Revista modelo - Planejamento Gráfico I

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GRANDES

GUERRAS Editora FEEVALE - Edição 1 - Ano 1 - Nº 1 - 5 de dezembro de 2012

ADOLF HITLER O ditador, o seu ideal nazista e a mobilização de uma nação em torno de um governo totalitário

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Quando o assunto envolve cotidiano, nada melhor que um bom jornal ou uma boa revista semanal. No entanto, o modo como as revistas abordam esse tema, é que vai trazer a grande diferenciação. Sem competição, às vezes se torna um pouco maçante. É o que acontece com a revista Época. No mercado, sua linha editorial é voltada para um público preocupado com seu dia-a-dia, geralmente na faixa dos 19 aos 40 anos. Ela segue um padrão estipulado pelo próprio público-alvo, ou seja, atualidades que não só interessam ao mesmo, mas o que eles necessitam saber. Ao contrário de outras revista. Sua concorrente mais acirrada é a revista Veja, com o mesmo padrão praticamente. É interessante notar que essas duas revistas possuem uma mesma linha de raciocínio, tanto no campo político quanto no cultural e social. Suas matérias e artigos são muito parecidos. E algumas vezes, vindo a calhar, até o mesmo pensamento, como ocorreu em uma edição do mês de abril nos dois periódicos. Foi redigido um artigo a respeito do filme Kill Bill, mais especificamente da protagonista, Uma Thurman. As duas revistas foram bem detalhadas em cada comentário, reservando duas páginas sobre o assunto, com fotos que ocupavam metade da página. Está certo que esse foi um assunto em alta durante o mês, e óbvio que as revistas gostariam de passar para o leitor tais informações. No entanto, um outro exemplo das mesmas edições não passou por alto. A linha editorial daquelas edições foram essencialmente de cunho político. Diversas matérias sobre briga partidária. A palavra “guerra” parece ter sido combinada.

Página 3 PERFIL

SUMÁRIO

EDITORIAL

A palavra “guerra”

“Sempre quis escapar dessa imagem” Página 6 C A PA

Hitler e seu ideal nazista Página 10 SU G ESTÃO

EXPEDIENTE

Dica de leitura por José Eduardo Agalusa

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DIRETOR GERAL Luis Inácio Lula da Silva lula@hotmail.com

DIRETORA DE ARTE Marina Silva marina_natureza@gmail.com

EDITORA-CHEFA Manuela D’Avila manu_davila@gmail.com

GERENTE ADMINISTRATIVO Tarso Genro tarsogauderio@gmail.com

REDAÇÃO Dilma Rouseff rouseff_dilma@hotmail.com

GERENTE COMERCIAL Benedita da Silva beneditinha.silva@hotmail.com

Marta Suplicy martinha_suply@hotmail.com

FALE COM A REDAÇÃO redacao@hotmail.com

Página 11 HISTÓRIA

Palavras do historiador por Georgis Diby


PERFIL “Sempre quis escapar dessa imagem” Poucas vezes uma foto simbolizou tão bem o horror de uma guerra. Era 8 de junho de 1972, no Vietnã, e o fotógrafo Huynh Cong ‘Nick’ Ut viu algumas crianças correndo, tentando escapar de seguidas explosões na vila de Trang Bang, na província de Tay Ninh. Por Flávia Alessandra

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mais deixou de falar com Phuc. Ele a deixou em um pequeno hospital e fez os médicos garantirem que tomariam conta da garota. A foto foi publicada e, alguns dias depois, outro jornalista, Christopher Wain, um correspondente britânico que tinha dado água de seu cantil a Phuc, descobriu que ela tinha sobrevivido. A garota tinha sido transferida para uma unidade americana em Barsky, única instalação em Saigon equipada para lidar com ferimentos graves. “Eu não tinha ideia do que tinha acontecido comigo”, diz Phuc. “Acordei no hospital com muita dor e com enfermeiras ao meu redor. Acordei com um medo terrível”. “Toda manhã, às 8 horas, as enfermeiras me eu tambem colocavam. Em uma banheira com água quente para cortar toda a minha pele morta. Eu só chorava e quando eu não aguentava mais, desmaiava”, relembra ela que hoje vive com o filho e o marido, Bui Huy Toan, no Canadá. Depois de vários enxertos de pele e cirurgias, Phuc foi finalmente autorizada a deixar o hospital, 13 meses após o bombardeio. Ela tinha visto foto de Ut, que até então tinha ganhado o Prêmio Pulitzer, mas ainda não sabia do alcance e poder da imagem.

Parece que a foto não deixou. Ela realmente não deixou.

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uarenta anos depois, ele conta que Parenão pensou duas vezes antes de fotografar a cena, que trazia uma personagem que entraria para a história: uma garotinha de 9 anos, nua, gritando “muito quente, muito quente”, enquanto tentava escapar das bombas. Ver em tamanho maiorFoto histórica da Guerra do Vietnã completa 40 anosFoto 1 de 9 - Foto tirada em 8 de junhoW de 1972 mostra um pequeno grupo de crianças fugindo das explosões na vila de Trang Bang, no Vietnã. A imagem tornou-se símbolo da guerra. Kim Phuc aparece nua, no centro, entre o wirmão mais novo, Phan Thanh Phouc. Que perdeu um olho, e dois primos, que aparecem de mãos dadas, Ho Van Bon e Ho Thi Ting Nick Ut/ APA imagem tornou-se um dos símbolos da Guerra do Vietnã e agora está perto de completar 40 anos. Hoje, a personagem da foto está com 49 anos e diz que a foto a perseguiu a vida inteira. “Eu realmente quis escapar daquela menina”, diz Phan Thi Kim Phuc. “Eu queria escapar dessa imagem, mas parece que a foto não me deixou escapar”, disse ela, que hoje comanda uma fundação para ajudar crianças uma vez vítimas da guerra. “Eu fui queimada e me tornei uma vítima da guerra, mas crescendo, tornei-me outro tipo de vítima”, completa ela. Ao relembrar o momento em que a foto foi tirada, ela diz ter ouvido fortes explosões e que o chão “tremeu”. “Eu vou ficar feia, não serei mais normal. As pessoas vão me ver de um jeito diferente”, ela diz ter pensado na hora, ao perceber que sua mão e braço esquerdos estavam queimados. Em choque, ela correu atrás seu irmão mais velho e não se lembra de reparar nos jornalistas estrangeiros reunidos enquanto corria na direção deles, gritando. Depois disso, ela perdeu a consciência. “Eu chorei quando a vi correndo”, diz Ut, que cobria a guerra pela Associated Press. “Se eu não a ajudasse e alguma coisa acontecesse que a levasse a morte, acho que eu me mataria depois”, comenta o fotógrafo, que nunca


“Fico muito feliz em saber que ajudei Kim”, disse Ut, que ainda é fotógrafo da Associated Press. “Eu a chamo de minha filha”, brinca. “A maioria das pessoas conhece minha foto, mas sabe pouco sobre minha história”, diz Phuc. “Fico agradecida por poder aceitar essa foto como um presente. Com ela, eu posso usá-la para sempre a paz.” Eu realmente quis escapar daquela menina”, diz Phan Thi Kim Phuc. “Eu queria escapar dessa imagem, mas parece que a foto não me deixou escapar”, disse ela, que hoje comanda uma fundação para ajudar crianças vítimas da guerra. “Eu fui queimada e me tornei uma vítima da guerra, mas crescendo, tornei-me outro tipo de vítima”, completa ela. Ao relembrar o momento em que a foto foi tirada, ela diz ter ouvido fortes explosões e que o chão “tremeu”. Eu realmente quis escapar daquela menina”, diz Phan Thi Kim Phuc. “Eu queria escapar dessa imagem, mas parece que a foto não me deixou escapar”, disse ela, que hoje comanda uma fundação para ajudar crianças vítimas de mais uma guerra.

“Eu fui queimada e me tornei uma vítima da guerra, mas crescendo, tornei-me outro tipo de vítima”, completa ela. Ao relembrar o momento em que a foto foi tirada, ela diz ter ouvido fortes explosões e que o chão “tremeu”. Que perdeu um olho, e dois primos, que aparecem de mãos dadas, Ho Van Bon e Ho Thi Ting Nick Ut/APA imagem tornou-se um dos símbolos da Guerra do Vietnã e agora está perto de completar 40 anos. Que perdeu um olho, e dois primos, que aparecem de mãos dadas, Ho Van Bon e Ho Thi Ting Nick Ut/ APA imagem tornou-se um dos símbolos da Guerra do Vietnã e agora está perto de completar 40 anos. Hoje, a personagem da foto está com 49 anos e diz que a foto a perseguiu . História marcante e forte como essa, que nos faz pensar, fotógrafos, da importância da documentação fotográfica. História marcante e forte como essa, que nos faz pensar, fotógrafos, da importância da documentação fotográfica. Que hoje comanda uma fundação para ajudar crianças vítimas da guerra. Eu realmente quis escapar daquela menina”, diz Phan Thi Kim Phuc.

Huynh Công Út, conhecida profissionalmente como Nick Ut, (nascido em 29 de março de 1951) é um fotógrafo para a agência Associated Press (AP), que trabalha em Los Angeles . His best known photo is the Pulitzer Prize -winning picture of Phan Thị Kim Phúc , who was photographed as a naked 9-year -old girl running toward the camera to flee a South Vietnamese napalm attack on invading North Vietnamese at the Trảng Bàng village during the Vietnam War . Sua melhor foto conhecido é o Prêmio Pulitzer de fotografia vencedora de Phan Thi Kim Phuc , que foi fotografado como uma menina nua de 9 anos de idade, correndo em direção à câmera para fugir de uma sul-vietnamita napalm ataque em invadir norte-vietnamitas na estrondo Trang aldeia durante a Guerra do Vietnã. Ut começou a tirar fotografias para a Associated Press 5


CAPA

Hitler e ideal nazista A mobilização de uma nação em torno de um governo totalitário

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ascido em 1889, na cidade austríaca de Braunau, Alta Áustria, Adolf Hitler era filho de Alois Hitler, funcionário aduaneiro. Sua mãe, Klara Hitler era prima de seu pai e foi até a casa de Alois para cuidar da sua mulher que já se apresentava adoentada e prestes a morrer. Depois de enviuvar-se, Louis decidiu casar-se com Klara. Para isso, teve que pedir permissão à Igreja Católica, que só liberou o casamento depois da gravidez de Klara. Do matrimônio de Louis e Klara nasceram dois filhos: Adolf e Paula. Durante os primeiros anos de sua juventude, Adolf era conhecido como um rapaz inteligente e mal-humorado. Na adolescência, foi duas vezes reprovado no exame de admissão da Escola de Linz. Nesse mesmo período começou a formular suas primeiras ideias de caráter antissemita, sendo fortemente influenciado pelo professor chamado Leopold Poetsch. A relação de Hitler com seus pais era bastante ambígua. À mãe, dedicava extremo carinho e dedicação. Com o pai tinha uma relação conflituosa, marcada principalmente pela oposição que Louis fazia ao interesse de Adolf pelas artes e pela arquitetura. Frustrado com o seu insucesso na sequência de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena, aos 21 anos, vivendo de pequenos expedientes. Vivendo em condições precárias demais, mudou-se para Munique quando tinha 25 anos de idade. Com a explosão da Primeira Guerra Mundial, decidiu se alistar voluntariamente no Exército Alemão, incorporando o 16º Regimento de Infantaria Bávaro. Lutando bravamente nos campos de batalha, conquistou condecorações por bravura durante sua atuação militar e recomendações de um superior de origem judaica. Depois de se recuperar de uma cegueira temporária, voltou para Munique atuando no departamento de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas. Em 1919, depois de presenciar a derrota militar alemã, filiou-se a um pequeno grupo político chamado Par-

tido Trabalhista Alemão. Em meio às mazelas que o povo alemão enfrentava, esse partido discutia soluções extremas mediante os problemas da Alemanha. Entre outros pontos, pregavam a extinção dos tratados da Primeira Guerra, a exclusão socioeconômica da população judaica, melhorias no campo econômico e a igualdade de direitos políticos. Utilizando seus grandes dotes oratórios, Hitler começou a angariar a adesão de novos partidários e propôs a mudança do partido para o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A renovação do nome acompanhou a criação de uma nova simbologia ao partido (uma bandeira vermelha com uma cruz gamada) e a incorporação de milícias comprometidas a defender o ideal do partido. As chamadas Seções de Assalto (SA) eram incumbidas de perturbar as reuniões de grupos marxistas, estrangeiros e comunistas. Dois anos depois de integrar o partido, Hitler tornara-se chefe supremo do Partido Nazista (contração do termo alemão “Nationalsozialist”). Agrupado a um pequeno grupo de partidários, Hitler esboçou um golpe político que foi contido pelas autoridades alemãs. No ano de 1923, foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais só cumpriu apenas oito meses. Nesse meio tempo, escreveu as primeiras linhas de sua obra (um misto de autobiografia e manifesto político) chamada “Mein Kampf ” (Minha Luta). Liberto, resolveu remodelar as diretrizes de seu partido incorporando diretrizes do fascismo, noções de disciplina rígida e a formação de grupos paramilitares. Adotando uma teoria de cunho racista, Hitler dizia que o povo alemão era descendente da raça ariana, destinada a empreender a construção de uma nação forte e próspera. Para isso deveriam vetar a diversidade étnica em seu território, que perderia suas forças produtivas para raças descomprometidas com os arianos. No campo político, o partido de Hitler era contrário à definição de um regime político pluripartidário. A diferença ideológica dos partidos somente serviu para a desunião de uma

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nação que deveria estar engajada em ideais maiores. Dessa forma, as liberdades democráticas eram vetadas em favor de um único partido liderado por uma única autoridade (no caso, de Hitler), que estaria comprometido com a constituição de uma nação soberana. Entre outras coisas, Hitler defendia a construção de um “espaço vital” necessário para a nação ariana cumprir seu próprio destino. O ideário nazista, prometendo prosperidade e o fim da miséria do povo alemão, alcançou grande popularidade com a crise de 1929. Os nazistas organizavam grandes manifestações públicas onde o ataque aos judeus, marxista, comunistas e democratas eram sistematicamente criticados. Prometendo trabalho e o fim das imposições do Tratado de Versalhes, os nazistas pareciam prometer ao povo alemão tudo que ele mais precisavaEm pouco tempo, grupos empresariais financiaram o Partido Nazista. No início da década de 1930, o partido tinha alcançado uma vitória expressiva que se manifestou na presença predominante de deputados nazistas, ocupando as cadeiras do Poder Legislativo alemão. No ano de 1932, Hitler perdeu as eleições presidenciais para o marechal Hindenburg. No ano seguinte, não suportando as pressões da crise econômica alemã, o presidente convocou Hilter para ocupar a cadeira de chanceler. Em pouco tempo, Hitler conseguiu empreender sucessivos golpes políticos que lhe deram o controle absoluto da Alemanha. Depois de aniquilar dissidentes no interior do partido, na chamada Noite dos Longos Punhais, Hitler começou a colocar em prática o conjunto de medidas defendidas por ele e o partido nazista. Organizando várias intervenções na economia, com os chamados Planos Quadrienais, Hitler conseguiu ampliar as frentes de trabalho e reaquecer a indústria alemã. A rápida ascensão econômica veio seguida pela ampliação das matérias primas e dos mercados consumidores. Foi nesse momento que a teoria do Espaço Vital fora colocada em prática.

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Hitler, tornando-se um grande líder carismático e ardoroso estrategista, impôs à Europa as necessidades do Estado nazista. Depois de exigir o domínio da região dos Sudetos e assinar acordos de não agressão com os russos, o governo nazista tinha condições plenas de por em prática seu grande projeto expansionista. Com o início da Segunda Guerra, Hitler obteve grandes vitórias que pareciam lhe garantir o controle de um amplo território, suas profecias pareciam se cumprir. Somente após a invasão à Rússia e a entrada dos EUA no conflito, a dominação das forças nazistas pôde ser revertida. A vitória dos Aliados entre 1943 e 1944 colocou Hitler em uma situação extremamente penosa. Resistindo à derrota, Hitler resolveu se refugiar em seu bunker, em Berlim. Himmler, um dos generais da alta cúpula nazista, tentou assinar um termo de rendição sem o consentimento de Adolf Hitler. O acordo foi rejeitado pelos Aliados, que continuaram a atacar as tropas alemãs. Indignado, Hilter resolveu substituir Himmler pelo comandante Hermann Gering, que logo pediu para assumir o governo alemão. Irritado com seus comandados, em um último ato, Hilter nomeou Karl Doenitz como presidente da Alemanha e Joseph Goebbeles, chanceler. Em 30 de abril de 1945, sem oferecer nenhum tipo de resistência militar, Goebbeles, Hitler e sua esposa, Eva Braun, suicidaram-se.


Se no início da guerra, e durante a guerra, doze ou quinze mil destes corruptores hebreus do povo haviam sido detidos sob gás venenoso, como aconteceu com centenas de milhares de nossos melhores trabalhadores alemães em campo, o sacrifício de milhões na frente não teria sido em vão.

Trecho de “Mein Kampf ” que revela o ódio extremo e incondicional de Hitler aos judeus.

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SUGESTÃO

INDICAÇÕES DE LEITURA Por José Eduardo Agalusa

É “O Menino do Pijama Listrado é um livro sensível, forte e inesquecível”

Autor: Boyne, John Editora: Companhia das Letras Categoria: Literatura Estrangeira / Romance 200 páginas R$ 36,-

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difícil falar sobre um livro quando o próprio autor não encontra palavras para descrevê-lo, mas é prudente tentar. Quando peguei o livro “O Menino do Pijama Listrado” na biblioteca de minha escola, olhei sua contra-capa esperando encontrar algum tipo de sinopse. Mas não foi isso que eu também encontrei. Encontrei comentários sobre o livro de organizações de respeito como “The Irish Independent”, “USA Today” e “The Guardian”. Comentários positivos, é claro, pois qual livro mostraria críticas negativas em sua contra-capa? Depois de não encontrar sinopse na contra-capa, fui á orelha do livro. Pois quando a contra-capa é desprovida de sinopse, normalmente ela está na orelha. E o que encontrei na orelha foi o seguinte: É muito difícil descrever a história de O Menino do Pijama Listrado. Normalmente, a orelha traz alguma dica sobre o livro, alguma informação, mas nesse caso acreditamos que isso poderia prejudicar sua leitura, e talvez seja melhor realizá-la sem que você saiba nada sobre na tua trama. E isso despertou minha curiosidade. Foi como um desafio para mim.A história se passa durante a segunda guerra mundial, antes do início dos combates. Bruno é um garoto alemão de nove anos que se muda para um campo de concentração na Polônia com sua família, devido a um emprego que o pai (comandante do exército nazista) recebera lá. O livro perde muitos capítulos com Bruno tentando se acostumar com o novo lar, e, enquanto isso, aprendendo um pouco mais sobre os soldados do exército nazista e como tratam seus prisioneiros. É incrível a maneira como John Boy-

ne (autor) reproduz em Bruno a real inocência e ingenuidade das crianças reais, como quando Bruno vê os judeus (mesmo desconhecendo essa palavra) aprisionados no campo de concentração e acha que são fazendeiros super legais. Outro exemplo da inocência fielmente reproduzida em Bruno, é quando ele imita os adultos dizendo Heil Hitler (Viva Hitler, traduzindo do alemão para o português) como se fosse um simples “Tenha uma boa tarde” sem nem questionar seu verdadeiro significado. No meio do livro, finalmente o título do livro faz sentido! Bruno resolve brincar de explorador e anda em volta da comprida cerca que envolvia o campo de concentração em que os prisioneiros dos nazistas (judeus, comunistas e soldados com antecentes judeus) e acaba fazendo amizade com um garoto judeu magro, de cabeça raspada e pele suja e cinzenta, que trajava todo o tempo um pijama e um boné listrados, usados para que os nazistas diferenciassem os prisioneiros dos soldados. O garoto se chama Shmuel. A amizade dos dois garotos nos leva a outro tópico muito interessante: O respeito pelos pais e suas decisões e opiniões. Bruno sempre tivera muito respeito por seu pai Ralf e nunca questionara suas decisões, ás vezes até imitando seus dizeres em homenagem a Hitler ou respeitando quando seu pai lhe dizia que os judeus não eram pessoas de verdade. A questão da inocência entra de novo neste tópico, pois não é certo considerar Bruno um nazista, mas sim um garoto de linhagem nazista. Bruno sempre tivera muito respeito por seu pai Ralf e nunca questionara suas decisões, ás vezes até imitando seus dizeres em homenagem a Hitler ou respeitando.


HISTÓRIA

PALAVRA DO HISTORIADOR Por Georgis Duby

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Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início em dezembro de 1864 e só chegou ao fim no ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López. Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava interesses. Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança. Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López. Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio

se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava interesses. Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança. Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López. m 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porqueseus interesses. Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando uma união saudável.

“Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio Marquês de Olinda. Foi o estopim da guerra.”

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