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A mudar a narrativa
Ochefe da diplomacia chinesa, Qin Gang, defendeu na sexta-feira que a China e a Europa devem “rejeitar a mentalidade da Guerra Fria”, numa altura em que a União Europeia (UE) discute o reajustamento da relação com Pequim. “Hoje em dia, algumas pessoas estão a insistir na narrativa da democracia contra a autocracia e até a falar de uma nova Guerra Fria”, disse Qin numa conferência de imprensa durante uma visita a Oslo.
Para Qin, uma nova Guerra Fria terá um resultado “ainda mais desastroso” do que a anterior, numa referência à divisão entre o bloco ocidental, liderado pelos Estados Unidos, e o bloco de leste, sob a liderança da União Soviética. Uma nova Guerra Fria “prejudicará seriamente as relações e a cooperação entre a China e a Europa”, avisou Qin, citado pela agência francesa AFP.
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Os comentários de Qin em Oslo surgiram numa altura em que os chefes da diplomacia da UE se reuniram em Estocolmo, na vizinha Suécia, para falar a uma só voz contra a China.
“Temos de reajustar a nossa posição em relação à China”, disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, na abertura da reunião.
Ucrânia, Taiwan, direitos humanos e a situação da minoria muçulmana uigur na
Contra Excessos
Aviso Cobran A Da Contribui O Especial
1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, chegou ao seu término, e, que de acordo com o artigo 53.º da Lei n.º 10/2013 <<Lei de Terras>>, de 2 de Setembro, conjugado com os artigos 2.º e 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que devem os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos e Construção Urbana.
Localização dos terrenos:
- Travessa de Coelho do Amaral, n.ºs 10 a 16, em Macau, (Edifício Camilo Pessanha);
- Avenida do Ouvidor Arriaga, n.ºs 90 a 96, Avenida do Almirante Lacerda, n.ºs 162 a 172 e Travessa de Coelho Amaral, n.ºs 14 e 16, em Macau, (Edifício Centro Comercial Camões); - Avenida do Almirante Lacerda, n.º 93, em Macau;
Avenida do Almirante Lacerda, n.º 35 a 35C, em Macau, (Edifício Industrial Wan Kao);
- Praça de Ferreira do Amaral, n.ºs 7 a 15, Avenida Dr. Mário Soares, n.ºs 307 a 323 e Avenida do Infante D. Henrique, n.ºs 1 a 5, em Macau, (Edifício Banco China).
2. Agradece-se aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam à Recebedoria destes serviços, situada no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Serviços da RAEM das Ilhas, para os efeitos do respectivo pagamento.
3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, procede-se à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.º da Portaria acima mencionada.
Aos, 24 de Abril de 2023.
WENCHUAN LEMBRADAS 69.000 VÍTIMAS DO SISMO DE HÁ 15 ANOS
China são algumas das questões que opõem Pequim e o Ocidente.
A UE não defende especificamente uma dissociação, mas propõe uma diminuição do risco nas relações com a China para evitar tornar-se demasiado dependente do gigante asiático (ver caixa).
Visita calculada
Qin Gang termina em Oslo uma digressão pela Europa que incluiu Alemanha e França.
“Sinto que a Europa tem um desejo urgente de aumentar a coordenação e a comunicação com a China e de desenvolver uma cooperação mutuamente benéfica”, afirmou, em jeito de balanço da visita, segundo a agência espanhola EFE.
“Enquanto a Europa e a China se mantiverem empenhadas na paz para a coexistência, (...) na cooperação mútua e mantiverem o diálogo e a consulta”, podem “ultrapassar as dificuldades e alcançar um crescimento sustentado”
O chefe da diplomacia europeia anunciou na sexta-feira que a maioria dos Estados-membros concordou em acabar com “dependências” excessivas da China, mas rejeitou que a União Europeia (UE) esteja a caminhar para o proteccionismo económico. “Posso anunciar que a generalidade dos ministros gostou do documento que apresentámos, com as linhas gerais da recalibração da nossa relação com a China […], de acabar com as dependências quando são grandes demais e, por isso, um risco”, disse Josep Borrell, no final de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Estocolmo, na Suécia. A prioridade dos 27, sustentou o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, tem de ser “equilibrar as balanças comerciais” com Pequim. Contudo, Josep Borrell assegurou que a União Europeia “não está a caminhar em direcção ao proteccionismo”.
Qin acrescentou que “enquanto a Europa e a China se mantiverem empenhadas na paz para a coexistência, permanecerem independentes, se empenharem na cooperação mútua e mantiverem o diálogo e a consulta”, podem “ultrapassar as dificuldades e alcançar um crescimento sustentado”.
A visita de Qin ocorre também numa altura em que a UE está a discutir um novo pacote de medidas contra a Rússia, que inclui empresas da China e de Hong Kong.
Durante a visita à Alemanha, na terça-feira, Qin Gang advertiu a UE de que a China tomará medidas de retaliação se o bloco europeu sancionar empresas chinesas.
Os aliados ocidentais de Kiev, incluindo a UE, têm imposto sucessivos pacotes de sanções à Rússia desde que invadiu a Ucrânia, a 24 de Fevereiro de 2022.
A China tem assumido uma posição de neutralidade no conflito, apesar das relações próximas com a Rússia.
Ucrânia Pequim envia representante a Kiev e Moscovo
O Director dos Serviços de Finanças
Iong Kong Leong
Aimprensa estatal chinesa e os utilizadores das redes sociais do país lembraram na sexta-feira o 15.º aniversário do terramoto de Wenchuan, um sismo de magnitude 8 que fez mais de 69.000 mortos e deixou cerca de 18.000 desaparecidos.
Na rede social Weibo, o tema #5121428, que se refere ao horário do terremoto, acumulou 178 mil partilhas e 410 milhões de visualizações nas primeiras 24 horas. A aplicação de vídeo Douyin, a versão chinesa do TikTok, montou uma capela digital para homenagear os falecidos, na qual mais de 230 mil usuários depositaram velas virtuais.
“Quinze anos se passaram, mas ainda choro quando vejo as imagens. Naquele dia, alguns partiram e outros ficaram. Lembremo-nos das crianças de Beichuan [a área mais afectada] e das mães e professoras que usaram os seus corpos para protegê-los”, escreveu um internauta no Weibo.
A catástrofe natural atingiu especialmente escolas e colégios rurais, alguns deles construídos com materiais defeituosos e impreparados para um terremoto daquela magnitude.
Outros internautas destacaram a mobilização popular em prol de Wenchuan e da província de Sichuan, que se cristalizou na ida de milhares de voluntários às áreas afectadas para ajudar no resgate ou na massiva arrecadação de fundos, da qual participaram personalidades da cultura, cinema, política e comunidades chinesas no exterior.
Os órgãos de comunicação oficiais destacaram a homenagem aos membros das forças de socorro que se deslocaram às zonas afectadas pelo sismo, o “renascimento” das zonas mais atingidas e as histórias de superação de algumas das crianças atingidas que perderam um membro. Alguns alcançaram carreiras de sucesso em áreas como o desporto ou a moda nas suas vidas adultas.
A República Popular da China anunciou na passada sexta-feira o envio na segunda-feira de um representante especial à Ucrânia, Rússia e outros países europeus no sentido de analisar “regras políticas” para a guerra na Ucrânia. “A partir de 15 de Maio (hoje), o embaixador Li Hui, representante especial chinês para os assuntos euro-asiáticos vai deslocar-se à Ucrânia, Polónia, França, Alemanha e Rússia para encontros com todas as partes sobre ‘regras políticas’ para a crise ucraniana”, disse em conferência de imprensa em Pequim Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Re- pública Popular da China. Este ano, Pequim apresentou uma primeira iniciativa diplomática sobre a guerra na Ucrânia, mas uma grande parte dos países ocidentais consideraram que a República Popular da China não tinha uma solução definitiva e que a proposta carecia de falta de definição.