Especial Eventos 2015 - SumUp EYP Portugal

Page 1

Especial Eventos

Academic Forum | Inter-Regional Forum Lisboa 2015


SUM UP Especial Eventos

Academic Forum | Inter-Regional Forum Lisboa 2015 Nunca mais chegam as novidades… Dos dias desiguais, de dias de amizades. Para todos aqueles que pagam mensalidades, Vejam bem, chegaram as novidades! O tempo passa num ritmo frenético, Ainda ontem, era o Fórum Académico. Que surgia, sonhador e acolhedor, À eloquência, excelência e rigor. E sob um clima quente e fenomenal, Surgiu ainda aquele Fórum Inter-Regional onde se juntaram sorrisos e opiniões, De gente diversa, de diversas regiões. E aquela, sessão especial e profunda, Foi em Lisboa, a trigésima segunda, Nacional, da nossa querida contagem, Um marco de esforço e coragem! E pois são sobre estes três, As novidades do que no PEJ se fez. Do futuro, não se pode saber já, Só que, certamente, nos sorrirá.

APPEJ – Associação Portuguesa do Parlamento Europeu dos Jovens/European Youth Parliament Portugal Rua Dona Antónia Augusta de Sousa, nº 63 | 4460-665 - Custóias, Matosinhos | Portugal www.pejportugal.com · geral@pejportugal.com


EYP. PT Nesta edição especial Eventos temos textos da Rita Ferreira e do Afonso Loureiro sobre o Academic Forum, do Miguel Paiva e da Mafalda Rodrigues e da Carolina Macedo dos Santos, Head-organisers do Inter-Regional Forum e de Lisboa 2015, respetivamente.

ACADEMIC FORUM Três meses depois do Academic Forum - Porto 2015, e depois de dois outros eventos, parece que já passou uma eternidade desde que começamos a trabalhar para este Forum, que teve como principal objectivo abrir as portas da APPEJ aos estudantes universitários. Desde que comecei o meu percurso nesta Associação, principalmente depois de ter entrado para a Faculdade, sempre ouvi pessoas a demonstrarem o seu interesse em participar nas nossas Sessões e, no entanto, não podiam porque não tiveram essa oportunidade durante o Secundário. O que mais me custava, era ver amigos próximos meus mesmo entusiasmados quando eu voltava de uma Sessão e tinha sempre histórias para contar, e queriam fazer parte deste mundo. Por isso mesmo, quando surgiu a possibilidade de ser Head-organiser de um evento para delegados universitários, sabia que tinha de aceitar esta aventura e fazer com que o projecto conseguisse captar o interesse destes delegados pouco habituais. Não foi fácil, não tivemos o tempo ideal de antecedência para organizar um Forum, mas com este evento aprendi uma coisa: O stress vale a pena. Organizar um evento para delegados maiores de idade é, de certa forma, diferente. Não digo que em termos logísticos faça muita diferença em comparação com uma sessão normal,

mas em termos académicos é deveras mais exigente. Outra grande diferença que notei relaciona-se com o modo de lidar com os delegados - acreditem que uns anos de diferença mudam em muito a responsabilidade e sentido de cumprimento dos delegados, que compreendem muito melhor como agir nos diferentes momentos da sessão. Além disto, organizar um evento na minha cidade e na minha Faculdade, foi algo que facilitou imenso o processo - quando se joga em casa parece mais fácil. É claro que houve percalços, durante o pre-sessão e o durante, mas toda a gente sabe que nem sempre corre tudo como planeado durante uma sessão do EYP. O importante é como lidamos com a situação e a rapidez com que a resolvemos, de forma a que a experiência dos participantes não seja prejudicada por erros nossos ou de outros. Quando olho para trás e penso na pressão constante que senti durante este evento, gosto também de lembrar tudo aquilo que aprendi com o mesmo, e é isso que quero guardar na memória. De facto, depois de falar com os participantes durante e depois do Forum, o feedback recebido foi bastante positivo, o que faz com que, como já disse, todo o stress tenha valido a pena. Rita Ferreira


Foi-me lançado o desafio de participar num evento do EYP por um grande amigo meu e confesso que, ao início, estava céptico em relação a enveredar por tais caminhos. A verdade é que, já quando andava no secundário e me surgiu a oportunidade de fazer parte de uma sessão, nada houve que me fizesse sentir interessado. Nós crescemos e os nossos gostos mudam. Procurei informação sobre o que era realmente uma sessão do Parlamento Europeu de Jovens e depois de mais alguma pressão por parte do meu amigo (a quem agradeço imenso ter tido a paciência de me convencer) decidi que, agora, fazia sentido ir, não só para desfrutar de uma experiência nova mas também para abrir os meus horizontes. Candidatei-me a ser delegado no Academic Forum of EYP Portugal - Porto 2015 onde desempenhei as minhas funções no comité AFCO. Um dos aspetos que mais impacto teve para mim foram as pessoas! Quando cheguei ao Porto, à Pousada da Juventude onde pernoitámos, fui incrivelmente bem recebido pelos Organisers que nos orientaram sempre com um sorriso nos lábios e depois foi um deleite interagir com os membros da Media Team que nos colocaram logo a escrever e a desenhar! A sessão teve a duração de três dias, o que quer dizer que o momento de teambuilding ia saber a pouco… Apesar disso foi uma oportunidade fantástica não só para conhecer o President e a Vice-President mas também para conhecer os nossos Chairs e os colegas de comité, de quem confesso ter saudades. As dinâmicas de grupo foram fantásticas e algumas delas incrivelmente memoráveis. E aquele dia que começara tão bem não podia acabar melhor, fomos presenteados com uma mostra de música de qualidade e que já é tão tradicional nas academias do nosso país, falo não só de Tunas como de um grupo de Fado que levou até aos nossos amigos europeus mais um pouco do nosso património mundial. O commitee work foi para mim o

ponto mais alto de toda a sessão. Não só o tema com que trabalhei me trouxe uma satisfação tremenda como o ambiente em que trabalhei foi inexplicável. A maneira como nos entendemos e como conseguimos chegar a ideias de forma tão natural, fazia crer que já nos conhecíamos há anos e que trabalhávamos juntos há outros tantos. Os momentos de pausa, os almoços e os jantares só nos deixaram mais próximos, pela partilha de vivências e de costumes e a inacreditável quantidade de selfies que se tiraram tornaram todos os segundos, que passaram, em momentos de grande fraternidade. Durante o pequeno-almoço tínhamos ao nosso dispor uma issue, construída pela Media Team, para nos inspirar. No terceiro dia chegou a altura da Opening Ceremony e General Assembly. Durante a General Assembly, houve discursos de grande nível, momentos de debate interessantes, uma moderação incrível e houve sempre café, água e comida para quem quisesse, de maneira a manter o alto nível académico que uma sessão com tais membros deveria ter. Não poderia deixar de falar nos momentos de grande diversão que nos foi proporcionada durante os intervalos entre comités. Momentos de boa disposição em que todos, sim todos nós, dançamos e cantámos de maneira a aliviar todo o stress e pressão que é tão natural existir. No final ficaram sentimentos de saudade e de dever cumprido. Dever cumprido e um sentimento de pertença enorme, sentimento esse que me fez juntar à APPEJ e me fez querer fazer mais e melhor junto de todos vós e de todos os nossos colegas europeus. Foi uma experiência que me mudou. Deu-me vontade de fazer mais, e vivenciar mais vezes estes momentos de partilha e de aprendizagem. Aprendizagem é talvez a palavra-chave. Não só aprendi mais sobre mim, sobre aauilo que tenho de melhorar no que toca a trabalho de equipa, por exemplo, como também aprendi

imenso sobre outras culturas, outras maneiras de ver o mundo e outras maneiras de viver os problemas pelos quais a União Europeia e a Europa passam. É com palavras de grande apreço que digo que foi uma sessão que me cativou, uma sessão que me inspirou e uma sessão para recordar. Obrigado. Afonso Loureiro


INTER-REGIONAL FORUM Desde os tempos em que o Inter-Regional Forum era ainda uma ideia, já trazia consigo várias fontes de entusiasmo prévio. Nós, há quatro anos atrás, havíamos sido membros do mesmo comité enquanto chairperson e delegada e logo depois estivemos na 25ª Sessão de Selecção Nacional, onde o importante não foi só o cargo de cada um – delegada e co-head organiser -, mas sim o sítio onde esta aconteceu. Correcto, Guimarães! Juntando o local ideal a um espírito comum e direcionado, era hora de começar a materializar e a dar vida ao Fórum. Três dias com uma ementa bem recheada de EYP: CJOJ’s Training, Teambuliding, Committee Work, Theme Party e General Assembly - o essencial para tornar 72 horas em um momento marcante e de muita aprendizagem para todos aqueles que viessem a participar neste evento. Após as primeiras reuniões e contactos com entidades, garantimos alguns espaços onde viriam a acontecer os diferentes momentos do Fórum, como por exemplo o Paço dos Duques de Bragança, um venue belo e icónico (onde já havíamos estado há quatro anos atrás), cujo aspecto incidia directamente com a índole medieval com que perfumamos o evento. Para além da parte física, a vertente Humana e metafísica do IRF foi sendo recebida e conhecida, tornando mais verdadeira e concreta a existência do Fórum e ao mesmo tempo oferecendo-lhe rosto, personalidade e expectativa.

Acreditamos que os participantes de um evento sejam a mais primordial razão para se organizar um, pois espaços vazios não são espaços e uma ideia de oito pode muito bem ser a obra de oitenta e nove. A nós coube-nos o privilégio de poder preparar e pensar todos os pormenores, para que quando o Fórum acontecesse toda a gente tivesse motivos para sorrir e entregar o quanto a sua alma pudesse à sua participação. A melhor sensação foi essa, ver o Fórum a acontecer, quase como uma orquestra, numa harmonia e sintonia constantes e suaves. Olhando-o a fundo, o IRF não passou de mais um evento de EYP entre tantos outros, tão banal e tão semelhante, no qual as pessoas simplesmente vêm e simplesmente vão. Nós , suspeitos talvez, não o conseguimos ver dessa forma. Não só porque o achamos único na sua imagem, espírito e iniciativa, mas também porque acreditamos que aqueles que cá vieram, (naturalmente) partiram, mas de certa forma, acabaram por ficar. M&M


LISBOA 2015 - 32ª SSN Para os Cristãos, que para os Mouros a data seria outra, contava-se o ano de mil cento e quarenta e sete, um ano que já somava muitas peripécias, mas ainda faltava Lisboa. D. Afonso Henriques, liderando as tropas portuguesas, cercou Lisboa, sendo auxiliado por cruzados [curiosidade: um dos líderes dos cruzados chamava-se Arnold]. Longos foram os cinco meses que este Cerco de Lisboa consumiu, mas o esforço de mais de vinte mil homens compensou, culminando na conquista da menina e moça que viria a ser a capital e cérebro de um reino e país onde, nascidos abaixo ou acima do Mondego, apelidados de Mouros ou Galegos, todos são Portugueses. Páginas dos livros de José Mattoso viradas, minutos dos documentários de José Hermano Saraiva vistos e palavras das lendas do povo ouvidas, o calendário marca o ano de 2015, o nosso presente, que será a História de alguém, e mais uma expedição a Lisboa, a terceira do seu povo neste século, é agora alvo de relato. O povo, #pejistas ou #EYPers, como preferirem, ia já na sua trigésima segunda Missão, ou como eles lhes chamam, Sessões de Seleção Nacional, os seus flagship events, e tinha recentemente travado outras duas outras batalhas, no Porto e em Guimarães [para descrições destas, consultem os registos de Porto 2015 Academic Forum e Guimarães 2015 - Inter-regional Forum], não deixando, resilientes e apaixonados, de lutar pela sua cruzada, a de contaminar mais pessoas com o EYP Spirit [traduzindo para leigos: a oportunidade de experienciar uma atividade enriquecedora tanto ao nível cívico como educacional]. Este desafio foi descrito por uma fonte muito próxima da missão [cof cof infiltrada cof cof autora deste texto cof cof] como “… impossível percorrer uma cidade tão grande só com dois pés que calçam trinta e cinco, mas tornou-se possível, porque foi corrida com duzentos e setenta pés.” Os relatos destas sessões são muito peculiares e a subjetividade dos depoimentos torna difícil uma descrição rigorosa, ainda que se encontrem alguns pormenores em comum.

Os cinco meses antecedentes foram, também, longos, mas os cinco dias de Lisboa 2015 não foram menos – engraçada a noção de tempo destes jovens. Para quem olha e ouve, resumir-se-á tudo a uma exaustão mental, física e emocional, mas quem vê e escuta, repara numa qualquer necessidade de continuar por algo ou alguém, sabe-se lá o quê ou quem. Regaram a Alameda com partículas de energia e sorrisos; inspirados, como se proclamassem a República, espalharam charme e motivação nos Paços do Concelho; no Instituto Superior Técnico aceleraram as partículas cinzentas dos cérebros, e, não obstante de serem consumidores natos de atum, também valorizaram a cultura do palato; numa casa da Democracia, puseram em rodagem as capacidades de debate; para além disso, cantaram e encantaram e ainda arranjaram tempo [já aqui mencionamos que Cronos atua de forma diferente quando este povo se reúne] para dançar, agradecendo à chave do seu sucesso. Aos Muggles, justificaram todo este “trabalho, suor, golpes e feridas sem número” dizendo que quem corre por gosto não cansa, que gostaram do que fizeram e que aprenderam muito. Falharam ao não reconhecer que ensinaram e educaram e a verdade é que alguns destes guerreiros tiveram a extraordinária capacidade de dar mais do que aquilo que ganharam. Se se conquistou esta “aguardente de vida”? Só a História o dirá, mas talvez não. No entanto, foi, sem dúvida, uma investida com alma, com a qual se cresceu, se captou alguns corações [6 novos sócios] e, de alguma forma, se bordou a cidade a ponto luz da APPEJ. A História desta associação de pessoas não termina aqui. Foi só um episódio e muitos mais virão, com outros protagonistas, outros cenários e outros historiadores, mas, se quisermos, sempre com a mesma paixão. 2015 Uma historiadora um tanto ou quanto tendenciosa, Carolina Macedo dos Santos


PT. EYP

Nesta edição, o PT.EYP tem relatos de dois PEJistas. A Carolina Carvalheira, conta-nos a sua primeira experiência como chair, na Letónia e o Cristiano Matos fala do Fórum Internacional de Amesterdão Acho que é seguro dizer que todos nós já passámos por esta situação: acabámos de vir de uma sessão e estamos a dizer às pessoas que A-D-O-R-Á-M-O-S e como nos sentimos diferentes e elas, legitimamente, perguntam “Mas o que é que fizeste que te marcou assim tanto?” e nós até suspiramos, como quem tenta ganhar fôlego. Não por não sabermos por onde começar ou o que dizer, mas antes por não sabermos precisar o que realmente nos marcou. A verdade é que é bastante difícil racionalizar as aprendizagens a que nos sujeitamos no EYP e por este motivo douvos o mais sincero conselho: se realmente quiserem saber como é ser chair pela primeira vez (ou até pela quinta ou sexta!) parem de ler este artigo agora mesmo. Lancem-se ao desafio e preencham uma candidatura: prometo que vai valer a pena. Aliás, estou disposta a cobrir os custos da próxima Sessão Nacional se alguém o fizer e no fim me disser que se arrependeu! Bom, para aqueles que ainda assim não estão convencidos, vou tentar, dentro dos possíveis, passar um pouco do que foi a minha experiência como official lá fora. Um dos motivos que fez com que esta viagem tenha sido especialmente marcante foi o facto de ter sido uma experiência repleta de primeiras vezes. A primeira vez que fui chair; A primeira vez que andei de avião sozinha; A primeira vez que dormi num aeroporto; A primeira vez que estive num sítio onde não havia uma única pessoa que falasse português por perto; A primeira vez que não sabia pronunciar um único nome dos delegados da minha comissão. Entre muitas outras, algumas mais importantes outras mais mundanas, mas que parecendo que não, também têm o seu impacto. Olhando para trás, é engraçado

ver como reagimos nestas situações em que ficamos, por momentos, sem chão de baixo dos pés: apercebemo-nos de que há pormenores a que não dávamos importância e afinal é difícil viver sem eles e, da mesma forma, aspetos que julgávamos imprescindíveis e afinal não são assim tão cruciais. Lembro-me, por exemplo, que as primeiras palavras que aprendi em letão não foram, como seria previsível, asneiras, mas antes como pedir à senhora da cantina para me pôr mais comida no prato! Também é curioso ver como em tão poucas horas te deixas de sentir perdido e um grupo de perfeitos desconhecidos se torna a tua família. Sabes que estás longe, mas sentes–te em casa. No meio disto tudo, chegam os teus delegados! A maioria está a experienciar o EYP pela primeira vez, mas todos eles estão meios perdidos e à procura de alguém que lhes in-

dique o caminho. E é aqui que tu entras. Ser chair é, sem dúvida, uma posição privilegiada, mas também uma das que acarreta maiores responsabilidades. És o official com quem vão ter maior proximidade e a relação que estabeleces com eles é decisiva não só no que diz respeito à prestação deles durante a sessão, mas sobretudo na opinião que formam sobre o EYP. É um desafio gigante na medida em que tens que conseguir motivar pessoas com personalidades e objetivos completamente distintos e, de uma ou outra forma, criar um espírito de equipa e união independentemente das diferenças que possam existir. A parte difícil não é conseguir chegar a todos, porque aos olhos deles o chair é sempre o porto seguro e a pessoa a quem vão recorrer em qualquer situação. A complexidade, na minha opinião, está em conseguir que cada um deles chegue a todos os outros.


É necessária perspicácia para entender rapidamente as caraterísticas de cada um e a partir daí poder criar uma dinâmica que inclua o delegado tímido, o estranho, e o que defende as suas opiniões com demasiado afinco. Ser chair é, sem a menor dúvida, uma escola enorme não só a nível académico, mas sobretudo no campo das relações interpessoais. Além disso, apesar de ter sido a primeira vez que fui chair, o facto de estar em regime de co-chairing ajudou-me a perceber que ainda que todos os chairs recebam o mesmo training, a forma como cada um o põe em prática difere bastante. Tal, acaba por ser super estimulante na medida em que não estás só a seguir um guia genérico: tens mesmo a oportunidade de deixar o teu cunho pessoal quando adaptas as abordagens gerais à dinâmica da tua própria comissão e a liberdade de desenvolver mais exaustivamente competências que julgues essenciais para o suces-

so da comissão como um todo. Desta forma, todo o output final terá um pouco de ti. A verdade é que, ao puxar por eles e sem te aperceberes, estás também a puxar por ti; e quanto mais de ti pões, mais recebes e mais te desenvolves. Lembro-me do discurso que o Alastair Payne (uma lenda do EYP que tive o prazer de conhecer durante o meu percurso) deu numa cerimónia de encerramento. Vou tentar reproduzi-lo porque acho que não conseguiria descrever este sentimento tão bem como ele o fez. Ele disse algo do género: “Admito que talvez fiquemos demasiados excitados com o EYP, mas a nossa paixão advém das experiências a que só aqui nos podemos submeter. As coisas que não poderíamos ter feito em mais nenhum lado. As coisas que nunca teríamos visto. As pessoas que nunca teríamos conhecido. As pessoas em quem nunca nos teríamos tornado”. Por último, posso dizer sem pensar 2 vezes que não troco as sessões

em Portugal por nada e o meu plano é continuar a candidatar-me a todas elas. Contudo, não deixo de ter o bichinho de também querer muito ir a sessões no estrangeiro. A verdade é que, ainda que todas as sessões pela Europa fora sigam moldes muito idênticos, nas sessões em Portugal estamos com a nossa querida família (e que família!!!) e por maior que seja o desafio que nos espera, sabemos que temos sempre ao nosso lado imensos pilares em quem já confiamos há muito tempo. Ir lá fora é diferente: implica sair da zona de conforto, não conhecer ninguém nem saber bem como é as coisas funcionam. Mas acreditem quando afirmo cegamente que é nestas situações que mais crescemos e aprendemos. No fundo, mandem-se à aventura! Porque se não for agora, quando é que vai ser? Carolina Carvalheira

Dizem que a primeira vez nunca se esquece e ter perdido a minha virgindade de sessões internacionais em Amesterdão foi realmente inesquecível. Desde o Academic Concept que avivou bastante o espírito EYP às venues fantásticas que a organização nos proporcionou, desde a quantidade de culturas em contacto às amizades que nascem num ambiente tão social e divertido… Tudo isto fez com que “Amsterdam2015” fosse um fórum que certamente ficará na história do EYP e que revolucionará futuras sessões (fóruns ou não) com o seu conceito inovador e eficaz que se reflete nas belíssimas moções e nos debates vivos e construtivos que este evento produziu. A minha experiência como delegado de uma sessão desta dimensão indica um sentimento de privilégio elevado a um expoente de orgulho. Nos dois primeiros dias de Team Building, senti que a união, o esforço e a animação foram car-


aterísticas que o meu committee (AGRI) desenvolveu logo de início, tal como nos outros. Para além do nosso committee, tínhamos os chamados “focus groups” que eram dois committees que nós tínhamos também de estudar os seus tópicos, ainda que de forma mais reduzida. O objetivo destes grupos passa por nos oferecer a oportunidade de estarmos a par do trabalho que os outros committees andaram a desenvolver de uma forma mais direta, de adicionarmos as nossas próprias ideias e de melhorar as que já lá estavam a ser trabalhadas. Isto para além do próprio conhecimento recebido acerca do tópico torna as General Assemblies (GAs) de certo modo muito mais construtivas, interessantes e competitivas. Outra novidade foi a Lobby Night, antes da GA I, que concentrou todo o esforço desenvolvido nos dois primeiros dias de Committee Work e que propor-

cionou a nós (delegados) por um lado a discussão direta de ideias e observações acerca dos tópicos e por outro lado a realização de “amendments” que consistia em propostas de eliminação, adição ou melhoria das medidas originalmente sugeridas nas moções dos committees. A GA I foi um debate mais concentrado nesses amendments, ainda que possuiu um momento dedicado a Open Debate. Já a GA II foi a típica GA do EYP, com a análise completa de todas as resoluções, debate e consequente aprovação/reprovação das mesmas. Quanto às venues e à parte mais didática da sessão: memorável! Eurovillage e Welcome Event à noite numa praia com uma vista brutal para Amesterdão, festa temática num barco/discoteca que deu a volta à cidade, Gala Night no Rijksmuseum (reservado só para nós) com um discurso inspirador do CEO

da Philips, Farewell Party numa das discotecas mais conhecidas de Amesterdão também com área reservada só para o EYP… Não podia ter pedido melhor! Concluindo, quando me perguntam como foi a sessão, nunca sei o que responder porque é mesmo difícil de arranjar palavras adequadas para a caraterizar. De Amesterdão trouxe muito mais do que a quantidade de souvenirs e papeis que vieram na mochila. Trouxe novas amizades, novas histórias para contar, novas visões, novas perspetivas do que é a Europa e o mundo e uma nova certeza de que o EYP é uma família fantástica à qual tenho orgulho de pertencer. Porque desde a minha primeira sessão em Braga eu estou e estarei sempre à procura de “More to Explore”. Cristiano Matos

GUIA DE CANDIDATURA PARA UM EVENTO EYP: Tal como se diz em bom português: “nunca terás uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão”, assim sendo, a Rita Ferreira deixou-nos dicas sobre o que fazer (e o que evitar) quando se faz uma candidatura para um Evento EYP. Existem várias formas de submeter candidaturas para eventos do EYP, geralmente são utilizados formulários online, como os Google Forms, ou documentos Word que devem ser enviados ao Painel de Seleção. Para alguns eventos em específico, as candidaturas devem ser feitas através da EYP Alumni Platform. Apesar de existirem diferentes meios pelos quais te podes candidatar a Sessões, quase todas as fichas de candidatura têm a mesma estrutura em termos de conteúdo: Personal Information, Session History e Questions.

Personal Information: Todos os application forms para Sessões começam com uma parte dedicada à informação pessoal do candidato, como o nome, contactos telefónico e electrónico, restrições alimentares, entre outras. É de extrema importância que preenchas estes campos com os teus dados correctos, pois caso sejas seleccionado o Painel de Seleção tentará entrar em contacto contigo através da informação que tu submeteste. É também comum que exista nesta secção uma parte dedicada às preferências de roles, caso estejas interessado

em candidatar-te a mais que uma posição deves sempre indicar a tua ordem de preferência. Não deves também esquecer-te de preencher todas as questões relacionadas com os roles a que te candidatas – muitas vezes os candidatos indicam mais do que um role nas suas preferências mas só respondem às questões direccionadas para a sua primeira preferência e isto faz com que a candidatura para os outros roles não seja considerada, pois o Painel de Seleção não tem informação acerca da visão do candidato para os roles das suas segunda e terceira escolhas.


Session History: Nesta parte da candidatura deves mencionar os eventos do EYP nos quais já participaste – podes fazer isto através de um link para o teu perfil no EYP Alumni Platform ou preencher a tabela na ficha de candidatura. Caso preenchas a tabela, deves referir o tipo de evento no qual participaste e para tal podes utilizar as seguintes abreviações: IS (International Session), IF (International Forum), NSC/NS (National Selection Conference/ National Session), RS (Regional Session), OE (Other Event – tais como Sessões Escola, Fóruns Universitários, entre outros). Nesta secção também é pedido que menciones o teu superior hierárquico do evento em que participaste: caso tenhas sido delegado, deves dar o nome do teu chair; no que diz respeito a officials, deves inserir o nome do teu Chefe de Equipa, ou seja, Editor(s) no caso da Media Team, Head-organiser(s) no caso da Organising Team, President no caso da Chairsteam, e caso tenhas sido Head-organiser podes referir o President ou o Board Member do teu NC responsável pelo evento. Questions: Da última parte das fichas de candidatura fazem parte questões cujas respostas deverão mostrar ao Painel de Seleção se o candidato está ou não apto a fazer parte da equipa a que se candidata. - Tem atenção às indicações das perguntas, deves responder apenas aquelas endereçadas ao role a que te candidatas; - Estrutura as tuas respostas, organiza o teu texto devidamente, com introdução, corpo e conclusão; - Não ultrapasses o limite de palavras, principalmente no caso de artigos de candidatos a jornalistas; - Não copies applications antigas, as pessoas mudam e as suas visões também, pelo que as fichas de candidatura não devem ser todas iguais;

- Utiliza uma linguagem cuidada e profissional, sem smiles ou pontuação exagerada; - Pensa fora da caixa e evita respostas pré-feitas e comuns; - Tem a certeza que as tuas respostas se diferenciam das outras e revelam o teu desenvolvimento pessoal; - Sê confiante: envia frases como “I think/believe” e usa vocabulário mais assertivo, como “trust”, “certain”, “convinced”, etc.; - Não uses contrações na negação – não deves utilizar “don’t”, “aren’t”, “hasn’t”, etc.; - Evita a repetição de palavras e frases, encontra sinónimos para as substituir; - Pede a alguém de confiança para reler a tua candidatura antes de a enviares; - Não alteres o template da ficha de candidatura; - Não te esqueças de mudar o nome do documento antes de o enviar (deves incluir o nome e o role a que te candidatas, por exemplo: Rita_Ferreira_Chairperson.pdf);

- Guarda o documento em formato .pdf antes de enviares; - Caso te candidates a um role para o qual tenhas de mostrar vídeos/ fotos de trabalhos anteriores, confirma sempre se os links estão a funcionar; - As candidaturas enviadas após a deadline não são consideradas, por isso prepara sempre tudo com antecedência; - Não te esqueças de escrever umas palavras de apresentação no e-mail com o qual envias a ficha de candidatura. Estas são apenas algumas pequenas dicas de como te candidatares a um evento do EYP. Geralmente, os Painéis de Seleção procuram pessoas que se diferenciem da multidão e que dêem balanço à equipa e é por isso que, por vezes, não é a pessoa com a “melhor” candidatura que é seleccionada. No entanto, isso não quer dizer que a pessoa deva desistir de se candidatar ou que não está preparada para assumir um role. Caso queiras saber os motivos pelos quais a tua candidatura não foi aceite num evento, podes sempre enviar e-mail ao Painel de Seleção e perguntar o que podes melhorar. Rita Ferreira


SER JÚRI / JURY DUTY Uma grande responsabilidade e uma incógnita. Talvez sejam estas as melhores palavras para descrever este cargo que já tive algumas oportunidades de experienciar. Porquê uma grande responsabilidade? Esta parece ser a característica mais fácil de explicar. Em todas as sessões nas quais existe o cargo de Júri existe, por consequência, uma seleção de delegados que irão representar um país num outro evento. Decidir que delegados melhor representam um Comité Nacional é, sem dúvida, algo ao início assustador; estamos a definir

quem terá mais uma oportunidade única, no entanto, ajuda sempre saber que no mundo do PEJ nunca há portas fechadas ou falta de oportunidades. Para além disto, ser­-nos confiada tamanha responsabilidade é também um sinal confiança nas capacidades que viemos a adquirir e no nosso bom senso a interpretar os critérios, por norma, já definidos. A parte da incógnita associada a este cargo reside no facto de todos os eventos serem diferentes, de todos os delegados serem singulares e de ser impossível, logo de início, ter uma noção clara de

quais serão os delegados escolhidos. Por estes dois motivos, entre muitos mais sobre os quais poderia dissertar, este é um cargo sem dúvida desafiante e estimulante, que incita a uma perspectiva diferente de cada evento, cada equipa de Officials, cada grupo de delegados. É também um cargo, que por esse mesmo motivo não deve assustar ninguém que pense em o assumir. Queres um desafio completamente novo no PEJ? Porque não considerares ser Júri? Ana Isabel Gonçalves

EUROPA AGORA O Europa Agora é um segmento dedicado a abordar um tema atual da Europa. Desta vez, o Miguel Paiva apresenta um grave problema Europeu: a imigração ilegal. Morte e polémica às portas da Europa A imigração ilegal é um problema que desde há muito existe e a polémica em seu torno tem-se intensificado dado estar em evidência consequências desastrosas que põe em causa a dignidade humana, direito de nascença de cada indivíduo.

No passado dia 19 de Abril, centenas de pessoas morreram afogadas no Mar mediterrâneo, após o barco que as transportava ter-se virado ao contrário, enquanto estas tentavam alcançar o continente europeu. Destes apenas 28 sobreviveram ao desastre, no estreito da Sicília perto da costa Libanesa. De todo o continente, são os países do sul banhados pelo Mar Mediterrâ-

neo, que sofrem mais de imigração ilegal, sendo a Itália o estado mais afectado por esta situação.Um dos sobreviventes, proveniente do Bangladesh, informou as autoridades que o pequeno barco transportava cerca de 950 pessoas e que ficaram mais 300 captivas por parte de traficantes humanos. Estes números e testemunhos revelam as condições precárias e desumanas


decidirem como é que a europa partilhará os pesos económicos e humanitários derivados desta já recorrente situação. Segundo o novo comissário europeu para a migração – Dimitris Avramopoulos – será discutida uma nova estratégia durante este mês de Maio. O estado Italiano está chocado à medida que os cadáveres vão sendo encontrados e o primeiro-ministro Italiano - Matteo Renzi – diz que não é possível continuar a testemunhar uma contínua tragédia dia após dia e que os países do sul da europa não devem estar desapoiados a lidar com esta problemática.

a que estas pessoas são sujeitas, pela busca de um território onde possam conseguir um estilo de vida que dificilmente teriam acesso na sua terra natal. Ao mesmo tempo, estes dados fazem do Mar Mediterrâneo o mar cujas travessias têm os resultados mais fatais. François Hollande, presidente da França, alertou os líderes Europeus para a necessidade de tomar medidas para esta situação, que só neste ano já provocou mais de 1500 óbitos. Segundo este, são necessários mais voos sobre a área e uma batalha mais intensa contra o tráfico humano. Segundo o ministro italino dos negócios estrangeiros, Paolo Gentiloni, 90% do patrulhamento e das missões de salvamento estão a ser custeadas pelo estado Italiano, não havendo ainda uma resposta realmente adequada por parte da EU. O Alto Comissariado das Nações Unidades para os Refugiados (ACNUR) estima que no ano passado cerca de 3500 pessoas perderam a vida ao tentar chegar à Europa. Com a aproximação do Verão e das temperaturas mais quentes, as autoridades europeias adivinham que mais milhares de pessoas tentarão desafiar as escassas probabilidades de alcançar o velho o continente, ao fazê-lo em botes sobrelotados, particularmente provenientes da Líbia onde o tráfico de imigrantes tem sido mais intenso nos últimos anos.

Esta crise migratória significa para a UE um falhanço na estratégia política delineada de acordo com os valores humanitários desde sempre orgulhosamente defendidos pelos responsáveis do projecto europeu. Para os líderes europeus, a possível assistência a estes movimentos migratórios ilícitos pode ser vista como abrir ainda mais as portas europeias, um assunto muito controverso nos últimos tempos, tendo em conta a campanha dos partidos de extrema-direita para a restricção das fronteiras da Europa. Como medida, o programa de busca e resgate, Triton, da EU veio substituir o programa italiano Mare Nostrum que esteve em vigor até ao ano passado. Contraditoriamente, o Triton (3 milhões de euros mensais) tem três vezes menos financiamento comparativamente ao Mare Nostrum (9milhões de euros mensais). Além deste facto, acrescenta-se que de acordo com o Triton, os barcos de patrulha só podem operar até 30 milhas marítimas além da costa Italiana, deixando vulnerável e não vigiada a parte mais perigosa da travessia, o alto-mar. Opiniões gerais acreditam que o lançamento do Triton em detrimento do Mare Nostrum, oferecem condições para o que poderá ser um aumento das mortes no mar mediterrâneo, na temporada de verão que se aproxima. Cabe agora aos líderes Europeus,

Também na Grécia, outra entrada muito frequentada, registaram-se três vezes mais entradas no primeiro trimestre de 2015, face ao ano passado inteiro. O número de imigrantes a entrar pelas discretas ilhas gregas subiu de aproximadamente 3000 para aproximadamente 10000. Do norte do continente, nomeadamente da Grã-Bretanha (área saturada de imigrantes, que têm vindo a restringir a entrada de estrangeiros no seu território) surgem vozes anti-imigração que defendem a suspensão das missões de busca e de salvamento, de forma a encerrar ao máximo as fronteiras Europeias. Procurando atentar nos vários prismas deste assunto, deve-se começar por considerar o facto de a União Europeia começar a ficar sem mais espaço para receber imigrantes, dada a massificação das migrações nas últimas duas décadas, que se diz ser um factor de risco para a coesão política e económica da União Europeia. Por outro lado está a questão do respeito e preocupação pelos princípios da vida humana, fundamento do projecto europeu, que se mostra disponível a salvar vidas e a lutar contra o tráfico humano. Dimitris Avramopoulos atira que deve ser autorizada uma acção no âmbito da segurança e defesa, de forma a erradicar o problema desde a sua origem – na Líbia, ponto essencial do tráfico migratório. Miguel Paiva


PACK & GO I Summer Forum Constance – EYP DE QUANDO: 26 Julho - 2 Agosto DEADLINE CANDIDATURA: domingo, 14 de Junho “(...) President Sofia Zafeiriou (GR) and Head-Organiser Leonard Burges (DE) are now awaiting applications. The session theme is “Borders of Tolerance and Justice” and the event will gather over 130 participants from all over Europe at Lake Constance. Find out more here.”

EYP Summer Academy Berlin Wannsee- BNC QUANDO: 28 - 31 Agosto DEADLINE CANDIDATURA: segunda-feira, 15 de Junho “(...) The training course focuses on four areas: National Committee Management and Development, Fundraising, Outreach & Inclusion and PR & Communications. We are now looking for interested trainers for the event! The trainers’ team will be composed of 6-8 trainers, including at least one external trainer (not from EYP). We invite all EYPers with training experience and who are familiar with the work of National Committees to apply to join the event as a trainer. Previous experience from giving and planning training courses is an advantage. Trainers will be required to arrive in Berlin one day before the start of the event. Their travel will be reimbursed up to 200 EUR. Please find all necessary information, including the link to the registration form, in the call attached or here.”

19th National Selection Conference Bern – EYP CH QUANDO: 1-6 de Setembro DEADLINE CANDIDATURA: quarta-feira, 17 de Junho “Travel Reimbursements (400 CHF per person = 384€) for all Officials so apply now until 17 June for Video Editors and Jounalists.” More info here

80th International Session of the EYP Leipzig QUANDO: 6-15 Novembro DEADLINE CANDIDATURA: segunda-feira, 22 de Junho The Call for the Vice-presidents, Chairpersons and Editors of the upcoming 80th International Session of the EYP in Leipzig 2015 is now open! The Selection panel will be formed of the Session President Ms Luca Olumets, past session President Mr Ogulcan Torun, a member of the Governing Body Mr Magnus Hall and for the first time, a member of the National Organising Committee. You may also find information in the following links: Issuu and on the Alumni Platform



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.