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Lembrar Cotrim

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Arte no limbo

Arte no limbo

Éjá no próximo sábado, dia 11, que decorre na Livraria Municipal Verney, em Oeiras, Portugal, um evento de homenagem ao autor e editor João Paulo Cotrim, antigo colaborador do HM já falecido, vítima de doença prolongada. O evento conta com um debate mais alargado sobre o livro, recentemente publicado, “Foi Quase um Prazer”, que recorda a carreira de Cotrim não apenas na edição de livros, com a editora Abysmo, mas também na área da banda desenhada, já que foi um dos programadores da Bedeteca de Lisboa, entre 1996 e 2002.

O evento começa às 16h com a oficina para crianças e famílias “Agora é que são elas!”, monitorizada pelos ilustradores

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Nuno Saraiva e Catarina

Em

“Awaken and To Be Continued”

[Desperta e em Continuação] Yaya Vai, natural de Macau, expõe, a partir de quintafeira e até 4 de Abril, trabalhos de pintura e instalações artísticas que revelam estados de espírito de quem ainda precisa recuperar de tudo o que aconteceu nos últimos três anos sição colectiva organizada pela Fundação Oriente, ou na Macau H853 Super Art Fair. Destaque ainda para a participação, em 2020, numa mostra colectiva com oito artistas de Macau que decorreu no bairro de São Lázaro. A exposição foi organizada pela Ark - Associação de Arte de Macau

(AAMA, na sigla inglesa) e a Associação para a Promoção das Indústrias Criativas.

Yaya Vai começou por se licenciar em Gestão de Empresas, mas depressa a arte passou a fazer parte do seu dia-a-dia como passatempo. Foi então que aprendeu a desenhar com caneta e a óleo e, mais tarde, obteve o certificado em Marketing de Artes Visuais e Gestão. A sua arte é, sobretudo, inspirada por temas florais e mais ligados ao universo feminino. Para a artista, “a arte é uma forma de reduzir o stress” e ela espera que o seu trabalho possa levar a uma maior consciencialização sobre a saúde emocional das mulheres. A.S.S.

Sobral a partir de jogos e brincadeiras escritas por João Paulo Cotrim para a revista “UP Kids”, o suplemento da já extinta revista “UP Magazine”, editada pela TAP.

Às 18h, decorre o debate sobre o livro, com as presenças do autor, Jorge Silva, o ilustrador André Carrilho, Catarina Sobral, Cristina Sampaio, João Fazenda, Nuno Saraiva, Miguel Rocha, Pedro Burgos e Tiago Manuel. Segue-se, a partir das 21h, um DJ set com “música que é ‘Quase um Prazer’” com Valério Romão, escritor, e Cláudia Marques Santos.

Escrita profícua

Os textos do livro são da autoria do próprio Cotrim, publicados em catálogos, jornais, revistas e redes sociais, e com ilustrações de André Carrilho.

Tratam-se de ensaios, comentários e recensões críticas que João Paulo Cotrim escreveu em mais de 30 anos, relacionados com a sua carreira de editor e programador cultural. O livro começa nos anos 80, com as suas primeiras revistas, “Lua Cheia” e “Lx Comics”, referindo a sua passagem pelo jornal “Combate” e os seis anos em que esteve à frente da programação da Bedeteca de Lisboa. O livro fecha com uma desconhecida faceta de João Paulo Cotrim: as dezenas de colagens que realizou, provavelmente entre 2005 e 2010, confirmam-no também como um talentoso ilustrador. Nascido em 1965, João Paulo Cotrim foi o autor da crónica semanal “Diário de um Editor” que durante vários meses foi editada na antiga secção “H” do HM. Foi guionista de filmes de animação, autor de novelas gráficas, ensaios e ainda poesia. Faleceu em 2021.

Guimar Es Festival Liter Rio H Mus2023 Decorre Em V Rios Formatos At Dia 12 De Mar O

OHúmus2023, que regressou ontem após paragem devido à covid-19, foi apresentado na segunda-feira em conferência de imprensa na Biblioteca Municipal Raul Brandão, em Guimarães, distrito de Braga, com a presença da vereadora da educação do município vimaranense, Adelina Pinto, e do curador do festival literário, Afonso Cruz, escritor, ilustrador, cineasta e músico, que interveio por videoconferência.

O cartaz deste ano conta com nomes como Álvaro Laborinho Lúcio, Capicua, Carlos Daniel, Carlos Tê, Inês Pedrosa, João Reis e Ondjaki, entre outros criadores, num evento literário que vai decorrer em vários formatos ao longo de quase uma semana, desde conversas, a apresentações de livros, oficinas, poesia, música, cinema, teatro e exposições. Para a vereadora da educação da Câmara de Guimarães, a cidade “é um território de cultura” e uma das vertentes do Húmus é, como afirmou, alavancar o livro e a leitura junto da população, acrescentando que foi essa a ideia que esteve na origem da criação do festival, em 2017. Adelina Pinto explica que o festival representa “uma transdis- ciplinaridade”, um cruzamento de artes, à semelhança do que foi a vida de Joaquim Santos Simões, antigo presidente da Sociedade Martins Sarmento, uma das mais importantes instituições culturais de Guimarães, que esteve ligado a várias artes culturais, e que morreu em 2004. “Esperamos que seja um Húmus positivo, reflexivo, construtivo e literário”, afirmou a autarca.

O curador do festival, Afonso Cruz, disse, por seu lado, que as bibliotecas são “espaços de silêncios, mas também de palavras”, mostrando-se esperançado que o Húmus2023 sirva para juntar “estes dois mundos”.

Este ano comemora-se o 155.º aniversário de nascimento de Raul Brandão, patrono da Biblioteca Municipal, que comemorou ontem o seu 30.º aniversário.

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