes regiões, a maioria ainda desconhecida pelos cientistas. Este esquema ilustra uma versão simplificada dessas conexões. 1- Córtex pré-frontal Comanda a capacidade de raciocinar, de resolver problemas e determina as respostas do comportamento do indivíduo ao estímulo recebido. Esta área é uma das últimas a amadurecer na adolescência. É aqui também que os neurônios envolvidos em algumas atividades que exigem concentração, como fazer palavras cruzadas, são estimulados. 2- Lóbulo frontal Região onde estão armazenadas informações que permitem o discernimento social e a capacidade de prever as consequências de uma atitude. Quando a pessoa toma um drinque, o álcool atinge o lóbulo frontal, levando-a a sentirse mais alegre e relaxada. 3- Córtex motor primário Principal região do cérebro, responsável por movimentos como andar, correr. Os neurônios dessa área estão diretamente conectados com o cerebelo, que auxilia no "ajuste fino" do exercício. Durante qualquer atividade, diversos hormônios e substâncias são produzidos e liberados na corrente sanguínea, atingindo outras regiões do cérebro. 4- Lóbulo parietal É a região do cérebro que processa as reações somato-sensoriais. É ativado quando o indivíduo ouve uma música (audição) ou lê um livro (memorização). 5- Sistema límbico


Regula a sede, o impulso sexual, a fome. Este sistema emocional é ativado quando, por exemplo, um executivo tem de decidir onde aplicar o dinheiro de sua empresa. É aquilo que se convencionou chamar de "ouvir as emoções". Esta área é acionada quando se faz algo que dê prazer - tanto comer como ingerir drogas. 6- Lóbulo occipital Onde se processam basicamente os estímulos visuais captados pelos olhos, que interpretam informações por meio de comparações, seleção e integração. Está ligado também à memória visual, quando se lê um livro. 7- Lóbulo temporal Agrega principalmente os estímulos auditivos - como quando se ouvem as sonatas de Mozart, por exemplo. 8- Amígdala É a área da expressão das emoções, como a tristeza e o medo. Aciona-se a amígdala quando se treme de medo ao ver um assalto. É como se tivesse sido disparado um alarme dentro do cérebro. Todo o organismo fica em estado de alerta. 9- Hipocampo É a conhecida "região da memória", de curto e médio prazo - torna o indivíduo capaz de se lembrar, por exemplo, do aprendizado e do que vestiu ontem. O sono REM, fase em que acontecem os sonhos, estimula o hipocampo. Quando a pessoa dorme, surgem fragmentos dessa memória. A memória de trabalho está ligada a esta região, onde também ocorre o aprendizado de novas informações. 10- Cerebelo É aqui que acontece o da música, das operações matemáticas e a coordenação motora fina. O cerebelo comanda o equilíbrio e a musculatura de todo o corpo. Um distúrbio aqui pode gerar paralisia das cordas vocais, de braços e pernas. Fazer tricô, por exemplo, envolve o córtex motor, mas é uma tarefa impossível sem o precioso auxílio do cerebelo - de onde saem os "comandos" para digitar ou tocar violão.


Disgrafia, o que é? A Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores. Sabe-se que é necessário adquirir certo desenvolvimento ao nível de: . coordenação visão-motora para que se possam realizar os movimentos finos e precisos que exigem o desenho gráfico das letras; . da linguagem, para compreender o paralelismo entre o simbolismo da linguagem oral e da linguagem escrita; . da percepção que possibilita a discriminação e a realização dos caracteres numa situação espacial determinada; cada letra dentro da palavra, das palavras na linha e não conjunto da folha de papel, assim como o sentido direcional de cada grafismo e da escrita em geral. A escrita disgráfica pode observar-se através das seguintes manifestações: O traços pouco precisos e incontrolados; O falta de pressão com debilidade de traços; O ou traços demasiado fortes que vinquem o papel; O grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho; O a escrita desorganizada que se pode referir não só a irregularidades e falta de ritmo dos signos gráficos, mas também a globalidade do conjunto escrito; A realização incorreta de movimentos de base, especialmente em ligação com problemas de orientação espacial, etc.


E como se caracteriza a disgrafia? Características: - Lentidão na escrita. - Letra ilegível. - Escrita desorganizada. - Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves. - Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial. - Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda da folha. - Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo). - Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida. - O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares. - Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular. O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um conjunto de algumas destas citadas acima. Tipos: Podemos encontrar dois tipos de disgrafia: - Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e


números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos para escrever. - Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à escrita.

Sinais indicadores: Postura gráfica incorreta. Forma incorreta de segurar o instrumento com que se escreve. Deficiência da preensão e pressão. Ritmo de escrita muito lento ou excessivamente rápido. Letra excessivamente grande. Inclinação. Letras desligadas ou sobrepostas e ilegíveis. Traços exageradamente grossos ou demasiadamente suaves. Ligação entre as letras distorcida.

E há tratamento? O tratamento requer uma estimulação linguística global e um atendimento individualizado complementar à escola. Os pais e professores devem evitar repreender a criança. Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista. Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral. Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas. Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma positiva.


Deve utilizar-se preferencialmente a letra cursiva com crianças disgráficas, uma vez que a letra script apresenta uma série de inconvenientes para eles, tais como dificuldade em detectar a separação das palavras, facilidade para as inversões, ritmo de escrita mais lento, necessidade de pensar em cada letra onde está o seu início, etc.). - Deve-se ter em especial atenção na sustentação do utensílio de escrita. A utilização correta do utensílio de escrita favorece uma boa letra e não deve ser desvalorizado o valor negativo das posturas erróneas. - A reeducação, para além de ser terapêutica e eficaz, deve ser interessante e amena para a criança que, não se pode esquecer, sofre com as suas dificuldades na escrita. Para que a criança se sinta motivada e ativa tem de se reforçar as suas pequenas evoluções e evitar a frustração e o reforço negativo. Só deste modo a reeducação terá êxito e evitar-se-ão a perda de interesse e os sentimentos de incapacidade que afetam a autoestima da criança, tornando muito difícil a sua recuperação.


E a Disortografia, o que é? A disortografia consiste numa escrita, não necessariamente disgráfica, mas com numerosos erros, que se manifesta logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita. Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros. Entre os diversos motivos que podem condicionar uma escrita desse tipo, destacamos os seguintes: . Alterações na linguagem: um atraso na aquisição e/ou no desenvolvimento e utilização da linguagem, junto a um escasso nível verbal, com pobreza de vocabulário (código restrito), podem facilitar os erros de escrita. Dentro desta área estão os erros originados por uma alteração específica da linguagem, como são os casos das dislálias e/ou disartrias. . Erros na percepção, tanto visual como auditiva: fundamentalmente estão baseados numa dificuldade para memorizar os esquemas gráficos ou para discriminar qualitativamente os fonemas. . Falhas de atenção: se esta é instável ou frágil, não permite a fixação dos grafemas ou dos fonemas correctamente. . Uma aprendizagem incorrecta da leitura e da escrita, especialmente na fase de iniciação, pode originar lacunas de base com a consequente insegurança para escrever. Igualmente, numa etapa posterior, a aprendizagem deficiente de normas gramaticais pode levar à realização de erros ortográficos que não se produziriam se não existissem lacunas no conhecimento gramatical da língua. Muitas destas alterações entroncam a disortografia com a dislexia, ao ponto de, para muitos autores, a disortografia ser apontada como uma sequela da dislexia. Até o 3º. ano é comum que as crianças façam


confusões ortográficas porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de uma disortografia. A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo professor.

E como se caracteriza a disortografia? - Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo, porta/borta. - Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão. - Adições: ventitilador. - Omissões: cadeira/cadera, prato/pato. - Fragmentações: en saiar, anoitecer. - Inversões: pipoca/picoca. - Junções: No diaseguinte, sairei mais tarde.

Há tratamento? Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto, números, famílias silábicas. Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá adiantar. Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente.


Disgrafia X Disortografia Disgrafia

Não se pode confundir ou comparar a disgrafia com disortografia, pois a disgrafia tem características próprias. A criança com disgrafia apresenta uma escrita ilegível decorrente de dificuldades no ato motor de escrever, alterações na coordenação motora fina, ritmo, e velocidade do movimento, sugerindo um transtorno práxico motor (psicomotricidade fina e visual alteradas).

Disortografia

Definimos como disortografia, os erros na transformação do som no símbolo gráfico que lhe corresponde. Nem sempre a disortografia faz parte da dislexia e pode surgir nos transtornos ligados á má alfabetização, na dificuldade de atenção sustentada aos sons, na memória auditiva de curto prazo (Déficit de Atenção) e também nas dificuldades visuais que podem interferir na escrita.


Trabalho Multidisciplinar O que vem a ser dificuldades, problemas, ou transtornos de aprendizagem? Por problemas de aprendizagem, entre tantas definições, citando aqui o Dicionário de Psicopedagogia e Psicologia Educacional, podemos pensar em uma prolongada super-exigência, seguida de grande frustração, devido a causas diversas e que exigem atenção e tratamento por estarem diretamente relacionados com o sofrimento de quem os apresenta. O mesmo dicionário “sugere” que o tratamento se oriente no sentido de uma revisão da escola em que a criança/adolescente estuda, aconselhamento de pais e professores, auxílio dirigido e psicoterapia. Os profissionais indicados entre outros, a depender do caso, devem ser os psicólogos,

psicopedagogos,

fonoaudiólogos.

Esses

profissionais,

especialmente quando inseridos em uma equipe multidisciplinar, muito podem contribuir para uma compreensão das causas, acompanhamento, tratamento, remissão e/ou diminuição dos efeitos e consequências, tornando a vida acadêmica, pessoal e social da criança/adolescente muito mais produtiva e significativa, minimizando o sofrimento, e consequentemente visando prevenir a continuidade desses sintomas/ comportamentos no adulto.


Considerações Finais Esperamos que este manual seja válido para seu trabalho docente e que possa consultá-lo em caso de dúvidas, pois a nós, professores podemos ser muito importantes no processo de identificação e descoberta de dificuldades de aprendizagem (TDAH, Disgrafia, Discalculia, Dislalia, Disortografia...), mas não cabe a nós diagnosticar. Estes devem ser feitos por médicos, psicólogos e psicopedagogos. Nós, professores devemos observar o aluno e auxiliar no seu processo de aprendizagem, fazendo com que as aulas sejam dinâmicas e motivadoras, dando ao nosso aluno a oportunidade de descobrir suas potencialidades. Ah! Aproveitem as dicas de leitura vão lhe acrescentar muito!


Dicas de Leitura MANUAL PARA TRATAMENTO DE DISGRAFIA O livro Manual para Tratamento de Disgrafia, Disortografia e Troca de Letras pode ser tomado por muitos como um simples livro de caligrafia, muitas pessoas trabalham há anos neste pequeno foco de deficiência da aprendizagem. Portanto, este livro é muito complexo e assume uma importância no sentido de desenvolvimento de todos os sentidos como; Orientação espacial, à mediada que tem um seguimento, Noção de tamanho, distância, à medida em que é utilizado o limite das linhas, discriminação visual, nas diferenciação cores das linhas utilizadas, nos contornos, nos pontilhados.

DISLEXIA, DISORTOGRAFIA E DISGRAFIA Na obra Dislexia, Disortografia e Disgrafia, da autoria de Rosa Maria Rivas Torres e Pilar Fernández, são analisados os aspectos cruciais da abordagem dos problemas específicos da linguagem. São apresentados os diferentes

tipos

de

dificuldade,

as

suas

características e manifestações e a sua evolução. São apresentadas propostas para a reeducação de crianças com dificuldades especiais e ajudas pedagógicas através de exemplos práticos.


DISLEXIA E DISORTOGRAFIA- PROGRAMA DE INTERVENÇÃO E REEDUCAÇÃO O livro Dislexia e Disortografia - Programa de Intervenção e Reeducação, constituído por dois volumes, tem como objetivo essencial a reeducação de crianças com dislexia e disortografia e surgiu da necessidade de desenvolver estratégias concretas de atuação para lidar com o aluno disléxico. Com este livro pretende-se que pais, técnicos, terapeutas e professores, no âmbito do Programa de Intervenção e Reeducação em Dislexia e Disortografia, tenham acesso à informação para levar as crianças a ultrapassarem as suas dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita.


Sites e Endereços Úteis Meu Filho tem Letra Feia http://revistavivasaude.uol.com.br/familia/meu-filhotem-letra-feia/418/

Dislexia – Dr. Drauzio Varella http://drauziovarella.com.br/crianca-2/dislexia/

Exercícios para Disortografia e Disgrafia http://educaja.com.br/2010/05/disgrafia-e-disortografia-exercicios.html

Associação Brasileira de Dislexia http://www.dislexia.org.br/ Rua da Consolação, 37 – 11º andar – Ed. Estamparia – Consolação - São Paulo-SP - CEP: 01301-901

Instituto ABCD http://www.institutoabcd.org.br Rua Pedroso Alvarenga, 1046 - cj. 157/158 - Itaim Bibi - São Paulo-SP - CEP: 04531-004


Referencias SANTOS, M. T. M. e NAVAS A. L. G. P. Distúrbios de Leitura e Escrita: Teoria e Prática. São Paulo: Editora Manole, 2002.

KATO, M. A. (org.). A concepção da escrita pela criança. 2. ed. São Paulo: Pontes, 1992.

PINHIERO, M., RAMOS, E. C., COSTA, S. R. D. da. Biologia Educacional. Curitiba: Imprensa da UFPR, 2014.


Manual Educativo para Professores Este material foi desenvolvido para você professor como parte das atividades da disciplina de Biologia Educacional, faço votos de que aproveite!


Agora 茅 s贸 se divertir! Sudoku


 


Palavras Cruzadas Diretas


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