Jardim das Damas Mudas
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Jardim Das Damas Mudas Revisão Jaine Araujo 1° Edição 2016 Jardim das Damas Mudas
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“Para bons peregrinos, bons caminhos...”
Henrique Erik Dezembro de 2013
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Sumário As Flores • • • • • • • • • • •
Simplesmente Ao Desconhecido Livro de Declarações Por Que está Escrito Que Eu Te Amo Como Amor Delírio Noturno Teus Olhos às Estrelas Teu Amigo Sentença Insônias para a Noite
O Jardineiro • • • • • • • • • • •
Um Problema Poético Indômito Breve Recordação Insônia Inértido Homem da chuva Mente Cartas de Consolo Nada Minha Paixão Remédios para o Vazio
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Os Espinhos • • • • • • • • • • •
O Amor e a Troca Última Carta A Minha Metade Fim Solidão Ausência Amargo Afago Caro Senhor imperfeito Castigo Culpa Afim de Ser
O Vendaval • • • • • • • • • • • •
O Colecionador de Ardores As Dores do Colecionador Item de Colecionador Última Dor Desconcerto Desconsolado Estranho? Manicômio O Anoitecer, Culpa e Sono Ultraje Escolha que Fiz A arte, imprudente Arte Devaneios
Um Restante Sobre o AutorHenrique Jardim das Damas Mudas
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As Flores Jardim das Damas Mudas
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Simplesmente Amo-te Assim como antes Isso me basta Pois nada mais sei... Argumento algum Anseio nenhum Nem outras palavras Nem explicação Se tão simples se fazia Como essa poesia E se nada receber Se de meu amor morrer Não resmungo nem reclamo Simplesmente; Te amo.
Camocim, 19/10/11
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Ao Desconhecido
Chorar é frio. Amar é sentir frio a noite toda Sem cobertor algum que sirva de consolo. Nunca soube eu se estaria te amando. Amar não é o meu sorriso ao te ver sorrindo? Não é talvez a dor que sinto (ou acho que sinto) ao te ver já sumindo? Amar é amar! Disse o homem não se pôde nunca resolver. Mas cada chance que tenho de amar pensar em você... Então, um dia de sol por cada vez Por toda vez, um sol pra cada dia. Todavia, nunca soube eu saber um dia se estaria te amando. Camocim, 10/10/2012
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Livro de Declarações Os livros que deixei em minha mesa Calados em extenso, São lembranças das horas mesmas Das mesmas palavras lidas em silêncio. O que me inspira, Já não são, mas as horas risonhas. Mas o que se tira E deixa um apaixonado que sonha. Porque agora estou infectado, Como nas outras últimas histórias deleitadas Na mesa dos livros fechados... Inacabado; tudo está mudado Meu livro das declarações e outros nadas Dar-te-ei por escancarado... Camocim, 30/05/2012 22h08
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Porque Está Escrito
Mesmo assim terá uma hora. Que o tal agora precise de um fim perfeito.
As rosas se calarão, A noite fará sua chegada Aí não vai ter outro jeito.
Camocim, 16/06/2012
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Que Eu Te Amo
E ai você percebe. Enquanto ao engano sorri... Que a grade; coisa que o impede, é verdade, até a certa verdade se descobrir.
Camocim, 04/06/2012
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Como Amor Outro lado me toma E sem ser como eu Eu pra mim não sou. E tudo no infinito Não consigo expressar E nem pensar em nada É tudo no infinito O que me vem intraduzível Mas não tão difícil de entender Tão fluente e prescrito Direto Aqui dentro mora Sem por quê e sem males Por apenas saber, o que mais pode ser E mais nada. Nem cura Apenas acúmulo De pensar em nada E dia em dia crescer Difícil de manter E menor sentido. Camocim, Novembro de 2011 Jardim das Damas Mudas
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DelĂrio Noturno
Se me ponho a dormir Ă noite viro amor. Me perco em mim mesmo me mato, resto-me Durmo.
Duro o que tenho pra durar... O tanto pra fazer-me longo O tanto que dura uma noite.
Camocim, 12/07/2012 10h52
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Teus Olhos Às estrelas
Por fins libertos enfim, Nem canto nem chuva tudo silenciou.
E como der repente Silêncio se transformou em toque e carinho. Cheiro, sabor.
Camocim, 30/11/2012 19h30
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Teu Amigo
Pela continuidade, Juro estar contigo. Se mundos acabarem e saudade Sou teu amigo. Dar-te-ei abrigo Mesmo que não me sobre nada. Sou teu amigo E apenas ser isso me agrada. Pois no lugar de minha saudade, Está lá sorridente por minha culpa E sorrirá para mim de eternidade, E se for assim; agradeço minha longa vida curta.
Camocim, 19/05/2012 12h57
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Sentença Penso em ti... Pensando em outras coisas Pleno de ócio. Penso em ti... Por não ter tempo Por acaso pensando. Penso em ti... Por ser belo Meu ato de pensar. Penso em ti... Por sofrer pensando Por esquecer e voltar a pensar. Penso em ti... Como castigo, De ilusório menino. Penso em ti... Por acaso ou engano, Sentença de fulano. Penso em ti... Pensando... Será que tu pensas em mim??? Camocim, 14/02/12 Jardim das Damas Mudas
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Insônias para a Noite Os sons de uma madrugada febril. Não querem que você durma, Ou só querem mesmo que você apague Pra enfim eles continuem. Parecem saudades E vontades apaixonadas Mas vontades apaixonadas Hoje, já não rimam em nada. Pois às vezes prosam entre si Tâo importantes como sempre Julgo-me louco em dizer Que parece voz de gente. Talvez alguém mandando Eu dormir rapidamente Pra não continuar enganando E confundindo toda essa gente. Parecem amor de verdade E coisa meio assim, Verídicas feridas fechadas Que a dor nunca deu fim. E mais de tantas fungadas Jogadas em termos por ali. Antes fossem os barulhos Primeiros a dormir. Jardim das Damas Mudas
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Mas são eles os dígnos De sozinhos julgar e exprimir As primeiras fungadas que dei Pra como eles, tentar não dormir. Perdo pros olhos sonolentos, Assembléia sussinta que silênciou. Durmimos lá pelas cinco Quando por desagravo a noite acabou.
Camocim, 22/01/12
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O Jardineiro Jardim das Damas Mudas
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Um Problema Poético
Lembrei de você quando olhava A flor mais bonita que achei pra te dar Mas que resolvi levar pra casa Temendo nada de te mais encontrar Pois não a quero mais esquecer... Quando em te perdido, não sou tão vazio Teus olhos são negros de se perder... Quando nada ao meu redor, te crio Durmo satisfeito, no leito de ninguém Um pedaço de papel sem cor onde o único problema que me vem É o de te entregar a flor
Camocim, 22/05/2013
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Indômito
Os livros em minha mesa lembram você Que se foi perder por ai; entre versos Devaneios e desejos me vêem amanhecer, Nos cantos das saudades tuas que escrevi; imersos Pra cada dia que se passa Brota uma rosa em minha memória Como se cada dia - o dia da tua chegada Guardei um poema, uma prosa, uma história Pra te entregar, ainda que leviano; Pois a saudade congela Meu eu que hoje tua falta sente. Desleixo meu seria não te poetizar, Pois me acabaria sem nada pra lembrar, Nada pra amar, vazio; ausente
Camocim, 21/09/2013 21h26
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Breve Recordação Se uma música tão louca Na rua me faz lembrar você Então um sorriso na boca Minha alegria esclarecer Embora eu pensasse Em todas as coisas Que machucam pra falar Não haveria o que sobrasse Nessa noite tão pouca Pra querer agora te odiar Insinuar-se perfeita me basta Há tanta beleza no teu modo de fingir Que não sei tanto o que te é tristeza Beleza mesmo é te fazer sorrir Te fazer lembrar de mim Devendo a ti uma só palavra; Amizade. Que caminhar tão pouco assim Resuma o meu pedir no que passara; Felicidade Já que diante meus assuntos Agora de novo em minhas recordações Suponho estarmos juntos para sempre Permanecendo sempre em minhas anotações Que sejas o pouco bastante Da metáfora breve que eu escrevi Jardim das Damas Mudas
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E que finais eternizem O pouco perfeito que consegui ter de ti Portanto agora nesse último conflito Deixo um recado tão grande quanto a lua Obedecerem por mais que eu confundido Que toda beleza fale menos que a sua.
Camocim, 23/01/2013
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Insônia
A lua era quem dava proporção à luz pequena das primeiras estrelas da noite hoje ainda em início.
E disfarçada na escuridão A tempestade nas nuvens ainda amarelas Sozinhas; à luz do crescente sorriso.
Camocim, 24/06/12 19h55
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Inértido Algumas horas pensando Em palavras pra dizer Poesias melancólicas Entre a luz do amanhecer Levei a manhã pensando Em poemas pra contar Dizer o quanto te amo Mas já nada a transbordar Que chora se passar A inértida face Que nada mais encontra Nas últimas gotas desse tarde Muito tempo pensando Em palavras pra dizer Num consolo pro silêncio Numa tranca pros meus dedos Esperando o momento A hora de chegar Bem de longe tal maneira E ninguém jamais ouvia E bem longe eu me via Tão imensa solidão Jardim das Damas Mudas
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Preciosa... Perdi a inspiração E sem ela continuo Escrevendo o que não há... Camocim, 18/10/2011
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Homem da chuva
É cedo eu sei, prossiga que tenho de ir logo antes dos trovões. Vou na chuva mesmo, pois o vento não me cabe; o sol é repetido e da lua não se sabe... Sigo adiante mesmo não querendo este caminho, solte minha mão agora ainda é passivo o velho amigo. Vou-me embora, vou na chuva mesmo, a roupa é velha o tempo a refaz. Não ligue pra mim... rejeito seu guarda chuva, vou na chuva mesmo pois a manhã se aconchega. Jardim das Damas Mudas
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Não queres que eu fique tomo-lhe espaço, tomo-lhe tudo nem te sobra abraço. Amigo não chore eu irei voltar, quando o tempo me acordar, quando a chuva passar... Vou-me embora pro embora pois lúcido, vivo de história vou pra chuva que me espera, e o que fica; é teu.
Camocim, 04/02/12
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Mente
É quando eu perco o foco Nesses muros barrocos, Passo-me sempre por confundido, Nesse lugarzinho louco.
Camocim, 19/12/11
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Cartas de Consolo Diga-me quem tu és de verdade Pois és pra mim tão diferente, e se quando não sei se tu és de verdade não sei quem me fez sorrir de verdade. Essa doce dúvida Não é do medo que me toma Pois mesmo sem saber quem somos Quero amar-te como quem sabe. Pois pra mim não importa Sermos assim tão contundentes A verdade é que sou pra você Mero sonho inconsequente. E se precisares de mim Sabes que estou na espreita, Como qualquer outro apaixonado, Que espera a hora certa. E a mulher perfeita; você Você entre outras de você, Você, quando sei que é você... A melhor entre outras de você.
Camocim, 14/12/11 Jardim das Damas Mudas
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Nada Minha De repente silêncio não há ninguém na rua o nada me faz zonzo e tristeza mútua me vem nua Estás tão completa nesta noite que somente hoje ponho-me ficar acordado. Eu sou o mesmo aquém pra mim e vivo assim de mim acompanhado. Teu olhar na jenela passo inérte ao devagar caminho É lembrar de te toda vez alegria pobre que me fez dormir sozinho. Vou te dar meu carinho e o amor aqui já antigo Sorrir por todas as noites passadas dentro de mim, dormir contigo. E ao suave toque dos teus lábios Escrever nas linhas jamais pensadas Vou crescer descrente de morte esquecer o fim das tuas chegadas Vou livrar o teu rosto da tristeza tua agregada vou dar vida ao teu sorriso se em vão do antigo desesperada Jardim das Damas Mudas
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E meu corpo Será o choro pra tuas dores E serei teu Aonde quiseres e fores Mas quando fizer tua chegada Vir a mim onde ninguém caminha ser alguma riqueza tua se por fim não fores nada minha.
Camocim, 01/01/2013
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Paixão Quando ela tranca os lábios Seus olhos sorriem. Um pensamento maldoso Escorre desde o colo E até a cintura Mantém a beleza imensa. Quando ela sorri, Meus olhos sorriem. Me vem então uma ânsia, A vaidade perigosa. E então não tão capaz De se tornar intensa. Quando nós dois sorrimos Não sei o caso dela, Mas eu desmorono internamente E sem pensar; viver como quem apela. Será que ela percebe O quanto sou agradecido? E quão tanta vida que sopra Neste ser desconhecido? Camocim, 17/09/2012 Jardim das Damas Mudas
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Remédios Para o Vazio
É que fui pensar na noite, Consumir o vento Zombar das outras vontades. Não pude deixar de lembrar Dessa leviana canção; são suas As últimas saudades. Sabe o que eu queria Pra terminar a canção Partir pro silêncio E voltar quando imensidão? Viver um pouco ao teu lado Enfim, criar a constelação. De felicidade me contentar depois apagado Mesmo se fosse sono de perdição.
Camocim, 04/03/12
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Os Espinhos Jardim das Damas Mudas
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O Amor e a Troca
E pode acontecer o que vier Nada que existiu tão pequenino terá a importância que tiver Seremos sempre a menina e o menino, Pois aprendemos por dia se sentido não houver Se o amor é nosso destino.
A verdade é que sim, Você me ama agora Até o dia em que enfim acharás alguém em outrora alguém mais amável que a mim e mostrará o caminho de ir embora
Camocim, 18/10/2012
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Última Carta E esperar que entenda, que amor é esperar é espera demais pro meu peito que já sabe o que encontrar... É tão sincero o meu desabafo, como suas palavras trêmulas e chorosas. Entendemos o que dizer queremos, mas não dizemos, por ser uma atitude tão perigosa. Este silêncio que nos resta, é o que nos ligará na indiferença o irreal agora nas entrelinhas, envelhece em mim como doença. Não quero eu perturbá-la a vida inteira, então dessa maneira não verei a te como quem me engana... Deixo-a aqui na certeza, de que em sua pureza acharás a quem tanto ama. Camocim, 07/04/12 Jardim das Damas Mudas
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A minha metade
Não mais versos. Nem alegria à noite ao chegar (a noite.) Não mais presença Não mais leito perfeito para se deitar. Entretanto e portanto Algo incompleto, Um muro de saudade. Não, não tenho eu encanto. Meu certo é incerto Estou sem tudo, vivo uma metade.
Camocim, 23/07/2013 20h15
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Fim Já cantava mil toadas dedicadas a sorrir, De repente machucada me escutava, parei de ir. Eu sei... Eu precisava fugir, quis te merecer. Pensei... Meu peito em brasa ruir pra despertencer, a você. Pus meu queixo no seu ombro enquanto eras descalça mas você quis se afastar Confundindo-se com um outono Se foi dançando valsa até a música parar.
Camocim, 09/08/2013 03h42
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Solidão Detrás da luz do teu olhar que ainda em mim se faz brilhar Um dia quente, imenso e amarelo Nem feliz nem triste, apenas singelo. Por querer o sentido de querê-la Resolver o problema tão moribundo Assim, se ainda te tenho comigo Nada consigo desses teus lábios mudos. Entre o meu sorriso a se reprimir Está deitada a me aplaudir E diz a cena por onde ir Se não fosse tão vazia, quão perfeita ela seria Minha melhor companhia.
Camocim, 01/04/2013 13h37
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Ausência O silêncio que nada mais é O que te sobras sempre em teu poder Nem cara nem barata a colher É o troco de qualquer coisa ao se perder O silêncio é o único que acolhe Aconchega, acarecia e faz dormir aos poucos sara quem sofre, quem chora Acalenta agora o coração a se partir É acusar de crime a felicidade O esperar teu na janela da espera E o decantar de sentir-se perto A mais silenciosa lembrança da amizade O de mais certo de te que se fizera Mas o teu voltar é incerto
Camocim, 26/02/2013 11h25
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Amargo Afago Como vidro mastigado que arranha a garganta Assisto o delito em conclusão E num grito o meu peito (que mais nada canta) Esconde um beijo na palma da mão Eu, te deixo a saudade minha vil lembrança O tempo sofrido à tal sepultura Sufoco a vontade deusa quimera esperança Tiro de mim, o mortal, tua figura Doce o escárnio que me maltrata É melhor que morrer por tua falta Inefável em desonestidade... Apanho o amor defunto que trago Que se morreu e agora é meu doloroso afago Que evita acabar em qualquer felicidade.
Camocim, 13/09/2013 18h19
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Caro Senhor Imperfeito Cala-te imperfeito! Não tem outro jeito Pra contar a história. Te resta pensar... Se queres pensar Sempre terás de ir embora. Aproveite esse tempo, Abandona o relento... Não olhe pra trás Existe algo conosco... Que te segura ansioso Mas acaba! Tem de aprender, amigo Solicita contigo: Coração é bicho de perigo. Salva-te rápido Salva-te sim! Queres que seja esse o teu fim? Ou pendura minhas palavras Procura amor nesse nada, Devo eu de estar errado. Não posso levar pro longe Jardim das Damas Mudas
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Meu sentido, mas pondera Não decido eu o teu leito. É insano o amor, Perigo. Fulanos nós! Mas vale apena assim mesmo? De qualquer forma; caro sujeito Na me importa, vai-te embora! E cala-te imperfeito!
Camocim, 07/03/12
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Castigo
Se eu tivesse a chance de escrever Além do que no teu olhar consigo ver Talvez poderia de uma vez entender O que esconde-me tanto, e não dizer
Por enquanto, me corroo conformado Abstino-me por dentro ao teu agir então calado Esperando se quer um clarim balbuciado Descansar meu pensar vazio, interditado
Camocim, Maio de 2013
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Culpa
Pois eu pedi pro mundo acontecer. Que fosse assim, NĂŁo importava o jeito de ser...
Hoje, o sonho agora acabado. Por meus dias culpado, parece a vida que nunca quis ter.
Camocim, 24/04/2012 18h07
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Afim de Ser E lá dentro... Como vírus; minha vontade. Corrói e quebra Até o fim da tarde. Sem dó nem piedade Saudade. Do nada que ainda não somos, Do nada que seremos nessa eternidade. Esperar... Que você saiba Que é assim que em mim age. Loucura que sinto todo dia Olhando-te por amor ou mania, Indo. Como um fim de tarde.
Camocim, 28/04/2012
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O Vendaval Jardim das Damas Mudas
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O Colecionador de Ardores Hoje estou ciente de uma só pergunta. A que diz respeito a seu amor, E se não for de resposta dura Será exausto e puro o meu fragor. É nessa meia noite que me obscura Que se vê minha opinião madura, Que nada mais ofereço Em sua existência luxuria. Mas perdoe-me pequena Por não lhe dar uma explicação, De tirar-te esse último beijo E partir pra imensidão. É que sei que meu caminho é longo E não posso ficar por não, Amar uma só mulher, E viver de um só coração.
Camocim, 31/12/11 00h11 Jardim das Damas Mudas
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As Dores do Colecionador Logo que percebi tua doçura, Imaginei-me contigo. Confesso que com os olhos, te devorei Como quem não tem abrigo. Que mero. O problema era ser eu mesmo, Mesmo que a vontade quisesse Morreria como quem adoece com um pingo de chuva. Morrer por nada, agradeço. Se não fosse o júbilo do colecionador, Faria. Ou melhor, arriscaria... Pois bem. Resta que tudo o que pensei E criei nessa fobia Eternize-se por si Neste fim de poesia.
Camocim, 08/05/2012 19h49
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Item de Colecionador
A cada amor que encontro, Um pedaço de vida que monto.
Ela encontrou o amor onde nada escrevi...
O que eu preciso é ir, em busca de mais amor, Pra continuar vivendo dele O problema é que acabo de morrer; de novo.
Camocim, 24/08/2012 15h49
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Última Dor
A minha poesia é um pedido de piedade De solidão vigente E de tão grande sentimento.
Mas é mínima e repentina, E por isso tão rápido Como algo passado cairá em teu esquecimento.
É porque perdi minha rosa Não no vento que a trouxe, Talvez noutro pra assim se esquecer.
O que ocorre no meu coração de tão grande? Um verso triste, feito de amor E que pena agora impossível de se escrever.
Camocim, 24/07/2012 23h51 Jardim das Damas Mudas
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Desconcerto É tudo diferente. A paz que dura agora Não faz o maior sentido. Me pergunto se, Talvez alguma vez Lembrou-se de mim. Recordo que disse: Dar-te-ei pra sempre Minha amizade. Talvez quisesse Que me contentasse Com seu bastante. Mas tenho um defeito. Lembro-me sempre Que pra sempre seria tudo isso ao contrário.
Camocim, 28/02/12 Jardim das Damas Mudas
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Desconsolado Enfim separados Mas sem nunca estarmos juntos Antes nem ter conhecido.
Meu caminhar solitário É julgo desnecessário Muito bem permanecido.
Se ao menos calasse em mim O silêncio que em deixou sobrado Viveria um pouco melhor O amor de mim mesmo acompanhado...
Assim talvez seja o amor Talvez assim nem tenha amado Enfim pra sempre lembro como for O espaço eterno por ti deixado.
Camocim, 14/09/2012 Jardim das Damas Mudas
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Estranho? Te queria mas que bela desonra seria Se criar-te em mim, o seu nĂŁo meu, ato de ser.
Eu seria E a coisa, desinteria desvaleria de todas as outras coisas de se ter.
Camocim, 2012
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Manicômio Então, assento-me neste espaço esquecido onde as pedras se arrumam perfeitamente, e olho o menino arrependido indiferente, turvo, ao sol poente
Quase sempre confundido à tristeza dobrando o castigo trazido no bolso pra continuar. Procurando num torto caminho um pedaço de pureza, Ilude com seus meios termos a vontade de voltar.
E diz a todos ter tempo de existir No mundo perfeito entre versos que criou, Alimentado por dias, amores e lamentar...
Jura em silêncio que não parou por desistir Muito menos acioso porque chegou, Menino que muito caminha precisa às vezes respirar. Camocim, 13/08/2013 20h17 Jardim das Damas Mudas
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O Anoitecer, Culpa e Sono Primeiro, tudo empobrece Rompe-se o sentido de cor O rosto aquecido escurece. Primeiro, a luz desaparece A vida o tom de morte enaltece O então pequeno agora cresce. Ouvi-se um bater lá no fundo Há alguém sozinho em um mundo, Bate uma morte o pulsar auto-imundo. À ocasião pouco plena Uma porta imensa, pequena Tamanho justo a quem a encena. Alguém se recolhe no canto. Espreme o fazer-se em seu manto, Dorme acordado enfim e no entanto. Primeiro, se perde o sentido O calor se resfria espremido; Um dormir aliviado e perdido. Depois, total vazio. Henrique Camocim, 24/09/2012
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Ultraje Escolha que Fiz
Por causa de ti, Já não são soltas minhas palavras. Por tua causa Procuram elas a quem escutá-las. Por tua causa, Acabou o sossego. Já não tenho apego, Por causa de ti. A dor que sinto agora por querer-te É sentença justa, Fiz por merecer... E a menos que morra pra sempre, Por não ter mais o quê Presto-me a padecer.
Camocim, 21/04/12 23h17
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A Arte, Imprudente Arte Morrer é dançar Não em outro lugar Em lugar nenhum. Beirada. Num vento Em claro, profundo, Mar, desgaste Nada. Lembrança No porão escuro, caminho Que barra o fim do caminhar Um muro. Onde o chão é frio Como nunca pisado E meu pé de vazio De não vida calçado. Onde o tempo é frio E sem luz. São olhos velados A algum lugar ele me conduz (lugar nenhum) Nunca chegar. Quebrar, Esgotar, trincar Jardim das Damas Mudas
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De novo tentar E parar, descansar, Correr, gritar, É o voltar Infinito voltar. Nunca chegar, Ficar.
Camocim,10/12/12
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Devaneios O meu amor é mais certo que previsão do tempo O teu, incompleto Como o poder de ir e vir do vento...
O meu amor é paz, Felicidade e luz. O amor em mim só traz A dor, a saudade, a cruz...
Com a sina triste de sempre em nunca Permaneço a resistir.
Devaneio consiste na vã conduta E até o último gesto de amor sem amor Rastejo pra perto de ti.
Camocim, 11/07/2013 09:45 Jardim das Damas Mudas
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Um Restante… Jardim das Damas Mudas
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Conclusão Amor, também é dúvida. O além de terminar É droga pra quem vive Brinde a quem escolheu amar Todas aquelas luzes Espelhadas sem brilhar... É melhor que eu não more No caminho à beira-mar Meu coração vai disparar Como o poeta que se esqueceu de amar E o vício que haveria de ter saído Obstinará-me entretido, em me fazer continuar. Amar-te, amar-te, Dar-te todo o meu carinho Querer-te feio, bonito, O desengonçado elefantinho. Beber da água salobra Que sacia por hora Então e vão, agora. Beber, viver, e ir embora. Jardim das Damas Mudas
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Perder-me outra vez... Da vida que faz meu caminho Todo mundo s贸 lembra estar acordado Ap贸s sofrer de amor um pouquinho.
Camocim, 2012
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Sonho no Chuveiro Enquanto os versos se sorteiam, dorme de baixo do meio. Pra ser lida preguiçosamente... embaixo do chuveiro. Os pingos que secos não sejam. passa o tempo passa... como a onomatopeia que reproduz tua boca no frio, embaixo do chuveiro frio. Enquanto em minha mente, te leio. Pra ser ouvida quando mais sozinho sou, de madrugada na chuva grande que nasceu pra ser. E teima que quer te dizer, mas não fala. Pra ser lida vagarosamente por quem, além de ninguém excitado por teus olhos. E nasceu pra ser só. Extasiado por belezas que no mundo dormem. Dorme ela ainda. Ela é tu se não sabes! E vira capa pras minhas palavras, cara pros meus doces livros de qualquer, coisa que só por viver é claro que no chuveiro fica mulher... E antes que se fechem os pensamentos pra dormir ao teu lado Jardim das Damas Mudas
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Reúne seus sonhos pra fazer chuva. A noite toda. Acordado. Cheio de malandragem, mas quem dera ele te visto nascer... Na chuva se preferível. ou do jeito que está agora, como. Pra ser ouvida como quem ouvi um nada, sem se importar, com a chuva. E nem se estiver dormindo embaixo dela! Loucura, quer só te ver quando dormes, ou quando se brincas na chuva. Pois ainda que te dorme, passa o tempo passa... E a mesma que é estar vivo, nem é total pra completar o nada que são nossos problemas, nada pequenino. Mas ele, nosso pensamento deseja que chova, todo dia, só pra que te veja nela. do jeito que estiver agora, ou sempre. Dormindo.
Camocim, 09/04/2012
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As Flores do Campo Harmônico Como sempre bem faladas Nunca tidas esperadas Sempre nunca estive aqui Trouxeram-me calado Bocas podres falam sempre Mas que nunca dizem nada Nessa noite que é vida Mas três na calada Triste sempre é a alegria A noite fogem foge-me o dia As harmônicas bem soltas Correm longe e são perdidas Tudo foge tudo sai E de longe o olho vai Vai seguindo essas brisas E trazendo ventanias E nem sabe se elas voltam As harmônicas bem soltas E nem sabem se elas vêm Nas meias noites de olhos abertos Jardim das Damas Mudas
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Bem lento vem trazendo Como eu fui calado e voltei Atacado de nossas vozes Loucas as vozes Calmamente se respira E de longe não são olhos São os medos que percorrem Cansados de vigiar Nos campos não há flores Pois o mundo não as notam Mas no vento lá estão soltas Bem vistosas lá no céu. Como sempre bem faladas As bem tristes expressões São do mero sonhador São ataques de poesia
Camocim, 01/09/11
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Fragmento Humorado
O teu pecado é me ter por decifrado. Já que pra tu pareço estar precipitado. Tão o quanto, pra acabar-te demorado Inóspito e certamente frustrado.
Repito incessante e não cansado, Que talvez dessa viagem saia machucado. Quando souberes quem sou de verdade terá-me por Terminado. Mas nesse caso, Não é questão de poder, E sim de se estar preparado.
Camocim, 27/04/2012 06:25
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Mar
Desejo um dia em vós cair, Pois só assim é que creio poder te ouvir... Sonho eu que suas palavras, Me dêem a permissão, de um dia Ser tão imenso quanto a ti.
Beira Mar Camocim, 16/04/2012 17:28
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No Silêncio de Um Romance Naturalista Quem me vê em silêncio sentado Pensa; O que quer um garoto tão triste Diante o mundo e a beleza que existe Com o rosto inerte em um livro desbotado? Vivendo sozinho uma história já escrita Onde flores são metáforas narradas E árvores tem folhas sem vida Ao redor de plurais irônicos e mais nada Ai de mim um dia perder a página Do mundo que é real em minha criatura; De um ócio inteiro converteria uma lágrima Criaria o atalho que retomasse minha leitura... Onde eu pulo, corro, eu sonho E de veras, não me sinto desbotado. Quem não lê não fala Não cresce, não tem voz Vive encaixotado. Eu; fujo dos vícios Da verdadeira realidade De morrer entediado. Camocim, 2012 Jardim das Damas Mudas
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Sobre o Autor Eu nasci no dia trinta de setembro de 1996 na cidade de Camocim, no Ceará. Cidade pequena essa, talvez tão pouco conhecida. Talvez nunca tenha ouvido falar nela. Mas cada um tem de nascer em algum lugar, nascer em nenhum lugar seria não existir. Se bem que essa ideia seria bem interessante. Mas gosto do fato de ter nascido aqui. Porque foi neste lugar onde herdei minha educação, meu jeito de ser, minhas influências e, cada um podedizer o mesmo de sua cidade. Sou de uma família típica do litoral, tenho uma irmã um ano e cinco meses mais nova, meus pais são autônomos e moramos em uma casa pequena afastada do centro da cidade. Cresci num ambiente agradável, porém não perfeito, como em toda convivência em qualquer lugar, o que é de
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se imaginar normal, onde os costumes hoje estejam sendo perdidos continuam sobrevivendo. Desde pequeno sou apaixonado por música. Na verdade minha história com ela veio primeiro e é uma das descobertas que me faz querer ser melhor e, muitas coisas na minha vida se resumem a ela. Neste projeto que aqui se conclui me felicito por demais, sempre foi minha vontade ter algo publicado desde que comecei a realmente ler livros e esta forma me agradou muito, por ter a ideia de reunir alguns de meus textos e fortificar a missão de ampliar conhecimentos e experiências através da leitura, de qualidade. Acredito muito no poder da poesia, o jeito como ela pode mudar os pensamentos e o jeito maravilhoso como eles ocorrem na cabeça. É uma loucura que fomenta o conhecimento e a busca por ele. Além de ser uma extraordinária válvula de escape pra que precisa sempre. É fascinante o efeito que pode proporcionar ao leitor desde que esteja em contato. Conheço poucos autores da minha cidade onde posso citar um deles, o sonetista Raimundo Bento Sotero, um grande que admiro muito. Mas sempre tive vontade de escrever um livro. Fascinei-me pela poesia quando tinha os meus treze anos, daí que eu lembre rabisquei algumas palavras, mas nada de importância, eram trabalhos de escola como todo aluno normal faz quando estuda literatura. Nessa idade tudo era brincadeira, claro. Eu achava muito difícil escrever, tinha de pensar um monte e assim sempre desistia. Meus textos acabavam sempre no lixo, ou meus professores levavam. Nunca mais os via e, também não me preocupava.
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Eu cresci desde então. Lendo românces, quadrinho, revistas, mas não perdi o gosto pelos livros de poesia. Carlos Drummond de Andrade foi quase meu pai. Escrevi alguns até em sua homenagem mas acabei perdendo. Daí vieram Manuel Bandeira, Castro Alves, E então fui pegando gosto pelo assunto e levando mais a sério o ato de criar algo. Faz muito bem a mente, ao corpo e a própria pessoa. Quem lê está em contato constante com os sentimentos de quem escreveu e interagindo com a história, sofrendo com os personagens acabamos nos tornando pessoas melhores. Essa é a importância da leitura e é algo que eu gostaria de compartilhar com mais pessoas. A noite do meu real “nascmento na poesia” foi super, um amigo meu que se diz escritor igual a mim, que está ai escondido foi quem me “descobriu” um dia. O fato é que ele deu uma lida num dos meu poemas, era uma noite, depois do grupo de oração na igreja o meu preferido até então Simplesmente, demorou um tempo lendo. Talvez estivesse pensando no que falar, talvez tenha gostado, ou não. Gosto de pensar que ele gostou tanto mas não queria descer o nível e sair correndo com o papel na mão. Mas o que ele fez foi levantar o olhar e brincou: “Cara, você tá quase no meu nível”. Eu entendi que ele queria dizer que tinha gostado do meu texto.
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www.aspaginaspoeticas.blogspot.com Henrique Erik Machado de Sousa Email: Henrique_erikrrn@hotmail.com
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