Revista da Instalação Edição nº 28

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A N O 2 - N º 28

ANO 2 – Nº 28 – REVISTA DA INSTALAÇÃO

JULHO 2018

EDITORA

Gás, hidrossanitária, elétrica, HVAC-R, iluminação, fotovoltaica e incêndio

MERCADO SPRINKLERS

É grande o número de sprinklers sem certificação vendidos no mercado brasileiro, em especial na área predial

NR-35

A NORMA REGULAMENTADORA Nº 35, DO MINISTÉRIO DO TRABALHO, ESTABELECE AS DEVIDAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO PARA REALIZAR TRABALHOS EM ALTURA. A TAREFA EXIGE PREPARO ESPECIAL DOS TRABALHADORES E UMA SÉRIE DE AÇÕES PREVENTIVAS POR PARTE DAS EMPRESAS, SEJAM ELAS CONSTRUTORAS, INSTALADORAS OU PRESTADORAS DE SERVIÇOS

DESTAQUE QUALIDADE

Para evitar problemas futuros, consumidor deve priorizar a segurança ao fazer a compra de materiais elétricos


II Prêmio Potência de Inovação Tecnológica

DEPOIS DO SUCESSO DE 2017, ESTÁ DE VOLTA O PRÊMIO QUE RECONHECE AS EMPRESAS FORNECEDORAS DE PRODUTOS E SOLUÇÕES QUE INVESTEM EM INOVAÇÃO, DESIGN, QUALIDADE, SEGURANÇA, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SUSTENTABILIDADE.

Inscrições até

06/09

EDITORA

Divulgação Revista

Organização


Empresa Inscreva seus produtos e soluções nos segmentos: ✖ Automação predial ✖ Dispositivos de proteção,

seccionamento e comando de baixa tensão

Cerimônia de entrega

23 de Outubro 2018

Informações, regulamento e inscrições: www.premiopotencia.com.br

Apoio

✖ Energias renováveis, Eficiência

energética e Qualidade de energia

✖ Fios e cabos elétricos, Linhas

elétricas, Sistemas de conexão e Acessórios

✖ Iluminação residencial, comercial

e industrial ✖ Indústria 4.0 ✖ Instrumentos de teste e medição ✖ Painéis, Invólucros e Barramentos blindados de baixa tensão ✖ Smart grids ✖ Softwares e aplicativos


ÍNDICE

| Edição 28 | Julho 2018

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30

Mercado

Estima-se que cerca de 30% do segmento predial, que inclui edificações prediais, shoppings e prédios comerciais, registra grande presença de sprinklers que não possuem certificação.

Destaque

12

A compra de materiais elétricos requer uma série de cuidados por parte dos eletricistas ou usuários finais. Antes de tomar decisões, vale conferir as dicas dos especialistas do setor.

Matéria de Capa Os profissionais de instalação precisam estar atentos às determinações da NR-35, Norma Regulamentadora que orienta o Trabalho em altura. Existem obrigações que tanto empresas quanto trabalhadores precisam cumprir, para efeito de segurança.

Sempre aqui 05 Editorial ■ 06 Notas ■ 38 Espaço Sindinstalação ■

4 REVISTA DA INSTALAÇÃO

40 Abristal ■ 42 Seconci ■ 44 Produto ■

50 Link ■ 50 Agenda ■


EDITORIAL

EXPEDIENTE

Fundadores: Marcos Orsolon Hilton Moreno

MARCOS ANO 2 • Nº 28 • JULHO'18 Publicação mensal da HMNews Editora e Eventos, com circulação nacional, dirigida a executivos de empresas ligadas aos setores de instalações de elétrica, gás, hidrossanitária, energia solar e fotovoltaica, HVAC, incêndio, dados, sistemas prediais e de instalações eletromecânicas, e de associações de classe, dirigentes de sindicatos patronais e laborais, órgãos públicos, construtoras, agentes do Sistema ‘S’ e profissionais que militam na área de instalações no Brasil.

Diretoria Hilton Moreno Marcos Orsolon

Conselho Editorial Hilton Moreno, Marcos Orsolon, José Silvio Valdissera, José Antonio C. Bissesto, Carlos Frederico Hackerott, Marcos Antonio Paschotto, Luiz Carlos Veloso, Luiz Antonio Alvarez, Marco Alberto da Silva, Víctor José Ronchetti, Nelson Gabriel Camargo, Ivan Machado Terni, Ramon Nicolas Olmos, Odil Porto Júnior, Fernando Belotto Ferreira e Surahia Maria Jacob Chaguri.

Redação

Diretor de Redação: Marcos Orsolon Editor: Paulo Martins Jornalista Responsável: Marcos Orsolon (MTB nº 27.231) Colaborou nessa Edição: Clarice Bombana

Departamento Comercial

Executivos de Vendas: Cecília Bari, Júlia de Cássia Barbosa Prearo e Rosa M. P. Melo

Gestores de Eventos Pietro Peres e Décio Norberto

Gestora Administrativa Maria Suelma

Produção Visual e Gráfica Estúdio AMC

Impressão nywgraf

Contatos Geral Rua São Paulo, 1.431 - Sala 02 - Cep: 09541-100 São Caetano do Sul - SP contato@hmnews.com.br Fone: +55 11 4225-5400

Redação redacao@revistadainstalacao.com.br Fone: +55 11 4746-1330

Comercial publicidade@hmnews.com.br F. +55 11 4225-5400

Fechamento Editorial: 08/08/2018 Circulação: 15/08/2018 Conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores não refletem, necessariamente, a opinião da revista e de seus editores. A Revista da Instalação não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e informes publicitários. Informações ou opiniões contidas no Espaço SindInstalação são de responsabilidade do Sindicato. Não publicamos matérias pagas. Todos os direitos são reservados. Proibida a reprodução total ou parcial das matérias sem a autorização escrita da HMNews Editora, assinada pelo jornalista responsável. Registrada no INPI e matriculada de acordo com a Lei de Imprensa.

HILTON

ORSOLON

MORENO

| Diretor

Diretor de Redação |

Qualidade, sempre! Como o leitor já deve ter percebido pelas manchetes na capa da revista, esta edição mantém uma característica sempre presente nas publicações da HMNews Editora: a preocupação com aspectos como qualidade dos produtos e segurança. Nossa matéria principal fala da NR-35, Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho que regulamenta o Trabalho em Altura. No segmento de instalação, são várias as categorias cujos profissionais executam esse tipo de serviço. É o caso dos instaladores de painéis fotovoltaicos e de sistemas de sprinklers, por exemplo. Assim, é fundamental que tanto as empresas quanto os trabalhadores estejam atentos às determinações da norma, acompanhando inclusive as revisões por quais a legislação pode passar periodicamente. Já a matéria de Mercado trata da movimentação em torno de um produto essencial para a segurança, os sprinklers (chuveiros automáticos). Nesse mercado, em particular na área predial, é grande a presença de produtos sem certificação. Entretanto, vale lembrar que a certificação é uma forma de atestar que determinado produto passou pelos ensaios exigidos pelas normas técnicas. Por fim, a matéria de Destaque desta edição também analisa a questão da qualidade dos produtos elétricos de baixa tensão, como fios e cabos, canaletas e eletrodutos. Segundo os especialistas, é possível constatar uma melhora geral da qualidade das soluções oferecidas ao consumidor brasileiro, nos últimos anos. De qualquer forma, ainda é preciso que o comprador fique atento na hora de adquirir esse tipo de produto, a fim de não levar ‘gato por lebre’. Confira as dicas dos especialistas que podem ajudar a tomar a melhor decisão na hora de escolher o material elétrico que você vai levar para sua casa ou para a casa de seu cliente. Por enquanto é isso. Boa leitura e até a próxima edição.

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NOTAS

Relatório anual Aumentar a capacidade de produção de alumínio em 50% é um dos maiores projetos da Alubar desde a inauguração da sua fábrica no município paraense de Barcarena, há vinte anos. Para alcançar esta meta, a empresa, que é líder na América Latina na fabricação de cabos elétricos de alumínio e produtora de condutores elétricos de cobre para média e baixa tensão, vem trabalhando com projetos a longo prazo que vêm se traduzindo em resultados concretos. Os de 2017 estão no Relatório Anual 2017, que está disponível no site http:// www.alubar.net.br. A publicação abrange os resultados financeiros e as ações desenvolvidas nas áreas de gestão de pessoas, meio ambiente, eficiência operacional, relacionamento com clientes e fornecedores, comunicação e tecnologia e projetos sociais, dentro e fora de Barcarena. “O ano de 2017 foi de muito aprendizado e determinante para chegarmos onde estamos hoje. Isso demonstra nosso compromisso com colaboradores, clientes e o Pará, atuando sempre em conformidade com

a lei”, explica Maurício Gouvea (foto), diretor-­ executivo da empresa. A Alubar tem muito o que comemorar. Além de gerar mais de mil empregos entre diretos e indiretos no estado, a empresa garantiu premiações importantes no ano de 2017. Foi eleita como uma das melhores para trabalhar na Amazônia, segundo o Great Place To Work e também obteve o Selo de Integridade do Pró-Ética 2017, emitido pelo Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) - foi a única empresa do Norte e Nordeste a receber a honraria. “Nossa força vem das pessoas, dos profissionais que compõem esse time tão competente e coeso. Sabemos que é importante desenvolver nossos colaboradores e preparar os gestores para atuarem como porta-vozes nas nossas ações e para que estejam aptos para entender as variações da economia, análises financeiras e consigam se comunicar com outros mercados internacionais”, comenta Gouvea. O Relatório Anual da Alubar tem versões em inglês, espanhol e mandarim.

Foto: Divulgação

Reconhecimento público A B-LUX Tomadas e Interruptores foi duplamente premiada pela MRV Engenharia, com os prêmios AMBIENTAL e SUSTENTABILIDADE. As conquistas são frutos do envolvimento nas questões sociais e ambientais, bem como a presença constante do corpo

técnico em todas as obras MRV. “Para a B-LUX, é motivo de muito orgulho ser reconhecida por uma empresa como a MRV, a qual tem como premissas a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade”, diz Alexandre de Andrade Junior, diretor da B-LUX.

Fotos: Divulgação

Capacitação e networking O ProVA - Laboratório de Inovação do Varejo - acaba de firmar uma parceria com a ANAMACO (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) e a ACOMAC (Associação dos Comerciantes de Material de Construção em São Paulo) para promover ações conjuntas de capacitação, atualização e networking que possam contribuir com o desenvolvimento e o aprimoramento do setor. As atividades acontecerão na sede do ProVA, que

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fica no Shopping Frei Caneca (SP), e a programação pode ser conferida no site http://www. provalab.com.br/eventos. Segundo a ANAMACO, o varejo de material de construção encerrou o ano de 2017 com 6% de crescimento em relação a 2016 e um faturamento de R$ 114,5 bilhões. O resultado é similar ao de 2015, quando o setor teve faturamento de R$ 115 bilhões. Para este ano, a expectativa é de aumento de 8,5%.


Tecnologia de controle remoto A Danfoss anuncia o acordo para adquirir o negócio de Controle Remoto atualmente de propriedade da empresa espanhola Ikusi - forte player no campo de redes de telecomunicação e controles remotos. O negócio de Controle Remoto da Ikusi inclui equipamentos e tecnologias para operação sem fio e controle de guindastes montados em caminhões, guinchos, máquinas off-road e outras aplicações. A aquisição reflete o foco estratégico da Danfoss em utilizar a conectividade como uma vantagem competitiva. “Adquirir novas tecnologias inovadoras é uma parte importante de nossos investimentos no desenvolvimento de nossos negócios. Estamos entusiasmados com a equipe de especialistas da Ikusi Remote Control se unindo à Danfoss. Os controles remotos têm um tremendo potencial e a aquisição é um ótimo exemplo de como nós, adicionando nova tecnologia digital, podemos fortalecer nosso portfólio de componentes e sistemas avançados e oferecer uma gama mais ampla de soluções para o benefício de nossos clientes”, diz Kim Fausing, presidente e CEO da Danfoss.

A Ikusi Remote Control é líder de inovação em tecnologia de última geração e tem um portfólio crescente com forte foco em segurança e conforto do operador, além de configuração e serviço fáceis. O negócio de Controle Remoto será integrado ao segmento de negócios da Danfoss Power Solutions. “Ao adicionar tecnologia de controle remoto às nossas principais competências na Danfoss Power Solutions, fortalecemos ainda mais nossa posição global e nossa oferta de sistema como parte da plataforma de desenvolvimento de soft­ware PLUS+1®. Temos uma grande oportunidade de diferenciação, oferecendo um sistema completo com alto foco em segurança funcional, melhor desempenho de classe e soluções econômicas. Investiremos nos negócios em San Sebastian, que se tornarão nosso centro de excelência em controles remotos, mantendo um relacionamento próximo com a comunidade e a universidade local”, comenta Eric Alström, presidente da Danfoss Power Solutions. A aquisição inclui uma planta de desenvolvimento e fabricação na Espanha e escritórios de vendas nos EUA, Alemanha e Dubai.

Alfabetização Cidadã Os alunos do projeto “Alfabetização Cidadã – da digital ao digital”, iniciativa da Samsung que contribui com educação dos brasileiros por meio da alfabetização de adultos que trabalham com descarte de resíduos, estão prontos para começarem uma nova etapa em suas vidas. No final de julho eles participaram de uma cerimônia para receber o certificado de conclusão do curso após seis meses de aulas realizadas em cooperativas de São Paulo. A festa para a entrega do diploma deu início a um novo ciclo na vida de cerca de 300 adultos, entre 18 e 83 anos, que aprenderam a ler e escrever com a ajuda da tecnologia da Samsung, aliada com a metodologia de ensino do Instituto Paulo Freire e do aplicativo Palma Escola, da IES2, que combina imagens, sons e letras para ajudar no desenvolvimento da aprendizagem. Para Juliana Silva (foto), aluna e oradora da turma da Cooperativa Vitória do Belém, participar da iniciativa foi uma ótima experiência. “É muito gratificante ver que meus colegas já sabem ler e escrever. Todas as pessoas merecem a chance de voltar a estudar”, contou.

“Fui aprendendo a ler no dia a dia. Comecei a entender as letras, os pontos, comecei a formar as palavras. Ter aprendido a ler e a escrever me fez ter mais respeito pelas pessoas. Agora, quero fazer supletivo para poder ensinar o próximo”, declarou Leonardo Ricardo, um dos alunos do projeto. O projeto “Alfabetização Cidadã” integra o Samsung Social, iniciativa da marca que patrocina Institutos e Fundações para um mundo mais inclusivo e sustentável, além de ajudar na democratização do acesso à educação, esporte, inovação e cultura. “A Samsung acredita que o uso da tecnologia conecta as pessoas ao conhecimento e por isso investe em projetos como o ‘Alfabetização Cidadã’. Esses alunos mudaram suas histórias e agora têm pela frente um novo mundo de oportunidades que o conhecimento é capaz de proporcionar. Temos certeza que essa iniciativa vai inspirar mais pessoas a desafiarem barreiras e irem além”, afirma Camila Pádua, gerente de Marketing Corporativo da Samsung Brasil. “Estamos falando de inclusão social e digital, o resultado final foi muito mais do que a alfabetização dessas pessoas”, finaliza. Foto: Divulgação

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NOTAS

Retrofit com HFO O SENAI CIMATEC, instituto de pesquisa científica e educação de Salvador (BA), inovou em seu curso técnico de Refrigeração ao promover um procedimento de retrofit ao vivo com Opteon™ XP40 em um equipamento que funcionava com o fluido refrigerante R-404A. Com supervisão do professor Uanderson de Oliveira Aguiar e acompanhada pelo técnico Amaral Gurgel, da Chemours, a turma de alunos fez o processo de retrofit pela primeira vez em uma câmara de congelados de baixa capacidade utilizada durante as aulas. Os fluidos refrigerantes são utilizados para realizar a troca térmica em sistemas de refrigeração e ar-condicionado. O R-404A, utilizado pelo SENAI antes do retrofit, é um hidrofluorcarbono (HFC) e apresenta alto potencial de aquecimento global. Diversas regulamentações já vigentes visam a redução do impacto da ação humana nas mudanças climáticas, o que em alguns países já inclui ações para redução das emissões de gases de efeito estufa, dentre eles o R-404A. Neste cenário, a linha Opteon™, com tecnologia baseada em hidrofluorolefina (HFO), é uma solução de menor impacto ambiental quando comparada aos

HCFCs e HFCs. Esta nova geração de fluidos refrigerantes não possui potencial de degradação da camada de ozônio e apresenta baixo potencial de aquecimento global (GWP). Este índice de Opteon™ XP40 (R-449A) é 67% menor do que o do R-404A. “O fato de Opteon™ XP40 não ser inflamável e se comportar de maneira bastante semelhante aos HFCs, deixou os alunos muito seguros em relação ao manuseio do produto e tornou simples a operação de substituição do fluido, além de, por essa similaridade de manuseio dos produtos, ter facilitado o ensino de como manipular Opteon™ XP40”, explicou Amaral. O processo de retrofit teve duração de duas horas e meia. Além da substituição do fluido, o equipamento, com capacidade de 2.500 W e evaporação a -30ºC, sofreu adequação das pressões de operação para manter as mesmas temperaturas de evaporação e condensação. Ajustes mínimos foram feitos na válvula de expansão utilizada anteriormente a fim de equilibrar o fluxo mássico do novo fluido, entretanto não houve a necessidade de trocar qualquer outro componente do sistema nem o óleo lubrificante.

Nova marca A partir de 1º de agosto, quando completa 77 anos, o Grupo Tigre, líder na fabricação de tubos e conexões e um dos maiores provedores de soluções para o setor da construção civil, anuncia sua nova marca ao mercado, a Tigre Metais. Há quase dois anos, a Tigre adquiriu o controle acionário da Fabrimar, tradicional fabricante de metais sanitários, acessórios e afins, com sede no Rio de Janeiro, e reforçou sua atuação no mercado com um amplo portfólio. Com produtos para banheiro, cozinha e área externa, que têm a funcionalidade como diferencial, a Tigre Metais reúne atributos Tigre e Fabrimar, como conforto, segurança, confiança e beleza. “A Tigre é sinônimo de pioneirismo e inovação. Como especialistas em condução de água, traremos a força da nossa marca para o segmento de metais, apresentando produtos funcionais, com design inteligente e que facilitarão o dia a dia do usuário”, afirma Luiz Fernando Turatti, diretor de marketing corporativo. Com a introdução da nova marca, o Grupo Tigre reforça a

sua participação no mercado da construção civil e passa a ser o único presente em todas as etapas da obra. Nos últimos anos, a Tigre vem fazendo investimentos e aquisições visando consolidar a sua liderança como multinacional brasileira, com forte presença internacional, e em soluções para a construção civil e cuidado com a água. Além disso, tem reforçado a sua atuação com todas as marcas do Grupo: Claris Tigre, Tigre Ferramentas para Pintura, Tigre-ADS e TAE – Tigre Água e Efluentes. Acabamento Universal - A Tigre Metais apresenta para o mercado uma solução exclusiva que traz a praticidade do design funcional. A nova linha de Acabamento Universal (foto) se encaixa nas principais bases de registro de gaveta e pressão do mercado, nas bitolas ½”, ¾” e 1”. Uma linha completa de acabamentos para combinar com diversos modelos de torneiras e misturadores. O Acabamento Universal Tigre irá sanar a dúvida na hora da escolha do produto no ponto de venda, além de trazer a qualidade e segurança que são características da marca.

Foto: Divulgação

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Excelência na gestão O Grupo Krona, que atua no desenvolvimento e fabricação de tubos, conexões e acessórios em PVC e PPR, aumentou sua produtividade e reduziu em 50% o tempo de atendimento aos clientes com o SoftExpert Excellence Suite da SoftExpert, fornecedora de softwares e serviços para automação e aprimoramento dos processos de negócio, conformidade regulamentar e governança corporativa. Com receita bruta consolidada em 2017 de R$ 600 milhões, a companhia conta com 1.200 colaboradores distribuídos em três plantas, sendo duas em Joinville (SC) e uma em Marechal Deodoro (AL). Com apoio da tecnologia da SoftExpert, a empresa aprimorou a gestão de suas rotinas e dos indicadores de desempenho, além de aumentar em 50% a agilidade da realização de demandas internas. A ferramenta faz parte da espinha dorsal de três camadas da organização: Operacional, Tático e Estratégico. Os módulos em uso são: Gestão de Processos de Negócio (SoftExpert Processo); Automação de Processos de Negócio (SoftExpert Workflow); Gestão de Documentos e Registros (SoftExpert Documento); Gestão de Formulários (SoftExpert Formulário) e Gestão de Desempenho (SoftExpert Desempenho). O Grupo Krona buscava estruturar uma Gestão por Indicadores de alta performance com a implementação da metodologia de Balanced Scorecard (BSC). O intuito era incluir todos os indi-

cadores definidos no mapa do planejamento estratégico da empresa e realizar o monitoramento dos resultados e acompanhamento da evolução através de dashboards dinâmicos. “Queríamos compor uma montagem das perspectivas, objetivos estratégicos e indicadores baseados na metodologia da Fundação Dom Cabral e Lean Manufacturing”, revela o gerente de TI da empresa, Sidnei Marcelo Moreira de Matos. A ferramenta ajudou a consolidar o modelo Lean dentro da Krona. Agora, todos projetos, planos de ação, indicadores, projetos, estão concentrados em um único ambiente. Com a solução, a companhia conseguiu padronizar e melhorar processos de análise e interpretação de problemas, com acompanhamento pontual de itens mais críticos. “Evoluímos etapas importantes para a excelência na gestão, pois estamos criando rotinas utilizando todas as ferramentas disponíveis para que possamos aprovar os projetos de acordo com relevância, prioridade, payback e geração de caixa para a companhia. A proposta é conseguirmos dar vazão aos projetos com maior retorno financeiro. Todo a nossa estratégia está compilada dentro da solução para o Gerenciamento do Desempenho da SoftExpert”, destaca Matos. Agora, a Krona planeja a implantação dos módulos de Business Intelligence (Analytics), de Gestão de Planos de Ação, de Gestão de Projetos e Serviços e de Controle de Atividades.

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NOTAS

Refrigeração sustentável A Danfoss apoia o lançamento do novo relatório de refrigeração Chilling Prospects: Providing Sustainable Cooling for All, divulgado pela Sustainable Energy for All (SEforALL) durante o Fórum Político de Alto Nível das Nações Unidas em Nova York. O primeiro relatório para quantificar os riscos crescentes e avaliar as oportunidades do desafio global de refrigeração foi desenvolvido com contribuições do Painel Global de Acesso à Refrigeração, no qual o presidente da Danfoss Cooling, Jürgen Fischer (foto), representa a voz da indústria. As conclusões do relatório incluem o importante papel da indústria para resolver a crescente demanda de refrigeração de forma sustentável, pensando de forma mais holística sobre aquecimento e refrigeração, implantando a tecnologia mais eficiente existente e desenvolvendo solu-

ções novas e inovadoras para os mais vulneráveis. “A indústria está pronta para a refrigeração sustentável. A tecnologia com baixo consumo de energia e baixo potencial de aquecimento global está disponível hoje e precisa ser implementada globalmente. Portanto, temos o prazer de ajudar a esclarecer a importância do acesso mundial à refrigeração sustentável. Por meio do investimento contínuo em inovação, a melhor tecnologia do setor pode ajudar a resolver alguns dos maiores problemas do mundo a partir de hoje”, afirma Jürgen Fischer, presidente da Danfoss Cooling e representante do setor no Painel Global do Cooling for All. O novo relatório “Chilling Prospects: Providing Sustainable Cooling for All”, lançado pela Sustainable Energy for All (SEforALL) e Kigali Cooling Efficiency Program (K-CEP), apresenta recomendações sobre como aumentar o acesso a soluções de refrigeração sustentáveis ao redor do mundo. O relatório pode ser acessado no endereço https://www.seforall.org/sites/default/files/ SEforALL_CoolingForAll-Report.pdf.

Foto: Divulgação

Ações práticas Os projetos parceiros da Amanco, marca comercial da Mexichem, líder mundial em tubos e conexões plásticas, foram destaque no Evento Nacional Enactus Brasil 2018. A finalíssima, que aconteceu no dia 20 de julho, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza (CE), reuniu mais de 2.500 mil estudantes de todo o Brasil. Se na edição do ano passado a Amanco apoiou o time Enactus IFCE Iguatu, do Instituto Federal de Educação do Ceará, que sagrou-se campeão da competição, este ano não foi diferente. Os jovens cearenses conquistaram o segundo título consecutivo da competição ao apresentar novidades no projeto “Mudas”, que visa atender as comunidades rurais do Ceará com sistemas inovadores de irrigação que garantem mais economia e eficiência ao agricultor. “A Amanco foi fundamental para o sucesso do projeto, pois possibilitou a melhoria da nossa pesquisa de forma a trazer benefícios reais à comunidade”, afirma Kevin Brasil, estudante da equipe IFCE. Já o time Enactus UFMG, que também contou com a parceria da Amanco, beneficiou o projeto “Nossa Feirinha Acaba

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Mundo”. A iniciativa é voltada às comunidades. Os estudantes buscam uma perspectiva para a melhoria financeira dos feirantes e também dos seus familiares. Assim, o projeto visa trazer uma opção cultural e econômica inédita para a região escolhida. “Mais do que um evento, a feira é algo bem representativo para as pessoas que vivem naquela região. É uma criação deles, para eles. A Amanco permite que, mesmo em uma comunidade pouco assistida, sonhos assim possam se tornar realidade” disse Victor Chitarra, representante do time UFMG. Os mais de 1.700 produtos doados pela Amanco foram fundamentais para que as ideias fossem colocadas em prática e ambos projetos se tornassem realidade. Dessa forma, as comunidades locais passaram a ser beneficiadas pelas iniciativas. Ao apoiar a Enactus, a Amanco tem o objetivo de incentivar os estudantes a desenvolver projetos que possam oferecer facilidades no dia a dia das pessoas e, consequentemente, gerar avanços em inovação.


Novo departamento A ABRAVA – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar condicionado, Ventilação e Aquecimento amplia seu escopo de atuação e cria o Departamento Nacional de Ar condicionado Automotivo e Agrícola. O objetivo do grupo é preencher uma lacuna para o setor com foco em normalização, dados de mercado, tributação, capacitação de mão de obra, qualidade e garantia de peças e serviços, entre outros assuntos a serem debatidos pelos profissionais atuantes neste mercado. De acordo com o primeiro presidente eleito para a gestão do DN, Sérgio Eugênio, engenheiro mecânico e diretor da Super Ar, “é uma satisfação estar na ABRAVA. Ninguém melhor poderia nos dar este suporte e infraestrutura, com todo seu know-how para fazer isto acontecer, trazendo benefícios às pequenas, médias e grandes empresas do setor. Não poderíamos ficar sem representatividade no mercado nacional, onde todos os grandes players do sistema atuam com fábrica no Brasil. Sem contar com o enorme número de oficinas e centros técnicos especializados pelo país, onde carece de informação técnica especializada para manutenção e conservação dos equipamentos”. A primeira gestão do Departamento ficou a cargo de Sérgio

Eugênio Silva, como presidente, e como membros de sua diretoria Carlos D. Moraes, Flavio L. Vasconcelos, Jonathan Dumke, Marco A. Peruccido e o vice-presidente de Meio Ambiente da ABRAVA - Paulo Neulaender. Diversas reuniões foram realizadas até a definição do escopo a ser tratado para o DN de Ar condicionado Automotivo e Agrícola e sua oficial criação em cumprimento ao Compliance da Associação. Na agenda de ações, diversos assuntos ligados ao setor como: Normalização para Limpeza e Higienização de Ar Condicionado Veicular e sobre rodas; Qualidade e garantia das Peças e Serviços; Participação na FEBRAVA 2019; Elaboração de cursos para formação de mão de obra; Assuntos ligados às alíquotas de impostos e Classificação fiscal; Certificação de oficinas e mão de obra, Perfil mercadológico do setor; entre outros assuntos de interesse do setor. Foto: ShutterStock


MATÉRIA DE CAPA | NR-35

Trabalho em altura exige preparo específico do trabalhador, que tem a legislação a seu favor, mas precisa fazer sua parte seguindo procedimentos básicos, como usar os equipamentos de proteção. Foto: ShutterStock

SEGURANÇA EM ALTA 12 REVISTA DA INSTALAÇÃO


O

que têm em comum áreas como energia fotovoltaica, hidráulica, iluminação, pintura, elétrica, limpeza e combate a incêndio? Ponto para quem associou que todos esses setores envolvem trabalho em altura. Na verdade, esse tipo de situação é inerente à rotina de várias outras profissões. A questão principal a ser discutida é que a tarefa exige preparo especial dos trabalhadores e uma série de ações preventivas por parte das empresas, sejam elas construtoras, instaladoras, prestadores de serviços ou mesmo indústrias e estabelecimentos comerciais que tenham equipes próprias de manutenção. Afinal, quedas estão entre os acidentes capazes de produzir ferimentos graves a ponto de incapacitar ou levar o trabalhador à morte. Portanto, não importa a natureza do serviço, o aspecto da segurança deve sempre ser considerado em primeiro lugar. “O trabalho em altura exige treinamentos específicos e cuidados adicionais à segurança dos instaladores, seguindo as Normas Técnicas e as Normas Regulamentadoras, como por exemplo a NR-35”, destaca José Jorge Chaguri Júnior, presidente da Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações). A NR-35 - Trabalho em altura é a

Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade. É considerado trabalho em altura toda atividade executada acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda. Conforme lembra Chaguri Júnior, todas as empresas de instalação podem estar sujeitas à realização de trabalhos em altura, durante as fases de demarcação; instalação, em si; comissionamento e manutenção dos sistemas prediais. A gama de serviços é bastante ampla: “Vai desde a instalação em grandes galpões industriais até a colocação de placas solares em telhados de residências unifamiliares”, exemplifica o presidente da Abrinstal. O interessante é que o trabalho em altura está presente em quase todas as atividades profissionais, e até dentro de casa. “Quem nunca subiu em uma escada ou cadeira para trocar uma lâmpada? Tem o mecânico que precisa subir no gerador para fazer manutenção, o pintor que precisa enfrentar uma fachada de dez metros, o eletricista que precisa ar-

NR-35 deixa claro que parte da responsabilidade é das empresas, mas não deixa de citar a responsabilidade que os trabalhadores têm, principalmente no sentido de seguir as diretrizes criadas para garantir a segurança.

Foto: Divulgação

POR PAULO MARTINS

O trabalho em altura exige treinamentos específicos e cuidados adicionais à segurança dos instaladores, seguindo as Normas Técnicas e as Normas Regulamentadoras, como por exemplo a NR-35. JOSÉ JORGE CHAGURI JÚNIOR ABRINSTAL

rumar a fiação que passa pelo forro, o pessoal da manutenção que precisa desentupir uma calha e até a faxineira que precisa limpar aquela janela pelo lado de fora”, exemplifica Christian Camara, especialista colaborador convidado do Ministério do Trabalho na elaboração do Anexo II da NR-35 e diretor-executivo da Dois Dez Industrial, empresa especializada na produção de sistemas de ancoragem para trabalho em altura. De acordo com o especialista, os riscos do trabalho em altura variam conforme o tempo de exposição. Quanto mais tempo o profissional se expor, maior o perigo. Ele diz também que é errado pensar que o risco ao trocar uma lâmpada em casa é menor do que o risco do pintor escalado para pintar uma fachada, por exemplo. “Na maior parte dos casos é o contrário, pois o pintor, muitas vezes, possui amplo treinamenREVISTA DA INSTALAÇÃO 13


MATÉRIA DE CAPA | NR-35

O item comum entre todas atividades em altura é o cinturão de segurança, que fixo ao corpo precisa estar sempre conectado, através de um elemento de ligação, a um sistema de ancoragem adequado.

Foto: Divulgação

to em trabalho em altura e está seguro exercendo sua atividade, enquanto na atividade doméstica, quem está em cima de uma escada ou cadeira corre um risco enorme de cair. Em diversos casos, as quedas de pequenas alturas se tornam acidentes severos e até fatais”, compara Christian. Conforme informa o executivo da Dois Dez Industrial, os equipamentos necessários para trabalho em altura variam principalmente conforme o tipo de atividade a ser exercida. Essas atividades são classificadas em alguns grupos principais: restrição de movimentação, retenção de queda, posicionamento no trabalho e acesso por cordas. No primeiro grupo, o uso de talabartes fixados a um sistema de ancoragem costuma ser comum. No segundo também trabalha-se bastante com talabartes, mas há a adição de outros

CHRISTIAN CAMARA DOIS DEZ INDUSTRIAL

equipamentos, como o trava-quedas, por exemplo. O terceiro grupo trabalha com os componentes citados anteriormente, além de talabartes de posicionamento e cordas. Já o acesso por cordas costuma ser o mais complexo, exigindo que o profissional domine o uso de ascensores, descensores, cordas e polias, entre outros. “O item comum entre todas atividades em altura é o cinturão de segurança,

que fixo ao corpo precisa estar sempre conectado, através de um elemento de ligação, a um sistema de ancoragem adequado. As técnicas e os equipamentos podem variar, mas o princípio é sempre o mesmo”, detalha Christian.

Contribuições da Norma Regulamentadora de segurança necessários ao mercado profissional brasileiro. Ele destaca que a norma deixa claro que grande parte da responsabilidade é Divulgação: Dois Dez Industrial

Na opinião de Christian Camara, a Norma Regulamentadora Nº 35 pode ser considerada uma excelente norma, que estabeleceu parâmetros mínimos

das empresas, mas não deixa de citar a responsabilidade que os trabalhadores têm, principalmente no sentido de seguir as diretrizes criadas para garantir a segurança deles mesmos e das demais pessoas envolvidas. “Durante os últimos anos vimos a NR-35 se tornando uma norma mais madura e sendo amplamente compreendida pelos profissionais de segurança. Nas grandes empresas e setores brasileiros, a mudança foi exponencial, e para melhor. Nunca vimos tantas pessoas treinadas, capacitadas e utilizando seus equipamentos de segurança”, avalia o especialista. Apesar dessa evolução ocorrida no mercado, Christian observa que so-

PREVENÇÃO

Exemplo do sistema de linha de vida, uma das soluções que garantem proteção durante o trabalho em altura. 14 REVISTA DA INSTALAÇÃO


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MATÉRIA DE CAPA | NR-35

Responsabilidades, segundo a NR-35 ✖ CABE AO EMPREGADOR: a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;

i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;

b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;

j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;

c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;

k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis; e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas; f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;

✖ CABE AOS TRABALHADORES: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador; b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;

g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

estão entendendo a importância do sistema de ancoragem. “Não adianta termos excelentes profissionais Divulgação: Dois Dez Industrial

mente agora, com a adição da norma ABNT NBR 16325 e do Anexo II da NR35 que os profissionais de segurança

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utilizando excelentes equipamentos pessoais de segurança, mas que não contam com um dispositivo de ancoragem de qualidade, que por fim é o que vai evitar ou reter qualquer tipo de queda”, analisa. Christian entende que a situação tende a melhorar nos próximos anos e diz que o único ponto crítico a ser destacado é a falta de maior fiscalização. “O Ministério do Trabalho possui excelentes profissionais, mas em pouca quantidade, em relação à demanda”, lamenta. Nos últimos anos Christian tem atuado na área de dispositivos e sistemas de ancoragem para trabalho em altura, onde já presenciou diversos tipos de inconformidades à norma: “Desde profissionais de manutenção, que apesar de treinados e utilizando talabartes de última geração, fixam os seus


aparentam estar em ótimas condições, mas que não foram testados e ensaiados conforme diretrizes normativas.

conectores à calha do telhado, ou ao cabo do SPDA, como também instalações de dispositivos de ancoragem que

Quando há uma queda, se o dispositivo de ancoragem falhar, a consequência muitas vezes é fatal”.

No entendimento de José Jorge Chaguri Júnior, o nível de conhecimento está sempre relacionado a treinamento e capacitação. De acordo com ele, diversas empresas que utilizam os serviços das instaladoras costumam exigir, antes do início da obra, a comprovação dos treinamentos relacionados à NR-35, evitando que haja algum instalador que não esteja apto a exercer essa atividade sem conhecimento prévio. “Essa exigência é uma das ações do mercado que fomentam a atualização quanto aos treinamentos sobre a atividade”, relata. O presidente da Abrinstal diz que até existem cursos e treinamentos nessa área, em diversos centros de treinamentos. Contudo, observa ele, poucos atuam no treinamento específico para a área de instalações. Em boa parte dos casos são oferecidos treinamentos gerais, com requisitos gerais. “Fomentar treinamentos específicos para a área de instalações é uma das ações que podem contribuir para a melhoria e expansão do conhecimento, reduzindo assim os riscos relacionados à atividade”, acredita Chaguri Júnior. Sobre o que precisaria ser feito para aumentar o nível de envolvimento de empresas e trabalhadores em torno desse tema, e prevenir a ocorrência de acidentes, Christian Camara diz que uma atuação maior do Ministério do Trabalho na conscientização e fiscalização poderia gerar enormes benefícios. Ele conta que durante viagem à Dinamarca presenciou um evento público em que todas as forças públicas, incluindo bombeiros, policiais, militares etc., apresentavam seu trabalho e envolviam

Divulgação: Dois Dez Industrial

Que ações podem contribuir para a evolução do mercado?

Mercado em crescimento Instalada em Valinhos (SP), a Dois Dez Industrial especializou-se na produção e instalação de sistemas de ancoragem para trabalho em altura. O portfólio inclui itens como linhas de vida para telhados onde são instaladas as placas solares; pontos de ancoragem próximos às calhas elétricas; dispositivos de ancoragem que permitem acesso ao ar-condicionado - que muitas vezes é instalado em locais de difícil acesso e com exposição à altura; linhas de vida verticais instaladas dentro das escadas marinheiro, que são muito comuns em diversas indústrias. Também são feitos produtos customizados. A empresa fornece para todos os segmentos. “Nossa base de clientes

é muito diversificada. Como atuamos neste mercado há quase uma década, já trabalhamos em todos os setores brasileiros e diversos setores internacionais”, conta o diretor-executivo Christian Camara. De acordo com o especialista, o mercado está em crescimento gradual, porém, é muito influenciado pela situação atual da economia brasileira. “Se a economia cresce e se desenvolve, todas as indústrias tendem a ir junto. É claro que a fiscalização e o desenvolvimento profissional, cultural e intelectual de todo o povo brasileiro ainda constituem a chave para uma economia melhor, com crescimento industrial e constante redução do índice de acidentes ocupacionais”, destaca.

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MATÉRIA DE CAPA | NR-35

o público em diversas atividades, a fim de difundir e mostrar a importância desses serviços e as dificuldades presentes em resgates em todos tipos de acidentes, como veículos, quedas de altura, incêndios e desastres naturais. “Modelos como este podem ser facilmente adota-

dos no Brasil, elevando a conscientização de todo o público, sejam eles profissionais ou não, já que muitas vezes é a esposa que está em casa com os filhos que sofrerá as maiores consequências de um acidente fatal com o seu marido no trabalho”, comenta.

Para Christian, também seria necessário que os cursos de segurança no trabalho tivessem maior carga horária focada no trabalho em altura. “Alguns desses cursos, que duram dois anos, usam apenas dezesseis horas para abordar esse tópico”, aponta.

No segmento fotovoltaico, trabalho em altura é rotina trabalho em altura são os especialistas da área comercial (vendas), durante visitas preliminares ao cliente, e da área técnica (instalação/manutenção e engenharia), durante visitas técnicas e/ou execução do serviço contratado (instalação e/ou manutenção da unidade fotovoltaica). Para desenvolver trabalhos em altura nessa área, além de possuir a certificação em Trabalho em altura (NR-35), o colaborador precisa estar devidamente equipado com EPIs (equipamentos de proteção individual), como capacete, óculos, camisa/camiseta, calça, sapato fechado ou bota de segurança, luvas e cinto de trabalho em altura, talabarte e linha de vida - obviamente, regulamentados conforme a legislação nacional. Foto: ShutterStock

Na maioria das vezes, a instalação fotovoltaica é executada sobre a cobertura das edificações, sejam elas residências, indústrias ou prédios comerciais. Sendo assim, como premissa está o trabalho em altura, que exige que o profissional seja qualificado pela NR-35 a fim de mitigar riscos como queda do próprio trabalhador; derrubada de ferramentas, equipamentos ou materiais; possível resgate em altura; movimentação de carga tanto vertical quanto horizontal e circulação de pessoas e/ou animais no entorno da instalação, dentre outros. De acordo com Paulo Frugis, responsável pela área de cursos da NeoSolar Energia, os profissionais do segmento fotovoltaico que mais atuam executando

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Além disso, prossegue Paulo Frugis, é necessário que o local esteja devidamente sinalizado com EPCs (equipamen-

Curso de Trabalho em Altura Na NeoSolar Energia, de São Paulo, o tema NR-35 é abordado em dois cursos: Sistemas Conectados à Rede - Módulo Prático e Trabalho em Altura. No primeiro curso é realizada uma abordagem geral da norma. O segundo é exclusivamente sobre a norma, com atividades práticas focando a área fotovoltaica. O conteúdo do curso que engloba a NR-35 inclui aspectos como conceitos, normas e regulamentações aplicáveis ao trabalho em altura; riscos e medidas de controle para evitar acidentes no trabalho em altura; APR (Análise Preliminar de Risco) e condições impeditivas; sistemas de ancoragem e de segurança; técnicas de posicionamento e de ancoragem; EPIs e EPCs: seleção, inspeção, conservação e utilização e limitação de uso; condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de auto resgate e de primeiros-socorros; e atividade prática. O curso de Trabalho em Altura possui duração de dois dias (16 horas).



MATÉRIA DE CAPA

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orientado, certificado e com os equipamentos corretos para desenvolver seu trabalho, poderá reduzir a chance de sofrer algum tipo de acidente e suas consequências, como fraturas ou até mesmo o óbito. “Acredito que a base de tudo está vinculada à educação e orientação correta de todos os envolvidos no processo. Treinamentos e reciclagens devem sempre ser feitos a fim

Devido à migração de profissionais de diversas áreas técnicas para o setor fotovoltaico, a correta aplicação da NR-35 ainda é um desafio. PAULO FRUGIS NEOSOLAR

de manter os profissionais atualizados sobre as certificações exigidas”, conclui. Foto: Divulgação

tos de proteção coletiva), como cones e fita zebrada, para evitar qualquer tipo de acidente com terceiros. “No que se refere a procedimentos, vale ressaltar que antes de executar qualquer tipo de operação deve ser feita a análise dos riscos, onde serão analisados as interferências e cuidados que devem ser tomados para que o trabalho possa ser executado de maneira correta e para que os colaboradores possam se preparar para a atividade”, complementa o especialista da NeoSolar Energia. Um fenômeno curioso é que o desemprego generalizado que atingiu o País nos últimos anos e as oportunidades surgidas por conta do crescimento da energia solar fizeram com que esse setor atraísse uma multidão de pessoas de outras áreas e que estavam em busca de trabalho. A questão é que esses acontecimentos podem contribuir para que uma mão de obra sem o devido preparo tente adentrar um segmento técnico e que oferece riscos, como o fotovoltaico. “Por haver uma migração de profissionais de diversas áreas técnicas para o setor fotovoltaico, hoje em dia, a correta aplicação da NR-35, tanto por parte das empresas (empreiteiras, instaladoras, construtoras e concessionárias), quanto por parte dos trabalhadores, mesmo com todo o esforço aplicado, ainda é um desafio a ser batido”, confirma Paulo Frugis. Sobre a importância de os profissionais da área fotovoltaica conhecerem a fundo os requisitos da NR-35, o porta-voz da NeoSolar observa que todo risco operacional envolve os requisitos da NR-35, desde a saúde ocupacional do colaborador até a segurança e preservação dos materiais e equipamentos. “Desse modo, o profissional que possui a certificação, além de preservar a sua vida e a dos demais envolvidos na operação, certamente terá um melhor desempenho em questão da produtividade em campo”, opina. O especialista da NeoSolar diz que se o profissional estiver devidamente

Foto: ShutterStock

| NR-35


A capacitação, segundo a NR-35 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir: a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; b) a nálise de Risco e condições impeditivas; c) r iscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle; d) s istemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva; 3) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso; f) acidentes típicos em trabalhos em altura; g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiross­ocorros.

Também no segmento de sprinklers os instaladores precisam desenvolver trabalhos em altura, uma vez que é comum implantar esse tipo de sistema em galpões e indústrias com pé direito bem alto, acima do que é permitido e alcançado por escadas. Esses trabalhos são desenvolvidos com o auxílio de plataformas elevatórias, e, quando não disponíveis dessa forma (seja por alcance ou impossibilidade do local), com a utilização de andaimes. “O estágio mais comum que tem a necessidade de trabalho em altura é durante a instalação de um sistema de sprinklers”, conta Felipe Melo, diretor-presidente da Associação Brasileira de Sprinklers (ABSpk). A exemplo de outras áreas, a queda é um dos principais riscos inerentes ao trabalho em altura no segmento de sprinklers. Como em outros campos profissionais, também existem aqueles que abusam da sorte. Basta não ter ninguém por perto para alguns trabalhadores burlarem os procedimentos. “Muito se cobra em termos de segurança para trabalho em altura, porém, o que se vê constantemente é a resistência dos operários em utilizar os equipamentos de proteção individual”, lamenta Felipe Melo. Ele destaca que o equipamento essencial para trabalhos em altura é o cinto com talabarte. Este é fixado na estrutura para impedir que o operário vá ao chão em caso de queda, ficando pendurado pelo cinto. “Em algumas situações de trabalho com sistemas de sprinklers não existem estruturas apropriadas para a fixação. O que se vê é a fixação no próprio andaime, plataforma elevatória ou tubulação do sistema de sprinklers”, constata. Entre os principais cuidados no trabalho em altura, Melo diz que é necessária a utilização de cinto preferencialmente com talabarte duplo, que permite ao operário se locomover sem perder o

Foto: Divulgação

No segmento de sprinklers, resistência ao uso de EPIs

Ao se trabalhar com altura, é importante que uma avaliação prévia do risco seja identificada pelo operário, e que inicie o trabalho somente tendo certeza de sua segurança. FELIPE MELO ABSPK

ponto de fixação. “Ao se trabalhar com altura, é importante que uma avaliação prévia do risco seja identificada pelo operário, e que inicie o trabalho somente tendo certeza de sua segurança. A atenção é um ponto de extrema importância ao se realizar qualquer trabalho, ainda mais quando se está sujeito a quedas”, observa o executivo. Para aumentar a conscientização dos profissionais e prevenir acidentes Felipe Melo sugere estabelecer treinamentos mais rigorosos e que as empresas invistam na segurança do trabalho como item prioritário para a execução de qualquer tarefa. “Acredito que além da conscientização e cobrança em cima do funcionário ou prestador de serviço, deve-se dar a liberdade de recusa do trabalho se a pessoa não se sentir segura para executar suas tarefas”, acrescenta. REVISTA DA INSTALAÇÃO 21


MERCADO

| Sprinklers

Uma questão de qualidade

U

ma grande lacuna existente no Brasil, nas mais diversas áreas profissionais, é causada pela falta de estatísticas atualizadas e confiáveis. No País, não é feita a divulgação, por exemplo, de dados oficiais de incêndios, o que dificulta a realização de planejamento e ações preventivas. Entretanto, os poucos números conhe-

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cidos já são suficientes para dar uma ideia da gravidade do problema. De acordo com levantamento feito pelo Instituto Sprinkler Brasil (ISB), em 2017, aconteceram no País ao menos 724 incêndios estruturais. Esse tipo de acidente é assim chamado por atingir locais construídos, como instalações industriais e


Foto: ShutterStock

Mercado predial brasileiro registra invasão de chuveiros automáticos que não contam com certificação de produto.

REPORTAGEM: PAULO MARTINS

comerciais, depósitos, bibliotecas, escolas, hospitais e hotéis, entre outros (excluindo-se residências). O monitoramento diário para levantar o número de incêndios é baseado apenas nas notícias publicadas na Imprensa. Assim, a situação tende a ser bem mais grave, na prática. O próprio ISB estima que as estatísticas apu-

radas representam menos de 3% da quantidade real de ocorrências. O fato é que os efeitos desses acidentes poderiam ser minimizados com o uso de sistemas que envolvam sprinklers (ou chuveiros automáticos). “Aliado ao serviço dos bombeiros, o sprinkler é um sistema eficaz de combate a incêndio REVISTA DA INSTALAÇÃO 23


MERCADO

| Sprinklers

Foto: ShutterStock

que antecipa a ação humana de forma imediata”, defende o ISB, em seu site. Feitas essas considerações iniciais, o momento se mostra oportuno para uma análise do personagem central desta matéria, o sprinkler. Dada à importância dos sistemas de combate a incêndio como um todo, e desse componente, em particular, nunca é demais discutir aspectos como segurança.

No Brasil, uma das situações que têm causado preocupação é a comercialização de sprinklers sem comprovação de qualidade. Mercados como o industrial e o de armazenagem até conseguem se defender bem dessa prática, pois normalmente são segurados por companhias internacionais - que tendem a ser bastante rigorosas quanto às condições prévias que

Como a resposta ao fogo deve acontecer em até 30 segundos, ter sprinklers que não funcionam ou operam fora dos padrões da Norma pode comprometer a segurança das pessoas e do patrimônio. 24 REVISTA DA INSTALAÇÃO

impõem aos clientes ao assinar um contrato. O grande problema está na área predial. Acredita-se que quase 30% desse mercado, que inclui edificações prediais, shoppings e prédios comerciais, é dominado por sprinklers sem certificação, ou seja, que provavelmente não passaram por ensaios. “Assim não se tem a garantia de que todos os sprinklers que venham de uma determinada fábrica irão atuar como precisam. Não quer dizer que nenhum irá funcionar. Vai funcionar, mas qual? Será que aquele que a pessoa precisaria em determinado momento irá funcionar? Quando se fala que um produto não tem qualidade, é porque não segue um padrão de conformidade”, analisa Felipe Decourt, diretor-executivo da Skop, fabricante brasileira do setor. Mas afinal, qual a importância da certificação? Segundo a Skop, alguns modelos de sprinklers não certificados



MERCADO

| Sprinklers

ABNT NBR 10897:2014

Os especialistas do setor precisam estar atentos à legislação, pois o Brasil possui Norma Técnica que estabelece os requisitos mínimos para projeto e instalação de sprinklers.

Foto: Divulgação

utilizam o zamac (liga metálica) na fabricação do corpo do produto, devido ao menor custo, em comparação à utilização do latão. O problema, aponta Felipe, é que o zamac não resiste quando submetido a uma temperatura de 600 graus Celsius, por exemplo. “Nenhuma norma internacional admite isso. Os ensaios são feitos a 800 graus Celsius. Se expor um sprinkler desses a essa temperatura ele derrete, deforma”, critica. O entupimento do sprinkler é mais um possível problema apontado pela Skop. Segundo a empresa, a maior parte dos produtos sem certificação usam O-Ring (anel) de borracha. A ação do tempo sobre a borracha pode derreter e ‘colar’ o obturador no corpo do sprinkler, fazendo com que o orifício de descarga de água fique obstruído. Outro risco são eventuais falhas do produto. Como a resposta ao fogo

deve acontecer em até 30 segundos, ter sprinklers que não funcionam ou operam fora dos padrões da Norma pode comprometer a segurança das pessoas e do patrimônio. Por outro lado, se um sprinkler for acionado sem a existência de incêndio, o local será molhado, causando estragos desnecessários e deixando o sistema inoperante, ou seja, sem proteção, até que

Certificação de produtos Para Felipe Decourt, um dos grandes problemas do mercado é a falta de uma legislação que estabeleça claramente um nível de qualidade para os bicos de sprinkler. Segundo o executivo, as determinações que existem estão “nas entrelinhas”. “Sempre fazemos a

A certificação do sprinkler é uma forma de atestar que o produto passou pelos ensaios exigidos por norma técnica. FELIPE DECOURT SKOP

26 REVISTA DA INSTALAÇÃO

tudo seja reiniciado da forma correta. Vale lembrar que um dos motivos (talvez o principal) que levam os usuários a optarem pelo sprinkler sem certificação é o preço. Enquanto um produto sem comprovação de ensaios custa por volta de R$ 5, um dispositivo certificado, de marca reconhecida no mercado, pode custar entre R$ 15 e R$ 30.

seguinte comparação: é como se a lei exigisse o uso do cinto de segurança, mas nada falasse da qualidade do cinto. Então, qualquer um poderia fabricar um cinto de papel ou de plástico, pela falta de determinação de qual é o padrão mínimo de qualidade. Isso é o que acontece no Brasil (na área de sprinkler). O País não tem legislação. Existem normas muito boas na área de projeto e instalação, por exemplo, mas nada se fala sobre a qualidade do sprinkler”, reclama o porta-voz da Skop. A empresa reforça que, em se tratando de sprinklers, não existe um do-


Foto: ShutterStock

Ensaios necessários para pleitear a certificação do produto A Norma Técnica ABNT NBR 16400:2018 - Chuveiros automáticos para controle e supressão de incêndios - Especificações e métodos de ensaios elevou de 9 para 17 o número de ensaios a quais os sprinklers devem ser submetidos, como base para a busca da certificação. Segundo a Skop, os 17 ensaios previstos na Norma Técnica brasileira testam integralmente todas as dimensões existentes em um sprinkler, desde a performance da matéria-prima até a manuten-

GRUPOS DE ENSAIO RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ❱ Exposição ao calor (bulbo) ❱ Choque térmico ❱ Resistência ao impacto ❱ Resistência ao calor ❱ Resistência à vibração ❱ Resistência à corrosão

MONTAGEM E VAZAMENTO ❱ Exame visual ❱ Estanqueidade

❱ Resistência hidrostática ❱ Vazamento por trinta dias ❱ Resistência ao vácuo ❱ Resistência ao golpe de aríete

FUNCIONALIDADE ❱ Temperatura ❱ Funcionamento ❱ Distribuição de água ❱ Sensibilidade térmica ❱ Vazão

Fotos: Divulgação

cumento que possa ser considerado como única diretriz. Alguns apresentam diretrizes gerais sobre aspectos administrativos e legais, enquanto que outros trazem especificações técnicas dos equipamentos e da instalação. Mas, para a Skop, há um encadeamento nos documentos existentes que leva ao entendimento de que os sprinklers devem atender aos requisitos previstos na Norma Técnica de Produto, a ABNT NBR 16400:2018 - Chuveiros automáticos para controle e supressão de incêndios Especificação e métodos de ensaio. A referida norma estabelece o conjunto mínimo de requisitos de construção e ensaios laboratoriais a serem submetidos os sprinklers e, segundo a Skop, é utilizada pelas certificadoras como base para a certificação dos produtos em questão. Conforme o entendimento da Skop, precisariam atender integralmente aos 17 ensaios técnicos apontados na ABNT

ção da funcionalidade com o passar do tempo. Desta forma, prossegue a empresa, não só a quantidade, mas a abrangência dos ensaios presentes na Norma Técnica garante ao mercado brasileiro que sprinklers certificados segundo os seus critérios possuem a confiabilidade que se exige dos equipamentos aplicados em sistemas de proteção contra incêndio. Veja no quadro os ensaios a quais os sprinklers são submetidos segundo a referida norma.

MERCADO

Exemplos de sprinklers que contam com certificação emitida por Organismo de Certificação de Produto. REVISTA DA INSTALAÇÃO 27


MERCADO

| Sprinklers

Foto: ShutterStock

Fabricante solitária Instalada na cidade do Rio de Janeiro, a Skop é hoje a única fabricante brasileira de sprinklers. A empresa completou 40 anos de atividades em 2017 e no momento fabrica os modelos de sprinklers K5.6, K8.0 e K11 - lançado recentemente para aplicação em fábricas e pequenos estoques. A Skop tem seus produtos certificados por organismos como ABNT, UL e FM.

SEGURANÇA

Aliado ao serviço dos bombeiros, o sprinkler é um sistema eficaz de combate a incêndio que antecipa a ação humana de forma imediata.

NBR 16400:2018 os sprinklers de cobertura padrão instalados nas edificações paulistas. “Adotando como exemplo o Estado de São Paulo, temos que a legisla-

ção federal fará considerações objetivas de cunho legal e administrativo, porém, não tratará da questão técnica; a legislação federal apontará para a legislação estadual, que, por sua vez, apontará para o código do Corpo de Bombeiros, que tem como referência normativa a Norma Técnica de projeto e instalação; seguindo a sequência, vemos que a Norma Técnica de projeto e instalação indica a Norma

de Produto como uma de suas referências normativas. Ou seja: quando falamos do produto sprinkler, todo o encadeamento legal é direcionado à Norma Técnica de Produto, pois esta possui a base técnica para a certificação do equipamento”, conclui a Skop, em artigo divulgado recentemente ao público. Conforme complementa Felipe Decourt, durante uma fiscalização, não existe uma forma prática de os bombeiros ou fiscais comprovarem se um determinado sprinkler passou pelos ensaios estabelecidos por norma. “A única forma de atestar isso é se o sprinkler for certificado”, contrapõe. De acordo com o Instituto Sprinkler Brasil, os sprinklers certificados e utilizados de maneira correta são capazes de garantir mais segurança para as pessoas que estão em empreendimentos residenciais e comerciais. Para checar se um sprinkler é certificado ou não, o usuário pode consultar diretamente os sites dos organismos de certificação, como ABNT, UL e FM, por exemplo.

ALERTA

Estima-se que quase 30% do mercado predial, incluindo shoppings e edificações comerciais, possui sprinklers sem certificação instalados. 28 REVISTA DA INSTALAÇÃO


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DESTAQUE

| Qualidade

O “X” da

REPORTAGEM: CLARICE BOMBANA

A qualidade dos materiais elétricos de baixa tensão é um problema sério e persistente. Ainda se observam fabricantes que apostam no preço reduzido em detrimento ao desempenho e à segurança dos produtos. 30 REVISTA DA INSTALAÇÃO


Questão

A

segurança de uma instalação elétrica predial, seja numa edificação residencial, comercial ou industrial, tem início no desenvolvimento de um bom projeto. Porém, se no momento da compra o usuário ou instalador optar por produtos de qualidade duvidosa, o resultado pode ser catastrófico. A qualidade dos produtos elétricos de baixa tensão – como fios e cabos, canaletas e eletrodutos,

dispositivos de proteção (DR, DPS e disjuntores), quadros de distribuição, lâmpadas e luminárias, interruptores e tomadas – vem melhorando gradativamente, mas ainda não dá para o consumidor escolher e comprar de olhos fechados. “Hoje, o segmento de produtos elétricos de baixa tensão está melhor do que há cinco ou dez anos, porém, estamos longe de mercados como o europeu e o americano, onde REVISTA DA INSTALAÇÃO 31


DESTAQUE

| Qualidade

bui e muito para melhorar a segurança dos produtos oferecidos ao mercado e barrar os de origem duvidosa. Outro fato que merece atenção é o aumento do volume de vendas dos produtos elétricos do segmento de baixa tensão pela Internet, onde o consumidor encontra diferentes marcas e fornecedores, muitas vezes desconhecidos, e que fornecem ‘cópias’ de produtos que são vendidos em média e grande escala, porém, não atendem as exigências mínimas de qualidade, trazendo riscos e prejuízos às instalações e aos usuários finais. Diante desse quadro, divulgar e orientar lojistas, instaladores e consumidores quanto aos riscos dos produtos fora de norma é um dos melhores caminhos para evitar a concorrência desleal e garantir a evolução do setor. Veremos, a seguir, um breve relato de como estão alguns segmentos do universo de material elétrico de baixa tensão, em relação aos quesitos qualidade e segurança.

Foto: HMNews

produtos de má qualidade, inseguros e que não seguem normas são a exceção”, afirma Hilton Moreno, professor, consultor e diretor da HMNews Editora. Segundo ele, o problema também é cultural. “Existe produto de baixa qualidade porque tem gente que compra. Nas localidades onde o consumidor, em geral, é menos exigente e falta informação, surge a oportunidade para fabricantes e revendedores menos responsáveis atuarem com sucesso”. Por outro lado, o mercado de produtos elétricos de baixa tensão é bem servido por normas técnicas, o que significa que há documentos adequados e com força de lei que direcionam o fabricante a produzir com o mínimo de qualidade e segurança. Para uma série de produtos nesta área, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) também já estabeleceu a certificação compulsória (Selo de Identificação da Conformidade), medida que contri-

Em termos de qualidade, o segmento de produtos elétricos de baixa tensão está melhor do que há cinco ou dez anos, porém, estamos longe de mercados como o europeu e o americano. HILTON MORENO HMNEWS EDITORA

Foto: ShutterStock

Fios e cabos elétricos

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Os condutores elétricos que podem ser utilizados em uma instalação estão definidos na norma NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão, a qual descreve os tipos de cabos e suas respectivas normas da ABNT. Boa parte dos fios e cabos descritos na NBR 5410 possui certificação compulsória do Inmetro, o que deveria garantir uma competição honesta entre os bons fabricantes e produtos de qualidade. As famílias de produtos que possuem certificação compulsória estão descritas na Portaria do Inmetro nº 640/2012. Segundo Maurício Sant’ana, secretário-executivo da Associação Brasileira pela Qualidade dos Fios e Cabos Elétricos (Qualifio), burocraticamente, as normas são cumpridas, mas no mundo real, a grande parte dos fabricantes ainda não adota a prática mínima de qualidade. “Em 2017, avaliamos 90 fabricantes


Foto: Divulgação

elétrico do imóvel, no qual cada circuito será dimensionamento de acordo com suas cargas, distâncias e influências externas. A especificação dos condutores de baixa tensão deve considerar: ✖ Se são fio, cabo rígido ou cabo flexível; ✖ Se são condutores isolados (750 V), cabos unipolares ou multipolares (0,6/1 kV); ✖ Se são isolados para trabalhar até 70 ou 90ºC; ✖ Se devem ser não halogenados. Após definido o projeto, o consumidor deve pesquisar quais marcas estão em perfeita conformidade com o Inmetro, não deixando se levar apenas pelo fator preço.

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rStoc

do na mão, começam a produzir o produto barato e sem qualidade, que não atende a necessidade do consumidor. Encontramos fabricantes que possuem várias marcas e, quando há um problema com a fiscalização de uma das marcas, continuam comercializando as outras”, revela Nelson Volyk, gerente de Engenharia de produto da SIL Fios e Cabos Elétricos. De acordo com Nelson, essas transgressões ocorrem devido a brechas nos processos da certificação compulsória do Inmetro e na dificuldade deste órgão do governo em atuar. Outro problema é que o Inmetro fiscaliza centenas de famílias de produtos e, por isso, acabou credenciando novas certificadoras para o segmento de fios e cabos, que não estão atendendo à expectativa de produtos certificados com qualidade. Conforme levantamento da Qualifio, 52% dos condutores para baixa tensão estão em desacordo com as normas vigentes. Este número foi obtido sobre uma amostragem de 851 produtos durante o ano de 2017. “O grande problema é a alta resistência elétrica, chegando a uma média de 29% acima do especificado em norma. E essa discrepância vai causar danos ao consumidor, como maior consumo de energia elétrica, além do risco de curtos-­circuitos e até mesmo de incêndios”, menciona Maurício Sant’ana. Antes de comprar fios e cabos é fundamental que seja realizado o projeto

hutte

MAURÍCIO SANT’ANA QUALIFIO

PAULO ALESSANDRO DELGADO COBRECOM

S Foto:

Em 2017, avaliamos 90 fabricantes de fios e cabos elétricos e somente 22 estavam de acordo com as normas no quesito qualidade.

A economia inicial com a compra de condutores elétricos irregulares poderá resultar em prejuízos e gastos maiores com a conta de energia e a revisão precoce da instalação elétrica.

Foto: Divulgação

e somente 22 estavam de acordo com as normas no quesito qualidade”, revela. “Uma parte do mercado e alguns Organismos Certificadores de Produtos (OCPs) são coniventes com as ações dos fabricantes de má índole. Este mercado prioriza preço e as margens de lucro e alguns OCPs não monitoram o comércio como prescrito nas Portarias do Inmetro. Portanto, a questão mais crítica ainda é a fiscalização, que é falha”, pontua Sant’ana. Os fios e cabos elétricos, para uso nas instalações elétricas fixas, devem ter a certificação compulsória do Inmetro, cujo selo é a mínima garantia de qualidade, segurança e da procedência dos materiais. “Alguns fabricantes que trabalham de forma irregular estão, inclusive, imprimindo o selo no produto sem possuir a certificação, ou seja, enganam o consumidor descaradamente”, complementa Paulo Alessandro Delgado, gerente de Marketing da Cobrecom Fios e Cabos Elétricos. “Na prática, ainda há muito problema, mesmo nos produtos certificados. Os maus fabricantes, a partir de um certifica-

REVISTA DA INSTALAÇÃO 33


DESTAQUE

| Qualidade

Para a segurança do consumidor, o ideal é comprar condutores elétricos de marcas tradicionais.

Foto: Divulgação

NELSON VOLYK SIL FIOS

“Preço muito abaixo dos fabricantes tradicionais de fios e cabos é sinal de perigo. A margem dos fabricantes é muito baixa, na casa de um dígito. Logo, diferenças maiores que um dígito já devem causar alerta. Uma diferença maior pode ser devido à sonegação de impostos, a produtos fruto de roubo ou desbitolados (menos cobre). Para a segurança do consumidor, o ideal é comprar condutores elétricos de marcas tradicionais”, indica o gerente da SIL. Sobre a aquisição de produtos com preços muito baixos, Paulo Alessandro Delgado vai além: “A economia inicial com a compra de condutores elétricos irregulares poderá resultar em prejuízos e gastos maiores com a conta de energia e a revisão precoce da instalação elétrica, uma vez que, para resolver o problema, será necessário comprar novos produtos

certificados e gastar com mão de obra para executar as correções”. É importante saber que os fios e cabos piratas não contam, além de outras coisas, com a mesma qualidade da isolação que os produtos certificados. Por isso, ocorrem fugas de corrente elétrica, que podem provocar aumento na conta de energia, desarmes frequentes dos disjuntores e dispositivos DR, curtos-circuitos e até incêndios, com o aumento de temperatura nos pontos de conexão. Muitas isolações de má qualidade também não possuem a propriedade de não propagação de chama, fundamental para a segurança das edificações. Outro problema diz respeito aos rolos dos fios e cabos piratas, os quais geralmente apresentam menos de 100 metros, ou seja, o proprietário da obra acabará tendo de comprar mais material para completar a instalação elétrica. “Além da péssima qualidade das matérias-primas usadas em sua fabricação, os condutores irregulares apresentam problemas como vida útil comprometida, menor resistência às intempéries e peso reduzido devido à falta de cobre em sua composição”, complementa o gerente da Cobrecom. No site do Inmetro é possível obter a relação de todas as marcas que estão regularizadas com a certificação dos pro-

dutos. “No ponto de venda, o consumidor e o comerciante devem checar ainda se os produtos estão claramente identificados, se existe na etiqueta o número de registro do produto, o selo do Inmetro e o logo do OCP”, lista Sant’ana. Sendo assim, o que precisa ser melhorado? Ou quais os desafios deste segmento? “Aprimorar e aumentar a fiscalização e fazer um trabalho de conscientização junto ao consumidor e principalmente junto aos revendedores de materiais elétricos quanto aos riscos de utilizar produtos irregulares. É preciso que as revendas, lojas, distribuidoras, instaladoras e construtoras também sejam conscientes e não especifiquem ou revendam esse tipo de material, pois nesses casos, terão clientes insatisfeitos e poderão se tornar corresponsáveis por eventuais problemas na obra e perderão credibilidade no mercado”, avalia Delgado. Para o secretário da Qualifio, o grande desafio é a melhoria da infraestrutura do Inmetro e IPEMs, para que possam atender não só as denúncias da Qualifio, mas fiscalizar todo o mercado brasileiro. Nesse sentido, a Qualifio tem doado a esses organismos equipamentos de medição portáteis, com os quais os fiscais podem realizar a medição de resistência elétrica in loco. A Qualifio também assinou um convênio com o IPEM-SP para a doação de um laboratório de medições básicas, mas suficientes, para detectar fraudes nos fios e cabos elétricos comercializados no Estado. O laboratório do IPEM-SP também prestará serviços aos IPEMs de outros estados.

Canaletas e acessórios Existem normas brasileiras que regem o mercado de canaletas (alumínio e plástico), no entanto, elas não são atendidas por todos os fabricantes. “Apesar de toda norma conter recomendação de procedimento, nem sempre ela é cumprida. Por isso, apesar das tentativas, o mercado de 34 REVISTA DA INSTALAÇÃO

canaletas ainda não está bem organizado sob esse aspecto. Acreditamos ser de suma importância que estes produtos tenham o selo do Inmetro, mesmo que de forma voluntária”, afirma Lurian Machado, técnico projetista do Departamento de Engenharia da Dutotec.

Segundo os fabricantes, os principais critérios que devem ser observados na especificação/aquisição desses produtos são: resistência mecânica; proteção contra interferências eletromagnéticas; propriedades de não propagação de chamas; durabilidade; facilidade de


O mercado de canaletas é coberto por normas técnicas, mas nem todos os fabricantes seguem suas recomendações.

alteração de layout; e, a retirada da tampa apenas através de ferramentas (característica importante, prevista na NBR 5410).

Assim como outros produtos da área elétrica, ao se comprar uma canaleta, não se deve levar em consideração apenas o preço, e sim o custo-benefício final. “Recomenda-se ainda fazer um retrospecto da tradição da empresa. Com certeza, produtos de qualidade e material inferior não terão resistência mecânica adequada, nenhuma proteção de

Foto: Divulgação

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ATENÇÃO

Acreditamos ser de suma importância que as canaletas tenham o selo do Inmetro, mesmo que de forma voluntária. LURIAN MACHADO DUTOTEC

interferência eletromagnética, raramente são não propagantes de chamas e as tampas são retiradas com as mãos, sem o auxílio de ferramentas adequadas”, conclui Machado.

Interruptores e tomadas Para cada tipo de produto deste segmento, há uma norma e uma Portaria do Inmetro aplicável (tabela abaixo). Portanto, exige-se a certificação compulsória. “De modo geral, essa é uma

Ilustração: ShutterStock

Produto

necessidade reconhecida pelo mercado e dificilmente encontramos produtos que não seguem a regra”, afirma Fábio Lessa, coordenador do Departamento de Qualidade da Steck, que completa: “A exceção são os adaptadores, pois é fácil encontrar ‘alternativos’ ou ‘genéricos’ não avaliados, com diversas configurações sendo comercializados principalmente em lojas de utensílios em geral”.

Normas

Portaria Inmetro

ABNT NBR NM 60669-1/2004

nº 234 de 30/6/2008

Tomadas

ABNT NBR NM 60884-1 e NBR 14136

nº 85 de 3/4/2006

Plugues

ABNT NBR NM 60884-1 e NBR 14136

nº 85 de 3/4/2006

ABNT NBR 14936:2006

nº 324 de 21/8/2007

Interruptores

Adaptadores

Durante o processo de escolha e especificação dos interruptores e tomadas, o usuário deve responder as seguintes questões: ✖ Qual será a aplicação para este produto? ✖ Qual a corrente a ser suportada? ✖ Qual será o tipo de ligação e conexão? ✖ Qual a seção de cabo admissível? ✖ Onde será utilizado (área interna ou externa)? Somente após esta análise, deve-se considerar e avaliar o design. Como são produtos funcionais, de uso cotidiano, a estética acaba se tornando um atributo importante para a decisão do cliente. Em caso de interruptores e tomadas com qualidade inferior aos prescritos pela regulamentação, os riscos não REVISTA DA INSTALAÇÃO 35


DESTAQUE

são pequenos. “Pode haver um eventual choque elétrico, no caso das distâncias de isolação não serem respeitadas ou quando o material isolante não for apropriado para determinada aplicação. Há também o risco de incêndio, ocasionado por aquecimento, caso os contatos não sejam bem dimensionados para a corrente aplicada. Por isso, o cliente deve se atentar ao material termoplástico empregado, que deve ser auto-extinguível”, adverte Lessa.

Portanto, o grande desafio aqui é fazer com que o consumidor entenda a importância de ter um produto projetado e fabricado de acordo com as normas vigentes, uma vez que é a sua segurança que está em jogo. “No âmbito da certificação, é necessário ampliar o escopo para novas soluções que surgem no mercado, como interruptores eletrônicos e saídas USB”, cita o coordenador da Steck.

Dispositivos de Proteção Segundo o engenheiro Tiago Dalzochio, do Grupo Soprano, para ter certeza do cumprimento destas normas bem como uma melhor organização do mercado como um todo, é necessária uma maior atuação por parte dos órgãos fiscalizadores. Atualmente, apenas os disjuntores padrão NBR IEC 60898 até 63 A e padrão NEMA até 60 A possuem certificação compulsória do Inmetro. Os DR e DPS não. “O selo possui um papel importante na definição e fiscalização dos critérios mínimos de qualidade de um produto, fazendo com que todos os fabricantes e revendedores atendam a essas exiFoto: ShutterStock

A Soprano é uma empresa de material elétrico que está no mercado nacional há 63 anos e atualmente comercializa um mix com mais de 1.000 produtos, entre eles estão disjuntores, DR (dispositivo diferencial residual) e DPS (dispositivo de proteção contra surtos). Para cada produto desta família, existe uma norma técnica específica que rege a forma construtiva, a qualidade e padrões de ensaios. Os disjuntores são fabricados pela empresa em conformidade com a NBR NM 60898 e a NBR IEC 60947-2; os DR seguem as normas NBR NM IEC 61008-1 e NBR NM IEC 61008-2; e os DPS seguem a norma NBR IEC 61643-1.

36 REVISTA DA INSTALAÇÃO

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| Qualidade

gências mínimas de qualidade e segurança”, destaca Dalzochio. No momento da aquisição de dispositivos de proteção elétrica, deve-se considerar alguns pontos importantes. No caso dos disjuntores, além do selo do Inmetro, é preciso verificar se a curva de atuação está de acordo com o projeto tal como a corrente de curto-circuito que vem descrita em kA. Já os dispositivos diferenciais residuais (DR) precisam de uma atenção especial no momento de sua especificação, já que hoje temos dois modelos comercializados no Brasil: *Interruptor Diferencial Residual (IDR): este é o modelo mais comercializado no Brasil e serve para monitorar as correntes de fuga de um determinado circuito (este dispositivo não atua por sobrecorrente), protegendo as instalações e o usuário final contra fuga de energia e choques elétricos. Este dispositivo deve obrigatoriamente ser instalado em série depois de um disjuntor e deve ter corrente nominal maior ou no mínimo igual a do disjuntor. *Disjuntor Diferencial Residual (DDR): este modelo é pouco comercializado no Brasil e possui incorporado um sistema tanto para fuga de energia quanto para sobrecorrentes, não sendo necessário o uso de um disjuntor em série.


No caso dos dispositivos de proteção, o usuário precisa estar atento à qualidade dos produtos e do técnico que efetuará a instalação, pois no caso de falha de funcionamento, os danos causados podem ser de grandes proporções.

Foto: Divulgação

TIAGO DALZOCHIO GRUPO SOPRANO

Já os dispositivos de proteção contra surto (DPS) servem para drenar à terra os picos de corrente gerados por sobretensões causadas por descargas atmos-

féricas e manobras da concessionária de energia, minimizando o impacto destes picos nos componentes eletroeletrônicos das instalações. Na hora da compra desses dispositivos de proteção, mais uma vez, o usuário precisa estar atento aos produtos que possuem preço muito abaixo do praticado pelo mercado e verificar o atendimento às normas e as certifica-

ções obrigatórias. “O consumidor deve checar a credibilidade da empresa no mercado e considerar também a continuidade do fornecimento das soluções, pois existem muitas empresas que iniciam a comercialização de um produto e após um curto período saem do mercado, deixando o cliente final com uma solução parcial ou sem um suporte pós-­ venda para seus produtos”, aponta o engenheiro da Soprano. “O usuário precisa estar atento à qualidade tanto dos produtos quanto do técnico que efetuará a instalação, pois no caso em que um desses dispositivos deixe de atuar ou esteja instalado de forma incorreta, os danos causados podem ser de grandes proporções, como incêndios por curto-circuito nas instalações ou choque elétrico”, finaliza Dalzochio.

Quadros de distribuição e eletrodutos Os quadros de distribuição elétrica para uso por pessoas não qualificadas, como é o caso das residências e comércios, devem atender a norma NBR IEC 60439-3 (Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão). Já os eletrodutos flexíveis corrugados atendem a norma ABNT NBR 15465, que determina os requisitos de desempenho para sistemas de eletrodutos plásticos destinados a instalações elétricas de baixa tensão embutidos, enterrados ou aparentes, em obras residenciais, comerciais ou industriais. A respectiva norma, no entanto, não é compulsória. Segundo Roberto Aimi, diretor-­ executivo da Tramontina Eletrik, esses dois nichos de mercado ainda contam com produtos fora da normalização, o que prejudica o desenvolvimento do setor como um todo e coloca em risco a segurança das instalações, das edificações e das pessoas. “Um quadro de distribuição de baixa qualidade pode aquecer em caso de sobrecarga ou cur-

to-circuito. Logo deve empregar materiais que não propagam chamas”, ressalta o executivo. Já o eletroduto flexível corrugado, além de proteger os condutores elétricos contra impactos e agentes químicos tem, ainda, uma função fundamental: a de não propagar chamas em caso de incêndio. Ao escolher um eletroduto, além da segurança, o consumidor deve considerar também a questão ambiental, uma vez que materiais de baixa qualidade diminuem a durabilidade do produto e levam à sua substituição precoce, tornando-­ se fonte de desperdício. Além de estar dentro das especificações da norma, tanto o quadro de distribuição como o eletroduto devem atender as necessidades do projeto elétrico. “A escolha apenas pelo preço pode

induzir à compra de um produto que não atende às especificações técnicas da instalação elétrica daquela residência ou comércio. Por isso, é importante dar preferência às marcas consolidadas e fazer o comparativo entre os produtos que estão dentro das especificações”, sublinha Aimi.

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ESPAÇO SINDINSTALAÇÃO

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o último dia 26 de julho foi realizado na FIESP o 2º Workshop MasterInstal, uma realização do SINDINSTALAÇÃO e ABRINSTAL, com organização da Garrido Marketing. O principal objetivo do Workshop é disseminar conhecimento através dos cases vencedores da última edição do Prêmio MasterInstal. Na segunda edição do Workshop foram apresentados os seguintes cases, por experts do setor de instalações: ✖ Escola SENAI “Orlando Laviero Ferraiuolo” - “O pensamento ambiental no ensino técnico de instalações prediais com foco no uso eficiente de recursos hídricos e energéticos”, por Natália Gaspar. 38 REVISTA DA INSTALAÇÃO

✖A lvenius e Edmat Instalações “Centro de Serviços Alvenius: O “Lego” das tubulações para combate a incêndio”, por Cristian Bueno. ✖ Engemon - “Sistema Fotovoltaico na Geração de Energia”, por Ricardo Machado. ✖ Teckma Engenharia - “Utilização da Metodologia BIM para ganhos de Produtividade e Qualidade”, por Samuel Toniello. ✖ Tecnisa e WAGO - “Estratégia de ganho de produtividade e qualidade em instalações elétricas prediais com o uso de TECNOLOGIA INOVADORA”, por Marcelo Matsusato. O evento contou com a presença de mais de 50 executivos de grandes em-

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WORKSHOP MASTERINSTAL LIDERANÇAS DO SETOR


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Atualize seu cadastro para o correto recebimento dos comunicados Contatos:

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DIRETORIA JOSÉ SILVIO VALDISSERA Presidente e Delegado Representante Fiesp Efetivo MARCOS ANTONIO PASCHOTTO Diretor VP de Instalações Prediais Elétricas

Fotos: Divulgação

LUIZ CARLOS VELOSO Diretor VP de Instalações Prediais Hidráulicas e Gás - Delegado Representante Fiesp Suplente

presas, reunindo lideranças que estão diretamente envolvidas na valorização e reconhecimento das melhores práticas em suas organizações. O 2º Workshop MasterInstal contou com patrocínio da MEGABARRE e UNIKAP. O evento é parte integrante do Prêmio MASTERINSTAL, que está em sua décima segunda edição. O tão aguardado evento de premiação será realizado em 30 de outubro, no Macksoud Plaza, em São Paulo (SP) e tem patrocínio Ouro da MEGABARRE, UNIKAP, COBRECOM, LUBRIZOL/AMANCO, além da Cota Apoio da COBRESUL.

Informações e inscrições:

www.premiomasterinstal.com.br

LUIZ ANTONIO ALVAREZ Diretor VP de Sistemas de Aquecimento – Delegado Representante Fiesp Suplente MARCO ALBERTO DA SILVA Diretor VP de Instalações Industriais VICTOR JOSÉ RONCHETTI Diretor VP de Instalações Prediais de Sistemas Complementares Diretores VP – Conselho Fiscal NELSON GABRIEL CAMARGO IVAN MACHADO TERNI RAMON NICOLAS OLMOS ODIL PORTO JUNIOR FERNANDO BELOTTO FERREIRA SURAHIA MARIA JACOB CHAGURI

Av. Paulista, 1313 - 9º andar - cj 905 Cerqueira Cesar - São Paulo 01311-923 - (11) 3266-5600 www.sindinstalacao.com.br

REVISTA DA INSTALAÇÃO 39


ESPAÇO SINDINSTALAÇÃO

| Abrinstal

Procel e Abrinstal firmam parceria para promover normalização de gestão e economia no Brasil

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Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) firmou uma parceria com a Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações (Abrinstal), com a finalidade de promover o desenvolvimento da normalização relativa à gestão e economia de energia no Brasil. A Abrinstal é a coordenadora do Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia (ABNT CB-116), que é espelho do Energy Management & Energy Savings (ISO-TC 301). São projetos que atuam na normalização de gestão e economia de energia. A parceria é mais uma ação prevista no Plano Anual de Aplicação de Recursos do Procel, de acordo com a Lei nº 13.280/2016. “Trata-se de um projeto ícone da promoção de gestão de energia no país”, conta o diretor-executivo da Abrinstal, Alberto Fossa, que no final de junho participou de uma reunião no México, da ISO 50.001, que teve importante destaque para a América Latina, incluindo maior participação de países latino-americanos nesses fóruns de gestão de energia. Participaram da reunião representantes da Argentina, Co-

lômbia, Chile e Bolívia, que são quatro países que nunca tinham participado dos movimentos recentes sobre esse tema. Representantes do México também participaram da reunião, mas o país tem trabalhado nessa questão, como o Brasil. “Essa parceria do Procel é fundamental para as ações de fomento de gestão e economia no país, pois, até então, no quesito de normalização, não tínhamos o suporte adequado. E faz toda a diferença o apoio de governo para fomentar ações nessa área tão importante. Ganham força as iniciativas de impulsionar esse tema e ações no Brasil”, conta Fossa. Na reunião no México foi vencida mais uma etapa da revisão da ISO 50.001. Integrantes do TC301 se reuniram para finalizar a revisão dos textos dessa norma técnica que trata de gestão e economia de energia. Uma das atividades consideradas mais importantes foi o início da revisão da ISO 50.004, que trata do guia de aplicação da 50.001, além da preparação da revisão da ISO 50.006, que trata do cálculo de indicadores de desempenho energético.

Inscrições para MasterInstal foram prorrogadas até 31 de agosto

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oram prorrogadas as inscrições para o 12º Prêmio MasterInstal. Elas vão até o dia 17 de agosto e o envio de cases até o dia 31 de agosto. O MasterInstal é a maior vitrine do setor de instalações prediais do país. Ele é dirigido às empresas e profissionais da cadeia produtiva da indústria de instalações, desde o projeto até sua implementação final. Os interessados poderão se inscrever em uma ou mais das cinco categorias previstas: qualidade, conformidade e sustentabilidade; projetos, métodos e processos; treinamento, qualificação e segurança; tecnologia aplicada na execução das instalações; e tecnologia em produtos, materiais, equipamentos e sistemas. 40 REVISTA DA INSTALAÇÃO

A abrangência do prêmio é nacional e serão recebidos cases de empresas instaladoras, projetistas, gerenciadoras de obras, construtoras, incorporadoras, fornecedores ou fabricantes de materiais e equipamentos, instituições de treinamento e qualificação de mão de obra, concessionárias de distribuição de água, energia elétrica e gás, ESCOs (Empresas de Serviços de Eficiência Energética) e prestadores de serviços técnicos envolvidos na cadeia produtiva da indústria de instalações. O Masterinstal é uma realização do Sindicato da Indústria de Instalações (Sindinstalação) e da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações (Abrinstal), em parceria com a Garrido Marketing, desde a primeira edição.


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| Seconci

Seconci-SP atende em 12 municípios do Interior e Litoral O Seconci-SP (Serviço Social da Construção) dispõe de Unidades para atendimento médico-ambulatorial e odontológico aos funcionários de suas empresas contribuintes da construção civil em 12 municípios do Interior e Litoral do Estado de São Paulo, além da Unidade Central, localizada na Capital. Haruo Ishikawa, presidente do Seconci-SP, convida os dirigentes das empresas destes municípios, não-­ contribuintes da entidade, a visitarem estas Unidades e constatarem pessoalmente a qualidade do atendimento e as vantagens oferecidas pela entidade.

“O Seconci-SP tem dois grandes atrativos. Seu custo para a empresa é de apenas 1% da folha mensal de pagamento. E traz benefícios adicionais como o atendimento odontológico, dificilmente encontrado no SUS”, afirma. Ishikawa lembra que a entidade também atende as subempreiteiras da construção. “É muito importante que a contratante principal estimule suas subcontratadas a contribuírem com o Seconci-SP. Isso é benéfico para todo o setor e certamente evitará problemas futuros que tenham potencial de prejudicar a produtividade das obras”, alerta.

São as seguintes as Unidades do Interior e Litoral, com seus respectivos serviços e endereços: ✚ ABC - Especialidades: Clínica Geral, Ginecologia e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Audiometria, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Espirometria, Exames Laboratoriais e Radiologia Av. Dom Pedro II, 402 - Santo André Tel.: (11) 4200-8140 ✚ Bauru - Especialidades: Clínica Geral e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Audiometria, Espirometria, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Exames Laboratoriais e Radiologia Rua Gustavo Maciel, 16-31 Tel.: (14) 3570-1020 ✚ Campinas - Especialidades: Clínica Geral, Dermatologia, Ginecologia, Pediatria e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Audiometria, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Espirometria, Exames Laboratoriais e Radiologia Rua 11 de Agosto, 265 Tel.: (19) 4042-6418 ✚ Cubatão - Especialidades: Clínica Médica, Oftalmologia e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Audiometria, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Espirometria, Exames Laboratoriais e Radiologia Praça Dr. Getúlio Vargas, 126 Tel.: (13) 4042-1451

42 REVISTA DA INSTALAÇÃO

✚ Mogi das Cruzes - Especialidades: Clínica Geral e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Audiometria, Espirometria, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia e Exames Laboratoriais Av. Braz de Pina, 185 - Tel.: (11) 4200-8340 ✚ Piracicaba - Especialidades: Clínica Geral, Cardiologia, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Espirometria e Exames Laboratoriais Rua Ipiranga, 870 - Tel.: (19) 3052-4608 ✚ Praia Grande - Especialidades: Clínica Geral, Ginecologia, Pediatria, Psiquiatria e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Audiometria, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia e Exames Laboratoriais Rua Jaú, 880 - 7º andar, salas 74 e 75 Tel.: (13) 4042-1453 ✚ Ribeirão Preto - Especialidades: Cardiologia, Clínica Geral, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria, Urologia e Odontologia ❱ Serviços Complementares:Audiometria, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Espirometria, Exames Laboratoriais, Mamografia, Radiologia e Ultrassonografia Av. Independência, 284 - Tel.: (16) 3604-0300 ✚ Riviera de São Lourenço - Especialidades: Clínica Médica, Ginecologia, Pediatria e Odontologia

❱ Serviços Complementares:Eletrocard iografia e Exames Laboratoriais Av. Marginal, 2717, Shopping Up Town Riviera - Loja 5 - Tel.: (13) 4042-1452 ✚ Santos - Especialidades: Clínica Geral, Cardiologia, Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria, Pneumologia, Psiquiatria e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Audiometria, Ecocardiografia, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Espirometria, Exames Laboratoriais e Radiologia Av. Siqueira Campos, 253 Tel.: (13) 4042-1450 ✚ São José dos Campos - Especialidades: Clínica Geral, Cardiologia, Dermatologia, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia, Pediatria e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Audiometria, Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Espirometria, Exames Laboratoriais e Radiologia Rua Samuel Antonio Rodrigues, 401 Tel.: (12) 3042-2161 ✚ Sorocaba - Especialidades: Clínica Geral, Dermatologia, Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Pediatria e Odontologia ❱ Serviços Complementares: Eletrocardiografia, Eletroencefalografia, Exames Laboratoriais e Radiologia Av. General Osório, 391 Tel.: (15) 3042-1840



PRODUTOS

❱❱ CÂMERAS TERMOGRÁFICAS

Para aplicações de pesquisa precisa, ciência e engenharia, apenas ver o que está quente não é suficiente – é necessário medir e analisar também. As novas Câmeras Termográficas da Fluke® RSE300 e RSE600 são as primeiras câmeras totalmente radiométricas e de montagem fixa da Fluke, com recursos avançados incluindo plug-ins dos softwares MATLAB® e LabVIEW® para analisar dados térmicos facilmente. As câmeras RSE300 e RSE600 transmitem continuamente até 60 quadros de dados por segundo, permitindo monitoramento detalhado de padrões e variações de temperatura. Com o software para desktop SmartView® incluído, os usuários podem focar a câmera remotamente, capturar imagens automaticamente, ajustar o nível e o alcance e analisar vídeos infravermelhos quadro a quadro. O software também torna mais fácil editar imagens, gerar relatórios personalizados e exportar imagens em diversos formatos, para compartilhamento rápido de dados térmicos.

❱❱ NOVA APRESENTAÇÃO

A linha eletricidade da Fortlev está com novidades. Os Eletrodutos flexíveis de 20 e 25 mm agora também estão sendo vendidos em embalagens com 10 metros. O objetivo é atender a demanda de pequenas obras e reformas, diminuindo a sobra de material. Além da nova metragem, o produto também apresenta embalagem diferenciada, com furo para gancheira, o que permite a melhor exposição nos pontos de venda. Com resistência diametral de carga de até 320N/5 cm, os Eletrodutos são recomendados para aplicação em paredes e a sua geometria flexível permite fazer curvas para mudar a direção sem o uso de conexões. Leve e fácil de transportar e instalar, o produto ainda possui elevada resistência contra a corrosão, favorecendo o seu uso em regiões litorâneas. Toda a linha atende às especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e é produzida em PVC, matéria-prima empregada em revestimentos de cabos flexíveis e outros componentes elétricos por não propagar fogo.

❱❱ MELHORIA DE DESEMPENHO

A Johnson Controls destaca o Johnson Controls Enterprise Management (JEM), plataforma de aperfeiçoamento abrangente, analítica e baseada em nuvem que analisa de forma proativa os dados de energia e os equipamentos de um edifício para identificar problemas, falhas e oportunidades de melhoria de desempenho e de economia operacional. O JEM trabalha com o sistema de automação predial Metasys®, outros sistemas de automação predial e medidores de energia que suportam a comunicação IP da BACnet para extrair grandes quantidades de dados e transmiti-las com segurança para a nuvem, onde são transformadas em informações acessíveis. 44 REVISTA DA INSTALAÇÃO


❱❱ MONITORAMENTO E CONTROLE

Líder global no fornecimento de tecnologias que atendem à crescente demanda da cadeia produtiva de alimentos, eficiência energética, soluções favoráveis ao clima e infraestrutura moderna, a Danfoss atualiza o atuador digital NovoCon® S com o controle do delta de temperatura da água. Indicado para o aperfeiçoamento do controle do balanceamento hidrônico em edifícios comerciais, o NovoCon® S conta agora com o controle de dT, muito importante para evitar a síndrome de baixo dT no chiller. Com a atualização, o NovoCon® S faz o monitoramento e o controle do dT, constantemente analisando a diferença de temperatura. O atuador digital entra em ação sempre que o setpoint de dT estiver abaixo do mínimo e começa a modular a válvula para garantir o dT de projeto. Com a garantia do dT correto, o sistema fica muito mais eficiente. O atuador digital NovoCon® S é feito sob medida para as válvulas de controle independentes de pressão AB-QM, criando uma conexão perfeita entre sistema hidrônico e automação predial. O NovoCon® S conecta o sistema de aquecimento ou de resfriamento com o BMS e adiciona novos níveis de balanceamento hidrônico com funções de controle operadas remotamente.

❱❱ MAIOR DURABILIDADE

A Bosch apresenta no mercado brasileiro uma nova linha de serra copo com cobalto adicional, que proporciona melhor desempenho durante o uso e mais durabilidade em relação aos produtos similares disponíveis no mercado. A novidade é desenvolvida com 8% de cobalto, que tem a função de resfriar a serra copo durante a perfuração. Graças a este diferencial na composição do produto, o usuário tem mais facilidade e agilidade na hora de cortar diversos tipos de materiais, como madeiras, plásticos, metais e até inox. Com 53 tipos de diâmetros diferentes – de 14 a 152 mm – o portfólio de serra copo com cobalto da Bosch atende as demandas de profissionais da indústria metal-mecânica, instaladores, construtores, carpinteiros, eletricistas e encanadores.

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PRODUTOS

❱❱ ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

A Tramontina, por meio de sua divisão Ex, possui em seu portfólio os Painéis CEEx, que são utilizados em ambientes onde há a presença de atmosferas explosivas, com foco no mercado industrial, especialmente refinarias, plataformas, silos e indústrias alimentícias e farmacêuticas. Preparados para atender a todos os tipos de instalações em atmosferas explosivas, os Painéis CEEx da Tramontina são projetados para montagem com equipamentos e componentes internos, de acordo com as necessidades de usuários e projetistas. Os Painéis CEEx da Tramontina são fabricados em aço inox, aço carbono, poliéster e liga de alumínio. Têm proteção combinada à prova de explosão com segurança aumentada (Ex d e) e poeiras combustíveis (Ex tb), para zonas 1, 2, 21 e 22 e grupos IIC e IIIC. Podem ser fornecidos com bornes, acionamentos de comando e sinalização, amperímetros, voltímetros, disjuntores, contadores, relés, proximitors, barreiras isoladoras, barreiras zener, condicionadores de sinal, repetidores digitais e analógicos, drivers digitais e analógicos, monitor de velocidade, conversores de sinais, monitores de movimento, entre outros. O grau de proteção IP66 garante que os Painéis CEEx sejam instalados com segurança em ambientes externos, sob sol e chuva, e possam também ser utilizados em ambientes com grande incidência de poeira e em locais suscetíveis a jatos potentes de água. Os produtos da Tramontina Ex atendem às normas brasileiras da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e estão em concordância com as normas internacionais IEC (International Electrotechnical Commission).

❱❱ ISOLAÇÃO EM HEPR

A IFC/Cobrecom destaca seus cabos elétricos com isolação em HEPR, como o Cabo GTEPROM Flex HEPR 90ºC. Fabricado com a mais alta tecnologia, que garante segurança e qualidade superior para qualquer instalação elétrica, esse condutor elétrico é indicado para tensões nominais até 0,6/1kV e pode ser aplicado em circuitos de alimentação e distribuição de energia em instalações industriais, casas de máquinas de piscinas e de outros componentes da área de lazer, subestações de transformação, ao ar livre ou subterrâneas em locais de excessiva umidade ou diretamente enterradas no chão em eletrodutos, bandejas e canaletas. O Cabo GTEPROM Flex HEPR 90ºC é formado por fios de cobre nu, eletrolítico, têmpera mole, encordoamento classe 5 (flexível), isolado com composto termofixo Etileno Propileno (HEPR), tipo alto módulo para 90ºC e cobertura de Policloreto de Vinila (PVC), ST 2 antichama (BWF-B). O produto também possui certificação do Inmetro e está de acordo com as normas NBR 7286 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR NM – 280 da ABNT/Mercosul e NBR 5410 da ABNT.

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PRODUTOS

❱❱ FONTE DE ALIMENTAÇÃO

Compacta e incrivelmente versátil, a Fonte de Alimentação EPSITRON® ECO, da WAGO, é compatível com norma EN 60335. Sua versatilidade está no processo de montagem, que pode ser feito com a fixação direta, por meio de parafusos, ou em trilhos DIN-35, facilitando sua instalação em painéis e dispositivos de controle ultracompactos. As Fontes de Alimentação ECO monofásicas possuem ampla faixa de entrada para tensões de 100 a 240 VCA / 125 a 375 VCC, podendo ser conectadas a redes elétricas do mundo todo. Para a tensão de saída nominal de 12 VCC, estão disponíveis os modelos de 2, 4 e 8 A; já as de tensão de saída nominal de 24 VCC estão disponíveis para 1.25, 2.5, 5 e 10 A. Além dos painéis de controle em aplicações industriais e prediais, as Fontes de Alimentação EPSITRON® ECO estão prontas para uma série de outras demandas orientadas ao consumidor dentro do “padrão de eletrodomésticos”, graças à conformidade com a norma EN 60335. Isso permite que a WAGO traga a tecnologia industrial, de forma confiável e econômica, para aplicações cotidianas como, por exemplo, máquinas de venda automática (vending machines), máquinas de café, além de controle de aquecimento e sistemas de ventilação.

❱❱ ESPAÇOS REDUZIDOS

A Ralo Linear, empresa especializada em sistemas de escoamento, se baseou em estudos do setor para desenvolver novos produtos e apresenta entre as novidades o Ralo Tiny. Com apenas 25 cm de comprimento e 8 cm de largura, o produto foi desenvolvido para uso de segurança no ambiente fora do box, em banheiros que ficam cada vez menores. O Ralo Tiny chega como uma opção prática e sustentável para banheiros e lavabos. Desenvolvido 100% em aço inox, possui tecnologia de fabricação com corte a laser, dobra e solda apropriada para inox, evitando infiltrações. Ele substitui o modelo tradicional quadrado que em muitos projetos já não se encaixa entre o box e o vaso sanitário, por exemplo. Como é estreito e menor no comprimento, supre uma necessidade já presente em ambientes funcionais e reduzidos. A peça conta ainda com a válvula Fecha Ralo, aplicada à saída de 50 mm da base, que abre apenas com a passagem de água e previne a entrada e saída de insetos. Possui também grade de retenção de resíduos, aplicada entre a base e a tampa.

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AGENDA

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CURSOS/EVENTOS Connected Smart Cities Data/Local: 04 e 05/09 - São Paulo (SP) Informações: www.connectedsmartcities.com.br

Data/Local: 11/09 - São Paulo (SP) Informações: (11) 4225-5400 e www. forumpotencia.com.br

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Fórum Potência - São Paulo

14ª Plataforma Latino-Americana de Veículos Híbridos-Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias

Curso Energia solar: sistemas conectados à rede - integrador (teórico + prático)

Data/Local: 17 a 19/09 - São Paulo (SP) Informações: www.velatinoamericano.com.br

24 a 28/09 - São Paulo (SP) Informações: neosolar.com.br/cursos-energia-solar

Rio Oil & Gas 2018

Curso Sistemas fotovoltaicos

Data/Local: 24 a 27/09 - Rio de Janeiro (RJ) Informações: www.riooilgas.com.br

Data/Local: 26/09 - Sorocaba (SP) Informações: abbtreinamentos@br.abb.com

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