DIARIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO

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SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2019

DIÁRIO DA MANHÃ diariodamanha.com

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CASO BERNARDO Foto divulgação

MADRASTA DIZ QUE MORTE FOI ACIDENTAL Acusada de homicídio quadruplamente qualificado, Graciele Ugulini isentou o pai do menino de participação no crime. Além dela, Edelvânia, que desmaiou na sessão, e Evandro Wirganovicz também foram ouvidos no quarto dia de julgamento em Três Passos. Pág 7

Parceria entre o Grupo Diário da Manhã e Cotrijal, com apoio de Ocergs/Sescoop e UPF, promove a 8ª edição do Fórum do Jovem Cooperativista. Evento debate a sucessão rural nesta sexta-feira (15) na Expodireto. Especial Expodireto

Tecnologia dos implementos surpreende o público

Riqueza econômica e cultural da erva-mate ganha destaque no Parque

Foto: Cotrijal | Divulgação

Fórum debate a representatividade jovem no meio rural


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por REDAÇÃO DM redacao@diariodamanha.com

DIÁRIO DA MANHÃ , SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2019

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Curso de Planejamento e Inteligência em Vendas de Alta Performance no Senac O mercado vive constantes mudanças e com vários concorrentes competindo entre si, cresce a importância de capacitar profissionais para conduzir as ações de venda com qualidade e eficácia, imprimindo sua marca pessoal, visando a fidelização de clientes. Se analisarmos qualquer empresa, seja ela de serviços, indústria ou varejo, essa terá a necessidade de um profissional de vendas para escoar sua produção ou vender seus serviços. A profissão de vendas exige do profissional uma atualização constante, devido ao grande número de informações diárias que são processadas no mercado. Pensando nisso o Senac Carazinho está com matrículas abertas para o curso de Planejamento e Inteligência em Vendas de Alta Performance, com o renomado docente Cesar Pancinha, de Porto Alegre. As aulas irão acontecer nos dias 23,24 e 25 de abril, das 19h às 23h. Com carga horária de 12 horas, a capacitação aborda temas como neurovendas; abordagem moderna de vendas; neurociência aplicada ao consumo; inteligência de vendas voltada ao resultado; exercícios práticos de vendas de alto impacto. Matrículas devem ser feitas no Senac Carazinho, localizado na Av. Flores da Cunha, 2821. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3329-5851 ou através do site www.senacrs.com.br/ carazinho. Vagas Limitadas!

Trote Solidário em Passo Fundo Passo Fundo recebe, nesta sexta-feira (15) e no sábado (16), as atividades da primeira etapa do Trote Solidário 2018, iniciativa do Simers, por meio do seu Núcleo Acadêmico, apoiada pelos grupos Lions Clube de Passo Fundo. A campanha envolverá mais de 120 estudantes de medicina de três universidades: Universidade de Passo Fundo (UPF), Instituto Meridional de Educação (IMED) e Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS). As ações incluem doação de sangue pelos alunos e arrecadação de alimentos não perecíveis e materiais de limpeza em diversos supermercados. Neste ano, pela primeira vez, também serão arrecadadas tampinhas de garrafas pet para serem encaminhadas para o Instituto do Câncer Infantil. O Trote Solidário busca engajar a comunidade em uma ação solidária convocada pelos futuros

médicos. O objetivo é combater a violência nos ritos de recepção aos novos universitários. Neste ano, o Trote Solidário irá envolver 19 faculdades de Medicina do Estado. Além de Passo Fundo, as atividades ocorrerão em Caxias do Sul, Lajeado, Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Maria, Rio Grande, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Erechim e Uruguaiana. Programação:

15 de março - Hemopasso e HSVP. 16 de março - coleta de alimentos: · Mercado Grenal - Av. Brasil Oeste, 1.536 · Mercado Zaffari Vergueiro - Rua Fagundes dos Reis, 189 · Mercado Luvisa (Compre Bem) - Av. Presidente Vargas, 502 · Mercado Zaffari Pelegrini - Rua Cel. Pelegrini, 405 · Mercado Grenal – Av. Brasil Leste, 55 (em frente ao Sesi) · Mercado A Quitanda – Rua Fagundes dos Reis, 1.889 · Stock Center Petrópolis – Av. Brasil Leste, 2.333 · Supermercado Scottá - Rua Aspirante Gener, 1.355

Bolsonaro extingue 21 mil cargos comissionados O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou ontem (14) que extinguiu 21 mil cargos comissionados da esfera federal. Com o corte, disse o presidente via twitter, mais R$ 195 milhões serão economizados. Bolsonaro viaja no próximo domingo (17), para Washington, capital dos Estados UniFUNDADOR Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) Presidentes-eméritos PRESIDENTES-EMÉRITOS Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)

dos. Ele retorna ao Brasil no próximo dia 20. O encontro com o presidente norte-americano Donald Trump, na Casa Branca, está marcado para o dia 19. A viagem inaugura uma intensa agenda internacional do presidente, que este mês ainda deve visitar Israel e Chile.

PReSIDeNte PRESIDENTE Janesca Maria Martins Pinto

diretora DIRETORA comercial: COMERCIAL: Eliane Maria De Bortoli

Vice-Presidente VICE-PRESIDENTE Ilânia Pretto Martins Pinto

editor: EDITOR: Édson Coltz - RP 17.059

DIRetOR DIRETOR eXeCUtIVO EXECUTIVO Túlio Pretto Martins Pinto

editora EDITORA Geral: GERAL: Nadja Hartmann www.diariodamanha.com


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TRANSPORTE COLETIVO

Codepas tem dificuldades para atender demanda Moradores dos bairros Integração e Manoel Portela, em Passo Fundo, reclamam que os ônibus não passam pelo local. Diretor da empresa pública revela que parte da frota está parada por CAETANO BARRETO caetano@diariodamanha.com

A

Companhia de Desenvolvimento de Passo Fundo (Codepas) tem encontrado dificuldades para atender a população usuária do transporte público. As principais queixas são de moradores dos bairros Integração e Manoel Portela, que criticam a falta de ônibus e a superlotação. “Em períodos frequentes, o ônibus costuma não passar, sem nenhum tipo de aviso prévio, simplesmente tem dias que passa e outros não. Você fica sem saber se espera ou não, porque acaba se atrasando ou ainda tem que se deslocar para outra parada”, reclama Ana Carolina Haubert, moradora do bairro Manoel Portela.

Ela denuncia que essa situação agravou um quadro que já era difícil. “Acaba trazendo muita dificuldade para quem necessita do transporte, principalmente quando chove, como nas últimas semanas”. O diretor-presidente da Codepas, Tadeu Karczeski, informa que a frota tem 24 ônibus e atende 11 linhas. Entretanto, seis desses automóveis tem mais de 15 anos e estão parados. “Os ônibus que estão encostados são velhos, e não tem mais o que consertar neles. São carros que precisam de até R$ 80 mil para reformar cada um, então não vale a pena”, explica Karczeski. A empresa estuda dar outro destino para esses carros. “Provavelmente até o fim do mês nós vamos reunir o conselho administrativo e tentar uma autorização

para leiloar esses ônibus”, planeja. Karczeski revela também que existem outras questões. “Nos ônibus novos, a manutenção é muito cara. Ainda na garantia já começaram os problemas com esses ônibus, que apresentam defeitos ocultos a cada dia. E nós nem terminamos de pagar”, explica. “Estamos tomando as providências necessárias. Inclusive já decidimos não comprar mais peças dessa empresa. Elas chegam a custar de três a quatro vezes mais que a de outras empresas”, complementa. SoluçõeS A diretoria apresentou como alternativa acionar a Secretaria de Transportes e Serviços Gerais de Passo Fundo (STSG). A ideia é

repassar provisoriamente as linhas com atendimento parcial, até que seja realizada a licitação do transporte público, o que é analisado pela Secretaria de Transportes e Serviços Gerais. “Depois da reunião na Câmara, nessa semana, a Codepas oficializou o pedido. Eles solicitaram a análise da possibilidade de fazer essa transferência. Já respondi esse ofício, requisitando mais informações, para saber o que e o porquê dessa troca. Quando houver essa resposta, verificaremos juridicamente se é possível ou não eles abrirem mão dessas linhas, e se a outra empresa poderá assumir legalmente essas rotas”, responde Cristiam Thans, secretário da STSG. Porém, essa decisão não será imediata. “É mais uma questão técnica e jurídica.

Por enquanto, há pouca informação para que tomemos alguma decisão. Mas é claro que vamos tratar isso com agilidade”. Reunião na CâmaRa Na terça-feira (13), uma reunião promovida no Plenarinho da Câmara tratou das reclamações do transporte coletivo da Codepas. O encontro foi mediado e solicitado pelo vereador Patric Cavalcanti (DEM). Além dos legisladores, participaram também diretores da empresa e representantes das localidades mais prejudicadas. “O alto índice de veículos em manutenção é um impeditivo para atender a demanda de usuários nestas regiões. Isto será levado à pauta deste próximo encontro”, afirmou Cavalcanti.

CARAzINhO

Usina vai fortalecer agricultura familiar e baratear etanol Com o apoio da Secretaria de Agricultura do município, empreendimento vai firmar parceria com produtores locais para compra de matéria-prima por ANDERSON FAVERO

Foto: Arquivo | Diário

redacao.carazinho@diariodamanha.com

A Usina de Etanol que está sendo instalada em Carazinho, e que tem prazo para entrar em funcionamento em até seis meses, deverá representar um marco na geração de renda para o segmento da agricultura familiar. Segundo Henrique Leonhardt, empresário à frente do empreendimento, o objetivo é estabelecer uma parceria com os produtores do município e da região no fornecimento da matéria-prima, o que deverá impactar de forma positiva o segmento. “Por se tratar de uma usina flex que pode utilizar diversos vegetais na produção do etanol, como arroz, milho e batata-doce, nossa ideia é firmar um vínculo com os agricultores familiares para o fornecimento desses produtos. Essa parceria será mediada pela Secretaria de Agricultura de Carazinho, que tem sido apoiadora do projeto”, explica Henrique. Num primeiro momento, a usina irá produzir etanol a partir do milho. O grão será comprado de produtores carazinhenses. Em caso de não haver quantidade suficiente, a aquisição do produto poderá ser feita em municípios adjacentes. “Uma tonelada de milho produz

Henrique Leonhardt, empresário à frente da usina de etanol

400 litros de etanol. Nesse início, iremos precisar de 20 a 30 toneladas por dia. E vamos buscar esse abastecimento no próprio município”, diz o empresário. Posteriormente, a medida em que os meses forem passando, a intenção é fazer com que a batata-doce industrial seja a principal matéria-prima da usina. “Esse tipo de batata produz de 80 a 100 toneladas por hectare a um custo muito baixo. Então, até mesmo aqueles agricultores familiares com renda baixa poderão investir no plantio, pois vamos assegurar 100% dessa compra. Além disso, por se tratar de uma usina, iremos aceitar aquelas batatas ‘feias’ que comumente não são aceitas no comércio supermercadista. Logo, não haverá

quebra de produção quando houverem batatas que não seguem esse padrão”, pontua Henrique. Segundo o empresário, que também é proprietário de uma rede de supermercados, ainda no ano passado, foi realizada uma pesquisa com os produtores do município para saber se o projeto era viável. “Todos os produtores que conversamos sinalizaram interesse em fazer parte desse projeto, sobretudo porque nossa região tem solo e clima favoráveis ao plantio desse tipo de batata. Então, é uma parceria que tem tudo para dar certo”. Como alternativa para uma possível inviabilização da parceria com os agricultores familiares, o empresário Henrique explica que também passou a produzir a batata-doce. “Em outubro de 2018, demos início ao nosso primeiro plantio e devemos fazer a colheita em breve. Pensamos nisso para o caso de não haver interesse dos agricultores”, justifica. BaRateamento do etanol Atualmente, conforme cita Henrique, o etanol que abastece os postos de combustíveis do Rio Grande do Sul é trazido de São Paulo, o que acaba encarecendo o produto final no estado. Com a usina em Carazinho, o preço cai-

rá quase pela metade. “Há todo um custo de transporte para que o etanol chegue até o RS. Hoje, estamos pagando cerca de R$ 4,30 pelo litro, mas quando a usina estiver em funcionamento, pelos nossos cálculos, esse valor cairá para R$ 2,30, pois a produção será aqui e sem custos de escoamento. Não dependeremos de variáveis como preço do dólar e do petróleo para estipular nossos valores”, diz

o investidor. Nesse contexto, vale ressaltar que toda a produtividade será comercializada somente na Rede Boa Vista de postos de combustíveis, que conta com 14 unidades espalhadas na região e pertence a família Leonhardt. “Acredito que seremos a primeira rede de postos de combustíveis a produzir seu próprio etanol no estado”, finaliza o empresário.


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18ª FESTIVAL DA CUCA COM LINGUIÇA

Festa em Victor Graeff deve movimentar R$ 2 milhões no município Para além dos pavilhões do Festival, evento também impacta os segmentos de prestação de serviços, mercado imobiliário, artesanato e turismo por ANDERSON FAVERO anderson@diariodamanha.com

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om a expectativa de receber 15 mil pessoas somente nesta sexta-feira (15), o 18ª Festival da Cuca com Linguiça de Victor Graeff chega ao seu último dia com estimativas positivas. Segundo o prefeito do município, Claudio Afonso Alflen, o evento, que iniciou na segunda-feira (11), deve atrair um total de 85 mil visitantes. O público é 2.833% superior a população local, estimada em 3 mil habitantes. Neste ano, a expectativa é de que a movimentação financeira gerada pelo Festival ultrapasse R$ 2 milhões. “A realização do Festival representa um dos melhores momentos econômicos para o município. Além do consumo de alimentos e bebidas dentro dos pavilhões, todo o comércio localizado próximo a Mais Bela Praça, onde ocorre a festa, é beneficiado, principalmente os bares e restaurantes”, destaca Alflen. O impacto do Festival também é sentido no setor de prestação de serviços e mercado imobiliário. “Duas semanas antes do evento, os montadores da estrutura da festa já estão no município iniciando suas atividades. Eles alugam imóveis na cidade onde permanecem alojados durante o Festival e duas semanas após a realização, quando precisam desmontar todo o trabalho. Nesse contexto, também surgem oportunidades de emprego para os munícipes. Ninguém fica desempregado durante o Festival da Cuca com Linguiça”, ressalta o prefeito. Artesãos, associações de cuqueiras e produtores que compõem o roteiro de turismo de Victor Graeff também são beneficiados. Valorização da cultura Criada para ser uma opção de entretenimento àqueles que se deslocam à região em virtude da Expodireto, a festa de Victor Graeff também tem o viés da valorização da cultura local. “Somos, em grande parte, um município

formado por descendentes de alemães. Então, temos na cuca e na linguiça os pratos típicos da nossa etnia e, ao mesmo tempo, os gran-

des atrativos da festa. A participação de bandas alemãs nos shows também vem para somar nesse aspecto”, pontua Alflen. Foto: Douglas Schaeffer/Divulgação

Criado para ser uma opção de lazer e turismo para aqueles que se deslocam a região em virtude da Expodireto, o Festival terá quatro shows musicais nesta sexta-feira, a partir das 16h Foto: Prefeitura de Victor Graeff/Divulgação

Segundo o prefeito do município, Claudio Afonso Alflen, evento que iniciou na segunda-feira (11), deve atrair um total de 85 mil visitantes à cidade

Programação para hoje Durante os cinco dias de realização, o 18ª Festival da Cuca com Linguiça conta com mais de 3 mil metros quadrados de área coberta, 18 bandas e 40 horas de shows. O público que se dirigir ao Festival nesta sexta-feira, além de provar diversas opções gastronômicas e chopp, poderá conferir os shows das bandas Orquestra Família Eichelberger, Luz do Luar, Rogério Magrão e Banda, e Glê Loirinha. A programação musical inicia às 16h. Durante o dia, no entanto, os pavilhões gastronômicos permanecem abertos e há, ainda, a opção de realizar um passeio turístico no Caminho das Topiarias, Flores e Aromas.


66 imobiliário

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por VINICIUS COIMBRA vinicius@diariodamanha.com

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CASO BERNARDO

Madrasta diz que morte foi acidental e inocenta pai Também prestaram depoimento os irmãos Wirganovicz, acusados de participarem do crime e da ocultação do cadáver Foto Divulgação | TJRS

por Redação diáRio redacao@diariodamanha.com

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o quarto dia do julgamento do caso referente à morte de Bernardo Boldrini, na quinta-feira (14), foram ouvidos três dos acusados de participar do assassinato da criança de 11 anos, ocorrido ainda em 2014. No dia anterior, Leandro Boldrini, pai da vítima, foi o primeiro dos réus a depor. Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, disse que a morte ocorreu de forma acidental, causada pela ingestão excessiva de remédios. Disse também que o pai da criança não teve participação. Chorou ao lembrar que ele se dedicava sentimentalmente apenas à filha recém-nascida. “O Bernardo queria atenção, mas a atenção era toda para a Maria”. Sobre compra do midazolam, ela disse que era para a sua dificuldade de dormir. Na viagem a Frederico Westphalen, confirmou que deu um remédio para enjoo para Bernardo e que, como ele continuou agitado, jogou a bolsa para o banco traseiro do carro e o mandou a criança tomar mais do remédio. Ao chegar a Frederico Westphalen, trocaram para o carro da amiga Edelvânia Wirganovicz. Disse que então percebeu que o menino não reagia, e que pediu ajuda à amiga Edelvânia, que queria pedir socorro. Edelvânia cedeu e indicou o local para enterrar o menino e cavou o buraco, segundo Ugulini. “Ela me ajudou a enterrar ele”, afirmou. Graciele chorou desde o início do depoimento e disse não ser o “monstro” criado pela “imprensa sensacionalista”. Alegou que só conheceu Evandro no tribunal. Sobre ida à festa no sábado, dia seguinte à morte de Bernardo: “Tentei de todas formas agir de forma normal, para Leandro não desconfiar. Admito que dissimulei”, relembrou. EdElvania dEsmaia E abandona julgamEnto A outra acusada, Edelvania Wirganovicz, foi a segunda pessoa a prestar depoimento. Ela começou na primeira hora da tarde, e falou do relacionamento de Graciele com o menino. “Graciele sempre falou mal de Bernardo”. Também disse que Evandro, seu irmão, é inocente: “Ele foi pescar”. Além disso, relatou ter comprado o remédio e a pá a pedido de Graciele. Porém, negou ter comprado soda cáustica.

Réus e defensores ouvem o debate entre juristas após fase de depoimentos

Após aproximadamente 30 minutos de interrogatório, a ré desmaiou, e foi atendida prontamente por uma enfermeira.O julgamento então foi suspenso. Ela voltou uma hora depois, mas a defesa declarou que não responderia mais a perguntas. Evandro chora: “quEro sair daqui E dar um ExEmplo pros mEus filhos” O motorista Evandro Wirganovicz, acusado de ter aberto a cova onde o corpo de Bernardo Boldrini foi enterrado, foi o último réu interrogado. Wirganovicz respondeu às perguntas sempre alegando inocência. Repetia que tomou conhecimento do crime só quando sua irmã falou dele à polícia. “Eu não sabia, escutei no rádio, no meu caminhão”. Quando questionado sobre seu primeiro depoimento, disse que o fez por medo: “Quando fiquei sabendo que minha irmã levou a Polícia Civil lá [no local do crime], e eu estava de férias, pescando, se eu dissesse isso, iam achar que eu estava envolvido”. Relatou que não conhecia Graciele, e que nunca suspeitou da irmã. Entretanto, se emocionou quando questionado se os atos dela teriam afetado sua vida. “Minha esposa me abandonou há uns dois anos e meio. Minha casa foi desmanchada” (…) Ela [Edelvânia] terminou com tudo, com a nossa família. Imagina você cinco anos preso, acusado de matar uma criança, tendo dois filhos. (…) Mas eu quero sair daqui e dar um exemplo pros meus filhos, quero que eles tenham orgulho de mim. Porque não devo”, bradou Evandro, enquanto chorava. Com o fim da fase de interrogatório dos réus, a Juíza Sucilene Engler convocou acusação e defesas para uma reunião. Após a pausa, foi aberta a sessão de debates, em que cada parte teve quatro horas para apresentar suas teses. O Promotor Bruno Bonamente

iniciou dizendo aos jurados que as provas são mais do que suficientes para pedir a condenação e penas máximas, pelos requintes de crueldade. Denunciou que, desde a primeira audiência na Justiça entre o pai e o filho (em 2014, que tratou sobre suposta negligência afetiva), a morte do menino já estava sendo planejada. Apresentou as confissões de Edelvania, os extratos de telefone, e voltou a acusar Evandro de cavar a sepultura de Bernardo. “O homicídio que elas fizeram é repugnante”, disse o promotor antes de mostrar fotos do corpo do menino. No fechamento dessa edição, Bonamente ainda apresentava sua defesa aos jurados dEnúncia O MP defende que Leandro e Graciele planejaram e participaram do crime em todas as etapas. O motivo, segundo o MP, seria porque o casal não queria partilhar com Bernardo os bens deixados pela mãe dele, e também porque consideravam o menino “um estorvo”. Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu em abril de 2014, em Três Passos. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio em Frederico Westphalen. Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta Graciele Ugulini, apontou o local onde a criança foi enterrada. Respondem ao processo criminal o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, a madrasta do menino, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. Eles são julgados pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri, onde os jurados decidirão se são culpados ou inocentes dos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (Leandro e Graciele), triplamente qualificado (Edelvânia) e duplamente qualificado (Evandro), além de ocultação de cadáver. Leandro Boldrini também responderá por falsidade ideológica.


FRASE DA EDIÇÃO

A sucessão rural é um dos temas prioritários para a cooperativa sempre que tratamos de gestão nas propriedades. Nei César Mânica presidente da Cotrijal

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PASSO FUNDO E CARAZINHO, SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2019 Foto Adriano Dal Chiavon | Diário

NOVA USINA EM CARAZINHO

Preço do etanol pode cair quase pela metade Essa é a perspectiva de empresário carazinhense que investe no novo projeto. Além de beneficiar motoristas, empreendimento vai firmar parceria com produtores locais para compra de matéria-prima. Pág 3

Foto Caetano Barreto/ Diário

PASSO FUNDO

Passageiros reclamam de atrasos e falta de ônibus da Codepas Direção aponta problemas mecânicos frequentes e estuda a cedência provisória de linhas para outras empresas. Pág 3

VICTOR GRAEFF

Festival da Cuca com Linguiça deve atrair até 85 mil pessoas PREVISÃO DO TEMPO

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CADENO ESPECIAL

Representatividade jovem no campo em debate

Acontece hoje a 8ª edição do Fórum do Jovem Cooperativista, parceria entre o Grupo Diário da Manhã e Cotrijal, para dar atenção especial a sucessão rural nas propriedades agrícolas

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esde 2012 que tema da sucessão rural passou a ser debatido com mais ênfase na Expodireto, com o objetivo de discutir sobre o assunto e incentivar a juventude no campo. Desde então, a programação da feira ganhou um evento que tem o intuito de conversar com a juventude sobre isso, o Fórum do Jovem Cooperativista, que acontece hoje (15), no Auditório Central. O Fórum é uma parceria entre o Grupo Diário da Manhã e a Cotrijal, com o apoio do Ocergs/Sescoop. Neste ano, o evento também conta com o apoio da UPF. Segundo a diretora presidente do Grupo Diário da Manhã, Janesca Martins Pinto, trata-se de uma oportunidade única de dialogar com a juventude. “Esse grande encontro tem como finalidade justamente o debate de temas pertinentes ao jovem do meio rural e que ele não tenha no êxodo sua única solução e que possa optar por uma vida melhor em sua propriedade”, relata. Para a direção da Cotrijal, o Fórum vem coroar um trabalho já consolidado da cooperativa junto aos jovens produtores. “A sucessão rural é um dos temas prioritários para a cooperativa, sempre que tratamos de gestão nas propriedades. Por isso, é fundamental abordarmos essa temática durante a Expodireto”, afirma o presidente Nei César Mânica. O vice-presidente Ênio Schroeder destaca o trabalho que é realizado com o projeto Aprendiz Cooperativo Cotrijal, que demonstra essa atenção da cooperativa às futuras gerações. | Leia na Página 4

Sucessão de gerações no campo é tema do Fórum do Jovem Cooperativista

Premiação

Programação

A

programação ainda irá contar com o jornalista, youtuber e humorista Elzinga, que irá palestrar para os jovens produtores rurais. Com o tema ‘Oportunidades Digitais: como um jovem do interior gaúcho conseguiu construir uma carreira na internet?’, Elzinga vai trazer de forma bem humorada

e atual os principais anseios da juventude e expectativas. Neste ano, soma-se a lista de parceiros, mais uma vez a Universidade de Passo Fundo (UPF), que levará para o evento a palestra do professor doutor Benami Bacaltchuk, com o tema ‘Inovação dos Processos de Produção e a Sucessão Familiar’.

jornalista, youtuber e humorista Elzinga irá palestrar sobre Oportunidades Digitais

professor doutor Benami Bacaltchuk, da UPF abordara inovação e sucessão rural

Fotos Divulgação

N

este ano, com uma programação inovadora, o Fórum do Jovem Cooperativista irá premiar um case de sucesso em sucessão rural. Durante o evento, será exibido um vídeo contando a história do personagem e incentivando os jovens a permanecer no campo. O produtor premiado irá receber uma obra da artista plástica Ilse Ana Piva Paim. A artista de Carazinho fez um quadro para presentear um jovem protagonista no quesito sucessão rural. “É um troféu em forma de tela, um troféu que enaltece a força do trabalho jovem no campo”, relatou Ilse Ana. Por meio da arte, será prestigiado e valorizado a juventude no meio agrícola, o trabalho rural e a importância do campo na sociedade. “É através das mãos do homem que nós colocamos o fruto na terra, adubamos, cuidamos, para receber depois de muito trabalho […] a agricultura como sendo um processo de alimentação e valorização ao homem no campo”, ressaltou a artista plástica.

Daniel Rohrig | Diário

DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2019

Cobertura multimídia Obra da artista plástica Ilse Ana Piva Paim será entregue ao case premiado

Como ocorre desde a primeira edição do Fórum, o Grupo Diário da Manhã estará fazendo a cobertura multimídia do evento,

que poderá ser acompanhado em tempo real no Portal diariodamanha.com, rádios e nas páginas nas redes sociais do Grupo.


DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2019

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Visitas Casa Diário na #Expodireto2019 O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, esteve no estande do Grupo Diário da Manhã no fim da tarde de ontem (14) e fez um balanço da feira até aqui, salientando que em todo fim de Expodireto o desafio é saber o que tem que melhorar para o próximo ano. Em 2019, a partir de toda movimentação da feira, Mânica está confiante que os números da edição passada serão superados.

FOTO DO DIA

Frase do dia Fotos Redação | Diário

Isabella Westphalen | Diário

foi o impacto do tabelamento de frete nos custos a partir do segundo semestre do ano passado. De acordo com o presidente da Coagrisol, José Leite, só para a cooperativa o impacto do tabelamento já passa de R$ 10 milhões.

O assessor jurídico da Prefeitura de Carazinho, Gustavo Viapiana, a editora geral do Grupo Diário da Manhã, Nadja Hartmann, o prefeito de Carazinho, Milton Schmitz, o diretor comercial de Carazinho, Carlos Munhoz, e o secretário de administração de Carazinho, Lori Bolesina, estiveram reunidos no estande do DM na tarde de ontem.

Para estrangeiro ver

Isabella Westphalen | Diário

(e aprovar)

A Augustin Veículos de Carazinho, junto com outras concessionárias associadas à Ford, estão promovendo um test-drive na Expodireto, proporcionando uma experiência diferente para quem quer conhecer a potência dos novos modelos de caminhonetes.

Sergio Blanco, costa-riquenho que mora na Alemanha, é um dos visitantes estrangeiros da Expodireto Cotrijal 2019. Representante de uma empresa de máquinas agrícolas, ele interrompeu sua caminhada pelo Parque na manhã desta quarta-feira (14) para conversar com a reportagem do Diário. “Eu conheço feiras agrícolas de vários lugares do mundo. A Expodireto Cotrijal tem uma organização igual ou quem sabe até melhor do que outros países e isso chama a atenção”, destacou.

Fundador Jornalista Túlio Fontoura (1935 1979) PresidenteS-EméritoS Dyógenes Auildo Martins Pinto (1972 1998) Vinícius Martins Pinto (1997 2003)

Presidente Janesca Maria Martins Pinto Vice-Presidente Ilânia Pretto Martins Pinto DIRETOR EXECUTIVO Túlio Pretto Martins Pinto

Rodolfo Sgorla da Silva | Diário

Cliques na Feira

Temos muitos desafios e incertezas. No crédito não temos definição e nós precisamos de definição para continuar

Na manhã desta quinta-feira (14), o tema que o Grupo Diário trouxe para debate foi “as cooperativas agrícolas e o mercado”. Participaram do painel transmitido pela rádio Diário AM 780 o presidente da Fecoagro, Paulo Pires, o presidente da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão do Ministério da Agricultura, Márcio Albuquerque, presidente da Coagrisol, Jose Luiz Leite, Superintendente administrativo e financeiro da Cotrijal, Marcelo Schwalbert, o diretor da Farsul Fabio Avancini Rodrigues e o presidente da Ocergs/Sescoop, Vergilio Perius. Dentre os temas discutidos, além da infraestrutura logística e o possível impacto no preço da soja diante da relação entre Estados Unidos e China, um dos assuntos destaque

Redação Diário

Daniel Rohrig | Diário

O sol voltou com tudo e obrigou os visitantes a buscarem abrigo na “sombra” da bandeira Arte sobre foto: Redação Diario | Diário

Paulo Pires

presidente da Fecoagro

Programação Quinta-feira 15/03 Auditório Central 9h às 12h – Fórum do Jovem Cooperativista 8h30 – Credenciamento 9h – Abertura 9h30 – Prêmio de Sucessão Rural e apresentação de short movie do case premiado 10h15 – Palestra show com Elzinga sobre o tema “Oportunidades digitais: como um jovem do interior gaúcho conseguiu construir uma carreira na internet” 14h às 16h30 – Audiência Pública da Comissão de Agricultura do Senado 17h às 18h – Coletiva de imprensa

Diretora Comercial PF: Eliane Maria De Bortoli

Diagramação: Henrique Peter; Jeferson Couto;

Diretor Comercial CZO: Carlos Munhoz

rEPORTAGENS: Alessandro Tavares; Ana Cláudia Capellari; Daniel Rohrig, Isabella Westphalen;

CADERNO ESPECIAL Edição: Nadja Hartmann SUPORTE DIGITAL: Manoella Fortes Fiebig

Matheus Moraes; Rodolfo Silva; ww.diariodamanha.com


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A eternização da propriedade rural

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ais uma turma de jovens aprendizes do curso realizado pelo Sescoop/ RS e Cotrijal teve a felicidade de se formar. Indo ao encontro da realização da Expodireto, o ápice do curso dos 49 jovens ocorreu na tarde desta quinta-feira (14) durante a Expodireto Cotrijal. A cerimônia foi marcada pela emoção e pelo entusiasmo dos adolescentes em completar mais uma etapa da vida e entrar, agora de forma completa e preparada, para o mercado de trabalho. Cerca de trinta mil jovens, em todo o tempo de duração do curso – que em breve irá completar 15 anos – entre 14 e 24 anos passaram pelos bancos e puderam beber da fonte do cooperativismo. O presidente do Sistema Ocergs-

Sescoop/RS, Vergílio Perius, destaca que esse é um dos mais importantes programas da entidade. “Esse curso é para ser o caminho do primeiro emprego, evidentemente que as cooperativas absorvem os melhores, os que se destacam e vão continuar trabalhando. É a porta de abertura para o jovem hoje entrar no processo da produção dos negócios e o Sescoop quer ajudar a abrir essas portas”, destaca. De acordo com o presidente, dos trinta mil alunos que participaram do curso, aproximadamente 40% continuam trabalhando em cooperativas. “Nós queremos realmente fortalecer esse programa, insistimos muito com o ministro do Trabalho há dois anos porque todo o jovem volta pratica-

Momento de emoção e descontração em que Franciele recebeu o diploma e presentes da cooperativa

Fotos: Ana Cláudia Capellari | Diário

Sescoop e Cotrijal promovem formatura de jovens para dar continuidade ao trabalho no campo

Jovens na formatura, encerrando um ciclo junto ao Sescoop para iniciar uma trajetória profissional

mente ao campo”, completa. Na cerimônia de formatura, o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, ressaltou aos jovens presentes que o trabalho desempenhado pelo Sescoop, em parceria com a cooperativa, é essencial para a manutenção da juventude no meio agrícola, em um dos setores que mais emprega e gera renda ao país. “O ato é importante, se trata de uma formatura, se trata de uma conquista de todo um aprendizado que ‘vocês’ tiveram durante esses meses todos e hoje chegou o grande dia, a

formatura do que vocês estavam se propondo”, frisou. Dos 49 alunos formados, quatro deles já estão atuando na Cotrijal. O momento que já era especial e digno de muitos aplausos tornouse ainda mais especial. A turma que se formou, a 16ª, era também a primeira turma com alunos com deficiência a concluir os estudos. O trabalho do curso é de incluir todos os jovens no mercado de trabalho, sem distinção. As quatro alunas que concluíram o curso fizeram uma apresentação ao final da formatura,

cantando uma música gospel que trata de superação. Histórias reais do cooperativismo Uma dessas alunas com deficiência que finalizou o curso e demonstrou muita emoção na cerimônia foi Franciele Azambuja. A jovem disse que ter realizado o curso foi muito importante para o crescimento profissional e pessoal. Incentivada por professoras do curso a começar os estudos, Franciele vislumbra um futuro de muito trabalho em prol do cooperativismo.

Tempo firme garante 69 mil visitantes no penúltimo dia de Expodireto

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sol foi o protagonista do quarto dia de 20ª Expodireto Cotrijal, que acontece em Não-Me-Toque até esta sexta-feira (15). A chuva insistiu em prevalecer nos primeiros dias de feira, o que em nada interferiu no número de visitantes, que vem batendo recordes diários. Somente ontem, quinta-feira (14), dia em que os termômetros ultrapassaram a marca de 30ºC, cerca de 69 mil

pessoas visitaram o Parque. Até agora, mais de 225 mil visitantes passaram pela Expodireto em 2019. O número para a quintafeira, no entanto, foi 3% menor em relação à edição de 2018, quando 71,5 mil pessoas visitaram o espaço. Ao comentar o balanço do dia, o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, relacionou o resultado ao tempo firme, em que os produtores rurais aproveitaram a trégua

na chuva para dar prosseguimento à colheita da soja na região. Isso, segundo a Cotrijal, impactou no número geral de visitas. Ainda assim, o balanço de público deve bater o recorde da edição passada. Os quatro dias do ano passado somaram cerca de 220,6 mil pessoas – neste ano, o aumento foi de quase 6 mil visitantes até agora. A expectativa é ultrapassar as 265 mil visitas até o encerramento da feira.

Números que impressionam Milhares de pessoas visitam os locais de alimentação da Expodireto Cotrijal todos os dias. A maior concentração ocorre durante o horário de almoço. A projeção é de que cerca de 39 mil refeições sejam servidas durante a feira. Apenas no setor de assado, por exemplo, são ofertados 4,6 mil quilos de carne de gado durante toda a feira, 3,5 mil

quilos de carne suína e 3 mil quilos de linguiça de frango. Já na cozinha, atuam 29 pessoas coordenadas de perto pela associada da Cotrijal Ilma Rambo. Ela atua como chefe de cozinha há 15 edições da feira. Ilma estima que, nesta edição, durante toda a Expodireto, deverão ser servidos cerca de 800 quilos de arroz, 135 quilos de feijão, 800 quilos de massa e 27 sacas de batata.

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Expodireto Cotrijal serve de termômetro para a sucessão rural nas propriedades

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s três gerações da família Ferraz visitaram os estandes da 20ª Expodireto Cotrijal nessa quinta-feira (14). Com o olhar atento e curioso, o engenheiro agrônomo, Jeferson Ferraz, 23 anos, circulava entre as máquinas agrícolas de última geração acompanhado do pai, Gilso Ferraz, de 49 e também do avô, Arlino Ferraz, de 71 anos. A cena foi recorrente ao longo da semana por todos os cantos, mas se intensificou neste penúltimo dia de feira. O contexto, segundo os próprios produtores, serve de termômetro para mensurar a permanência dos jovens à frente das propriedades no futuro, já que desde agora, algumas decisões quanto ao andamento das atividades no campo são tomadas em conjunto. “O que mais me atraiu para seguir com a propriedade do meu pai foi a fal-

ta de conhecimento que tinha lá. E eu percebi que nós tínhamos que melhorar nisso, porque do jeito que estava não conseguiríamos avançar muito. Resolvi fazer a faculdade para voltar e seguir no campo. O agronegócio é o que movimenta e sem ele eu não sei como seriam as outras coisas”, conta o jovem Jeferson, recém-formado em agronomia e que já interfere na administração das propriedades da família em Não-Me-Toque e Ibiraiaras. De acordo com ele, a inserção dos conhecimentos adquiridos na academia dentro da propriedade foram bem aceitos pelo restante da família. O pai de Jeferson revela que o jovem sempre teve os olhares voltados ao campo, desde criança, fator que contribuiu para a decisão de seguir os passos no campo. “Ele se criou trabalhando na

Fotos: Daniel Rohrig | Diário

Durante a feira, diversas gerações de produtores rurais visitam o Parque com o intuito de preparar a continuidade das atividades no campo. Movimentação de jovens agricultores nos estandes impressiona pela quantidade nesta 20ª edição

As três gerações da família Ferraz visitaram a feira nesta quinta-feira (14) em busca de novidades para a propriedade

lavoura e ai procurou de fazer agronomia para ficar no campo e dar continuidade. Ele é quem vai continuar procurando tecnologia para que fique cada vez melhor”, conta Gilso. “Eu comecei lá no pai e todo o trabalho era de um tipo, era a boi. Nós, na minha vez, começamos a trabalhar com o trator e agora para ele, com todas essas tecnologias que têm aqui, vai poder ser bem melhor”, completa.

Delair e Arthur Vieschinski, pai e filho, já compartilham o comando da propriedade em Marau

Êxodo rural é realidade e preocupa Assim como os Ferraz, o jovem Arthur Vieschinski, de 19 anos, também assumirá a propriedade da família em Marau, hoje comandada em conjunto

com o pai, Delair Vieschinski, de 53 anos. Mas esta realidade, segundo o próprio Delair, não reflete na maioria das famílias vizinhas. “A maioria dos jovens estão indo tudo para a cidade, porque falta incentivo para que eles fiquem no interior”, comenta. No caso de Arthur, a motivação começou desde cedo, quando acompanhava os pais nas atividades. “Mas aqui em Marau, a maioria das pessoas da minha geração, está saindo do campo e indo pra cidade. Nem todos tiveram esse incentivo que nem eu. Hoje, tudo que tem na cidade pode ter no campo também, como internet e todas essas coisas que hoje em dia fazem parte do nosso dia a dia”, projeta.


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Expodireto possibilita prospecção nas vendas Fotos: Matheus Moraes | Diário

Uma semana de feira é suficiente para alinhar novas vendas no ramo automotivo, reencontrar clientes e encaminhar negócios que duram para a temporada

Gerente da Carazinho Veículos, Eduardo Becker Pinto

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pesar de cinco dias de feira, a Expodireto Cotrijal é o momento de criar novos laços, reencontrar clientes e mirar os próximos meses do ano. Mais que isso: dar continuidade nos negócios no momento pós-feira. É com esse viés que as concessionárias de veículos se preparam para atender o público, mas deixar os negócios em aberto ao pensar no futuro. É o caso das concessionárias presentes no Parque da Expodireto. A Chevrolet, Carazinho Veículos Ltda, que trabalha há 17 anos no Parque e colecionou clientes profissionais que se reencontram na feira. De acordo com o gerente Eduardo Becker Pinto, a Expodireto impulsiona os negócios até o fim do ano. “A Expodireto impulsiona as nossas vendas até o fim do ano. Nós ficamos a temporada em função de negócios que levantamos aqui, que revemos, que relembramos clientes que prosperam juntos com a empresa”, declara.

Gerente da Salwipa, Márcio Scoz

Gestor de vendas da Marina Veículos, Jair Francisco Andreatto

Gerente da Car House, Anderson Barbosa

No mesmo passo, a Salwipa, da concessionária Volkswagen, atua de maneira engajada no trabalho pós-feira. Para isso, além do atendimento diário na feira, a empresa trabalha com a troca de informações entre possíveis clientes. De acordo com o gerente da Salwipa, Márcio Scoz, muitas vezes, na correria da feira, o cliente não tem tempo para negociar com calma e receber uma proposta que caiba no seu bolso. “Devido à correria dos dias da feira, muitas vezes não param para receber uma proposta. A gente tem uma pessoa destinada a conversar com eles, coletar dados. São pessoas que na sequência, depois da feira, nós mantemos contato. Também fazemos o agendamento do best drive, para atender o cliente com tranquilidade e poder fechar os negócios posterior à feira”, completa. Segundo Scoz, a feira proporciona trabalho para o ano inteiro. “A venda pós-feira é muito importante. Como a

feira é curta, ela acontece num momento em que o agricultor está envolvido na lida diária da lavoura”, lembra o gerente da Salwipa. Assim, ele lembra que após cerca de duas semanas ou três semanas o contato é mantido com o cliente. “Nós vamos conversando, oferecendo promoções, lançamentos, ações de vendas. Os negócios representam de 20% a 25% das vendas mensais de clientes que pegamos aqui. É o trabalho de um ano todo, de atendimento, de relação comercial, de estreitamento e consolidação da marca”, conclui Márcio Scoz. Com descontos de até 27% em veículos utilitários, a Marina Veículos, concessionária Fiat, traz uma seleção de veículos no expositor. De acordo com o gestor de vendas Jair Francisco Andreatto, a Marina oferece uma linha de conforto, segurança e economia. “É o que o nosso cliente busca hoje. A feira, além dos nossos fechamentos desta semana, nos

possibilita a prospecção. Buscamos todo o cliente que nos visita. Da feira, nós criamos futuros negócios”, destaca. Para o último dia de feira, a expectativa é grande. Na Car House, concessionária Toyota, as vendas já registram grandes números. Segundo o gerente da Car House, Anderson Barbosa, em termos de comercialização, a concessionária costuma fechar mais negócios durante a semana. “Estamos com grandes resultados. Em termos de negócio, efetivamos mais vendas aqui. Mas é claro que conversamos com muita gente, temos clientes que fecham negócios depois, durante o mês. Nós levamos uma carteira de clientes bem extensa para trabalhar por um bom tempo também”, enfatiza. CORREÇÃO

Na edição impressa de quinta-feira (14), as fotos que representavam os gerentes da Salwipa, Márcio Scoz, e da Augustin Veículos, Paulo Augusto Martins, foram invertidas.

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Crédito Rural e Seguro Agrícola no centro de debates hoje novo modelo para o seguro agrícola e as alterações no crédito rural, que podem ser confirmadas a partir do anúncio do novo Plano Safra, estarão no centro de debates do último dia da Expodireto Cotrijal 2019, através da Audiência Pública do Senado, marcada para às 14h no auditório central. Os trabalhos serão coordenados pelo senador Luis Carlos Heinze (PP), vice-presidente da Comissão de Agricultura do Senado. O tema ‘Crédito Rural, seguro agrícola e as perspectivas para o setor produtivo com o novo governo’ deve atrair um grande número de lideranças do setor, uma vez que a questão vem sendo acompanhada com grande expectativa e também apreensão. Para o senador Luis Carlos Heinze, a audiência é uma oportunidade importante de ouvir as demandas dos agricultores e possibilitar um entendimento entre setor público e agrícola. “A Expodireto sempre foi palco de discussões de assuntos do estado e do país, e não apenas de questões de uma região ou do

Rio Grande do Sul”, afirma. O senador diz que esse lado político diferencia a feira de outros eventos do agronegócio, que não focam na ‘resolução de problemas’ do setor, e sim na comercialização de uma forma geral. Para Heinze, o Brasil possui todas as condições de produzir ainda mais. Isso, porém, depende do fim de dificuldades enfrentadas historicamente no campo. - Precisamos de mudanças que garantam mais renda para o produtor. O governo hoje é um sócio oculto. Falam que o produtor não paga imposto, mas em torno de 30% de um saco de milho, de soja, de arroz, litro de leite é imposto”, cita como exemplo.

Governo Bolsonaro e o campo

A Audiência Pública também irá tratar das perspectivas para o setor produtivo com o novo governo. De acordo com Heinze, o desafio do agronegócio no novo governo é muito claro. “O governo Bolsonaro vai tirar a ideologia, temos de tirar isso do processo”, cita. Essa ‘ideologia’ dos últimos governos,

Foto: Divulgação

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Comissão de Agricultura do Senado realiza Audiência Pública no Auditório Central do Parque

Senador Luis Carlos Heinze (PP), vice-presidente da Comissão de Agricultura do Senado

segundo ele, tem prejudicado a produção. “Eu não sou contra a agricultura orgânica, eu sou agrônomo. Mas não podemos dizer que isso é a solução. Eu preciso dessa agricultura empresarial que usa o defensivo agrícola”, exemplifica. Outro ponto destacado por ele é quanto à questão ambiental. Heinze afirma que o produtor brasileiro é o que mais preserva no mundo. Mesmo assim, devido a certos grupos, ele passa a ser visto erroneamente

como um poluidor, desmatador. - O cara está sustentando o país nas costas. Tem muito mais área preservada dentro das propriedades rurais brasileiras do que nos próprios parques nacionais. São os produtores que estão preservando. É com essa ideologia que temos de acabar - afirma. Além desses pontos, Heinze afirma que o foco do novo governo é o aumento da renda do produtor, um apoio ao mercado interno brasileiro e também a redução dos custos na produção, que são considerados hoje, pelo senador, como ‘muito altos’ para o produtor. A opinião de lideranças

Para o Presidente da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, Márcio Albuquerque, o que se pode levar em conta para uma reformulação do Seguro Rural é a diferenciação de práticas adotadas pelos produtores. “Produtores que adotam tecnologia e tomam medidas para reduzir o seu risco, como os que adotam agricultura de

precisão, em relação a produtores que não adotam as mesmas medidas fazendo um paralelo com o meio urbano, quem contrata um seguro de um carro e se dispõe a colocar um rastreador, paga um seguro menor de que quem não tem”, comenta. Albuquerque acredita que o produtor que investe em rastreabilidade, por exemplo, consegue mostrar que ele [produtor] representa um risco menor. “Hoje ele não recebe esse benefício, então, isso é algo importante para se levar em conta”, frisa. O suplente do senador Luis Carlos Heinze e ex-vice-presidente da Aprosoja RS, Ireneu Orth, salienta que o modelo do crédito rural brasileiro está defasado e que o modelo ideal consiste em individualizar o crédito. “Se olharmos o sistema dos países desenvolvidos, eles possuem um cartão de crédito de acordo com o tamanho da propriedade ou com o que se produz e dentro disso se tem um limite, que se vai pagando, vai tendo um limite novo e com juros.

O trabalho de estruturação da feira s milhares de visitantes da Expodireto Cotrijal, enquanto olham para máquinas e outras inovações para o campo, podem nem imaginar o trabalho pré-feira que foi feito para que tudo estivesse pronto no dia 11 e iniciar a 20a edição do evento. Para se ter uma ideia, cerca de 100 empresas trabalharam somente na montagem e estruturação de estandes. Um dos profissionais envolvidos na missão de deixar tudo pronto para a feira foi Wallacy Barbosa. “Trabalho há 17 anos neste ramo e fazemos dois tipos de eventos. Em uma das modalidades, montamos toda a estrutura de uma feira, caso, por exemplo, da ExpoMarau, em que montamos

‘lonão’, estrutura de palco entre outros itens. A outra modalidade de evento é tipo a Expodireto, em que montamos estandes para algumas das empresas que estão na feira expondo”, relata o proprietário da Âncora feiras e eventos, de Passo Fundo. Contratado por empresas expositoras da Expodireto deste ano, ele comenta um pouco do serviço realizado para a feira. “Para esta edição da Expodireto Cotrijal, nossa empresa montou cerca de um mil metros quadrados de estandes. Foi um trabalho que durou cerca de 15 dias e ainda precisamos correr contra o tempo para reverter estragos causados pelo clima na sexta-feira que antecedeu o começo do evento. Ao término da fei-

ra, possivelmente levaremos cinco dias para concluir a desmontagem”, comenta. O empresário explica a parceria firmada com os expositores. “É um grande compromisso, afinal de contas a empresa que vai expor depende da eficiência do teu serviço. Com algumas empresas, estabelecemos uma parceria legal nesse sentido. Por exemplo, em 2019 completamos oito anos montando as estruturas de estandes da Tramontina”, revela. Barbosa é um exemplo de profissional que atua em uma atividade extremamente demandada na Expodireto Cotrijal, afinal de contas os expositores precisam de empresas que montem suas estruturas para atuar durante a feira. “Neste ano, tivemos cerca de 100 empresas envolvidas na estruturação de todos os estandes existentes na feira”, revela Marlon Lauxen, coordenador do parque da Expodireto Cotrijal. Ele detalha as empresas que atuam no período pré-feira para montar os estandes. “São montadoras, prestadoras de serviço (telefonia, internet, por exemplo), agências (que contratam montado-

ras e prestadoras de serviço) e pirâmides, que colocam o ‘teto’ dos estandes. Para se ter ideia, alguns expositores contratam de três a quatro empresas para estruturar seus estandes. Já tivemos casos de cinco empresas atuando para um único expositor. Há uma infinidade de tipos de serviço prestados”, comenta Lauxen. Arquivo Pessoal

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Cerca de 100 empresas estiveram envolvidas na montagem de estandes para a Expodireto Cotrijal 2019

Wallacy Barbosa, proprietário da Âncora feiras e eventos


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Tecnologia dos implementos agrícolas surpreende o público

Via tablet, profissional da Stara pode orientar produtor que está na cabine na máquina no campo

Entre as novidades da 20ª Expodireto Cotrijal, novidades do maquinário agrícola chama atenção do público. Nesta edição, Stara apresenta auxílio em tempo real via dispositivo móvel dentro das cabines experiência que será realidade para os produtos. Por meio do sistema “Conecta”, os operadores das máquinas poderão contar com o auxílio de profissionais da Stara, via internet, nos dispositivos móveis implementados nas cabines de cada máquina. Na práticas, eles acompanham, direto da empresa, toda a visualização da tela disponibilizada na cabine. Portanto, o produtor será auxiliado no que fazer ou nas mudanças para chegar na produtividade que deseja com a praticidade oferecida pela empresa. O produtor rural Rogério Arend, do distrito de Nova Toledo, no Paraguai, destacou que a novidade o surpreendeu. “É interessante esse acesso da empresa para ajudar o produtor. Muitas vezes, não sabemos regular a máquina

Irmãos Rogério Arend e Vanderlei Arend saíram do Paraguai para conhecer as novidades da Expodireto Cotrijal

do campo em razão de sempre ter uma tecnologia nova, diferente”, completa. Segundo o produtor, muitas vezes é necessária essa assistência. “Às vezes, para calibrar a máquina, entender tudo, demora um, dois dias. Perdemos a produtividade por não estar atendendo a máquina”, completa. As informações da propriedade já estavam sob conhecimento dos produtores por meio da plataforma Telemetria Stara. A novidade, agora, é o atendimento exclusivo aos operadores que obtiverem dúvidas sobre as novidades tecnológicas do sistema. De acordo com o vice-presidente executivo da Stara, Átila Stapelbroek Trennepohl, o objetivo é minimizar os pequenos entraves no momento de trabalho na lavoura. “É um serviço grátis da empresa que ajuda o operador, que retira dúvidas simples. Um sistema dinâmico que vai solucionar muitos problemas e retirar muitas dúvidas. Nosso objetivo é aumentar o grau de satisfação dos nossos clientes”, declarou. Além do sistema integrado nas máquinas, a Stara conta com outras novidades, como o lançamento da nova linha da Imperador, com a 3.0, pulverizador e distribuidor pneumático, a Imperador 4.000 e da semeadora Guapa. “O que temos visto é que os nossos lançamentos

brilham nos olhos do cliente. Cada vez que ligamos o sistema, as máquinas, as pessoas circulam em volta, chegam cheias de perguntas, com muitos questionamentos”, completa Átila Trennepohl. A família Sartori, que possui propriedade em Almirante Tamandaré do Sul, visitou o estande nessa quinta-feira (14) em busca de novidades e de olho nas compras. No ano passado, a família realizou a aquisição de um conjunto de plantadeira para trabalhar com as culturas de milho, soja, trigo e aveia. Para esse ano, uma nova compra da mesma máquina é desejada. Segundo o produtor Alexandre Sartori, o que mais lhe chamou atenção na feira foi o pulverizador autopropelido da Stara. “Em operações diferentes, ele pode pulverizar, espalhar o corretivo e também espalhar semente no meio da soja. É uma ferramente que vai ajudar muito, porque no momento de colher uma soja, você já tem uma outra cultura implantada. Diminui o processo de erosão, terá um volume maior de palha. No sistema de plantio direto, é o que nós precisamos. Do jeito que a maioria planta, está diminuindo a rotação de cultura”, declarou. Produtor confiante O grande movimento nos estandes traz uma tônica que é quase

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unanimidade no agronegócio: a mudança de governo federal trouxe maior confiança ao homem do campo, sobretudo aos produtores. Se em outros anos a demanda estava retraída, nos primeiros meses deste ano, já há demonstração de maiores investimentos. “Nossa expectativa é alta com essa feira. As vendas estão andando bem. Houve uma mudança gigante com a mudança de governo, que trouxe confianç ano ramo. O ânimo mudou, já sentimos o reflexo em janeiro, fevereiro, e agora na feira também. A confiança num futuro melhor faz com que os produtores sintam-se mais à vontade para investir”, completa o vice-presidente executivo da Stara, Átila Stapelbroek Trennepohl.

Fotos Matheus Moraes | Diário

E

m um dos dias tradicionais de fechamento de negócios, os estandes do maquinário agrícola estiveram repletos de produtores nessa quinta-feira (14). Com tantas novidades e opções para a aumentar a produtividade nas lavouras, o público encontrou uma infinidade de novas tecnologias. Um dos maiores estandes da feira, o da Stara, recebeu público de diferentes municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e até mesmo de outros países. A cabine instalada no centro do estande coberto da Stara, indústria de Implementos Agrícolas, na 20ª Expodireto Cotrijal, traz uma das principais novidades desta edição da feira do agronegócio. Em meio às novidades de maquinário agrícola, a cabine proporciona uma

Átila Stapelbroek Trennepohl, vicepresidente executivo da Stara


DIÁRIO DA MANHÃ - PASSO FUNDO E CARAZINHO, SEXTA-FEIRA, 15 DE MARÇO DE 2019

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Riqueza cultural e econômica da erva-mate ganha vitrine no Parque Fotos Rodolfo Sgorla da Silva | Diário

Atividade desenvolvida por 15 mil famílias gaúchas, a produção de erva-mate alimenta um tesouro histórico e social do Rio Grande do Sul. Cultura foi tema de um Painel, durante 12° Fórum Florestal do RS

“D

as gargantas do Guairá, se esparramou por aqui. Era o caá, o caá-y, quente ou frio, conforme o caso, banhando em verde o ocaso da conquista guarani”. Os versos do poeta Antonio Augusto Fagundes remetem ao tempo do Brasil Colônia e a um costume dos habitantes do solo gaúcho na época. De uma forma muito semelhante com a qual conhecemos o atual chimarrão, já naquele tempo os índios saboreavam o mate. O costume atravessou os tempos e, ao ser abraçado pelo povo do Rio Grande do Sul,

tornou-se um dos maiores símbolos do estado. E essa marca cultural chama a atenção na Expodireto Cotrijal. Mais do que visitantes portando uma cuia na mão, a feira realizou nesta quintafeira (14) o 12° Fórum Florestal do RS, que teve como foco um painel setorial sobre a erva-mate. Na feira realizada em Não-Me-Toque, também é possível acompanhar o Recanto Temático da Emater, que apresenta uma grande variedade de informações sobre a Ilex paraguariensis (nome científico da erva-mate).

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- O chimarrão aproxima as pessoas. Tomar o mate em grupo é um grande incentivo para que as pessoas conversem entre si. Vou te dar um exemplo. O rapaz pega a cuia, toma um gole, mas está um pouco quente. Nesse meio tempo, como uma forma de tomar devagar a

água com temperatura elevada, ele puxa um assunto com quem lhe serviu. E assim inicia a conversa e a interação entre as pessoas – diverte-se exemplificando Luiz Rotili Teixeira, autor de uma monografia intitulada “A importância social do chimarrão”.

Fórum Florestal na Expodireto Cotrijal realizou um painel setorial sobre a erva-mate

A cadeia da erva-mate Pilchado, Teixeira era um dos expectadores O principal polo da erva-mate no estado do painel que discutiu a erva-mate, realizado é a região do alto do Vale do Taquari, que no auditório central da Expodireto. O produto responde por 60% da produção. Uma muda típico do solo gaúcho possui no estado mais de qualidade, aliada a um bom manejo, pode de 200 empresas, de variados tamanhos, dealcançar entre 50 e 60 anos produzindo, dicadas a industrializar e comercializar o item segundo o presidente do Sindimate. principal que compõe o chimarrão. - Incentivamos o uso de boas mudas - São mais de 30 mil hectares cultivados com para aumentar a qualidade do que é proerva-mate no Rio Grande do Sul e 15 mil famí- duzido. Com relação a mercado, não creio lias dedicadas a esse ramo, algumas delas vique possa se repetir o que ocorreu há vendo exclusivamente dessa atividade – pontua alguns anos, quando o preço da erva-mate Alvaro Pompermayer, presidente do Sindicato disparou para o consumidor final – tranquiliza Pompermayer. da Indústria do Mate no RS (Sindimate). O tesouro cultural da erva-mate Soque, pilão, carijo, tulha e sapeco são uma caminhada por dentro de uma mata. palavras relacionadas a vários processos pelos As informações são narradas pela didática e quais passa a erva-mate, mas que não são muibom-humor do extensionista rural da Emater to comuns ao vocabulário da maior parte das Sergio Magalhães Morgensten. pessoas, mesmo entre aquelas que saboreiam - Esse espaço está tendo uma repercussão o chimarrão. O significado dessas e outras muito grande no público. Desde às 8h30min da expressões relativas ao produto pode ser comsegunda-feira, o fluxo de visitantes tem sido enorpreendido em um local rico em informações me. Isso mostra que o chimarrão é uma verdadeidisponibilizado na Expodireto Cotrijal. ra paixão do gaúcho – finaliza Morgensten. O Recanto Temático da Emater neste ano é focado justamente na erva-mate, falando das origens da planta, como passou a ser consumida pelos índios e tornou-se uma tradição, os diferentes processos até a planta tornar-se a erva pronta para o consumo, os benefícios medicinais do mate e informações sobre mercado e pesquisas. O espaço possui 22 estações que contam Recanto Temático da Emater apresenta várias inforessas histórias em um passeio que simula mações sobre a produção e história da erva-mate


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