Parque Linear Conexões | TC-II

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Universidade Cruzeiro do Sul Heloisa Freire Lacerda Trabalho de Curso de Arquitetura e Urbanismo, como parte dos requisito necessários à obtenção do grau de bacharelado pela Universidade Cruzeiro do Sul, sob orientação da Profª Julia Kotchetkoff.

São Paulo 2021



dedicat ria

Dedico esse trabalho aos meus pais que sempre estiveram comigo, à minha família sempre presente, aos meus amigos e em especial aqueles que estão comigo na memória e no coração, Nair Ramos, José Lacerda, Flávio Ferreira, Antônio Lacerda e Francisca Rodrigues. A TODOS VOCÊS QUE SÃO PARTE DO MEU TODO!



agradeciment s Expresso toda minha gratidão aos meus pais, Ducilene e Sidinei, que me apoiaram e possibilitaram a oportunidade de estudar o que eu sempre sonhei, vocês são a minha base. A toda minha família pelo apoio e ajuda durante o processo de pesquisa e desenvolvimento. As minhas primas Rosangela Moraes e Marcela Pavinato por me acolherem em uma casa cheia de amor, cafézinho e internet e a minha prima Carolina Ferreira. Agradeço imensamente aos meus amigos, Carolina Gonçalves, Lucas Dias, Luísa Cavalcante, Marcos Chen, Matheus Farias e Thiago Mattos pelas horas de conversa, pela força desde o começo, pelas risadas e playlists impecáveis em todas as chamadas, mas, principalmente pelo companheirismo nesses cinco anos. Ao meu amigo Douglas Morales por ter me salvado com os meus PDFs. As minhas partners in crime Danielle Lacerda e Luana Dias por me acompanharem e me darem forças sempre. A minha orientadora Julia Kotchetkoff por me direcionar e acompanhar a elaboração do projeto, oferecendo todo auxílio necessário.


resumo Este objeto de estudo apresenta como tema central a proposta de implantação do Parque Linear Conexões, com o intuito de ocupar de forma significativa um espaço classificado como vazio urbano, ainda mais evidente quando se trata de uma divisa de subprefeitura. A preparação do espaço com equipamentos de lazer e cultura induz a apropriação por parte da população no terreno paralelo ao córrego Três Pontes. A metodologia utilizada envolve pesquisas relacionadas ao tema, análise abrangente da região, levantamento do terreno e seus aspectos f ísico ambientais, além de consultas de projetos de parques urbanos nacionais e internacionais. Nos resultados estão presentes estudos de implantação nos três módulos do parque, abrangendo a topografia e o curso natural do córrego. O projeto leva em consideração que conectar os usuários ao parque é prioridade, com a pretensão de gerar experiências e memórias. palavras-chave: Parque, córrego, vegetação, conexão, população e divisa.


abstract This object of study presents as its main theme, the proposal for the implementation of Linear Park Connections, to significantly full filled a space classified as an urban void, which becomes even more evident when it comes to a sub-prefecture boundary. The preparation of the space with leisure and cultural equipment induces lead by the population to move along lands parallel to the Três Pontes stream. The methodology used involves research related to the theme, extensive analysis of the region, survey of the terrain and its physical and environmental aspects, as well as consultations on national and international urban park projects. The results include implementation studies in the three modules of the park, covering the topography and the stream’s natural course. The project considers that connecting users to the park is a priority, to generate experiences and memories. keywords: Park, stream, vegetation, connection, population and Chevron.


lista de figuras Fig. 1. Infraestrutura Verde (Guia Global de Desenho de Rua, 2016). 23 Fig. 2. 12 Critérios para determinar um bom espaço público (Juliana Russo, Marina Chevrand e Calu Tegagni, 2013). 24 Fig. 3. Parque Nair Bello (ArchDaily, 2021). 26 Fig. 4. Parque Nair Bello- Planta baixa (ArchDaily, 2021). 26 Fig. 5. Parque Capibaribe (Parque Capibaribe, 2021). 27 Fig. 6. Módulo Parque das Graças (Parque Capibaribe, 2021). 27 Fig. 7. Promenade Plantée (Le Paris d’Alex, 2018). 28 Fig. 8. Promenade Plantée (Le Paris d’Alex, 2018). 28 Fig. 9. Parque Linear Cheonggyecheon (Projeto Batente, 2018)29 Fig. 10. Parque Linear Cheonggyecheon- Antes e depois (Projeto Batente, 2018). 29 Fig. 11. Parque às Margens do Rio Aiyi (ArchDaily, 2019). 30 Fig. 12. Parque às Margens do Rio Aiyi- modelagem (ArchDaily, 2019). 30 Fig. 13. Parque Linear HXQ (ArchDaily, 2021). 31 Fig. 14. Parque Linear HXQ (ArchDaily, 2021). 31 Fig. 15. Parque da Familia- Vista aérea(ArchDaily, 2021). 32 Fig. 16. Parque da Familia (ArchDaily, 2021). 32 Fig. 17. Parque Linear do Grande Canal (ArchDaily, 2020) 33 Fig. 18. Parque Linear do Grande Canal- Vista aérea (ArchDaily, 2020). 33 Fig. 19. Parque Linear Elevado Hyperlaneral (ArchDaily, 2020). 34 Fig. 20. Parque Linear Elevado Hyperlane- Visão geral (ArchDaily, 2020). 34 Fig. 21. Linha do tempo de parques (Desenvolvido pelo autor, 2021). 37 Fig. 22. Córrego Três Pontes (Desenvolvido pelo autor, 2021). 38 Fig. 23. Situação do Córrego- Marechal Tito em 2010 (Google Maps, 2021). 39 Fig. 24. Ponte Jardim Mirai- Ronaldo Andrade (Câmara Municipal de Itaquaquecetuba, sd). 40 Fig. 26. Braulino de Jesus dos Santos, morador vizinho da ponte

(São Paulo Agora- Folha de São Paulo, 2019) 40 Fig. 25. Ponte Jardim Mirai 2- Ronaldo Andrade (Câmara Municipal de Itaquaquecetuba, sd). 40 Fig. 27. Ponte reformada (Cidade de São Paulo, 2020). 40 Fig. 28. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável- 11 (ONU ,2021). 42 Fig. 29. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável- 15 (ONU ,2021). 42 Fig. 30. Domingos de Góes em frente a Fazenda Biacica (Central Leste Notícias, 2016). 46 Fig. 31. Estação de Itaim Paulista- 1926) (Estações Ferroviárias, 2018). 46 Fig. 32. Ex-Funcionários da Companhia Nitro Química Brasileira (Época Negócios, 2018). 46 Fig. 33. Ex-Alunos do CEIP- Colégio Estadual do Itaim Paulista (Grupo Acontece, 2019). 46 Fig. 34. Prefeitura Regional Itaim Paulista (Subprefeitura Itaim Paulista, 2019). 47 Fig. 35. Registro fotográfico em Itaim Paulista (Central Leste Notícias, 2016). 47 Fig. 36. Parque Ecológico Central do Itaim (Folha de São Paulo, 2013). 47 Fig. 37. Localização dos cortes (Google Maps com modificações, 2021). . 57 Fig. 38. Largura das vias(Google Maps com modificações, 2021)60 Fig. 39. Rua Guariju (A autora, 2021) . 101 Fig. 42. Área de acesso a Rua Guariju (A autora, 2021). 101 Fig. 40. Passarela de acesso ao Jardim Romano (A autora, 2021) 101 Fig. 43. Terreno do parque (A autora, 2021). 101 Fig. 41. Córrego Três Pontes (A autora, 2021). 101 Fig. 44. Vista para Sultan (A autora, 2021). 101 Fig. 45. Vista para a ponte (A autora, 2021). 102 Fig. 46. Córrego Três Pontes (A autora, 2021). 102 Fig. 47. Final da Avenida Córrego Três Pontes (A autora, 2021). 102


Fig. 48. Avenida Córrego Três Pontes (A autora, 2021). 102 Fig. 49. Vista da Avenida Córrego Três Pontes (A autora, 2021). 102 Fig. 50. Córrego Três Pontes (A autora, 2021). 102 Fig. 51. Córrego Três Pontes (A autora, 2021). 102 Fig. 52. Casasnas margens do córrego (A autora, 2021). 103 Fig. 53. Vista da ponte Jardim Monte Belo (A autora, 2021). 103 Fig. 54. Praça (A autora, 2021). 103 Fig. 55. Praça (A autora, 2021). 103 Fig. 56. Praça e Campo da Comunidade (A autora, 2021). 103 Fig. 57. Praça (A autora, 2021). 103 Fig. 58. Visão geral do High Line (The High Line, 2021). 108 Fig. 59. Construção High Line (The High Line, 2021). 108 Fig. 60. Encaixe dos pisos (The High Line, 2021). 108 Fig. 61. Mapa de localização (The High Line, 2021). 109 Fig. 62. Implantação da vegetação no elevado (The High Line, 2021). 110 Fig. 65. Corte esquemático (The High Line, 2021). 110 Fig. 63. Construção da escada de acesso (The High Line, 2021). 110 Fig. 64. Junção dos trilhos com vegetação e pisos (The High Line, 2021). 110 Fig. 66. Vista da Avenida (The High Line, 2021). 111 Fig. 67. Escultura temporaria (The High Line, 2021). 111 Fig. 69. Corte do Spur (The High Line, 2021). 111 Fig. 68. Espaço de descanso (The High Line, 2021). 111 Fig. 70. Primeira seção (The High Line, 2021). 112 Fig. 71. Corte do auditório (The High Line, 2021). 112 Fig. 72. Visão noturna da primeira seção (The High Line, 2021). 112 Fig. 74. Render da primeira seção (The High Line, 2021). 112 Fig. 75. Visão noturna do auditório (The High Line, 2021). 112 Fig. 73. Auditório ao ar livre (The High Line, 2021). 112 Fig. 76. Caminhos (The High Line, 2021). 113 Fig. 77. Moldura (The High Line, 2021). 113 Fig. 78. Visão aérea dos caminhos (The High Line, 2021). 113 Fig. 79. Área de descanso (The High Line, 2021). 113

Fig. 80. Render do acesso (The High Line, 2021). 113 Fig. 81. Visão geral da terceira seção (The High Line, 2021). 114 Fig. 82. Terceira seção (The High Line, 2021). 114 Fig. 83. Mobiliário especial (The High Line, 2021). 114 Fig. 84. Junção dos trilhos com pisos (The High Line, 2021). 114 Fig. 85. Áreas de descanso (The High Line, 2021). 114 Fig. 86. Mobiliário (The High Line, 2021). 114 Fig. 87. Visão geral do High Line (The High Line, 2021). 115 Fig. 88. Vivência do parque (The High Line, 2021). 115 Fig. 89. Vida noturna no parque (The High Line, 2021). 115 Fig. 90. Mobiliário (The High Line, 2021). 115 Fig. 92. Mobiliário (The High Line, 2021). 116 Fig. 91. Detalhamento (The High Line, 2021). 116 Fig. 93. Mobiliário especial com iluminação (The High Line, 2021). 117 Fig. 94. Contraste do novo com antigo (The High Line, 2021). 117 Fig. 95. Visão geral (The High Line, 2021). 117 Fig. 96. Entrada Parque Madureira (ArchDaily, 2021). 118 Fig. 97. Master Plan Parque Madureira (ArchDaily, 2021). 119 Fig. 98. Parede verde Parque Madureira (ArchDaily, 2021). 120 Fig. 99. Instalação placas solares (ArchDaily, 2021). 120 Fig. 100. Design do mobiliário (ArchDaily, 2021). 121 Fig. 101. Tênis de mesa (ArchDaily, 2021). 122 Fig. 102. Caminhos Parque Madureira (ArchDaily, 2021). 122 Fig. 103. Praia de Madureira (ArchDaily, 2021). 122 Fig. 105. Elevações- Concha da Praça do Samba (ArchDaily, 2021)123 Fig. 104. Praça do Samba (ArchDaily, 2021). 123 Fig. 106. Evento noturno na Praça do Samba (ArchDaily, 2021). 123 Fig. 109. Skate Park (ArchDaily, 2021). 124 Fig. 107. Pista de Half Pipe (Dimensional Engenharia, 2017). 124 Fig. 108. Pista de Half Pipe (Dimensional Engenharia, 2017). 124 Fig. 110. Planta baixa e elevação cúpula (Dimensional Engenharia, 2017). 124


Fig. 112. Visão noturna geral do Parque Madureira (ArchDaily, 2021). 125 Fig. 111. Crianças brincando no parque (ArchDaily, 2021). 125 Fig. 113. Cascata Praia de Madureira (ArchDaily, 2021). 125 Fig. 114. Visão geral Parque Tiquatira (Prefeitura de São Paulo, 2021). 126 Fig. 115. Aparelhos de ginastica (São Paulo São, 2016). 127 Fig. 116. Anfiteatro (São Paulo São, 2016). 127 Fig. 117. Quadra de vôlei (São Paulo São, 2016). 127 Fig. 118. Infraestrutrua Parque Tiquatira (Prefeitura de São Paulo, 2021). 128 Fig. 119. Hélio da Silva (UOL, 2020). 129 Fig. 120. Hélio da Silva (UOL, 2020). 129 Fig. 121. Entrada Parque Tiquatira (Nádya Duarte, 2017). 130 Fig. 122. Conceito Parque Linear Conexões (A autora, 2021). 134 Fig. 123. Módulo A (A autora, 2021). 144 Fig. 124. Módulo B (A autora, 2021). 145 Fig. 125. Módulo C (A autora, 2021). 145 Fig. 126. Implantação Parque Linear Conexões (A autora, 2021). 149 Fig. 127. Implantação Módulo A (A autora, 2021). 150 Fig. 128. Implantação Módulo B (A autora, 2021). 151 Fig. 129. Implantação Módulo C (A autora, 2021). 152 Fig. 130. Diagrama- Módulos (A autora, 2021). 156 Fig. 131. Diagrama- Módulos (A autora, 2021). 157 Fig. 132. Entrada do Módulo A (A autora, 2021). 158 Fig. 133. Feira livre (A autora, 2021). 159 Fig. 134. Academia (A autora, 2021). 159 Fig. 135. Games urbanos (A autora, 2021). 160 Fig. 136. Games urbanos (A autora, 2021). 160 Fig. 138. Praça dos esportes (A autora, 2021). 161 Fig. 137. Playground (A autora, 2021). 161 Fig. 139. Área de Ping Pong (A autora, 2021). 161 Fig. 140. Praça dos esportes (A autora, 2021). 161 Fig. 141. Anfiteatro (A autora, 2021). 162

Fig. 142. Fig. 144. Fig. 143. Fig. 145. Fig. 147. Fig. 146. Fig. 148. Fig. 149. Fig. 150. Fig. 151. Fig. 152. Fig. 153. Fig. 154. Fig. 156. Fig. 155. Fig. 157. Fig. 158. Fig. 159.

Anfiteatro (A autora, 2021). 162 Comércios (A autora, 2021). 163 Horta (A autora, 2021). 163 Deck de contemplação (A autora, 2021). 164 Quiosques com churrasqueira (A autora, 2021). 165 Deck de contemplação (A autora, 2021). 165 Redário (A autora, 2021). 166 Pomar (A autora, 2021). 166 Quiosques com churrasqueira (A autora, 2021). 167 Horta (A autora, 2021). 167 Entrada Módulo C (A autora, 2021). 168 Visão aérea (A autora, 2021). 169 Ciclovia (A autora, 2021). 169 Entrada do parque (A autora, 2021). 170 Visão aérea (A autora, 2021). 170 Academia (A autora, 2021). 171 Playground (A autora, 2021). 171 Área de contemplação (A autora, 2021). 172


lista de mapas Mapa 1. Localização Itaim Paulista. 46 Mapa 2. Subprefeituras vizinhas. 47 Mapa 3. Divisão de bairros. 48 Mapa 4. Macrozona. 49 Mapa 5. Zona Rural e Zona Urbana. 50 Mapa 6. Macroáreas. 51 Mapa 7. Áreas Eixo de Estruturação Urbana. 52 Mapa 8. Macroárea de Estruturação Metropolitana. 52 Mapa 9. Zoneamento. 53 Mapa 10. Topografia. 54 Mapa 11. Caminhos principais. 56 Mapa 12. Barreiras. 59 Mapa 13. Gabarito de altura. 60 Mapa 14. Pontos nodais. 61 Mapa 15. Marcos. 62 Mapa 16. Habitações. 63 Mapa 17. Ocupações irregulares. 65 Mapa 18. Vulnerabilidade Social. 66 Mapa 19. Densidade Demográfica. 67 Mapa 20. Indice de empregos no município. 68 Mapa 21. Desigualdade. 69 Mapa 22. Equipamentos de Saúde. 70 Mapa 23. Equipamentos de Educação. 71 Mapa 24. Equipamentos de lazer, cultura e esporte. 72 Mapa 25. Equipamentos públicos. 73 Mapa 26. Questões Ambientais e Cobertura Vegetal. 74 Mapa 27. Remanescente Bioma Mata Atlântica. 75 Mapa 28. Serviços/Comércios e Indústria. 76 Mapa 29. Equipamentos de Gestão Urbana. 77 Mapa 30. Patrimônio e Turismo. 78 Mapa 31. Ferrovia e Estações. 79 Mapa 32. Rede de Ônibus. 80 Mapa 33. Rede Ciclo viária. 81 Mapa 34. Torres de Energia. 82

Mapa 35. Equipamentos de Saneamento. 83 Mapa 36. Perímetros de Ação. 85 Mapa 37. Localização dos projetos individuais. 91 Mapa 38. Terreno e entorno. 94 Mapa 39. Topografia. 95 Mapa 40. Hierarquia Viária. 96 Mapa 41. Cheios e Vazios. 97 Mapa 42. Localização das imagens. 98 Mapa 43. Módulos do terreno. 102 Mapa 44. Fluxograma.


lista de quadros Quadro 1. Carte AA (Google Earth, 2021). 57 Quadro 2. Carte BB (Google Earth, 2021). 57 Quadro 3. Potencialidades e Fragilidades- Leitura Urbana (Desenvolvido pelo grupo, 2021). 90 Quadro 4. Potencialidades e Fragilidades- Diagnósticos da cidade (Desenvolvido pelo grupo, 2021). 91 Quadro 5. Potencialidades e Fragilidades- Diagnósticos da cidade (Desenvolvido pelo grupo, 2021). 92 Quadro 6. Índices Urbanisticos. 104 Quadro 7. Pesquisa Online- Usos desejáveis (A autora, 2021). 139 Quadro 8. Programa de necessidades (A autora, 2021). 140 Quadro 9. Coloração de floração- Pequeno e médio porte (A autora, 2021). 153 Quadro 10. Coloração de floração- Porte grande e gigante. (A autora, 2021). 154 Quadro 11. Coloração de frutificação. (A autora, 2021). 155 Quadro 12. Classificação de porte (A autora, 2021). 155

lista de siglas ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas AIDS- Síndrome da Imunodeficiência Adquirida AQUA- Alta Qualidade Ambiental CAT - Centro de Apoio ao Trabalhador CEIP - Colégio Estadual de Itaim Paulista CEU- Centros Educacionais Unificados CMPU- Conselho Municipal de Política Urbana COHAB- Companhia de Habitação Popular CPTM- Companhia Paulista de Trens Metropolitanos DAEE- Departamento de Águas e Energia Elétrica DET- Departamento de Engenharia de Tráfego DGT- Departamento de Gerência de Tráfego DST- Doenças Sexualmente Transmissíveis EAD- Educação a Distância EJA- Educação de Jovens e Adultos ENEL- Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo. GTAC- Grupo Técnico de Áreas Contaminadas HIS- Habitação de Interesse Social HMP- Habitação de Mercado Popular ILPI- Unidades de referência a saúde do idoso LDO- Lei de Diretrizes Orçamentárias LED- Light Emitting Diode (Diodo Emissor de Luz) LOA- Lei Orçamentária Anual MEM- Macroárea de Estruturação Metropolitana MOVA- Manutenção do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos NBR - Norma Técnica brasileira NY- Nova York OMS- Organização Mundial da Saúde PCD- Pessoa com deficiência PDE- Plano Diretor Estratégico PIU- Projetos de Intervenção Urbana PLANPAVEL- Plano Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e


Espaços Livres PLOA- Projeto de Lei Orçamentária Anual PMMA- Plano Municipal da Mata Atlântica PPA- Plano Plurianual SABESP- Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo SAPAVEL- Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres SNUC- Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SVMA- Secretaria Municipal Do Verde E Do Meio Ambiente TPH- Total Petroleum Hidrocarbons UBS- Unidades Básicas de Saúde UPA- Unidade de Pronto Atendimento URSI- Unidades de referência a saúde do idoso ZC- Zonas de Centralidade ZEIS- Zonas Especiais de Interesse Social ZEPAM- Zona Especial de Preservação Ambiental ZEU- Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana ZEUP- Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto ZM- Zona Mista ZMIS- Zona Mista de Interesse Social ZOE- Zonas de Ocupação Especial

lista de abreviaturas AV- Avenida AVE- Avenue (Avenida) PAG- Página ST- Street (Rua)


sum 1 2 3 18 19 20 21 22 35 36 38 39 41

considerações iniciais

introdução justificativa objetivos metodologia referencial retorno da vida nos espaços públicos linha do tempo parques o córrego três pontes histório do córrego três pontes normas e leis

46 48 86 87 90 93

estudo do lugar

passado presente relação presente e passado futuro potencialidades e f ragilidades localização dos projetos individuais

96 97 98 99 100 104

apresenta do terreno

localização topografia hierarquia viária cheios e vazios levantamento fotográfi parâmetros urbanístic


mário 4 5

fico in loco cos

estudos de caso

109 high line 118 parque madureira 126 parque tiquatira

134 148 150 151 152 153 158 173

estudo preliminar + projeto

estudo preliminar implantação implantação módulo a implantação módulo b implantação módulo c paisagismo perspectivas considerações finais

174 referências

ação o



considerações iniciais

18 19 20

introdução

justificativa objetivos 20 gerais 20 específicos

21

metodologia 21 entendendo a região 21 descobrindo o tema 21 desenvolvendo o projeto

22

referencial 22 conceitos e teóricos 26 projetos de referência

35 36 38 39 41

retorno da vida nos espaços públicos linha do tempo de parques o córrego Três Pontes histórico do córrego três pontes e suas pontes normas e leis


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considerações iniciais considerações iniciais

introdução O presente trabalho abordará a implantação do Parque Linear conexões, associado ao tratamento e recuperação do córrego Três Pontes, suas margens e a transformação da paisagem urbana. O projeto visa também a criação de uma infraestrutura verde na área de intervenção em seu entorno imediato, além da conexão por meio de uma rede ciclo viária à Praça da Gente, localizada ao lado do Córrego Tijuco Preto. O terreno tem aproximadamente 56mil m² e 1,12Km de extensão, está localizado na área de várzea paralela ao córrego, que faz divisa com a Subprefeitura de Itaquaquecetuba. Ele se inicia ao lado da via férrea da CPTM, atravessa a Avenida Marechal Tito e segue até o campo Clube da Comunidade Jardim das Oliveiras. O projeto foi pensado para o período contemporâneo em que vivemos, sendo também de uso atemporal. O parque será aberto ao público, entretanto tem como foco principal o uso de famílias que residem no entorno, englobando as duas subprefeituras. A fim de obter um projeto que prioriza os pedestres e garante espaços de qualidade, será empregado a mescla de conceitos de teóricos como Jane Jacobs, Jan Gehl e do livro Guia Global de Desenho de Rua.


considerações iniciais

justificativa A Proposta do Parque Linear Conexões tem como base a análise da baixa cobertura de áreas verdes na região do Itaim Paulista, como apresentado no documento oficial da Prefeitura de São Paulo (Mapeamento Digital da Cobertura Vegetal do Município de São Paulo, 2020). Somado aos problemas de inundação decorrentes no Córrego Três Pontes, que afeta diretamente o bem estar físico, mental e social da população, além da baixa oferta de espaços públicos em boas condições. Mesmo a Subprefeitura do Itaim Paulista apresentando um número considerável de parques, sendo a maior quantidade dentre as subprefeituras da Zona Leste, a sua quantidade acaba sendo afetada pela qualidade desses espaços, que por falta de manutenção frequente e segurança acaba afastando a população, por exemplo, como apresentado na reportagem” Itaim Paulista luta por espaços públicos de lazer e cultura” (Soares, 2016). A implantação busca promover uma mudança significativa na qualidade de vida dos munícipes criando um novo espaço de convívio para relações sociais e culturais. Também ajudará na estruturação e nas condições urbanísticas e socioeconômicas gerando um novo ponto de

centralidade em um dos limites do distrito. A inserção de um equipamento público de lazer nessa localidade é de suma importância, pois hoje os moradores precisam percorrer de 2km a 4km para chegar aos parques mais próximos, sendo eles o Parque Santa Amélia (Itaim Paulista), ou o Parque Ecológico Mário do Canto (Itaquaquecetuba). Esse corredor verde vai levar em conta o tratamento do córrego preservando a vegetação nativa de suas margens e o reestabelecimento de uma parcela de mata através do reflorestamento com espécies nativas da Mata Atlântica, melhorando as condições ecológicas e climáticas na região. Esse instrumento urbano terá impacto expressivo em seu entorno, logo a malha viária e infraestrutura urbana sofreram alterações a fim de melhorar o acesso e locomoção dos usuários. Os pedestres serão colocados em primeiro lugar na hierarquia de prioridades e os ciclistas em segundo, evidenciando assim o conceito de ruas sustentáveis estudado no livro Guia Global de Desenho de Rua (2016). Esse foco leva em conta que o Itaim é classificado no Mapa de Desigualdade da Rede Nossa São Paulo (2020) como um dos piores nos índices

de Acesso a inf raestrutura ciclo viária e Transferências nas viagens ao trabalho por transporte público.

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considerações iniciais

objetivos gerais − Transformar o espaço de transição entre as duas subprefeituras do Itaim Paulista e Itaquaquecetuba; − Aumentar de forma considerável a área de cobertura vegetal na região do Itaim Paulista; − Criar mais um espaço de lazer que seja explorado pela população com diversos usos.

específicos − Resolver problemas de inundação causados pelo Córrego Três Pontes através do seu tratamento e recuperação das margens; − Transformar um espaço vegetado já existente para uma área verde planejada a fim de atender os usos dos moradores do entorno; − Melhorar a inf raestrutura urbana do entorno do parque que será usada em seus diversos pontos de acesso; − Transformar a memória afetiva da população do entorno. − Realizar a conexão com outro equipamento de cultura e lazer. − Melhorar os serviços ecossistêmicos no perímetro.


considerações iniciais

metodologia entendendo a região O trabalho foi iniciado com o estudo da Subprefeitura do Itaim Paulista no contexto geral, elaborado em grupo, através da análise de documentos, notícias, artigos e desenvolvimento de mapas. Previamente, foi observado como acontece as demarcações de Macroárea, Divisão dos Bairros, Zoneamento, Eixos de Estruturação e também a Topografia. A segunda parte foi realizar a leitura urbana da região, seguindo os aspectos essências definidos por Kevin Lynch, como seus principais caminhos, limites, barreiras visuais, pontos nodais e marcos. A terceira usou como base as informações oficiais disponibilizadas pela Prefeitura de São Paulo, através da plataforma Geosampa, assim, foi possível suceder o diagnóstico dos usos da cidade, linkando esses dados a mapas para melhor visualização. Dessa maneira foi possível entender por exemplo, o uso do solo, a distribuição de equipamentos de lazer, cultura, esporte e educação, onde estão disponíveis serviços de saúde e comércios e as questões ambientais. Após realizar um levantamento dos planos

existentes, e o patamar que eles estão, o grupo desenvolveu uma planilha com os fragilidades e potencialidades do distrito, para começar a elaboração dos projetos individuais.

descobrindo o tema Para entender mais sobre o tema foi estudado alguns projetos implantados tanto no Brasil, como em outros países. Teses e dissertações relacionadas, documentos da Prefeitura de São Paulo, e conceitos gerais e de teóricos, como Jane Jacobs, e o livro Guia Global de Desenho de Rua.

desenvolvimento do projeto Para desenvolvimento do projeto foi realizada uma pesquisa online com os moradores das duas subprefeituras vizinhas, assim foi possível entender a relação dos mesmos com o espaço e os usos dos parques próximos. Além do programa de necessidades levando em conta o estudo de outros parques lineares. Depois de def inido o que seria incluído, foi realizado o fluxograma e plano de massas para alocar todos usos em lugares estratégicos no perímetro escolhido. E por último foi desenvolvido o projeto do parque diviso em três módulos af im de obter melhor entendimento e visualização das plantas.

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considerações iniciais

referencial conceitos e teóricos parque linear Intervenções em áreas urbanas, está incluso no conceito de corredor verde, e é utilizado como instrumento de planejamento e gestão de áreas muitas vezes degradas. Compreendem um formato diferente, e por esse motivo necessitam de um modelo de gestão distinto dos parques tradicionais, já que são abertos estão vulneráveis aos fatores externos. Eles possibilitam a transformação da paisagem, novas áreas verdes de lazer e possuem cinco classes (NAGANO, 2018): − Ao longo de eixos de curso d’água, como córregos ou rios, apresenta interação com elementos naturais, permeabilidade, preservação e recuperação da vegetação. − Implantação sobre faixas de serviço das adutoras de água ou oleoduto. Possuem algumas restrições, como o plantio de árvores e construção de edificações sobre os dutos.

− Sobre infraestruturas elevadas quando estão obsoletas, como passarelas, viadutos e linhas férreas. − Sob elevados, assim como o anterior se apropria da infraestrutura existente, porem na parte inferior, nivelada com a rua, e tem como objetivo amenizar a presença daquela estrutura e evitar ocupações irregulares. − Aproveitamento do canteiro central para implantação do parque entre eixos viários, normalmente acontece com a presença de ciclovias, arborização ou equipamentos.

Os corredores verdes ou parques lineares nos contextos urbanos são muito mais que um parque ou instalação, já que são uma resposta para as pressões f ísicas e psicológicas derivadas dos processos de urbanização. (SEARNS, 1995).

áreas verdes São conjuntos de áreas intraurbanas de cobertura vegetal, arbórea, arbustiva ou rasteira. Regiões arborizadas ajudam no microclima local, podem diminuir ilhas de calor, melhoram a qualidade do ar e funcionam como redutor da poluição sonora. Também são importantes para restaurar e recuperar os espaços públicos das grandes cidades, e quando esses estão ao longo das margens dos rios e córregos ajudam na proteção do sistema hídrico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é ideal que as cidades tenham 12m² de áreas verdes por habitante. Mas isso é o oposto do que acontece nas cidades brasileiras, que tem um índice pelo menos 5 vezes a baixo, quando comparado a outros países da América Latina, como Argentina e Chile. Ter áreas arborizadas trazem diversos benef ícios a saúde, o contato com a natureza pode reduzir a pressão arterial e melhorar o bem-estar f ísico e mental e social da população segundo o Guia Global de Desenho de Rua (2016).


considerações iniciais

parque urbano

Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente , os parques urbanos são espaços verdes em áreas urbanizadas direcionado ao público. Tem a finalidade de proporcionar opções de lazer e recreação, muitas vezes ligados a equipamentos esportivos, como quadras, campos e ciclovias. Alguns também oferecem serviços voltados a cultura, como museu, centros culturais e educativos, casas de espetáculo e bibliotecas. Apresentam também a possibilidade do contato mais próximo com a natura e conhecimento da fauna e flora local.

ambiente e trazer benéficos a comunidade. Alguns princípios norteiam os projetos de infraestrutura verde como: − Valas de infiltração: São canais rasos e abertos com revestimento vegetal, para garantir o escoamento da água até os dutos fechados. − Jardim de chuva: Possuem um tipo diferente de solo filtrante que pode remover poluentes. Podem ser projeta-

+

infraestrutura verde

Como estudado no livro Guia Global de Desenho de Rua (2016), funciona como complemento dos sistemas de drenagem tradicionalmente usados, e pode ajudar nos problemas de inundações e poluição hídrica com a ajuda da vegetação, do solo e dos processos naturais. Além de oferecer alivio natural ao

Fig. 1.

Infraestrutura Verde (Guia Global de Desenho de Rua, 2016).

-dos para infiltrar no subsolo ou para reter temporaria-mente e tratar as águas das chuvas. − Piso permeável: Permite que a água atravesse a camada superficial e se infiltre no solo. − Técnicas de irrigação passiva: Direciona as águas pluviais para áreas ajardinadas e covas de árvores.

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considerações iniciais

conceitos e teóricos espaço público

Os espaços públicos disponíveis na cidade devem oferecer a população conforto, relaxamento e possibilidades para novas descobertas refletindo diversidade. É essencial que seja democrático, a fim de garantir o direito a todos os usuários e ser acessível para que todos tenham liberdade em seus diversos usos. É fundamental que seja um espaço onde as pessoas criem conexões e memórias em seu cotidiano, gerando um elo com o local (PACHECO, P., CACCIA, L., AZEREDO, L., 2017).

12 critérios para determinar um bom espaço público new city life (Jan Gehl, Lars Genzoe e Sia Karnaes)

Após muitas análises de 3 urbanistas foi desenvolvida uma lista (2006) para classificar se um espaço público é bom ou não. Os critérios são: Proteção contra o Tráfego, Segurança nos espaços públicos; Proteção contra experiências sensoriais desagradáveis, Espaços para caminhar, Espaços de permanência, Ter onde se sentar, Possibilidade de observar, Oportunidade de conversar, Locais para se exercitar, Escala Humana, Possibilidade de aproveitar o clima e Boa experiência sensorial.

vazio urbano

Glebas, terrenos, lotes ou edifícios que não possuem uso, ocupação ou são subutilizados quando inseridos na malha urbana e não cumprem a função social. (CARVALHO, A., CUNHA, G., 2020).

Fig. 2. 12 Critérios para determinar um bom espaço público (Juliana Russo, Marina Chevrand e Calu Tegagni, 2013).


considerações iniciais

morte e vida das grandes cidades(Jane Jacobs)

Alguns conceitos de Jacobs (2001) foram usados, como a necessidade de conhecer o local para intervir nele, a vida em comunidade que garante a segurança e a conexão nos espaços públicos, tendo plena consciência que se a rua for a prioridade a vida na cidade acaba. Além de incluir os 4 elementos principais para ter um parque urbano com generalização de frequência, identificados como complexidade, centralidade, insolação e delimitação espacial.

Os parques de bairro ou espaços similares são comumente considerados uma dádiva conferida à população carente das cidades. Vamos virar esse raciocínio do avesso e imaginar os parques urbanos como locais carentes que precisem da dádiva da vida e da aprovação conferida a eles. Isso está mais de acordo com a realidade, pois as pessoas dão utilidade aos parques e fazem deles um sucesso, ou então não os usam e os condenam ao f racasso. (Morte e vida das grandes cidades, 2001, p. 97).

cidade para pessoas (JAN GEHL)

Segundo Gehl em seu livro (2014), as cidades precisam ser pensadas para as pessoas, é hora de colocar o carro fora das prioridades e dar espaço ao desenho urbano mais sustentável. Colocar o pedestre em primeiro lugar e possibilitar que caminhos, ruas, praças e parques sejam mais convidativos para realmente dar vida a cidade.

gentileza urbana Iniciativas que buscam converter situações urbanas hostis em espaços públicos com qualidade de vida coletiva. Coloca em prática a nossa noção de responsabilidade de produção do espaço urbano (URBIDEIAS, 2021). planos verticais: − Aberturas em diferentes alturas (gentileza do olhar); − Jogos urbanos (gentileza do divertir); − Cenários urbanos (gentileza do inspirar) − Tetos para proteger de intempéries (gentileza do acolher). planos horizontais: − Calçada lúdica (gentileza do brincar); − Vagas vivas (gentileza da oportunidade); − Mobiliário coletivo (gentileza do partilhar); − Hortas urbanas (gentileza ambiental).

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considerações iniciais

projetos de referência nacionais

parque municipal nair bello

Fig. 3.

Fig. 4.

Parque Nair Bello (ArchDaily, 2021).

Parque Nair Bello- Planta baixa (ArchDaily, 2021).

Local: Itaquera- São Paulo Ano: 2020 Responsáveis: Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) – Divisão de implantação, projetos e obras (DIPO) Área: 8.600 m² O parque está localizado próximo a Área de Proteção Ambiental do Carmo e é vizinho do Parque do Carmo. Possui vegetação remanescente da mata atlântica e a nascente do Ribeirão das Pedras. A sua implantação considera a preservação de vegetações ameaçadas de extinção. O terreno apresenta relevo em declive, dois platôs dividem a área, a parte superior é destinado os acessos com edificações da administração, áreas de estar, circulação, mirante e uma arquibancada. Na parte inferior é onde se encontra o acesso principal, equipamentos de lazer, estar e recreação. A conexão dessas áreas acontece através de uma passarela elevada. As margens do ribeirão foram preservadas como curso natural de água e recebeu plantio adequado.


considerações iniciais

parque capibaribe Local: Recife Ano: Iniciado em 2013 Responsáveis: Prefeitura do Recife com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Área: 30km Fig. 5.

Parque Capibaribe (Parque Capibaribe, 2021).

Fig. 6.

Módulo Parque das Graças (Parque Capibaribe, 2021).

O projeto totalizando 30km é um sistema de parques integrados ao longo das margens do Rio Capibaribe. O parque é a junção de seis módulos. Tem como objetivo transformar a forma como as pessoas vivem a cidade, as reconectando com as águas do rio, resgatando a bacia hidrográfica como espinha dorsal da cidade, implantando áreas de lazer, descanso e bem estar. Atualmente apenas o módulo Jardim Baobá está finalizado, o Baobá das Graças que está dentro dessa região é patrimônio tombado do Recife desde 1988, possui 15 m de altura, 10m de diâmetro de copa e cinco metros de diâmetro de tronco. O Parque das Graças está em andamento e tem previsão de conclusão para março de 2023, Todos os outros estão em processo de Projeto Executivo Urbanístico.

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considerações iniciais

projetos de referência internacionais

promenade plantée Local: Paris- França Fig. 7.

Promenade Plantée (Le Paris d’Alex, 2018).

Ano: 1993 Responsáveis: Philippe Mathieux e Jaques Verguely Área: 4,5km Considerado o primeiro parque elevado do mundo ele foi implantado ao longo da antiga linha ferroviária Bastilha Vincennes. Ele começa a 10m do chão, passa por uma passarela, continua em nível térreo, passa por túneis e trincheiras até que de divide em dois. A estrutura do viaduto passou por restauros, 67 dos arcos foram ocupados com fachadas de madeira e vidro que hoje abrigam ateliers de arte e pequenos comércios.

Fig. 8.

Promenade Plantée (Le Paris d’Alex, 2018).


considerações iniciais

parque linear cheonggyecheon Local: Seul- Córeia do Sul Ano: 2003 Responsável: Yun-Jae Yang Área: 5,4km

Fig. 9.

Parque Linear Cheonggyecheon (Projeto Batente, 2018).

Fig. 10.

Parque Linear Cheonggyecheon- Antes e depois (Projeto Batente, 2018).

O rio Cheonggyecheon no século XIV possuía um leito extremamente variável por conta das chuvas, foi foco de transmissão de doenças e no início do século XX suas bordas foram ocupadas por habitações irregulares. Entre 1967 e 1976 foi construída uma via expressa elevada, porém em 2003 foram detectados problemas em suas estruturas principais. Optaram então pela remoção do elevado e abertura do rio, removeram 620 mil toneladas de concreto que deu espaço a novos espaços de recreação. As margens do rio tiveram um aumento de 20% de largura, foram implantadas 22 pontes e seu projeto paisagístico conta com instalações de artes públicas, caminhos ao longo do rio e um centro comunitário no centro da cidade.

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considerações iniciais

projetos de referência internacionais

parque às margens do rio aiyi Local: Yinchuan- China Fig. 11.

Parque às Margens do Rio Aiyi (ArchDaily, 2019).

Ano: 2013 Responsáveis: BLVD International Área: 192.000 m² O projeto tem três objetivos, integração das características locais da cidade, dar ênfase a ecologia e uma abordagem verde, salientando o baixo consumo de carbono e o fornecimento dos cuidados humanos. O terreno possui diferenças de níveis que foram usadas para gerar espaços urbanos ao redor da área central da cidade e proporcionar belas vistas e áreas para recreação ecológica.

Fig. 12.

Parque às Margens do Rio Aiyi- modelagem (ArchDaily, 2019).


considerações iniciais

parque linear HXQ Local: Huixquilucan- México Ano: 2018 Responsáveis: RA! Área: 2km.

Fig. 13.

Parque Linear HXQ (ArchDaily, 2021).

Fig. 14.

Parque Linear HXQ (ArchDaily, 2021).

Trata-se de uma intervenção urbana que contem três zonas diferentes, Tecamachalco, La Herradura e Bosques de Minas, todos conectados atraves das torres de luz. Antes de se transformarem em parques, eram áreas vazias e deterioradas por conta da topografia acidentada e as avenidas proximas. Para voltar a vida ao local foram implantados alguns usos, como: mercados, comercio local, áreas de exposições artisticas, playrounds, jardins uranos, jardins recreativos, módulos de segurança, pista de skate, zonas úmidas e coleta de águas pluviais, conectados por uma ciclovia.

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considerações iniciais

projetos de referência internacionais

parque da família Local: Quinta Normal- Chile Fig. 15.

Parque da Familia- Vista aérea(ArchDaily, 2021).

Ano: 2015 Responsáveis: Boza Arquitectos Área: 200.000m² O projeto tem como objetivo valorizar as margens do Rio Mapocho e reabilitar a zona industrial degradada, gerando diversos polos de desenvolvimento ao longo do curso do rio. Tem uma abordagem paisagística contemporânea e possibilita diversas vistas. Suas paredes de contenção são taludes que possibilitam a proximidade da população.

Fig. 16.

Parque da Familia (ArchDaily, 2021).


considerações iniciais

parque linear do grande canal Local: Cidade do México- México Ano: 2019 Responsáveis: 128 Arquitetura y Diseño Urbano Área: 70.000m² Fig. 17.

Parque Linear do Grande Canal (ArchDaily, 2020).

O projeto surge da premissa de preencher os vários urbanos com novos espaços públicos de qualidade. Os arquitetos projetaram o parque com a intenção de reestabelecer o antigo leito do canal que estava abandonado por anos e se tornou uma “fissura urbana”. Foi realizado a reconstrução da topografia original do terreno e a recuperação da mata nativa. Essa região da capital mexicana carecia de lugares públicos, e por esse móvito foram implantadas diversas ilhas programáticas e pavilhões temáticos que atender as demandas de determinados grupos.

Fig. 18.

Parque Linear do Grande Canal- Vista aérea (ArchDaily, 2020).

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considerações iniciais

projetos de referência internacionais

parque linear elevado hyperlane Local: Chengdu- China Fig. 19.

Parque Linear Elevado Hyperlaneral (ArchDaily, 2020).

Ano: 2020 Responsáveis: ASPECT Studios Área: 2,4km O parque tem como principal foco a comunidade jovem, e funciona como uma conexão do principal modal de transporte público com o mais importante campus universitário da cidade. O elevado possui 60% dos materiais utilizados considerados como autossustentáveis e seguem uma filosofia de investimento a longo prazo, desenvolvendo a indústria local. A junção do espelho d’água, projeto de paisagismo e luminotécnico contrastam com a paisagem construída e funciona como objeto acolhedor para pessoas em meio ao movimento centro urbano.

Fig. 20.

Parque Linear Elevado Hyperlane- Visão geral (ArchDaily, 2020).


considerações iniciais

O Programa USP Cidades Globais, realizou em maio de 2020 a pesquisa

“Emoções momentâneas: comportamentos e hábitos cotidianos pós-pandemia” (SBARAI et al., 2020), por

meio de formulário online. Seu objetivo era avaliar a expectativa da população para o período pós quarentena. Foram obtidas 1.956 respostas de todos os 27 estados brasileiros, com predomínio do estado de São Paulo. Com a pesquisa foi possível entender quais eram os sentimentos das pessoas no período de isolamento e distanciamento social, além de saber do que eles sentem mais falta. Além desses aspectos pré definidos, o que mais foi mencionado foi a falta principalmente de

liberdade.

sentimentos mais mencionados

retorno da vida nos espaços públicos 160 Ansiedade 156

86

%

das pessoas afirmam a

falta de estar em áreas ver-

des, mesmo a maior quantidade deles usando algum espaço desse apenas

Preocupação

110 Apreensão 110 Cansaço 71 Angústia 67 Tranquilidade 60 Medo 53 Tristeza

uma vez na semana 32,7%. A baixa disponibilidade de áreas verdes nos bairros, influência nas respostas de pessoas que f requentam raramente ou que não tem o hábito.

67

%

das pessoas afirmam que

o uso de espaços públicos ou

semipúblico irá mudar positivamente.

55

,8% áreas

afirmam que o uso de verdes

é

importan-

te para sua qualidade de vida pós-COVID-19.

34

mia.

,2%,

afirmam que é essen-

cial mesmo sem a pande-

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considerações iniciais

linha do tempo parques 1870

1980

Paisagista Frederick Law Olmsted, criador do Central Park junto com Calvert Vaux, cria em Boston e Brookline, Massachusetts o Emerald Necklace (colar de esmeraldas), uma cadeira de ligação de parques, chamado parkways, com 7,2km. Ele alterou o traçado do Rio Muddy para melhorar sua drenagem e implantou uma rede de saneamento.

Córregos nas cidades brasileiras muito deteriorados entram em processo de urbanização e começam a ser retificados. Ao mesmo tempo os parques urbanos passam a ter seus projetos priorizando a preservação e valorização da vegetação. (Canalização do córrego da Água Preta)

1843

Arquiteto Joseph Paxton projeta o que foi considerado o primeiro parque urbano de uso público, o Birkenhead Park, em Liverpool, Inglaterra. Após o processo da Revolução Industrial, o crescimento populacional avançou e a ocupação urbana se deu de forma desordenada. Aumentando os índices de insalubridade e falta de higiene, diminuindo assim a qualidade de vida. Surge então a ideia de ajardinar espaços nas cidades como método higienista.

1920 Mudança da concepção dos parkways pela ascensão do automóvel, assim eles foram pavimentados. (Central Parkway em construção)

1960 Além de suas funções de lazer e estética os parques passam a receber novas funções, como as esportivas, culturais e de conservação de recursos naturais


considerações iniciais

2008 2000 Criação da Lei nº 9.985 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), e coloca o parque urbano como lugar de preservação ambiental, contemplação e bem-estar.

2005 Início do plano “100 Parques” da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.

Implantação do primeiro parque linear de São Paulo, o Parque Linear Tiquatira, pelo Engenheiro Werner Zulauf.

2009 Implantação da primeira sessão do parque linear mais conhecido do mundo, o High Line em Nova Iorque.

1993 Couleé Verte/Promenade Planteé (França), paris, primeiro parque linear elevado

Fig. 21. Linha do tempo de parques (Desenvolvido pelo autor, 2021).

2002 Aparece pela primeira vez no Plano Diretor Estratégico diretrizes para implantação de parques lineares junto aos rios e córregos da cidade de São Paulo.

2002 Depois de muitas obras ao longo do rio Cheonggyecheon em Seul, Coréia do Sul, um projeto para transformar sua orla e recuperar o rio teve que enf rentar primeiro a retirada de um elevado, para dar lugar ao parque com 5,8km de extensão.

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considerações iniciais

o córrego três pontes O córrego Três Pontes faz parte da bacia hidrográfica do Rio Tietê, sendo um afluente do mesmo, ele atravessa a subprefeitura de São Miguel Paulista, até se transformar na barreira física da subprefeitura do Itaim Paulista com as subprefeituras de Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos. Por conta dos processos de urbanização acelerado as áreas de várzea do córrego foram ocupadas e, na maioria das vezes não recebem serviços de saneamento, caracterizando áreas de vulnerabilidade social. Por receber uma grande quantidade de esgoto e lixo é preciso realizar serviços de limpeza das margens e desassoreamento do álveo do curso d’água, com o objetivo de retirar os sedimentos e lixos depositados no fundo do canal. Em 2018 foi realizado um estudo pela Fundação SOS

Fig. 22. Córrego Três Pontes (Desenvolvido pelo autor, 2021).

Mata Atlântica, os resultados apontam que quando o Rio Tietê entra em Itaquaquecetuba apresenta qualidade regular, mas passa para ruim quando chega a divisa com Itaim Paulista. Outros pontos do rio apresentam qualidade ruim, porém nesse, pesquisadores verificaram que é impossível que espécies de peixes sobrevivam Por conta do pequeno espaço para a vazão da água por baixo da ponte que atravessa a Avenida Marechal Tito, nos dias de chuva mais intensa a água invade a pista, o que impede o tráfego de pedestres e automóveis. Problemas comuns de zeladoria e falta de estrutura acontecem em praticamente toda extensão do córrego, principalmente em área de travessa, esses que não são resolvidos por nenhum município pelo fato de as subprefeituras jogarem o problema para suas vizinhas.


considerações iniciais

histórico do córrego três pontes e suas pontes 2011

2007 Foi realizado um sobrevoo para verificar a situação do córrego, o primeiro projeto apresentado foi o “Coletor Tronco”, da SABESP, que consiste na instalação de tubulações com 15km de extensão que tem como finalidade coletar o esgoto gerado, as obras iniciaram em 2008. Fig. 23. Situação do Córrego- Marechal Tito em 2010 (Google Maps, 2021).

2008

Começo nas obras de reconstrução da ponte na divisa do Itaim com Itaquaquecetuba na Avenida Marechal Tito. O novo pontilhão contara com o aumento na vazão das águas através das aduelas (tubos de concreto quadrados).

2010

Mesmo depois de obras os problemas das enchentes ainda continuam e estado de alerta por conta das chuvas ainda eram decretados.

Obras de revestimento e proteção de margens em 270 metros de extensão do córrego foram realizadas pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). A estrutura de concreto armado tem 10 metros de largura e profundidade média de 3,5 metros, permitindo a capacidade de vazão de aproximadamente 60 mil litros de água por segundo. Também foram realizadas limpezas em trechos do córrego, aproximadamente 600 toneladas de resíduos inertes foram retiradas.

2015

Ponte no Jardim Miraí responsável pela interligação das duas subprefeituras apresenta risco de queda, sua estrutura foi danificada pela força da água em duas de chuva, o que causou o desmoronamento parcial de sua base.

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considerações iniciais

2020

A poucos metros se encontra outra ponte improvisada a 23 anos pelos moradores, em situação precária mas, que continua funcionando a fim de sanar o problema de locomoção de um lado do córrego para o outro.

Ponte na Vila Monte Belo é reaberta depois de obras realizadas pela Subprefeitura do Itaim Paulista. Além disso o entorno recebeu serviços de zeladoria, como pintura em guias, tapa-buraco e adequação de calçadas. Fig. 25. Ponte Jardim Mirai 2- Ronaldo Andrade (Câmara Municipal de Itaquaquecetuba, sd).

Fig. 24. Ponte Jardim Mirai- Ronaldo Andrade (Câmara Municipal de Itaquaquecetuba, sd).

2019

Ponte na Vila Monte Belo fica interditada por um ano por apresentar risco a população. Sua estrutura foi danificada, o barranco que ficava na base não existe mais, a sustentação foi corroída e a estrutura de metal está enferrujada.

2018

Moradores reclamam da omissão do poder público para resolver problemas em locais de divisa, como é o caso da ponte no Jardim Miraí. Fig. 26. Braulino de Jesus dos Santos, morador vizinho da ponte (São Paulo Agora- Folha de São Paulo, 2019)

Fig. 27.

Ponte reformada (Cidade de São Paulo, 2020).

Investimento de mais de R$ 20 milhões em obras, serviços e projetos de drenagem em rios e córregos da Região Metropolitana de São Paulo realizadas pelo Governo do Estado, que chegaram ao córrego Três Pontes em projetos básicos de obras de combate às enchentes em seu trecho inferior, na divisa de São Paulo com Itaquaquecetuba.


considerações iniciais

normas e leis Para idealização do projeto foi estudado leis e normas que se aplicam nesse tipo de uso. São elas: − Lei Federal nº 16.642 2017 – Código de Obras − Lei Federal nº 16.050 2014- Plano Diretor Estratégico. − ABNT NBR 9050- Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos- Estabelece critérios e parâmetros técnicos que devem ser observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano, a fim de garantir acessibilidade e uso autônomo dos equipamentos. − ABNT NBR 16071-2:2012 Versão Corrigida:2012 - Playgrounds - Parte 2: Requisitos de segurança. − ABNT NBR 16071-3:2012 Versão Corrigida:2012 - Playgrounds - Parte 3: Requisitos de segurança para pisos absorventes de impacto. − ABNT NBR 16071-5:2012 Versão Corrigida:2012 - Playgrounds - Parte 5: Projeto da área de lazer − Plano Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços LivresUma das ações para implantar o Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e

Espaços Livres (SAPAVEL), seu objetivo é definir uma política de gestão e provisão de áreas verdes, cobertura vegetal e de proteção do patrimônio ambiental, ligadas a sustentabilidade ambiental da cidade. − Lei Federal nº 6.938, 31 de agosto de 1981- Estabelece Política Nacional do Meio Ambiente que tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, além de assegurar as condições ao desenvolvimento socioeconômico. − Lei Federal nº 11.428, 22 de dezembro de 2006- Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, tem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável, a defesa da biodiversidade, a saúde humana, a valores paisagísticos, estéti-

cos e turísticos, do regime hídrico e da estabilidade social. − Lei Federal nº 14.933 de 5 de junho de 2009- Política de Mudança do Clima no Município de São Paulo tem como objetivo promover ações relativas ao consumo de energia e combustíveis, melhorar a eficiência do transporte, reduzir e reciclar resíduos, ampliar as áreas verdes, estimular políticas públicas que promovam a mudança do clima e desenvolvimento sustentável. − Lei Federal Nº 12.651, de 25 de maio de 2012- Código florestal- Determina normas gerais sobre a proteção da vegeta-ção, áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal. − Lei Federal no 6.766, de 19 de dezembro de 1979- Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. − Lei Federal nº 16.673, de 13 de junho de 2017- Estatuto do Pedestre no Município de São Paulo. − Portaria Secretaria Municipal Do Verde E do Meio Ambiente− SVMA nº 130 de 26 de agosto de 2013- Ficam definidos alguns critérios e procedimentos como os de

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considerações iniciais

− compensação ambiental pelo manejo de espécies arbóreas ou qualquer intervenção ao meio ambiente. − SVMA nº 60 de 27 de maio de 2011Publicação com Lista de Espécies Vegetais Vasculares Naturais do Município de São Paulo. Além das leis obrigatórias também foram seguidos alguns princípios, como: − Catálogo de Desenho Universal Tem a proposta de uma tecnologia não apenas para pessoas com mobi-lidade reduzida, mas sim, para todos, a fim de acabar com a “necessidade” de ambientes ou produtos espe-ciais para pessoas com deficiência. (CARLETTO, A.C.; CAMBIAGHI, S.)

− Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil - Conjunto de ações, em nível global, para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir qualidade de vida a todos (Nações UniZdas Brasil, 2021). Em especifico: − 11- Cidades e Comunidades Sustentáveis. − 15- Vida Terrestre.

Fig. 28. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável11 (ONU ,2021).

Fig. 29. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável15 (ONU ,2021).


considerações iniciais

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estudo da região 46 48

passado

presente 48 demarcação territorial 58 leitura urbana 65 diagnóstico em relação aos usos da cidade

86 87 90 93

relação presente e passado futuro potencialidades e fragilidades localização dos projetos individuais


46

estudo da região estudo da região

passado

Fig. 30. Domingos de Góes em f rente a Fazenda Biacica (Central Leste Notícias, 2016).

1610

O bandeirante Domingos de Góes virou “Sesmeiro” nas terras da região do “Boi Sentado” às margens do Rio Tietê, que sempre teve uma grande influência na colonização do território Paulistano em São Miguel Paulista. Em 1621, as terras foram passadas para o comando dos padres carmelitas, que construíram uma capela batizada de Nossa Senhora da Biacica, foi ás margens desse rio que deu início aos bairros hoje também conhecidos como Itaim Paulista, São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Itaquera e Guaianazes.

Itaim Paulista era formada por chácaras, fazendas e sítios, que acabava desestimulando o crescimento pelo fato de estar localizada ao lado de São Miguel Paulista e Lajeado que hoje é conhecida como Guaianazes, por falta de estrutura e reprimida pelo avanço dos locais fronteiros. Itaim Paulista só começou a receber moradores no final dos séculos XIX com a chegada da ferrovia, que deu início ao seu desenvolvimento, as casas foram sendo construídas às margens dos trilhos.

1921

Fig. 31. Estação de Itaim Paulista- 1926) (Estações Ferroviárias, 2018).

Fig. 32. Ex-Funcionários da Companhia Nitro Química Brasileira (Época Negócios, 2018);

1935

Após a inauguração da Variante de Poá, em 1935 foi dado início a construção da Companhia Nitro Química Brasileira, localizada ao lado da estação de trem de São Miguel. Inaugurada oficialmente em 1940 pelo Presidente Getúlio Vargas, abriu muitas oportunidades de emprego para mão-de-obra não especializada. E culminou na migração de muitas pessoas do Nordeste brasileiro e de Minas Gerais. A Fábrica impulsionou o desenvolvimento de toda a região leste da Capital.

Década em que o crescimento da construção civil e da indústria foi tão grande que resultou na maior demanda de lotes populares. O primeiro loteamento urbanizado que seguiam a legislação é conhecido por Jardim Itaim, foi projetado pelo engenheiro Alberto Morato Krahenbuhl, numa área de 451.746m². Ainda em 1950 foi inaugurado o Grupo Escolar de Itaim, que funcionava em uma casa na praça Silva Teles. Em 1955 começou a ser chamada de Grupo Escolar Armando Gomes de Araújo.

1950-1970

Fig. 33. Ex-Alunos do CEIP- Colégio Estadual do Itaim Paulista) (Grupo Acontece, 2019).


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Fig. 34. Prefeitura Regional Itaim Paulista (Subprefeitura Itaim Paulista, 2019).

1970-1980 Em 1970 foi implantado o primeiro curso Colegial de Itaim Paulista pelo comando do diretor Paulo Carmo Beolchi, e a escola passa a se chamar CEIP – Colégio Estadual de Itaim Paulista. O bairro de Itaim Paulista adensava a população da administração regional de São Miguel, a verba era sempre a terceira maior, Itaim era apenas um número benéfico a esse bairro, os investimentos eram gastos no bairro vizinho. E em 19 de maio de 1980, Itaim foi emancipado e começou a receber a verba diretamente para benefício da população local.

Os grandes terrenos em que as crianças brincavam se tornaram conjuntos habitacionais, chamando a atenção e fazendo as pessoas migrarem para Itaim. O bairro acabou perdendo partes de suas tradições como a escola de samba, gincanas, blocos de carnaval e os barezinhos marcantes que se tornaram outros tipos de comércios. Itaim indiscutivelmente se torna um bairro de São Paulo com infraestrutura após a chegada de saneamento básico, asfalto e iluminação. A capela de Biacica, patrimônio histórico da cidade começou a ser alugada para festas e bailes, e hoje, onde funciona o Parque Ecológico do Itaim eram feitas as festas do “Cachorro Louco”.

1990

Fig. 35. Registro fotográfico em Itaim Paulista (Central Leste Notícias, 2016).

Fig. 36. Parque Ecológico Central do Itaim (Folha de São Paulo, 2013).

2000... Itaim hoje é bastante urbanizado, porém, carece muito de infraestrutura eficaz. Cada vez mais lotado de construções, verticalizando o município, consequentemente aumentando os congestionamentos por conta da quantidade de moradores em um curto espaço. Hoje, moram mais de 400 mil pessoas no Itaim, esse que vem ganhando grandes investimentos público e privado na questão da moradia, cultura e lazer, alguns exemplos são A Casa da Cultura do Itaim Paulista e o Clube Escola José Ermírio de Moraes. Em 2013 foi inaugurado o Parque Ecológico Central do Itaim.

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presente demarcação territorial, segundo plano diretor estratégico subprefreitura do Itaim Paulista e o marco zero de São Paulo A Subprefeitura do Itaim Paulista, que engloba os distritos Vila Curuçá e Itaim Paulista, localizada no extremo leste de São Paulo, está a cerca de 23 quilômetros de distância do Marco Zero de São Paulo, em frente à Catedral da Sé. Como consequência, os moradores dessa região sof rem diariamente com a distância entre sua casa e seu local de trabalho, que pode ultrapassar uma hora e 30 minutos de trajeto no transporte público.

Marco Zero de São Paulo Subprefeitura Itaim Paulista

Mapa 1. Localização Itaim Paulista Fonte: Autoria Própria


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subprefreituras vizinhas Dentro da Cidade de São Paulo temos São Miguel e Guaianases como Subprefeituras que tangenciam o Itaim Paulista, porém nas laterais podemos constatar mais duas subprefeituras fora do município de São Paulo, sendo elas: Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos. Quando analisamos seus elementos de divisa através do Geosampa, alguns são muito claros, como o Córrego Três Pontes e o Rio Itaquera, nas laterais direita e esquerda consecutivamente. Já na borda superior de Itaim com São Miguel, temos uma divisão visível por uma linha férrea, onde localizam-se três estações da CPTM, a primeira e mais próxima de São Miguel, Jardim Helena ou Vila Mara. A estação central Itaim Paulista e a estação lateral direita, próximo a Itaquaquecetuba, Jardim Romano. Já a divisa inferior de Itaim com Guaianases não apresenta um elemento consolidado de divisão de Subprefeituras, somente a presença da administração do DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) e do DGT (Departamento de Gerência de Tráfego).

Mapa 2. Subprefeituras vizinhas. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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Itaim Paulista e seus bairros Há diversos tipos de divisões territoriais conforme a finalidade de órgãos e empresas, como a SPTrans, que divide a cidade de São Paulo em 9 regiões: Área 1 - Noroeste, Área 2 - Norte, Área 3 - Nordeste, Área 4 - Leste, Área 5 - Sudeste, Área 6 - Sul, Área 7 - Sudoeste, Área 8 Oeste e Área 9 - Centro, definidas por cores correspondentes aos ônibus de cada região. Em se tratando de divisões administrativas, temos as divisões de Municípios, Subprefeituras, Distritos e Bairros. A Subprefeitura do Itaim Paulista é formada por dois Distritos: Vila Curuçá e Itaim Paulista, representados por bairros próximos uns aos outros, quanto aos bairros, por sua vez, não possuem divisão oficial e muitas vezes dependem do reconhecimento das pessoas que ali moram.

Mapa 3. Divisão de bairros. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.


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macrozonas As Macrozonas orientam a forma de uso do território em relação às macrozonas, territoriais, urbanísticas e ambientais. Considerando o caso do Itaim Paulista, temos um território todo incluso na Macrozona de Estruturação e Qualificação urbana, ou seja, trata-se de uma zona urbana com usos e ocupações do solo diversos, contendo desigualdade socioespacial, com padrões urbanísticos diferentes, garantindo a possibilidade de inclusão dos mais diversos usos e atividades relacionadas ao meio urbano. Analisando a Lei de Uso e Ocupação do Solo e o Plano Diretor, a macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana é dividida em quatro macroáreas, sendo elas: 1) Macroárea de Estruturação Metropolitana. 2) Macroárea de Urbanização Consolidada - não presente no Itaim Paulista. 3) Macroárea de Qualificação da Urbanização. 4) Macroárea de Redução da Vulnerabilidade Urbana. Mesmo dividida em macroáreas, a macrozona presente no Itaim Paulista requer algumas condições a serem seguidas na hora de se implantar alguma

construção ou ação em seu território, sendo: a) Sempre levar em consideração e buscar evolução da ligação entre a urbanização e a preservação ambiental, tendo em pauta mudanças estruturais oriundas de obras públicas e privadas, quando relacionadas às condições de vida da população. b) Segurança de se ter infraestrutura para serviços públicos e transporte coletivo ao se falar ou tomar ações relacionadas ao uso e ocupação do solo c) Planejar diretrizes para processos de reestruturação urbana, repovoando o espaço com uma baixa densidade fixa, assim fortalecendo a economia de modo geral e gerando polos investidores públicos e privados, com base na melhoria da infraestrutura e espaço urbano, de forma que respeite o espaço físico, cultural, religioso e histórico. d) Diminuição das vulnerabilidades urbanas, para cada grupo social, tendo em primeiro plano os grupos de baixa renda em situação de moradia de rua, ambulantes e que sofram ou estejam expostos a sofrerem quaisquer outros tipos de inseguranças ou ameaças. e) Igualar as distribuições de equipa-

mentos, serviços e inf raestrutura para toda massa populacional que possa ser abrangida. f) Beneficiar os bairros de periferia para novas fontes de emprego, educação e renda. g) Manter, proteger e requalificar as zonas residenciais já existentes ou em construção.

Mapa 4. Macrozona. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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zona rural e zona urbana

Mapa 5. Zona Rural e Zona Urbana. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

Conforme a linha de pensamento de Clara Ribeiro - “Geografia: conceito de zona estrutural e Urbana” e Izabela Naira - “Zona Rural e Zona Urbana” , temos as definições e conceitos de Zonas Rurais e Urbanas, denominadas por muitos aspectos suas diferenças. Zonas Rurais (vindo do latim e significando “campo, terra para agricultura”) são o oposto das Zonas Urbanas (vinda do latim e significando “cidade grande”). Em um único Município podem existir as duas zonas, como pode também existir somente uma delas, sendo mais difícil a confirmação da existência única da zona rural, pois todo município precisa de atividade urbana e econômica, mesmo que mínima. As zonas rurais são chamadas de “campo” distanciando-se em alguns km‘s do meio urbano, por terem suas atividades voltadas à agricultura, agropecuária, extrativismo, silvicultura, preservação ambiental e ecoturismo. Também, por terem suas características mais preservadas, não agregando muitas modificações feitas pelo homem, mantendo grande parte da fauna e flora da região. Sendo assim, a comunidade habitante da região é denominada como comunidade rural.

Por outro lado, as zonas urbanas, são o contrário das zonas rurais. Elas passaram por processos de industrialização e povoamento, contando com os movimentos de migrações - êxodo rural. Deste modo, quando comparamos a densidade demográfica a zona urbana dispara muito à f rente da zona rural. Levando em consideração a industrialização, tivemos um avanço urbano que caracteriza a região de uma forma muito diferente, possuindo tais aspectos: leito carroçável, habitações, indústrias, maior número e estrutura de hospitais, grande quantidade e variedade de comércios, sistema de inf raestrutura mais desenvolvido, principalmente quando pensamos no sistema de esgoto e iluminação pública. Mesmo com as diferenças retratadas, não significa que uma seja mais destacada ou mais importante que outra, pois ambas compõem o sistema em que vivemos, onde uma não consegue suprir as necessidades que a outra nos preenche. Ou seja, temos alimentos e suprimentos que só têm condições de serem extraídos das zonas rurais, porém, para essa extração ou manutenção da zona precisamos de materiais ou maquinarios elaborados na zona urbana.


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macroáreas As Macroáreas definem as bases para o planejamento e a gestão urbana e ambiental do município, juntamente com estratégias e objetivos do Plano Diretor. No território da subprefeitura do Itaim Paulista três macroáreas estão presentes, sendo elas definidas no PDE (Plano Diretor Estratégico, 2014) como: − Macroárea de Estruturação Metropolitana: É uma faixa que atravessa todo o território com uma oferta de infraestrutura e mobilidade ao contrário de empregos e moradia, logo seu objetivo é transformar o espaço urbano pelo orla ferroviária e fluvial, tanto no uso e ocupação do solo como na base econômica, criando um adensamento populacional com a produção de HIS e HMP e regularização fundiária e de atividades econômicas, gerando novas centralidades direcionadas para os bairros da periferia menos estruturados. − Macroárea de Qualificação da Urbanização consolidada: São 3 áreas, uma na divisa com a subprefeitura de São Miguel, uma no meio do território e outra na divisa com a subprefeitura de Itaquaquecetuba, a qual tem como característica a presença equipamentos de uso residencial ou não e modera-

da oferta de serviços, equipamentos e infraestrutura urbana. Sua meta é melhorar as condições urbanísticas já presentes e aumentar a ofertas de serviços, infraestrutura urbana e equipamentos, criando novas centralidades nos bairros com cuidado para evitar o adensamento que gera uma sobrecarga viária local dos bairros que geralmente estão distantes do eixo do sistema de transporte coletivo em massa. − Macroárea de Redução da Vulnerabilidade Urbana: Ocupa a maior parte do território se caracterizando como periferia, apresenta grandes índices populacional e de vulnerabilidade social, baixos índices de desenvolvimento humano e baixa qualidade urbana e ambiental, sendo ocupado predominantemente por população de baixa renda em propriedades muitas vezes precárias. Seu objetivo é promover a qualidade de vida dessa população através da promoção de novas áreas estruturadas com serviços, comércios, e equipamentos que geram uma maior oferta de empregos e diminuem a distância entre moradia e trabalho. Além da urbanização, regularização fundiária e construção de Habitações de Interesse Social para atender

a população e promover um sistema de mobilidade urbana integrado com os sistemas de transporte coletivo de qualidade.

Mapa 6. Macroáreas. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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eixos de estruturação e transformação urbana O PDE (Plano Diretor Estratégico, 2014) coloca a Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM) como uma área estratégica de transformação, que pode ser feita por meio de Projetos de Intervenção Urbana (PIU) ou por meio das Operações Urbanas Consorciadas, toda a MEM foi dividida em três setores, no caso a que ocupa uma faixa no território da subprefeitura do Itaim Paulista é

o Setor Orla ferroviária e Fluvial, Subsetor Arco Leste, presente ao longo do rio Tietê e da linha férrea da CPTM (Linha 12- Safira). No momento não existe nenhuma Operação Urbana ou PIU em andamento, porém algumas áreas Eixos de Estruturação da Transformação Urbana possuem perímetros ativos definidos pelo PDE como Zonas Eixo de Estruturação

Mapa 7. Áreas Eixo de Estruturação Urbana. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

Mapa 8. Macroárea de Estruturação Metropolitana. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

da Transformação Urbana (ZEU), que está presente em três pontos ao longo na Avenida Marechal Tito também identificados no mapa como Áreas de influência, além dos pontos de ZEUP que são Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto. Esse setor busca impulsionar os usos residenciais e não residenciais com densidades altas em relação à população e construção, qualificação paisagística e dos espaços públicos, aumentar as atividades econômicas, restabelecer a qualidade ambiental dos córregos que cruzam o território, tudo conectado ao aperfeiçoamento e oferta do sistema de transporte público que consequentemente melhora a vida da população já presente. Podemos observar no mapa que as Áreas de influência ficam perto de regiões de muito movimento, principalmente nos pontos nodais identificados pelo grupo, nas estações de trem Jardim Romano, Itaim Paulista e Jardim Helena, se estendendo em algumas partes até a via Avenida Marechal Tito e por toda a via Estrada Dom João Nery que segue também um corredor de ônibus planejado.


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zoneamento Grande parte da região do Itaim Paulista está qualificado como Zona Mista (ZM), que segundo o PDE (2014) , são porções territoriais destinadas a usos variados, porém com predominância a usos residenciais com densidade construtiva e demográfica baixas e médias. Além de uma pequena área no limite do distrito de Zona Mista de Interesse Social (ZMIS) que é destinado a produção de habitações de interesse social e a usos não residenciais. O adensamento da região é um dos motivos do déficit habitacional. Por essa razão, algumas áreas ficam destinadas a fazer parte das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), sendo elas ZEIS1, ZEIS-2, ZEIS-3, ZEIS-5 e ZC-ZEIS, que juntas são caracterizadas pela presença de favelas, loteamentos irregulares predominantemente por população de baixa renda, lotes não edificados ou subutilizados, imóveis ociosos, cortiços, imóveis ou lotes deteriorados em áreas com potencial e infraestrutura além de lotes e quadras que se localizam em ruas e avenidas no interior das ZEIS que exerce a estruturação local com serviços que ajudam a diversificar o área.

Vemos a presença das Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU) e Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto (ZEUP), elas têm a função de aproveitamento do solo em áreas com boa oferta de transporte público coletivo, criando uma centralidade a fim de diminuir tempo e distância de deslocamentos em conjunto com a Zona de Estruturação Metropolitana (ZEM) que acompanha o curso das ferrovias com o objetivo de promover maior diversidade de atividades. Principalmente ao longo de vias importantes e movimentadas da região temos a presença das Zonas de Centralidade (ZC) com densidades construtivas e demográficas médias e presença de atividades comerciais e serviços.Alguns pontos fazem parte da Zona Especial de Preservação Ambiental (ZEPAM), essas áreas são destinadas a preservação e proteção ambiental onde são encontrados remanescentes de Mata Atlântica e seus usos só podem ocupar 10% da área. As Zonas de Ocupação Especial (ZOE) são uma pequena parcela do território e possuem alguns parâmetros específicos de parcelamento que são definidos por Projetos de Intervenção Urbana.

Mapa 9. Zoneamento. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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topografia

Mapa 10. Topografia. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

Através da análise realizada foi possível entender como acontece a topografia do Itaim Paulista. A parte ao norte que faz divisa com a subprefeitura de São Miguel é predominantemente mais baixa do que parte sul, ficando aproximadamente a 735 metros acima do nível do mar. A região sul fica aproximadamente a 795 metros acima do mar, onde é possível ver uma concentração maior de curvas criando ainda mais desnível no território. Grande parte do distrito tem solo classificado como Planície Aluvial, sendo áreas planas ou muito pouco inclinadas, arenosos e argilosos, se formam pela deposição de sedimentos escoados das águas dos rios ao longo do tempo. Nas áreas entre os córregos o terreno é classificado como Sedimento Terciário, que é um solo argiloso e espesso. O solo Maciço Misto tem uma pequena parcela e é classificado como conjunto de rochas com alteração arenosa e apresenta problemas de erosão intensa. Já as Áreas Sujeita a inundação ficam no extremo dos córregos de f rente para a via de maior movimento, Avenida Marechal Tito, já que são áreas muito pavimentadas com pouquíssima permeabilidade.


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cortes Dois cortes foram feitos para entender ainda melhor como é a topografia detalhada em pontos específicos do distrito. O Corte AA passa da Rua Itajuibe até a Rua Estevão Ribeiro Garcia atravessando a Rua Arara Azul e o Córrego Itaim Paulista, o fundo do córrego está no nível 734m, a aproximadamente 13 metros abaixo das ruas que estão no nível 747m. O Corte BB vai da Rua Iacupema até a travessa da Rua João da Silva com a Rua Sardoá, atravessando a principal via do distrito, a Avenida Marechal Tito, que está no nível um pouco mais baixo em relação às outras à 752m, diferente do Corte AA, uma extremidade está mais alta que a outra, uma está a 753m e a outra 761m, um desnível de oito metros.

Fig. 37.

Localização dos cortes (Google Maps com modificações, 2021).

Quadro 1. Carte AA (Google Earth, 2021).

Quadro 2. Carte BB (Google Earth, 2021).

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2.2.2 leitura urbana caminhos

Mapa 11. Caminhos principais. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

As principais ruas que compõem a zona do Itaim Paulista são as seguintes: - Avenida Marechal Tito; - Viaduto Carlito Maia; - Estrada Dom João Nery; - Avenida Itaim; - Rua Tibúrcio de Souza; - Rua Ipê Roxo; A Avenida Marechal Tito configura-se como um dos eixos estruturadores da rede viária da Zona Leste. Corresponde ao trecho de extremo leste do eixo viário arterial de ligação com o centro da cidade cuja extremidade oeste corresponde à Av. Celso Garcia, estando previsto para ele um corredor de ônibus. A presença de grandes lotes de origem no seu período industrial, somados ao fluxo intenso de veículos e a própria orla ferroviária acabam por configurar nesta área uma grande barreira urbana, dificultando o acesso e a articulação com o distrito Jardim Helena (Subprefeitura de São Miguel Paulista) ao norte de Itaim Paulista. Desta forma foram pensadas nas diretrizes para promover melhoramentos do


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passeio público, através de calçamento, mobiliário urbano, arborização e iluminação adequados, a fim de incentivar os deslocamentos não motorizados e atividades de permanência; Destinar usos por conta da implantação do corredor de ônibus, visando principalmente a manutenção do caráter de comércio local; Implantação do corredor de ônibus; Garantir transposições para pedestres ao longo do eixo da Avenida Marechal Tito especialmente nas áreas de maior vulnerabilidade social. É possível identificar que na rua Tibúrcio de Sousa (uma das principais do bairro), tornou-se uma dor de cabeça para os motoristas, passageiros e pedestres, após o crescimento significativo dos comércios. Segundo a pesquisa é comum que o congestionamento se forme no horário de pico quando o fluxo é maior, porém o trânsito é propício a ficar congestionado a qualquer momento. Seja pelos grandes números de carros estacionados, aglomerações nas ruas e lugares estreitos, não tem hora certa para acontecer.

Os pontos mais críticos estão na altura do número 215, próximo ao cartório do Itaim Paulista e um dos pontos que apresentam maior congestionamento na Rua Tibúrcio de Sousa, fica na altura do número 436. (CLN, Central Leste Notícias. Paulo Tomita, 46).

Passam por esta via cinco linhas de ônibus e na tentativa de escapar do transtono desviam o caminho, pois não é proibido estacionar sentido bairro e os motoristas reclamam sobre isto, pois fecham a via e o trânsito não flui, tendo que cortar o caminho para sair na esquina da padaria Mandala. Além disso, os pedestres disputam as calçadas com os veículos estacionados e, com o grande fluxo, também encontram dificuldades para atravessar as ruas, tendo que esperar por muito tempo. Quando eu volto para casa de noite, evito fazer esses caminhos alternativos. Prefiro esperar o ônibus em um ponto mais movimentado da avenida, mesmo que ele demore. Tenho receio de assaltos no meio do caminho, por exemplo. (32 XSP, 2020. Larissa).

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largura das calçadas e vias Percebemos através da pesquisa que ao caminhar pelo distrito de Itaim Paulista e da Vila Curuçá, há muitas ruas em declive ou aclive, calçadas estreitas e com muitos obstáculos para os pedestres caminharem tranquilamente. Sendo assim, faz com que pessoas com acessibilidade reduzida não consigam se locomover com facilidade. As vias em geral têm cerca de cinco metros aproximadamente e as calçadas cerca de um metro ou menos. Porém, no entorno da estação do metrô Itaim Paulista as calçadas foram reformadas e estão lisas em concreto e sem degraus para pedestres, mas ainda assim não muito longe do entorno dela há várias calçadas quebradas, esburacadas e quando têm acessibilidade, às vias estão quebradas e faz com que dá mesmas maneira prejudique pessoas PCD, idosos e mães com filhos de colo ou de carrinho.

Fig. 38.

Largura das vias (Google Maps com modificações, 2021).


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limites O perímetro alcança o entorno do Córrego Três Pontes que atravessa todo o território da subprefeitura no sentido norte e sul. Este, caracteriza-se pela vulnerabilidade social em relação da alta densidade, marcado pela presença de ocupações irregulares nas áreas de risco ao longo do córrego. O pouco deslocamento sobre o córrego já é dificultoso e a articulação entre os territórios vizinhos também são. Os muros de proteção da ferrovia formam como uma barreira física e visual que, por conta das poucas travessias tanto de veículos quanto de pedestre, dificultam a conexão entre os dois lados da linha férrea. Esse caráter de barreira é muitas vezes reafirmado por conta das avenidas estruturais que seguem seu percurso, tais como a Rua Dr. Assis Ribeiro e Avenida Marechal Tito. Algumas diretrizes que estão sendo propostas para articular os bairros e os equipamentos públicos próximos ao seu percurso, através de mais e melhores conexões entre os dois lados da ferrovia e promover melhoramentos do passeio público, através de calçamento, mobiliários urbanos, arborização e iluminação adequados, a fim de incentivar o uso de

deslocamentos não motorizados; Garantir acesso à infraestrutura de drenagem, considerando a atual realidade local (grande impermeabilização do solo), a fim de evitar os constantes alagamentos na região; solucionar as questões habitacionais através da garantia de moradia digna e promover a qualificação paisagística de suas bordas, através de maior permeabilidade visual, tratamento paisagístico e gráfico.

Mapa 12. Barreiras. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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bairros

Mapa 13. Gabarito de altura. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

Como se pode notar pelas intensidades das cores utilizadas, grande parte das residências que ocupam Itaim Paulista encontram-se com apenas um pavimento, possuindo de zero a cinco metros de altura, uma pequena parte chegando de 35 a 43 metros de altura, esses edifícios são Habitações de Interesse Social. Observando as divisões do mapa acima, é possível notar que Itaim é abrangentemente misto, observando os cinco bairros destacados, Cidade Kemel, Itaim Paulista e Jardim Bartira são feitos de residências de até dez metros, um destaque maior para Jardim Bartira que é praticamente composto de casas com um pavimento térreo, já os Bairros Vila Itaim e Jardim Indaiá contém algumas Habitações de Interesse Social que chegam a 35 metros de altura destoando das residências térreas. Analisando uma parte dos bairros que compõem “Jardim” no nome por ser mais recentes possuem pouca informação, exemplo do Jardim Bartira, são mais venda de imóveis, e os que não tem, como Cidade Kemel, possui uma história, foi batizado em 1954 e é um bairro que vem de herança dos antigos proprietários.


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pontos nodais Um grande exemplo de Ponto Nodal, seria a estação de trem do Itaim Paulista, onde transporta diariamente cerca de 286,6 mil passageiros por dia útil (via trólebus/2019), causando uma grande locomoção de pessoas indo e vindo diariamente. A Avenida Marechal Tito pode ser também considerada um dos principais Pontos Nodais da região. A rua possui um comércio ativo, contando com mercados, petshops, agências bancárias, lojas de conveniência e etc., trazendo assim uma grande concentração à avenida por conta de sua atividade comercial. Além disso, outras partes da cidade podem ser consideradas Pontos Nodais, como parques (Parque Chácara das Flores, Parque Santa Amélia e Parque Chico Mendes presentes na região) monumentos (Monumento da “Pedra Pequena”) e até mesmo lugares como bares, salões de beleza, feiras e etc., mesmo sendo particulares mantém uma ligação direta com a rua, mantendo constante troca e movimento. Mapa 14. Pontos nodais. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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marcos De acordo com Lynch, marcos são elementos pontuais podendo ser de diversas escalas, tais como torres, domos, edif ícios, esculturas, locais ou monumentos. Uma das suas principais características senão principal é a singularidade, algum aspecto que é único e/ou memorável no contexto. Isso pode ser alcançado de duas maneiras: sendo visto a partir de outros lugares, ou demonstrando um contraste local com os elementos mais próximos. − Itaim Paulista − Casa de Cultura Municipal Itaim Paulista; − Paróquia de São João Batista; − Monumento “Pedra Pequena”, em uma homenagem ao bairro, localizada na Praça Silva Teles.

Mapa 15. Marcos Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

− − − −

Vila Curuçá Clube da Cidade; Parque Ecológico Chico Mendes; CEU Vila Curuçá.


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diagnóstico em relação aos usos da cidade habitação/his A subprefeitura de São Paulo, Itaim Paulista, é dividida em dois distritos, Vila Curuçá e Itaim e tem como grande demanda populacional residências unifamiliares. Como observamos no mapa acima, foram concluídas poucas unidades habitacionais destinadas para as famílias de baixa renda, com o nome popular de HIS- Habitações de Interesse Social e grande parte encontra-se adensada ao sul da região metropolitana. Algumas seguem em andamento. Conforme pesquisa, “Habitação: Prefeitura entrega 365 apartamentos na Zona Leste” (2020), 50% da demanda foi indicada pela Cohab e os outros 50% pela Sehab. Indicadas pela Cohab aguardam atendimento habitacional após se cadastrarem no site, já as indicadas pela Sehab foram retiradas das áreas de risco, como por exemplo, as margens do rio Tietê. Segundo o prefeito João Dória, o secretário municipal de Habitação, Fernando Chucre e o presidente da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP), Edson Aparecido, visi-

taram o início das obras do conjunto habitacional Manuel Bueno 1 e 2, no bairro Jardim São Luís em 2018, que beneficiaria em torno de 600 famílias. Em novembro de 2020, foram finalizados 300 apartamentos do Conjunto Habitacional Manuel Bueno 1. O padrão de área construída residencial em Itaim Paulista é muito inferior, segundo o gráfico abaixo, da última verificação em 2010, nos ressalta que houve um aumento na média de área construída, ficando entre 10,2 a 12,6 metros quadrados por habitante porém ainda é muito baixo se comparado a média do Município de São Paulo, que beira a 25,5. Essa média é predominada por residências de famílias de baixa renda.

Mapa 16. Habitações. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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ocupação irregular As análises de Sérgio Pacheco em “A ocupação irregular do solo urbano e o direito ao acesso à energia elétrica e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado” e dos bairros de Itaim, fazem com que cheguemos às conclusões que as ocupações irregulares se originam com aberturas de ruas e demarcações de lotes desconhecidos pelo poder público. Logo, são consideradas como ocupações não planejadas e sofrem de alguns malefícios, tendo como principais pontos: 1) A maior parte das moradias se enquadra fora dos padrões de saneamento básico; 2) Sistema de infraestrutura e energia danificado ou não licenciado pela concessionária; 3) Poluição das fontes hídricas através da contaminação do esgoto e do lixo; 4) Não possuem privilégios ou estratégias com relações pluviométricas alteradas; 5) O entorno não consegue ser valorizado, nem garantir evolução e crescimento do bairro; Conforme Victor Carvalho Pinto na sua publicação em Senado Federal, temos que: A unificação do local e consolidação de moradias irregulares não são aceitas

quando os moradores não conseguem de alguma forma, clandestina, terem acesso à energia elétrica e a poços de água. Ligações clandestinas não prejudicam somente as empresas fornecedoras de água, telecomunicação e energia, mas sim toda população que acaba pagando, por fim, os impostos de quem está usando. Além disso, prejudica toda população nos riscos de acidentes, muitas vezes provocados por fatores que poderiam ser evitados, como: incêndios, desabamentos ou pessoas eletrocutadas. Quando as empresas percebem esse tipo de problema, preferem, por vezes, legalizar as ligações clandestinas a combater esse tipo de feito, porém acabam levando e legalizando a entrada e as condições de chegada de água, não organizando a parte de esgoto, assim gerando o famoso esgoto a céu aberto. As ligações que deixam de ser clandestinas para serem oficiais, também trazem grande problema para a população, pois a partir delas são puxados fios, canos e usados de demais formas para expandir e usar de mais ligações não regulares, mesmo que o ato de legalizar esses locais seja considerado como uma preocupação do poder público, é suges-

tivamente considerado como uma “expansão do espaço legalizado”. Por outro lado e pela visão de Ofir em “Ocupação irregular do solo”, muitos desses pontos estão instalados em locais que não podem, ou não têm condições de se tornarem legais, ocupando por muitas vezes áreas de mananciais, encostas que propiciam desmoronamentos, várzeas clandestinas e faixas não edificantes. Para que ninguém fique sem saneamento básico, telecomunicações e energia, o poder público estabelece que todas concessionárias devem suprir as necessidades dos moradores, e isso estimula muito que as áreas irregulares cresçam, pois, essa diretriz permite que mesmo estando irregular tenha as condições mínimas de moradia. Em outra vertente também precisamos entender e reconhecer que o fenômeno de urbanização contribuiu muito para os loteamentos irregulares. Levando em conta que os moradores precisam se posicionar com suas famílias perto de seus trabalhos ou por outras circunstâncias. Sendo assim, os espaços para loteamento vão cada vez mais sendo reduzidos, sobrando os locais onde já são considerados irregulares, por algum motivo sustentável ou pelas não condições


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de receberem estruturas de moradia, estando expostos a casos de acidentes causados por intempéries e pelo tempo de uso do solo. Chamamos a consequência desse fenômeno de ocupação desordenada. Por consequência da ocupação desordenada, não conseguimos traçar um plano de crescimento de bairro de forma que todos tenham acesso e assim são criados os locais sem infraestrutura viária, sem suporte à saúde ou educação e até mesmo, por muitas vezes sem condições básicas, como quando falamos do esgoto a céu aberto. Os diversos fatores que levam a população ocupar os locais irregulares culminam em faixas de classificação de moradias, como podemos ver no mapa. A faixa amarela, por exemplo, trata dos loteamentos considerados como favelas, que são as partes com menos condições básicas e mais difíceis de vida, geralmente as que possuem condições básicas não legalizadas com as concessionárias e que mais sofrem com os fatores ambientais. Já a faixa laranja são moradores que recebem até seis salários mínimos e usam desses lotes não regularizados, muitas vezes herdados da família, loca-

dos sem toda burocracia necessária ou ainda não totalmente legalizado pela prefeitura, por ocupar mais do que era permitido de construção ou estar edificando parte do terreno não autorizada. Nas faixas rosas temos os moradores recebendo acima de seis salários mínimos, que são praticamente enquadrados como os moradores das faixas laranjas, porém possuem um poder aquisitivo maior, sendo a menor parcela quando mencionado a questão de loteamento irregular. Também é comum moradores com poderes aquisitivos altos terem loteamentos irregulares por comprarem construções feitas em solo protegido pela secretaria do meio ambiente, o que não é o caso do nosso estudo. Em relação à faixa lilás, denominada como núcleo, concluímos que são faixas mais estruturadas, ou seja, possuem uma condição de infraestrutura maior e melhor definida, fazendo com que sua parte visual seja mais agradável. É um local onde os órgãos e concessionárias já conseguiram fazer um levantamento e mapeamento dos melhoramentos, onde os mesmos já estão sendo colocados em prática.

Mapa 17. Ocupações irregulares Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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vulnerabilidade social Vulnerabilidade social nada mais é que o conceito que caracteriza a condição de determinados grupos de indivíduos que estão à margem da sociedade, sofrendo o processo de “exclusão social”, por diversos fatores, mas sendo o principal o socioeconômico, sendo negado ou negligenciado os direitos básicos como moradia, educação e acesso a oportunidades para seu desenvolvimento enquanto cidadão. A atual produção do espaço urbano potencializa uma cidade segregada, onde há muitos lugares com privilégios urbanos, e outros completamente abandonados pelo poder público, sendo muitas vezes negado o saneamento básico, esgoto, equipamentos públicos e etc. Devido a esses fatores encontram-se famílias que se direcionam a áreas da cidade mais propícias a situações de riscos, portanto estão constantemente em situação de risco frente aos possíveis fenômenos naturais como deslizamento de terra, enchentes, áreas contaminadas, etc.

Mapa 18. Vulnerabilidade Social. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.


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densidade demográfica hab/área A densidade demográfica é um índice que nos permite quantificar os habitantes por uma determinada área, conforme suas distribuições, sendo mais densos onde possuem mais habitantes e menos densos onde possuem menos habitantes. Conforme Amarolina Ribeiro em “Densidade Demográfica”, baseia-se em dois pontos: a população absoluta e a área que será dividida. Deste modo, temos: D = Habitantes/ área Para determinação da densidade no Itaim Paulista, o Geosampa usou da quantidade de habitantes dividida por hectare, ou seja, por 10.000m², sendo 1 hectare igual a 10.000m². Com as conclusões calculadas pelo governo, foi montado o mapa em escala cromática laranja, onde os mais claros são locais menos densos e os mais escuros, chegando praticamente ao marrom, são locais mais densos. Deste modo, percebemos então que o centro de Itaim e a parte inferior são as partes mais densas. Já as partes superiores, estando em contato com a ferrovia, e as periféricas laterais são as menos densas, principalmente a periférica esquerda, que faz margem do Rio Itaquera.

Conclui-se que o Itaim é considerado bastante denso, porém ainda com possibilidades de ser mais adensado. Porém, para que isso ocorra o bairro tem que ser melhor estruturado também, para que esse crescimento não seja desordenado e acarreta em uma densidade saturada e sem estrutura.

Mapa 19. Densidade Demográfica. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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emprego O Centro de Apoio ao Trabalho (CAT) localizado na subprefeitura Itaim Paulista, desde o início do ano está atendendo um grande número de munícipes para a realização de cadastros e preenchimento de vagas para empregos. Segundo levantamento de estatísticas, apenas no mês de janeiro o CAT atendeu 4.247 moradores da região e de outras localidades, sendo que para emissão de carteira de trabalho calculou-se 539 atendimentos, além de 245 para habilitação de seguro desemprego e 72 formalizações de microempreendedor individual. O CAT é formado por uma rede de postos de atendimento direcionados a trabalhadores que buscam um lugar no mercado de trabalho. Isso inclui disponibilizar vários serviços, entre eles: Intermediação de mão de obra, cursos de qualificação, orientação para o trabalho, emissão de carteira de trabalho, programa desenvolvendo talentos, inclusão eficiente e jovem cidadão.

Mapa 20. ndice de empregos no município. Fonte: CAT- Centro de Apoio ao Trabalho.

A Fundação Paulistana, entidade vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, oferece oficinas de orientação ao mercado de trabalho do Programa Elabora na Subprefeitura Itaim Paulista, zona leste da capital. O programa incentiva a recolocação dessas pessoas no mercado de trabalho, podendo exercer suas respectivas competências e habilidades, inclusive na elaboração dos seus currículos para o momento em que for participar de um processo seletivo, além de contribuir para que possam explorar os seus pontos positivos. As áreas periféricas e que se caracterizam pelo predomínio de famílias com mais jovens e com elevada vulnerabilidade cresceram acima da média, no ano passado, em parte das regiões sul e leste. Os dados estão em pesquisa divulgada pela Fundação Seade. As áreas com taxa de desemprego mais elevada abrange bairros como: Ermelino Matarazzo, Ponte Rasa, Itaquera, São Mateus, Itaim Paulista, Cidade Tiradentes, José Bonifácio, Parque do Carmo, Guaianazes (zona leste), Cidade Ademar, Campo Limpo, Capão Redondo, Jardim Ângela, Cidade Dutra, Grajaú, Parelheiros e Marsilac (sul).


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movimento pendular Migração ou movimento migratório trata-se do deslocamento de indivíduos de um ponto até outro, seja temporário ou permanente. Em se tratando do movimento ou migração pendular, esse deslocamento é diário e está relacionado à oferta de empregos e estudo, onde a população desloca-se de suas residências até seu local de trabalho ou escola/ faculdade, movimento característico de regiões metropolitanas. Em um estudo publicado pela Rede Nossa São Paulo revelou que a oferta de empregos na região da Subprefeitura da Sé, centro de São Paulo, é 160 vezes maior do que no distrito da Vila Curuçá e 112 vezes maior do que no distrito do Itaim Paulista. O estudo foi feito com base na quantidade de empregos formais em 31 de dezembro de 2018.

Mapa 21. Desigualdade . Fonte: Nossa São Paulo- Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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saúde- hospitais De acordo com os hospitais e UBS’s que constam no Geosampa, o Itaim é bem amparado em relação às UBS, conseguindo atender praticamente todos os bairros, exceto os que não possuem a unidade, onde os moradores devem se deslocar para bairros vizinhos. Já os hospitais, são somente dois para toda a região, um localizado praticamente ao meio do mapa e outro na ponta superior direita, ambos possuem serviço de emergência e internação, porém em sua quantidade são considerados poucos

Mapa 22. Equipamentos de Saúde. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

para a extensão de território que devem abranger, além de serem distantes de alguns bairros (periferias). Levando em consideração os pontos dedicados às saúdes especiais Itaim é mais privilegiado em relação à saúde mental, demais clínicas especializadas não aparecem com grande frequência. Tendo como diferencial o centro de AIDS/ DST que abrange pessoas de várias regiões. De modo geral, Itaim consegue suprir a população com consultas periódicas e tratamentos básicos, os que são possíveis de serem feitos no posto de saúde, porém ao necessitar de tratamentos rápidos ou equipamentos de Pronto Socorro e hospitalar mais específicos, ou gerais, estão sempre cheios e o tempo de espera é muito longo. Já para clínicas e hospitais especializados a maioria da população acaba se locomovendo mais para o centro e demais bairros como Mooca, Tatuapé, Saúde, São Joaquim e Vergueiro, quando necessitam de hospitais mais especializados. Isso é bastante reclamado pelos moradores de idade mais avançada ou pelos enfermos que precisam percorrer esses grandes caminhos, ficando mais cansados do que deviam em decorrência do tratamento.


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educação (básica, fundamental, colegial, técnico e superior) As análises feitas pelo site “Qedu” e pelo site “Escol.as” mostram que tanto escolas estaduais como municipais educam jovens de fundamental I e II, e ensino médio. Porém, somente a escola Estadual tem ensino EJA, que é voltado a Educação de Jovens e Adultos e somente a escola Municipal tem ensino Infantil, que é o ensino dado anteriormente ao fundamental I. Para conclusão das análises usamos como parâmetro a infraestrutura das escolas comparando questões como: 1) Quantidade de alunos 2) Nível de ensino que proporciona 3) Acessibilidade 4) Acesso à internet e Laboratório de Informática 5) Laboratório de Ciências 6) Quadra 7) Biblioteca 8) Cozinha Com esses comparativos concluímos que as escolas estaduais possuem menos infraestrutura ligada a esses pontos que as escolas municipais, consideradas mais completas, mesmo quando muitas não possuem biblioteca ou laboratórios, levando em consideração que a maioria são pré-escolas, onde os alunos não usam esses tipos de equipamento.

Praticamente metade dos bairros apresentam edificações escolares, os bairros que não apresentam abrigam as crianças nas escolas de bairros tangentes, ou seja, nos bairros ao redor, dando as mesmas condições e prioridades. Não faltando estudo para ninguém. Por outro lado, o bairro é carente de escolas de ensino superior, apresentando início de polos EAD e estruturação dessa nova rede de ensino que está chegando ao local.

Mapa 23. Equipamentos de Educação. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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esporte, lazer e cultura Ainda que a região dos distritos do Itaim Paulista e Vila Curuçá formem uma das maiores densidades demográficas da cidade de São Paulo, a oferta de equipamentos públicos destinados ao lazer é limitada, muitas vezes a população precisa se deslocar para outras regiões a fim de conseguir algum tipo de distração, principalmente aos finais de semana.

Mapa 24. Equipamentos de lazer, cultura e esporte. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

Em pesquisas realizadas pela base de dados disponível no GeoSampa e no site da Prefeitura do Estado de São Paulo a região da subprefeitura apresenta entre equipamentos socioculturais: 4 bibliotecas públicas, sendo duas dentro de Centros Educacionais Unificados (CEU), 2 Casas de Cultura, 2 Fábricas de Cultura, 2 teatros também dentro de CEUs e 1 Cinema, ficando em 11º lugar no ranking do Observatório Cidadão (Equipamentos culturais públicos, 2017), de disponibilidade de centros e espaços culturais dentre todas as subprefeituras. Voltado ao esporte existem 12 Clubes de Comunidade, que segundo a prefeitura são unidades esportivas com uma administração indireta mas que estão localizadas em terrenos municipais, e apenas 1 Centro Esportivo Educacional que oferece atividades variadas atendendo todos os públicos e possui uma infraestrutura boa levando em conta a falta de outros equipamentos semelhantes no território. É possível visualizar pelo mapa que esses equipamentos estão distribuídos de forma desigual, sendo a praticamente todos no entorno da área e próximos das vias importantes, como Avenida São Miguel, deixando o miolo dos distritos carente de opções.


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espaços públicos Dentro do território da subprefeitura do Itaim Paulista estão presentes 8 parques, a maior quantidade dentre as outras subprefeituras da Zona Leste. Juntos oferecem variados tipos de atividades de lazer e entretenimento a população local e somam mais de 512 mil metros quadrados de área verde que ajudam de forma significativa, mesmo que pouca, a qualidade de vida na região. O Parque Quississana como descrito pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente foi criado por um decreto em 2012 é o único fechado ao público pois tem como finalidade pesquisas científicas e atividades de educação ambiental, com trilhas e visitas monitoradas, por se tratar de um fragmento de mata nativa que estava em início de degeneração e necessitava ser preservada. Dentro dele foram catalogadas 37 espécies da flora, 18 espécies de borboletas e 28 espécies de aves. Dois parques lineares foram implantados ao longo de córregos para ajudar na sua preservação, o Linear Itaim com 3,5Km, e o Linear Água Vermelha possui mais de 126 mil metros quadrados de área útil entregues em sua primeira fase. O Parque das Águas é o maior em área possuindo mais de 70 mil metros

quadrados dispondo de várias opções para atividades diversas como pistas de cooper, equipamentos de ginástica e deck para contemplação dos usuários. O segundo maior com 60 mil metros é o Parque Ecológico Chico Mendes, que apresenta maior variedade e infraestrutura, além do maior número de espécies em sua fauna e flora dentre todos. O Parque Ecológico Central do Itaim é o mais novo e foi concedido depois de uma mobilização da população através de um abaixo assinado com mais de 10 mil assinaturas para transformar a antiga chácara que estava abandonada e seria loteada por uma construtora em uma área útil para os moradores, como apresentado na reportagem “Itaim Paulista luta por espaços públicos de lazer e cultura” (Soares G, 2016). Eles variam de 22 mil a 126 mil metros quadrados, atividades para todos os gostos e idades, porém todos possuem um ponto em comum, a falta de manutenção em seus equipamentos e mobiliários. Outra reclamação é referente a segurança, o que ocasiona a falta de pessoas circulando. Algumas áreas são pouco aproveitadas e grande parte dos residentes nem sequer sabem da existência desses parques.

As praças públicas também trazem problemas, a população no geral reclama da falta debmanutenção e limpeza, em alguns casos os próprios moradores se juntam para tentar dar um jeito na situação, além de limpar e cuidar quando podem tentam conscientizar quem passa através de placas, é caso em uma das praças que faz parte do Parque Linear Água Vermelha, como apresentado na reportagem “Moradores de organizam para cuidar de praça sem zeladoria na zona leste”, (Silva E, 2020).

Mapa 25. Equipamentos públicos. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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questões ambientais

Mapa 26. Questões Ambientais e Cobertura Vegetal. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

É fato que com o passar dos anos o uso e ocupação do solo passa por transformações, e naturalmente vemos sua área urbana crescer e proporcionalmente sua cobertura vegetal diminui. Para entender melhor suas proporções, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo disponibilizou em 2020 um Mapeamento Digital da Cobertura Vegetal do Município de São Paulo, estudo importante para definir diretrizes da gestão ambiental da cidade, principalmente através do PDE. O mapeando cria categorias e exclui áreas de telhados verdes e jardins suspensos por não estarem assentados sobre solo e também solo exposto que apresentam ausência de cobertura vegetal. O resultado do mapeamento apresentação do documento final é satisfatório quando considerado o município todo de São Paulo, que apresenta 48,18% de cobertura vegetal, porém a Região Leste tem a menor quantidade a apresenta desequilíbrio em relação às outras quando suas 12 subprefeituras juntas ficam abaixo das três subprefeituras da Região Oeste. A Subprefeitura do Itaim Paulista possui 21,61Km² de área territorial e apenas 11,82%, equivalente a 2,55Km²

de cobertura vegetal, ficando atrás apenas de Sapopemba na listagem da Zona Leste, já no ranking com todas as 32 subprefeituras, o Itaim está na posição 29º. Quando comparado a cobertura vegetal por habitante sua posição cai para 31º com 6,86m²/hab., quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o ideal é 12m²/hab. Mesmo parecendo boa quantidade de arborização viária, analisando o mapa é possível encontrar ruas de bairros que não tem nenhuma árvore ou outro tipo de vegetação, além disso o número de ocorrências de queda de árvores é alto e aumenta principalmente na época das chuvas. A falta dessa áreas têm impacto no conforto térmico, na permeabilidade de água no solo, na captura de carbono, na manutenção da integridade da estrutura do solo e da biodiversidade, além de contribuir com as mudanças climáticas, o excesso de asfalto e a falta de vegetação ajuda a criar as ilhas de calor, e não é à toa, que em 2019 o município foi considerado a mais quente de São Paulo chegando ao pico de 39,6º no dia nove de janeiro, como mostra a matéria “Região do Itaim Paulista é a mais quente da cidade de São Paulo” (Granconato, 2019).


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Em algumas regiões, antigamente com atividades industriais, a descoberta de áreas contaminadas causa preocupação em relação a futuros problemas ambientais, logo foi criado o Grupo Técnico de Áreas Contaminadas (GTAC) para acompanhar e gerenciar. Ao longo da Marechal Tito temos duas, uma em Processo de Monitoramento para Reabilitação (Contaminantes- Metais, Solventes Clorados e TPH), e uma Contami-nada Sob Investigação (Contaminante- TPH). Além disso, podemos observar quatro locais que possuem Licença Ambiental do tipo Industrial, segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente esse é um procedimento para regularizar o empreendimento. Algumas áreas estão classificadas como Termo de Compromisso Ambiental, esse termo é fornecido pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e o interessado que necessita realizar obras ou reformas que envolvem corte ou transplante de árvores com base no Projeto de Compensação Ambiental. No ano de 2016 foi feito o mapeamento dos Remanescentes do Bioma Mata Atlântica no Município de São Paulo, que faz parte do Plano Municipal da Mata Atlântica – PMMA São Paulo, no total são

30% de território coberto com as seis categorias de vegetação. No Itaim Paulista são quatro tipos presentes em sua grande maioria dos parques classificados em ordem de maior cobertura territorial: 1. Campos Gerais: Predomínio de cobertura herbácea, poucos arbustos, fetos arborescentes, epífitas e trepadeiras, inclui áreas com formações campestres (secas, não alagáveis) e antropizadas (pastagem, clareiras de florestas e vegetação ruderal de terrenos urbanos abandonados), além de apresentar espécies típicas do cerrado. 2. Bosque Heterogêneo: Possui espécies arbóreas nativas ou exóticas, copas que se encontram, frequente na malha urbana como parques e praças com arborização implantada, bosques e áreas residenciais, como pomares e áreas de silvicultura abandonadas, pode incluir ainda matas muito degradada. 3. Mata Ombrófila Densa: Apresenta espécies arbóreas nativas, copas que se encontram, sub-bosque com árvores, arvoretas, arbustos, ervas, bambus, epífitas e trepadeiras, pode ter em casos isolados espécies exóticas. 4. Campo de Várzea e Vegetação Aquática: Predomínio de cobertura her-

bácea arbustiva em áreas predominantemente planas, junto a cursos ou corpos d’água, inclui vegetação de brejo com solo encharcado, principalmente em áreas inundáveis e vegetação aquática com plantas emersas.

Mapa 27. Remanescente Bioma Mata Atlântica. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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serviços/comércios e indústria Grande parte dos comércios e serviços se encontram bem aglomerados perto do terminal de ônibus e da linha das estações da CPTM - Jardim Helena, Itaim Paulista e Jardim Romano, e no final da linha encontramos um adensamento de Indústrias e Armazéns, já as residências mistas localizam-se espalhadas por toda Itaim Paulista. Fica bem evidente a falta de investimento da prefeitura, o cidadão que se encontra no extremo sul de Itaim tem que fazer uma longa viagem para chegar nos grandes comércios que se encontram nos arredores da estação. Na questão de acessibilidade a prefeitura de Itaim falha muito, e a quantidade de escadas na estação dificulta a locomoção das pessoas que possuem deficiência física e precisam de maior acessibilidade.

Mapa 28. Serviços/Comércios e Indústria. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.


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espaços de gestão urbana A Subprefeitura do Itaim Paulista abrange os distritos do Itaim Paulista e Vila Curuçá, tem como encargo os assuntos municipais em nível local, fiscaliza o cumprimento das leis, regulamentos, normas e posturas municipais. Também fica sob sua responsabilidade o supervisiona mento de obras e edificações residenciais, instalações de comércio e serviço, conservação de áreas públicas como praças e canteiros, manutenção de logradouros, serviços de zeladoria para mandar o município limpo e organizado, além da conservação da inf raestrutura viária, como as ações de tapa-buraco. As associações de bairro são iniciativas dos próprios moradores para solucionar os problemas locais, realizar manutenção de determinados pontos e proporcionar o bem estar da comunidade. Essa interação entre vizinhos ajuda a melhorar o convívio e pode trazer ainda mais benefícios para o bairro, criando uma rede apoio e uma ponte com a subprefeitura local.

Mapa 29. - Equipamentos de Gestão Urbana . Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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patrimônio/turismo Itaim Paulista é uma região que possui apenas um monumento, a escultura “Mão que Segura Pedra Pequena”, localizada na Praça Silva Teles. A escultura de uma mão com mais de três metros de altura, feita inteira de aço inox segurando uma pedra pequena, pelo artista Juarez Martins, referência ao nome tupi-guarani Itaim, que significa “pedra pequena”. Atualmente, alguns bairros possuem placas do projeto “Inventário Memória Paulistana”, que consiste na identificação de lugares através de placas azuis, como referência à memória de pessoas e grupos, semelhante ao movimento que existe em Londres.

Mapa 30. Patrimônio e Turismo. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.


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mobilidade urbana O transporte público passou a ser um direito social garantido pela Constituição Federal, possibilitando benefícios macroeconômicos e socioambientais para a vida em sociedade, afetando diretamente a qualidade de vida de uma cidade, pois define, e atinge, diretamente as alternativas de deslocamento que os habitantes têm a sua disposição. Mesmo com a mobilidade urbana sendo equiparada com outros temas importantes, como saúde, trabalho e educação, o grande avanço da inclusão do transporte público como direito social à primeira vista não mudou muito, pois ainda há problemas em sua infraestrutura e gestão a serem resolvidos. Mobilidade urbana deve interagir de maneira integrada à política de desenvolvimento urbano, para resolver os famosos problemas, como por exemplo, o alto número de usuários de transportes individuais, considerando à falta de opções de transporte alternativo ou público de qualidade, distribuição espacial das atividades, manutenção da infraestrutura urbana de mobilidade, e etc.

cptm/metrô A principal linha de CPTM da Subprefeitura Itaim Paulista, é a Linha 12 – Safira, que contém as estações Jardim Helena – Vila Mara, Itaim Paulista, e Jardim Romano. Linha, que lidera o ranking das “problemáticas” na CPTM, segundo um levantamento da equipe Anda SP, em 2019.

Mapa 31. Ferrovia e Estações. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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ônibus Com apenas 1 (um) terminal de ônibus, Terminal São Miguel, a subprefeitura sofre com a escassez de terminais e linhas, gerando uma necessidade de locomoção maior do que o normal, onde muitos idosos, mulheres ou crianças, que usam o transporte público precisam se sujeitar a andar a pé para completar o trajeto. Apesar de ter uma quantidade razoável de pontos de ônibus, algumas regiões pontuais sofrem com a ausência deles, e falta de estrutura e/ou manutenção em pontos de paradas de ônibus.

Mapa 32. Rede de Ônibus. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.


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rede cicloviária O termo mobilidade ativo e sua modalidade, tem sido atualmente cada vez mais discutida, e estimulada, uma vez que impacta positivamente a mobilidade urbana, com a ajuda na redução de diminuição de uso de fontes de energia não renováveis, melhoria da saúde e qualidade de vida, redução dos congestionamentos, e etc. A bicicleta, um dos meios de transporte dentro dessa modalidade, tem sua importância, em razão de ampliar o acesso da população às oportunidades de trabalho, equipamentos públicos, lazer, cultura, além de diminuir a incidência de doenças cardiovasculares melhorando a saúde em geral da população, e o espaço urbano. Na subprefeitura do Itaim Paulista, há faixa de ciclovia apenas da Rua Rosa de Lima à José Aristodemo Pinotti, totalizando 2,08 km de faixa, o que reflete a negligência e má gestão. Segundo uma análise realizada em 2007, a partir de micro dados da Pesquisa Origem e Destino do Metrô, ainda que por ser um meio de transporte ainda utilizado majoritariamente por pessoas de renda mais baixa e nas periferias, não dependendo da existência de uma faixa de ciclovia, aumentando a possibilidade de novos acidentes contra ciclistas.

Mapa 33. Rede Ciclo viária Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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infraestrutura saneamento (abastecimento de água e energia) Analisando os itens disponíveis no GeoSampa, concluímos que o Itaim é carente de postos físicos da SABESP e da ENEL, não significando que eles sofram com a falta de água e energia em sua grande parte do território. Porém, para terem acesso a esses pontos físicos, centrais, precisam percorrer grandes distâncias. A SABESP, por exemplo, está localizada bem ao centro da região, já a ENEL é necessário um deslocamento para fora do Itaim para que se encontre um polo físico, sendo o polo de São Miguel o mais próximo é aconselhado para os moradores da região. A distribuição de energia feita pela Concessionária na região, é uma distribuição igualitária às demais

Mapa 34. Torres de Energia. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

regiões, por cabos de fiação superiores e pouquíssimos cabos subterrâneos, praticamente nenhum. Esses cabos chegam aos postes intermediários e os postes de transformadores/ geradores, que transformam e levam a energia para dentro das casas. Concluímos que além da distribuição de água uma vertente muito preocupante é a rede de drenagem, onde fizeram estudos e separaram áreas para trechos de lavagem, ou seja, áreas de lavagem preventiva, de acordo com a intensidade necessária, com intuito de desobstruir esses trechos e minimizar problemas de vazamentos e enchentes. Muitas vezes somente a lavagem preventiva não resolve os problemas de alagamento, o Engenheiro relata que antes de ser estudado a ideia da construção de piscinão eles estudam novamente e reformulam o dimensionamento das bocas de lobo e galerias, que podem estar desatualizadas em relação ao índice pluviométrico. Esse cálculo é feito com base no índice pluviométrico, período de retorno das chuvas e dimensões hidráulicas presentes numa tabela já preparada.


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distribuição do lixo e correios Um ponto importante a se observar é a quantidade de Ecopontos (5) e Ecopontos com Cooperativa (2). Mesmo tendo uma extensão muito grande para coleta, é um sistema que funciona muito bem. A população deixa os resíduos indicados para ecoponto nos ecos responsáveis e eles se dividem levando e proporcionando o destino final para as cooperativas, onde também administra todo esse sistema. Em relação a coleta de lixo residencial, comercial, industrial e hospitalar para região é feita de forma igualitária em relação às demais regiões. É orientado que todas as categorias de lixo, como já mencionadas, sejam separadas e embaladas das formas mais seguras possíveis, disponibilizando fácil recolhimento pelo caminhão responsável e pelos garis que coletam diariamente. O destino parcial são os ecopontos e os transbordos, porém os destinos finais são os aterros, onde é destinado após a separação dos resíduos no transbordo. O transbordo é um intermédio entre os ecopontos e os aterros, para que não ocorra acúmulo de lixo, causando gases e líquidos que possam prejudicar a saúde dos trabalhadores e prejudicar nosso

sistema influenciando no aquecimento global. Após esvaziamento dos aterros de São Paulo, os lixos dos transbordos são destinados de forma inteligente para o aterro mais disponível, mesmo que cada transbordo tenha seu aterro mais próximo. Considerando a distribuição de coleta da cidade, o Itaim também disponibiliza as lixeiras de poste, rua e de parques, onde a população pode descartar os lixos existentes nas ruas. Outra curiosidade do bairro é a quantidade de Correios presente, sendo que são localizados mais a parte norte e esquerda do território, fazendo com que o sistema de distribuição de cartas e mercadorias seja muito bem planejado, e ao mesmo tempo trazendo dificuldade a população para busca e postagem de seus envelopes e pacotes.

Mapa 35. Equipamentos de Saneamento. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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relação presente e passado Visto a relação do início do Itaim até os dias atuais vemos uma grande passagem entre a chácaras, fazendas e sítios, chegada da ferrovia, grande implementação da Fábrica Nitro Química e a criação da Subprefeitura, junto do crescimento comercial e consequentemente o social, culminando em todos aspectos analisados. Atualmente Itaim é considerado um território bastante denso, com ferrovia e centros comerciais, o que atrai e movimenta bastante a economia, chamando atenção também para moradores na região, fazendo um ciclo de povoamento e comércio. A chegada da prefeitura na região trouxe e ainda traça planos para trazer uma grande alteração territorial, muitas vezes visíveis como pontos de ônibus, calçamentos, edificações, mobiliários urbanos, equipamentos públicos e também invisíveis, levando em consideração inf raestrutura e saneamento. O estado atual do Itaim, revela que entre passado e presente o território evoluiu de Sesmarias para loteamento privado, por muitas vezes, o que possibilita na vida dos moradores locais e próximos avanço e crescimento.


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futuro planos existentes

“Conforme definido no Plano Diretor e nos Planos Regionais, a Prefeitura de São Paulo deve realizar, a cada quatro anos, os Planos de Ação das Subprefeituras, que têm o objetivo de detalhar as propostas e intervenções necessárias, na escala local, para o desenvolvimento urbano e ambiental da região. Os Planos de Ação das Subprefeituras fazem a articulação entre o planejamento territorial, as leis orçamentárias (como o Plano Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei Orçamentária Anual – LOA) e o Programa de Metas de cada gestão, organizando as ações setoriais previstas de cada secretaria ou órgão público.” Para elaborar os Planos de Ação, foram criados Núcleos Regionais de Planejamento, nas 32 subprefeituras da cidade de São Paulo, e o apoio da sociedade civil, seja por meio de reuniões no Conselho Participativo Municipal de cada subprefeitura e no Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU), audiências públicas e oficinas participativas, e através da disponibilização de dados, indicadores e mapas sobre cada uma das regiões. A Subprefeitura Itaim Paulista

recebeu 52 propostas da sociedade civil, sistematizadas em acordo com os respectivos Perímetros de Ação.

Mapa 36. Perímetros de Ação. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

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estudo da região

propostas existentes Em 2020 a prefeitura de São Paulo lançou um site para votação popular acerca de projetos para serem incluídos no “Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2021”, o PLOA, através do site Participe Mais, onde as pessoas criaram seus cadastros e puderam votar em até cinco opções, dentre as 16 opções as propostas mais votadas foram avaliadas pela subprefeitura e os projetos eleitos pela população para a Subprefeitura do Itaim paulista foram: − Criação de Parque Tecnológico Municipal na Zona Leste (44 votos); − Instalação de Centro de Referência da Mulher (37 votos); − Implantar equipamentos de saúde na região como UPA e URSI (86 votos); − Continuidade ao MOVA - Alfabetização de Jovens e Adultos (41 votos); − Intervenção de controle de cheias em bacias dos córregos da região (86 votos);

status das realizações das propostas As cinco propostas eleitas pela população foram avaliadas como viáveis e inviáveis e atualmente estão assim: • Criação de Parque Tecnológico Municipal na Zona Leste (inviável); A proposta de criar um Parque Tecnológico Municipal na Zona Leste, que tinha como objetivo, como descrito no site Participe Mais, “Criar e efetivar o programa de incentivos fiscais na região leste. Garantir vagas nos programas de ensino técnico e tecnológico através de parcerias com a União, com o Estado, Entidades do Sistema S e ou de forma direta.” foi considerada Inviável pois segundo o mesmo, no Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico não há elementos que embasam a necessidade e proveito de tal empreendimento, o que pode ser modificado no próximo ano.”

• Instalação de Centro de Referência da Mulher (inviável); Segundo o site Participe Mais, o projeto de Instalação de Centro de Referência da Mulher foi considerado inviável na análise de viabilidade técnica, com a justificativa de que a região já possui o Centro de Defesa e de Convivência da Mulher Casa de Isabel, assim como no entorno onde possui o Centro de de Cidadania da Mulher- Itaquera, Centro de Defesa e de Convivência da Mulher Guaianazes e o Centro de Defesa e de Convivência da Mulher José Bonifácio. A proposta também foi considerada inviável na análise de viabilidade orçamentária, pois o custo anual seria de R$2.192.632,00, superando o orçamento da Secretaria Municipal de Direitos Humanos.


estudo da região

• Implantar equipamentos de saúde na região como UPA e URSI (viável); A proposta consiste em “Obter terrenos, projetar, licitar, garantir a fonte de financiamento e construir a UPA do Itaim Paulista. Criar programas e ações que utilizem medicina tradicional chinesa/prática natural nas unidades de saúde da prefeitura regional do Itaim Paulista/ Vila Curuçá. Implantar 2 unidades de referência a saúde do idoso (URSI), uma em cada distrito da prefeitura regional do Itaim Paulista/Vila Curuçá. Implantar ao menos 2 Centros Dia a população idosa já prefeitura regional do Itaim Paulista/Vila Curuçá. Implantar 2 unidades de instituições de longa permanência do idoso- ILPI, sendo uma delas, geriátrica. Implantar 1 centro especializado de reabilitação para garantir atendimento às pessoas com deficiência.” (PESQUISE MAIS, 2020), foi considerada viável na análise de viabilidade técnica, jurídica e orçamentária. Atualmente encontra-se no status de “Orçamento para o compromisso aprovado.”

• Continuidade ao MOVA - Alfabetização de Jovens e Adultos (viável); A proposta é viável e tem o compromisso da manutenção do MOVA, Manutenção do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, em 2021, essa proposta foi avaliada e considerada viável nas análises de viabilidade técnica e orçamentária. Atualmente seu status é de “Orçamento para compromisso aprovado.”

• Intervenção de controle de cheias em bacias dos córregos da região; A intervenção foi considerada viável tanto na análise de viabilidade técnica, quanto na análise de viabilidade orçamentária. O compromisso, atualizado em 27/11/2020, no site Participe Mais, consiste na realização de estudos de Marco Drenagem e iniciar a elaboração do Caderno de Drenagem das Bacias, para planejamento e definição de intervenções necessárias. O status atual é de “Orçamento para o compromisso aprovado.”

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90

estudo da região

potencialidades e fragilidades Depois do estudo realizado sobre a região do Itaim Paulista, o grupo levantou os pontos de potencialidade e fragilidade a fim de destaca-lós ou melhora-lós em seus projetos indivíduais. leitura urbana categoria

potencialidade

fragilidade

Caminhos

Vias movimentadas que cortam o município no sentido norte e sul e uma principal no sentido leste oeste

Passeios pequenos, sem acessibilidade, iluminação e arborização Poucos espaços de permanência Linha férrea e relevo como barreira fisica e visual

Limites

Bairros

Hidrografia age como barreira natural Gabarito baixo em geral

Ocupa mais área territorial

categoria

potencialidade

Regiões mais altas são também as mais adensadas e com maior vulnerabilidade

Relevo

Pontos Nodais

Zoneamento

fragilidade

População se apropria dos poucos pontos existentes, viabilizando a criação de mais

Pouca quantidade de pontos estratégicos

Grande parcela do território como Zona Mista facilitando o uso

Poucas áreas direcionadas as preservação do meio ambiente (ZEPAM)

Quadro 3. Potencialidades e Fragilidades- Leitura Urbana(Desenvolvido pelo grupo, 2021).


estudo da região

diagnósticos da cidade categoria

potencialidade

Planos para a implantação de mais Habitações Sociais Habitação

fragilidade Alta porcentagem de habitações irregulares e índice de espaço por habitante menor do que o adequado Maior parte das moradias fora dos padrões de zoneamento básico de de te

Vulnerabilidade Social

Saúde

Educação

Altos índices vulnerabilidaprincipalmenpróximo aos corregos

Densidade Demográfica

Possui maior densidade ao longo dos corregos

Emprego

Baixa oferta de emprego formal resultando no deslocamento diário para a região central

Presença do CAT disponibilizando postos de atendimento aos trabalhadores

categoria

Esporte, Lazer e Cultura

potencialidade

fragilidade

Presença de um centro de AIS/ DST

Falta de hospitais e clínicas especializadas

Bastantes UBS’s

Falta de Pronto Socorro disponível

Alta quantidade de vagas nas escolas

Falta de escolas em alguns bairros

Escolas Municipais com boa estrutura e posicionamento

Menor infraestrutura nas escolas estaduais

Inicio de uma expanção educacional

Poucos polos para EJA e EAD Presença de apenas um Centro Esportivo para suprir todo o municipio

Os munícipes se mobilizaram de forma autônoma para garantir esses espaços

Má distribuição e falta de manutenção de equipamentos de lazer e cultura

Quadro 4. Potencialidades e Fragilidades- Diagnósticos da cidade (Desenvolvido pelo grupo, 2021).

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92

estudo da região

diagnósticos da cidade categoria

potencialidade

fragilidade Baixa cobertura vegetal e preservação de Remanescentes de Mata Âtlantica

Questões Ambientais

Inundações frequentes em áreas proximas aos corregos

categoria

Mobilidade Urbana

potencialidade

fragilidade

Quantidade considerável de paradas de ônibus

Presença de apenas um terminal ônibus Falta de rede cicloviária

Existencia de três estações bem distribuidas entre elas

Presença de três correios e um ponto da Sabesp

Pouca arborização urbana Serviço Comércio e Industria

Espaços Públicos

Patrimônio e Turismo

Grande oferta de comércio na faixa de Estruturação Urbana

Escassez de comércio variado dentro dos bairros

Aglomeração de pedestres nas calçadas

Tamanho dos passeios

Maior quantidade de parques em relação as outras subprefeituras da Zona Leste

Falta de manutenção e segurança nos espaços existentes

Interesse da população em transformar áreas abandonadas em parques e praças

Pouca quantidade e má distribuição de Ecopontos e Cooperativas

Infraestrutura

Nenhum ponto da Enel Presença de torres de alta tensão

Saneamento

Falta de pontos atrativos

Três estações em uma divisa da subprefeitura

Escassez de sistemas anti enchentes Sistema de lavagem das tubulações públicas e bocas de lobo

Quantidade de boca de lobo e pontos para lavagem/ enchente

Quadro 5. Potencialidades e Fragilidades- Diagnósticos da cidade (Desenvolvido pelo grupo, 2021).


estudo da região

localização dos projetos individuais

rq

u e li n e

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Após de análise o quadro de potencialidades e fragilidades, cada integrante do grupo propôs projetos em determinados pontos do Itaim Paulista.

Mapa 37. Localização dos projetos individuais. Fonte: Base Geosampa - Modificação e Análise de Informações de Autoria do grupo.

93



apresentação do terreno

96 97 98 99 100 104

localização topografia

hierarquia viária cheios e vazios levantamento fotográfico in loco parâmetros urbanísticos


96

apresentação do terreno APRESENTAÇÃO DO TERRENO

localização terreno + entorno O terreno de estudo está localizado na divisa da Subprefeitura do Itaim Paulista com Itaquaquecetuba, ao lado do córrego Três Pontes. Próximo a ele é possível observar a presença de edificações, em sua grande maioria residenciais. Além de comércios, uma empresa têxtil, uma escola e um campo de futebol.

1,12Km

Mapa 38. Terreno e entorno. Fonte: Desenvolvido pelo autor.


apresentação do terreno

topografia

A topografia do terreno é em parte acidentada. Possuindo em torno de cinco metros de desnível, formando uma área alagável, no começo do terreno ao lado da ferrovia. A outra extremidade do terreno não apresenta desníveis acentuados. As curvas vão avançando de forma natural junto ao lote.

Mapa 39. Topografia. Fonte: Desenvolvido pelo autor.

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98

apresentação do terreno

hierarquia viária O terreno do Parque Linear Conexões, é cortado por uma importante via estrutural da região, a Avenida Marechal Tito, que possui muito movimento durante todo o dia. Além de ser conectado com três vias coletoras em sua extensão e ser paralelo a vias locais.

Via Estrutural Via Coletora Via Local Córrego Três Pontes Parque Linear Conexões Mapa 40. Hierarquia Viária. Fonte: Desenvolvido pelo autor.


apresentação do terreno

cheios e vazios Do lado da subprefeitura do Itaim Paulista é possível observar um maior número de edificações, em sua maioria residenciais, empresas/comércios são caracterizadas pelo tamanho e terreno maior. Assim como é possível entender que no território da subprefeitura de Itaquaquecetuba as empresas/ comércios são maioria.

Edificações Córrego Três Pontes Parque Linear Conexões Mapa 41. Cheios e Vazios Fonte: Desenvolvido pelo autor.

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100

apresentação do terreno

levantamento fotográfico in loco

[2]

[4] [5]

[7] [6] [3]

[8]

[1]

Foi realizado em alguns pontos do terreno um levantamento fotográfico, a fim de constatar suas condições atuais. Através da visita e analise foi possível ver que o terreno se encontra em estado desabitado, sujo e descuidado, principalmente nas margens do córrego Três Pontes. O mesmo na Rua Guariju, que da acesso ao terreno e a plataforma que atravessa a linha férrea. A rua é fechada para carros e apenas pedestres circulam, com total sensação de insegurança. Direção do observador

[9]

[x] Número da imagem

[10] [11] [15] [16] [19]

[12 e 13] [14] [17 e 18]

Mapa 42. Localização das imagens. Fonte: Desenvolvido pelo autor.


apresentação do terreno

1

Fig. 39.

2

Rua Guariju (A autora, 2021).

4

Fig. 42.

Fig. 40.

3

Passarela de acesso ao Jardim Romano (A autora, 2021).

5

Área de acesso a Rua Guariju (A autora, 2021).

Fig. 43.

Fig. 41.

Córrego Três Pontes (A autora, 2021).

6

Terreno do parque (A autora, 2021).

Fig. 44.

Vista para Sultan (A autora, 2021).

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102

apresentação do terreno

7

Fig. 45.

10

Vista para a ponte (A autora, 2021).

Córrego Três Pontes (A autora, 2021).

9

Fig. 47.

Avenida Córrego Três Pontes (A autora, 2021).

11

8

Fig. 46.

Fig. 48.

12

Fig. 49.

Vista da Avenida Córrego Três Pontes (A autora, 2021).

Do outro lado da Avenida Marechal Tito, o terreno não possui acesso por conta da quantidade de mato e sujeira. Alguns pontos de frente para as residências são descuidados, já outros receberam atenção da população. Algumas arvores e canteiros de flores foram plantados e são mantidos pelos moradores. Final da Avenida Córrego Três Pontes (A autora, 2021).

Fig. 50.

Córrego Três Pontes (A autora, 2021).

13

Fig. 51.

Córrego Três Pontes (A autora, 2021).


apresentação do terreno

14

16

Fig. 54.

18

Praça (A autora, 2021).

17

Fig. 52.

Casasnas margens do córrego (A autora, 2021).

15

Fig. 53.

Fig. 55.

Praça e Campo da Comunidade (A autora, 2021).

19

Praça (A autora, 2021).

Na praça que já existe de frente para o campo de futebol, o descuido e falta de atenção da zeladoria urbana também está presente. Mato alto avançando sobre a calçada, sujeira e falta de mobiliário urbano impede a população de usar o espaço público, que é amplo e possui potencial. Vista da ponte Jardim Monte Belo (A autora, 2021).

Fig. 56.

Fig. 57.

Praça (A autora, 2021).

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apresentação do terreno

parâmetros urbanísticos O parque linear faz parte das áreas verdes públicas implantadas na cidade e, por esse motivo será incluso no Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (SAPAVEL). É permitido a instalação de equipamentos de lazer, recreação e uso coletivo, contanto que obedeça aos parâmetros urbanísticos definidos no PDE (2014), como especificados no quadro ao lado:

área (m²)

taxa permeabilidade

50.000< A < 20.0000

0,8 (80%)

taxa ocupação 0,1 (10%)

coef icientede aproveitamento 0,1 (10%)

parque linear conexões 56.000

44.800

5.600

5.600 Quadro 6. Índices Urbanisticos.

divisão do terreno Por se tratar de uma área extensa optou-se por separar o terreno em módulos, sendo eles: módulo a módulo b e módulo c. Com o intuito de alcançar uma melhor visualização dos detalhes de implantação.

Mapa 43. Módulos do terreno. Fonte: Desenvolvido pelo autor.


apresentação do terreno

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4


4

estudos de caso 109 118

126

high line

parque madureira parque linear tiquatira


108

Fig. 58.

estudo de caso

Visão geral do High Line (The High Line, 2021).

estudo de caso

Fig. 59.

Construção High Line (The High Line, 2021).

Fig. 60.

Encaixe dos pisos (The High Line, 2021).


estudo de caso

2 0 0 9

high line Local: Nova York NY 10011, Manhattan- Estados Unidos. Arquitetos: James Corner Field Operations (líder do projeto), Diller Scofidio + Renfro e Piet Oudolf. Área: 2,33km de comprimento. Segundo estudo realizado no site do próprio High Line, o projeto do parque linear atravessa bairros no West Side de Manhattan e foi construído em cima de uma antiga linha ferroviária. O elevado quase foi destinado à demolição, mas a comunidade se reuniu e mudou esse cenário. Foi criado então o “Friends of the High Line”. Esse grupo lançou em 2003 um concurso aberto e internacional de propostas para o transformar em um espaço público. Os participantes foram incentivados a serem ousados e a criar visões únicas. No f inal receberam ideias de 720 equipes, representando 36 países. Hoje o espaço recebe turistas de vários lugares e praticamente 100% do orçamento anual para manter o parque vem de doações. Ele é de propriedade da cidade de Nova York e é operado sob um contrato de licença com a NYC Parks. Fig. 61.

Mapa de localização (The High Line, 2021).

O High Line foi aberto of icialmente a população em 2009 em seções, cada uma demorou mais de dois anos para f icarem prontas. A construção começou com a remoção do que havia na estrutura, a cada seção de trilhos removida tudo era marcado, inspecionado e armazenado, assim muitos deles puderam voltar aos seus locais originais para integrar o projeto paisagístico. A etapa f inal foi a instalação de vias, acessos, plantio da vegetação, instalação do mobiliário e iluminação. Alguns elementos de irrigação e de inf raestrutura elétrica foram executados em um vazio abaixo do pavimento de concreto. Algumas vigas de aço foram retiradas para a instalação das escadas, assim elas passam pela própria estrutura do elevado e proporciona uma nova visão da estrutura de sustentação ao visitante.

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Fig. 62.

estudo de caso

Implantação da vegetação no elevado (The High Line, 2021).

Fig. 65.

Corte esquemático (The High Line, 2021).

Fig. 63.

Construção da escada de acesso (The High Line, 2021).

Fig. 64.

Junção dos trilhos com vegetação e pisos (The High Line, 2021).


estudo de caso

Fig. 66.

Fig. 67.

Fig. 69.

Vista da Avenida (The High Line, 2021).

Escultura temporaria (The High Line, 2021).

Corte do Spur (The High Line, 2021).

Espaço de descanso (The High Line, 2021).

2019

Fig. 68.

spur + the plinth

Além das seções, foi inaugurado em 5 de julho de 2019, na 30th St. com a 10th Ave., o espaço chamado SPUR. A última ramificação restante da estrutura original ganhou uma campanha que começou em 2008, e após 10 anos ele foi repaginado e aberto ao público. Ele foi pensado para a interação das pessoas, conta com pontos de acesso, banheiros, comida e artes. O SPUR ganhou um pedestal (The Plinth), e nele será colocado obras de arte contemporânea em sistema de rodizio. A primeira a ser exposta foi a Brick House de Simone Leigh em homenagem a beleza negra. Se trata de um busto em bronze de 5m de altura de uma mulher negra que olha fixamente para a 10th Avenue. Os jardins desse novo espaço contam com 8.500 plantas perenes (não perdem suas folhas durante o ano) e 69 árvores, se tornando um dos maiores canteiros do parque com remanescente da paisagem natural.

111


estudo de caso

1º seção: gansevoort até 20th street

Fig. 70.

Primeira seção (The High Line, 2021).

Fig. 71.

Corte do auditório (The High Line, 2021).

2009

112

Fig. 72.

Visão noturna da primeira seção (The High Line, 2021).

Fig. 74.

Render da primeira seção (The High Line, 2021).

Fig. 75.

Visão noturna do auditório (The High Line, 2021).

Fig. 73. Auditório ao ar livre (The High Line, 2021).


2011

estudo de caso

2º seção: west 20th street até west 30th street

Fig. 76.

Fig. 77.

Caminhos (The High Line, 2021).

Moldura (The High Line, 2021).

Fig. 78.

Visão aérea dos caminhos (The High Line, 2021).

Fig. 79.

Área de descanso (The High Line, 2021).

Fig. 80.

Render do acesso (The High Line, 2021).

113


estudo de caso

3º seção: rail yards (30th a 34th street com 10th a 12th avenues)

2014

114

Fig. 84. Junção dos trilhos com pisos (The High Line, 2021).

Fig. 85. Áreas de descanso (The High Line, 2021).

Fig. 82.

Terceira seção (The High Line, 2021).

Fig. 86.

Fig. 81.

Visão geral da terceira seção (The High Line, 2021).

Fig. 83.

Mobiliário especial (The High Line, 2021).

Mobiliário (The High Line, 2021).


estudo de caso

conclusão

Fig. 87.

Visão geral do High Line (The High Line, 2021).

Fig. 88.

Vivência do parque (The High Line, 2021).

Fig. 89.

Vida noturna no parque (The High Line, 2021).

Fig. 90.

Mobiliário (The High Line, 2021).

O que ganha destaque na primeira parcela é uma espécie de “auditório”, com piso de madeira, que emoldura através de uma película de vidro o movimento dos automóveis. A próxima recebe mais vegetação e caminhos que criam diferentes sensações e varandas para observar a paisagem urbana. Dessa vez a vista de cima o High Line que ganha uma moldura de LED. A implantação da segunda seção possibilitou que a terceira fosse iniciada, ela está localizada sob um pátio ferroviário e inclui’ uma passarela de acesso temporária. Hoje o High Line promove diversificados projetos ligados a cultura e arte para atrair a comunidade e envolver crianças e adolescentes em programas públicos. A participação da população na transformação do High Line foi essencial para ele se tornar hoje umas das maiores referências quando o assunto é parque linear. A comunidade se juntou em prol da preservação e restauração de um espaço que poderia ser aproveitado de um modo que abrangesse a todos os públicos.

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estudo de caso

O design no piso dos caminhos remete a trilhos de trem, onde os originais precisaram ser removidos, é possível ver que existe uma conexão com a materialidade primária. O mobiliário é pensado para atrair as pessoas e possibilitar ambientes agradáveis de descanso, bancos que misturam madeira, ferro e concreto estão localizados em lugares estratégicos para apreciar as vistas e relaxar. O parque possui 500 espécies de plantas e árvores no meio da cidade. A seleção delas prioriza as espécies nativas, tolerantes à seca e de baixa manutenção. Possui um sistema de irrigação por gotejamento, o que permite que os canteiros retenham o máximo de água possível.

Fig. 92. Mobiliário (The High Line, 2021).

Fig. 91.

Detalhamento (The High Line, 2021).


estudo de caso

Fig. 93.

Mobiliário especial com iluminação (The High Line, 2021).

Fig. 94.

Contraste do novo com antigo (The High Line, 2021).

Fig. 95.

Visão geral (The High Line, 2021).

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Fig. 96.

estudo de caso

parque madureira Local: Madureira, Rio de Janeiro. Arquitetos: RRA l Ruy Rezende Arquitetura.

Entrada Parque Madureira (ArchDaily, 2021).

(1º fase)

(2º fase)

2 0 1 0 - 2 0 1 2

2 0 1 4 - 2 0 1 6

Área: 25,5 há. Segundo a apresentação da equipe responsável, o parque foi inaugurado em junho de 2012, tinha como principal desafio elaborar um projeto baseado em um programa de educação socioambiental, desenvolvido pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Contou com apoio da comunidade para sanar os problemas existentes na região. O resultado foi um “equipamento público sustentável, aliando a requalificação urbana, valorização da comunidade, recuperação ambiental e gestão de recursos.” (RRA, Parque Madureira Rio+20). O parque teve tanta influência no bairro que os moradores do entorno mudaram a localização das fachadas de suas residências, a fim de ter uma vista privilegiada.


estudo de caso

Queríamos que o parque virasse a extensão da casa das pessoas e fosse apropriado pela comunidade. O resultado é o mais democrático que conheço. (Ruy Rezende, 2012)

Fig. 97.

Master Plan Parque Madureira (ArchDaily, 2021).

O escritório fez uma imersão no bairro de Madureira para entender o funcionamento do bairro e alinhar os objetivos relacionados as questões sustentáveis e educativas. Tinha como estímulo transformar uma área abandonada, que cresceu sem controle, em um espaço de lazer, esporte e educação por meio de um parque familiar e se tornar na extensão da casa dos usuários.

Os equipamentos implantados compreendem cerca de 24% de lazer, 20% de cultura, 28% meio ambiente e 28% de esporte. Se tornou o terceiro maior parque público da cidade, e a quarta maior área verde da cidade. Suas obras de expansão (255.000m²) em 2014/2016, aumentou seu curso por mais seis bairros, passando de 1km para 3,5km.

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estudo de caso

meio ambiente e sustentabilidade

Fig. 98.

Fig. 99.

Parede verde Parque Madureira (ArchDaily, 2021).

Instalação placas solares (ArchDaily, 2021).

Essa região do Rio de Janeiro possuía menos de 1m² de área verde por habitante. Para mudar esse cenário, proporcionando sombra e retendo a umidade, foram plantadas mais de 800 árvores, além de 400 palmeiras. A água da chuva é coletada através dos pisos drenantes que percorrem todo o parque, a direcionam para uma estação de tratamento no subsolo que faz o reuso da água para irrigação, além de evitar alagamentos. Seu sistema de irrigação é controlado por sensores meteorológicos que controlam a alternância da água de acordo com o clima que está fazendo, assim o desperdício é evitado. Os espelhos d’água e chafarizes ajudam a diminuir cerca de 5ºC em dias mais quentes.

Relacionado as questões educativas o Centro de Educação Ambiental, criado para disseminar os conceitos de sustentabilidade, possui diversas placas fotovoltaicas no teto que fazem a captação de energia para abastecer o espaço. A abordagem das placas visíveis traz à tona a curiosidade das pessoas de querer saber como elas funcionam. Por esse motivo elas ficam conectadas a monitores que mostram quanta energia está sendo usada e gerada. As edificações de alvenaria estrutural possuem paredes e telhados verdes, que proporcionam ambientes arejados e maior conforto térmico. Toda a iluminação é de LED, considerada energeticamente mais eficiente e limpa, integrada a um sistema de sensores de presença que são programados para aumentar ou diminuir de intensidade conforme a quantidade de pessoas no local, sendo 210 luminárias e 170 projetores. Por ser um espaço grande com fluxo de pessoas intenso, os resíduos sólidos são produzidos em grande escala e por isso possuem um controle maior.


estudo de caso

Todos esses quesitos ajudaram o parque a conquistar o primeiro certificado de qualidade ambiental a um espaço público brasileiro, o AQUA. Um jardim sensorial e um pequeno jardim botânico com espécies arbustivas e herbáceas fazem parte do projeto, e ainda com a preocupação da educação ambiental, todas possuem placas explicativas sobre botânica e o uso das espécies. Toda madeira que foi utilizada no parque, nos bosques, nas mesas, nos bancos e etc., é de reflorestamento certificada, pneus reciclados e triturados foram colocados nos arranjos ornamentais para funcionar como contenção da umidade das plantas.

Fig. 100. Design do mobiliário (ArchDaily, 2021).

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estudo de caso

praia de madureira

infraestrutura- lazer, cultura e esporte Para atender a todos os públicos de todas as idades o Parque Madureira possui as mais várias atrações, sendo as mais importantes a Praça do Samba, um dos maiores palcos a céu aberto da cidade, a Praia de Madureira e o Skate Park. Quadras polivalentes, de futebol, de vôlei, e de basquete, playgrounds, academia da terceira idade, academias ao ar livre, ciclovia, área para prática de bocha e tênis de mesa, espaço para a prática de slackline, quiosques de alimentação, pergolados para descanso envoltos com plantas trepadeiras ou parreiras, entram para a lista de equipamentos que faz o parque ser um sucesso.

Fig. 101.

Tênis de mesa (ArchDaily, 2021).

Fig. 102. Caminhos Parque Madureira (ArchDaily, 2021).

Fig. 103. Praia de Madureira (ArchDaily, 2021).

Praia artif icial que contém uma faixa de areia e cascatas d’água e lagos artif iciais, faz sucesso com as crianças e foram criados para ajudar no problema de baixa umidade. Para facilitar na permeabilidade da água no solo foram aplicadas placas de concreto e pisos drenantes.


estudo de caso

praça do samba Auditório ao ar livre recebeu uma elegante cobertura de concreto no formato de concha, para sanar os problemas de acústica de contexto arquitetônico. O anfiteatro tem capacidade para 3 mil pessoas, recebe apresentações artística e atividades de duas agremiações que tem o bairro de Madureira como sede, a Portela e o Império Serrano. O palco tem capacidade para abrigar a bateria inteira das escolas de samba e por esse motivo representam um importante aspecto cultural. Perto estão localizadas as praças de alimentação e um quiosque para ciclistas, equipados com paraciclos e um ponto do sistema Bike Rio, de bicicletas compartilhadas.

Fig. 104. Praça do Samba (ArchDaily, 2021).

Fig. 105. Elevações- Concha da Praça do Samba (ArchDaily, 2021).

Fig. 106. Evento noturno na Praça do Samba (ArchDaily, 2021).

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estudo de caso

skate park + pista de half pipe Como descrição no site da empresa de engenharia ganhadora da licitação do parque, esse é considerado um dos mais completos da América Latina contendo a maior pista Half Pipe do Brasil. Fig. 107. Pista de Half Pipe (Dimensional Engenharia, 2017).

Fig. 108. Pista de Half Pipe (Dimensional Engenharia, 2017).

Fig. 109. Skate Park (ArchDaily, 2021).

Fig. 110. Planta baixa e elevação cúpula (Dimensional Engenharia, 2017).

A complexidade e grandiosidade da pista pública fez ela se tornar um projeto dentro do projeto e para a sua construção foi necessário cálculos específicos. Além de ser acompanhada e testada pelo skatista brasileiro Bob Burnquist. A pista em forma de arco e elipses tem 11,5m de largura, 25m e comprimento e 4,70m de altura e foi utilizou 4 mil metros cúbicos de concreto para ser construída.A cúpula sobre a pista com vão único de 62m, foi construída em estrutura metálica, possui 60m de forma elíptica, curvatura dos raios variando de 40 a 400m. A altura varia entre 2 e 12m. A parte principal da estrutura possui 4 arcos treliçados e tem 3.385,20m². A cobertura está apoiada em quatro blocos de concreto, conectadas a uma laje protendida que classifica sai fundação direta como “radier protendido”. Recebeu ainda dispositivos de iluminação zenital e iluminação cênica de LED. Depois de definir a forma arquitetônica foi realizada, modelagem tridimensional, modelo em escala reduzida de 1/100 para analisar as cargas de vento.


estudo de caso

conclusão Se trata de um equipamento público que realiza uma transformação no bairro a partir do momento que acaba com um vazio urbano inutilizado, muito semelhante ao terreno escolhido desenvolvimento do projeto do presente trabalho. O Parque Madureira surpreende pela preocupação com a questão socioambiental que é tão presente e tão bem incluída no projeto. Assim recebe cerca de 20 a 25.000 visitas durante os finais de semana e cumpre o que propõe. Por conta da preocupação com a segurança, o parque possui guaritas localizadas em pontos estratégicos, uma unidade da guarda municipal e circuito interno de câmeras. A implantação do Skate Park é um grande diferencial que chama a atenção, e irá proporcionar a comunidade o contato com grandes eventos e campeonatos. Por fim, o projeto é uma ótima referência nacional de que é possível implantar parques com programas complexos. Que podem contam com a ajuda de tecnologias para seu funcionamento

fluir e poder proporcionar a população espaços públicos de qualidade, com variadas atividades a serem realizadas, seja um jogo de vôlei ou uma simples caminhada pelos bosques. Melhorando assim a qualidade de vida de quem está próximo, as questões socioambientais e resolvendo problemas urbanísticos.

Fig. 112.

Visão noturna geral do Parque Madureira (ArchDaily, 2021).

Fig. 111.

Crianças brincando no parque (ArchDaily, 2021).

Fig. 113.

Cascata Praia de Madureira (ArchDaily, 2021).

125


126

Fig. 114.

estudo de caso

parque tiquatira 2 0 0 8

ENG. WERNER EUGÊNIO ZULAUF

Local: Avenida Dr. Assis Ribeiro, Penha- São Paulo. Arquitetos: “O plantador de árvores, Hélio da Silva” Área: 320.000 m².

Segundo a descrição do parque no site da Prefeitura de São Paulo, foi criado por decreto em 2008, e é considerado o primeiro da tipologia linear de São Paulo, implantado ao longo do Córrego Tiquatira. Leva o nome do engenheiro civil e sanitarista Werner Eugênio Zulauf. Ele foi o primeiro secretário municipal da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e se consagrou como consultor e gestor público. Ajudou na luta pela despoluição do Rio Tietê, além de propor medidas de controle da qualidade do ar e uso racional das fontes hídricas.

Visão geral Parque Tiquatira (Prefeitura de São Paulo, 2021).


estudo de caso

infraestrutura O parque apresenta diversas opções de atividades, entre os mais velhos a pista de Cooper e de caminhada são as mais utilizadas. Quadras, campo de futebol, cancha de bocha, pista de skate e pista de bicecross estão entre as opções de atividades esportivas. Áreas de convivência, quiosques com mesas e bancos e bosques atraem os visitantes que querem passar um tempo desconectados. Dentro do parque funciona também um Clube Escola (SEME) e um CDC que se responsabiliza pelo campo de futebol, além de um anfiteatro aberto que estimula a comunidade a participar de eventos ligados a cultura. Importante res-saltar que o parque disponibiliza sanitários, rede wi-fi, acessibilidade tanto em equipamentos de ginastica quando nos acessos e áreas de circulação.

Fig. 115.

Aparelhos de ginastica (São Paulo São, 2016).

Fig. 116.

Anfiteatro (São Paulo São, 2016).

Fig. 117.

Quadra de vôlei (São Paulo São, 2016).

127


128

estudo de caso

fauna Na área do parque foram observadas 45 espécies de aves, entre elas três espécies endêmicas (especificas de uma determinada área ou região geográfica), da Mata Atlântica, o periquitorico, teque-teque e tiê-preto. Uma que chama atenção é o gavião de-rabo-branco, e dois pássaros que só aparecem na primavera ou verão, o suiriri e a tesourinha.

Fig. 118.

flora A vegetação é composta por áreas ajardinadas e arborizadas e bosques heterogêneos, mas o que mais chama atenção é a história do empresário, Hélio da Silva, de 64 anos. Ele é responsável pelo plantio de mais de 26 mil árvores que hoje estão presentes no parque.

Infraestrutrua Parque Tiquatira (Prefeitura de São Paulo, 2021).


estudo de caso

129

Hélio da Silva Ele cresceu em São Paulo e acompanhou o desenvolvimento dessa região da zona leste. Toda a área que margeia o córrego estava deteriorada, com lixo acumulado, então em novembro de 2003 ele decidiu que iria mudar aquela situação. “Estava tudo tão feio e abandonado que botei uma meta para mim mesmo: em 10 anos, transformaria o local. (Hélio, 2016)

Fig. 119.

Ele começou com a meta de plantar 5 mil árvores, e hoje temos mais que o triplo graças a sua força de vontade e dedicação. Em 12 anos ele gastou 612 fins de semana para recuperar aquela área, cada visita dele era anotada e hoje junta mais de 57 folhas com a descrição do que fez em cada dia, seja a quantida-de de mudas plantadas, a poder de alguma ou só um passeio. Deu prioridade para espécies nativas da Mata Atlântica e a cada 12 plantadas 1

tinha que ser frutífera com a justifica de atrair aves. Na primeira vez ele plantou 200 mudas que no dia seguinte haviam sido arrancadas, só a partir da terceira vez ele recebeu o apoio da população. Ele gasta R$ 1,5 mil por mês, ou até mais com a compra de mudas e manutenção. Só em 2007 a prefeitura decidiu transformar o terreno em um parque, e passou a ser uma parceira do senhor Hélio. E agora sua nova meta é chegar a 50 mil árvores.

Hélio da Silva (UOL, 2020).

Fig. 120. Hélio da Silva (UOL, 2020).


130

estudo de caso

conclusão Graças a um projeto pessoal hoje, a comunidade tem um espaço público de qualidade com mais de 150 espécies diferentes de árvores catalogadas, incluindo f rutíferas, inf rutíferas e até algumas ameaças de extinção. Importante ressaltar que se não fosse pelo senhor Hélio talvez o Parque Tiquatira talvez nem se tornaria o primeiro parque linear de São Paulo. A implantação dele mudou a qualidade de vida da população e a questão socioeconômica na região.

Fig. 121.

Entrada Parque Tiquatira (Nádya Duarte, 2017).


estudo de caso

131



estudo preliminar

134 136

140 141

142

144

partido arquitetônico

opinião da comunidade programa de necessidades programa de necessidades ambiental fluxograma planos de massa


134

estudo preliminar

estudo preliminar

partido arquitetônico O Parque Linear tem como principal ponto a conexão do espaço com as pessoas, incentivando a ocupação considerando a opinião da própria população sobre quais usos são os mais atrativos. Irá funcionar também como ponte entre as duas subprefeituras e o bairro localizado depois da linha férrea. Áreas de esporte, lazer e descanso serão mescladas para garantir diversos usos a qualquer

co·ne·xão

(cs)

1 Ato ou efeito de conectar, de ligar ou de unir; ligação, união. 2 Aquilo que conecta, liga ou une.

in·te·grar

1 Incorporar(-se) um elemento num conjunto; incluir(-se), integralizar(-se). 2 Tornar(-se) adaptado a um grupo ou a uma comunidade.

momento e por qualquer grupo. Transformar a memória afetiva da população residente no entorno que desde sempre entende esse lugar como um grande vazio causador de problemas, como é o caso das enchentes. Devido a sua extensão e fácil localização, cinco pontos de acesso darão os visitantes escolhas para iniciar o passeio, seja por quadras, academia, pista de corrida ou espaços para brincar. O aproveitamento da topografia acidentada e a área inundável, irá gerar espaços de convivência e pratica de esportes além de resolver o problema de alagamentos. A ciclovia principal funciona como elemento de integração dos três módulos do parque, e a secundária ao equipamento cultural ao lado do córrego Tijuco Preto. Enquanto a questão ambiental, o curso natural das águas do córrego será preservado e suas margens passarão por um processo de restabelecimento de faixas de proteção. Integrado a um projeto paisagístico na área em geral do parque levanto em conta a implantação de conjuntos arbóreos de vegetação nativa da Mata Atlântica.

Fig. 122.

Conceito Parque Linear Conexões (A autora, 2021).


estudo preliminar

conversar

observar conviver

pedalar

ocupar

transformar

mudar

contemplar

conectar

restaurar

retomar

conversar preservar visitar interagir

atravessar

caminhar

brincar

conhecer

integrar sentir praticar

descansar

135


136

estudo preliminar

opinião da comunidade Através de uma pesquisa online foi possível coletar opiniões de 51 moradores das Subprefeituras do Itaim Paulista e de Itaquaquecetuba, sobre a oferta de parques, uso dos existentes nas duas regiões, as condições dos mesmos e o que elas sentem falta e gostariam que tivesse.

26 moradores do ITAIM PAULISTA 33,3%

66,7%

25 moradores de

ITAQUAQUECETUBA

17

não moram perto de parques

34 moram perto de parques

Entre as pessoas que f requentam, os motivos são: Vegetação³ Pista de caminhada5 Local para churrasco¹ Ciclovia¹

41 não f requentam 80,4%

19,6%

parques na região

10

f requantam parques na região

5 pessoas apontaram que f requentam o Parque Ecológico de Itaquaquecetuba- Mario Canto. Esse que é o único parque no município de Itaquaquecetuba. Recebeu novas opções atividades em janeiro de 2020, como pedalinho, pesca esportiva e triciclo, além de quiosques para churrasco e 900 mudas de árvores e 30 tipos de orquídeas.


estudo preliminar

Entre os motivos para não frequentar os parques estão: Falta de manutenção10

Falta atrativos para as crianças¹

Falta de segurança6

Distância7

Pouca infraestrutura9

Falta de tempo3

Pouca iluminação¹

Preguiça ou falta de vontade2

Quando perguntado a população do que eles sentem mais falta e acham que pode melhorar quando o assunto é espaços públicos, as respostas foram viariadas e abrangeram diversos aspectos que devem ser observados. No compilado de respostas foi possível observar alguns pontos que já estamos acostumados, tópicos muito frequentes no cotidiano de lugares que carecem de iniciativas do poder público. Alguns parques segundo os moradores da região, possuem infraestrutura escassa e acaba não chamando atenção para ser ocupado, a falta de manutenção nos existentes, muito pontuada na pesquisa, agrava essa situação e faz com o que espaço seja abandonado pela população, o que nos leva a outro problema, a sensação de insegurança.

“Parque seguro e com áreas dividas para a prática de atividades f ísicas e recreação das crianças.”

“Cuidado com o espaço e a interação entre o bairro e o parque.”

“Atividades públicas e acessibilidade para atrair mais pessoas.”

“Segurança, ela pode ser proporcionada por melhor iluminação, infraestrutura e a presença de mais pessoas, eventos que chamem a população para participar e saber da existência do local seja para caminhar, levar os amigos, família ou pets.”

137


138

estudo preliminar

“Melhorar a estrutura dos que existem e construir novos em outras regiões.”

“Principalmente a falta de atividades culturais no espaço. O parque tornou-se somente um ambiente verde na cidade.”

“Balcões informativos, sobre saúde por exemplo.”

“Espaços que tenham manutenção regular, além de ações culturais/sociais que busquem a maior inserção dos moradores do entorno no cotidiano do parque.”

“Sinto mais falta da divulgação de atividades no parque, de segurança e cuidados ao redor dele.”

“Espaços de qualidade pra fazer algum tipo de atividade específica, como andar de bicicleta ou só fazer um piquenique também.”

“Diversidade de atividades.”

“Espaço cultural e de lazer para comunidade que seja bem estruturado.”

“Espaços que tenham manutenção regular, além de ações culturais/sociais que busquem a maior inserção dos moradores do entorno no cotidiano do parque.”

“Melhorar a estrutura dos que existem e construir novos em outras regiões.”

“Gostaria que tivesse pista boa para camihar, área verde com brinquedo para as crianças e mais investimentos do poder público para que as pessoas não precisassem ir tão longe para ter uma opção de lazer.”

“Cuidado com o espaço e a interação entre o bairro e o parque.”


estudo preliminar

Equipamentos que a população gostaria que tivesse nos parques:

11% Espaços para atividades culturais

15% Quadras (futebol, basquete, vôlei, etc)

3% Auditório ao ar livre

2% Pista de skate

7% Playground 14% Pista de caminhada

16% Áreas de descanso 14% Ciclovia

12% Quiosques 6% Academia

Quadro 7. Pesquisa Online- Usos desejáveis (A autora, 2021).

139


140

estudo preliminar

programa de necessidades equipamento

quant.

área

equipamento

quant.

comércio

esporte

Feira livre

1

1253m²

Ciclovia principal

Comércios

1

337m²

Ciclovia secundária

Biblioteca ao ar livre

1 3

1306m²

5,17m² (15,51m²)

Redário

1 (mod. a) 1 (mod. c)

1

896m² 918m²

269m²

Depósito

Pista de Skate

1

1

25,46m²

Playground

2

8,28m² (16,56m²)

Games Urbanos

1173km

1,22km

1

Área de Ping Pong

36,6m² (73,2m²)

15x30m (un. 450m²) (total 1800m²)

1

2

1384km

4

1 (a+b)

Área de Slackline

Academia

apoio

Banheiros

1

Quadra Poliesportiva (Basquete, futsal, handebol, vôlei e futebol, tênis, badminton e paddle)

lazer Quiosques

1 (a+b+c)

Pista de corrida

cultura Auditório ao ar livre

área

1317m² 50m (linear)

1 (mód. a) 1 (mód. b)

325m² 505m² 237m²

entretenimento 1 (mod. a) 1 (mod. c)

1615m² 818m²

435m²

1

Quadro 8. Programa de necessidades (A autora, 2021).


estudo preliminar

programa de necessidades socioambiental pomar e horta comunitárias O pomar com árvores frutíferas e horta comunitária tem como finalidade cumprir função social, educar ambientalmente a população e ajudar a complementar as refeições de pessoas em situação de vulnerabilidade social. Pomar: 650m² (módulo a) + 823m² (módulo b) + espécies espalhadas ao longo do parque. Horta: 209,79m² (módulo a) + 129m² (módulo b)

preservação e reflorestamento Preservação da faixa vegetação rasteira presente nas margens do Córrego Três Pontes, como forma de proteger e recuperar a qualidade da água e manter a parcela de solo permeável, ajudando a controlar os problemas de enchentes. Reflorestamento urbano com espécies nativas da Mata Atlântica, melhorando as condições ecológicas e climáticas na região. Além de restabelecer a relação de áreas verdes por habitante do município e trazer a consciência sobre a importância de pre-servar os recursos naturais através da educação ambiental.

141


142

estudo preliminar

fluxograma Os fluxograma inicial foi desenvolvido com a locação das atividades com base na opinião da população e passou por leve alteração no projeto final.

Mapa 44. Fluxograma (A autora, 2021).


estudo preliminar

143


144

estudo preliminar

plano de massas Os planos de massas iniciais foram desenvolvidos com a locação das atividades com base na opinião da população e passaram por leve alteração no projeto final.

módulo a

módulo b

Fig. 123. Módulo A (A autora, 2021).


estudo preliminar

Como a implantação de uma área destinada a feria livre no Módulo A. Maior quantidade de quiosques distribuídos nos módulos A e B, uma área de redário e um deck de contemplação no Módulo B.

módulo c

Fig. 124. Módulo B (A autora, 2021). Fig. 125. Módulo C (A autora, 2021).

145


projeto projeto 146

projeto

projeto

projeto

projeto

projeto

projeto projeto projeto projeto

projeto projeto projeto

projeto

projeto projeto projeto

projeto

projeto


o

projeto projeto

148 150 151

152

153

156 158

164

implantação implantação módulo a implantação módulo b implantação módulo c paisagismo módulos perspectivas módulo a perspectivas módulo b

168

perspectivas módulo c

173

considerações finais

147


148

projeto

implantação

2

3 5

6

8

9

10 D

1

4 7

11

12

13

6

14

10

D

15

6

D


D

projeto

A implantação do Parque Linear abrange uma área de 56 mil metros quadrados, sendo aproximadamente 1,12km de extensão, com usos diversos destinados a usuário de todas as idades.

7

D 11

1

Comércios

5

Anfiteatro

2

Praça dos esportes

6

Pomar

3

Pista de skate

7

Horta

4

Ping Pong

8

Playground

9

Games urbanos

10

Quiosques

11

Academia

12

Feira Livre

13

Clareira

14

Redário

15

Deck

D

Descanso

8

D

149

Fig. 126. Implantação Parque Linear Conexões (A autora, 2021).


150

projeto

implantação módulo a

3 4

1

Banheiros

4

Pista de skate

8

Horta

2

Comércios

5

Ping Pong

9

Playground

3

Praça dos esportes

6

Anfiteatro

10 Games urbanos

7

Pomar

11

6

Quiosques

12 Academia

7

13 Feira Livre 9

D 10

Descanso

11 D

13

2 1 5 8

1 12

Fig. 127. Implantação Módulo A (A autora, 2021).


projeto

implantação módulo b

1 2

3

1

Clareira

4

Quiosques

7

Biblioteca

2

Pomar

5

Deck

8

Stand Social

3

Redário

6

Horta

9

Final da pista de corrida

D

Descanso

4 D 5 2 6 D

7 D 8 9

Fig. 128. Implantação Módulo B (A autora, 2021).

151


152

projeto

implantação módulo c

1 2 D

3 D

4

1

Ciclovia

2

Academia

3

Biblioteca

4

Playground

D

Descanso

Fig. 129. Implantação Módulo C (A autora, 2021).


projeto

paisagismo quadro de coloração segundo a floração

Todas as espécies de árvores que compõem o projeto paisagístico do parque são nativas da Mata Atlântica, separadas em porte pequeno, médio, grande e gigante. Além de 6 espécies de árvores frutíferas.

Quadro 9. Coloração de floração- Pequeno e médio porte (A autora, 2021).

153


154

projeto

quadro de coloração segundo a floração

Quadro 10.

Coloração de floração- Porte grande e gigante. (A autora, 2021).


projeto

frutíferas

quadro de coloração segundo a frutificação

classificação de porte

Quadro 11.

Coloração de frutificação. (A autora, 2021).

A variedade de espécies de portes diferentes traz a sensação de movimento e dão ao parque uma volumetria que muda a cada olhar. Os tons de coloração das florações das árvores, se intercalam durante as estações do ano e deixam o parque colorido e alegre durante todo o ano.

Quadro 12.

Classificação de porte (A autora, 2021).

155


projeto

pergolado

módulos

biblioteca

Por toda extensão do parque foram distribuídas estruturas modulares, com base metálica de aço galvanizado de 2,50 x2,50m. Todos seguem a mesma linguagem e materialidade mesmo apresentando usos diferentes. Todos os módulos que possuem fechamento apresentam o tijolo ecológico como material principal e telhado verde afim, de priorizar a sustentabilidade no projeto.

Ripado de madeira de Ipê

base

stand social- doações

2 ,50m

2 ,5 0m

Telhado verde

2,95m

156

Tijolo ecológico

Aço galvanizado

Letreiro de ACM

Alumínio preto Fig. 130. Diagrama- Módulos (A autora, 2021).


projeto

comércio 1

comércio 2 Telhado verde Tijolo ecológico Janela Alumínio preto Janela de pistão

Balcão de ferro

Banqueta

quiosque 1

quiosque 2 Caixa d'água

Caixa d'água

Telhado verde Churrasqueira

Churrasqueira

Conjunto Picnic RTS150 Mesa Rauster- MMcite

Conjunto Picnic RTS151 Mesa Rauster- MMcite Floreira

Banco Fig. 131. Diagrama- Módulos (A autora, 2021).

157


158

Fig. 132.

projeto

módulo a perspectivas

Entrada do Módulo A (A autora, 2021)


projeto

Fig. 133.

Feira livre (A autora, 2021)

Fig. 134. Academia (A autora, 2021)

159


160

projeto

Fig. 135.

Games urbanos (A autora, 2021)

Fig. 136. Games urbanos (A autora, 2021)


projeto

Fig. 137.

Playground (A autora, 2021)

Fig. 139. Área de Ping Pong (A autora, 2021)

Fig. 138. Praça dos esportes (A autora, 2021).

Fig. 140. Praça dos esportes (A autora, 2021)

161


162

projeto

Fig. 141.

Anfiteatro (A autora, 2021)

Fig. 142. Anfiteatro (A autora, 2021)


projeto

Fig. 143. Horta (A autora, 2021)

Fig. 144. Comércios (A autora, 2021).

163


164

projeto

Fig. 145. Deck de contemplação (A autora, 2021).

módul perspectivas


projeto

lo b Fig. 146. Deck de contemplação (A autora, 2021).

Fig. 147.

Quiosques com churrasqueira (A autora, 2021).

165


166

projeto

Fig. 148. Redário (A autora, 2021).

Fig. 149. Pomar (A autora, 2021).


projeto

Fig. 150. Quiosques com churrasqueira (A autora, 2021).

Fig. 151.

Horta (A autora, 2021).

167


168

Fig. 152.

projeto

módulo C perspectivas

Entrada Módulo C (A autora, 2021).


projeto

Fig. 153.

Visão aérea (A autora, 2021).

Fig. 154. Ciclovia (A autora, 2021).

169


170

projeto

Fig. 155.

Visão aérea (A autora, 2021).

Fig. 156. Entrada do parque (A autora, 2021).


projeto

Fig. 157.

Academia (A autora, 2021).

Fig. 158. Playground (A autora, 2021).

171


172

projeto


projeto

considerações finais A implantação de equipamentos públicos no tecido urbano afeta diretamente o funcionamento da cidade, seja na escala micro ou macro, ainda mais quando se trata de uma divisa de subprefeituras. Esses espaços ajudam a trazer vida a cidade e propiciam diversos encontros, através de áreas destinadas a atividades de lazer, cultura, circulação, permanência, entretenimento e comerciais. Sendo também um meio democrático e acessível de estabelecer relações interpessoais. Levando-se em consideração esses aspectos, a análise do território do Itaim foi de suma importância para entender porque a implantação de um parque seria interessante para aquela área. Posteriormente alguns conceitos, teóricos e projetos foram estudados a f im de contextualizar os fundamentos do Parque Linear Conexões. A participação dos moradores do entorno através de uma pesquisa online, foi o ponto principal para entender o que a comunidade sentia falta e assim criar um plano de necessidades adequado para a região. O projeto se adapta a população, criando assim uma conexão

maior com os usuários e a transformação da memória afetiva dos que ali residem em relação a paisagem urbana da área. O parque ajuda a cidade em relação a porcentagem de cobertura vegetal e na diminuição das áreas alagáveis em um lugar especif ico do território.

173


174

projeto


refêrencias refêrencias

refêrencias 12 critérios para determinar um bom espaço público. (20 de maio de 2013). Disponível em ArchDaily: <https://www.archdaily.com.br/ br/01-115308/12-criterios-para-determinar-um-bom-espaco-publico>. Acesso em: 04 maio 2021.

Atlas de assistência social mapeia áreas de vulnerabilidade em São Paulo. (s.d.). Disponível em THECITYFIXBRASI: <https://www.thecityfixbrasil.org/2016/04/26/atlas-de-assistencia-social-mapeia-areas-devulnerabilidade-em-sao-paulo/>. Acesso em: 10 abril 2021.

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